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A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA COMO

DISCIPLINA E A ESCOLA NO BRASIL

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CURSO

A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA COMO DISCIPLINA E A


ESCOLA NO BRASIL

Aluno:

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APRESENTAÇÃO

A IMPACTO – ICEAD / CURSOS, sente-se honrada com a sua participação em nossos


cursos, faremos uso do presente instrumento para fazer aqui os esclarecimentos sobre
a regulamentação dos mesmos. A Impacto Consultoria e Assessoria
Administrativa/Cursos é uma empresa que fornece os chamados Cursos Livres, cursos
estes que tem o seu funcionamento regulamentado pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educação 9.394/96, Portanto isso quer dizer que estamos amparados por esta lei e a
nossa certificação, tem validade incontestável.
Como forma de esclarecer ainda mais o nosso trabalho e elucidar as duvida sobre
nossos Cursos, solicitamos que leia o tópico que segue abaixo:

O que é um curso livre?

Curso livre é todo curso voltado à capacitação no mercado de trabalho e que possa ser cursado sem
a exigência de grau de escolaridade. De acordo com a Lei n° 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases), o
curso livre enquadra-se na categoria “formação inicial e continuada ou qualificação profissional”, para
a qual o aluno não precisa ter concluído o Ensino Fundamental, Médio ou Superior para fazer um
curso livre, visto que o único propósito do curso é o de proporcionar ao aluno conhecimentos que lhe
permitam inserir-se ou se reinserir no mercado de trabalho, ou ainda aperfeiçoar seus conhecimentos
em determinada área. O objetivo desta apostila é fazer um esboço dos princípios básicos para que
você possa aprimorar os seus conhecimentos sobre A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA COMO
DISCIPLINA E A ESCOLA NO BRASIL, todavia por melhor que seja o curso, por mais simples e
prático que seja sua aprendizagem e assimilação, será sua, DEDICAÇÃO, MOTIVAÇÃO,
DISPOSIÇÃO e ESFORÇO que farão a grande diferença, para que você consiga alcançar o
$UCE$$O nesta atividade.

LEMBRE-SE:

 Sem dedicação nada se aprende.


 Sem disposição não há motivação.
 Sem motivação não há esforço.
 E sem esforço, nada se realiza na vida.
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A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA COMO DISCIPLINA E A ESCOLA NO BRASIL

HISTÓRIA NAS REDES PÚBLICAS: MEIOS E MÉTODOS DE ESTUDO E ENSINO PARA


A FORMAÇÃO DO ALUNO COMO CIDADÃO- CRÍTICO

A matéria de história tem recebido ao longo do tempo de seu estudo, métodos para construir
um entendimento do passado de uma forma mais clara e conforme as descobertas de mais
informações são possíveis fazer mais comparações para poder entender como foram
períodos e civilizações.

Ao mesmo tempo, todo esse estudo precisa ser passado e no desenvolvimento de métodos
para compreendê-la, são desenvolvidos modos de ensiná-la e por meios fácil, rápidos e
tecnológicos hoje em dia isso é possível. Mas ao mesmo tempo é preciso entender o objetivo
de ensiná-la e como está sendo recebida por aqueles que na instituição escolar necessitam
dela para uma formação não só de conhecimento de forma superficial, mas para a formação
cidadã.

"Pra que estudar História? Afinal, para o que isso servirá na minha vida? Onde eu vou usar?"
Uma perguntinha um tanto inconveniente que muitos professores já ouviram não importa qual
ano e de qual divisão do Ensino. Sendo Fundamental ou Médio, quem não ouviu essa
pergunta, certamente um dia receberá e precisará estar preparado para responder.

Mas o que leva um aluno a fazer esse tipo de pergunta e desconsiderar assim uma matéria
tão valiosa e importante? Não necessariamente à matéria de História, mas também às outras
(abrindo exceções, claro, para aquilo que eles geralmente gostam e se identificam, mas
dificilmente sonham ou planejam seguir carreira na área).

De fato, há um preconceito e um desinteresse por parte dos alunos em relação aos estudos.

Obviamente isso não se aplica a todos, mas há sempre uma parcela que não dá importância
devida à educação. Mesmo que quando pequenos, isto não parece ser algo tão assustador,
porque aos poucos um aluno pode amadurecer conforme os anos do ensino. O problema é
continuar nesse mesmo desinteresse e pensamento, já crescido, quase chegando à fase em
que precisará pensar como adulto para tomar decisões sérias em sua vida.

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A tendência é se colocar a culpa no governo por não investir em educação, nas escolas e
profissionais da área. Tendo a ilusão de que se houver uma reviravolta política, tudo estaria
certo. Mas não! Antes de qualquer palavra de juízo é necessária uma análise de um contexto
onde estão inseridos. Porque lidar com alunos é estar lidando também com seres humanos.
Dentro de uma jurisdição, cidadãos. E o que esses futuros cidadãos passam em seu convívio
secular e que pode ser moldado com o apoio também de uma disciplina pouco reconhecida
por eles? Aliás, o que e como ela é passada, quais são seus métodos de estudo e ensino
para serem aplicadas a eles que trará um efeito certeiro em sua formação?

