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O cérebro arranja formas diferentes para burlar ou substituir pela complexidade do nosso

corpo, se uma parte deixa de funcionar a outra assume. Se o cérebro não consegue
expressar ou verbalizar uma idéia acaba buscando outras formas de formar as palavras
como sinônimos ou frases sinônimas.
Uma sociedade de escrita tem como forma de poder a leitura pois desde a Mesopotâmia
os escribas eram os únicos que poderiam ver algo é dizer que aquilo é o que a lei diz e
quem não saber ler não pode contradizer. Assim, a sociedade ate hoje usa isso pra se
blindar, deixando o cidadão sem o único meio de questionamento. Pois teme o leitor. E
podemos ler qualquer texto e interpreta-lo para devolve-a sociedade com a nossa visão.
A forma como vemos a realidade vem através da imaginação. Se colocarmos em palavras
podemos fazer parte de algo maior, que pode ser compartilhado por seculos culturas e
povos diferentes. Ao inventarmos a escrita foi cria do também uma forma de burlar o tempo
e o espaço. A literatura apresenta uma de suas formas quando podemos ler atualmente
uma carta Suméria de 3 mil anos e vemos que naquela época já havia o sentimento de
entendimento que tempo e espaço não eram obstáculos para a literatura.
Biblioteca imaginaria individual é formada por experiências e memórias vividas colocadas
em palavras. Então, essas lembranças são lembranças de lembranças que são guardadas
como tesouros e alguns se somos leitores se passam por um texto que lemos. É muito difícil
lembra de um textos to de 300, 400 palavras acabamos lembrando de fragmentos,
personagens e cenas. Por sermos muitas vezes monolingues os tradutores são essenciais,
ele se tornam melhores leitores que os próprios autores pois têm que interpretar o texto pra
tranformar-los em outro texto em outro idioma.
A relação de um leitor com seu livro pode ser superficial ou profunda, depende da pessoa
ou do texto. Uma leitura profunda é o que nos faz entender nossa identidade, faz ver no
outro uma experiência própria e de forma que nos faz ver que não somos o centro do
mundo e que nada a nossa volta vai sentir nossa falta.
A literatura pode ser transformadora, mas é algo individual, o leitor tem que se permitir te a
experiência. "Ler" é um verbo que precisa de um sujeito que quer e busca transformação.
Nenhum universo literário é singular, mas sim multiuniversal. Se lemos uma obra, lemos a
versão do narrador, a versão dos personagens e principalmente a versão do leitor.
Ao analisar A Divina Comédia e Alice no País das Maravilhosas vemos duas realidades
diferentes sendo retratadas de modos totalmente contrários mas que tratam do mesmo
tema o "aqui e agora". Fica muito evidente o quão contemporânea é a literatura

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