Você está na página 1de 95

MARCOS STAAK JR

SUPLEMENTOS
APRESENTA

TUDO AQUILO QUE


NÃO TE CONTARAM!

TENHA RESULTADOS COM O


APOIO DA CIÊNCIA

STAAKMED
PREFÁCIO
Desde minha adolescência, quando iniciei uma rotina
de treinamentos, busquei aprender um pouco sobre
suplementos alimentares. Na época, no entanto, não
tinha o mesmo entendimento que tenho hoje a
respeito do tema, e achava que poderia substituir
minhas refeições ou tinha uma esperança de “caminho
mais rápido” ao utilizar esse tipo de produto.

Muita coisa mudou desde lá. Passaram-se longos


(~dezesseis) anos, regulamentações mudaram,
conceitos mudaram, suplementos daquela época ou
de até alguns anos atrás hoje são proibidos… Porém
uma coisa não mudou: o lojista quer que você compre!
O vendedor quer que você “invista" em um produto
mais caro, aparentemente de melhor qualidade. Mas
será que a relação custo X benefício compensa? Ou
pior, será que REALMENTE o que estão lhe oferecendo
funciona?

Ainda há muita controversa no meio científico sobre


inúmeros recursos e tentativas de demonstrar efeitos
positivos em determinado nutriente, substrato,
suplemento, sejam eles quais forem. E a ciência, como
costumo dizer, graças a Deus é mutável e dinâmica.
Verdades hoje podem deixar de sê-las amanhã, e algo
que ainda é apenas experimental atualmente pode
tornar-se um recurso promissor a ser utilizado por
atletas e praticantes de atividades físicas num futuro
próximo.
Busquei nesse material compilar alguns conceitos e as
informações mais atuais sobre suplementação
alimentar, e citar estudos mesmo que controversos
sobre possíveis benefícios, e também aqueles que não
demonstraram eficácia de determinada substância. A
leitura pode mostrar-se um pouco “pesada" devido
ao conteúdo ser um pouco mais científico, mas
procurei discorrer de forma que seja compreensível a
todos.

Boa leitura.
AGRADECIMENTOS
A Deus em primeiro lugar, por me proporcionar todas
as ferramentas necessárias para eu estar onde estou
hoje, e podendo reproduzir um pouco de conteúdo
para inúmeras pessoas.

Aos meus pais, Marcos e Tânia, que me


proporcionaram estudo e educação desde que me
conheço por gente e me apoiaram em todas as
minhas decisões até hoje
.
À minha esposa, Manoela, meu amor, que me dá
suporte e me apoia incondicionalmente, além de estar
na caminhada da vida junto a mim para construir uma
família, um lar e deixar um legado.

Ao meu irmão, Felipe, que mesmo de longe vibra pelas


conquistas e é uma pessoa de coração enorme que
sempre está disposto a ajudar e sempre tolerou
suportou e ajudou em todas as situações.

Ao meu sócio e colega de trabalho, Olegário, um


nutricionista ímpar, de conhecimento absurdo, com
quem aprendi a desenvolver um trabalho em equipe
único e diferenciado, além dos ensinamentos de
nutrição que circundam nosso dia a dia.
Aos amigos que sempre estão ao lado e acabam
proporcionando momentos de felicidade e distração,
mais do que necessários quando a cabeça já falha de
lidar com os problemas cotidianos.

E, não menos importante, ao Vinícius Tonioli, um cara


de honra, caráter, com quem aprendi muito, mesmo à
distância, e me abriu os olhos para um mundo em que
o conhecimento que temos não precisa ficar restrito às
4 paredes de um consultório.
ÍNDICE
PREFÁCIO 2

AGRADECIMENTOS 4

ÍNDICE 5

INTRODUÇÃO 9

RECURSOS ERGOGÊNICOS 11

SUPLEMENTOS ALIMENTARES 21

SUPLEMENTOS EVIDENCIADOS COMO EFICAZES E


SEGUROS PARA CONSTRUÇÃO DE MÚSCULOS

CREATINA MONOHIDRATADA 24

BETA-HIDROXI BETA-METILBUTIRATO (HMB) 28

PROTEÍNA 30

AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS (EAA) 32

6
ÍNDICE

SUPLEMENTOS POUCO EVIDENCIADOS COMO EFICAZES E


SEGUROS PARA CONSTRUÇÃO DE MÚSCULOS

AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA (BCAA) 34

ADENOSINA-5' - TRIFOSFATO (ATP) 36

ÁCIDO FOSFATÍDICO 37

SUPLEMENTOS EVIDENCIADOS COMO EFICAZES E


SEGUROS PARA MELHORIA DE DESEMPENHO

CARBOIDRATOS 39

CREATINA 42

BETA ALANINA 44

CAFEÍNA 46

BICARBONATO DE SÓDIO 49

FOSFATO DE SÓDIO 51

ÁGUA E BEBIDAS ESPORTIVAS 53

7
ÍNDICE

SUPLEMENTOS POUCO EVIDENCIADOS COMO EFICAZES E


SEGUROS PARA MELHORIA DE DESEMPENHO

AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADAS (BCAA) 51


CITRULINA 55
AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS (EAA) 57

L-ALANIL - L-GLUTAMINA 58

CARBOIDRATOS E PROTEÍNAS PÓS-EXERCÍCIO 60

BETA HIDROXI - BETA METIBUTIRATO (HMB) 62


NITRATOS 65
ÁCIDO ARAQUIDÔNICO 67

GLICEROL (OU GLICERINA) 70

QUERCETINA 72

TAURINA 74

ULTIMAS PALAVRAS 76

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 78

8
INTRODUÇÃO
A nutrição esportiva é uma área em constante evolução. São
publicados centenas de trabalhos de pesquisa anualmente.
Somente no ano de 2017, 2082 artigos foram publicados com as
palavras-chave 'nutrição esportiva'.

Avaliar a credibilidade científica de artigos e anúncios sobre


produtos para exercício e nutrição é uma habilidade essencial que
todos os profissionais de saúde que lidam com atletas ou
praticantes de atividades físicas deveriam possuir.

Atletas, pais e profissionais têm sempre questionamentos que


cercam os suplementos alimentares, principalmente quanto à
forma como são fabricados e à qualidade percebida dos
suplementos. Em vários casos, empresas estabelecidas que
desenvolvem suplementos alimentares têm equipes de pesquisa
que vasculham a literatura médica e científica em busca de
nutrientes potencialmente eficazes. Essas equipes de pesquisa
frequentemente participam de reuniões científicas e revisam as
patentes mais recentes, resumos de pesquisas apresentados em
reuniões científicas e publicações de pesquisa. Sempre há o
interesse financeiro envolvido, isso não pode ser esquecido e deve
sempre ser levado em consideração. Indústrias investem dinheiro
nessas pesquisas e reuniões, e isso deve ser pago de alguma
forma.

As empresas líderes investem em pesquisa básica sobre nutrientes


antes de desenvolver suas formulações de suplementos e
frequentemente consultam pesquisadores importantes para
discutir idéias sobre suplementos alimentares e seu potencial de
comercialização. Existem empresas que esperam até que a
pesquisa seja apresentada em patentes, resumos de pesquisa ou
publicações antes de desenvolver formulações nutricionais com o
nutriente em questão. Após a identificação de novos nutrientes ou
possíveis formulações, o próximo passo é entrar em contato com
os fornecedores de ingredientes brutos para verificar se o nutriente
está disponível, se é acessível, quanto dele pode ser obtido e qual
é a pureza disponível.

9
Às vezes, as empresas desenvolvem e buscam patentes
envolvendo novos processos de processamento e purificação
porque o nutriente ainda não foi extraído de forma pura ou não
está disponível em grandes quantidades. Fabricantes de matérias-
primas respeitáveis realizam extensos testes para examinar a
pureza de seus ingredientes brutos. Ao trabalhar em um novo
ingrediente, as empresas geralmente realizam uma série de
estudos de toxicidade sobre o novo nutriente, uma vez que uma
fonte purificada é identificada.

Quando uma formulação em pó é projetada, a lista de


ingredientes e matérias-primas é normalmente enviada para uma
empresa de aromatizantes e uma empresa de embalagens para
identificar a melhor maneira de aromatizar e embalar o
suplemento.

Os fabricantes de suplementos alimentares mais respeitáveis


submetem suas instalações de produção à inspeções de órgão
regulamentares (Food and Drug Administration [FDA] nos EUA,
ANVISA no Brasil) e aderem às “boas práticas de fabricação” (nos
EUA), que representam os padrões da indústria para uma boa
fabricação de suplementos alimentares. No Brasil, a
regulamentação é um pouco diferente, conforme explicarei mais
adiante.

Além disso, as empresas submetem seus produtos a testes por


empresas terceirizadas para inspecionar substâncias proibidas ou
indesejadas - isso acontece muito mais nos mercados
estrangeiros, umas vez que no Brasil a ANVISA libera ou não
determinado insumo para ser utilizado como manufatura de
suplementos alimentares. Esses tipos de testes ajudam a garantir
que o suplemento dietético disponibilizado aos atletas não
contenha substâncias proibidas pelo Comitê Olímpico
Internacional ou por outros órgãos governamentais de atletas (por
exemplo, CBF, NFL, NCAA, MLB, NHL, etc.). Enquanto testes de
terceiros não garantem que um suplemento seja nulo de
substâncias proibidas, a probabilidade é reduzida. Ademais, os
consumidores podem solicitar cópias dos resultados desses testes
e cada produto que passou por testes e certificação conquistada
pode ser pesquisado on-line para ajudar atletas, treinadores e
equipe de suporte a entender quais produtos devem ser
considerados.

10
RECURSOS
ERGOGÊNICOS

11
Recursos ergogênicos não se restrigem apenas a remédios ou
suplementos. Um auxílio ergogênico é, na verdade, qualquer técnica de
treinamento, dispositivo mecânico, substância ou metodologia
nutricional, insumo farmacêutico ou técnica de psicologia que pode
apresentar melhoria na capacidade de desempenho esportivo ou do
exercício ou ainda melhorar as adaptações ao treinamento. Até mesmo
o uso de música previamente ou durante os treinos pode ser
considerado uma estratégia ergogênica.

Os auxílios ergogênicos podem ajudar a preparar um indivíduo para o


exercício, melhorar a eficiência do exercício, melhorar a recuperação do
exercício ou ajudar na prevenção de lesões durante um treinamento
intenso. Embora essa definição pareça bastante direta, há um debate
considerável sobre o valor ergogênico de vários suplementos
nutricionais.

Existe um consenso para sugerir que um suplemento nutricional


realmente tem caráter ergogênico se existirem estudos revisados por
pares que demonstrarem que o suplemento melhora
significativamente o desempenho do exercício após semanas a meses
de ingestão - seja por promover aumentos na força máxima, na
velocidade ou no trabalho durante uma determinada tarefa de
exercício.

Por outro lado, um suplemento também pode ter valor ergogênico se


aumentar intensamente a capacidade de um atleta ou praticante de
atividade física realizar uma tarefa de exercício ou melhorar a
recuperação de um único exercício.

Analisar os efeitos de um suplemento sobre a construção muscular e o


desempenho atlético em uma única sessão de exercício pode trazer
um viés em demonstrar que eventuais efeitos ergogênicos ou
adaptações otimizadas ao treinamento ocorram. Esta utilização de
dados de exercícios de forma isolada não garantem evidência
suficiente para apoiar a eficácia, a menos que haja dados de eficácia a
longo prazo.

Essas situações, por vezes, são difíceis de serem analisadas de forma


científica, e muitos dos estudos que existem utilizam metodologia de
análise subjetiva, onde apenas utiliza-se de questionários, por exemplo,
e os entrevistados relatam os efeitos que observaram utilizando
determinada substância ou estratégia.

12
Assim, em se tratando de suplementos alimentares, este é
claramente ergogênico se a maioria dos estudos em humanos
apóia o ingrediente como sendo eficaz na promoção de
aumentos adicionais na hipertrofia muscular ou no
desempenho com o treinamento físico.

REGULAMENTAÇÃO DOS
SUPLEMENTOS

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária


(ANVISA), "suplementos alimentares não são medicamentos e,
por isso, não servem para tratar, prevenir ou curar doenças. Os
suplementos são destinados a pessoas saudáveis. Sua finalidade
é fornecer nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou
probióticos em complemento à alimentação."

Desde 2018 existe a categoria de suplemento alimentar para


garantir o acesso da população a produtos seguros e de
qualidade.

Enquadram-se nesse grupo produtos que estavam


categorizados em outros grupos de alimentos e foram definidas
regras mais apropriadas aos suplementos alimentares, incluindo
limites mínimos e máximos de concentração de determinados
ingredientes, populações indicadas para o consumo,
constituintes autorizados e alegações com comprovação
científica.

Essa categoria abrange suplementos que são destinados a


pessoas saudáveis como uma opção para complementação
nutricional em diversas situações, como no caso de dietas
restritivas, alterações metabólicas, prática de atividade física
intensa, entre outros.

13
Além do nome do produto, o rótulo dos suplementos
alimentares deve conter uma série de informações exigidas pela
ANVISA: (1) recomendação de uso do produto com quantidade
e frequência diária de consumo recomendadas para cada grupo
populacional e faixa etária; (2) advertências gerais e outras
específicas, que variam de acordo com a composição ou forma
de administração do suplemento alimentar; (3) restrição de uso,
quando o produto não puder ser consumido por determinado
grupo populacional; (4) tabela nutricional, com descrição das
quantidades de nutrientes, substâncias bioativas, enzimas,
probióticos; (5) lista de ingredientes, com todos os constituintes
usados na formulação; (6) declaração da presença de
alergênicos, glúten e lactose.

Quando presentes, as alegações de benefícios à saúde devem


ser apresentados conforme aprovado pela ANVISA, sem
variações textuais. Esse rigor na declaração tem o objetivo de
evitar extrapolações que possam ir além do que a evidência
científica demonstra.

Um suplemento não pode alegar que substitui ou é superior a


alimentos comuns como frutas, verduras, carnes, leite etc. Os
suplementos também devem conter outras informações que
obrigatórias para todos os alimentos, como o prazo de validade,
a origem e o lote.

Em outros países, como nos EUA, a responsabilidade pela


segurança e eficácia dos benefícios declarados é exclusiva da
empresa fabricante. A autoridade regulatória, nesses casos, atua
principalmente no monitoramento dos produtos colocados no
mercado, intervindo quando forem evidenciados riscos à saúde.
Há todo um sistema administrativo e judicial que pune aqueles
que expuseram os consumidores a riscos.

Isso é diferente do que é feito no Brasil, que tem o foco na


prevenção do dano. Por isso, a ANVISA avalia os produtos com
obrigatoriedade de registro e os constituintes  usados em
suplementos antes do produto chegar ao consumidor. Os
problemas ocorridos no mercado devem ser residuais e estão
associados à comercialização de produtos irregulares.

14
IDENTIFICANDO PROCEDÊNCIA E
EVIDÊNCIAS QUE O SUSTENTAM
A maioria dos suplementos comercializados para melhorar o
desempenho em saúde ou exercício é baseada em aplicações
teóricas derivadas de ciências básicas ou estudos de pesquisa
clínica. Com base nesses estudos preliminares, muitas vezes, é
comercializada uma abordagem ou suplemento dietético
proclamando um benefício observado em trabalhos de
pesquisa básicos.

Embora a teoria possa parecer relevante, a análise crítica desse


processo geralmente revela falhas na lógica científica ou que as
alegações feitas não coincidem com a literatura citada. Ao
avaliar a literatura, pode-se discernir se uma abordagem ou
suplemento alimentar foi ou não baseado em sólidas evidências
científicas.

Esse discernimento advém de obter as informações de fontes


seguras sobre as metodologias (de treinamento, nutriente(s) ou
suplemento(s)) das pesquisas envolvidas disponíveis e consultar
referências confiáveis sobre suplementos nutricionais e de ervas.

Ao procurar sobre referências em diretórios de dados médicos


(por exemplo, o PubMed) consegue-se determinar se o impulso
teórico para suplementar um ingrediente/suplemento é
plausível ou não. Os defensores da ajuda ergogênica geralmente
superestimam as reivindicações feitas sobre os dispositivos de
treinamento e suplementos alimentares, enquanto os
oponentes dos suplementos alimentares geralmente
desconhecem ou ignoram as pesquisas que apóiam seu uso.

O próximo passo é avaliar se existem dados disponíveis e bem


embasados, mostrando a eficácia do auxílio ergogênico
proposto em populações atléticas ou em praticantes regulares
de atividades físicas. O primeiro lugar a procurar é a lista de
referências citadas no material de marketing que apóia suas

15
reivindicações - isso geralmente é fornecido pelas empresas de
suplementos para prescritores de seus produtos. De posse disso,
pode-se avaliar se os resumos ou artigos citados são apenas
referências gerais ou são estudos específicos que avaliaram a
eficácia dos nutrientes incluídos na formulação ou do
suplemento real?

A partir daí, deve-se avaliar criticamente os resumos e artigos


citados, fazendo uma série de perguntas:

1. Os estudos são realizados com pesquisas básicas em


animais/populações clínicas ou foram realizados estudos
em atletas/sujeitos treinados?

Estudos que relatam desempenho melhorado em ratos ou em


um indivíduo diagnosticado com diabetes tipo 2 podem ser
esclarecedores, mas pesquisas realizadas em atletas não
diabéticos são muito mais práticas e relevantes. Os resultados
obtidos em um desses casos não necessariamente poderá ser
extrapolado para outro.

2. Os estudos foram bem controlados?

Para pesquisas em recursos ergogênicos, o desenho do estudo


padrão-ouro é um estudo clínico randomizado, duplo-cego e
controlado por placebo. Isso significa que nem o pesquisador
nem o sujeito sabem qual grupo recebeu o suplemento ou o
placebo durante o estudo e que os sujeitos foram
aleatoriamente designados para o grupo placebo ou
suplemento. Um elemento adicional de rigor é chamado de
design cruzado, em que cada sujeito, em momentos diferentes,
é exposto a cada um dos tratamentos. Embora a utilização de
um design cruzado nem sempre seja viável, ela reduz o
elemento de variabilidade dentro de um participante e,
posteriormente, aumenta a força das conclusões do estudo. Às
vezes, as reivindicações de suplementos são baseadas em
estudos mal conduzidos (seja por utilizarem grupos pequenos
de pessoas testadas, ou estudos onde não há grupo de controle,
estudos que fazem uso de testes não confiáveis, etc.) ou
depoimentos que tornam a interpretação mais difícil.

16
Ensaios clínicos bem controlados fornecem evidência mais forte
do potencial valor ergogênico e, principalmente, como as
descobertas podem ser melhor usadas.

3. Os estudos relatam resultados estatisticamente


significativos ou estão sendo feitas reivindicações por
meios ou tendências não significativas?

A análise estatística apropriada dos resultados da pesquisa


permite uma interpretação imparcial dos dados. Embora
estudos que relatem tendências estatísticas possam ser
interessantes e levem cientistas a realizar pesquisas adicionais,
estudos que relatam resultados estatisticamente significativos
são obviamente mais convincentes. Dito isto, é importante que
as pessoas entendam que muitas vezes o efeito potencial que
um suplemento ou regime alimentar pode ter, além do efeito
observado inerente à própria sessão de exercícios ou em uma
abordagem alimentar já aceita, é bastante pequeno.

Além disso, muitos estudos que examinam um mecanismo


bioquímico ou de biologia molecular podem exigir técnicas de
amostragem invasivas ou a população do estudo recrutada é
única (muito treinada), resultando em um pequeno número de
participantes do estudo. Quando vistas juntas, a combinação
dessas duas considerações pode resultar em resultados
estatísticos que não atingem significância estatística, apesar de
grandes alterações médias terem sido observadas. Nessas
situações, o relato de intervalos de confiança na média, as
respostas individuais de todos os participantes ao tratamento
investigado ou a magnitude dos efeitos são informações
adicionais que podem permitir uma interpretação mais precisa.
Em todos esses casos, é necessária uma pesquisa adicional para
examinar mais detalhadamente o potencial auxílio ergogênico
antes que conclusões possam ser feitas.

17
4. Os resultados dos estudos citados correspondem às
alegações feitas sobre o suplemento ou retratam com
precisão a resposta do suplemento contra um grupo
placebo ou controle apropriado?

Não é incomum que as alegações de marketing exagerem


bastante os resultados encontrados nos estudos atuais,
concentrando-se apenas nos resultados do grupo em
tratamento com o suplemento ou substância em questão de
forma isolada, em vez de avaliar a comparação entre o grupo de
suplementos e um grupo placebo ou controle. Da mesma
forma, não é incomum que resultados ostensivamente
atraentes, que podem ser estatisticamente significativos, sejam
amplificados, enquanto outras descobertas relevantes de
interesse significativo do consumidor são obscurecidas ou
omitidas (por exemplo, um suplemento dietético que mostra
aumentos estatisticamente significativos na testosterona
circulante e ainda alterações na composição corporal ou
desempenho muscular não foram superiores a um placebo).

A única maneira de determinar isso é ler o artigo inteiro em vez


de focar a interpretação de um estudo inteiro no resumo
fornecido ou até na citação do artigo, e comparar os resultados
observados nos estudos com as reivindicações de marketing
disponíveis. Empresas conceituadas relatam com precisão e de
forma completa os resultados dos estudos para que os
consumidores possam tomar decisões com consentimento
sobre o uso de um produto.

5. Os resultados do estudo foram apresentados em uma


reunião científica respeitável ou publicados em uma revista
científica revisada por pares?

Às vezes, as reivindicações são baseadas em pesquisas que


nunca foram publicadas ou apenas publicadas em um jornal
obscuro. As melhores pesquisas são normalmente apresentadas
em reuniões científicas respeitadas ou publicada em revistas
respeitáveis revisadas por pares.

18
Três maneiras de determinar a reputação de uma revista são:

1) identificar o editor;

2) o "fator de impacto" da revista ou;

3) se a revista é ou não indexada e posteriormente disponível


para revisão no Pub Med.

Muitos periódicos “revisados por pares” são publicados por


empresas vinculadas ou são de fato pertencentes a empresas
que negociam com vários produtos nutricionais (mesmo que
estejam disponíveis no PubMed). Portanto, é recomendado
consultar o site do editor e ver quantos outros periódicos eles
publicam. Se você vir apenas alguns poucos periódicos, isso
sugere que o periódico não é respeitável. Além disso, também é
possível pesquisar quantos artigos foram publicados pela revista
nos últimos 6 a 12 meses e quantos desses artigos são estudos
bem conduzidos.

