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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6

Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE


NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
DANÇA EDUCATIVA MODERNA: POSSIBILIDADES DE ENSINO NAS
AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Simone Eurick Martins1


Verônica Volski2

Resumo: O presente artigo resulta de um projeto desenvolvido com alunos do


terceiro e quarto ano do curso de Formação de Docentes do Colégio Estadual
José de Anchieta, de Santa Maria do Oeste-PR. O projeto surgiu ao analisar, na
prática cotidiana, as dificuldades de inserção do ensino da dança como
conhecimento pedagógico nas aulas de Educação Física, promovendo ações
pedagógicas que possibilitassem o egresso da linguagem da dança na formação
dos docentes. Tendo como objetivo buscar subsídios para contribuir na melhoria
do ensino da linguagem da dança na escola, mais especificamente no Curso de
Formação de Docentes, por meio de atividades que levaram os alunos a fazer e
pensar a dança como arte, cultura e conhecimento pedagógico. O projeto
baseou-se no método da abordagem qualitativa exploratória através de aulas
teórico-práticas dentro da metodologia da socialização e da partilha de
conhecimentos. Apresentou-se a Dança Educativa Moderna como objeto de
estudo possibilitando o acesso de todos. Por ter a liberdade de movimento, este
estilo favorece a não exclusão e a não classificação dos alunos. Por meio do
projeto, os alunos levantaram questões e soluções para os processos corporais,
conseguindo, como resultado, um melhor entendimento da dança e, ao mesmo
tempo, estabelecendo relações com outras áreas do conhecimento .

Palavras-chave: dança; educação física; formação de docentes.

1. Introdução
1
Professora de Educação Física da Rede Estadual de Ensino do Estado do Paraná; com
especialização em Fisiologia do Exercício Avançada com aprofundamento em grupos especiais
e Pedagogia Escolar; discente do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), de 2013,
da Secretaria de Educação do Estado do Paraná, atualmente docente no Colégio Estadual José
de Anchieta.
2
Professora do Departamento de Educação Física da Universidade Estadual do Centro-Oeste –
UNICENTRO, com formação em Educação Física – Licenciatura e Bacharelado, especialização
em Educação Física Escolar pela ESAP-UNIVALE e aluna do Programa de Pós-Graduação –
Mestrado em Educação da UNICENTRO, na Linha de Pesquisa Educação, Cultura e
Diversidade.
A dança é um fator natural do ser humano, também considerada ciência
de estudo e legalmente faz parte dos currículos escolares. De acordo com as
Diretrizes Curriculares de Educação (DCE) de Educação Física (EF) do Paraná
a dança possui características para a formação do cidadão, contribui para a
saúde, enriquece a socialização e pode discutir os diversos aspectos culturais
dos povos (PARANÁ, 2006). Assim se faz necessário que esta seja contemplada
de fato nas aulas de EF como conteúdo permanente.
É importante que o ensino da dança, com objetivos educacionais, comece
na escola. Steinhilber (2000) afirma que o aluno que pratica a dança possui
maior socialização com os colegas e menos dificuldades durante a
alfabetização. Cunha (1992) também ressalta a importância do processo de
escolarização da dança, acreditando que somente a escola, através da
ocupação consciente da dança, possui condições de melhorar e formar pessoas
com conhecimento de suas possibilidades corporais e expressivas.
Em virtude dessas considerações, cumpre-nos assinalar que a dança é
conteúdo estruturante da disciplina de Educação Física, sendo objeto de estudo
das práticas corporais que permeiam o ambiente escolar. Ela engloba conceitos,
procedimentos, atitudes que possibilitam ao indivíduo expressar-se criticamente
e criativamente na sociedade.
Considerando estes apontamentos sobre o ensino da dança nas aulas de
Educação Física e a busca pela valorização desta prática, o projeto abordou
ações que nortearam o estudo da dança, através dos princípios da Dança
Educativa Moderna, fundamentados por Laban (1978). As ações buscaram
inferir a importância da dança e seus benefícios, proporcionar uma análise sobre
o conceito de dança no ambiente escolar e possibilitar uma proposta de ensino
aprendizagem no Curso de Formação de Docentes, promovendo assim, o
egresso da dança no cotidiano escolar.
Marques (2007) aponta que a formação de professores para atuar na
área de dança é sem dúvida um dos pontos mais críticos no que diz respeito ao
ensino desta arte em nosso sistema escolar. Sendo assim, o estudo teve como
objetivo central promover subsídios para que os futuros docentes sintam-se
inspirados a sempre buscarem conhecimentos práticos, teóricos que envolvam
o fazer, o pensar a dança em seus aspectos pedagógicos.
A escolha da Dança Moderna como objeto de estudo para essa pesquisa
se justifica por sua essência que é possibilitar o acesso de todos. Ao permitir a
liberdade de movimento, este estilo favorece a não exclusão e a não
classificação dos alunos. Em seu processo de criação, a liberdade de
movimento é buscada dentro da realidade do aluno, pois o eixo de seu trabalho
está no tronco, no contato corporal, na queda, na improvisação, nos movimentos
das articulações em diferentes graus de tensão, relaxamento, e, também, o
trabalho de solo, respeitando as experiências corporais empíricas de cada aluno
as quais são relevantes para a produção artística corporal (LABAN, 1978).