Não há como abordar sobre seus estudos e métodos se não houver uma motivação
consequente a isso. Algo a passar e aprender para as demais pessoas e não há como falar
de história sem pensar em como ela é abordada, construída e como se é possível fazer isso.
São duas coisas que andam juntas

A palavra "História" se origina no antigo termo grego "historie", que significa "conhecimento
através da investigação". É a ciência que estuda o homem e sua ação através do tempo. Por
ela são encontradas informações sobre processos e fatos passados totalmente úteis e
colaborativos para o entendimento sobre o presente.

Atualmente está dividida em cinco períodos que ajudam a organizar melhor e entender a
transformação do homem e do mundo através dos séculos. Seus estudos dão a
compreensão da realidade, fruto de determinadas ações antecedentes.

O conhecimento da História de um determinado objeto de estudo ou geral é possível pela


'historiografia', definida como a ciência que conta como os seres humanos fizeram história
com o passar do tempo. Por ela são estudadas as épocas e estados diferentes de cada
lugar, sociedade, cada fato, trazendo uma compreensão maior desses objetos de estudo.

Seus métodos têm como objetivo a coleta de informações sobre determinados


acontecimentos. A historiografia possui várias fontes que permitem a estruturação minuciosa
e coerente com a narrativa de um acontecimento. Consolida-se como uma matéria científica,
pois conta com o objetivo de estudos e também com métodos e recursos podendo por eles
analisar os objetos estudados.

Segundo ela, a história surge a partir do desenvolvimento da escrita. Uma invenção

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importante que em muito ajudou na vida e cotidiano de pessoas e das civilizações que foram
a usando dentro de suas necessidades e possibilitou que elas registrassem também sua
cultura, o que faziam e como eram os processos daquele lugar e época.

Embora os homens que viviam na pré-história (período antes da criação da escrita)


deixassem seus registros - pinturas rupestres - o conhecimento histórico ficou mais preciso
através da escrita, estando este diretamente ligado a ela. Por essa razão os registros como
documentos possuem grande valor para estudiosos pois análises e reflexões são possíveis
por eles.

A historiografia se consolida como uma matéria científica pois conta com o objetivo de
estudos e também com métodos e recursos podendo por eles analisar os objetos de estudo.
Neste sentido, algumas das questões que a historiografia procurará trazer à tona são
elementos com a confiabilidade das fontes que foram utilizadas, o marco ideológico da
corrente histórica analisadas. Além de tudo o que conhecemos como historiografia, essa
ciência também procura entender o que é exatamente o que nos ensina a história da
humanidade, qual é o objetivo do seu desenvolvimento, como podem conviver e coexistir a
subjetividade e a objetividade na hora de realizar História, que é:

 Que se considera um evento ou acontecimento histórico e como pode influir no meio e


na compreensão de determinados fenômenos históricos.

Enquanto por um bom tempo os historiadores buscaram apenas documentos, fontes e mais
fontes registradas para um assunto específico, na antiguidade os relatos históricos se
originavam de vivência, de depoimentos orais recebidos no dia-a-dia e da pesquisa em
outras fontes disponíveis, mesmo não sendo escritas. Uma memória pessoal, depoimentos
dos que viviam na mesma época ou lendo registros escritos por outros que estavam
envolvidos nos acontecimentos históricos, formava a base de produção da escrita da
História.

Geralmente os escritos históricos da Antiguidade até a época moderna apresentavam temas


específicos, eventos e personalidades marcantes de uma sociedade.

Na Historiografia Moderna, o Renascimento recuperou o passado greco-romano que abriu a


secularização dos historiadores e os afastaram da teologia em seus estudos. Considerando a

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antiguidade clássica como 'Idade de Ouro', esse conceito gerou neles um enorme gosto
pelas coisas antigas, entendendo-as e as utilizando naquela época. Pelos séculos 17 e 18, a
pesquisa histórica sobre os gregos prosseguia e a análise dos registros ofereceram materiais
críticos novos.

Voltaire foi pioneiro a publicar obras historiográficas modernas, indo contra o uso da história
apenas como registro político. Com a criação do primeiro arquivo histórico nacional -
possibilitado pela Revolução Francesa - que deu acesso à documentação da nobreza e da
Igreja, nasceu o nacionalismo histórico.

Em um contexto em que foi totalmente útil essa descoberta, o século 19 era chamado de
'Século da História', pois os Europeus se dedicavam ao estudo e ao ensino da história por
compreenderem sua importância para a formação desse sentimento nacionalista. Os
governos então dessa época justificavam suas reivindicações territoriais a partir da utilização
de documentos e das pesquisas históricas. Então, a formação de métodos passou a ser
fundamental para o professor e pesquisador de história.

Na historiografia contemporânea, começam a aparecer as biografias das nações com o


desejo de se firmarem como povo. Há uma historiografia do poder. A historiografia
contemporânea se desenvolve quando os estudiosos da história são influenciados pela ideia
de produzir conhecimentos fiéis aos fatos, comprovando-os através das fontes históricas
disponíveis. A necessidade da comprovação dos fatos estudados resgata os arquivos de
documentos e leva à criação de institutos e centros de pesquisa, museus e academias
especializadas. O uso do arquivo e o desenvolvimento da pesquisa se sobrepõem à
imaginação, à retórica e ao pensamento livre do historiador. Desta forma, o livro de história é
modificado nele são lidas explicações vindas de um forte material empírico. Assim, a
ampliação e especialização sobre o estudo do passado das sociedades, os historiadores
contribuíram para o entendimento da evolução das civilizações, dos fatores que levaram é
ascensão e queda dos impérios, expandindo a compreensão histórica.