Como alternativa, também é possível indagar sobre o fator de


impacto, uma classificação qualitativa determinada pelo
número de vezes que os artigos de uma revista são citados. A
maioria dos periódicos lista seu fator de impacto na página
inicial do periódico. Historicamente, os artigos que são mais
lidos e citados são os mais impactantes cientificamente.

6. Os resultados da pesquisa foram replicados? Em caso


afirmativo, os resultados foram replicados apenas no
mesmo laboratório?

A melhor maneira de conhecer um recurso ergogênico é


verificar se os resultados foram replicados em vários estudos,
preferencialmente por vários grupos de pesquisa distintos. Os
auxílios ergogênicos mais confiáveis são aqueles em que vários
estudos, realizados em diferentes laboratórios, relataram
resultados semelhantes de segurança e eficácia. Além disso, a
replicação de resultados por laboratórios diferentes e não
afiliados com autores também remove ou reduz o elemento de
viés de publicação (publicação de estudos que mostram apenas
resultados positivos) e conflitos de interesse.

19
Um número notável de estudos sobre auxílios ergogênicos é
realizado em colaboração com um ou mais cientistas ou
coautores que têm um interesse econômico real ou percebido
nos resultados do estudo. Isso pode variar desde o autor se um
co-inventor de um pedido de patente que é objeto do auxílio
ergogênico, ou sendo pago ou tendo recebido royalties pela
criação de uma formulação de suplemento dietético, ou
prestando serviços de consultoria para a empresa ou ainda
tendo opções de ações ou ações em uma empresa proprietária
ou que comercializa o recurso ergogênico do estudo.

Um número crescente de periódicos exige a revelação dos


nomes de todos os autores de artigos científicos. Isso é
impulsionado pelo objetivo de proporcionar maior
transparência e integridade à pesquisa. É importante enfatizar
que a divulgação de um conflito de interesses não desacredita
ou dilui os méritos de uma pesquisa.

O principal impulso por trás das divulgações públicas de


potenciais conflitos de interesse é, antes de tudo, transparência
para o leitor e, segundo, impedir uma revelação posterior de
algum conflito de interesse que possa desacreditar o estudo em
questão, os resultados do estudo, os autores e até o centro ou
instituição de pesquisa onde o estudo foi realizado.

20
SUPLEMENTOS
ALIMENTARES

21
Profissionais que lidam com atletas e praticantes de atividades
físicas são envolvidos em educar treinadores e seus alunos sobre
nutrição e como estruturar sua dieta para otimizar o
desempenho e a recuperação. Atualmente, o uso de
suplementos alimentares por atletas e populações fisicamente
ativas é generalizado, enquanto sua necessidade e eficácia geral
de certos ingredientes permanecem controversa.

Os efeitos benéficos dos alimentos e seus nutrientes e outros


ingredientes são reconhecidos há muito tempo. Anteriormente,
as pessoas obtinham nutrientes e outros ingredientes apenas
dos alimentos, como vegetais, frutas, peixe, carne, chá, entre
outros. Com o tempo, os fabricantes aprenderam a extrair e
condensar alguns dos nutrientes ou ingredientes específicos dos
alimentos e oferecê-los como suplementos alimentares na
forma de comprimidos, cápsulas ou pós.

Os suplementos alimentares podem desempenhar um papel


significativo em ajudar os atletas a consumir a quantidade
adequada de calorias, macro e micronutrientes. Os suplementos
alimentares não se destinam a substituir uma dieta saudável. E
aqui a falha é grande quando generalizamos - muitas pessoas
insistem em utilizar suplementos como substitutos de dieta.
Alguns deles, quando bem orientados, poder ser substitutos
parciais de alguma refeição, porém isso não vale para toda e
qualquer pessoa. Depende do contexto e da linha a se seguir
dentro de um planejamento alimentar.

Até pouco tempo atrás, havia pouca pesquisa científica sobre


suplementos alimentares e tampouco se sabia sobre eles. No
entanto, a prevalência do uso de suplementos aumentou
dramaticamente nos últimos 20 anos, e eles se tornaram uma
questão de interesse do consumidor.

Inúmeros ingredientes alimentares foram investigados quanto a


possíveis benefícios em uma população atlética, para melhorar
o treinamento, a recuperação e/ou o desempenho. A
suplementação com esses nutrientes em quantidades
clinicamente validadas e nos momentos corretos pode ajudar a
fortalecer a dieta normal, a fim de otimizar o desempenho ou
apoiar adaptações para um resultado de treinamento.

22
Os consumidores tendem a ter apenas um entendimento
superficial de que os suplementos alimentares são diferentes
dos medicamentos, e alguns ainda podem utilizar,
erroneamente, suplementos alimentares como medicamentos
para tratar doenças específicas.

Nutricionistas devem estar cientes dos dados atuais sobre


nutrição, exercício e desempenho e ser honestos em educar
seus clientes sobre os resultados de vários estudos (sejam eles
pró ou contra). Os conflitos de interesses devem ser deixados
de fora, e profissionais de saúde devem trabalhar com ciência.
Atualmente, informações enganosas estão disponíveis ao
público e espero conseguir desmistificar alguns conceitos.

Além disso, atletas, praticante de atividades físicas em geral e


treinadores também precisam atender às recomendações dos
cientistas quando estas são feitas de acordo com a literatura
disponível e o que, esperamos, esteja livre de preconceitos ou de
conflitos de interesses.

23
SUPLEMENTOS PARA CONSTRUIR
MÚSCULO (HIPERTROFIA)
A seguir será feita uma análise sobre suplementos nutricionais
destinados a promover o processo de hipertrofia, quando
utilizados em conjunto de um programa de treinamento com
exercícios bem projetado e periodizado adequadamente. A
partir de agora você desvendará alguns conceitos e aprenderá
quais suplementos tem benefício comprovado no processo de
hipertrofia, e quais ainda necessitam maiores elucidações,
porém podem contar com desfechos positivos em alguns casos

SUPLEMENTOS EVIDENCIADOS
COMO EFICAZES E SEGUROS

CREATINA MONOHIDRATADA

Este é, sem sombra de dúvidas, o suplemento nutricional mais


eficaz, mais seguro e mais estudado disponível para os atletas
para aumentar a capacidade de exercício de alta intensidade e
a massa muscular durante o treinamento. Numerosos estudos
indicaram que a suplementação de creatina aumenta a massa
corporal e muscular durante o treinamento. O aumento
observado da massa corporal é de 1-2 kg maior que os grupos
controle durante 4-12 semanas de treinamento. Os ganhos em
massa muscular parecem ser o resultado de uma capacidade
aprimorada de realizar exercícios de alta intensidade,
permitindo que um atleta treine mais e, assim, promova
maiores adaptações de treinamento e hipertrofia muscular.

O único efeito colateral ainda que ocasionalmente relatado da


suplementação de creatina, tem sido o potencial para ganho de
peso - ganho de peso é diferente de engordar!

24
Apesar de muitos questionamentos sobre a segurança e os
possíveis efeitos colaterais da suplementação de creatina, vários
estudos de segurança não relataram efeitos colaterais aparentes
ou que a creatina monohidratada pode diminuir a incidência de
lesão durante treinamento. A posição da International Society of
Sports Nutrition (ISSN) sobre a creatina monohidratada resume
suas descobertas da seguinte forma:

1. A creatina monohidratada é o suplemento nutricional


ergogênico mais eficaz atualmente disponível para os atletas
em termos de aumento da capacidade de exercício de alta
intensidade e massa corporal magra durante o treinamento.

2. A suplementação de creatina não é apenas segura, mas foi


relatado que possui vários benefícios terapêuticos em
populações saudáveis e doentes, variando de bebês a idosos.
Não há evidências científicas convincentes de que o uso a curto
ou longo prazo da creatina monohidratada (até 30 g por dia
durante 5 anos) tenha efeitos prejudiciais em indivíduos
saudáveis ou entre populações clínicas que podem se beneficiar
da suplementação de creatina.

3. Se forem tomadas as devidas precauções e utilizada sob


supervisão, a suplementação de creatina monohidratada em
crianças e adolescentes atletas é aceitável e pode fornecer uma
alternativa nutricional com um perfil de segurança favorável a
medicamentos androgênicos anabólicos potencialmente
perigosos. No entanto, recomenda-se que a suplementação de
creatina seja considerada apenas para atletas mais jovens que:
a) estejam envolvidos em treinamento supervisionado sério,
competitivo; b) esteja consumindo uma dieta bem equilibrada e
que melhore o desempenho; c) tenha conhecimento sobre o
uso apropriado da creatina; e d) não exceda as doses
recomendadas.

4. Recomendações de rotulagem sobre produtos de creatina


que alertam contra o uso por menores de 18 anos, embora
talvez pretendam isolar seus fabricantes da responsabilidade
legal, são provavelmente desnecessárias, dada a ciência que
apóia a segurança da creatina, inclusive em crianças e
adolescentes.

25
5. Atualmente, a creatina monohidratada é a forma de creatina
mais amplamente estudada e clinicamente eficaz para uso em
suplementos nutricionais em termos de captação muscular e
capacidade de aumentar a capacidade de exercício de alta
intensidade.

6. A adição de carboidrato isoladamente ou carboidrato


associado a proteína a um suplemento de creatina parece
aumentar a captação muscular de creatina, embora o efeito
nas medidas de desempenho não possa ser maior do que o
uso isolado da creatina monohidratada.

7. O método mais rápido para aumentar os estoques de


creatina muscular parece consumir ~0,3 g/kg/dia de creatina
monohidratada por 5 a 7 dias, seguidos por 3 a 5 g/dia para
manter os estoques elevados. Inicialmente, a ingestão de
quantidades menores de creatina monohidratada (por
exemplo, 3-5 g/dia) aumentará as reservas de creatina
muscular durante um período de três a 4 semanas, no entanto,
os efeitos iniciais no desempenho desse método de
suplementação são menos suportados.

8. As populações clínicas foram suplementadas com altos


níveis de creatina monohidratada (0,3-0,8 g/kg/dia -
equivalente a 21-56 g/dia para um indivíduo de 70 kg) por anos
sem eventos adversos clinicamente significativos ou graves.

9. Mais pesquisas são necessárias para examinar os potenciais


benefícios médicos da creatina monohidratada e precursores
como o ácido guanidinoacético no esporte, saúde e medicina.

Estudos de 2019 demonstraram que a combinação de 3-10


g/dia de creatina monohidratada associada a 3 g/dia de HMB
por 1-6 semanas pode produzir potenciais efeitos positivos no
desempenho esportivo (força e desempenho anaeróbio) e, por
4 semanas, na composição corporal (aumentando a massa
livre de gordura e diminuindo massa gorda).

26
Há um estudo em andamento que os autores afirma que se os
resultados demonstrarem que a suplementação de creatina
pode aumentar adaptações positivas da composição corporal,
função física e/ou resultados psicossociais ao treinamento
resistido, a pesquisa fornecerá dados de impacto que
informarão o design definitivo de ensaios clínicos randomizados
controlados subsequentes, envolvendo a utilização de creatina.

27
BETA-HIDROXI
BETA METILBUTIRATO (HMB)
O HMB é resultante do metabolismo do aminoácido leucina.
Está bem documentado que a suplementação com 1,5-3
gramas por dia de HMB de cálcio durante o treinamento de
resistência pode aumentar a massa muscular (estudos
demonstram aumento de 0,5 a 1 kg de massa muscular em
indivíduos utilizando HMB de cálcio quando comparados a
indivíduos controles durante 3 a 6 semanas de treinamento) e
força, principalmente entre os indivíduos não treinados que
iniciam o treinamento e idosos - observe que a população onde
se tem maior benefício é bem especificada aqui.

A dose efetiva mínima atualmente estabelecida de HMB é de 1,5


g por dia, com 3 g por dia oferecendo benefícios adicionais na
massa magra do organismo, enquanto 6 g por dia não
fornecem ganhos adicionais quando comparado com doses de
3 g. O HMB tem melhor retenção no organismo quando sua
dose é dividida em 3 tomadas diárias (por exemplo 1 g no café
da manhã, 1 g no almoço ou pré-exercício, e 1 g no horário que
for para a cama dormir). Doses entre 1,5 e 6 g ao dia foram bem
toleradas e mostraram-se seguras.

Os efeitos da suplementação de HMB em atletas treinados são


menos claros com estudos selecionados que relatam ganhos
não significativos na massa muscular - indivíduos treinados são,
em geral, menos “treináveis”; o processo de hipertrofia fica
naturalmente mais difícil quanto mais ele ocorre, e nestes casos
o HMB não demonstrou efeito positivo.

Existe um estudo feito com 16 remadores altamente treinados


onde utilizou-se 3 g por dia de HMB de cálcio ou placebo. Antes
e após cada período de suplementação, foram avaliados os
parâmetros de composição corporal e desempenho. Quando o
HMB foi fornecido, a massa gorda foi significativamente
reduzida, enquanto as alterações na massa magra não foram
significativas entre os grupos.

28
Há outros estudos que demonstram que a massa gorda foi
significativamente reduzida com o uso do HMB, e também
outros que demonstram um aumento significativo de massa
livre de gordura. Uma revisão sistemática de 2019 revelou que a
suplementação com HMB demonstrou efeitos positivos em
variáveis específicas da capacidade aeróbia.

Resultados positivos também foram observados em atletas


treinados (treinamento resistido), onde foram encontradas
alterações na força, na gordura corporal e na massa muscular,
assim como desempenho anaeróbio e potência. Assim, a
suplementação de HMB em doses de 1,5 a 3 g durante 3-4
semanas em populações não treinadas e durante 12 semanas
em populações treinadas pode levar a uma redução na massa
gorda e aumento na massa livre de gordura, desde que
associada a um programa de treinamento físico bem
estruturado.

29
PROTEÍNA

É crescente o número de estudos e pesquisas que sugerem que


são necessárias quantidades mais elevadas no consumo de
proteína em indivíduos que praticam exercícios para otimizar as
adaptações ao treinamento físico. Coletivamente, essas fontes
indicam que as pessoas submetidas a treinamento intenso com
a intenção primária de promover o acúmulo de massa livre de
gordura devem consumir entre 1,4 e 2,0 g de proteína por
quilograma de peso corporal por dia.

Em um estudo clássico de 2002 examinou-se a capacidade de


três fontes diferentes de proteína (proteína do soro de leite
isolada e hidrolisada, caseína micelar e proteína isolada de soja)
de estimular mudanças agudas na síntese de proteínas
musculares tanto em repouso quanto após um único período
de recuperação de um exercício resistido. Esse estudo concluiu
que as três fontes de proteínas aumentaram significativamente
as taxas de síntese de proteínas musculares, tanto em repouso
quanto em resposta ao exercício resistido. Quando essa resposta
é extrapolada ao longo de várias semanas, vários estudos
relatam a capacidade de diferentes formas de proteína
aumentarem significativamente a massa livre de gordura
durante o treinamento de resistência.

Analisando vários estudos na literatura, é quase que unânime o


conceito de que a suplementação de proteínas demonstrou um
efeito positivo na massa livre de gordura e na força da parte
inferior do corpo (membros inferiores), tanto em populações
mais jovens quanto em idosos. Além disso, há comprovação de
que o consumo de proteína pode impactar positivamente o
acúmulo de massa livre de gordura, em quantidades de ~1,6 g
de proteína por quilograma de peso corporal por dia.

Embora sejam necessárias mais pesquisas nessa área, as


evidências indicam claramente que as necessidades de
proteínas dos indivíduos envolvidos em treinamento intenso são

30
elevadas e, consequentemente, os atletas que alcançam maior
ingestão de proteína durante o treinamento promovem maiores
alterações na massa livre de gordura.

É simplista e enganoso sugerir que não há dados que


sustentem as alegações de que os atletas precisam de mais
proteína em sua dieta ou ainda que não haja um valor
ergogênico potencial de incorporar diferentes tipos de proteína
na dieta. As recomendações mais atuais são de que praticantes
de atividades físicas consumam aproximadamente 1,4 a 2,0 g de
proteína por quilograma de peso corporal por dia.

31
AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS (EAA)

As pesquisas que examinam o impacto dos aminoácidos


essenciais na estimulação da síntese de proteínas musculares é
uma área extremamente popular.

Coletivamente, esses dados indicam que a ingestão de 6 a 12 g


dos aminoácidos essenciais em estado de jejum e antes e/ou
após o exercício resistido estimula a síntese de proteínas, com
essa resposta sendo amplamente independente da fonte de
proteínas ou do tipo de alimento. Teoricamente, isso pode
incrementar o aumento da massa livre de gordura, mas até o
momento existem evidências limitadas para demonstrar que a
suplementação de EAAs (por exemplo, aminoácidos de forma
livre) associado ao treinamento de resistência afeta
positivamente o aumento na massa livre de gordura.

Uma abundância de evidências está disponível, no entanto, para


indicar que a ingestão de fontes de proteínas de alta qualidade
pode aumentar as adaptações ao treinamento de resistência.
Embora existam vários métodos de avaliação da qualidade de
proteínas, a maioria dessas abordagens se concentra na
quantidade de EAAs encontrados na fonte de proteína e, em
quase todas as situações, as fontes de proteína de mais alta
qualidade são aquelas que contêm as maiores quantidades de
EAAs. Até este ponto, estão disponíveis vários estudos
publicados que afirmam que os EAAs operam como um pré-
requisito para estimular as taxas de pico da síntese de proteínas
musculares.

Estudos feitos utilizando doses isoladas de EAA na dose de 6,72g


e de fontes de proteína completa (15 g de proteína do soro do
leite isolada) em idosos engajados em um programa de
treinamento resistido demonstraram que o acúmulo de
proteína foi maior quando a dose de aminoácido foi fornecida
em uma fonte intacta. Já foi realizado também estudo
semelhante comparando doses isoladas do aminoácido L-
leucina, onde novamente a proteína intacta tem efeito mais
positivo no processo de hipertrofia muscular.

32
Enquanto os EAAs são compostos por nove aminoácidos
separados, alguns EAAs individuais receberam atenção
considerável por seu papel potencial no impacto da tradução
de proteínas e na síntese de proteínas musculares. A esse
respeito, os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs) foram
destacados por seu papel predominante na estimulação da
síntese de proteínas musculares.

Há grupos de estudiosos que demonstraram aumentos


significativamente mais altos na recuperação de um único
exercício de resistência muscular em sete participantes do sexo
masculino após a ingestão de uma solução contendo 100
mg/kg de BCAA quando comparada à ingestão um placebo.
Em um estudo recente, de 2017, os autores compararam a
capacidade de uma dose de 5,6 g de BCAAs versus placebo
para estimular aumentos na síntese de proteínas musculares.

As taxas de síntese de proteínas musculares miofibrilares


aumentaram significativamente (~ 20%, com significância
estatística) em comparação com um placebo. Embora
significativa, essa magnitude da mudança foi notavelmente
menor do que as respostas pós-exercício observadas quando
doses de proteína de soro de leite (mais uma vez, proteína
completa, intacta) que liberavam quantidades semelhantes de
BCAAs foram consumidas.

De todo o interesse dos estudos envolvendo BCAAs, a leucina é


aceita como o principal fator de alterações agudas na tradução
de proteínas.

A esse respeito, há relatos que o fornecimento de leucina após a


conclusão do exercício resistido pode potencializar ainda mais
aumentos na sinalização de mTOR e na tradução de proteínas.
Uma dose ideal de leucina para estimular aumentos na
tradução de proteínas fica entre 1,7 e 3,5 g.

Uma revisão sistemática publicada em 2019 afirmou que, apesar


da qualidade dos estudos ser limitada, dificultando conclusões
concretas, a suplementação de proteínas e/ou EAA pode
melhorar medidas importantes de resultados relacionadas à
sarcopenia, com aumento de massa muscular e na distância
percorrida de caminhada em idosos com esta condição.
33
SUPLEMENTOS POUCO
EVIDENCIADOS COMO
EFICAZES E SEGUROS

AMINOÁCIDOS DE CADEIA
RAMIFICADA (BCAA)

Foi relatado que a suplementação com aminoácidos de cadeia


ramificada diminui a degradação de proteínas induzida pelo
exercício e a liberação de enzimas musculares (um indicador de
dano muscular) possivelmente promovendo um perfil hormonal
anti-catabólico e estudos mais recentes apóiam sua capacidade
de promover favoravelmente respostas a contrações musculares
excêntricas prejudiciais. A leucina, em particular, é reconhecida
como um tipo de nutriente-chave que, quando fornecida nas
quantidades corretas (3 a 6 g), ativa o complexo mTORC1,
resultando em um início favorável da tradução - processo
ocorrido a nível de DNA e RNA, necessário para a síntese
protéica.

Para destacar esse impacto da leucina, doses variadas de


proteína do soro do leite e de leucina foram utilizadas por
homens tanto em repouso quanto após uma sessão agudo de
exercício resistido de membros inferiores para avaliar a resposta
de síntese protéica muscular. Curiosamente, quando uma dose
baixa de proteína do soro do leite (6,25 g) foi enriquecida com
leucina para igualar o conteúdo de leucina encontrado em uma
dose de 25 g de proteína de soro de leite, a capacidade de
estimular a síntese de proteína muscular foi mantida.

Enquanto a dose de 25 g de proteína de soro de leite sustentou


favoravelmente os aumentos na síntese de proteínas
musculares, a leucina adicionada destaca um papel importante
no estímulo da síntese de proteínas musculares em resposta ao
exercício resistido.

34
Por essas razões, especula-se que o conteúdo de leucina da
proteína do soro do leite e outras fontes de proteína de alta
qualidade e biodisponibilidade tenha sido sugerido como sendo
as principais razões de sua capacidade de estimular adaptações
favoráveis ao treinamento resistido.

Teoricamente, a suplementação de BCAA durante um


treinamento intenso pode ajudar a minimizar a degradação de
proteínas e, assim, levar a maiores ganhos (ou limitar as perdas)
de massa livre de gordura, mas as evidências atuais são
limitadas para apoiar essa hipótese.

Como os resultados controversos obscurecem a capacidade de


fazer determinações claras, os estudos sugerem fortemente um
papel mecanicista dos BCAAs e, em particular, da leucina, mas
os dados tradicionais falham em apoiar consistentemente a
necessidade de suplementação de BCAA. Como alternativa,
vários estudos apoiam a capacidade dos BCAAs de mitigar a
recuperação de exercícios lesivos (musculação por exemplo,
com as microlesões musculares que ela causa), enquanto sua
capacidade de impactar favoravelmente as adaptações do
treinamento resistido precisa de mais pesquisas.

