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UNIVERSIDADE LUSÍADA

Vila Nova de Famalicão


FACULDADE DE ARQUITECTURA e ARTES

UNIDADE CURRICULAR de PROJECTO II


2022/2023 - 4º Ano
MUSEU MARÍTIMO

EXERCICIO Nº 2

EQUIPAMENTO - 2º TEMA do ANO LECTIVO

MUSEU MARÍTIMO

O 2º Exercício da unidade curricular de Projecto II tem por objetivo resolver um Equipamento,


cujo Programa Geral é um “Museu Marítimo”.
Um Equipamento para instalar em Matosinhos, cidade do Mar, que bastante cresceu associada
à Indústria Pesqueira e que, será razoável aceitar, precisa de marcar esta relação com um Edifício
que perpetue a importância e o saber desta atividade e dos Homens que dela fazem parte.
Um Exercício académico de manipulação conceptual, onde cada estudante deve, no território já
anteriormente estudado, avaliar e tratar, do modo mais exaustivo possível, as questões funcionais,
formais, espaciais e de integração física do edifício no território.
Com um discurso direcionado para as questões emergentes do Programa Funcional, deve o
estudante dar uma especial atenção aos estudos e às meditações teóricas já efetuadas e a efetuar,
bem como ter em devida consideração as questões inerentes à poética e aos Valores Permanentes
que instruem a arquitectura.

APRESENTAÇÃO e OBJETIVOS do EXERCÍCIO

Os conteúdos do Programa e do Syllabus da Unidade Curricular de Projecto II circunscrevem o


desenvolvimento de uma proposta, com um Programa Funcional complexo, para um edifício
destinado a um Equipamento. Apoiada em valores concetuais fortes e personalizados, a proposta
para o Equipamento deve respeitar desenvolvimentos
equilibrados e sempre justificados, dando o estudante, ao
longo do seu percurso concetual, uma especial atenção ao
Conceito, à Ideia Formante, à justificação do
Desenvolvimento da Ideia e à apresentação da Síntese Final
nas Peças Desenhadas e Escritas.
Na elaboração da proposta do novo edifício, deve ainda o
estudante ter em consideração critérios de integração urbana,
como base de um desenvolvimento que se pretende, necessariamente, ajustado ao ambiente onde
se irá inserir, tanto natural como construído.
Do mesmo modo, no desenvolvimento da proposta conceptual para o novo Edifício, este deve
estar necessariamente adaptado às realidades atuais, sejam em relação à linguagem da arquitectura,
sejam relativas à Legislação em vigor e às questões da Sustentabilidade e do Conforto Térmico.
Deverá ainda, tendo sempre em consideração que se trata de um só edifício, de um só objeto
volumétrico, que, através da complementaridade funcional e do respeito integral pelo Programa
Funcional, que mais à frente se descreve, otimizar as várias áreas espaciais e atividades funcionais
nele incrementadas.

Com respostas de valorização compositiva, o resultado de todo o conjunto de formas e espaços


- quer interiores, quer exteriores -, terá de respeitar toda uma lógica geral reguladora e contribuir
para dar qualidade vivencial a um local que evidentemente imprime valores compositivos que
importa entender, respeitar e valorizar.

Com um discurso direcionado para as questões emergentes do Programa Funcional deve ainda
o estudante dar uma especial atenção aos estudos e às meditações teóricas já efetuadas e a efetuar.

Um desafio sem dúvida relevante e motivador, que, dada a envolvência factual, procura
aproximar o estudante de um modo bastante direto com a vertente prática da arquitectura.
Uma arquitectura que, se por um lado tem de traduzir e responder às necessidades funcionais,
por outro, tem de provocar uma resposta concetual que se pretende inovadora, de integração no
local, de responsabilidade perante os Regulamentos em vigor e, não menos importante, preocupada
em transmitir poéticas compositivas, emoções que permitam aos seus utilizadores perceber novas
experiências que sublimem os sentidos.

