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22/04/2023, 21:15 Brasil aprova adesão à Convenção de Budapeste que facilita cooperação internacional para combate ao cibercrime — Proc…

CRIMINAL 23 DE DEZEMBRO DE 2021 ÀS 14H15

Brasil aprova adesão à Convenção de Budapeste que facilita cooperação


internacional para combate ao cibercrime
Ratificação do tratado é defendida pelo Ministério Público Federal, que pediu urgência na votação
do PDL

A adesão do Brasil à Convenção sobre


o Crime Cibernético, conhecida como
Convenção de Budapeste, por ter sido
celebrada na capital da Hungria, em
novembro de 2001, foi aprovada pelo
Senado no último dia 15. O Projeto de
Decreto Legislativo (PDL) 255/2021
foi relatado pelo senador Nelsinho
Trad (PSD/MS) e aguarda
promulgação pelo Congresso
Nacional. A Convenção de Budapeste
tem como objetivo facilitar a
Foto: Pixabay cooperação internacional para
combater o cibercrime. Elaborado
pelo Comitê Europeu para os Problemas Criminais, com o apoio de uma comissão de especialistas,
o documento lista os principais crimes cometidos por meio da rede mundial de computadores e foi
o primeiro tratado internacional sobre crimes cibernéticos. A Convenção já foi assinada por mais de
60 países e é utilizada por outros cerca de 160 como orientação para as legislações locais.

Entre as questões tratadas na Convenção de Budapeste estão a criminalização de condutas,


normas para investigação e produção de provas eletrônicas e meios de cooperação internacional.
Em novembro deste ano, em seminário realizado pela Comissão de Ciência e Tecnologia,
Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, o Ministério Público Federal (MPF)
defendeu a urgência na aprovação do PDL para oficializar a adesão do Brasil ao tratado. O pedido
foi feito pelo procurador da República George Lodder, que integra o Grupo de Apoio sobre
Criminalidade Cibernética da Câmara Criminal do MPF (2CCR/MPF). Na ocasião, ele ainda defendeu
a inclusão, na legislação brasileira, da obrigação de sites e plataformas comunicarem os órgãos de
persecução penal sobre caso de crimes praticados por seus usuários.

Lodder esclareceu que, atualmente, muitas das informações sobre crimes de pedofilia e outros
praticados no Brasil por meio da internet chegam ao conhecimento das autoridades nacionais por
meio do National Center for Missing & Exploited Children (NCMEC), entidade privada sem fins
lucrativos que atua nos Estados Unidos, onde a legislação estabelece que essa comunicação é
obrigatória. Para o membro do MPF, prever obrigação semelhante na legislação nacional
representaria enorme avanço. “Hoje, não existe na legislação brasileira essa obrigação
correspondente, de modo que, quando é uma empresa americana, temos sucesso em obter esses
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dados, mas quando se trata de plataforma de origem de outro país, como o TikTok, por exemplo,
que é chinês, ou plataforma brasileira, isso nem sempre acontece”, relatou. Segundo o procurador,
muitas vezes as plataformas até têm interesse em compartilhar as informações, mas, como a
prática não está prevista no marco legal brasileiro, têm receio de serem responsabilizadas pela
captura e transferência dos dados aos órgãos de persecução.

*Com informações da Agência Senado


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MPF pede ao Congresso urgência na


ratificação da Convenção de Budapeste sobre
crimes cibernéticos
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ratificacao-da-convencao-de-budapeste-
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