As evidências existentes, baseado num estudo de revisão de


2019, sugerem que os BCAA estimulam a síntese de proteínas
musculares após exercícios físicos resistidos. No entanto, na
ausência de outros aminoácidos essenciais, os BCAA não são
capazes de sustentar respostas máximas de síntese. A falta de
estimulação sustentada da síntese de proteínas musculares tem
um valor fisiológico ruim. Portanto, um crescente de estudos
enfatiza que a suplementação de BCAA por si só não melhora a
síntese de proteínas musculares mais do que o consumo de
proteínas completas de alta qualidade que contêm toda a
gama de aminoácidos essenciais

35
ADENOSINA-5′-TRIFOSFATO (ATP)

O ATP é a principal fonte de energia intracelular e, além disso,


possui extensas funções extracelulares, incluindo o aumento da
permeabilidade do cálcio no músculo esquelético e
vasodilatação. Embora a administração intravenosa de ATP
esteja biodisponível, vários estudos mostraram que o ATP oral
não é sistematicamente biodisponível - ou seja, a
disponibilidade para uso no organismo ocorre pela
administração direta do ATP na veia, mas não se reproduz com
a mesma magnitude no uso oral. No entanto, a suplementação
crônica com ATP aumenta a capacidade de sintetizar ATP
dentro dos eritrócitos sem aumentar as concentrações de
repouso no plasma, minimizando assim as quedas induzidas
pelo exercício nos níveis de ATP.

A suplementação oral de ATP demonstrou propriedades


ergogênicas iniciais, após uma dose única, melhorando o peso
total levantado e o número total de repetições. O ATP pode
aumentar o fluxo sanguíneo para o músculo em exercício e
pode reduzir a fadiga e aumentar o pico de potência durante
períodos posteriores de exercícios repetidos. O ATP também
pode suportar maior recuperação e manutenção da massa
magra sob treinamento de alto volume, no entanto, isso foi
relatado apenas em um estudo, o que enfraquece essa
evidência.

Além disso, a suplementação de ATP em populações clínicas


demonstrou melhorar a força, reduzir a dor após cirurgia no
joelho e reduzir o tempo de internação. No entanto, dado o
número limitado de estudos com ATP em humanos sobre o
aumento dos ganhos induzidos pelo exercício na massa
muscular, são necessários mais estudos crônicos de treinamento
em humanos.

36
ÁCIDO FOSFATÍDICO

O ácido fosfatídico (PA) é um diacil-glicerofosfolípido que é


enriquecido nas membranas celulares eucarióticas e pode atuar
como um lipídeo sinalizador.

Curiosamente, o PA demonstrou repetidamente ativar a


sinalização do mTOR (mammalian target of rapamycin) no
músculo - um efeito que, em última análise, leva a aumento na
síntese de proteínas musculares. Estudos demonstraram que o
PA ativa o mTOR in vitro e há também o alongamento
mecânico do músculo esquelético in situ promove um aumento
nos níveis de PA intramusculares e esse efeito foi associado à
ativação da sinalização de mTOR.

Até o momento, foram realizados dois estudos crônicos de


suplementação em humanos, nos quais ocorreu suplementação
de PA (750 mg/dia) em indivíduos envolvidos em treinamento
resistido.

Em um deles, houve aumento a massa corporal magra de corpo


inteiro em 1,7 kg no grupo usuário de PA, enquanto o grupo
placebo não demonstrou alteração relativa na massa magra (0,1
kg).

Em outro estudo de oito semanas com mais participantes e


sessões de treinamento supervisionadas, demonstrou-se que a
suplementação de PA aumentou significativamente a massa
corporal em 2,4 kg, enquanto o grupo placebo demonstrou
aumento marginal no peso (1,2 kg). ) Um terceiro estudo
confirmou os efeitos benéficos da PA nos ganhos de massa
muscular induzidos pelo exercício.

A dose atualmente estabelecida de PA é de 750 mg por dia e


outro estudo que investigou doses mais baixas, 375 e 250 mg
por dia, não demonstrou benefícios significativos na massa
magra.

37
Em um estudo de revisão de 2019 foram encontradas evidências
controversas ou pouco claras de vários suplementos populares,
incluindo aminoácidos de cadeia ramificada, trifosfato de
adenosina, minerais, a maioria das vitaminas, ácido fosfatídico
ou arginina.

Portanto, pesquisas preliminares em humanos sugerem que a


suplementação de AF pode aumentar a sinalização anabólica
no músculo esquelético e aumentar os ganhos de massa
muscular com o treinamento resistido.

Dado que os estudos de suplementação de PA estão apenas no


início em relação a outros suplementos de hipertrofia muscular
(por exemplo, proteína do soro de leite, creatina, HMB, etc.),
estudos futuros são necessários para determinar a dose, o
momento e a duração ideais.

38
SUPLEMENTOS PARA MELHORIA
DE DESEMPENHO

Vários suplementos nutricionais são propostos para melhorar o


desempenho do exercício. Aqui mostrarei os resultados que
medem diretamente algum atributo do desempenho - ou seja,
estudos que comprovem benefício com análise de métricas, e
não apenas de forma subjetiva.

SUPLEMENTOS EVIDENCIADOS
COMO EFICAZES E SEGUROS

CARBOIDRATOS

Vários suplementos nutricionais são propostos para melhorar o


desempenho do exercício. Aqui mostrarei os resultados que
medem diretamente algum atributo do desempenho - ou seja,
estudos que comprovem benefício com análise de métricas, e
não apenas de forma subjetiva.

Um dos melhores recursos ergogênicos disponíveis para atletas


e indivíduos fisicamente ativos é o carboidrato. A quantidade de
carboidrato ideal na dieta, diariamente, nas horas que
antecedem o exercício, durante todo o exercício e nas horas
após o exercício, pode garantir que os estoques endógenos de
glicogênio sejam mantidos e apresentem muitos tipos de
desempenho do exercício.

Nesse sentido, atletas e indivíduos ativos devem consumir uma


dieta rica em carboidratos (55-65% das calorias totais ou 5-8
g/kg/dia) para manter os estoques de carboidratos musculares e
hepáticos. Pesquisas identificam claramente o carboidrato
como uma ajuda ergogênica que pode prolongar o tempo sob
exercício.

39
Por exemplo, pesquisas mostram que a ingestão de
carboidratos ao longo de um protocolo de exaustão após 1h de
ciclismo de intensidade moderada pode prolongar
significativamente o tempo em que o ciclismo é realizado. Além
disso, há comprovação de que quando o carboidrato é
fornecido, o desempenho é melhorado, numa avaliação de
todas as quatro possíveis combinações de níveis altos e baixos
de glicogênio intramuscular pré-exercício, com e sem
fornecimento de carboidratos antes de uma sessão padrão de
exercício de ciclismo.

Além dos modelos tradicionais de exercícios de resistência, há


estudos envolvendo a entrega de carboidratos e o desempenho
de esportes coletivos, que são tipicamente caracterizados por
intensidades variáveis e períodos intermitentes de exercícios
pesados, e concluíram que a ingestão de carboidratos pode
aumentar o desempenho.

Tem-se enfatizado na literatura a importância da entrega ideal


de carboidratos em vários tipos de cenários esportivos e de
recuperação para apoiar o desempenho. Além da ingestão, um
crescente de estudos chamou a atenção para o impacto
potencial do enxágue bucal de carboidratos como uma
estratégia ergogênica - apenas o contato dos carboidratos com
a mucosa oral desempenha efeitos ergogênlcos positivos a nível
de resposta de sistema nervoso central.

Existe um aumento no tempo para esgotar o desempenho


enquanto ciclistas pedalavam após enxaguar (mas não engolir)
a cavidade oral com uma solução de carboidratos versus um
enxágue sem carboidratos, que revelou receptores no cérebro
que podem estar ligados à mera presença de carboidrato na
boca, que posteriormente pode funcionar para melhorar vários
tipos de desempenho dw exercício.

Enquanto esse conceito ainda está surgindo, alguns, mas nem


todos os estudos apoiaram a capacidade de enxaguar a boca
com carboidratos para aumentar o desempenho.

40
Outra estratégia de manipulação de carboidratos inclui a
utilização de soluções de carboidratos de alto peso molecular,
em contraste com as bebidas tradicionais de baixo peso
molecular, para acelerar teoricamente a absorção de glicose e a
disponibilidade de energia.

É importante ressaltar que a maioria da literatura sugere que a


utilização de uma solução de alto peso molecular pode
transmitir alterações nos substratos oxidados ou nos padrões de
uso de combustível, mas parece não ter efeito ergogênico no
desempenho em homens ou mulheres.

41
CREATINA

Como indicado anteriormente, a suplementação de creatina é


uma estratégia bem suportada para aumentar a massa
muscular e a força durante o treinamento. No entanto, também
foi relatado que a creatina melhora a capacidade de exercício
em diversas propostas diferentes.

Especificamente estudos documentaram melhorias em: (1)


sprints únicos e múltiplos, (2) trabalho executado em vários
conjuntos de esforço máximo, (3) limiar anaeróbio, (4) carga de
glicogênio, (5) capacidade de trabalho, (6) recuperação e (7)
maior tolerância ao treinamento.

Consequentemente, esportes coletivos, atividades individuais ou


esportes que consistem em exercícios intermitentes de alta
intensidade, como como futebol, tênis, basquete, lacrosse,
hóquei em campo e rugby podem se beneficiar do uso de
creatina. Além disso, um estudo de 2009 descobriu que, além
do treinamento intervalado de alta intensidade, a creatina
melhorava a potência crítica.

Há menos pesquisas envolvendo suplementação de creatina e


exercícios de resistência/endurance, mas a capacidade da
creatina de promover a recarga de glicogênio e o
armazenamento de carboidratos, combustíveis essenciais
durante o exercício de resistência, pode se traduzir em melhora
no desempenho dessa modalidade de atividades. De fato, um
estudo de 2003 descobriu que a ingestão de 20 g de creatina
por 5 dias melhorava a resistência e o desempenho anaeróbio
em remadores de elite.

Uma vez que a creatina demonstrou melhorar o desempenho


do sprints de corrida intervalados, a suplementação de creatina
durante as fases de treinamento pode melhorar as adaptações a
este em atletas de resistência e de atividades anaeróbias,
melhorar a capacidade anaeróbia e permitir que os atletas
concluam maiores volumes de treinamento no limiar anaeróbio
ou acima dele.

42
Obviamente, para atletas que lutam para manter sua massa
corporal durante toda a temporada competitiva, o uso de
creatina pode ajudar nesse sentido.

É importante ressaltar que, além de a creatina ser um recurso


ergogênico eficaz em uma ampla variedade de esportes, os
estudos documentaram esses resultados (melhorias na
capacidade de exercício agudo, de trabalho realizado durante
várias séries e adaptações de treinamento) em adolescentes, em
adultos jovens e em indivíduos mais velhos. Em relação à
creatina e ao desempenho atlético, parece haver um mal-
entendido de que a creatina pode resultar em cãibras
musculares e desidratação.

No entanto, com base em muitos estudos disponíveis, não há


evidências clínicas de que a suplementação de creatina
aumente a suscetibilidade a desidratação, cãibras musculares
ou doenças relacionadas ao calor.

43
BETA ALANINA

A ß-alanina, um aminoácido não essencial, tem potencial


ergogênico com base em seu papel na síntese de carnosina. A
carnosina é um dipeptídeo composto pelos aminoácidos
histidina e ß-alanina, que estão presentes naturalmente em
grandes quantidades nos músculos esqueléticos.

Acredita-se que a carnosina seja uma das principais substâncias


tampão do músculo esquelético. Estudos demonstraram que
tomar de 4 a 6 g de ß-alanina por via oral, em doses fracionadas
ao longo do dia, durante um período de 28 dias é eficaz no
aumento dos níveis de carosina, enquanto estudos mais
recentes demonstraram aumento da carnosina e aumento da
eficácia muscular em doses de até 12 g por dia.

De acordo com a posição do ISSN, as pesquisas existentes com


ß-alanina sugerem melhorias no desempenho do exercício com
efeitos mais pronunciados nas atividades que duram de 1 a 4
minutos, melhorias na fadiga neuromuscular, principalmente
em idosos. Outros estudos mostraram que a suplementação de
ß-alanina pode aumentar o número de repetições que se pode
fazer, aumentar a massa corporal magra, aumentar o torque de
extensão do joelho e tem capacidade de aumentar o volume de
treinamento.

De fato, um estudo também mostrou que a adição de ß-alanina


à creatina melhora o desempenho em relação à creatina
isoladamente.

Estudos de 2019 comprovaram que (1) a suplementação de β-


alanina durante o treinamento intervalado de alta intensidade
aumentou a carnosina muscular e atenuou a fadiga
neuromuscular, o que pode contribuir para melhorar o
desempenho da habilidade de sprint repetitivos; (2) as pessoas
podem suplementar diariamente com segurança β-alanina por
até 24 semanas na dose de 3,2–6,4 g/dia fracionada ao longo do
dia (0,8–1,6 g a cada 3-4 horas).

44
Atletas podem fazer suplementação de β-alanina com base em
suas demandasespecíficas de exercício, e aqueles que
executam tarefas de alta intensidade entre 30 e 10minutos têm
maior probabilidade de se beneficiar. O aumento da carnosina
muscular emresposta à suplementação de beta-alanina pode
depender de uma série de fatores,incluindo: (1) dose; (2) duração;
(3) formulação/apresentação de beta-alanina; (4)
influênciasalimentares; (5) exercício praticado; e (6) co-
suplementação com outras substâncias.

45
CAFEÍNA

A cafeína é um estimulante de origem natural encontrado em


muitos suplementos nutricionais, pode ser encontrada no café,
chá, refrigerantes, bebidas energéticas e chocolate.

A cafeína também demonstrou ser uma ajuda ergogênica eficaz


para exercícios aeróbios e anaeróbios, com uma capacidade
documentada de aumentar o gasto de energia e promover a
perda de peso. Pesquisas que investigaram os efeitos da cafeína
no desempenho do contra-relógio em ciclistas treinados
descobriram que a cafeína melhorou a velocidade, o pico de
potência e a potência média.

Resultados semelhantes foram observados em um estudo


recente que evidenciou que ciclistas que ingeriram uma bebida
com cafeína antes de uma prova contra-relógio demonstraram
melhorias no desempenho. Estudos indicam que a ingestão de
cafeína (3 a 9 mg/kg, tomada 30 a 90 minutos antes do
exercício) pode poupar o uso de carboidratos durante o
exercício e, assim, melhorar a capacidade de exercício de
resistência.

Além dos aparentes efeitos positivos no desempenho de


resistência, também foi demonstrado que a cafeína melhora o
desempenho de sprint em repetições consecutivas,
beneficiando o atleta em atividade predominantemente
anaeróbia.

As pesquisas que examinam a capacidade do café de aumentar


a força máxima e as repetições de fadiga são amplamente
controversas em seus resultados. Por exemplo, há relatos que a
cafeína pode melhorar o desempenho repetido do sprint, mas
não em impactar positivamente a força máxima e as repetições
na fadiga usando exercícios resistidos, tanto de membros
superiores quanto de membros inferiores.

46
Outro estudo não revelou alterações na força de membros
superiores ou inferiores depois que os homens em treinamento
resistido ingeriram 6 mg/kg de cafeína.

Outro grupo de pesquisadores forneceu a homens em


treinamento resistido 201 mg de cafeína (2,1-3,0 mg/kg) e não
observou impacto na força de membros inferiores, na resistência
muscular, ou na resistência muscular nos membros superiores.

A força máxima de membros superiores, no entanto, foi


melhorada. Em uma pesquisa com atletas de karatê mostrou
que o uso de cafeína resultava em um aumento do tempo até a
exaustão. Em contrapartida, outros estudos indicaram que a
cafeína pode afetar favoravelmente o desempenho muscular.
Por exemplo, a ingestão de cafeína (6 mg/kg) aumentou
significativamente a força do supino em um grupo de mulheres,
mas não afetou o número de repetições à falha.

Estudos examinaram o impacto da cafeína no desempenho de


força e resistência, bem como em vários parâmetros do estado
de humor enquanto realizavam exercícios resistidos de força
máxima. Resumidamente, esses trabalhos relataram melhorias
na força e nas repetições até a falha usando o supino e também
outros exercícios.

Além do potencial impacto ergogênico, esses autores também


relataram que a cafeína melhorou significativamente vários
indicadores do estado de humor, reduziu as classificações de
esforço percebido (análise subjetiva) e diminuiu a percepção de
dor muscular quando uma dose de 5 m/kg de peso corporal de
cafeína foi fornecida antes do exercício de resistência máxima.

Como demonstrado, ao avaliar a pesquisa em cafeína por sua


capacidade de impactar a força e o desempenho muscular, os
resultados são ambíguos e, subsequentemente, são necessárias
mais pesquisas para determinar melhor quais situações podem
melhor prever a capacidade da cafeína de impactar o
desempenho de força. Indivíduos treinados demonstraram mais
efeitos ergogênicos em comparação com indivíduos não
treinados.

47
Além disso, as pessoas que bebem bebidas com cafeína
regularmente parecem experimentar menos benefícios
ergogênicos da cafeína suplementada isoladamente em outros
momentos.

Doses de cafeína acima de 9 mg/kg podem resultar em níveis


urinários de cafeína que ultrapassam o limiar de doping para
muitas organizações esportivas. Em resumo, evidências
científicas consistentes estão disponíveis para indicar que a
cafeína funciona como um recurso ergogênico em várias
situações esportivas.

48
BICARBONATO DE SÓDIO

Durante exercícios de alta intensidade, há um acúmulo de


íons ácidos (H+) e dióxido de carbono (CO2) no músculo e no
sangue. O sistema de bicarbonato é o principal meio de o
corpo se livrar do acúmulo de ácido e do CO2 por meio da
conversão em bicarbonato antes da remoção subsequente
nos pulmões.

A dose de “carregamento” de bicarbonato (por exemplo, 0,3 g


por kg de 60 a 90 minutos antes do exercício ou 5 g duas
vezes por dia durante 5 dias), na forma de bicarbonato de
sódio demonstrou ser uma maneira eficaz de reduzir a acidez
durante exercícios de alta intensidade e duração de 1-3
minutos. Há relatos de melhorias na capacidade de exercício
em eventos como os 400-800 m de corrida, além de o
bicarbonato poder melhorar o desempenho da natação em
estilo livre de 200 m em nadadores masculinos de elite. Da
mesma forma, estudos relataram a capacidade do
bicarbonato para melhorar os testes contra relógio de ciclismo
de 3 km.

Existem publicações que confirmam que o bicarbonato de


sódio melhorou significativamente o desempenho de corridas
intermitentes em 23% e reduziu a percepção de esforço em
atletas masculinos de esporte coletivo. Pesquisadores
relataram que a suplementação de bicarbonato de sódio
resultou em níveis significativamente mais altos de PGC-1-α,
uma proteína chave conhecida por promover adaptações
mitocondriais.

Finalmente, uma metanálise envolvendo o uso de bicarbonato


de sódio concluiu que o efeito geral do tratamento é
moderado na melhora do desempenho, com quase todos os
resultados ergogênicos medidos sendo influenciados pelo
status de treinamento dos participantes.

49
Um estudo específico com atletas de karatê mostrou que o uso
de NaHCO3 associado ou não a cafeína resultava em um
aumento do tempo até a exaustão. Além disso, outros estudos
examinaram o potencial benefício aditivo da ingestão de
bicarbonato de sódio com cafeína ou beta-alanina.

A esse respeito, há efeitos independentes significativos da


cafeína e do bicarbonato no desempenho de contra-relógio de
3 km, mas sem benefícios adicionais na associação. Outros
grupos também relataram uma melhora significativa na
produção de força de membros superiores e tronco em atletas
de artes marciais treinados, após a ingestão de beta-alanina ou
bicarbonato de sódio, mas observaram uma melhoria sinérgica
distinta na potência e desempenho da parte superior do corpo
quando beta-alanina e bicarbonato de sódio foram ingeridos
juntos.

Em contraste, um pequeno estudo analisou 8 homens


saudáveis, suplementados com beta-alanina, bicarbonato de
sódio ou sua combinação por 6 semanas de forma cruzada
antes de submeterem-se a um teste repetido de capacidade de
corrida durante o ciclismo. Embora a capacidade de
armazenamento em buffer tenha aumentado, o desempenho
só foi melhorado quando a beta-alanina foi fornecida.

Devido aos resultados conflitantes e à relativa falta de estudos


disponíveis, recomenda-se mais pesquisas examinando o
impacto sinérgico do bicarbonato de sódio e outros
ingredientes. É importante destacar que uma queixa comum
em torno da ingestão de bicarbonato de sódio é o desconforto
gastrointestinal, principalmente com diarreia associada;
portanto, os atletas devem experimentar seu uso antes do
desempenho para avaliar a tolerância.

50
FOSFATO DE SÓDIO

O fosfato é mais conhecido como um mineral essencial


encontrado em muitas fontes comuns de alimentos (carne
vermelha, peixe, laticínios, cereais, etc.) com funções essenciais
nos ossos, nas membranas celulares, na estrutura de RNA e
DNA e como o cerne da fosfocreatina e de vários nucleotídeos.
Além disso, foi sugerido que o fosfato opere de maneira
ergogênica, devido ao seu potencial para melhorar o
transporte de oxigênio através da modulação do 2,3-difosfo-
glicerato (DPG) e de outros componentes tamponantes do
ácido lático.

A suplementação com fosfato de sódio (NaPO4) foi relatada


em vários estudos, com melhorara da capacidade aeróbia em
5–12%, do limiar anaeróbio em 5–10%, da potência média e do
desempenho de corridas em sprints intermitentes. Em
conjunto, esses estudos utilizaram um esquema de dosagem
que exigia 1 g de NaPO4, tomado 4 vezes ao dia por 3 a 6 dias.

Nem todos os estudos, no entanto, relataram resultados


ergogênicos positivos, enquanto fatores que afetam a
absorção de fosfato, o status do treinamento e o sexo foram
representados como possíveis razões pelas quais a
suplementação não impactou universalmente o desempenho.
Foi realizado um estudo que examinou exclusivamente o
impacto do NaPO4 em atletas do sexo feminino, em 13
ciclistas treinadas, que completaram um teste contra-relógio
de 500 kJ após a suplementação com 25, 50 ou 75 mg/kg de
NaPO4 de forma dupla e aleatória.

Não foi observado impacto significativo da suplementação em


nenhuma dosagem, levando os autores a concluir que as
mulheres podem não responder da mesma maneira que os
homens. No entanto, os mesmos autores, em duas ocasiões,
examinaram o impacto do NaPO4 em atletas femininas de
esportes coletivos, completando repetidas sessões de corrida

51
de velocidade e descobriram que o NaPO4 melhorou
significativamente tempos totais de corrida e os melhores
tempos, quando comparado a um placebo.

