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Fundamentos dos Sistemas Produtivos

Prof. Lauro Freitas

Lauro Freitas
Conteúdo programático da disciplina

Unidade 1 – Do modelo artesanal à Racionalização do


Sistema Produtivo

1.0 – O Sistema de produção artesanal


1.1 – Frederick Taylor e a Administração científica
1.2 – Henry Ford e a Produção em massa
1.3 – Henri Fayol e os princípios da organização
1.4 – Max Weber e a burocracia

Lauro Freitas
O que você vê?

Lauro Freitas
O que você vê?
• Progresso do homem
• Pioneirismo em tecnologia / ciência
• Poder simbólico, Ostentação
• Liberdade
• Vanguarda em conhecimento
• Modernidade, Futuro
• Potência econômica
• Geração de empregos
• Manobra de governantes
• Indústria poderosa
• Celeiro de métodos de EP
Lauro Freitas
O que você vê?

Lauro Freitas
O que você vê?

• Pessoas fixas num posto de trabalho;


• Trabalho dividido entre as pessoas;
• Produto sendo movimentando;
• Sincronia
• Linha de montagem;
• Posto de trabalho parece ser muito bem planejado;
• Produção robotizada;
• Produção, possivelmente, em um ritmo intenso (alto volume),

Racionalização: Razão + ação, usar da sua inteligência para


execução de tarefas para obter menor desperdício, esforço, custo e
retrabalho.

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Quem foi Henry Ford?

• Engenheiro de máquinas norte-americano

• Inventor (161 patentes);

• Empreendedor;

• Fundador da Ford Company (1903);

• Praticante de algumas ideias de Taylor;

• Criador de um novo mercado: “Carro para o homem comum”

• Fundou uma das maiores fábricas dos EUA no sécuto XX

Lauro Freitas
Inovações na organização do trabalho de Ford

• Linha de desmontagem para linha de montagem

Produção
em massa

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Linha de desmontagem

Ford não inventou a linha de montagem, mas fez uma das


aplicações mais rentáveis desta lógica de trabalho

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Antes e depois da linha de montagem

Produto Estático Produto movimentado


Feito a mão Apoio de máqunas
Trabalhador movimenta Trabalhador parado
Lógica artesanal Lógica em massa
Muitas coisas feitas de uma vez Uma atividade por vez
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Linha de Montagem e produção em massa

• Trabalhador fixo no posto de trabalho

• Trabalhador especializado (pequeno número de tarefas)

• Matéria prima chega ao trabalhador

• Intercambialidade de componentes (Padronização – CQ)

• Padronização do produto final e processo produtivo

• Racionalização do produto e seu processo de fabricação

• Produto circula por correia transportadora / esteira

• Verticalização da logística de abastecimento;


Lauro Freitas
Faça uma pesquisa

• Faça um Google sobre o Complexo


industrial de Rouge, idealizado por
Henry Ford e que teve apoio de
Frederick Taylor. Busque informações
sobre o tamanho desta planta produtiva,
o número de trabalhadores que lá
atuavam, a capacidade produtiva da
fábrica dentre outras curiosidades.

Fábrica Integrada – Produção verticalizada de aço, vidro e papel...

Lauro Freitas
Modelo T – Baixa variedade e alto volume

Quais as vantagens
de ter uma produção
com baixa variedade:

Para a Para o
organização? cliente?

Lauro Freitas
Outras inovações/mudanças propostas por Ford

 Volante do lado esquerdo do veículo

 Redução da jornada de trabalho de 12/10 horas para 8 horas*

 Manual do proprietário

 Aumento do salário para U$5/dia* (dobro do mínimo para época);

 Automóvel que fosse fácil para se dirigir e manter

 Projeto do automóvel orientado para manufatura e manutenção

 Carro robusto para as péssimas estradas da época

Lauro Freitas
Alguns números da Ford Motor Company

• Em 1908, quando teve sua primeira unidade vendida, o Ford T


custava US$ 825,00. Em 1925 o preço era de US$ 260,00;

• Ao longo dos quase 19 anos em que esteve em produção, saíram


das fábricas da Ford um total de 15 milhões de Modelos T, número
que só viria a ser batido em 1972 pelo Fusca (21,5 Milhões);

• Em 1923 foram produzidos 2,1 milhões de unidades do Modelo T;

• Em 1926 a Ford montava automóveis em 19 países além dos


Estados Unidos;

• Possuía 85 fábricas e com 150.000 operários, fabricando dois


milhões de carros por ano.