2. Dança e a Formação de Docentes


A dança não é contemplada como disciplina, mas sim como conteúdo na
disciplina de EF e Artes, o que se explica a ausência de profissionais
qualificados especificamente em dança dentro das escolas. Portanto, há a
necessidade dos profissionais das áreas de EF e Artes em se trabalhar com este
conteúdo.
Muitos destes profissionais não se sentem aptos a trabalhar com dança. A
carga horária curricular na sua formação é limitada, sendo este um dos motivos
da quase inexistência presença do ensino de dança nas escolas. Salvo por
alguns projetos extracurriculares, deixa-se de lado a verdadeira função da dança
no contexto escolar.
Marques (2007) analisa que o profissional de dança, muitas vezes, não
tem vez dentro das escolas. Um dos motivos seria de que a disciplina não está
contemplada na grade curricular da educação do Paraná. É responsabilidade,
assim, dos profissionais de Artes, EF, ou alguém que estaria disponível a
realizar este trabalho.

É nessa perspectiva da diversidade e da multiplicidade de propostas e


ações que caracterizam o mundo contemporâneo que seria
interessante lançarmos um olhar mais critico sobre a dança na escola.
A transmissão de conhecimentos hoje como sabe não se restringe
mais a quatro paredes (MARQUES, 2007, p.17).

Diante disso, Barreto (2005) comenta da necessidade de compreender o


ensino da dança na escola para que haja construção de novos conhecimentos e
novos olhares na dança. O Brasil é um país dançante, devido a toda a
diversidade cultural de ritmos encontrados em cada região. Ao contrário dessa
diversificação cultural a dança tem suas limitações na formação de profissionais.
Quando nos referimos à formação de docentes, no estudo em questão,
estamos apenas direcionando pequenas propostas para o ensino da dança, pois
se sabe que a formação é algo muito mais abrangente e complexo. Para Veiga
(2006) o termo formação é o ato ou modo de formar que compreende dar forma
a algo, ter a forma; pôr em ordem; fabricar; tomar forma; educar.
A formação de professores é uma ação contínua, progressiva que
abrange diversas instâncias na qual a prática pedagógica, a experiência do
professor é elemento integrante de sua formação onde este relaciona teoria e
prática. Nessa perspectiva, a formação do professor compreende a importância
do papel da docência como ênfase científico-pedagógica que dê suporte ao
professor para enfrentar questões primordiais da escola como instituição social,
uma prática social que implica ideias de formação, reflexão e crítica (VEIGA,
2006).
Sobre a formação do professor, Freire (1999) comenta que alguns
conteúdos são obrigatórios para a formação do docente, tornando-se saberes
indispensáveis. Um deles é de que o formando, a partir de sua experiência
formadora, assuma-se também como sujeito da produção do saber. Com a
convicção de que ensinar não é transmitir e nem transferir conhecimentos, mas
criar condições para que aconteça a sua produção ou construção. Embasado
nesta perspectiva de Freire, um dos objetivos dessa pesquisa é ofertar
experiências em dança para que futuramente os alunos docentes possam
recorrer à prática vivenciada como bagagem de conhecimento a sua formação.

3. Dança e a Educação Física


A Educação Física contempla os conteúdos que representam as
manifestações da linguagem corporal. De acordo com as DCE de EF do Paraná
“a cultura corporal norteará o trabalho com os conteúdos estruturantes,
constituindo, portanto, seu objeto de ensino” (PARANÁ, 2006, p.32). A partir dos
elementos da cultura corporal, a dança é considerada um destes, como
conteúdo estruturante. Nesse sentido, o trabalho pedagógico deve visar às
reflexões sobre as representações do homem no mundo e manifestá-las através
da expressão corporal na dança.
Nanni (2003) relata que as danças, independente da história e/ou espaço
geográfico, são a representação das manifestações de todos os povos, de seus
‘estados de espírito’. Permeio de emoções, de expressão, de comunicação dos
seres e de suas características culturais.
Buogo (2011) comenta que a dança já faz parte do cotidiano dos
educandos fora do contexto escolar e os professores sentem muita dificuldade
em trabalhar com a dança como conteúdo estruturante nas aulas de EF. Entre
as dificuldades encontradas no ensino da dança nas escolas está a
instrumentalização no trato com este conhecimento, cujo objetivo da prática
desta manifestação cultural é sempre um fim social, um evento.
A instrumentalização, explica Fensterseifer (2001), ocorre quando a ação
pedagógica desenvolve-se de modo egocêntrico, visando somente ao produto
final. Ou seja, objetiva a apresentação em si sem a preocupação com os meios
de construção, com a aquisição do conhecimento e, nem tampouco, com a
interação dos sujeitos envolvidos no processo.
Convém ressaltar que há outros fatores que se contrapõem ao processo
de ensino, dificultando a relação de cumplicidade que educador e educando
devem ter para gerar aprendizagem.