A historiografia no século 19 passa a caminhar bem. Os historiadores se fixam no caráter


científico da História, sendo imparciais nas fontes, reconstruindo as intenções daqueles que
foram os atores principais dentro dos acontecimentos trazendo a percepção de um contexto
histórico maior. Para fazer a transmissão desse conhecimento todo, os historiadores passam
a usar a narração como forma precisa na elaboração de seus discursos.

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Os estudos históricos abordam mais os temas políticos, militares, diplomáticos e religiosos.


Nessa nova historiografia científica, gerados pelos debates realizados em torna da história
sobre a oposição entre objetividade e subjetividade dela, alguns paradigmas surgem: o
Positivismo, Historicismo e Materialismo Histórico. Propostas pelo historicismo alemão - que
era dominante nas universidades europeias pelo século 19 e começo do século 20 -, as
tendências novas da história eram:

 Ênfase no relato dos acontecimentos políticos e militares e nas relações internacionais


entre Estados
 Formulação de métodos específicos da disciplina
 Resistência à generalização e abstração das ciências sociais e à intromissão de
qualquer dimensão social ou econômica para o entendimento do fato histórico
 Uma história política, a serviço do poder legitimado, que recusava a teoria e adotava a
narrativa como fio condutor.

Nas narrativas dos historiadores desse século, as fontes passaram a ser examinadas com
rigor. O documento produzia o fato único e sem repetição. Ao historiador cabia a descrição, a
leitura e compreensão dos documentos e a organização da cronologia de e em quais pontos
estavam relacionados.

Também no século 19, novas profissões surgem com o desenvolvimento da Ciência e do


aparecimento da Sociologia, coincidindo com adoção da História como uma disciplina
escolar, criando a figura do professor de História e do livro escolar com conteúdo da área.
Consequentemente, o profissional da história desenvolve melhor suas atividades e há a
fixação de normas para que os textos históricos sejam elaborados.

O historiador se transforma no professor, no pesquisador e no escritor que escreve a


História dos povos. Diversas nações Europeias ganham uma versão particular de sua
história, de sua origem e destino comuns, baseada sempre em fontes e em fatos únicos, em
grupos e individuais. Facilitando a leitura e o ensino, a história é dividida em Períodos que
se mantêm até hoje: Pré- História, História Antiga; História Medieval; História Moderna;
História Contemporânea e História nacional.

Isso trouxe um legado importante aos historiadores daquela época porque após eles a
história não era mais escrita sem o uso de documento, sem uma crítica rigorosa e avaliação

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técnica das fontes. Por eles houve o aproveitamento de outros tipos de documentos
(moedas, inscrições, monumentos, dados linguísticos).

ANNALES

A Escola dos Annales foi um movimento historiográfico surgido na França, durante a


primeira metade do século XX.

No século 17, passando a ser notada como Ciência, a História evoluiu com métodos de
escrever e pensar. Sua historiografia passou por modificações metodológicas que permitiram
maior conhecimento do cotidiano do passado, pela introdução de novas fontes de pesquisa.
Ainda no início do século XX, questionava-se muito sobre uma historiografia baseada em
instituições e nas elites, que dava relevância a fatos e datas, de uma forma positivista, sem
aprofundar grandes análises de estrutura e conjuntura.

Em 1929, surgiu na França a revista: 'Annales d’Histoire Économique et Sociale', criada


por Lucien Febvre e Marc Bloch. Durante a década de 30 a revista se tornou símbolo de
uma nova corrente historiográfica chamada de 'Escola dos Annales'. Sua proposta era de
se desvincular de uma visão positivista da escrita da História que dominou no final do
século 19 e início do 20. A partir desse ponto de vista, a História era descrita com uma
cronologia de seus acontecimentos, substituindo as visões breves dos métodos anteriores
por análises de processos de maior duração, o que permitiria uma compreensão maior
das civilizações e pensamentos de cada época.

Tornou-se um novo modo de interpretação da história substituindo uma visão positivista


política e institucional dela, que faziam parte dos métodos anteriores, por uma História mais
vasta, considerando as atividades humanas, dando uma perspectiva da História mais ligada
à análise das estruturas.

A Escola dos Annales se destacava por:

 Desprezar o acontecimento e focar no tempo estrutural de longa duração. Fernand


Braudel sugeriu que as mudanças acontecem de ritmos diferentes, distinguindo três
desses ritmos: ritmo rápido dos acontecimentos (o simples acontecimento), o tempo

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dos sistemas económicos, Estados, sociedades e civilizações (as conjunturas) e uma


História de repetição constante de ciclos recorrentes (estrutura);
 Ao afirmar que a História não deveria ser mais uma sequência de acontecimentos
relatados em documentos escritos. A reconstituição da História deveria ser realizada
através de outro tipo de documentos, como, por exemplo, os vestígios arqueológicos;
 Ao considerar não apenas novos documentos mas também novos domínios,
debruçando-se na análise dos factos económicos, na organização social e na
psicologia coletiva das mentalidades;
 Ao promover a interdisciplinaridade com outras Ciências Sociais, tentando chegar a
uma História total.