Consequentemente, o impacto do gênero no potencial


ergogênico do NaPO4 permanece incerto, com benefícios
consistentes em mulheres quando são realizados sprints
repetidos, mas não há benefícios durante o trabalho de contra-
relógio.

52
ÁGUA E BEBIDAS ESPORTIVAS

A adoção de estratégias para limitar a perda de massa


corporal devido à transpiração é fundamental para manter o
desempenho do exercício (particularmente em ambientes
quentes/úmidos). A transpiração excessiva pode levar a perdas
de massa corporal importante, e também causar desbalanços
eletrolíticos. Recomenda-se às pessoas envolvidas em
exercício intenso ou trabalho no calor que ingiram
regularmente água ou bebidas esportivas (350 a 475 mL a
cada 10 a 15 min), com o objetivo principal de minimizar a
perda de massa corporal comumente observada como
resultado do exercício em um ambiente quente e úmido.

Estudos demonstraram a capacidade independente, tanto da


ingestão de líquidos sem carboidratos quanto com
carboidratos para aumentar significativamente o desempenho
do ciclismo. Além disso, quando os dois tratamentos foram
combinados, foi observado um impacto sinérgico no
desempenho. Estudos mostram que a ingestão de bebidas
esportivas durante o exercício em ambientes quentes e
úmidos pode ajudar a prevenir a desidratação e melhorar a
capacidade de exercícios de resistência.

É importante notar que, assim como os carboidratos, parece


que outros fatores de exercício, como duração e intensidade,
funcionam como fortes preditores do desempenho do contra-
relógio no ciclismo. Conseqüentemente, a ingestão frequente
de água e/ou bebidas esportivas durante o exercício é uma
das ajudas ergogênicas mais fáceis e mais eficazes devido à
sua capacidade de apoiar a termorregulação e reduzir o
estresse cardiovascular durante períodos prolongados de
exercício, principalmente quando praticados em condições de
climas quentes e úmidos.

53
SUPLEMENTOS POUCO
EVIDENCIADOS COMO
EFICAZES E SEGUROS

AMINOÁCIDOS DE CADEIA
RAMIFICADA (BCAA)

A ingestão de BCAA na dose de 6-10 g por hora associado a


bebidas esportivas durante exercícios prolongados tem sido
sugerida para melhorar a percepção psicológica da fadiga
(conhecida como fadiga central). Assim, um estudo utilizou 11
homens treinados para examinar o impacto da ingestão de 16 g
de BCAAs e 12 g de aspartato de ornitina durante uma sessão de
exercícios de ciclismo de 90 minutos e descobriram que a
combinação de aminoácidos melhorou significativamente o
tempo de reação, mas nenhum impacto ergogênico foi
observado quando os BCAAs foram ingeridos isoladamente.

Embora tenha uma forte justificativa e como existem dados


para apoiar um resultado ergogênico, os resultados controversos
prevalecem atualmente, pois outros estudos falharam em
relatar um impacto ergogênico dos BCAAs. Conseqüentemente,
são necessárias mais pesquisas para determinar
completamente o impacto ergogênico, se houver, dos BCAAs.

Um ponto importante a destacar envolvendo os BCAAs é o


crescente número de estudos na literatura que apoia sua
capacidade de mitigar os resultados em torno dos danos
musculares. Nesse sentido, vários estudos investigaram e
ofereceram suporte à capacidade do BCAA de promover a
recuperação, mitigar a dor e atenuar as perdas na produção de
força.

54
CITRULINA

A citrulina é um aminoácido produzida endogenamente a


partir da ornitina e do carbamoil-fosfato no ciclo da uréia. No
organismo, a citrulina é eficientemente reciclada em arginina
para subsequente produção de óxido nítrico através do ciclo
de citrulina-óxido nítrico. Diferentemente da arginina, o
catabolismo da citrulina é limitado nos intestinos, bem como
sua extração do tecido hepático, resultando na maioria da
citrulina passando para a circulação sistêmica antes da
conversão para arginina.

Devido a isso e sua absorção não competitiva para o


transporte celular, a suplementação oral de citrulina
demonstrou ser mais eficaz no aumento da arginina e na
ativação da óxido nítrico sintase (NOS), bem como em vários
biomarcadores de óxido nítrico.

Vários estudos empregaram modelos de exercícios aeróbios


para examinar o impacto da citrulina no desempenho. Um
grupo de pesquisadores mostrou que 2,4 g/dia de L-citrulina
por 7 dias aumentaram os metabólitos do óxido nítrico
plasmático, arginina plasmática e desempenho de provas
contra-relógio de 4 km. Usando um modelo de exercícios
flexores dos dedos e espectroscopia de ressonância magnética
nuclear, estudiosos relataram que 7 dias de citrulina (6 g/dia)
aumentaram significativamente os níveis de arginina e nitrito
plasmático e melhoraram significativamente o VO2 e o
desempenho do exercício.

No entanto, nem todos os estudos relataram um efeito


ergogênico, uma vez que outros grupos de cientistas não
relataram impacto no uso de 12 g de citrulina malato no
desempenho de uma única sessão de ciclismo de alta
intensidade.
Além das pesquisas com exercícios aeróbios, três estudos
examinaram o impacto de uma dose de 8g de citrulina
durante o treinamento resistido em vários resultados de
desempenho.

55
Um estudo avaliou os efeitos sobre o número de repetições
realizadas para barras-fixa (supinada e pronada) e flexões de
braço até a falha em homens treinados. Um segundo estudo
avaliou o efeito da suplementação com citrulina no número de
repetições realizadas em cinco séries sequenciais (utilizando
60% de 1RM) para falhas nos exercícios leg press, agachamento
e extensão das pernas em homens treinados.

O terceiro estudo avaliou os efeitos da suplementação com


citrulina no número de repetições realizadas durante seis séries,
nos exercícios de supino e leg press, até a falha utilizando 80%
de 1RM em mulheres treinadas.

Nos três estudos, foi demonstrado que o uso de citrulina malato


aumenta significativamente o desempenho durante o
desempenho do exercício resistido de múltiplas sessões na
parte superior e inferior do corpo. Em contra partida,
pesquisadores relataram que uma dose de 6 g de L-citrulina não
afetou os indicadores aeróbios e anaeróbios do desempenho do
exercício. . Uma pesquisa recente demonstrou evidências
controversas ou pouco claras de vários suplementos populares,
incluindo citrulina, aminoácidos de cadeia ramificada, trifosfato
de adenosina, minerais, a maioria das vitaminas, ácido
fosfatídico e arginina.O papel do ácido málico ionizado (malato)
em combinação com a citrulina é em grande parte
indeterminado.

Como o malato é um importante intermediário do ciclo de


Krebs, isso pode ser responsável por melhorias na função
muscular. Portanto, atualmente não está claro se esses
benefícios podem ser atribuídos apenas à citrulina, bem como
qual o papel que a citrulina pode desempenhar no
desempenho aeróbio e anaeróbio.

56
AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS (EAA)

Pesquisas que exploram o impacto de aminoácidos essenciais


com várias formas de exercício explodiram nos últimos anos.
Até o momento, é bem aceito que a ingestão de pelo menos 2
g do aminoácido essencial leucina é necessária para estimular
mecanismos celulares que controlam a hipertrofia muscular e
que a ingestão de 6 a 12 g de uma mistura completa de
aminoácidos essenciais é necessária para maximizar a síntese
de proteínas musculares.

No entanto, seu impacto no desempenho permanece


praticamente inexplorado. Embora exista uma boa justificativa
teórica e vários projetos de estudos forneçam evidências de
suporte, atualmente não está claro se seguir essa estratégia
levaria a maiores adaptações de treinamento nem mesmo se
a suplementação de EAA seria melhor do que simplesmente
ingerir carboidratos e uma proteína de boa qualidade após o
exercício.

Além disso, há muito poucos dados disponíveis que tenham


examinado a capacidade dos EAAs em afetar o desempenho
de exercício. Por esses motivos, muitos autores e artigos de
revisão incentivaram a priorização de fontes de proteínas
completas sobre a ingestão de aminoácidos de forma livre
para promover o acúmulo de massa livre de gordura, mas,
como mencionado, o impacto de esta recomendação sobre
alterações de desempenho permanece indeterminada

57
L-ALANIL - L-GLUTAMINA

Operando sob a mesma estrutura teórica da glutamina, o


interesse em suplementar com L-alanil-L-glutamina
aumentou nos últimos anos.

O ingrediente possui duas partes: L-alanina e L-glutamina,


ambos aminoácidos essenciais nos processos de
transaminação que envolvem aminoácidos. Autores de um
estudo suplementaram ratos com L-alanil-L-glutamina nos 21
dias finais de um programa de treinamento físico de seis
semanas.

A suplementação não afetou o tempo de exaustão, mas foram


encontrados níveis mais altos de glutamina quando
comparados a um grupo controle. Outro estudo também
relatou aumentos no plasma e glutamina intramuscular,
juntamente com um perfil antioxidante melhorado em
amostras de sangue, músculos e tecidos hepáticos de ratos de
laboratório. Esses resultados foram estendidos em 2010 para
também relatar uma atenuação dos níveis de inflamação e de
creatina quinase (CPK) plasmática em ratos após o
treinamento físico.

Desde 2010, cinco estudos revisados por pares foram


publicados com seres humanos. No primeiro deles, os autores
relataram, em um grupo de dez homens fisicamente ativos,
que a L-alanil-L-glutamina aumentou o tempo até a exaustão
em um cicloergômetro quando exposto a um leve estresse por
desidratação. Dois anos depois, o mesmo grupo de pesquisa
relatou que a reidratação com L-alanil-L-glutamina após
desidratação de 2,3% em um jogo de basquete levou a uma
melhoria no desempenho das habilidades na modalidade e
no tempo de reação visual quando comparado à água.

58
Um terceiro estudo de 2016 indicou que a L-alanil-L-glutamina
manteve o tempo de reação nas atividades da parte superior e
inferior do corpo após uma sessão exaustiva de corrida em
esteira.

Por fim, um artigo de 2015 determinou que a L-alanil-L-


glutamina melhorou significativamente o desempenho de
corrida em esteira quando comparado à ausência de hidratação
(o que não é uma evidência relevante, onde deveria haver um
grupo controle com hidratação convencional para comparações
de resultados).

Coletivamente, esta pesquisa indica que a L-alanil-L-glutamina


em doses que variam de 300 a 1000 mg por 500 mL de fluido
pode influenciar favoravelmente o status e o desempenho da
hidratação quando comparada a nenhuma ingestão de
líquidos.

59
CARBOIDRATOS E PROTEÍNAS
PÓS-EXERCÍCIO

A ingestão de carboidratos com proteínas após o exercício


tem sido uma estratégia popular para aumentar as
adaptações observadas como parte de um programa de
treinamento de resistência.

A lógica por trás dessa estratégia se concentra no


fornecimento de uma fonte de energia para estimular a
síntese protéica muscular através das principais vias de
transdução de sinal. Além disso, a ingestão de carboidratos
afetará o status da insulina, o que poderia promover a síntese
protéica muscular, limitar a quebra de proteínas ou ambos.

Além disso, a combinação de carboidrato com proteína pode


aumentar as taxas de ressíntese de glicogênio,
particularmente quando a ingestão de carboidratos na dieta
não é ideal e pode melhorar as respostas aos danos
musculares após exercícios exaustivos.

Um ponto-chave a ser considerado ao interpretar os achados


desta literatura é a quantidade de proteína, aminoácidos
essenciais ou leucina que são fornecidos pela fonte de
proteína em questão.

Nos últimos anos, muitos estudos concordaram que a


suplementação pós-treino é vital para as adaptações de
recuperação e treinamento.

No entanto, a necessidade de adicionar carboidratos às


proteínas para maximizar as adaptações hipertróficas
continua sendo questionada. Por exemplo, cientistas
utilizaram um desenho de estudo para investigar o impacto
da adição de 50 g de carboidrato a 25 g de ingestão de
proteína do soro do leite após uma única sessão de exercício
resistido de membros inferiores.

60
Os autores concluíram que a combinação de carboidratos e
proteínas não era mais eficaz para estimular a síntese de
proteínas musculares ou reduzir as taxas de degradação de
proteínas musculares do que apenas proteínas.

Além disso, participantes no treinamento resistido durante 12


semanas suplementaram com doses equivalentes de proteína
do soro do leite, carboidrato ou proteína do soro do leite +
carboidrato, enquanto avaliavam a força e a composição
corporal. No geral, as mudanças na força foram semelhantes em
todos os grupos, enquanto as mudanças na massa livre de
gordura foram maiores no grupo de proteínas isoladas quando
comparadas ao grupo de carboidratos.

Verificou-se que a massa gorda diminuiu significativamente nos


dois grupos que continham proteínas em comparação ao
carboidrato, mas não foram observadas diferenças entre os dois
grupos que continham proteínas (com ou sem carboidratos).

Em suma, esses achados enfatizam a importância da ingestão


de proteínas adequadas para estimular as adaptações do
treinamento resistido. Se a adição de carboidrato pode ou não
aumentar essas alterações no momento atual parece
improvável. Esse resultado, no entanto, não deve afastar do fato
de que a entrega ideal de carboidratos apoiará absolutamente a
recuperação de glicogênio, ajudará a reduzir a dor e a
inflamação e alimentará outras demandas de recuperação.

61
BETA HIDROXI
BETA METILBUTIRATO (HMB)

Por vários anos, o beta-hidroxi-beta-metil-butirato (HMB) tem


recebido interesse por sua capacidade de melhorar as
adaptações e o desempenho do treinamento, além de
retardar ou prevenir os danos musculares. Trabalhos prévios
mostraram aumentos significativos na massa corporal magra e
na força com doses de 1,5 e 3 g/dia em homens não treinados,
com a dose de 3 g mostrando benefícios adicionais em
relação à dose mais baixa.

Outros estudos indicaram que uma dose de 38 mg/kg/dia


promoveu melhorias na massa livre de gordura, na força
isométrica máxima e na produção de torque isocinético,
enquanto não foram observadas alterações na força máxima.

De acordo, cientistas suplementaram 22 homens em


treinamento resistido, de maneira duplo-cega, com HMB ou
placebo por 9 semanas e concluíram que o HMB era
responsável por um aumento significativo na força dos
membros inferiores.

Nem todos os estudos, no entanto, forneceram suporte par


sua utilização. Por exemplo, em um estudo, os autores
utilizaram uma abordagem dose-resposta controlada por
placebo e concluíram que 3 ou 6 g de HMB de cálcio não
afetavam a composição corporal ou as adaptações de força
em indivíduos em um programa de exercícios resistidos após
4 semanas de suplementação e treinamento.

Da mesma forma, outros colegas relataram que a


suplementação de HMB falhou em melhorar a produção de
energia anaeróbia em jogadores universitários de futebol, uma
conclusão que se alinha com outros estudos anteriores.

62
As diferenças nos regimes de treinamento
(volume/intensidades), randomização e supervisão variaram nos
estudos iniciais e podem ter contribuído para os resultados
conflitantes. O HMB parece ter os maiores efeitos no
desempenho quando a intensidade do treinamento é
maximizada.

Embora muitos dos estudos anteriores tenham examinado, com


resultados variados, o potencial ergogênico da suplementação
de HMB de cálcio em indivíduos ativos e recreacionalmente
ativos, outros autores concluíram três investigações que
procuravam determinar o impacto suplementação de cálcio-
HMB em diferentes tipos de atletas.

Por exemplo, a suplementação de HMB na dose de 3 g/dia em


remadores de elite durante um período de 12 semanas
melhorou significativamente os marcadores de desempenho
aeróbio (VO2máx, tempo para atingir o limiar ventilatório) e
diminuiu a massa gorda quando comparada às alterações
observadas com o placebo.

Mais tarde, dois pesquisadores utilizaram 58 homens altamente


treinados para suplementar HMB de cálcio (3 g/dia) por 12
semanas. Neste estudo, a massa livre de gordura aumentou e a
massa gorda diminuiu junto com vários marcadores de
capacidade aeróbia em comparação com um placebo. Mais
recentemente, a suplementação de HMB por 12 semanas em
atletas de esportes de combate altamente treinados aumentou
significativamente (em comparação com o placebo) vários
indicadores de desempenho de exercícios aeróbios e
anaeróbios.

Os estudos recentes confirmaram trabalhos anteriores de que o


HMB tem um efeito positivo no aumento da capacidade
aeróbia.

O HMB está disponível como cálcio-HMB (ou HMB de cálcio) e


como ácido livre. Em comparação com o HMB de cálcio, o ácido
livre de HMB mostra uma absorção maior e mais rápida
(aproximadamente 30 min vs. 2 a 3h).

63
Grande parte da pesquisa inicial usou HMB de cálcio com
resultados bastante variados, enquanto os estudos usando a
forma de ácido livre são mais limitados.

Estudos usando a forma de ácido livre isolado indicaram


mudanças robustas na força, potência do salto vertical e
hipertrofia do músculo esquelético durante o treinamento
resistido e também quando utilizado HMB em combinação
com o ATP suplementar, mas outros estudos questionaram
esses resultados criticamente.

Uma revisão sistemática recente concluiu que a forma ácida


livre do HMB pode melhorar o músculo e a força e atenuar os
danos musculares quando combinada com o treinamento de
resistência pesado, mas afirmou que mais pesquisas são
necessárias antes que conclusões definitivas possam ser
determinadas.

64
NITRATOS

A suplementação de nitrato recebeu muita atenção devido a


seus efeitos na vasodilatação, pressão arterial, maior eficiência
no trabalho realizado, modulação na produção de força e
redução da degradação da fosfocreatina, as quais podem
potencialmente melhorar o desempenho esportivo.

A suplementação com nitrato é mais comumente utilizada 2-


3h antes do exercício como suco de beterraba ou nitrato de
sódio e é prescrito em quantidades absolutas e relativas que
variam de 300 a 600 mg ou 0,1 mmol/kg/dia, respectivamente.
Essas quantidades de dosagem parecem ser bem toleradas
quando consumidas como fontes suplementares ou
suplementos prontos, sem alterações significativas na
hemodinâmica ou nos limites clínicos do status hepatorrenal e
das enzimas musculares.

A suplementação de ciclistas altamente treinados com nitrato


de sódio (10 mg/kg) reduziu significativamente o VO2 de pico
sem influenciar o tempo até a exaustão ou a potência
máxima. Além disso, 600 mg de suplementação de nitrato,
administrados 2h antes, não melhoraram significativamente o
desempenho de um contra-relógio de 500 m em atletas de
caiaque de nível elite (houve uma melhora de 2 segundos,
porém este valor não demonstrou-se estatisticamente
significativo).

É importante lembrar que os eventos competitivos podem ser


à prova de estatística, como por exemplo que o primeiro e o
último lugar nas Olimpíadas de Pequim em 2008 foram
separados por 1,47s na canogaem masculina de 500 m.
Ciclistas amadores em altitude simulada (~2500 m)
observaram um desempenho melhorado de contra-relógio de
16,1 km com uma diminuição concomitante do consumo de
oxigênio após a suplementação com suco de beterraba (310
mg de nitrato).

65
Nem todas as descobertas, no entanto, relataram benefícios de
desempenho com a suplementação de nitrato. A
suplementação de nitrato (~385 mg) 2,5h antes de um contra-
relógio de 80 km em ciclistas bem treinados não conseguiu
melhorar o desempenho, o que também foi relatado por outros
estudos após examinar a suplementação de nitrato (~400 mg)
em um desempenho de contra-relógio de 10 km em normóxia
ou altitude simulada (~ 2500 m - simulando hipóxia).

Em corredores bem treinados, a suplementação de nitrato (~


430 mg) não melhorou o desempenho durante um teste de
esforço incremental até a exaustão (com altitude simulada de
4000 m) ou um contra-relógio de 10 km (altitude simulada de
2500 m).

Outros estudos também relataram efeitos aditivos ou sinérgicos


do exercício intermitente de alta intensidade, exercício de
resistência ou treinamento de resistência quando a
suplementação de nitrato é combinada com fosfato de sódio,
cafeína ou creatina, respectivamente. É importante mencionar
que os nitratos da dieta trazem benefícios à saúde em algumas,
mas não em todas as populações.

O consumo diário de suco de beterraba (~320–640 mg de nitrato


por dia) diminuiu significativamente a pressão arterial sistólica
em repouso em adultos idosos em aproximadamente 6 mmHg.
A suplementação de nitrato (560 mg - 700 mg) aumentou
significativamente o fluxo sanguíneo para o músculo em
funcionamento e o tempo de exercício em idosos com doença
arterial periférica, bem como a função endotelial foi
significativamente melhorada por meio de vasodilatação e fluxo
sanguíneo em idosos com fatores de risco de doença
cardiovascular.

Coletivamente, esses resultados indicam que a suplementação


com nitrato pode melhorar desempenho aeróbio do exercício e
saúde cardiovascular em algumas (mas não em todas)
populações.

66
ÁCIDO ARAQUIDÔNICO

O ácido araquidônico (ARA) é um ácido graxo poliinsaturado


de cadeia longa que reside na camada dupla de fosfolipídios
das membranas celulares em concentrações que dependem
da ingestão alimentar.

ARA não é encontrada em grandes quantidades na dieta


ocidental típica. No entanto, apenas 1,5 g por dia de
suplementação ao longo de um período de 50 dias
demonstraram aumentar as reservas de ARA na membrana
celular do tecido.

No músculo esquelético, há evidências de que a ARA conduz


parte da resposta inflamatória ao treinamento de força via
sinalização aumentada de prostaglandina.

Especificamente, o exercício libera ARA da membrana da


célula muscular através da ativação da fosfolipase A2. O ARA
intracelular livre que resulta desse processo é
subsequentemente convertido em certas prostaglandinas
(PGE2 ou PGF2α) através das enzimas ciclooxigenase (COX), e
essas prostaglandinas podem sinalizar receptores associados
de uma maneira autócrina e parácrina para regular a
sinalização associada a aumentos na síntese de proteínas
musculares.

Isso quer dizer que maiores níveis de ARA, quando suportados,


podem exercer efeitos positivos na síntese protéica.

Um estudo examinou o impacto da suplementação de ARA


nas mudanças de força e composição corporal. Durante um
período de oito semanas, homens que praticavam
treinamento resistido e em idade universitária foram
suplementados de maneira duplo-cega com placebo ou ARA
na dose de 1 g por dia em conjunto com 90 g/dia de proteína
do soro do leite. Um aumento significativo no pico de potência
anaeróbica foi encontrado no grupo ARA, mas nenhuma outra
alteração na força ou na composição corporal foi encontrada.

