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Professor: Guilherme Abreu Horário da Aula: Terça-feira 19h00min

Transformadores, Geradores e Motores


Ari Junior, Bruna Suellen Karpenko, Denise Gama, Jesiel Barreto
Universidade Federal do Paraná
Centro Politécnico – Jardim das Américas – 81531-980 – Curitiba – PR - Brasil
e-mail : ari.r.j94@gmail.com
denise_cristine73@hotmail.com
jesiel_rodrigobarreto@hotmail.com
bruna.karpenko@gmail.com

Introdução
Análise e Resultados
O experimento está dividido em 2 partes
onde em ambas verificamos o comportamento Os valores da tensão no indutor primário
da tensão criada em um indutor (secundário) (1), secundário (2) tensão fornecida na tabela 1
devido a outro indutor (primário) percorrido
por uma corrente variável. Indutor 1 (V) Indutor 2 (V) Tensão fonte (V)

Procedimento Experimental 9,063 14,06 9,8

8,438 13,44 9,5


Na primeira parte conectamos o indutor
primário de 1200 espiras a uma fonte de tensão 8,281 12,66 8,9
que fornece uma onda senoidal de
aproximadamente 100Hz e o aproximamos do 7,812 12,19 8,5
indutor secundário de 200 espiras onde no
centro de ambos há um núcleo de ferro, então 7,187 11,09 7,9
monitoramos a amplitude de tensão dos dois Tabela 1
pelo osciloscópio conforme aumentamos a
tensão no indutor primário, anotamos os Com os dados da tabela 1 traçamos o
resultados em uma tabela. Em seguida é gráfico da tensão no indutor secundário em
conectado um resistor ao indutor secundário e função da tensão no primário.
refazemos o procedimento. Na segunda parte
mantemos a tensão fixa e variamos a
frequência do gerador de função. A figura
abaixo mostra uma representação de como foi
montado o experimento exceto pelo fato do
núcleo não ser fechado.

Gráfico 1: Tensão secundário x Tensão primário

Observa-se uma linearidade da variação das


amplitudes das tensões, e de fato pois da
Figura 1:Configuração utilizada no experimento.
equação teórica de transformação temos:
8,594 12,97 9,0
𝑁𝑠
𝑉𝑠 = 𝑉𝑝 . 𝑁𝑝 9,063 13,75 9,5
Tabela 2

Onde:
𝑉𝑠 é a tensão no indutor primário e 𝑁𝑠 seu Com os dados da tabela 2 traçamos
novamente um gráfico da tensão no indutor
número de espiras. secundário em função da tensão no primário.
𝑉𝑝 é a tensão no indutor secundário e 𝑁𝑝 seu
número de espiras.

Comprando a equação teórica com a


equação da reta obtemos:

𝑁𝑠
𝑉𝑠 = 𝑁𝑝
. 𝑉𝑝
↓ ↓ ↓
𝑦 = 𝑎 𝑥 + 𝑏

Assim o coeficiente angular 𝑎 é a razão


entre o número de espiras do indutor Gráfico 2: Tensão secundário x Tensão primário
secundário com o primário conhecido com
relação de transformação, da equação que Utilizando a mesma análise teórica anterior
melhor representa os pontos presente no obtemos:
gráfico temos que:
𝑁𝑠
𝑁𝑠 𝑁𝑝
= 1, 61
𝑁𝑝
= 1, 61 200
1200
=6
200
1200
=6 . (Teórico) (Real)
. (Teórico) (Real)
Não se obteve mudança no valor da relação
Está diferênça pode ser devido ao fato do de transformação pois como a resistência era
núcleo de ferro não ser fechado como o grande (1𝑘Ω) a queda de tensão no indutor
exemplo da figura 1, pois sendo aberto temos secundário foi baixa, esta formação é recíproca
uma dispersão no fluxo magnético ao experimento de resistência interna de fontes
introduzindo um erro experimental.
Para a segunda parte mantemos uma tensão
Refizemos o experimento com os mesmos no indutor primário de 9,8V e medimos a
indutores más colocando um resistor de 1𝑘Ω amplitude da corrente nos indutores para várias
em série com o indutor secundário, os dados frequências de uma onda senoidal. Os
estão na tabela 2 abaixo. resultados estão na tabela 3 abaixo.

Indutor 1 (V) Indutor 2 (V) Tensão fonte (V) Indutor 1 (V) Indutor 2 (V) Frequência (Hz)

7,187 10,47 7,5 9,68 13,44 100

7,5 11,41 8,0 12,34 16,87 303

7,969 12,03 8,5 12,50 17,19 502


12,81 17,50 704
se varia o sentido do campo o próprio material
precisa de um tempo para se adequar ao novo
12,66 17,50 904 sentido sendo assim em altas frequências ele
não conseguia acompanhar a variação e a
12,81 17,50 1102 relação de transformação se mantém constante,
algo parecido era visualizado no experimento
12,50 17,50 1303
de indução magnética quando se aumentava
Tabela 3 muita a frequência no 1º indutor e o
Com os dados do indutor 1 e 2 da tabela 3 galvanômetro por possuir uma resistência
calculamos a relação de transformação em mecânica não acompanhava a variação
cada respectiva frequência. deixando a agulha praticamente estática.

Relação de Aplicando outras formas de onda se observa


Transformação Frequência (Hz) uma relação entre a onda do primário a e
induzida no secundário, temos que quando a
100
onda no primário é quadrada a no secundário
1,388
se torna uma de picos quando a tensão varia,
1,367 303 quando o primário é uma onda triangular no
secundário temos uma quadrada e seno
1,375 502 cosseno respectivamente. A relação obedece a
lei de Faraday sendo a onda no indutor
1,366 704
secundário uma derivada da onda no primário.
1,382 904
Estes transformadores são utilizados para
1,366 1102 inúmeras aplicações, um delas seria aumentar
consideravelmente a tensão para linha de
1,400 1303 transmissão de energia diminuindo a corrente e
consequentemente as perdas por efeito joule.
Com os dados da tabela 4 traçamos um Os núcleos deste transformadores são feitos de
gráfico da relação de transformação em função chapas metálicas isoladas que são menos
da frequência. suscetíveis a correntes parasitas.

Referências

[1] “Física Experimental III”, 1º semestre 2019,


capítulo 9, páginas 18 à 21.

[2] D.Halliday e R. Resnick, “Fundamentos de


Física”, Volume 3, 8ª edição, Edit. LTC Ltda Rio de
Janeiro(2009).

Observa se que não houve muita variação


na relação de transformação conforme a
frequência aumentava, isso é devido às
características do núcleo utilizado, pois quando

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