Oferecendo ao aluno a oportunidade de elaborar seus próprios


movimentos e ser agente do conhecimento, essa dança desenvolve a
iniciativa e a autonomia, qualidades voltadas à liberdade de ser e estar
no mundo. Os seres humanos estão sendo padronizados,
principalmente por influencia dos meios de comunicação, hoje
impregnados pela globalização. Isso rotula as formas das pessoas
agirem, tornando-as iguais no dançar, vestir, sentar etc. (BREGOLATO
2006, p.145)
No contexto desses conhecimentos, cumpre-nos assinalar a importância
do trabalho com a dança nas aulas de EF, para estar superando essas
dificuldades, pois a dança tem muito a contribuir com a EF para atingir os
objetivos propostos em relação ao ensino e ao egresso da dança no ambiente
escolar.
Barreto (2005) considera os muitos preconceitos enfrentados pelas
pessoas que dançam na área da EF. A dança e a EF são áreas de
conhecimento complementares, cada uma com suas especificações. Uma está
relacionada à outra quando falamos de corpo e movimento.
A dança pode contribuir para a EF, através da apreciação da experiência
artística, do processo de criação, de formas expressivas, como um conjunto de
atitudes organizadas, perante o mundo. Enquanto a EF contribui à dança, com
aspectos da motricidade, da corporeidade humana atribuindo à dança um
sentido amplamente diferenciado ao tradicional que já lhe foi concebido há muito
tempo, no que diz respeito à privação de liberdade de expressão do movimento.
Barreto (2005, p.117) complementa “se as discussões sobre estética estão aos
poucos se espalhando pelo campo da EF, o mesmo ocorre em relação às
questões referentes à corporeidade e à motricidade, no campo da dança”.
A dança nas aulas de EF não deve priorizar a execução de movimentos
corretos e perfeitos dentro de um padrão técnico imposto, gerando a
competitividade entre os alunos. Deve partir do pressuposto de que o movimento
é uma forma de expressão e comunicação do aluno, objetivando torná-lo um
cidadão crítico, participativo e responsável, capaz de expressar-se em variadas
linguagens, desenvolvendo a auto-expressão, aprendendo a pensar em termos
de movimento (SCARPATO, 2001).
Para que tal intuito seja alcançado é importante que as aulas de dança
contenham técnicas de conscientização da expressão corporal, da apreciação
de vídeos, espetáculos de dança, atividades rítmicas, estimulando a criatividade
e a criticidade dos educandos.
4. Dança Educativa Moderna
Em meados do século XIX, surgem indícios de um novo estilo de dança
que demarcou no tempo uma nova era para a história da dança, a insatisfação
de alguns bailarinos com a dança clássica, oportunizou a busca por novas
perspectivas. Surge então a Dança Moderna, apresentando uma técnica de
movimento livres se opondo ao rigor do balé clássico (FAHLBUSCH, 1990).
A expressão “Dança Moderna” foi usada pela primeira vez em abril de
1926, para qualificar os trabalhos de Martha Graham, até então era considerada
como dança livre e suas precursoras consideradas dançarinas livres.
(FAHLBUSCH, 1990)
Izadora Ducan é considerada um dos grandes nomes na história da
Dança Moderna. Ela pregava a liberdade de movimento, preconizava que a
dança não devia ser uma repetição de passos pré-estabelecidos e combinados.
Deveria, sim, expressar sentimentos e emoções do bailarino. Considerava a
dança como uma forma de protesto contra a forma convencional da dança de
seu tempo.

Em seu desejo de reconferir à dança sua verdadeira essência, Ducan


despojou o corpo das roupagens usadas na escola acadêmica e
instaurou a dança dos pés descalços, se opondo a infalibilidade e
rigidez da escola acadêmica. (...) ela encontrou e conseguiu transmitir
a beleza dos movimentos livres do corpo (FAHLBUSCH, 1990, p. 21).

