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AS REGRAS DO JOGO: PRINCIPIOS E DIRETRIZES QUE NORTEIAM O

SUS

Os princípios e diretrizes do SUS são as bases que definem a organização do


sistema, bem como o quais serão e como serão ofertados os serviços e
praticas de saúde.
Os princípios doutrinários são:
1) Universalidade: Direito à saúde, sem discriminação, a todos os
cidadãos, podendo ter livre acesso a todo o conjunto de ações e
serviços ofertados pelo sistema, desde o mais simples ao mais
complexo.
2) Integralidade: Direito a todas as dimensões relacionadas ao processo
saúde-doença. Isto é, direito a uma prestação continuada dos serviços
como promoção, proteção, cura e reabilitação física e mental. Assim,
considerando as dimensões sociais e psicoafetivas além da biológica.
3) Equidade: Princípio da discriminação positiva, isto é, prioridade de
acesso a grupos sociais mais vulneráveis, excluídos e em precárias
condições de vida.
4) Direito a informação: Direito a informação sobre saúde individual e
coletiva, bem como conhecimento sobre serviços disponíveis,
prioridades de investimento e utilização dos recursos. Princípio essencial
para a participação dos cidadãos nas decisões sobre os sistemas de
saúde.

As diretrizes organizativas são:


1) Descentralização: Municipalização da gestão dos serviços e ações de
saúde. Atribui ao município a responsabilidade pela prestação direta da
maioria dos serviços.
2) Regionalização: Distribuir de forma racional e justa os recursos no
território com base na distribuição da população.
3) Hierarquização: Sistema de saúde ordenado por níveis de
complexidade na atenção à saúde. Assim, a atenção primária a saúde é
a base, onde é ofertado os serviços básicos, sendo também a porta de
entrada do sistema, além de regular o acesso aos serviços de atenção
especializada.
4) Participação comunitária: Se refere a Democracia participativa, onde
os cidadãos influenciam a definição e execução da política de saúde.
Ocorre mediante participação dos segmentos sociais organizados nas
conferencias e conselhos de saúde.
5) Integração: Se refere a integração das ações entre os subsistemas que
fazem parte do sistema de saúde e serviços. É uma Condição para a
continuidade e integralidade do cuidado, além de assegurar a eficácia e
eficiência do sistema.
O planejamento, então, deve ser capaz de reconhecer a diversidade e
desigualdade loco regionais, sem perder de vista a integração sistêmica.

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