Hoje se abriram novos meios para o estudo da História e sua estrutura. Os registros escritos
que são documentos, letras de músicas, jornais, livros, cartas, diários, revistas e etc são
importantes e fontes primárias. Mas outras fontes passaram a fazer parte dos estudos para o
melhor conhecimento sobre o passado da humanidade. O historiador passou a usar as fontes
não escritas também como: fotos, arquitetura, pinturas, quadros, artesanato. E também, os
relatos orais, pela memória de pessoas que viveram em certos locais e presenciaram
determinados acontecimentos que foram registrados apenas por cima, sem uma
profundidade. E a partir de entrevistas e coletas de relatos, expande a visão da história,
descobrem-se diferentes motivos e ações que levaram aos acontecimentos.

A historiografia permite que essas novas fontes colaborem na formulação de uma


compreensão história do lugar. O macro passa a ser formulado também pela compreensão
do micro, dando real importância à pessoas e personagens que antes eram considerados
terceiros e à margem da história.

Fontes preciosas e que pelos métodos de estudos, descobertas incríveis são feitas e a
passa a ser mais profunda e concreta a história.

No fim, os métodos que são usados para estruturar toda a história de um evento, a narração
linear de um acontecimento e seus derivados, são usados para quê? O objetivo de estudar
história ficaria isolado àqueles que buscavam entender o que aconteceu apenas por uma
curiosidade ou poderia ser aplicado através de um meio para outras pessoas conhecerem o
passado e que talvez assim pudessem tirar algo?

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Nesse espaço entra um agente que em uma sociedade, tem total poder de transformá-la
quando os que inseridos nela passam a valorizar e buscar nesse agente o conhecimento que
será útil para a vida. Esse agente: a Escola.

A ESCOLA PÚBLICA NO BRASIL

A escola pública teve início na Europa com a Revolução Industrial. A necessidade de mão de
obra qualificada era extrema, pois os trabalhadores até o momento eram indivíduos que
vinham dos campos, privados de qualquer formação intelectual. Portanto a educação no
momento não tinha o intuito de socializar o sujeito com o seu mundo ou de propor a ele um
pensamento diferenciado, mas sim um cunho tecnicista para adequar estes futuros e atuais
trabalhadores ao cotidiano fabril. Foi então que se implementou um ensino positivista, onde
as disciplinas técnicas – como as de exatas – são colocadas em evidência. Esta forma de
ensino foi amplificada para cidades industrializadas, mas também muito utilizadas pelas
igrejas para a conscientização religiosa, moral e trabalhista, reafirmando o sujeito em sua
condição proletária. Neste mesmo tempo (séculos XVIII e XIX) havia uma disputa entre o
movimento da reforma protestante e o de contra reforma pela adesão de fiéis às suas
doutrinas, este último teve muita influência no Brasil dada a condição da catequização da
igreja católica presente aqui desde as primeiras expedições logo após o descobrimento.
Portanto a igreja católica foi base para a introdução do ensino positivista no Brasil, como
forma de aprendizado doutrinário.

No Brasil, a Educação pós-descobrimento começou com a chegada dos jesuítas sob o


comando do Padre Manoel de Nóbrega, em Março de 1549 com o governador geral Tomé de
Souza. Poucos dias depois criaram a primeira escola elementar em Salvador, mas
perceberam que aqui viviam os índios que possuíam um costume próprio de viver e de
educar seus filhos, então precisaram se aproximar deles. A princípio, o objetivo era converter
os nativos ao cristianismo. A Companhia de Jesus se tornou importante instrumento no
processo de aculturação e para propagarem a fé católica (em um contexto contrarreforma),
ensinavam os nativos os saberes básicos como ler e contar. Embora os índios já tivessem
seus professores, os pajés que lhes ensinavam os valores culturais.

Pela diversidade de idiomas nativos, os jesuítas encontravam uma dificuldade no ensino e


por essa razão passaram a conviver nas aldeias para entenderem como funcionava a vida e

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a cultura daquelas pessoas. Vivendo nas aldeias, foram criadas as Casas de Meninos, local
onde as crianças e jovens índios aprendiam o português ou espanhol. Ambientes que podem
ser considerados como as primeiras escolas do país e neles os nativos podiam aprender o
básico que lhes era ensinado através de atividades simples como tear, contar, cantar, teatro,
aprender música. O entretenimento colaborou de forma simples e precisa que os jesuítas
ensinassem os índios e ao mesmo tempo alcançavam o objetivo de catequizá-los. Mas o
nomandismo e o afastamento das crianças das influências dos jesuítas pelos pais
dificultavam o trabalho deles. Mas mesmo com esses pequenos problemas, a educação
nativa seguia.

Entretanto, ficava cada vez mais caro esse processo de ensino. Sem recursos suficientes
para mantê-los, precisaram assumir a educação dos colonos, proposta feita pela Coroa
Portuguesa, que atribuiu aos jesuítas a responsabilidade de criar colégios para essa
finalidade, sendo criados respectivamente em 1564 (Bahia), 1585 (Olinda e Rio de Janeiro).
Colégios bem estruturados que recebiam órfãos portugueses e os filhos da elite colonial. Era
possível que algum índio ingressasse dependendo do seu nível de interesse e desempenho
durante o ensino jesuítico. Ali, tinham aulas do ensino básico e médio, mas para uma
graduação superior, precisavam viajar à Europa e concluir seus estudos.