Apesar de não deixar nenhuma escola ou doutrina, Duncan abre as


portas para grandes precursores da dança moderna, deixando sempre o espírito
de renovação esboçando os princípios da futura técnica desta dança. Além de
Ducan outros nomes tiveram sua contribuição para a evolução da Dança
Moderna como François Delsarte, Emile Jaques Dalcroze, Martha Graham,
Rudolf Laban, entre muitos outros. Cada um estabeleceu seus princípios e suas
técnicas pessoais criando sua própria linguagem, deixando seu legado para o
crescimento e fortalecimento da Dança Moderna (GARAUDY, 1980).
Rudolf Laban e Isadora Ducan se consolidavam dentro da mesma linha
de pensamento do livre fluxo de movimento. Mas mesmo sendo influenciado
pelo espírito de libertação e experimentação do qual Duncan foi pioneira, Laban
não seguiu a risca seus passos. Ele propõe, para além de uma dança livre,
referenciais corporais que instrumentalizam o processo criativo e o tiram da
qualidade de trabalho espontâneo. Tais referências acabam por possibilitar um
maior grau de consciência corporal nas experimentações de movimentos.
Quando nos referimos à dança livre, movimento liberado, fluidez e
natureza do movimento, de acordo com Laban, falamos de uma proposta de
dança que também requer uma técnica. Esta nova proposta de pensar a dança
exige uma técnica e uma didática específica que, dentro da filosofia moderna,
estimula o domínio do movimento em todos os seus aspectos corporais e
mentais.
Pela proposta de Laban “em vez de estudar cada movimento particular,
pode-se compreender e praticar o princípio do movimento. Este enfoque da
matéria da dança implica uma nova concepção desta: o movimento e seus
elementos” (LABAN 1990, p.16).

Assim o ensino da Dança Moderna, segundo as diretrizes de seus


precursores, deve ter como base as leis que regem a mecânica
corporal; deve ser uma expressão global do corpo, onde a emoção,
sensibilidade e criatividade se tornam o foco central, ou seja, se
convertem em uma expressão máxima ensejando ao homem a
possibilidade de se auto realizar e de se auto conhecer exercida de
forma contextual pelos que a exprimem (NANNI, 1995, p.16).

A dança acaba por se transformar em maneira de desenvolver e


aprimorar o ser humano, e não mais privilégio de uma única classe. Possibilita a
auto-realização e integração do currículo escolar (NANNI, 1995).
A proposta por Rudolf Laban adéqua-se perfeitamente aos princípios da
educação progressista, possibilitando ao aluno expor-se por seus próprios
movimentos. Não ensina apenas a forma ou a técnica, mas educa conforme o
vocabulário de movimento de cada um, contribuindo para o desenvolvimento
emocional, físico e social do participante. Tal proposta, associada aos princípios
construtivistas, reconhece a importância da construção do movimento e da
participação do aluno (SCARPATO, 2001).
As propostas de Dança Educativa Moderna de Laban podem contribuir
para o desenvolvimento do educando nos seguintes aspectos: “aprendizagem,
compromisso, cidadania, responsabilidade, interesse, senso crítico, criatividade,
envolvimento, socialização, comunicação, livre expressão, respeito, autonomia e
cooperação. Tal proposta procura levar o aluno à ação-sensação-reflexão,
contribuindo para aprender a ser, aprender a fazer, aprender a conhecer e
aprender a viver juntos, que constituem os quatro pilares da educação”
(SCARPATO, 2001).
Laban articula que toda criança tem uma tendência natural de dançar, de
se expressar através de movimentos e esta espontaneidade deve ser
incentivada sob uma orientação adequada. Por possuir espontaneidade de
movimentos a criança sente dificuldades em se postar para uma educação
restrita de movimentos em sala de aula, a qual é “obrigada” a se manter em
silêncio e sentada para que haja aprendizagem, do contrário a essa imagem da
criança no ambiente escolar.
Laban (1978) sugeriu uma forma de educação baseada na arte da dança,
onde o próprio impulso natural que a criança tem em realizar movimentos
similares aos da dança, seria uma forma inconsciente de descarga de tensão.
Devemos cultivar e concentrar o impulso inato da criança de realizar
movimentos expressivos e criativos, promovendo, assim, um elo entre o
conhecimento intelectual e a habilidade criativa.
Embasado em profundos estudos, Laban desenvolveu uma linguagem
para a descrição das qualidades do movimento, denominado Esforço/Forma.
Conclui que o movimento humano é composto de quatro fatores fundamentais:
espaço, tempo, peso e fluência. Através desses quatro fatores, o indivíduo pode
perceber e descrever o movimento humano com o auxílio de movimentos
contrastantes, associado às qualidades leve/forte, direto/flexível, lento/súbito,
controlado/livre (LABAN, 1990). Acreditava que embasado nesses quatro fatores
qualquer pessoa poderia transformar qualquer movimento em dança e se
expressar através dela.
Com enfoque na teoria de Laban, acredita-se que a Dança Moderna
Educativa possa suprir as expectativas do ensino da dança na escola, pois leva
o aluno a ser verdadeiro naquilo que faz, mostra que ele pode dançar sim, pois
nela não existem pré-conceitos do que é certo ou errado. ”O importante é que
não existe uma resposta errada, estando à criança sempre certa, uma vez que
se manifesta de forma criativa a procura de uma resposta”. (LIMA, 1993).

