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PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS – 5º AULA

 1º ABORDAGEM (referente a constituição de 88 – seção da saúde)

 Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede


regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de
acordo com as seguintes diretrizes:

I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas,


sem prejuízo dos serviços assistenciais;

III - participação da comunidade.

 2º ABORDAGEM (referente a classificação dos princípios em


doutrinários e organizativos)

 O SUS segue uma mesma doutrina e os mesmos princípios


organizativos, em todo o território nacional. Não se trata, portanto, de uma
prestação de serviço ou uma instituição, mas de um “Sistema” estruturado
em nível nacional, composto por unidades, serviços e ações que interagem,
objetivando um fim comum, baseado nos seguintes princípios:

a) Doutrinários: UEI (Universalidade/ Equidade/ Integralidade). Estes


princípios têm o papel de conduzirem o Sistema.

 Observação: em alguns casos, pode ser abordada a igualdade no lugar de


equidade. Mesmo assim, também se considera a igualdade como princípio
doutrinário.

b) Organizativos: Regionalização/ Hierarquização/ Intersetorialidade/


Participação Social/ Descentralização/ Complementariedade do Setor
Privado/ outros. Estes princípios têm o papel de organizarem e
operacionalizarem os princípios doutrinários.

O QUE MAIS CAI NA PROVA!!!

 3º ABORDAGEM (OS CONCEITOS DOS PRINCÍPIOS DO SUS)


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 Universalidade: É a garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo


e qualquer cidadão. Com a universalidade, o indivíduo passa a ter direito de
acesso a todos os serviços públicos de saúde, assim como aqueles
contratados pelo poder público, Saúde é direito de cidadania e dever do
Governo: municipal, estadual e federal.

 Equidade: É assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a


complexidade que cada caso requeira saúde, assim como aqueles
contratados pelo poder público. Todo cidadão é igual perante ao SUS, mas
será atendido conforme suas necessidades, canalizando mais
atenção aos que mais precisam.

 Integralidade: Cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma


comunidade. As ações de promoção, proteção e recuperação da saúde
formam também um todo indivisível e não podem ser compartimentalizadas.
As unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de
complexidade, formam também um todo indivisível configurando um sistema
capaz de prestar assistência integral. Enfim: "O homem é um ser integral,
biopsicossocial, e deverá ser atendido com esta visão integral por um
sistema de saúde também integral, voltando a promover, proteger e recuperar
sua saúde."

 Regionalização: A população deve estar vinculada a uma rede de serviços


hierarquizados, organizados por região, com área geográfica
definida. É um processo de articulação entre os serviços existentes, com
comando unificado. A oferta de serviços deve ser planejada de acordo com os
critérios epidemiológicos

 Hierarquização: Os serviços devem ser organizados em níveis de


complexidade crescente. Além de dividir os serviços em níveis de
atenção, deve incorporar os fluxos de encaminhamento (referência) e de
retornos de informações ao nível básico do serviço (contra-referência).

 Resolubilidade: É a exigência de que, quando um indivíduo busca o


atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde,
o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e
resolvê-lo até o nível da sua competência.
 Descentralização: É entendida como uma redistribuição das
responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde entre os vários
níveis de governo, a partir da ideia de que quanto mais perto do fato a decisão
for tomada, mais chance haverá de acerto. Assim, o que é abrangência de um
município deve ser de responsabilidade do governo municipal; o que abrange
um estado ou uma região estadual deve estar sob responsabilidade do
governo estadual; e, o que for de abrangência nacional será de
responsabilidade federal.
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 Participação dos cidadãos: É a garantia constitucional de que a


população, através de suas entidades representativas,
participará do processo de formulação e controle da execução
das políticas de saúde, em todos os níveis, desde o federal até o local.
Essa participação deve se dar nos Conselhos de Saúde, com representação
paritária de usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores de
serviço. Outra forma de participação são as conferências de saúde, periódicas,
para definir prioridades e linhas de ação sobre a saúde. Deve ser também
considerado como elemento do processo participativo, o dever das instituições
de oferecerem as informações e conhecimentos necessários para que a
população se posicione sobre as questões que dizem respeito à sua saúde.

 Intersetorialidade: Diante do novo conceito ampliado de saúde, que não


contempla apenas a doença, mas o direito a qualidade de vida, as atuais
políticas públicas não podem ser fragmentadas. É necessária a articulação
e integração da política/ setor saúde com as diferentes
políticas/ setores, como, educação, assistência social, habitação,
trabalho, saneamento básico, meio ambiente e outras. Assim, a política de
saúde se mostrará mais forte em suprir as necessidades individuais e coletivas
do cidadão e sua totalidade.

 Complementariedade do setor privado: A Constituição definiu que,


quando por insuficiência do setor público, for necessário a
contratação de serviços privados, isso deve se dar sob três
condições: 1ª - a celebração de contrato, conforme as normas de direito
público, ou seja, interesse público prevalecendo sobre o particular; 2ª - a
instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas
técnicas do SUS. Prevalecem, assim, os princípios da universalidade,
equidade, etc., como se o serviço privado fosse público, uma vez que, quando
contratado, atua em nome deste; 3ª - a integração dos serviços privados
deverá se dar na mesma lógica organizativa do SUS, em termos de posição
definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços. Dessa forma, em
cada região, deverá estar claramente estabelecido, considerando-se os
serviços públicos e privados contratados, quem vai fazer o que, em que nível
e em que lugar. Dentre os serviços privados, devem ter preferência os serviços
não lucrativos, conforme determina a Constituição.

4º ABORDAGEM (REFERENTE A LEI 8.080)

I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de


assistência;

II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo


das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos
para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
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III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física


e moral;

IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de


qualquer espécie;

V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;


pr princípio da transparência.

VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a


sua utilização pelo usuário;

VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a


alocação de recursos e a orientação programática;

VIII - participação da comunidade;

IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera


de governo:
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
Princípio da Municipalização.

b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;

X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e


saneamento básico; princípio da intersetorialidade.

XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos


da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de
serviços de assistência à saúde da população; princípio da gestão
cooperativa.

XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência;


princípio da resolubilidade.

XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de


meios para fins idênticos; Princípio da Resolubilidade

XIV - organização de atendimento público específico e especializado para


mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre
outros, atendimento, acompanhamento psicológico e e cirurgias plásticas
reparadoras, em conformidade com a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013.

 Se na prova, afirmar que a equidade é um princípio do SUS segundo a Lei


8.080, é considerada incorreta. Portanto, perante a Lei orgânica, só pode
vir descrita como igualdade.

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