A política educacional de Pombal era lógica, prática e centrada nas relações econômicas
portuguesas. Sua reforma educacional levou à expulsão dos jesuítas das colônias
portuguesas, tirando o comando da educação das mãos deles passando assim a
responsabilidade da educação para o Estado. Não havendo mais os colégios jesuítas, o
governo precisava tomar providências para não deixar um hiato educação portuguesa e das
suas colônias.

A expulsão dos jesuítas significou a destruição do único sistema de ensino existente no


Brasil. À organicidade da educação jesuítica foi consagrada quando Pombal os expulsou
levando o ensino brasileiro ao caos, através de suas famosas “aulas régias”, a despeito da
existência de escolas fundadas por outras ordens religiosas, como os Beneditinos, os
franciscanos e os Carmelitas.

Enquanto a Metrópole Portuguesa buscava construir um sistema público de ensino mais


moderno e popular, na colônia, mesmo com inúmeras tentativas, as Reformas Pombalinas no
campo da educação apenas descontruíram uma sólida estrutura educacional feita pelos

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jesuítas, confiscando seus bens e fechando todos os seus colégios.

Através do Alvará Régio de 28 de junho de 1759, o Marquês de Pombal, suprimia as


escolas jesuíticas de Portugal e de todas as colônias ao expulsar os jesuítas da colônia e,
ao mesmo tempo, criava as aulas régias ou avulsas de Latim, Grego, Filosofia e Retórica,
que deveriam suprir as disciplinas antes então oferecidas pelos colégios jesuítas.

Mas estas providências não foram suficientes para garantir uma continuidade e a expansão
das escolas no Brasil que constantemente eram reivindicadas pelas populações beneficiadas
pelos colégios jesuítas. Percebendo Portugal que a educação no nosso país estava
estagnada, era preciso oferecer uma solução.

Quando a Real Mesa Censória, instituição criada em 1767 (inicialmente com atribuição para
examinar livros e papéis já introduzidos e por introduzir em Portugal), alguns anos depois,
passa a assumir a responsabilidade da administração e direção dos estudos das escolas
menores de Portugal e suas colônias, e nesse processo é que as reformas na instrução
ganham meios de serem implementadas. Com as novas tarefas e partindo das experiências
administrativas da direção geral de estudos, nos anos anteriores, a Mesa Censória se
direcionou para as necessidades educacionais tanto na metrópole e na colônia. Assim, os
estudos menores ganharam amplitude pela instituição, em 1772, do chamado “subsídio
literário” para manutenção dos ensinos primário e secundário.

As aulas régias eram autônomas e isoladas, com professor único e uma não se articulava
com as outras. O novo sistema não impediu os estudos oferecidos por instituições religiosas
através de seminários ou colégios.

Porém, ao invés de ter um organizado sistema unificado, o ensino ficou disperso e


fragmentado, baseado em aulas isoladas que eram até então leigos nos assuntos e
despreparados para exercerem a função.

Com a implantação do subsídio literário, imposto na colonial para custear o ensino, houve um
aumento aulas régias, mas ainda precário devido à falta de recursos suficientes, de docentes
qualificados e preparados para a tarefa ensinar e pela falta de um currículo regular. O que é
visto é uma continuidade na escolarização baseada na formação clássica e europeia dos
jesuítas, porque a base da pedagogia jesuítica permaneceu a mesma, pois os padres

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missionários, além de terem cuidado da manutenção dos colégios destinados à formação dos
seus sacerdotes, criaram seminários para um clero secular, constituído por “padres-mestres”.
Estes, dando continuidade à sua ação pedagógica, mantiveram sua metodologia e seu
programa de estudos que deixava de fora as ciências naturais, as línguas e literaturas
modernas, diferente do que acontecia na Metrópole, onde as principais inovações de Pombal
no campo da educação como o ensino das línguas modernas, o estudo das ciências e a
formação profissional já se faziam presentes. Por isso, se para Portugal as reformas no
campo da educação que levaram a laicização do ensino representaram um avanço, para o
Brasil, as mesmas representaram um retrocesso na educação escolar com o
desmantelamento completo da educação brasileira oferecida pelo antigo sistema de
educação jesuítica, melhor estruturada do que as aulas régias puderam oferecer.

No Alvará Régio de 1759, fica claro o objetivo que norteou a reforma na instrução. A
preocupação era de formar o perfeito nobre, simplificando os estudos, abreviando o tempo do
aprendizado de latim, facilitando os estudos para o ingresso nos cursos superiores, propiciar
o aprimoramento da língua portuguesa, diversificar o conteúdo, incluir a natureza científica e
torna-los mais práticos. Esse Alvará teve como significado central a tentativa de manter a
continuidade de um trabalho pedagógico interrompido pela expulsão dos jesuítas. A
educação jesuítica não era mais necessária aos interesses comerciais pelos quais Pombal
tomava as decisões com seus motivos e atos na tentativa de modernização de Portugal, que
chegariam às colônias também. Sendo assim, as escolas da Companhia de Jesus que
tinham por objetivo servir aos interesses da fé não atendiam aos anseios de Pombal em
organizar a escola para servir aos interesses do Estado.

Dentro desta ordem e em nome dela que o Alvará de 1759 pode ser visto como o primeiro
esforço na secularização das escolas portuguesas e de suas colônias, entendendo que
somente um ensino, dirigido e mantido pelo poder secular poderia corresponder aos fins da
ordem civil. A intervenção do Estado nas questões de educação começa a ganhar força a
partir do deste período, paralelo com a ideia do desenvolvimento de sistemas nacionais de
educação, ligados aos processos político-sociais de consolidação dos Estados Nacionais
europeus.