5. Metodologia
O estudo foi orientado pelos princípios da pesquisa-ação. De acordo com
Engel (2000), na pesquisa-ação o pesquisador deve estar comprometido em
solucionar um problema por meio de uma ação. O pesquisador e o grupo
pesquisado interagem de modo participativo, desenvolvendo as ideias propostas
no plano de pesquisa. No final do processo espera-se que haja uma modificação
do grupo envolvido, gerando assim a solução para o problema.
A organização deste estudo configura-se em fases distintas.
Primeiramente, elaborou-se um projeto que foi construído e fundamentado
teoricamente por meio de pesquisa bibliográfica, verificando a Dança e a
Formação de Docentes, a qual promoveu reflexões sobre a formação de
profissionais na área de conhecimento da linguagem Dança e da sua
importância na construção acadêmica. A Dança na Educação Física enquanto
conteúdo amparado pelas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná e o
processo de fortalecimento da Dança Moderna na sociedade até os estudos de
Laban, e outro nomes que fizeram história na Dança Moderna.
Em um segundo momento foi elaborado um material didático, que se
constituiu em uma Unidade Didática Pedagógica a ser utilizado na terceira fase
desse projeto, que seria o momento da implementação dos conteúdos, momento
em que foram abordados os aspectos práticos ligados à investigação
propriamente dita. Este material foi composto por fases distintas que abordam as
seguintes temáticas relacionadas à dança: diagnóstico da realidade;
contextualizando a dança; vivências rítmicas; conhecendo dança e produzindo
dança. Em cada fase foram desenvolvidas atividades, contextualizadas e
vivenciadas na teoria e na prática.
O estudo contou também com aplicação do projeto no ambiente virtual de
formação de professores, através do Grupo de Trabalho em Rede (GTR), para
que os professores da rede estadual de ensino do Paraná tivessem acesso e
pudessem utilizar como contribuição pedagógica em suas aulas.
A proposta inicial foi de superação do ensino de Dança padronizada e
repetitivo com fins apenas coreográficos, dando ênfase à criação natural e
espontânea de movimentos num processo orientado, capaz de propiciar o
desenvolvimento cognitivo e motor, ampliando sua consciência corporal. Essa
proposta procurou levar o aluno à ação-sensação-reflexão, constituindo assim
os quatro pilares da educação. O projeto, dessa forma, teve caráter exploratório,
cujo objetivo foi o de levar o aluno ao desenvolvimento de sua capacidade
criativa e crítica de movimento.
O projeto foi aplicado para alunos do terceiro e quarto ano do Curso de
Formação de Docentes, no primeiro semestre de 2014, do Colégio Estadual
José de Anchieta no município de Santa Maria do Oeste. Utilizando uma carga
horaria de 41 aulas, devido alguns contratempos o prazo de conclusão se
estendeu além do previsto de 32 horas aulas.
Como primeira instância apresentou-se o projeto a direção do colégio,
equipe pedagógica e demais professores, em reunião pedagógica, fez-se a
explanação do desenvolvimento, da aplicação e relevância do projeto. Na
sequência, explicou-se aos alunos, convidando-os a participarem do projeto .
A primeira atividade junto aos alunos foi a aplicação de um questionário
contendo questões relacionadas ao conteúdo de dança e vivências com mesma.
Sendo utilizado como pesquisa diagnóstica, para análise da visão que os
estudantes do curso de Formação de Docentes tinham sobre dança e sua
importância enquanto conteúdo curricular nas aulas de Educação Física.
Posteriormente iniciou-se as atividades propostas em dança, que abordou
as seguintes temáticas:
a) o contexto histórico cultural de dança na escola e na sociedade;
b) jogos e brincadeiras rítmicas;
c) exercícios técnicos de improvisação, conscientização e expressão
corporal;
d) elementos da dança e composição coreográfica.
A avaliação do processo se valeu em um trabalho contínuo de auto-
observação, observação dos outros, refletindo sobre as transformações da
realidade que as ações práticas produziram, trocando e analisando
compreensões. E para conclusão foi realizado um espetáculo de dança para a
comunidade escolar, com as coreografias produzidas pelos alunos, voltado para
a Educação Infantil, utilizando como tema as histórias dos contos de fadas
(Branca de neve e os sete anões, Cinderela, Chapeuzinho Vermelho, A bailarina
e o Soldadinho de Chumbo e A Bela e a Fera).
Ao término os alunos apresentaram uma auto avaliação em relação a
auto participação, aos conceitos de dança e aplicabilidade do projeto para sua
formação como docente.