67
Outro estudo investigou os efeitos da suplementação de ARA,
na dose de 0,6 g/dia vs. placebo, em homens em idade
universitária dentro de um programa de treinamento de força
durante 8 semanas sem suplementação de proteínas. Os
autores relataram que a massa corporal magra, a força da
parte superior do corpo e o pico de potência anaeróbia
aumentaram significativamente apenas no grupo ARA (2,9%,
8,7% e 12,7%, respectivamente, e estes resultados se mostraram
estatisticamente significativos).

Uma pesquisa também publicou dados de 19 homens


efetuando treinamento resistido que suplementaram, de
maneira cega e controlada por placebo, com 1,5 g por dia de
ARA por 4 semanas e descobriram que a suplementação com
ARA não afetou as alterações agudas na síntese de proteínas
musculares e outras ligações à tradução de proteínas.

Os autores concluíram que a suplementação de ARA não


suportava um vínculo mecanicista entre a suplementação de
ARA e o anabolismo de curto prazo, mas pode aumentar a
capacidade de tradução.

Uma vez que os dados humanos são limitados e sua natureza


é inconsistente (dois resultados positivos, um resultado
negativo) a eficácia da ARA é controversa, sendo muito cedo
para recomendar a ARA neste momento.

A esse respeito, são necessários estudos humanos mais longos


testando diferentes doses de suplementação de ARA para
examinar completamente sua segurança e eficácia potencial
como um aprimorador de desempenho ou no auxílio da
construção muscular. De uma perspectiva de segurança e
devido ao fato de a ARA ser um ácido graxo pró-inflamatório
conhecido, seu uso pode ser contra-indicado em populações
que tenham comprometimento da saúde do ponto de vista
inflamatório (isto é, doenças inflamatórias intestinais como
doença de Chron, doenças autoimunes, histórico de infarto do
miocárdio, etc.).

68
69
GLICEROL (OU GLICERINA)

A ingestão de glicerol com água tem sido relatada para


aumentar a retenção de líquidos e manter o estado de
hidratação. Teoricamente, isso deve ajudar os atletas a prevenir
a desidratação e melhorar as alterações termorregulatórias e
cardiovasculares. Embora os estudos indiquem que o glicerol
pode melhorar significativamente a água corporal, os
resultados são variados sobre se ele pode melhorar a
capacidade de exercício.

Em relação ao desempenho de resistência, cientistas fizeram


dez atletas de resistência treinados concluírem um triatlo de
distância olímpica em 2 condições: sob placebo e com
hiperidratação com glicercol (1,2 g/kg) + solução líquida de 25
mL/kg), ambos utilizados 2 horas antes da conclusão de cada
triatlo e relataram que o tempo de conclusão foi
significativamente melhorado com a hiperidratação de
glicerol em relação ao placebo.

Esses achados foram corroborados por outros estudiosos


quando eles analisaram 6 indivíduos em treinamento de
resistência hiperidratados com glicerol ou água 2h antes de
um teste de ciclismo prolongado (2h) a 65% do VO2máx em
condições quentes (26-27 °C) seguidos de um intervalo de 2
minutos a 80% do VO2máx e concluiu que a hiperidratação
do glicerol melhorou significativamente o desempenho.

Em contraste, pesquisadores relataram que um protocolo


semelhante de hiperidratação de glicerol não melhorou a
distância total percorrida quando ciclistas moderadamente
treinados concluíram um teste de ciclismo de intensidade
variável. Além disso, outro estudo combinou uma estratégia de
hiperidratação (1,2 g/kg de glicol + 26 mL/kg de água) 2h antes
de iniciar uma sessão de ciclismo de 2 horas a 66% do
VO2máx e 25 °C com o consumo de 500 mL/hora uma bebida
esportiva e relatou que a hiperidratação do glicerol não afetou
as funções cardiovasculares ou termorregulatórias, nem o
desempenho da resistência.

70
Há um único grupo de pesquisa que se dispôs a examinar o
potencial do glicerol de afetar o poder anaeróbio após um
protocolo de hiperidratação.

Após seguir um protocolo duplo-cego, lutadores do sexo


masculino perderam 3% de sua massa corporal por perda
hídrica e concluíram um teste anaeróbio, onde não foram
encontrados impactos no desempenho.

Os resultados variáveis em torno do glicerol continuam a


contrariar seu potencial e a capacidade de oferecer uma
recomendação concisa para seu uso. Consequentemente,
conclui-se que é necessário concluir mais pesquisas para
trabalhar com as nuances em torno da eficácia potencial do
glicerol.

71
QUERCETINA

A quercetina é um flavonoide comumente encontrado em


frutas, vegetais e flores e é conhecido por ter alguns benefícios
de saúde com o uso terapêutico. Além disso, a quercetina foi
estudada em modelos animais e humanos para melhorar o
desempenho de resistência.

A esse respeito, pesquisadores suplementaram 30 homens


recreacionalmente ativos, mas não altamente treinados, de
maneira duplo-cega, para ingerir quercetina (1 g/dia) ou
placebo. Não foram encontradas alterações no trabalho total
realizado, na utilização do substrato ou na percepção de
esforço após a suplementação. Da mesma forma, cientistas
suplementaram cadetes ROTC (Reserve Officers' Training Corp)
com 1 g de quercetina ou com um placebo e concluíram que
o VO2max permaneceu inalterado. Esses resultados
correspondem aos resultados de outros estudos que falharam
em documentar o potencial ergogênico da quercetina.

Em contraste, um grupo suplementou homens adultos não


treinados com 1 g de quercetina de maneira duplo-cega por 2
semanas e relatou que o desempenho em testes na esteira e
os marcadores da biogênese mitocondrial foram melhorados.
Da mesma forma, em um modelo de exercício resistido foi
relatado que a quercetina pode melhorar o desempenho
neuromuscular, enquanto outros colegas utilizaram 12
participantes de um estudo para suplementarem quercetina
ou placebo e descobriram que a quercetina pode melhorar o
VO2máx e a capacidade de resistência.

Uma meta-análise envolvendo 7 estudos publicados


representando 288 participantes das pesquisas evidenciou
que somente em participantes não treinados a quercetina
teve resultado satisfatório em aumentar significativamente o
desempenho de resistência.

72
Uma meta-análise de 2011 chegou a uma conclusão
semelhante, indicando que a quercetina é benéfica, mas o
tamanho desse efeito é trivial e pequeno. Consequentemente, é
necessário concluir mais estudos para identificar melhor quais
situações podem existir que apoiem a capacidade da
quercetina de afetar o desempenho do exercício.

73
TAURINA

A taurina é um aminoácido encontrado em grande


quantidade no músculo esquelético humano, derivado do
metabolismo da cisteína que desempenha um papel em uma
ampla variedade de funções fisiológicas. Estudos indicaram
que o status do treinamento (maior no músculo treinado
versus não treinado) e tipo de fibra (maior no tipo I vs. tipo II)
afeta a quantidade de taurina encontrada no músculo.

Foi relatado em alguns estudos, mas não em todos, que a


taurina pode melhorar o desempenho do exercício e mitigar a
recuperação de exercícios estressantes e prejudiciais. Nos
últimos anos, muitos estudos examinaram o impacto da
ingestão de taurina em vários tipos exercícios no quesito
desempenho.

Os resultados ergogênicos relacionados à administração da


taurina continuam controversos. Pesquisadores falharam em
mostrar uma melhora no desempenho com uma dose de 6 g
de taurina durante um teste corrida de alta intensidade em
esteira. Similarmente, outros colegas indicaram que a taurina
não impactou positivamente o desempenho da corrida de 3
km em corredores treinados.

Por outro lado, um estudo de 2017 relatou que uma dose de


50 mg/kg de taurina superou a cafeína, o placebo e a
associação cafeína + taurina nas alterações de desempenho
após repetidos testes de capacidade anaeróbia de Wingate.
Finalmente, uma meta-análise de 2018 relatou que doses
diárias únicas que variam de 1 a 6 g por até 2 semanas podem
melhorar significativamente o desempenho do exercício de
resistência em vários participantes do estudo.

Dois estudos foram realizados para examinar a capacidade da


taurina de mitigar os decréscimos associados ao dano
muscular e ao desempenho do exercício resistido.

74
Em especial, a ingestão oral na dose de 50 mg/kg por 14 dias
antes do dano e por 7 dias após o dano aumentou
significativamente a força e diminuiu a dor e os marcadores de
dano muscular. Finalmente, os estudos também apoiaram a
capacidade da taurina de funcionar em um papel antioxidante,
o que pode promover um ambiente celular melhorado para
tolerar o estresse desencadeado pelo exercício. Enquanto mais
pesquisas continuam sendo publicadas envolvendo taurina, o
consenso desses resultados continua a ser controverso em
relação ao potencial da taurina para melhorar o desempenho
físico.

75
ÚLTIMAS PALAVRAS
Com tudo o que foi exposto aqui pode-se perceber
que suplementação alimentar tem muita ciência
envolvida, tanto para comprovações positivas quanto
para elucidar dúvidas que pairam sobre a eficácia de
determinada substância.

Há inúmeros estudos em andamento e semanalmente


surgem novas publicações que podem, a qualquer
momento, modificar os ítens desse livro. A ciência é
dinâmica, muda e se aprimora a cada dia, com novos
métodos, novas pesquisas, novos rumos A atualização
do profissional de saúde, bem como dos usuários mais
engajados de substâncias para melhoria de
performance, é crescente e cada vez mais necessária
nos dias atuais. Não há espaço para “achismos" ou para
condutas sem embasamento.

Temos que desfazer o conceito de que existem


fórmulas mágicas que podem mudar completamente
o desempenho, da noite pro dia, ou o físico de uma
pessoa, sem que haja um trabalho árduo de
treinamento específico e planejamento alimentar
específico.

Profissionais devem buscar cada vez mais o trabalho


de forma multidisciplinar, onde treinador, médico,
nutricionista, psicólogo e fisioterapeuta trabalhem
juntos em prol da melhoria de saúde, de rendimento,
de físico e de qualidade de vida.
E acima de tudo, nunca se esqueça

"A ESTÉTICA É
CONSEQUÊNCIA DA
SUA SAÚDE!”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Aguiar AF, Januario RS, Junior RP, Gerage AM, Pina FL, Do Nascimento MA, Padovani CR, Cyrino ES. Long-
term creatine supplementation improves muscular performance during resistance training in older
women. Eur J Appl Physiol. 2013;113(4):987–96.
Andre TL, Gann JJ, Mckinley-Barnard SK, Song JJ, Willoughby DS. Eight weeks of phosphatidic acid
supplementation in conjunction with resistance training does not differentially affect body composition
and muscle strength in resistance-trained men. J Sports Sci Med. 2016;15(3):532–9.
Applegate E. Effective nutritional ergogenic aids. Int J Sport Nutr. 1999;9(2):229–39.
Armstrong LE. Caffeine, body fluid-electrolyte balance, and exercise performance. Int J Sport Nutr Exerc
Metab. 2002;12(2):189–206.
Arnold JT, Oliver SJ, Lewis-Jones TM, Wylie LJ, Macdonald JH. Beetroot juice does not enhance altitude
running performance in well-trained athletes. Appl Physiol Nutr Metab. 2015;40(6):590–5.
Astorino TA, Rohmann RL, Firth K. Effect of caffeine ingestion on one-repetition maximum muscular
strength. Eur J Appl Physiol. 2008;102(2):127–32.
Ayre KJ, Hulbert AJ. Dietary fatty acid profile influences the composition of skeletal muscle phospholipids
in rats. J Nutr. 1996;126(3):653–62.
Bailey SJ, Blackwell JR, Lord T, Vanhatalo A, Winyard PG, Jones AM. L- citrulline supplementation
improves O2 uptake kinetics and high-intensity exercise performance in humans. J Appl Physiol.
2015;119(4):385–95.
Balshaw TG, Bampouras TM, Barry TJ, Sparks SA. The effect of acute taurine ingestion on 3-km running
performance in trained middle-distance runners. Amino Acids. 2013;44(2):555–61.
Beck TW, Housh TJ, Schmidt RJ, Johnson GO, Housh DJ, Coburn JW, Malek MH. The acute effects of a
caffeine-containing supplement on strength, muscular endurance, and anaerobic capabilities. J Strength
Cond Res. 2006; 20(3):506–10.
Below PR, Mora-Rodriguez R, Gonzalez-Alonso J, Coyle EF. Fluid and carbohydrate ingestion
independently improve performance during 1 h of intense exercise. Med Sci Sports Exerc. 1995;27(2):200–
10.
Bemben MG, Bemben DA, Loftiss DD, Knehans AW. Creatine supplementation during resistance training
in college football athletes. Med Sci Sports Exerc. 2001;33(10):1667–73.
Bescos R, Rodriguez FA, Iglesias X, Ferrer MD, Iborra E, Pons A. Acute administration of inorganic nitrate
reduces VO2(peak) in endurance athletes. Med Sci Sports Exerc. 2011;43(10):1979–86.
Bigard AX, Lavier P, Ullmann L, Legrand H, Douce P, Guezennec CY. Branched-chain amino acid
supplementation during repeated prolonged skiing exercises at altitude. Int J Sport Nutr. 1996;6(3):295–
306.
Bigelman KA, Fan EH, Chapman DP, Freese EC, Trilk JL, Cureton KJ. Effects of six weeks of quercetin
supplementation on physical performance in rotc cadets. Mil Med. 2010;175(10):791–8.
Biolo G, Tipton KD, Klein S, Wolfe RR. An abundant supply of amino acids enhances the metabolic effect
of exercise on muscle protein. Am J Phys. 1997;273(1 Pt 1):E122–9.
Biolo G, Williams BD, Fleming RY, Wolfe RR. Insulin action on muscle protein kinetics and amino acid
transport during recovery after resistance exercise. Diabetes. 1999;48(5):949–57.
Blomstrand E, Eliasson J, Karlsson HK, Kohnke R. Branched-chain amino acids activate key enzymes in
protein synthesis after physical exercise. J Nutr. 2006;136(1 Suppl):269S–73S.
Borsheim E, Tipton KD, Wolf SE, Wolfe RR. Essential amino acids and muscle protein recovery from
resistance exercise. Am J Physiol Endocrinol Metab. 2002;283(4):E648–57.
Boulay MR, Song TM, Serresse O, Theriault G, Simoneau JA, Bouchard C. Changes in plasma electrolytes
and muscle substrates during short-term maximal exercise in humans. Can J Appl Physiol. 1995;20(1):89–
101.
Branch JD. Effect of creatine supplementation on body composition and performance: a meta-analysis.
Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2003; 13(2):198–226.
Breen L, Phillips SM. Nutrient interaction for optimal protein anabolism in resistance exercise. Curr Opin
Clin Nutr Metab Care. 2012;15(3):226–32.
Brewer CP, Dawson B, Wallman KE, Guelfi KJ. Effect of repeated sodium phosphate loading on cycling
time-trial performance and VO2peak. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2013;23(2):187–94.
Brewer CP, Dawson B, Wallman KE, Guelfi KJ. Effect of sodium phosphate supplementation on cycling
time trial performance and VO2 1 and 8 days post loading. J Sports Sci Med. 2014;13(3):529–34.
Brewer CP, Dawson B, Wallman KE, Guelfi KJ. Effect of sodium phosphate supplementation on repeated
high-intensity cycling efforts. J Sports Sci. 2015;33(11):1109–16.
Buck C, Guelfi K, Dawson B, Mcnaughton L, Wallman K. Effects of sodium phosphate and caffeine
loading on repeated-sprint ability. J Sports Sci. 2015;33(19):1971–9.

76
Buck CL, Dawson B, Guelfi KJ, Mcnaughton L, Wallman KE. Sodium phosphate supplementation and
time trial performance in female cyclists. J Sports Sci Med. 2014;13(3):469–75.
Buck CL, Henry T, Guelfi K, Dawson B, Mcnaughton LR, Wallman K. Effects of sodium phosphate and
beetroot juice supplementation on repeated-sprint ability in females. Eur J Appl Physiol.
2015;115(10):2205–13.
Burke LM. Nutritional needs for exercise in the heat. Comp Biochem Physiol A Mol Integr Physiol.
2001;128(4):735–48.
Cade R, Conte M, Zauner C, Mars D, Peterson J, Lunne D, Hommen N, Packer D. Effects of phosphate
loading on 2,3 diphosphoglycerate and maximal oxygen uptake. Med Sci Sports Exerc. 1984;16:263–8.
Campbell B, Wilborn C, La Bounty P, Taylor L, Nelson MT, Greenwood M, Ziegenfuss TN, Lopez HL,
Hoffman JR, Stout JR, Schmitz S, Collins R, Kalman DS, Antonio J, Kreider RB. International society of
sports nutrition position stand: energy drinks. J Int Soc Sports Nutr. 2013;10(1):1.
Candeloro N, Bertini I, Melchiorri G, De Lorenzo A. Effects of prolonged administration of branched-chain
amino acids on body composition and physical fitness. Minerva Endocrinol. 1995;20(4):217–23.
Carr A, Dawson B, Schneiker K, Goodman C, Lay B. Effect of caffeine supplementation on repeated sprint
running performance. J Sports Med Phys Fitness. 2008;48(4):472–8.
Carter JM, Jeukendrup AE, Jones DA. The effect of carbohydrate mouth rinse on 1-h cycle time trial
performance. Med Sci Sports Exerc. 2004;36(12): 2107–11.
Cermak NM, Res PT, De Groot LC, Saris WH, Van Loon LJ. Protein supplementation augments the
adaptive response of skeletal muscle to resistance-type exercise training: a meta-analysis. Am J Clin Nutr.
2012; 96(6):1454–64.
Chilibeck PD, Stride D, Farthing JP, Burke DG. Effect of creatine ingestion after exercise on muscle
thickness in males and females. Med Sci Sports Exerc. 2004;36(10):1781–8.
Church DD, Hoffman JR, Varanoske AN, Wang R, Baker KM, La Monica MB, Beyer KS, Dodd SJ, Oliveira LP,
Harris RC, Fukuda DH, Stout JR. Comparison of two beta-alanine dosing protocols on muscle carnosine
elevations. J Am Coll Nutr. 2017;36(8):608–16.
Churchward-Venne TA, Burd NA, Mitchell CJ, West DW, Philp A, Marcotte GR, Baker SK, Baar K, Phillips
SM. Supplementation of a suboptimal protein dose with leucine or essential amino acids: effects on
myofibrillar protein synthesis at rest and following resistance exercise in men. J Physiol. 2012; 590(Pt
11):2751–65.
Chwalbinska-Moneta J. Effect of creatine supplementation on aerobic performance and anaerobic
capacity in elite rowers in the course of endurance training. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2003;13(2):173–
83.
Clarke ND, Kornilios E, Richardson DL. Carbohydrate and caffeine mouth rinses do not affect maximum
strength and muscular endurance performance. J Strength Cond Res. 2015;29(10):2926–31.
Claudino JG, Mezencio B, Amaral S, Zanetti V, Benatti F, Roschel H, Gualano B, Amadio AC, Serrao JC.
Creatine monohydrate supplementation on lower-limb muscle power in brazilian elite soccer players. J
Int Soc Sports Nutr. 2014;11:32.
Collomp K, Ahmaidi S, Chatard JC, Audran M, Prefaut C. Benefits of caffeine ingestion on sprint
performance in trained and untrained swimmers. Eur J Appl Physiol Occup Physiol. 1992;64(4):377–80.
Coombes JS, Mcnaughton LR. Effects of branched-chain amino acid supplementation on serum creatine
kinase and lactate dehydrogenase after prolonged exercise. J Sports Med Phys Fitness. 2000;40(3):240–6.
Cornish SM, Chilibeck PD, Burke DG. The effect of creatine monohydrate supplementation on sprint
skating in ice-hockey players. J Sports Med Phys Fitness. 2006;46(1):90–8.
Coutts A, Reaburn P, Mummery K, Holmes M. The effect of glycerol hyperhydration on olympic distance
triathlon performance in high ambient temperatures. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2002;12(21):105–19.
Cribb PJ, Hayes A. Effects of supplement timing and resistance exercise on skeletal muscle hypertrophy.
Med Sci Sports Exerc. 2006;38(11):1918–25.
Cribb PJ, Williams AD, Carey MF, Hayes A. The effect of whey isolate and resistance training on strength,
body composition, and plasma glutamine. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2006;16(5):494–509.
Cruzat VF, Rogero MM, Tirapegui J. Effects of supplementation with free glutamine and the dipeptide
alanyl-glutamine on parameters of muscle damage and inflammation in rats submitted to prolonged
exercise. Cell Biochem Funct. 2010;28(1):24–30.
Cunniffe B, Papageorgiou M, O'brien B, Davies NA, Grimble GK, Cardinale M. Acute citrulline-malate
supplementation and high-intensity cycling performance. J Strength Cond Res. 2016;30(9):2638–47.
Cureton KJ, Tomporowski PD, Singhal A, Pasley JD, Bigelman KA, Lambourne K, Trilk JL, Mccully KK,
Arnaud MJ, Zhao Q. Dietary quercetin supplementation is not ergogenic in untrained men. J Appl
Physiol. 2009;107(4):1095–104.
Curis E, Nicolis I, Moinard C, Osowska S, Zerrouk N, Benazeth S, Cynober L. Almost all about citrulline in
mammals. Amino Acids. 2005;29(3):177–205.