A educação no Império também passou por alguns problemas. O abandono do ensino


primário e profissional - que estavam de acordo com a estrutura social e econômica da época

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- são explicados porque a elite nutria um desprezo pelo trabalho manual.

No Brasil, através do método Lancaster era feito o ensino pra compensar a falta de
professores qualificados, metodologia que apesar de ter durado por 15 anos por ser a
'melhor' opção disponível no país, não havia nela profundidade para repassar o
conhecimento tendo resultados superficiais. Em Maio de 1823, com a Inauguração da
Assembleia Constituinte e Legislativa, Dom Pedro I declara que promove os ensinos
públicos enquanto é possível e pede para a Assembleia levar em consideração uma
legislação particular sobre a educação. Pela constituição de 1823 é garantida a todos os
cidadãos a criação de colégio e universidades. Mas mesmo com as ideias e propostas
apresentadas, nada resultou em efeito favorável à Educação.

Em 15 de outubro de 1827 uma lei determinava dois artigos importantes em favor da


educação brasileira:

"Artigo 1º - Criação de escolas de primeiras letras por todo território nacional;


Artigo 11º - Criação de escolas para meninas, nas cidades e vilas mais
populosas."

E no ensino secundário continuar o mesmo sistema imposto por pombal - as aulas régias.

Como o sistema régio não tratava de todas as disciplinas necessárias para a ingressão na
faculdade e havia uma dificuldade de locomoção para que acontecessem, foram criados em
1835.

Liceus Provincianos que reuniam as aulas avulsas em um só lugar e constituindo assim os


primeiros currículos de séries e preocupados em oferecer disciplinas preparatórias para o
exame superior.

Dentre esses Liceus, se destacou o colégio Dom Pedro II, sendo modelo e padrão para o
ensino secundário e única instituição que realizava exames que possibilitavam o ingresso
aos cursos superiores.

Na época, o modelo de ensino era o Francês, que predominava no ensino das letras
clássicas, línguas modernas, ciências e história.

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A EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Quando propomos uma reflexão sobre a educação Brasileira, é necessário lembrar que o
processo de expansão da escolarização básica começou pelo país e seu crescimento
através da rede pública de ensino foi a partir do final da década de 70 e início dos anos 80.

Pelos dados nacionais, o Brasil ocupa o 53º lugar no ranking de educação entre 65 países
avaliados pelo PISA. Mesmo com programas sociais de incentivo à educação, 98% de
crianças entre 6 e 12 anos, cerca 731 mil estão fora da escola (IBGE). O analfabetismo
funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi registrado em 2009 com 28% da população
(IBOPE). 34% dos alunos que chegam ao 5º ano do fundamental ainda não conseguem ler
(Todos pela Educação); 20% dos jovens que concluem o ensino fundamental, e que moram
nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita (Todos pela Educação).
Professores recebem menos que o piso salarial real. Dados realmente preocupantes. O que
talvez mostre o nível de comprometimento da população com a educação e também dê uma
noção de como seguem os rumos políticos da nação. Isso mostra como apenas os métodos
e dinâmicas da escola e da história como disciplina estão sendo desconsiderados.

Pessoas cada vez mais tecnológicas, conectadas e recebendo informações a partir de


dispositivos que processam mais do que elas desejam fazer em relação a se dedicarem em
crescer no conhecimento. O conhecer e saber não podem ser utilizados apenas em chegar a
um diploma para ter uma vaga em mercado de trabalho, mas também em poder por ele
assimilar situações ao redor e transformá-las em atitudes úteis para a transformação de vida
individual e social.

A escola surge como uma necessidade de um local onde adquirimos o conhecimento


científico, lógico e de mundo. Ela cumpre sua função dentro de suas condições tecnológicas
e de acordo com o seu contexto local para ensinar aos alunos aquilo que ela tem. O
problema é estagnar nos métodos interativos a educação que deve acontecer antes pelo
despertamento do interesse no aluno. O que em muitos casos não é culpa do profissional
que está ali na frente da turma e sim do desprezo pelo ensino. Se (antes, na época colono-
imperial o ensino era: Uma raridade e joia preciosa)

Desprezado por causa do ódio ao trabalho manual, hoje ele é simplesmente desprezado por
aquilo que é. Estudo, ensino pra quê? Já que para muitos (e para as massas) ele só tem

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importância para provar a conclusão de etapas, pois se não as tiver, o mercado de trabalho
não contratará pessoas levando elas à margem social. Por culpa delas! E pra que estudar
se passar horas e horas navegando na internet e em outras coisas nela é mais ‘atrativo’?

O ensino passa por um grande problema com a tecnologia, não devido a ela em si pois sua
importância e necessidade para o ensino são inquestionáveis, mas por pela dedicação a ela
com outras finalidades deixando de lado o saber. Um preconceito pela matéria, desinteresse
ainda incorporado à tecnologia que é vasta e maravilhosa pelo seu acesso ao que
quisermos, regride o aluno. O seu pensamento crítico não progride porque usa-a e seu
conteúdo como algo sem importância, em trabalhos quase não há pesquisas motivadas pela
curiosidade e o desejo de saber por que o Control+C/Control+V (copiar e colar) pela internet
é muito mais rápido, o que torna muitas vezes o trabalho insonso e incoerente com o que
lhes é proposto fazer.