6. Resultados e discussão
Inicialmente realizou-se a apresentação do projeto à turma abordando os
conteúdos, os objetivos propostos, a justificativa, principalmente a necessidade
de cooperação e envolvimento com o projeto para o bom desenvolvimento das
atividades. Os alunos demonstraram interesse, questionaram o que é Dança
Moderna e alguns, de momento, apresentaram o gosto pela dança, enquanto
uma minoria se opôs em trabalhar com este conteúdo, relatando ser contra sua
preferência.

Primeira fase – diagnósticos da realidade: realizamos a aplicação de um


questionário, para um diagnóstico da realidade escolar, visando analisar o
conhecimento, a opinião dos alunos do curso de Formação de Docentes sobre a
importância da dança e reconhecimento como conteúdo curricular nas aulas de
Educação Física. Foi identificado que os alunos têm consciência da importância
da dança como forma de conhecimento cultural, para o desenvolvimento e
inclusão social do individuo, mas que a dança não é desenvolvida como
conteúdo curricular nas aulas de educação física, pois muitas vezes são os
próprios alunos que se organizam para elaboração de coreografias as quais
visam somente à produção artística para fins de festividades escolares.
As informações também possibilitaram uma primeira identificação de
alguns aspectos culturais dos alunos do curso de formação de docentes. Essa
análise não se limitou a apontar os problemas apresentados em relação à
linguagem da dança como conteúdo curricular nas aulas de educação física,
mas retratou que os alunos gostam e querem adquirir mais conhecimento, pois
estão dispostos a trabalhar com tema em sua futura prática docente.

Segunda fase – Contextualizando a dança: Foi analisada a história da dança


através da leitura de um texto e a visualização de um vídeo (Produção Didático-
Pedagógica). Debatemos questões relacionadas ao valor social da dança, a
dança na formação da humanidade e sua evolução propriamente dita.
Foi uma atividade interessante, pois os alunos empenharam–se nas
discussões, gerando dúvidas e curiosidades sobre a diversidade de ritmos
encontrados em nossa sociedade atualmente, o que promoveu um trabalho de
pesquisa sobre os estilos de danças que, inclusive, não estava previsto na
proposta inicial.
Após o debate, houve a prática de uma coreografia de dança circular,
cujo objetivo foi apresentar uma coreografia com movimentos pré-estabelecidos
que remetesse os valores das danças de época. Intitulada “dança da corte”.
Estabelecemos relações entre o movimento construído e o reproduzido.
Na sequência, através de pesquisa no laboratório de informática, a turma
foi dividida em quatro grupos, dois grupos buscaram pesquisar imagens que
retratassem a evolução histórica da dança, enquanto os outros dois
pesquisaram diferentes estilos de dança, origens, coreografias e figurinos que
representassem tal estilo. Em paralelo com a pesquisa de imagens, foi sugerido
aos alunos que durante o tempo de aplicação do projeto, fotografassem pessoas
da comunidade em situações do dia a dia (festas, casamentos, em casa, entre
outros), dançando, para fazer uma análise da dança em nossa sociedade.
As imagens encontradas foram selecionadas para elaboração de um
vídeo construído pela turma, mostrando a evolução histórica da dança. E os
grupos montaram slides contendo alguns estilos de dança para apresentar à
turma. Os estilos pesquisados foram: danças de salão, folclóricas, popular e
clássica (os alunos necessitaram de pesquisa em contra turno pra conclusão
deste trabalho). A turma participou com entusiasmo e dedicação.