Projecto II (4º Ano) – 1º Ano do 2º Ciclo 2º Exercício – Equipamento | Museu Marítimo 2


PROGRAMA FUNCIONAL (BASE) – MUSEU MARÍTIMO

|O DESAFIO… Visitar o Museu Marítimo… deve ser uma experiência única… |

1. Zona Mista
| Hall de Receção (uma só entrada - cerca de 300,00 m2)
| Espaço para exposições (associado ao Hall de Entrada, mas separado deste (500,00 m2)
| Loja e pequena Livraria (100,00 m2, se possível também virada para o espaço público)
| Auditório (associado ao Hall de Entrada - 300 pessoas)
| Bar e Esplanada (200,00 m2 - pequenas refeições, aberto ao público e associado Hall de Entrada)
| Instalações Sanitárias, Incluindo Mobilidade Reduzida (H + M)
| Administração do Edifício (100,00 m2)

3. Centro Interpretativo da Indústria Conserveira (2.000,00 m2)


| Espaço História do Território e do Mar (700,00 m2)
| Espaço Sustentabilidade e Interpretação Marítima (500,00 m2)
| Espaço Educativo (500,00 m2)
| Pequena Biblioteca e Arquivo (300,00 m2)

4. Aquário da Sardinha + Nave para Exposição de Barcos (2.000,00 m2)


| Aquário da Sardinha + Áreas Técnicas (400,00 m2)
| Nave para Exposição de Barcos (1.600,00 m2)

Para estes dois Espaços deve ter em consideração a necessidade de existirem várias
plataformas de observação, de modo que o percurso, desde a parte alta até à parte baixa,
ou vice-versa, transmita o mais possível de informação sobre os temas em descoberta

5. Entrada de Serviço comum


- Espaços Técnicos (Gerador, Quadros Elétricos, Águas e Depósito de Água, Gás, AVAC)
- Oficina (manutenção edifício)
- Arrumos Gerais
- Espaço Limpeza
- Economato
- Vestiários + Instalações Sanitárias do pessoal
- Cargas e Descargas

6. Estacionamento
- Garagem interior (30 veículos) + Parque Exterior (100 veículos)

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No Desenvolvimento das suas Ideias tenha ainda em consideração
Nesta ordem de ideias, tenha em consideração que o Conceito a
implementar, a Ideia Formante a estabelecer, o Itinerário Conceptual a
desenvolver e a Síntese nas Peças Desenhadas finais fazem parte de um
percurso que se deve apresentar sempre lógico, percetível e inovador.

O resultado final de todo o agregado de formas e espaços - quer


interiores, quer exteriores -, deverá respeitar integralmente o Programa
Funcional Base estabelecido e assumir toda uma lógica geral reguladora,
contribuindo para dar qualidade vivencial a um local que evidentemente La Gota Cultural Center and
Tobacco Museum in
imprime "sinais" compositivos, que importa entender e respeitar. Navalmoral de la Mata, Spain

Retenha que a visita, eventualmente também virtual, a espaços similares é fundamental. Tal
avaliação deve ser entendida como um apoio determinante, quer no "sentir", quer na ordenação
mental das várias componentes funcionais que organizam e dão corpo a este tipo de equipamento.

Tenha também em consideração que este novo Equipamento deve cativar, responder de um
modo claro às diversas necessidades de utilização, sejam de quem lá trabalha, seja de quem
pontualmente o utiliza.
Tenha, por isso, em boa ponderação o modo como os diversos espaços são organizados, o modo
como a Forma e a Luz são “trabalhadas” e, por outro lado, não deixe ainda de refletir sobre a
problemática da relação público/privado, porque
também aqui ela deve ser estudada e entendida
como uma das partes mais importantes de um
conjunto de situações que dão origem ao todo.

Museu Marítimo Ílhavo.


Portugal. ARX Arquitectos

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The Biesbosch
Museum in
Werkendam, The
Netherlands

Tenha ainda em linha de conta os aspetos inerentes à inovação.


Apoiado nas conclusões dessa reflexão, procure implementar na sua proposta princípios,
sublinha-se inovadores, nunca esquecendo a aplicação dessa inovação também no que diz respeito
às questões funcionais internas.

Finalmente, não deixe de ter em consideração a legislação existente, quer geral, quer outra mais
particular, onde se inclui, por exemplo, a destinada a pessoas com Mobilidade Reduzida e Segurança
Contra Incêndios.

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|O DESAFIO… Visitar o
Museu Marítimo… deve ser
uma experiência única… |

Em Consequência,

• Depois de bem ponderados todos os fatores que corporizam um equipamento com as


características preconizadas neste exercício e de assimiladas as situações inerentes ao
desenvolvimento compositivo do trabalho, procure, principalmente através do desenho
(instrumento privilegiado do trabalho do Arquitecto), desenvolver raciocínios lógicos que projetem
toda a informação recolhida e que deem imagem às suas ideias.