Os métodos preciosos para o descobrimento e expansão da história acoplados à tecnologia


rápida, como meio para ensiná-la acabam perdendo seu valor e importância quando tratados
assim.

Há uma necessidade de usar a tecnologia como meio para se aprender. Professores podem
e até devem usar slides, computador, internet e outros meios práticos para suas aulas. Isso
as torna dinâmicas interessantes. O problema é se apegar apenas aos métodos novos para
se ensinar e não ao conteúdo. O mesmo serve aos alunos porque as responsabilidades se
completam: do professor em ensinar o conteúdo que ele aprendeu, tem de bagagem de
conhecimento com os recursos disponíveis e ao mesmo tempo o aluno que (obviamente) tem
mais tempo livre do que o professor, pode e deve utilizar ferramentas digitais e internet para
fazerem trabalhos e essas ferramentas ajudarão para estudos não só de provas mas para o
crescimento intelectual. Mas se ele não se dedicar para isso, estará perdendo de
experimentar uma grande matéria importante e útil em sua vida.

Geralmente a culpa por tais problemas na educação é colocada no governo sendo que
mesmo que pouco, há liberação de verba para que haja uma educação básica boa. Embora
ele peque em planos para se comparar com países onde a educação é levada a sério (vide
IDEB, um atraso para a educação nacional) e não libere de forma correta os valores devidos
para isso, a necessidade de educação e conhecimento, os alunos, pais e responsáveis é que
precisam reconhecer antes juntamente ao valor do conhecimento.

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Ah se a história em sua prática fosse valorizada como era no 'Século da História' onde suas
descobertas ajudaram povos e nações a criarem suas identidades, a lutarem por algo em
comum que trouxesse um benefício para a vida e para ganharem mais conhecimento sobre
aquilo que então os fascinavam. E a partir da história de outros, eles podiam tirar algo para
moldar a realidade deles.

Um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la e por isso o estudo da
história é totalmente importante para entendermos os erros de personagens no passado e
por ela valorizamos a educação. São duas coisas inseparáveis. Não há como estudar história
e não desenvolver apego pela educação e ao conhecimento. Pois aquilo toca de tal forma
que a inquietação se faz presente no momento que comparamos a realidade com o que
aconteceu e vemos que é possível mudá-la.

Os métodos da história para sua construção tornam ela cada vez mais rica e fascinante mas
os métodos se perdem quando não há um passo pra frente daqueles que necessitam
aprender. Não havendo reconhecimento e valorização do conhecimento, parece que toda a
motivação e esforço para o desenvolvimento e técnicas de adquiri-lo se perde em meio a
isso. Claro, acaba trazendo a frustração ao profissional que se esforçou para adquirir aquilo e
para desenvolver modos e usar meios inteligentes, interessantes e práticos para um ensino
de qualidade e melhor.

E a dias apenas de uma copa do mundo, nada melhor do que se preocupar com o futebol do
que com o futuro que é possível que nossas crianças tenham na escola. Afinal, pão e circo é
a cara do Brasil.

“Ensinar a edificar o próprio ponto de vista histórico significa ensinar a construir conceitos e
aplicá-los diante das variadas situações e problemas; significa ensinar a selecionar,
relacionar e interpretar dados e informações de maneira a ter uma maio compreensão da
realidade que estiver sendo estudada; ensinar a construir argumentos que permitam explicar
a si próprios e aos outros, de maneira convincente, a apreensão e compreensão da situação
histórica; significa enfim, ensinar a ter uma percepção o mais abrangente possível da
condição humana, nas mais diferentes culturas e diante dos mais variados problemas.”

O trabalho possível pela utilização de livros e artigos sobre o objeto de estudo e discussão,
bem como a experiência docente, de observação e trabalho com alunos e entrevistas com os

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profissionais da educação de história informando sobre o seu cotidiano, como é o processo


de aprendizagem do local onde estão inseridos e a organização da matéria a ser ensinada.

Apesar de diferentes abordagens de método, cada momento histórico exigiu seu próprio
modo historiográfico. Todos eles resultaram em uma herança histórica riquíssima, que
serve de base para a maioria das ciências humanas.

A escola pública tem em seu currículo escolar a matéria de História como uma das principais
na área de humanidades, e é um dos primeiros contatos do aluno com a realidade crítica e o
conhecimento cultural, o que faz da matéria algo intrínseco ao sistema de ensino.

