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Conteúdo

• Introdução
Fordismo • Henry Ford
• Princípios básicos de Ford
• Princípios da produção em massa
• A linha de montagem móvel
Profa. Dra. Janaina Giraldi
• Inovações de Ford
• Expansão do modelo Ford
• Exercícios de fixação
• Bibliografia
Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira 2

Fordismo Introdução

• Henry Ford – Primeiro “seguidor” dos


• Henry Ford (1863-1947) princípios organizacionais de Taylor
– Produção em massa • Pioneiro da linha de montagem móvel
– Linha de montagem móvel
• Utilizou os princípios da produção em massa
• Inovador em diversos aspectos da produção e
Ganhos de tempo e custos do consumo
Taylor e Ford: expansão da • Produziu enorme impacto na maneira de viver
atividade industrial das pessoas
Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira 4
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Henry Ford (1863-1947) Karl Friedrich Benz

 Começou como mecânico, chegando a


 Alemão (Karlsruhe,
engenheiro-chefe de uma fábrica
1844 - Ladenburg,
 Tornou-se industrial norte-americano
1929)
 Um dos grandes personagens dos inícios do
automobilismo  Considerado o pai do
 1899: participa como sócio minoritário na Detroit automóvel (1885)
Automobile Company e começa a investigar a
possibilidade de fabricar um automóvel comercializável  Motor a gasolina
 Cria sucessivamente a Henry Ford Company e a Ford  Refrigerado a água
Motor Company (1903): início da fabricação de carros em
série

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Princípios Básicos de Ford Ford e a produção em massa

• Princípio da Intensificação: Produção em massa


– redução do tempo (ciclo) de produção e de  Método pelo qual grandes quantidades de um
colocação do produto no mercado. determinado produto padronizado são fabricados
• Princípio de Economicidade:
– redução do volume de estoques;
– recebimento do valor do automóvel vendido antes
do pagamento da matéria-prima e salários.
• Princípio de Produtividade:
– aumento da produtividade pela especialização e
linha de montagem móvel.

Princípios da produção em massa Princípios da produção em massa

• Conceito: fabricação de produtos não • Trabalhador especializado:


diferenciados em grande quantidade
– uma única tarefa ou pequeno número de
• Peças padronizadas: tarefas;
– máquinas especializadas; – posição fixa dentro de uma sequência de
– sistema universal de fabricação e calibragem; tarefas;
– controle de qualidade: uniformidade das
– o trabalho vem até o trabalhador;
peças;
– simplificação das peças: número reduzido; – peças e máquinas ficam no posto de
– simplicidade do processo produtivo. trabalho.

Linha de Montagem Móvel Linha de Montagem Móvel

 No início Ford trabalhava • Modificações:


– entrega das peças em cada posto
artesanalmente:
de trabalho;
– várias tarefas por montador: colocar rodas, – uma única tarefa por montador;
molas, motor; – os operadores ficam parados.
• Resultados:
– o montador apanhava as peças no estoque;
– Redução no tempo de montagem do chassi;
– o trabalhador ia atrás do trabalho; – 1909 - 14.000 automóveis x 1914 - 230.000
automóveis;
– mas já em uma linha de montagem móvel. – maior velocidade: diminuía custos de estoques de
peças à espera de montagem;
– quanto mais carros eram fabricados, mais baratos eles
ficavam.

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Ford e a produção em massa Inovações de Ford

• 1908: • 1914: aplicação da linha de  Janeiro de 1914:


montagem montagem móvel e mecanizada – jornada de 8 horas (na época era de 10 a 12h);
artesanal – Tempo médio caiu para 1h33m – duplicou os salários para 5 dólares (por dia).
– Tempo
médio para  Concentração vertical: produção desde a matéria-
montar prima inicial ao produto final acabado
chassis era  Concentração horizontal: controle da cadeia de
de 12h28m distribuição comercial com agências próprias
 Achava que o operário deveria poder comprar o
produto que fabricava
 Manual do proprietário do Modelo T com 64 pág.
 Definição de padrões para os concorrentes
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Ford e a produção em massa Henry Ford e o Modelo T

BASES DO SISTEMA RESULTADOS • Lançado em 1908 com o preço de US$ 850, o Modelo T
 O processo produtivo é foi um sucesso instantâneo. Não era um carro para os
 Aumento do controle ricos se exibirem em passeios de fim de semana. Era
planejado, ordenado e
contínuo industrial em relação ao feito para o homem comum usar todos os dias.
 O trabalho é entregue financeiro
ao trabalhador
 As operações são  Elevação do padrão de
analisadas e qualidade
dividas em
seus  Intensificação do uso de
elementos máquinas de produção
constituintes
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Curiosidades do Modelo T Expansão do modelo Ford