79
Cuthbertson D, Smith K, Babraj J, Leese G, Waddell T, Atherton P, Wackerhage H, Taylor PM, Rennie MJ.
Anabolic signaling deficits underlie amino acid resistance of wasting, aging muscle. FASEB J.
2005;19(3):422–4. Cutrufello PT, Gadomski SJ, Zavorsky GS. The effect of L-citrulline and watermelon juice
supplementation on anaerobic and aerobic exercise performance. J Sports Sci. 2015;33(14):1459–66. Dalbo
VJ, Roberts MD, Stout JR, Kerksick CM. Putting to rest the myth of creatine supplementation leading to
muscle cramps and dehydration. Br J Sports Med. 2008;42(7):567–73. Danaher J, Gerber T, Wellard RM,
Stathis CG. The effect of beta-alanine and NaHCO3 co-ingestion on buffering capacity and exercise
performance with high-intensity exercise in healthy males. Eur J Appl Physiol. 2014;114(8): 1715–24.
Da Silva LA, Tromm CB, Bom KF, Mariano I, Pozzi B, Da Rosa GL, Tuon T, Da Luz G, Vuolo F, Petronilho F,
Cassiano W, De Souza CT, Pinho RA. Effects of taurine supplementation following eccentric exercise in
young adults. Appl Physiol Nutr Metab. 2014;39(1):101–4.
Davis JM, Carlstedt CJ, Chen S, Carmichael MD, Murphy EA. The dietary flavonoid quercetin increases
vo(2max) and endurance capacity. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2010;20(1):56–62.
Dawson B, Vladich T, Blanksby BA. Effects of 4 weeks of creatine supplementation in junior swimmers on
freestyle sprint and swim bench performance. J Strength Cond Res. 2002;16(4):485–90.
De Oliveira GV, Morgado M, Pierucci AP, Alvares TS. A single dose of a beetroot-based nutritional gel
improves endothelial function in the elderly with cardiovascular risk factors. J Functional Foods.
2016;26:301–8.
Derave W, Op't Eijinde B, Richter EA, and Hespel P. Combined creatine and protein supplementation
improves glucose tolerance and muscle glycogen accumulation in humans. Abstracts of 6th Internationl
conference on Guanidino compounds in biology and medicine; 2001.
Derave W, Ozdemir MS, Harris RC, Pottier A, Reyngoudt H, Koppo K, Wise JA, Achten E. Beta-alanine
supplementation augments muscle carnosine content and attenuates fatigue during repeated isokinetic
contraction bouts in trained sprinters. J Appl Physiol. 2007;103(5):1736–43.
De Souza EO, Lowery RP, Wilson JM, Sharp MH, Mobley CB, Fox CD, Lopez HL, Shields KA, Rauch JT, Healy
JC, Thompson RM, Ormes JA, Joy JM, Roberts MD. Effects of arachidonic acid supplementation on acute
anabolic signaling and chronic functional performance and body composition adaptations. PLoS One.
2016;11(5):e0155153.
Devries MC, Phillips SM. Creatine supplementation during resistance training in older adults-a meta-
analysis. Med Sci Sports Exerc. 2014;46(6):1194–203.
Devries MC, Phillips SM. Supplemental protein in support of muscle mass and health: advantage whey. J
Food Sci. 2015;80(Suppl 1):A8–A15.
Dolan P, Witherbee KE, Peterson KM, Kerksick CM. Effect of carbohydrate, caffeine, and carbohydrate +
caffeine mouth rinsing on intermittent running performance in collegiate male lacrosse athletes. J
Strength Cond Res. 2017;31(9):2473–9.
Dorling JL, Earnest CP. Effect of carbohydrate mouth rinsing on multiple sprint performance. J Int Soc
Sports Nutr. 2013;10(1):41.
Dreyer HC, Drummond MJ, Pennings B, Fujita S, Glynn EL, Chinkes DL, Dhanani S, Volpi E, Rasmussen BB.
Leucine-enriched essential amino acid and carbohydrate ingestion following resistance exercise
enhances mtor signaling and protein synthesis in human muscle. Am J Physiol Endocrinol Metab.
2008;294(2):E392–400.
Drummond MJ, Dreyer HC, Fry CS, Glynn EL, Rasmussen BB. Nutritional and contractile regulation of
human skeletal muscle protein synthesis and mTORc1 signaling. J Appl Physiol. 2009;106(4):1374–84.
Drummond MJ, Rasmussen BB. Leucine-enriched nutrients and the regulation of mammalian target of
rapamycin signalling and human skeletal muscle protein synthesis. Curr Opin Clin Nutr Metab Care.
2008;11(3):222–6.
Duncan MJ, Oxford SW. Acute caffeine ingestion enhances performance and dampens muscle pain
following resistance exercise to failure. J Sports Med Phys Fitness. 2012;52(3):280–5.
Duncan MJ, Oxford SW. The effect of caffeine ingestion on mood state and bench press performance to
failure. J Strength Cond Res. 2011;25(1):178–85.
Duncan MJ, Smith M, Cook K, James RS. The acute effect of a caffeine- containing energy drink on mood
state, readiness to invest effort, and resistance exercise to failure. J Strength Cond Res. 2012;26(10):2858–
65.
Duncan MJ, Stanley M, Parkhouse N, Cook K, Smith M. Acute caffeine ingestion enhances strength
performance and reduces perceived exertion and muscle pain perception during resistance exercise. Eur
J Sport Sci. 2013; 13(4):392–9.
Durkalec-Michalski K, Jeszka J, Podgorski T. The effect of a 12-week beta-hydroxy-beta-methylbutyrate
(HMB) supplementation on highly-trained combat sports athletes: a randomised, double-blind, placebo-
controlled crossover study. Nutrients. 2017;9(7).
Durkalec-Michalski K, Jeszka J. The effect of beta-hydroxy-beta-methylbutyrate on aerobic capacity and
body composition in trained athletes. J Strength Cond Res. 2016;30(9):2617–26.
Durkalec-Michalski K, Jeszka J. The efficacy of a beta-hydroxy-beta-methylbutyrate supplementation on
physical capacity, body composition and biochemical markers in elite rowers: a randomised, double-
blind, placebo-controlled crossover study. J Int Soc Sports Nutr. 2015;12:31.

80
Eijnde BO'T, Richter EA, Henquin JC, Kiens B, Hespel P. Effect of creatine supplementation on creatine
and glycogen content in rat skeletal muscle. Acta Physiol Scand. 2001;171(2):169–76.
Escalante G, Alencar M, Haddock B, Harvey P. The effects of phosphatidic acid supplementation on
strength, body composition, muscular endurance, power, agility, and vertical jump in resistance trained
men. J Int Soc Sports Nutr. 2016;13:24.
Falk B, Burstein R, Rosenblum J, Shapiro Y, Zylber-Katz E, Bashan N. Effects of caffeine ingestion on body
fluid balance and thermoregulation during exercise. Can J Physiol Pharmacol. 1990;68(7):889–92.
Fairman CM, Kendall KL, Newton RU, Hart NH, Taaffe DR, Chee R, Tang CI, Galvão DA. Examining the
effects of creatine supplementation in augmenting adaptations to resistance training in patients with
prostate cancer undergoing androgen deprivation therapy: a randomised, double-blind, placebo-
controlled trial. BMJ Open. 2019 Sep 20;9(9):e030080. doi: 10.1136/bmjopen-2019-030080.
Fang Y, Vilella-Bach M, Bachmann R, Flanigan A, Chen J. Phosphatidic acid-mediated mitogenic
activation of mtor signaling. Science. 2001; 294(5548):1942–5.
Fernández-Landa J, Calleja-González J, León-Guereño P, Caballero-García A, Córdova A, Mielgo-Ayuso J.
Effect of the Combination of Creatine Monohydrate Plus HMB Supplementation on Sports Performance,
Body Composition, Markers of Muscle Damage and Hormone Status: A Systematic Review. Nutrients.
2019 Oct 20;11(10). pii: E2528. doi: 10.3390/nu11102528.
Folland JP, Stern R, Brickley G. Sodium phosphate loading improves laboratory cycling time-trial
performance in trained cyclists. J Sci Med Sport. 2008;11(5):464–8.
Fry AC, Schilling BK, Chui LZF, Weiss LW, Kreider R, Rasmussen CJ. Muscle fiber and performance
adaptations to resistance exercise with myovive, colostrum or casein and whey supplementation. Res
Sports Med. 2003;11:109–27.
Fuller JC Jr, Sharp RL, Angus HF, Baier SM, Rathmacher JA. Free acid gel form of beta-hydroxy-beta-
methylbutyrate (hmb) improves hmb clearance from plasma in human subjects compared with the
calcium HMB salt. Br J Nutr. 2011;105(3):367–72.
Gallagher PM, Carrithers JA, Godard MP, Schulze KE, Trappe SW. Beta- hydroxy-beta-methylbutyrate
ingestion, part i: effects on strength and fat free mass. Med Sci Sports Exerc. 2000;32(12):2109–15.
Gallagher PM, Carrithers JA, Godard MP, Schulze KE, Trappe SW. Beta- hydroxy-beta-methylbutyrate
ingestion, part ii: effects on hematology, hepatic and renal function. Med Sci Sports Exerc.
2000;32(12):2116–9.
Galvan E, Walker DK, Simbo SY, Dalton R, Levers K, O'connor A, Goodenough C, Barringer ND, Greenwood
M, Rasmussen C, Smith SB, Riechman SE, Fluckey JD, Murano PS, Earnest CP, Kreider RB. Acute and
chronic safety and efficacy of dose dependent creatine nitrate supplementation and exercise
performance. J Int Soc Sports Nutr. 2016;13:12.
Ganio MS, Armstrong LE, Johnson EC, Klau JF, Ballard KD, Michniak-Kohn B, Kaushik D, Maresh CM. Effect
of quercetin supplementation on maximal oxygen uptake in men and women. J Sports Sci.
2010;28(2):201–8.
Gilchrist M, Winyard PG, Aizawa K, Anning C, Shore A, Benjamin N. Effect of dietary nitrate on blood
pressure, endothelial function, and insulin sensitivity in type 2 diabetes. Free Radic Biol Med. 2013;60:89–
97.
Glaister M, Howatson G, Abraham CS, Lockey RA, Goodwin JE, Foley P, Mcinnes G. Caffeine
supplementation and multiple sprint running performance. Med Sci Sports Exerc. 2008;40(10):1835–40.
Glenn JM, Gray M, Wethington LN, Stone MS, Stewart RW Jr, Moyen NE. Acute citrulline malate
supplementation improves upper- and lower-body submaximal weightlifting exercise performance in
resistance-trained females. Eur J Nutr. 2017;56(2):775–84.
Goldstein ER, Jacobs PL, Whitehurst M, Penhollow T, Antonio J. Caffeine enhances upper body strength
in resistance-trained women. J Int Soc Sports Nutr. 2010;7(1):18.
Goldstein ER, Ziegenfuss T, Kalman D, Kreider R, Campbell B, Wilborn C, Taylor L, Willoughby D, Stout J,
Graves BS, Wildman R, Ivy JL, Spano M, Smith AE, Antonio J. International society of sports nutrition
position stand: caffeine and performance. J Int Soc Sports Nutr. 2010;7(1):5.
Gorissen SH, Remond D, Van Loon LJ. The muscle protein synthetic response to food ingestion. Meat Sci.
2015;109:96–100.
Goulet ED, Aubertin-Leheudre M, Plante GE, Dionne IJ. A meta-analysis of the effects of glycerol-induced
hyperhydration on fluid retention and endurance performance. Int J Sport Nutr Exerc Metab.
2007;17(4):391–410.
Goulet ED, Robergs RA, Labrecque S, Royer D, Dionne IJ. Effect of glycerol- induced hyperhydration on
thermoregulatory and cardiovascular functions and endurance performance during prolonged cycling in
a 25 degrees c environment. Appl Physiol Nutr Metab. 2006;31(2):101–9.
Goulet ED, Rousseau SF, Lamboley CR, Plante GE, Dionne IJ. Pre-exercise hyperhydration delays
dehydration and improves endurance capacity during 2 h of cycling in a temperate climate. J Physiol
Anthropol. 2008; 27(5):263–71.
Goulet ED. Dehydration and endurance performance in competitive athletes. Nutr Rev. 2012;70(Suppl
2):S132–6.

81
Goulet ED. Effect of exercise-induced dehydration on time-trial exercise performance: a meta-analysis. Br
J Sports Med. 2011;45(14):1149–56.
Graham AS, Hatton RC. Creatine: a review of efficacy and safety. J Am Pharm Assoc (Wash).
1999;39(6):803–10.
Graham TE, Turcotte LP, Kiens B, Richter EA. Training and muscle ammonia and amino acid metabolism
in humans during prolonged exercise. J Appl Physiol. 1995;78(2):725–35.
Graham TE. Caffeine and exercise: metabolism, endurance and performance. Sports Med. 2001;31(11):785–
807.
Green AL, Hultman E, Macdonald IA, Sewell DA, Greenhaff PL. Carbohydrate ingestion augments skeletal
muscle creatine accumulation during creatine supplementation in humans. Am J Phys. 1996;271(5 Pt
1):E821–6.
Greenwood M, Kreider R, Greenwood L, Earnest C, Farris J, Brown L. Effects of creatine supplementation
on the incidence of cramping/injury during eighteen weeks of collegiate baseball training/competition.
Med Sci Sport Exerc. 2002;34:S146.
Greenwood M, Kreider RB, Greenwood L, Byars A. Cramping and injury incidence in collegiate football
players are reduced by creatine supplementation. J Athl Train. 2003;38(3):216–9.
Greer BK, Woodard JL, White JP, Arguello EM, Haymes EM. Branched-chain amino acid supplementation
and indicators of muscle damage after endurance exercise. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2007;17(6):595–
607.
Grindstaff PD, Kreider R, Bishop R, Wilson M, Wood L, Alexander C, Almada A. Effects of creatine
supplementation on repetitive sprint performance and body composition in competitive swimmers. Int J
Sport Nutr. 1997;7(4):330–46.
Gualano B, Ugrinowitsch C, Novaes RB, Artioli GG, Shimizu MH, Seguro AC, Harris RC, Lancha AH Jr.
Effects of creatine supplementation on renal function: a randomized, double-blind, placebo-controlled
clinical trial. Eur J Appl Physiol. 2008;103(1):33–40.
Haines RJ, Pendleton LC, Eichler DC. Argininosuccinate synthase: at the center of arginine metabolism.
Int J Biochem Mol Biol. 2011;2(1):8–23.
Harris R, Dunnett M, Greenhaf P. Carnosine and taurine contents in individual fibres of human vastus
lateralis muscle. J Sport Sci. 1998;16:639–43.
Harris RC, Tallon MJ, Dunnett M, Boobis L, Coakley J, Kim HJ, Fallowfield JL, Hill CA, Sale C, Wise JA. The
absorption of orally supplied beta-alanine and its effect on muscle carnosine synthesis in human vastus
lateralis. Amino Acids. 2006;30(3):279–89.
Harris RC, Wise JA, Price KA, Kim HJ, Kim CK, Sale C. Determinants of muscle carnosine content. Amino
Acids. 2012;43(1):5–12.
Helge JW, Wu BJ, Willer M, Daugaard JR, Storlien LH, Kiens B. Training affects muscle phospholipid fatty
acid composition in humans. J Appl Physiol. 2001;90(2):670–7.
Hoffman J, Ratamess N, Kang J, Mangine G, Faigenbaum A, Stout J. Effect of creatine and beta-alanine
supplementation on performance and endocrine responses in strength/power athletes. Int J Sport Nutr
Exerc Metab. 2006; 16(4):430–46.
Hoffman JR, Cooper J, Wendell M, Im J, Kang J. Effects of beta-hydroxy beta- methylbutyrate on power
performance and indices of muscle damage and stress during high-intensity training. J Strength Cond
Res. 2004;18(4):747–52.
Hoffman JR, Ratamess NA, Faigenbaum AD, Ross R, Kang J, Stout JR, Wise JA. Short-duration beta-
alanine supplementation increases training volume and reduces subjective feelings of fatigue in college
football players. Nutr Res. 2008;28(1):31–5.
Hoffman JR, Ratamess NA, Kang J, Rashti SL, Kelly N, Gonzalez AM, Stec M, Anderson S, Bailey BL,
Yamamoto LM, Hom LL, Kupchak BR, Faigenbaum AD, Maresh CM. Examination of the efficacy of acute
L-alanyl-L-glutamine ingestion during hydration stress in endurance exercise. J Int Soc Sports Nutr.
2010;7:8.
Hoffman JR, Stout JR, Williams DR, Wells AJ, Fragala MS, Mangine GT, Gonzalez AM, Emerson NS,
Mccormack WP, Scanlon TC, Purpura M, Jager R. Efficacy of phosphatidic acid ingestion on lean body
mass, muscle thickness and strength gains in resistance-trained men. J Int Soc Sports Nutr. 2012;9(1):47.
Hoffman JR, Williams DR, Emerson NS, Hoffman MW, Wells AJ, Mcveigh DM, Mccormack WP, Mangine
GT, Gonzalez AM, Fragala MS. L-alanyl-l-glutamine ingestion maintains performance during a
competitive basketball game. J Int Soc Sports Nutr. 2012;9(1):4.
Hoon MW, Johnson NA, Chapman PG, Burke LM. The effect of nitrate supplementation on exercise
performance in healthy individuals: a systematic review and meta-analysis. Int J Sport Nutr Exerc Metab.
2013;23(5):522–32.
Hord NG, Tang Y, Bryan NS. Food sources of nitrates and nitrites: the physiologic context for potential
health benefits. Am J Clin Nutr. 2009;90(1):1–10.
Hornberger TA, Chu WK, Mak YW, Hsiung JW, Huang SA, Chien S. The role of phospholipase d and
phosphatidic acid in the mechanical activation of mtor signaling in skeletal muscle. Proc Natl Acad Sci U
S A. 2006;103(12):4741–6.
Howatson G, Hoad M, Goodall S, Tallent J, Bell PG, French DN. Exercise- induced muscle damage is
reduced in resistance-trained males by branched chain amino acids: a randomized, double-blind,
placebo controlled study. J Int Soc Sports Nutr. 2012;9:20.

82
Hulmi JJ, Laakso M, Mero AA, Hakkinen K, Ahtiainen JP, Peltonen H. The effects of whey protein
with or without carbohydrates on resistance training adaptations. J Int Soc Sports Nutr. 2015;12:48.
Huxtable RJ. Physiological actions of taurine. Physiol Rev. 1992;72(1):101–63. Imagawa TF, Hirano I,
Utsuki K, Horie M, Naka A, Matsumoto K, Imagawa S. Caffeine and taurine enhance endurance
performance. Int J Sports Med. 2009;30(7):485–8.
Inder WJ, Swanney MP, Donald RA, Prickett TC, Hellemans J. The effect of glycerol and
desmopressin on exercise performance and hydration in triathletes. Med Sci Sports Exerc.
1998;30(8):1263–9.
Ivy JL, Kammer L, Ding Z, Wang B, Bernard JR, Liao YH, Hwang J. Improved cycling time-trial
performance after ingestion of a caffeine energy drink. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2009;19(1):61–
78.
Jackman SR, Witard OC, Jeukendrup AE, Tipton KD. Branched-chain amino acid ingestion can
ameliorate soreness from eccentric exercise. Med Sci Sports Exerc. 2010;42(5):962–70.
Jackman SR, Witard OC, Philp A, Wallis GA, Baar K, Tipton KD. Branched- chain amino acid
ingestion stimulates muscle myofibrillar protein synthesis following resistance exercise in humans.
Front Physiol. 2017;8:390.
Jager R, Kerksick CM, Campbell BI, Cribb PJ, Wells SD, Skwiat TM, Purpura M, Ziegenfuss TN,
Ferrando AA, Arent SM, Smith-Ryan AE, Stout JR, Arciero PJ, Ormsbee MJ, Taylor LW, Wilborn CD,
Kalman DS, Kreider RB, Willoughby DS, Hoffman JR, Krzykowski JL, Antonio J. International society
of sports nutrition position stand: protein and exercise. J Int Soc Sports Nutr. 2017;14:20.
Jajja A, Sutyarjoko A, Lara J, Rennie K, Brandt K, Qadir O, Siervo M. Beetroot supplementation lowers
daily systolic blood pressure in older, overweight subjects. Nutr Res. 2014;34(10):868–75.
Jimenez C, Melin B, Koulmann N, Allevard AM, Launay JC, Savourey G. Plasma volume changes
during and after acute variations of body hydration level in humans. Eur J Appl Physiol Occup
Physiol. 1999;80(1):1–8.
Joy JM, Lowery RP, Falcone PH, Mosman MM, Vogel RM, Carson LR, Tai CY, Choate D, Kimber D,
Ormes JA, Wilson JM, Moon JR. 28 days of creatine nitrate supplementation is apparently safe in
healthy individuals. J Int Soc Sports Nutr. 2014;11(1):60.
Juhasz I, Gyore I, Csende Z, Racz L, Tihanyi J. Creatine supplementation improves the anaerobic
performance of elite junior fin swimmers. Acta Physiol Hung. 2009;96(3):325–36.
Juhn MS, Tarnopolsky M. Potential side effects of oral creatine supplementation: a critical review.
Clin J Sport Med. 1998;8(4):298–304.
Kaczka P, Michalczyk MM, Jastrząb R, Gawelczyk M, Kubicka K. Mechanism of Action and the Effect
of Beta-Hydroxy-Beta-Methylbutyrate (HMB) Supplementation on Different Types of Physical
Performance - A Systematic Review. J Hum Kinet. 2019 Aug 21;68:211-222. doi: 10.2478/hukin-2019-
0070. eCollection 2019 Aug.
Karlsson HK, Nilsson PA, Nilsson J, Chibalin AV, Zierath JR, Blomstrand E. Branched-chain amino
acids increase p70s6k phosphorylation in human skeletal muscle after resistance exercise. Am J
Physiol Endocrinol Metab. 2004;287(1):E1–7.
Kasper AM, Cocking S, Cockayne M, Barnard M, Tench J, Parker L, Mcandrew J, Langan-Evans C,
Close GL, Morton JP. Carbohydrate mouth rinse and caffeine improves high-intensity interval
running capacity when carbohydrate restricted. Eur J Sport Sci. 2016;16(5):560–8.
Katsanos CS, Chinkes DL, Paddon-Jones D, Zhang XJ, Aarsland A, Wolfe RR. Whey protein ingestion
in elderly persons results in greater muscle protein accrual than ingestion of its constituent
essential amino acid content. Nutr Res. 2008;28(10):651–8.
Kelley DS, Taylor PC, Nelson GJ, Mackey BE. Arachidonic acid supplementation enhances synthesis
of eicosanoids without suppressing immune functions in young healthy men. Lipids. 1998;33(2):125–
30.
Kelly J, Fulford J, Vanhatalo A, Blackwell JR, French O, Bailey SJ, Gilchrist M, Winyard PG, Jones AM.
Effects of short-term dietary nitrate supplementation on blood pressure, o2 uptake kinetics, and
muscle and cognitive function in older adults. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol.
2013;304(2):R73–83.
Kendall KL, Smith AE, Graef JL, Fukuda DH, Moon JR, Beck TW, Cramer JT, Stout JR. Effects of four
weeks of high-intensity interval training and creatine supplementation on critical power and
anaerobic working capacity in college- aged men. J Strength Cond Res. 2009;23(6):1663–9.
Kendall RW, Jacquemin G, Frost R, Burns SP. Creatine supplementation for weak muscles in
persons with chronic tetraplegia: a randomized double-blind placebo-controlled crossover trial. J
Spinal Cord Med. 2005;28(3):208–13.
Kendrick IP, Harris RC, Kim HJ, Kim CK, Dang VH, Lam TQ, Bui TT, Smith M, Wise JA. The effects of 10
weeks of resistance training combined with beta-alanine supplementation on whole body
strength, force production, muscular endurance and body composition. Amino Acids.
2008;34(4):547–54.
Kenjale AA, Ham KL, Stabler T, Robbins JL, Johnson JL, Vanbruggen M, Privette G, Yim E, Kraus WE,
Allen JD. Dietary nitrate supplementation enhances exercise performance in peripheral arterial
disease. J Appl Physiol. 2011;110(6):1582–91.