O processo do aprendizado não ocorre da noite para o dia. É preciso disposição e esforço
para que tudo o que é lido, recebido, seja processado de uma forma clara e coerente para
que nossa inteligência seja desenvolvida. Tendo um lugar específico para que pelo menos
uma parte disso seja possível, é um grande avanço no processo. A Escola como um local de
aprendizagem, onde se encontra o saber básico para termos uma noção e uma parcela do
saber de mundo, é uma luz para o caminho das pessoas desde pequenas para que conforme
cresçam, entendam o que são como pessoas e entendendo a realidade, a importância delas
no lugar onde vivem e então podem se tornar boas cidadãs. O valor imensurável que é
adquirido pelo conhecimento não fica preso apenas a nós, mas nos impulsiona a crescer, nos
leva a onde antes não havia pensado e vemos o que toda aquela bagagem traz de benefícios
para nós e para as pessoas que nos cercam. E com o mundo evoluindo em diversos pontos,
é preciso pegar um ritmo para compreendê-lo e claro, há muitas coisas boas nessa evolução
para se aproveitar também. No campo do saber, nunca estivemos tão próximos às
informações em tempo real como nunca! Tudo está a um alcance rápido e de fácil
compreensão pelos meios desenvolvidos para que esse alcance aconteça. Há meios para
torná-la o alcance do saber mais rápido e real e ao mesmo tempo, mais métodos são usados
para descobrimentos que acrescentam às matérias e possibilitam mais conhecimento e mais
conhecimento leva a assimilação que desenvolve a nossa capacidade intelectual. Porém,
devemos também ficar atentos. Podemos exaltar os benefícios desses meios e métodos e
devemos cuidar para que seja bem canalizado, usados, porque precisam de um feedback ou
então acaba não valendo o esforço que é feito em cima disso para àqueles a quem são
destinadas as conclusões e os materiais para que possam aprender.

Hoje em um mundo mais tecnológico ficou mais fácil ensinar e até estudar a história,

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descobrir novos elementos, personagens, fatos. Para a historiografia, é algo a acrescentar.


Mas o processo de ensino da história não pode se dar ao luxo de estacionar na tecnologia
por causa de uma nova geração que o mundo concebe. Seu ensino alcança sua real
motivação quando o que é passado para os alunos é também processado por eles, gerando
neles um desejo ou incômodo para irem um pouco além do 'básico' que lhes é ensinado em
sala de aula e vão atrás de conhecimento. Sendo por saber apenas ou para irem mais que
isso, é importante que os métodos novos tragam esse despertamento já que está mais fácil e
mais acessível o saber. É frustrante para um profissional não ter o reconhecimento e uma
resposta positiva de um excelente trabalho que ele faz. Não há profissionais na educação
que além de serem desrespeitados têm sua matéria tratada como algo desprezível. Como
dito anteriormente, geralmente a culpa pelo baixo nível de educação no Brasil é colocada no
governo. Porém, educação vem de casa e se dela um aluno como antes pessoa não
aprender a respeitar e valorizar aquilo que ele recebe para sua construção como ser humano
e para as demais coisas da vida, é muito provável que na escola ele pode até receber isso
(como advertência, já que alguns professores precisam assumir a responsabilidade de
alguns pais), mas a probabilidade de descartar será grande. Não havendo uma
conscientização sobre os estudos, provavelmente não há o que fazer. Se um aluno é
dependente da tecnologia, que o professor evite em tê-la só como muleta, usá-la em excesso
porque isso além de nem sempre melhorar a compreensão do aluno, contribui para a
dependência dele, sua preguiça dele de pensar que consequentemente levará a mais
desprezo pelo estudo e principalmente para a matéria, sendo o professor nesse caso, de
História.

Antigamente não havia essa tecnologia e as pessoas eram movidas pelo desejo de saber,
curiosidade em aprender. E hoje nos perguntamos: onde isso foi parar? Onde está a vontade
de conhecer o mundo, de se importar com os fatos do presente em decorrência do passado?
Onde está o respeito por aquele que ensina pois aquilo que ele passa será importante para a
formação do aluno como pessoa e como cidadão para a vida? Eis um problema enfrentado
hoje. Os métodos estão disponíveis para ajudarem no ensino, mas os que são ensinados não
têm o real desejo de aprender e os que estão ensinando são desrespeitados e deixados de
lado até pela instituição social que oferece o ensino e deveria lhes dar total valor que é o
Estado que, aliás, acaba aprovando os mesmos alunos criticados só para mascarar o índice
da educação do País. Quando vemos na prática, as coisas realmente mudam e a todo custo,
para aprova-los, o profissional precisa ser ‘legal’, ‘objetivo’ e que use métodos adaptados a

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eles para que entendam um pouco pelo menos daquilo. Usar tecnologia para apenas mostrar
sua rapidez e facilidade, mas sem apresentar o conteúdo de uma forma que seja palpável e
que faz pensar, não produzirá nada e os resultados serão os mesmos e infelizmente, assim
caminha a educação em terra Tupiniquim. Não no geral pois sempre há exceções, mas é
uma forte e infeliz realidade que temos visto.

Dentro disso, cabe ao profissional, no meio do fogo cruzado tentar passar de forma
melhor o seu trabalho, entender como são os alunos e ajuda-los como pode para que
aprendam a pensam, se interessem pelo assunto abordado e tentam estudar para
compreender. Pois se os novos métodos se prenderem à adaptação rasa dessa nova
geração sem alcançar o objetivo que até quando não existia antigamente ele era possível,
então o ensino da história dentro de uma escola acaba perdendo seu sentido, não tendo
função alguma de valor para a transformação de mentalidade e formação de um aluno
que mesmo sendo novo ainda para a vida poderia tem uma noção de como encarar e aos
poucos mudar a sua realidade e quem sabe, até da sociedade onde vive.

QUESTIONÁRIO

Sobre o seu ponto de vista apresente pontos positivos e negativos se houver referente a
“CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA COMO DISCIPLINA E A ESCOLA NO BRASIL”

“Não sabia que era impossível, fui lá e Fiz...”

Autor Desconhecido
BOA SORTE

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