• Possíveis origens do nome:  Novas ocupações:


– Twenty: o carro do século XX; – Engenheiro industrial: planejamento e controle de
montagem;
– Twenty: porque tinha 20 cavalos-vapor
– Engenheiro de produção: planejamento do processo
– Letra T: porque foi o vigésimo protótipo e é a de fabricação;
vigésima letra do alfabeto. – Faxineiros: limpavam periodicamente as áreas de
trabalho;
• Apelido: tin lizzie (empregada de lata)
– Técnicos: calibravam e reparavam ferramentas;
• Era sempre preto: cor da tinta que secava mais – Supervisores: verificavam problemas na fábrica;
rápido – Reparadores: consertavam o que estivesse errado no
• Velocidade “astronômica” de 72 km/h! fim da linha;
– Trabalhador especializado: não tinha perspectiva de
ascensão profissional.

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Expansão do modelo Ford Contribuições da Administração Científica

 Vantagens competitivas:  Melhorou a produtividade e eficiência das


– primeira posição na indústria automobilística mundial; fábricas
– 1923: 2,1 milhões do Modelo T;
 Introduziu a análise científica no ambiente de
– 1926: Ford montava automóveis em 19 países, além dos
EUA; trabalho
– até o final de sua vida: 17 milhões do “T”.  O sistema de gratificação diferenciada:
 Peregrinação de industriais de todo o mundo à – equiparava as recompensas dos trabalhadores a
fábrica de Detroit seu desempenho
 Não fazia segredos de suas ideias e técnicas  Propiciava colaboração entre a administração
 Volkswagen, Renault, Fiat e Mercedes-Benz: e os trabalhadores
cópias virtuais da Ford no final dos anos 50

Limitações da Administração Científica Limitações da Administração Científica

• Pressupostos motivacionais eram simplistas • Mecanicismo


(Homo economicus): visão incompleta do homem • Super-especialização do operário
e da organização
• Falta de flexibilidade organizacional: uma única
• Trabalhadores vistos como partes de uma forma de realizar o trabalho
máquina
• Abordagem envolve apenas a organização
• Potencial para a exploração do trabalho formal
• Pouca atenção ao elemento humano • Limitação do campo de aplicação à fábrica
• Incentivo monetários X prestígio, poder, • Controle por supervisão
aprovação do grupo, auto realização

Modelo de administração de Sloan para a


Taylor, Ford e Sloan
General Motors

Administração ADMINISTRAÇÃO SISTEMA FORD DE ORGANIZAÇÃO DA


CIENTÍFICA PRODUÇÃO GENERAL MOTORS
Superior
• Ênfase na eficiência • Linha de montagem • Um produto para
do Processo móvel cada tipo de cliente
Produtivo e na • Especialização do • Divisões autônomas
Administração Funções Centrais de
(unidade de
Finanças, Marketing, Economia de trabalhador
por Objetivos negócios) para cada
etc. Recursos • Sistema produtivo
produto
administrado de
• Administração
forma sistêmica central define
• Um produto para objetivos e cobra
Divisões todos resultados
(Unidades de Negócios)
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Exercício em grupo: Ford Bibliografia
• Assistam ao trecho do vídeo da Série “Gigantes da Indústria -
Episódio 8 A Nova Máquina”
• BATEMAN, T. S., SNELL S. A. Administração:
• https://www.youtube.com/watch?v=gl3GUas5dRk construindo vantagem competitiva. São Paulo:
• Vídeo mostra dificuldades enfrentadas e estratégias para iniciar a Atlas: 1998. 539 p.
produção de automóveis por Henry Ford • CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração.
• Minutos: 6’15’’ – 15’25’’; 23’ – 27’; 30’15’’ – 35’15’’ 6. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
1. Quais foram os principais desafios relacionados à entrada no
mercado e relacionados à produção dos • FERREIRA, A.A.; REIS, A.C.F.; PEREIRA, M.I.
carros? Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias.
2. Quais princípios da produção em massa São Paulo: Pioneira, 2002. 256 p.
e da administração científica podem ser
verificados no vídeo?
• MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da
3. Que inovações de gestão podem ser Administração. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 530
destacadas no modelo de produção de p.
Ford?
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