Terceira fase – Vivências rítmicas: o objetivo foi vivenciar na prática diversas


atividades que possibilitassem explorar os elementos tempo/ritmo, espaço e
movimento. A primeira atividade foi explorar a movimentação livre dos alunos
pelo espaço da sala de aula através dos comandos do professor. Explorou-se
também as variações de ritmo, comparando com o ritmo interno de cada um.
Realizou-se alguns questionamentos sobre a dificuldade na busca pelos
movimentos, a diferenciação no ritmo, reconhecimento do ritmo interno. Em
continuidade utilizando lenços de tecido, de forma lúdica, exploraram os
movimentos de lançamento, lateralidade, combinando movimentos alternados de
membros em deslocamento ou não. Ao término cada grupo elaborou uma
sequência de movimentos e realizou-se uma apresentação conjunta de todos ao
mesmo tempo.
Os alunos tiveram boa aceitação da atividade. No início notou-se certa
timidez de alguns, mas aos poucos foram se soltando e deixando fluir os
movimentos. Comentaram das suas dificuldades e limitações em relação ao
contato corporal, perceberam que através de uma brincadeira e da ludicidade, o
processo de construção do conhecimento em dança é mais favorável.
Ainda nesta fase foram explanados conceitos de ritmo e seus fatores:
intensidade, velocidade do movimento, o elemento espaço (direção, planos,
extensões, progressões, deslocamentos) e formas (posturas simétricas e
assimétricas, em extensão ou flexão). Deixando claro aos alunos que para fazer
dança é necessário pensar, explorando todos os seus fatores e seus elementos.
Fez-se uma análise das atividades realizadas até o momento, observando
os elementos desenvolvidos. Em continuidade, foram propostas algumas
atividades as quais exploravam os fatores do elemento espaço. O grupo reagiu
com entusiasmo às atividades, envolvendo-se e surpreendendo com seu
dinamismo e dedicação.
Quarta fase – Conhecendo a dança: foi utilizado o texto “Dança Moderna”
(Unidade Didático-Pedagógica), buscando reconhecer os princípios da Dança
Moderna e suas contribuições para o universo da dança, juntamente com seus
precursores Isadora Ducan e Rudolf Van Laban. Além disso, foram utilizados
alguns vídeos (Unidade Didático-Pedagógica).
Após toda explanação, comentários sobre o texto e os vídeos, realizou-se
alguns questionamentos como: O que entenderam por dança moderna? As
razões pela busca a liberdade de movimento? A diferença entre dançar
utilizando movimentos livres e com movimentos padronizados? A possibilidade
de retratar através do movimento sensações, sentimentos e emoções? Em
seguida, os alunos produziram uma síntese , relatando seu entendimento sobre
dança moderna. Alguns alunos questionaram sobre o estilo de Isadora ao
dançar e a polêmica que foi na época sua contradição ao balé, retratando em
palcos os temas polêmicos da sociedade vigente.
Se apropriando dos jogos dramáticos, o trabalho com expressão corporal
foi desenvolvido utilizando jogos de mímica, o qual os alunos deveriam
interpretar e se comunicar através do corpo, sentiram um pouco de dificuldade
para se expressar, porém a atividade foi muito interessante, pois enquanto um
grupo apresentava, o outro assistia, as críticas e observações foram realizadas
com rigor. A classe conseguiu compreender a importância da expressividade do
movimento para que este tenha sentido, perceberam que a dança está presente
em tudo em nossas vidas, basta termos a compreensão de saber explorar o
movimento em nosso corpo.
Ainda nesta fase, falou-se sobre o movimento em si, assistiu-se ao vídeo
“Documentário sobre Rudolf Laban Parte 1”, o qual relata um pouco da vida e
história de Laban, suas pesquisas com o movimento e destaca a importância da
sua obra para o universo educacional. Foi identificado os fatores do movimento,
destacados por Laban: espaço, tempo, peso e fluência, como também sobre a
kinesfera, esfera que delimita o limite natural do espaço pessoal. Durante a
explicação, realizou-se alguns exercícios de demonstração para melhor
compreensão dos temas espaço, peso e fluência no movimento.
Percebeu-se que a turma ficou um pouco em dúvida em relação ao peso
e a fluência do movimento. O fazer e pensar a dança em todos os seus aspectos
é um ato de reflexão do corpo como um agente de transformação do espaço em
torno do seu próprio eixo e do outro.