83
Kerksick, C.M., Wilborn, C.D., Roberts, M.D. et al. ISSN exercise & sports nutrition review update:
research & recommendations. J Int Soc Sports Nutr 15, 38 (2018) doi:10.1186/s12970-018-0242-
yKerksick CM, Kulovitz MG. Requirements of protein, carbohydrates and fats for athletes. In: Bagchi
D, Nair S, Sen CK, editors. Nutrition and enhanced sports performance: recommendations for
muscle building. London: Elsevier Publishers; 2013. Kerksick CM, Rasmussen C, Lancaster S, Starks M,
Smith P, Melton C, Greenwood M, Almada A, Kreider R. Impact of differing protein sources and a
creatine containing nutritional formula after 12 weeks of resistance training. Nutrition.
2007;23(9):647–56. Kerksick CM, Rasmussen CJ, Lancaster SL, Magu B, Smith P, Melton C,
Greenwood M, Almada AL, Earnest CP, Kreider RB. The effects of protein and amino acid
supplementation on performance and training adaptations during ten weeks of resistance training.
J Strength Cond Res. 2006;20(3): 643–53. Kerksick CM, Wilborn CD, Campbell WI, Harvey TM,
Marcello BM, Roberts MD, Parker AG, Byars AG, Greenwood LD, Almada AL, Kreider RB, Greenwood
M. The effects of creatine monohydrate supplementation with and without d-pinitol on resistance
training adaptations. J Strength Cond Res. 2009;23(9):2673–82.
Kilding AE, Overton C, Gleave J. Effects of caffeine, sodium bicarbonate, and their combined
ingestion on high-intensity cycling performance. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2012;22(3):175–83.
Kim HJ, Kim CK, Carpentier A, Poortmans JR. Studies on the safety of creatine supplementation.
Amino Acids. 2011;40(5):1409–18.
Kobayashi H, Borsheim E, Anthony TG, Traber DL, Badalamenti J, Kimball SR, Jefferson LS, Wolfe RR.
Reduced amino acid availability inhibits muscle protein synthesis and decreases activity of
initiation factor eif2b. Am J Physiol Endocrinol Metab. 2003;284(3):E488–98.
Koopman R, Beelen M, Stellingwerff T, Pennings B, Saris WH, Kies AK, Kuipers H, Van Loon LJ.
Coingestion of carbohydrate with protein does not further augment postexercise muscle protein
synthesis. Am J Physiol Endocrinol Metab. 2007;293(3):E833–42.
Kopec BJ, Dawson BT, Buck C, Wallman KE. Effects of sodium phosphate and caffeine ingestion on
repeated-sprint ability in male athletes. J Sci Med Sport. 2016;19(3):272–6.
Kraemer WJ, Gordon SE, Lynch JM, Pop ME, Clark KL. Effects of multibuffer supplementation on
acid-base balance and 2,3- diphosphoglycerate following repetitive anaerobic exercise. Int J Sport
Nutr. 1995;5(4):300–14.
Kreider R, Leutholtz B, Katch F, Katch V. Exercise & sport nutrition. Santa Barbara: Fitness
Technologies Press; 2009. (Series Editor)
Kreider R, Melton C, Hunt J, Rasmussen C, Ransom J, Stroud T, Cantler E, Milnor P. Creatine does
not increase incidence of cramping or injury during pre-season college football training i. Med Sci
Sports Exerc. 1999;31(5):S355.
Kreider RB, Earnest CP, Lundberg J, Rasmussen C, Greenwood M, Cowan P, Almada AL. Effects of
ingesting protein with various forms of carbohydrate following resistance-exercise on substrate
availability and markers of anabolism, catabolism, and immunity. J Int Soc Sports Nutr. 2007;4:18.
Kreider RB, Ferreira M, Wilson M, Almada AL. Effects of calcium beta-hydroxy-beta-methylbutyrate
(HMB) supplementation during resistance- training on markers of catabolism, body composition
and strength. Int J Sports Med. 1999;20(8):503–9.
Kreider RB, Ferreira M, Wilson M, Grindstaff P, Plisk S, Reinardy J, Cantler E, Almada AL. Effects of
creatine supplementation on body composition, strength, and sprint performance. Med Sci Sports
Exerc. 1998;30(1):73–82.
Kreider RB, Melton C, Rasmussen CJ, Greenwood M, Lancaster S, Cantler EC, Milnor P, Almada AL.
Long-term creatine supplementation does not significantly affect clinical markers of health in
athletes. Mol Cell Biochem. 2003;244(1–2):95–104.
Kreider RB, Miller GW, Schenck D, Cortes CW, Miriel V, Somma CT, Rowland P, Turner C, Hill D.
Effects of phosphate loading on metabolic and myocardial responses to maximal and endurance
exercise. Int J Sport Nutr. 1992;2(1):20–47.
Kreider RB, Miller GW, Williams MH, Somma CT, Nasser TA. Effects of phosphate loading on oxygen
uptake, ventilatory anaerobic threshold, and run performance. Med Sci Sports Exerc. 1990;22(2):250–
6.
Kreider RB. Effects of creatine supplementation on performance and training adaptations. Mol Cell
Biochem. 2003;244(1–2):89–94.
Kreider RB. Effects of protein and amino acid supplementation on athletic performance.
Sportscience. 1999;3(1) Available: http://www.sportsci.org/jour/ 9901/rbk.html. Accessed 1 June 2018.
Kressler J, Millard-Stafford M, Warren GL. Quercetin and endurance exercise capacity: a systematic
review and meta-analysis. Med Sci Sports Exerc. 2011; 43(12):2396–404.
Kronfeld DS, Ferrante PL, Grandjean D. Optimal nutrition for athletic performance, with emphasis
on fat adaptation in dogs and horses. J Nutr. 1994;124(12 Suppl):2745S–53S.

84
Kulmacz RJ, Pendleton RB, Lands WE. Interaction between peroxidase and cyclooxygenase
activities in prostaglandin-endoperoxide synthase. Interpretation of reaction kinetics. J Biol Chem.
1994;269(8):5527–36.
Lamboley CR, Royer D, Dionne IJ. Effects of beta-hydroxy-beta-methylbutyrate on aerobic-
performance components and body composition in college students. Int J Sport Nutr Exerc Metab.
2007;17(1):56–69.
Lane SC, Hawley JA, Desbrow B, Jones AM, Blackwell JR, Ross ML, Zemski AJ, Burke LM. Single and
combined effects of beetroot juice and caffeine supplementation on cycling time trial
performance. Appl Physiol Nutr Metab. 2014;39(9):1050–7.
Lanhers C, Pereira B, Naughton G, Trousselard M, Lesage FX, Dutheil F. Creatine supplementation
and lower limb strength performance: a systematic review and meta-analyses. Sports Med.
2015;45(9):1285–94.
Larsen FJ, Schiffer TA, Borniquel S, Sahlin K, Ekblom B, Lundberg JO, Weitzberg E. Dietary inorganic
nitrate improves mitochondrial efficiency in humans. Cell Metab. 2011;13(2):149–59.
Larsen FJ, Weitzberg E, Lundberg JO, Ekblom B. Dietary nitrate reduces maximal oxygen
consumption while maintaining work performance in maximal exercise. Free Radic Biol Med.
2010;48(2):342–7.
Larsen FJ, Weitzberg E, Lundberg JO, Ekblom B. Effects of dietary nitrate on oxygen cost during
exercise. Acta Physiol (Oxf). 2007;191(1):59–66.
Leutholtz B, Kreider R. Exercise and sport nutrition. In: Wilson T, Temple N, editors. Nutritional
health. Totowa: Humana Press; 2001. pp. 207–239.
Lindh AM, Peyrebrune MC, Ingham SA, Bailey DM, Folland JP. Sodium bicarbonate improves
swimming performance. Int J Sports Med. 2008;29(6):519–23.
Long G, Zhang GQ. Effects of adenosine triphosphate (atp) on early recovery after total knee
arthroplasty (tka): a randomized, double-blind, controlled study. J Arthroplast. 2014;29(12):2347–51.
Lowery RP, Joy JM, Rathmacher JA, Baier SM, Fuller JC Jr, Shelley MC 2nd, Jager R, Purpura M,
Wilson SM, Wilson JM. Interaction of beta-hydroxy-beta- methylbutyrate free acid and adenosine
triphosphate on muscle mass, strength, and power in resistance trained individuals. J Strength
Cond Res. 2016;30(7):1843–54.
Macleod KE, Nugent SF, Barr SI, Koehle MS, Sporer BC, Macinnis MJ. Acute beetroot juice
supplementation does not improve cycling performance in normoxia or moderate hypoxia. Int J
Sport Nutr Exerc Metab. 2015;25(4): 359–66.
Magal M, Webster MJ, Sistrunk LE, Whitehead MT, Evans RK, Boyd JC. Comparison of glycerol and
water hydration regimens on tennis-related performance. Med Sci Sports Exerc. 2003;35(1):150–6.
Marino FE, Kay D, Cannon J. Glycerol hyperhydration fails to improve endurance performance and
thermoregulation in humans in a warm humid environment. Pflugers Arch. 2003;446(4):455–62.
Marriott M, Krustrup P, Mohr M. Ergogenic effects of caffeine and sodium bicarbonate
supplementation on intermittent exercise performance preceded by intense arm cranking
exercise. J Int Soc Sports Nutr. 2015;12:13.
Matson LG, Tran ZV. Effects of sodium bicarbonate ingestion on anaerobic performance: a meta-
analytic review. Int J Sport Nutr. 1993;3(1):2–28.
Maughan RJ, Burke LM, Dvorak J, Larson-Meyer DE, Peeling P, Phillips SM, Rawson ES, Walsh NP,
Garthe I, Geyer H, Meeusen R, Van Loon LJC, Shirreffs SM, Spriet LL, Stuart M, Vernec A, Currell K, Ali
VM, Budgett RG, Ljungqvist A, Mountjoy M, Pitsiladis YP, Soligard T, Erdener U, Engebretsen L. Ioc
consensus statement: dietary supplements and the high-performance athlete. Br J Sports Med.
2018;52(7):439–55.
Mayhew DL, Mayhew JL, Ware JS. Effects of long-term creatine supplementation on liver and
kidney functions in american college football players. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2002;12(4):453–
60.
Mccormack WP, Hoffman JR, Pruna GJ, Jajtner AR, Townsend JR, Stout JR, Fragala MS, Fukuda DH.
Effects of L-alanyl-L-glutamine ingestion on one- hour run performance. J Am Coll Nutr.
2015;34(6):488–96.
Mcdermott BP, Anderson SA, Armstrong LE, Casa DJ, Cheuvront SN, Cooper L, Kenney WL, O'connor
FG, Roberts WO. National athletic trainers’ association position statement: fluid replacement for the
physically active. J Athl Train. 2017;52(9):877–95.
Mcglory C, Morton JP. The effects of post-exercise consumption of high- molecular-weight versus
low-molecular-weight carbohydrate solutions on subsequent high-intensity interval-running
capacity. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2010;20(5):361–9.
Mckenna ZJ, Gillum TL. Effects of exercise induced dehydration and glycerol rehydration on
anaerobic power in male collegiate wrestlers. J Strength Cond Res. 2017;31(11):2965–8.

85
Mckinley-Barnard S, Andre T, Morita M, Willoughby DS. Combined L-citrulline and glutathione
supplementation increases the concentration of markers indicative of nitric oxide synthesis. J Int
Soc Sports Nutr. 2015;12:27.
Mcleay Y, Stannard S, Barnes M. The effect of taurine on the recovery from eccentric exercise-
induced muscle damage in males. Antioxidants (Basel). 2017;6(4).
Mcmorris T, Mielcarz G, Harris RC, Swain JP, Howard A. Creatine supplementation and cognitive
performance in elderly individuals. Neuropsychol Dev Cogn B Aging Neuropsychol Cogn.
2007;14(5):517–28.
Mcnaughton L, Backx K, Palmer G, Strange N. Effects of chronic bicarbonate ingestion on the
performance of high- intensity work. Eur J Appl Physiol Occup Physiol. 1999;80(4):333–6.
Mcnaughton LR, Lovell RJ, Siegler J, Midgley AW, Moore L, Bentley DJ. The effects of caffeine
ingestion on time trial cycling performance. Int J Sports Physiol Perform. 2008;3(2):157–63.
Mikulski T, Dabrowski J, Hilgier W, Ziemba A, Krzeminski K. Effects of supplementation with
branched chain amino acids and ornithine aspartate on plasma ammonia and central fatigue
during exercise in healthy men. Folia Neuropathol. 2015;53(4):377–86.
Milioni F, de Poli RAB, Saunders B, Gualano B, da Rocha AL, Sanchez Ramos da Silva A, Muller PTG,
Zagatto AM. The effect of β-alanine supplementation during high-intensity interval training on
repeated sprint ability performance and neuromuscular fatigue. J Appl Physiol (1985). 2019 Oct 17.
doi: 10.1152/japplphysiol.00321.2019.
Milioni F, Malta Ede S, Rocha LG, Mesquita CA, De Freitas EC, Zagatto AM. Acute administration of
high doses of taurine does not substantially improve high-intensity running performance and the
effect on maximal accumulated oxygen deficit is unclear. Appl Physiol Nutr Metab. 2016;41(5):498–
503.
Miller SL, Tipton KD, Chinkes DL, Wolf SE, Wolfe RR. Independent and combined effects of amino
acids and glucose after resistance exercise. Med Sci Sports Exerc. 2003;35(3):449–55.
Mitchell CJ, Churchward-Venne TA, Parise G, Bellamy L, Baker SK, Smith K, Atherton PJ, Phillips SM.
Acute post-exercise myofibrillar protein synthesis is not correlated with resistance training-induced
muscle hypertrophy in young men. PLoS One. 2014;9(2):e89431.
Mitchell CJ, D'souza RF, Figueiredo VC, Chan A, Aasen K, Durainayagam B, Mitchell S, Sinclair AJ,
Egner IM, Raastad T, Cameron-Smith D, Markworth JF. Effect of dietary arachidonic acid
supplementation on acute muscle adaptive responses to resistance exercise in trained men: a
randomized controlled trial. J Appl Physiol. 2018;124(4):1080–91.
Moberg M, Apro W, Ekblom B, Van Hall G, Holmberg HC, Blomstrand E. Activation of mtorc1 by
leucine is potentiated by branched-chain amino acids and even more so by essential amino acids
following resistance exercise. Am J Physiol Cell Physiol. 2016;310(11):C874–84.
Mock MG, Hirsch KR, MNM B, Trexler ET, Roelofs EJ, Smith-Ryan AE. Post- exercise ingestion of low
or high molecular weight glucose polymer solution does not improve cycle performance in female
athletes. J Strength Cond Res. 2018; https://doi.org/10.1519/JSC.0000000000002560.
Montner P, Stark DM, Riedesel ML, Murata G, Robergs R, Timms M, Chick TW. Pre-exercise glycerol
hydration improves cycling endurance time. Int J Sports Med. 1996;17(1):27–33.
Muggeridge DJ, Howe CC, Spendiff O, Pedlar C, James PE, Easton C. The effects of a single dose of
concentrated beetroot juice on performance in trained flatwater kayakers. Int J Sport Nutr Exerc
Metab. 2013;23(5):498–506.
Nair KS, Short KR. Hormonal and signaling role of branched-chain amino acids. J Nutr. 2005;135(6
Suppl):1547S–52S.
Negro M, Giardina S, Marzani B, Marzatico F. Branched-chain amino acid supplementation does
not enhance athletic performance but affects muscle recovery and the immune system. J Sports
Med Phys Fitness. 2008;48(3):347–51.
Nelson AG, Arnall DA, Kokkonen J, Day R, Evans J. Muscle glycogen supercompensation is
enhanced by prior creatine supplementation. Med Sci Sports Exerc. 2001;33(7):1096–100.
Nelson AG, Day R, Glickman-Weiss EL, Hegsted M, Kokkonen J, Sampson B. Creatine
supplementation alters the response to a graded cycle ergometer test. Eur J Appl Physiol.
2000;83(1):89–94.
Nelson AG, Day R, Glickman-Weiss EL, Hegsted M, Sampson B. Creatine supplementation raises
anaerobic threshold. FASEB J. 1997;11:A589.
Nelson JL, Robergs RA. Exploring the potential ergogenic effects of glycerol hyperhydration. Sports
Med. 2007;37(11):981–1000.
Nichols S, McGregor G, Al-Mohammad A, Ali AN, Tew G, O'Doherty AF6.The effect of protein and
essential amino acid supplementation on muscle strength and performance in patients with
chronic heart failure: a systematic review.Eur J Nutr. 2019 Oct 28. doi: 10.1007/s00394-019-02108-z.
Nieman DC, Williams AS, Shanely RA, Jin F, Mcanulty SR, Triplett NT, Austin MD, Henson DA.
Quercetin's influence on exercise performance and muscle mitochondrial biogenesis. Med Sci
Sports Exerc. 2010;42(2):338–45.
Nissen S, Sharp R, Ray M. Effect of leucine metabolite beta-hydroxy-beta-methylbutyrate on
muscle metabolism during resistance exercise testing. J Am Physiol. 1996;81:2095–104.

86
Nyakayiru JM, Jonvik KL, Pinckaers PJ, Senden J, Van Loon LJ, Verdijk LB. No effect of acute and 6-
day nitrate supplementation on vo2 and time-trial performance in highly trained cyclists. Int J Sport
Nutr Exerc Metab. 2017;27(1):11–7.
O'connor DM, Crowe MJ. Effects of beta-hydroxy-beta-methylbutyrate and creatine monohydrate
supplementation on the aerobic and anaerobic capacity of highly trained athletes. J Sports Med
Phys Fitness. 2003;43(1):64–8.
Olsen S, Aagaard P, Kadi F, Tufekovic G, Verney J, Olesen JL, Suetta C, Kjaer M. Creatine
supplementation augments the increase in satellite cell and myonuclei number in human skeletal
muscle induced by strength training. J Physiol. 2006;573(Pt 2):525–34.
Ormsbee MJ, Bach CW, Baur DA. Pre-exercise nutrition: the role of macronutrients, modified
starches and supplements on metabolism and endurance performance. Nutrients. 2014;6(5):1782–
808.
Panton LB, Rathmacher JA, Baier S, Nissen S. Nutritional supplementation of the leucine
metabolite beta-hydroxy-beta- methylbutyrate (hmb) during resistance training. Nutrition.
2000;16(9):734–9.
Pasiakos SM, Mcclung JP. Supplemental dietary leucine and the skeletal muscle anabolic response
to essential amino acids. Nutr Rev. 2011;69(9):550–7.
Patrizio F, Ditroilo M, Felici F, Duranti G, De Vito G, Sabatini S, Sacchetti M, Bazzucchi I. The acute
effect of quercetin on muscle performance following a single resistance training session. Eur J Appl
Physiol. 2018;118(5):1021–31.
Peart DJ, Siegler JC, Vince RV. Practical recommendations for coaches and athletes: a meta-analysis
of sodium bicarbonate use for athletic performance. J Strength Cond Res. 2012;26(7):1975–83.
Peeling P, Cox GR, Bullock N, Burke LM. Beetroot juice improves on-water 500 m time-trial
performance, and laboratory-based paddling economy in national and international-level kayak
athletes. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2015;25(3):278–84.
Pelletier DM, Lacerte G, Goulet ED. Effects of quercetin supplementation on endurance
performance and maximal oxygen consumption: a meta-analysis. Int J Sport Nutr Exerc Metab.
2013;23(1):73–82.
Percival ME, Martin BJ, Gillen JB, Skelly LE, Macinnis MJ, Green AE, Tarnopolsky MA, Gibala MJ.
Sodium bicarbonate ingestion augments the increase in PGC-1alpha mRNA expression during
recovery from intense interval exercise in human skeletal muscle. J Appl Physiol. 2015;119(11):1303–12.
Perim P, Marticorena FM, Ribeiro F, Barreto G, Gobbi N, Kerksick C, Dolan E, Saunders B. Can the
Skeletal Muscle Carnosine Response to Beta-Alanine Supplementation Be Optimized? Front Nutr.
2019 Aug 27;6:135. doi: 10.3389/fnut.2019.00135. eCollection 2019.
Phillips SM, Aragon AA, Arciero PJ, Arent SM, Close GL, Hamilton DL, Helms ER, Henselmans M,
Loenneke JP, Norton LE, Ormsbee MJ, Sale C, Schoenfeld BJ, Smithryan AE, Tipton KD, Vukovich
MD, Wilborn C, Willoughby DS. Changes in body composition and performance with supplemental
HMB-FA +ATP. J Strength Cond Res. 2017;31(5):e71–2.
Phillips SM. A brief review of critical processes in exercise-induced muscular hypertrophy. Sports
Med. 2014;44(Suppl 1):S71–7.
Phillips SM. Insulin and muscle protein turnover in humans: stimulatory, permissive, inhibitory, or all
of the above? Am J Physiol Endocrinol Metab. 2008;295(4):E731.
Phillips SM. The science of muscle hypertrophy: making dietary protein count. Proc Nutr Soc.
2011;70(1):100–3.
Pierno S, Liantonio A, Camerino GM, De Bellis M, Cannone M, Gramegna G, Scaramuzzi A, Simonetti
S, Nicchia GP, Basco D, Svelto M, Desaphy JF, Camerino DC. Potential benefits of taurine in the
prevention of skeletal muscle impairment induced by disuse in the hindlimb-unloaded rat. Amino
Acids. 2012;43(1):431–45.
Pruna GJ, Hoffman JR, Mccormack WP, Jajtner AR, Townsend JR, Bohner JD, La Monica MB, Wells
AJ, Stout JR, Fragala MS, Fukuda DH. Effect of acute L-alanyl-L-glutamine and electrolyte ingestion
on cognitive function and reaction time following endurance exercise. Eur J Sport Sci. 2016;16(1):72–
9.
Ransone J, Neighbors K, Lefavi R, Chromiak J. The effect of beta-hydroxy-beta-methylbutyrate on
muscular strength and body composition in collegiate football players. J Strength Cond Res.
2003;17(1):34–9.
Ra SG, Akazawa N, Choi Y, Matsubara T, Oikawa S, Kumagai H, Tanahashi K, Ohmori H, Maeda S.
Taurine supplementation reduces eccentric exercise- induced delayed onset muscle soreness in
young men. Adv Exp Med Biol. 2015;803:765–72.
Rasmussen BB, Tipton KD, Miller SL, Wolf SE, Wolfe RR. An oral essential amino acid-carbohydrate
supplement enhances muscle protein anabolism after resistance exercise. J Appl Physiol.
2000;88(2):386–92.
Rasmussen BB, Wolfe RR, Volpi E. Oral and intravenously administered amino acids produce
similar effects on muscle protein synthesis in the elderly. J Nutr Health Aging. 2002;6(6):358–62.
Rawson ES, Clarkson PM. Acute creatine supplementation in older men. Int J Sports Med.
2000;21(1):71–5.