Lauro Freitas
Princípios Fordistas

 Princípio da intensificação (Ritmo da esteira)

 Princípio da economicidade (Nível de estoque)

 Princípio da produtividade:

Andar não agrega valor e cansa o trabalhador

As operações devem estar dispostas em sequência lógica

Lauro Freitas
Reflexões de Henry Ford...

• “... Para a maioria dos homens, a repetição nada tem


de desagradável. Isto porque em muitos casos, a
obrigação de pensar é uma verdadeira tortura..”

• “... Uma fábrica não é lugar de conferências...” Por isto


deve-se inibir a comunicação e o trabalho em grupo entre
os operários...

Lauro Freitas
Efeitos indesejados

• Trabalho produtivo monótono

• Alto índice de turnover

• Absenteísmo

• Perda de liderança para GM*

Lauro Freitas
Conclusões:

 Para ter produção em massa é preciso ter consumo em massa;

 A evolução do setor automobilístico está diretamente relacionada


com o desenvolvimento do pensamento gerencial

 As contribuições de Ford perpassam pelas áreas da: Engenharia da


Qualidade e produto, Logística, e Gestão da Produção

 Taylor e Ford foram os responsáveis pela cargo de Engenheiro de


Produção, sujeito que deve planejar/prescrever o trabalho

 Ford não inventou o automóvel nem a linha de montagem

Lauro Freitas
Conclusões:

 Para Taylor e Ford a fadiga é apenas de ordem fisiológica, ou seja,


pautada nos esforços físicos. Ambos desconsideram a fadiga
psicológica, marcada pela:

 Monotonia

 Rotinização

 Ausência de criatividade

 Subutilização de aptidões, etc..

Lauro Freitas
Boas perguntas para uma avaliação

1. Quais os aspectos comuns entre Taylor e Ford?


2. Quais as vantagens da intercambialidade das partes?
3. Na produção em massa, como cada trabalhador desempenha seu trabalho?
4. Qual o significado da expressão “produção em massa”?
5. Produção empurrada X Produção Puxada
6. Pesquise outros tipos de indústria que fazem uso da linha de montagem.
7. Pesquise sobre o declínio do modelo Fordista. Que modelo o substituiu e quando?
8. Pesquisa sobre o projeto Fordilândia de Ford.
9. Você acha que todos os princípios de Taylor e Ford são descartáveis? Explique?
10. Porque visualizamos estes princípios até hoje em vários setores?
11. O que é Produção em Série?

Lauro Freitas
Bibliografia

Leitura obrigatória
• E-book - CHIAVENATO, Idalberto . Teoria Geral
da Administração – Abordagens prescritivas e
normativas, 7ª Edição – Vol. 1, Pp. 79-116.

https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978852
0444948/cfi/0!/4/2@100:0.00

Leitura complementar
• TAYLOR, F. W. (1990) Princípios de Administração
Científica, Editora Atlas, 10ª Tiragem;
• RAGO, L. M. (1987), O que é Taylorismo? Editora
Brasiliense;
Lauro Freitas
Bibliografia:

Wood Jr, T. (1992). Fordismo, toyotismo e volvismo: os


caminhos da indústria em busca do tempo perdido. Revista
de Administração de Empresas, 32(4), 6-18.

Pereira, R. M. & Oliveira, S. R. (2011). Taylorismo e


Fordismo: A racionalidade técnica na organização, cap. 13
p. 239-57 In: Sociologia e Administração – Relações sociais
nas organizações. Editora Campus.

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Assistir para a próxima aula:

https://www.youtube.com/watch?v=kVl-Ry_SJi4
Episódio 1 – Como as fábricas mudaram o mundo

Documentário obrigatório para a primeira avaliação

Lauro Freitas
Pra curtir no Trânsito:

https://www.youtube.com/watch?v=ErgG39vJBb0
Trechos do documentário produzido pelo History Channel,
"Gigantes da Indústria".

https://www.youtube.com/watch?v=oTxWtcWB07w
Filme: O homem e a Máquina (ver partes 1, 2 e 3)

https://www.youtube.com/watch?v=Th6D3VZDWhg
Biografia da Henry Ford

https://www.youtube.com/watch?v=gl3GUas5dRk
Gigantes da Indústria - Episódio 8 A Nova Máquina

Lauro Freitas

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