• Todo este processo, apoiado no diálogo diário com professores (incluindo os das várias
unidades curriculares que dão conteúdo ao ano) e também com colegas, proporcionará uma
estruturação compositiva da ideia, que se pretende realista, personalizada e de acordo com o local
onde vai ser inserida.
Só assim conseguirá encontrar um percurso conceptual coerente e perfeitamente ajustado aos
objetivos que, com certeza, se propõe atingir.

Bau
The New Museum of
Contemporary Art/ By
SANAA

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PRINCIPAIS PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO

Para além de todos os critérios já conhecidos e constantes quer no Programa da Unidade


Curricular, quer no Regime de Avaliação em vigor na Universidade, deve ter particularmente
presentes os que a seguir se descrevem:

• Conceito Arquitectónico.

• Desenvolvimento do Programa dentro do contexto solicitado neste enunciado, tendo em


particular atenção os aspetos funcionais, físicos e culturais.

• Criatividade demonstrada e autonomia concetual.

• Cumprimento da Legislação existente para espaços com estas características.

• Aperfeiçoamento de linguagens, desde a gráfica à escrita, não esquecendo de modo algum a


verbal, como formas aferidoras de raciocínios e de capacidade crítica.

• Evolução e tipo de desenvolvimento do trabalho (acompanhamento nas aulas).

• Apresentação do trabalho, quer oral, quer graficamente. Tanto num caso, como no outro, a
clareza de raciocínios deve prevalecer e o resultado deverá ser algo perfeitamente "legível" e
compreensível de forma imediata.

• Cumprimento das datas de entregas solicitadas.

Danish National
Maritime Museum.
BIG ÔÇô Bjarke Ingels
Group. Helsing.
Denmark

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PERCURSO e ENTREGAS do EXERCÍCIO

O desenvolvimento da sua proposta, a ser elaborada até ao


Projecto de Execução, deverá ser compartimentado segundo as
fases e respetivas entregas de trabalho, que a seguir se enunciam:

1ª FASE
- 1ª Entrega até 20 de Dezembro - Os vários estudos teóricos até aí aferidos - principalmente a nível
de um Organigrama Funcional, onde também sejam vinculadas
as várias áreas necessárias a cada espaço.

- 2ª Entrega até 17 de Março - Resolução do Edifício a nível de Estudo Prévio (escala 1/200),
também com apresentação de uma Maqueta de Volumes e da
Planta de Implantação Geral.

2ª FASE
- Entrega até 21 de Abril - Projecto-Base (Projecto de Licenciamento) - Desenvolvido na escala 1/100,
deverá ter todas as peças desenhadas e escritas indispensáveis a uma boa compreensão da ideia
(Plantas de Localização, de Implantação e de Pisos, Cortes, Alçados e Perspetiva).

As partes desenhadas deverão ainda conter a indicação de:


- Sistema Estrutural (pilares);
- Principais materiais a utilizar, quer no exterior quer no interior;
- Zonas a ampliar para a escala 1/20;
- Cotagem (a nível geral), planimétrica (em Planta) e altimétrica (Alçados e Cortes);
- Base de Geometrização.

A parte escrita - Memória Descritiva e Justificativa - deverá conter:


- Fotografia do local para a implantação do Edifício;
- Descrição, com Justificação, do percurso conceptual;
- Descrição das várias partes funcionais que o Edifício alberga, com indicação das Áreas Parciais
(de cada um dos Espaços) e Áreas Gerais (Brutas por Piso e Totais);
- Escolha do Sistema Construtivo e Estrutural;
- Orientações várias para as restantes especialidades;
- Principais Materiais a aplicar no exterior e no interior;
- Principais opções para o Isolamento Térmico e Acústico;
- Sinalética de emergência;
- Segurança contra incêndios;
- Fotografia da Maqueta do Edifício, implantada no Modelo Tridimensional (1/2000) já executado;
- Fotografia da Maqueta executada na escala 1/200.

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Voyager NZ Maritime Museum . Bossley Architects.
Auckland New Zealand

3ª FASE
Até ao final do ano letivo

Projecto de execução (processo de comunicação à obra)


Será desenvolvido da escala 1/50 até à 1/1 e deve conter:
- Cotagem pormenorizada do edifício
- Mapa de Vãos de todo o Edifício
- Mapa de Acabamentos do Edifício
- Caderno de Encargos
- Medições e Orçamento

- Pormenores (pelo menos):


Corte Construtivo escala 1/20
Zona da Entrada Principal (planta e cortes) escala 1/20
Instalações Sanitárias (planta e cortes) escala 1/20
Pormenores Tipo (guardas, escadas, rodapés, portas, etc...) até à escala 1/1

Kaap Skil, Maritime and Beachcombers Museum by Mecanoo.