87
Rezaei S, Akbari K, Gahreman DE, Sarshin A, Tabben M, Kaviani M, Sadeghinikoo A, Koozehchian
MS, Naderi A. Caffeine and sodium bicarbonate supplementation alone or together improve karate
performance. J Int Soc Sports Nutr. 2019 Oct 17;16(1):44. doi: 10.1186/s12970-019-0313-8.Roberts MD,
Iosia M, Kerksick CM, Taylor LW, Campbell B, Wilborn CD, Harvey T, Cooke M, Rasmussen C,
Greenwood M, Wilson R, Jitomir J, Willoughby D, Kreider RB. Effects of arachidonic acid
supplementation on training adaptations in resistance-trained males. J Int Soc Sports Nutr.
2007;4:21. Roberts MD, Lockwood C, Dalbo VJ, Volek J, Kerksick CM. Ingestion of a high-molecular-
weight hydrothermally modified waxy maize starch alters metabolic responses to prolonged
exercise in trained cyclists. Nutrition. 2011;27(6):659–65. Rogero MM, Tirapegui J, Pedrosa RG, Castro
IA, Pires IS. Effect of alanyl-glutamine supplementation on plasma and tissue glutamine
concentrations in rats submitted to exhaustive exercise. Nutrition. 2006;22(5):564–71.
Rollo I, Williams C, Gant N, Nute M. The influence of carbohydrate mouth rinse on self-selected
speeds during a 30-min treadmill run. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2008;18(6):585–600.
Rollo I, Williams C, Nevill M. Influence of ingesting versus mouth rinsing a carbohydrate solution
during a 1-h run. Med Sci Sports Exerc. 2011;43(3): 468–75.
Romano-Ely BC, Todd MK, Saunders MJ, Laurent TS. Effect of an isocaloric carbohydrate-protein-
antioxidant drink on cycling performance. Med Sci Sports Exerc. 2006;38(9):1608–16.
Rowlands DS, Thomson JS. Effects of beta-hydroxy-beta-methylbutyrate supplementation during
resistance training on strength, body composition, and muscle damage in trained and untrained
young men: a meta-analysis. J Strength Cond Res. 2009;23(3):836–46.
Rutherford JA, Spriet LL, Stellingwerff T. The effect of acute taurine ingestion on endurance
performance and metabolism in well-trained cyclists. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2010;20(4):322–
9.
Santos CS, Nascimento FEL. Isolated branched-chain amino acid intake and muscle protein
synthesis in humans: a biochemical review. einstein (São Paulo). 2019;17(3):eRB4898.
https://doi.org/10.31744/einstein_journal/2019RB4898
Saunders B, Virgile A, Elliott-Sale KJ, et al. Br J Sports Med Epub ahead of print: [please include Day
Month Year]. doi:10.1136/bjsports-2019-101129.
Schaffer SW, Jong CJ, Ramila KC, Azuma J. Physiological roles of taurine in heart and muscle. J
Biomed Sci. 2010;17(Suppl 1):S2.
Schena F, Guerrini F, Tregnaghi P, Kayser B. Branched-chain amino acid supplementation during
trekking at high altitude. The effects on loss of body mass, body composition, and muscle power.
Eur J Appl Physiol Occup Physiol. 1992;65(5):394–8.
Schilling BK, Stone MH, Utter A, Kearney JT, Johnson M, Coglianese R, Smith L, O'bryant HS, Fry AC,
Starks M, Keith R, Stone ME. Creatine supplementation and health variables: a retrospective study.
Med Sci Sports Exerc. 2001;33(2): 183–8.
Scholten SD, Sergeev IN. Long-term quercetin supplementation reduces lipid peroxidation but
does not improve performance in endurance runners. Open Access J Sports Med. 2013;4:53–61.
Schwedhelm E, Maas R, Freese R, Jung D, Lukacs Z, Jambrecina A, Spickler W, Schulze F, Boger RH.
Pharmacokinetic and pharmacodynamic properties of oral l-citrulline and l-arginine: impact on
nitric oxide metabolism. Br J Clin Pharmacol. 2008;65(1):51–9.
Shad BJ, Smeuninx B, Atherton PJ, Breen L. The mechanistic and ergogenic effects of phosphatidic
acid in skeletal muscle. Appl Physiol Nutr Metab. 2015;40(12):1233–41.
Silva AJ, Machado Reis V, Guidetti L, Bessone Alves F, Mota P, Freitas J, Baldari C. Effect of creatine
on swimming velocity, body composition and hydrodynamic variables. J Sports Med Phys Fitness.
2007;47(1):58–64.
Silva LA, Silveira PC, Ronsani MM, Souza PS, Scheffer D, Vieira LC, Benetti M, De Souza CT, Pinho RA.
Taurine supplementation decreases oxidative stress in skeletal muscle after eccentric exercise. Cell
Biochem Funct. 2011;29(1):43–9.
Silva VR, Belozo FL, Micheletti TO, Conrado M, Stout JR, Pimentel GD, Gonzalez AM. Beta-hydroxy-
beta-methylbutyrate free acid supplementation may improve recovery and muscle adaptations
after resistance training: a systematic review. Nutr Res. 2017;45:1–9.
Sinclair J, Bottoms L, Flynn C, Bradley E, Alexander G, Mccullagh S, Finn T, Hurst HT. The effect of
different durations of carbohydrate mouth rinse on cycling performance. Eur J Sport Sci.
2014;14(3):259–64.
Slater G, Jenkins D, Logan P, Lee H, Vukovich M, Rathmacher JA, Hahn AG. Beta-hydroxy-beta-
methylbutyrate (HMB) supplementation does not affect changes in strength or body composition
during resistance training in trained men. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2001;11(3):384–96.
Slater GJ, Jenkins D. Beta-hydroxy-beta-methylbutyrate (HMB) supplementation and the
promotion of muscle growth and strength. Sports Med. 2000;30(2): 105–16.
Smith AE, Moon JR, Kendall KL, Graef JL, Lockwood CM, Walter AA, Beck TW, Cramer JT, Stout JR.
The effects of beta-alanine supplementation and high- intensity interval training on neuromuscular
fatigue and muscle function. Eur J Appl Physiol. 2009;105(3):357–63.

88
Smith AE, Walter AA, Graef JL, Kendall KL, Moon JR, Lockwood CM, Fakuda DH, Beck TW, Cramer JT,
Stout JR. Effects of beta-alanine supplementation and high-intensity interval training on
endurance performance and body composition in men; a double-blind trial. J Int Soc Sports Nutr.
2009;6(1):5. Sobolewski EJ, Thompson BJ, Smith AE, Ryan ED. The physiological effects of creatine
supplementation on hydration: a review. Am J Lifestyle Med. 2011;5(4):320–7. Spillane M, Emerson C,
Willoughby DS. The effects of 8 weeks of heavy resistance training and branched-chain amino acid
supplementation on body composition and muscle performance. Nutr Health. 2012;21(4):263–73.
Staples AW, Burd NA, West DW, Currie KD, Atherton PJ, Moore DR, Rennie MJ, Macdonald MJ,
Baker SK, Phillips SM. Carbohydrate does not augment exercise-induced protein accretion versus
protein alone. Med Sci Sports Exerc. 2011;43(7):1154–61. Stewart I, Mcnaughton L, Davies P, Tristram S.
Phosphate loading and the effects of VO2max in trained cyclists. Res Quart. 1990;61:80–4. Stokes T,
Hector AJ, Morton RW, Mcglory C, Phillips SM. Recent perspectives regarding the role of dietary
protein for the promotion of muscle hypertrophy with resistance exercise training. Nutrients.
2018;10(2). Stone MH, Sanborn K, Smith LL, O'bryant HS, Hoke T, Utter AC, Johnson RL, Boros R,
Hruby J, Pierce KC, Stone ME, Garner B. Effects of in-season (5 weeks) creatine and pyruvate
supplementation on anaerobic performance and body composition in american football players.
Int J Sport Nutr. 1999; 9(2):146–65. Suzuki T, Morita M, Kobayashi Y, Kamimura A. Oral l-citrulline
supplementation enhances cycling time trial performance in healthy trained men: double-blind
randomized placebo-controlled 2-way crossover study. J Int Soc Sports Nutr. 2016;13:6. Taes YE,
Delanghe JR, Wuyts B, Van De Voorde J, Lameire NH. Creatine supplementation does not affect
kidney function in an animal model with pre-existing renal failure. Nephrol Dial Transplant.
2003;18(2): 258–64. Tarnopolsky MA, Atkinson SA, Macdougall JD, Sale DG, Sutton JR. Physiological
responses to caffeine during endurance running in habitual caffeine users. Med Sci Sports Exerc.
1989;21(4):418–24.
Thomson JS, Watson PE, Rowlands DS. Effects of nine weeks of beta-hydroxy- beta- methylbutyrate
supplementation on strength and body composition in resistance trained men. J Strength Cond
Res. 2009;23(3):827–35.
Tikuisis P, Ducharme MB, Moroz D, Jacobs I. Physiological responses of exercised-fatigued
individuals exposed to wet-cold conditions. J Appl Physiol. 1999;86(4):1319–28.
Tipton KD, Borsheim E, Wolf SE, Sanford AP, Wolfe RR. Acute response of net muscle protein
balance reflects 24-h balance after exercise and amino acid ingestion. Am J Physiol Endocrinol
Metab. 2003;284(1):E76–89.
Tipton KD, Gurkin BE, Matin S, Wolfe RR. Nonessential amino acids are not necessary to stimulate
net muscle protein synthesis in healthy volunteers. J Nutr Biochem. 1999;10(2):89–95.
Tipton KD, Wolfe RR. Exercise, protein metabolism, and muscle growth. Int J Sport Nutr Exerc
Metab. 2001;11(1):109–32.
Tobias G, Benatti FB, De Salles PV, Roschel H, Gualano B, Sale C, Harris RC, Lancha AH Jr, Artioli GG.
Additive effects of beta-alanine and sodium bicarbonate on upper-body intermittent performance.
Amino Acids. 2013;45(2):309–17.
Trexler ET, Smith-Ryan AE, Roelofs EJ, Hirsch KR, Mock MG. Effects of coffee and caffeine anhydrous
on strength and sprint performance. Eur J Sport Sci. 2016;16(6):702–10.
Trexler ET, Smith-Ryan AE, Stout JR, Hoffman JR, Wilborn CD, Sale C, Kreider RB, Jager R, Earnest
CP, Bannock L, Campbell B, Kalman D, Ziegenfuss TN, Antonio J. International society of sports
nutrition position stand: Beta- alanine. J Int Soc Sports Nutr. 2015;12:30.
Valenzuela PL, Morales JS, Emanuele E, Pareja-Galeano H, Lucia A3. Supplements with purported
effects on muscle mass and strength.Eur J Nutr. 2019 Jan 2. doi: 10.1007/s00394-018-1882-z.
Van De Poll MC, Siroen MP, Van Leeuwen PA, Soeters PB, Melis GC, Boelens PG, Deutz NE, Dejong
CH. Interorgan amino acid exchange in humans: consequences for arginine and citrulline
metabolism. Am J Clin Nutr. 2007; 85(1):167–72.
Vanhatalo A, Fulford J, Bailey SJ, Blackwell JR, Winyard PG, Jones AM. Dietary nitrate reduces
muscle metabolic perturbation and improves exercise tolerance in hypoxia. J Physiol. 2011;589(Pt
22):5517–28.
Van Rosendal SP, Osborne MA, Fassett RG, Coombes JS. Physiological and performance effects of
glycerol hyperhydration and rehydration. Nutr Rev. 2009;67(12):690–705.
Volek JS, Duncan ND, Mazzetti SA, Staron RS, Putukian M, Gomez AL, Pearson DR, Fink WJ,
Kraemer WJ. Performance and muscle fiber adaptations to creatine supplementation and heavy
resistance training. Med Sci Sports Exerc. 1999;31(8):1147–56.
Volek JS, Kraemer WJ, Bush JA, Boetes M, Incledon T, Clark KL, Lynch JM. Creatine supplementation
enhances muscular performance during high- intensity resistance exercise. J Am Diet Assoc.
1997;97(7):765–70.

89
Volek JS, Mazzetti SA, Farquhar WB, Barnes BR, Gomez AL, Kraemer WJ. Physiological responses to
short-term exercise in the heat after creatine loading. Med Sci Sports Exerc. 2001;33(7):1101–8.
Volek JS, Ratamess NA, Rubin MR, Gomez AL, French DN, Mcguigan MM, Scheett TP, Sharman MJ,
Hakkinen K, Kraemer WJ. The effects of creatine supplementation on muscular performance and
body composition responses to short-term resistance training overreaching. Eur J Appl Physiol.
2004;91(5–6):628–37.
Volpi E, Kobayashi H, Sheffield-Moore M, Mittendorfer B, Wolfe RR. Essential amino acids are
primarily responsible for the amino acid stimulation of muscle protein anabolism in healthy elderly
adults. Am J Clin Nutr. 2003;78(2):250–8.
Von Duvillard SP, Arciero PJ, Tietjen-Smith T, Alford K. Sports drinks, exercise training, and
competition. Curr Sports Med Rep. 2008;7(4):202–8.
Von Duvillard SP, Braun WA, Markofski M, Beneke R, Leithauser R. Fluids and hydration in
prolonged endurance performance. Nutrition. 2004;20(7–8):651–6.
Vukovich MD, Dreifort GD. Effect of beta-hydroxy beta-methylbutyrate on the onset of blood lactate
accumulation and v(o)(2) peak in endurance- trained cyclists. J Strength Cond Res. 2001;15(4):491–7.
Vukovich MD, Slater G, Macchi MB, Turner MJ, Fallon K, Boston T, Rathmacher J. Beta-hydroxy-beta-
methylbutyrate (HMB) kinetics and the influence of glucose ingestion in humans. J Nutr Biochem.
2001;12(11):631–9.
Wagenmakers AJ. Muscle amino acid metabolism at rest and during exercise: role in human
physiology and metabolism. Exerc Sport Sci Rev. 1998;26:287–314.
Wagner DR. Hyperhydrating with glycerol: implications for athletic performance. J Am Diet Assoc.
1999;99(2):207–12.
Waldron M, Patterson SD, Tallent J, Jeffries O. The effects of an oral taurine dose and
supplementation period on endurance exercise performance in humans: a meta-analysis. Sports
Med. 2018;48(5):1247–53.
Warnock R, Jeffries O, Patterson S, Waldron M. The effects of caffeine, taurine, or caffeine-taurine
coingestion on repeat-sprint cycling performance and physiological responses. Int J Sports Physiol
Perform. 2017;12(10):1341–7.
Watsford ML, Murphy AJ, Spinks WL, Walshe AD. Creatine supplementation and its effect on
musculotendinous stiffness and performance. J Strength Cond Res. 2003;17(1):26–33.
Wax B, Kavazis AN, Luckett W. Effects of supplemental citrulline-malate ingestion on blood lactate,
cardiovascular dynamics, and resistance exercise performance in trained males. J Dietary Suppl.
2016;13(3):269–82.
Wax B, Kavazis AN, Weldon K, Sperlak J. Effects of supplemental citrulline malate ingestion during
repeated bouts of lower-body exercise in advanced weightlifters. J Strength Cond Res.
2015;29(3):786–92.
Webb AJ, Patel N, Loukogeorgakis S, Okorie M, Aboud Z, Misra S, Rashid R, Miall P, Deanfield J,
Benjamin N, Macallister R, Hobbs AJ, Ahluwalia A. Acute blood pressure lowering, vasoprotective,
and antiplatelet properties of dietary nitrate via bioconversion to nitrite. Hypertension.
2008;51(3):784–90.
West JS, Ayton T, Wallman KE, Guelfi KJ. The effect of 6 days of sodium phosphate
supplementation on appetite, energy intake, and aerobic capacity in trained men and women. Int
J Sport Nutr Exerc Metab. 2012; 22(6):422–9.
Wijnands KA, Vink H, Briede JJ, Van Faassen EE, Lamers WH, Buurman WA, Poeze M. Citrulline a
more suitable substrate than arginine to restore no production and the microcirculation during
endotoxemia. PLoS One. 2012; 7(5):e37439.
Wiles JD, Coleman D, Tegerdine M, Swaine IL. The effects of caffeine ingestion on performance
time, speed and power during a laboratory-based 1 km cycling time-trial. J Sports Sci.
2006;24(11):1165–71.
Wilkerson DP, Hayward GM, Bailey SJ, Vanhatalo A, Blackwell JR, Jones AM. Influence of acute
dietary nitrate supplementation on 50 mile time trial performance in well-trained cyclists. Eur J
Appl Physiol. 2012; 112(12):4127–34.
Wilkinson SB, Tarnopolsky MA, Macdonald MJ, Macdonald JR, Armstrong D, Phillips SM.
Consumption of fluid skim milk promotes greater muscle protein accretion after resistance
exercise than does consumption of an isonitrogenous and isoenergetic soy-protein beverage. Am J
Clin Nutr. 2007;85(4):1031–40.
Williams MH, Kreider R, Branch JD. Creatine: the power supplement. Champaign: Human Kinetics;
1999.

90
Willoughby DS, Rosene J. Effects of oral creatine and resistance training on myosin heavy chain
expression. Med Sci Sports Exerc. 2001;33(10):1674–81.
Willoughby DS, Rosene JM. Effects of oral creatine and resistance training on myogenic regulatory
factor expression. Med Sci Sports Exerc. 2003;35(6): 923–9.
Willoughby DS, Stout JR, Wilborn CD. Effects of resistance training and protein plus amino acid
supplementation on muscle anabolism, mass, and strength. Amino Acids. 2007;32(4):467–77.
Wilson JM, Fitschen PJ, Campbell B, Wilson GJ, Zanchi N, Taylor L, Wilborn C, Kalman DS, Stout JR,
Hoffman JR, Ziegenfuss TN, Lopez HL, Kreider RB, Smith- Ryan AE, Antonio J. International society
of sports nutrition position stand: Beta-hydroxy-beta-methylbutyrate (HMB). J Int Soc Sports Nutr.
2013;10(1):6.
Wilson JM, Joy JM, Lowery RP, Roberts MD, Lockwood CM, Manninen AH, Fuller JC, De Souza EO,
Baier SM, Wilson SM, Rathmacher JA. Effects of oral adenosine-5′-triphosphate supplementation on
athletic performance, skeletal muscle hypertrophy and recovery in resistance-trained men. Nutr
Metab (Lond). 2013;10(1):57.
Wilson JM, Lowery RP, Joy JM, Andersen JC, Wilson SM, Stout JR, Duncan N, Fuller JC, Baier SM,
Naimo MA, Rathmacher J. The effects of 12 weeks of beta-hydroxy-beta-methylbutyrate free acid
supplementation on muscle mass, strength, and power in resistance-trained individuals: a
randomized, double-blind, placebo-controlled study. Eur J Appl Physiol. 2014;114(6):1217–27.
Wiroth JB, Bermon S, Andrei S, Dalloz E, Hebuterne X, Dolisi C. Effects of oral creatine
supplementation on maximal pedalling performance in older adults. Eur J Appl Physiol.
2001;84(6):533–9.
Wolfe RR. Regulation of muscle protein by amino acids. J Nutr. 2002;132(10): 3219S–24S.
Woolf K, Bidwell WK, Carlson AG. The effect of caffeine as an ergogenic aid in anaerobic exercise. Int
J Sport Nutr Exerc Metab. 2008;18(4):412–29.
Wu G. Urea synthesis in enterocytes of developing pigs. Biochem J. 1995; 312(Pt 3):717–23.
Zhang M, Izumi I, Kagamimori S, Sokejima S, Yamagami T, Liu Z, Qi B. Role of taurine
supplementation to prevent exercise-induced oxidative stress in healthy young men. Amino Acids.
2004;26(2):203–7.
Zhou L, Nilsson A. Sources of eicosanoid precursor fatty acid pools in tissues. J Lipid Res.
2001;42(10):1521–42.

91
O PROJETO
Com o objetivo de trazer performance
através de um atendimento individualizado,
resolvemos juntar nossos conhecimentos
para criar o Projeto Staak.

É um acompanhamento baseado em
períodos de tempo, visando resultados reais
e duradouros a médio/longo prazo.
PARA QUEM
Homem, mulher, alto, baixo, acima ou abaixo
do peso, para nós, isso não importa, o
projeto é para qualquer pessoa.

A única semelhança em nossos clientes, é


um único objetivo: uma vida melhor e
saudável, em todos os aspectos. Não
possuímos restrições de idade e gênero.
O MÉTODO
Prezamos pela saúde de nossos pacientes, e
acreditamos que um trabalho bem feito e
individualizado resolva 80% (ou mais) dos
problemas de saúde da população. Priorizamos um
trabalho individualizado e trabalhamos de forma
interdisciplinar, onde atendemos as pessoas de
forma simultânea, aliando as condutas médicas e
nutricionais visando atingir os melhores resultados,
a melhor performance e a melhor saúde já
experimentada por nossos pacientes.
MARCOS STAAK JR

SUPLEMENTOS
TUDO AQUILO QUE
NÃO TE CONTARAM!

FORMADO EM MEDICINA EM 2011, CURSOU 3 PÓS-GRADUAÇÕES POR NÃO


QUERER SE PRENDER EM NENHUMA ÁREA ESPECÍFICA: MEDICINA DO ESPORTE,
ENDOCRINOLOGIA E NUTROLOGIA.DESSA FORMA CONSEGUE LIDAR COM A SAÚDE
DE UMA FORMA GLOBAL, SEJA ELA PREVENTIVA OU PARA CONTROLE DE
DOENÇAS JÁ EXISTENTES.

STAAKMED

Você também pode gostar