Quinta fase – Produzindo dança: o objetivo foi elencar todas as habilidades e


conhecimentos desenvolvidos unificando práxis, para que o processo de
improvisação e composição coreográfica não seja uma mera reprodução de
movimentos, mas sim, formas de fazer-pensar a dança, transformando em arte.
A consciência corporal só vem com a vivência de práticas com movimentos
corporais. Embora a dança educativa promova um processo de liberdade de
movimentos, a criatividade na organização desses deve partir do princípio de
que o aprendizado em composição coreográfica exija prática e reflexão sobre
como se relacionar com o corpo do outro (MARQUES, 2007).
Foram sintetizados os elementos a serem observados no momento da
construção de uma coreografia, quanto ao espaço e ao movimento. Em seguida,
assistiu-se a um vídeo de uma coreografia de dança, em que os alunos
realizaram uma análise crítica, avaliando quais elementos foram utilizados na
produção da dança em questão.
Através dessa atividade pôde-se avaliar o nível de compreensão da turma
dentro do conteúdo desenvolvido ao longo do projeto. Foi proposta então a
construção de uma coreografia voltada para a educação infantil, público alvo do
curso de Formação de Docentes. Após debates decidiu-se pelos contos de
fadas e iniciou-se o processo de construção de um conto de fadas especial
contado através do movimento corporal, dando um novo sentido ao corpo e ao
movimento utilizado. Segundo Marques (2007), na proposta de construção
levou-se em consideração o contexto dos alunos, pois este contexto é a
interseção e a articulação não estática das realidades vividas, percebidas e
imaginadas dos alunos.
7. Considerações finais
Desenvolver esse projeto na disciplina de Educação Física constituiu-se
em uma oportunidade de repensar o ensino da dança. Foi um trabalho inovador
na maneira de incluir a dança dentro da disciplina, propiciando aos alunos
ampliar seus conhecimentos de como a dança pode ser contextualizada e
desenvolvida de forma lúdica e formativa.
O objetivo de promover proposta de ensino junto ao Curso de Formação
de Docentes atingiu as expectativas. A importância de vivenciar a dança como
conteúdo de conhecimento pedagógico e curricular nas aulas de Educação
Física propiciou aos alunos a oportunidade de refletir a diversidade cultural e as
maneiras de explorar tal contexto. A partir disso, compreender como levar a
criança a construir e ampliar seu repertório motor dentro do princípio de que toda
criança que se movimenta é mais criativa, socializante e, por conseguinte, mais
inteligente.
Convém ressaltar que os meios de comunicação influenciam na
construção criativa e crítica do movimento, dificultando ou restringindo a
promoção do desenvolvimento expressivo dos indivíduos. Cabe salientar que há
possibilidades de desenvolver a linguagem da dança para produção de
conhecimento da consciência corporal através do movimento expressivo e
criativo evitando movimentos padronizados e midiáticos.
Ao longo da implementação, as atividades propostas da Unidade
Didático-Pedagógica, de uma maneira geral, foram bem aceitas. Considera-se
que o professor, mesmo não tendo a formação acadêmica na área de dança,
deve estar somando e buscando possibilidades de melhorar a sua práxis.
Buscar as possibilidades de ensino da dança foi um tema apropriado e
relevante deste projeto, pois se deteve em fazer com que o aluno refletisse o
corpo e o movimento como objeto de estudo e pesquisa para construção do
conhecimento.
Embora o período de implementação tenha terminado, pretende-se dar
continuidade no que se refere à forma de trabalhar a linguagem da dança dentro
da Educação Física, já que os resultados mostraram-se produtivos ao trabalhar
dessa forma com os alunos. Entende-se que o público alvo colaborou para o
bom andamento e bom resultado do projeto, pois alunos abriram-se ao novo e
perceberam que a dança pode ser vista, aceita como área específica de
conhecimento e, portanto, conectada ao contexto de todas as disciplinas
escolares.
Foi uma experiência gratificante perceber o quanto os alunos
empenharam-se com o projeto, principalmente na fase final, a preocupação em
transformar a dança em algo significativo para si e para o público. Instigou-se os
alunos a perceberem a dança em outros aspectos, dentre eles, o auto-
conhecimento e a percepção corporal.
Através dos depoimentos e trocas de experiências no Grupo de Trabalho
em Rede-GTR comprovou-se a relevância, aplicabilidade do projeto para outras
realidades. A contribuição dos professores veio enriquecer a prática,
fortalecendo o propósito de ensino da dança nas aulas de Educação Física.
Apesar das dificuldades e da falta de conhecimento demostraram interesse em
utilizar as propostas, ressaltaram a importância de trabalhos de pesquisa e
produção de material nesta área, que ainda é pouco desenvolvida no ambiente
escolar.
Conclui-se que os objetivos iniciais foram atingidos, os quais eram
promover reflexões acerca do ensino da dança nas aulas de Educação Física,
proporcionar aos educandos possibilidades de ensino através das propostas de
dança moderna educativa e levar os alunos a participarem do processo de
construção de seu conhecimento, de modo que as suas vivências
sociais fossem aproveitadas no desenvolvimento das aulas.
Acredita-se com esta pesquisa, contribuir para uma reflexão
acerca da prática pedagógica do conteúdo dança nas aulas de
Educação Física, para que outros docentes sintam-se inspirados a
buscar novas possibilidades da construção do conhecimento e que
novas pesquisas possam surgir com materiais diversificados
enriquecendo, favorecendo a prática do ensino da dança no ambiente
escolar. E, que num próximo trabalho com esse conteúdo, alterações
possam ser feitas com intuito de melhorar ou acrescentar novas
metodologias as atividades propostas. Atentando para o fato de que,
quando esse conteúdo for totalmente incorporado por todos os alunos
e professores, algumas das dificuldades iniciais encontradas, não mais
existirão, contribuindo assim para a melhora no trabalho com os
conteúdos da dança.

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