Oudeschild. Texel. Netherlands

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APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS:

Na apresentação final do seu trabalho, antes de mais, deverá ter em consideração a importância
de uma apresentação relevante, cuidada e esclarecedora.
Os modos e métodos de apresentação das diferentes Fases do trabalho serão feitos de acordo
com o definido no início do ano e explicitado no enunciado do Programa e aprofundado nas aulas
teórico/práticas.

As peças desenhadas serão entregues em cópias de formato DIN A1, na vertical.


Todo o Processo deve estar documentado em Dossier formato DIN A3, na horizontal

No dia da Frequência, terá ainda de entregar:


- 2 Painéis Síntese, em formato A1, relativos a todo o trabalho desenvolvido.
- 2 Folhas Síntese, em formato A4, relativas a todo o trabalho desenvolvido.

Universidade Lusíada Norte – Vila Nova de Famalicão, 24, Novembro, 2022

Professor Doutor Fernando Mariz


Professor Doutor César Moreira

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
2º EXERCÍCIO TEÓRICO/PRÁTICO

No desenvolvimento do exercício, para além de toda a temática ministrada nas aulas teóricas e dos
estudos bibliográficos que necessariamente vai efetuar, tenha ainda em consideração a informação
complementar que se junta a seguir.

“…A beleza resultará da forma e da correspondência do todo,


com relação às várias partes, das partes com relação a cada
uma, e destas novamente com relação ao todo; que a
estrutura possa parecer um corpo inteiro e completo, onde
cada membro está de acordo com os outros e todos são
necessários para compor aquilo a que se pretende dar
forma…”
Andrea Palladio, Os quatro livros de arquitectura, Livro I, Capítulo 1.

"... A maior preocupação de um arquitecto deve ser que os


edifícios possuam uma pontual proporção nas suas distintas
partes e em todo o seu conjunto. Fixada a medida da sua
simetria e calculadas perfeitamente as proporções de tal
medida, é então objectivo do seu saber eleger a natureza do
lugar em relação ao uso e à beleza do edifício ..."
Los Diez libros de Arquitectura de Vitruvio, pg. 233

"... a Simetria surge a partir de uma apropriada harmonia das


partes que compõem uma obra; surge também a partir da
Villa Capra, de Andrea Palladio
conveniência de cada uma das partes por separado, em
relação ao conjunto de toda a estrutura ..."
Los Diez libros de Arquitectura de Vitruvio, pg. 69

"... A Ordenação consiste na justa proporção dos elementos de uma obra, tomados isoladamente
ou em conjunto ..."
Los Diez libros de Arquitectura de Vitruvio, pg. 69

"... se a natureza formou o corpo humano de modo a que os seus membros guardem uma exacta
proporção em relação a todo o corpo, os antigos fixaram também esta relação na realização

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completa das suas obras, onde cada uma das suas partes guarda uma exacta e pontual proporção
em relação à forma total da obra. ..."

"... A proporção define-se como a conveniência de medidas a partir de um módulo constante e


calculado e a correspondência dos membros ou partes de uma obra e toda a obra em seu conjunto.
..."
Los Diez libros de Arquitectura de Vitruvio, pg 131

"... A Música e a Literatura são capazes de nutrir a imaginação para que a mente responda aos
sons e as palavras criem imagens. A Pintura mostra como saboreamos as cores, as formas e as
composições, enquanto a poesia se encadeia com aspectos impalpáveis do significado que só as
palavras podem transmitir.
A Arquitectura afecta todos os nossos sentidos; veja-se o que experimentamos ao passear por um
jardim que tenha uma fonte e árvores: percebemos os sons, as formas, as proporções, a escala, a
textura e o próprio traçado dos vários espaços ajardinados que o compõem. Pode ser também que
estejamos sujeitos a sensações relacionadas com a intimidade e o poder, com a abundância e a
pobreza; é ainda possível que se façam associações com a história, ou alusões à sociedade, à igreja
ou mesmo ao governo. ..."
BAKER, Geoffrey H., "Análisis de la forma"

Palácio Farnese, António da Sangallo

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in Arquitectura: temas de composición, Pag.s 26 e 27

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