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ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE PLANILHAS E CLASSIFICAÇÕES DE

ARTIGOS DURANTE UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Ao coletar os artigos das bases de dados, organizar uma planilha que permita ir inserindo as
informações dos artigos encontrados e selecionados inicialmente. A planilha dever ser
elaborada de tal modo que apresente os artigos agrupados segundo a combinação de descritores
para cada base de dados.
As informações abaixo dever ser apresentadas na sequência, em colunas, posteriores à
numeração de cada artigo, e uma ou duas colunas para marcar sobre a inclusão ou exclusão do
artigo e também as razões para as exclusões realizadas ao longo do processo de análise mais
detalhada, onde se aplicam filtros manuais, complementando os filtros já aplicados
anteriormente, nas próprias bases de dados (e.g. período, revisão por pares, língua, área, etc.).
A numeração abaixo poderá variar em função do número de colunas empregadas para tanto.

1. Nome do artigo
2. Ano em que foi publicado
3. Nome da Revista e Qualis
4. Área e/ou subárea da revista em que foi publicado o artigo
5. Região da revista (país) ou estado-cidade (para as revistas brasileiras)
6. Nome dos Autores (na mesma ordem que aparece na publicação)
7. País dos autores do artigo (informar universidade de origem e os países,
cidades, estado)
8. Resumo do artigo, deixando o objetivo em negrito.
9. Natureza do artigo - se teórico, empírico, prático ou teórico-prático.
Aqui existe a opção de inserir os itens seguintes, na mesma coluna, logo abaixo da
informação acima. Neste caso, use caixa alta para a classificação da natureza do
artigo e caixa baixa para as informações abaixo, logo na sequência.
Outra opção será criar colunas, na sequência, para as classificações a seguir.
9.1. Metodologia empregada: Essa metodologia, para os estudos teóricos, pode
ser: estudo histórico, estudo histórico-conceitual, levantamos de literatura (que por
sua vez pode ser de cunho panorâmico, sistemático ou integrativo). Para os estudos
empíricos, podem ser de natureza qualitativa, quantitativa ou mista. Dentro de cada
uma dessas categorias, ainda cabem outras classificações, relacionadas aos
instrumentos empregados. Da mesma foram, pode se abrir uma nova coluna, ou
informar logo abaixo dessa classificação, na mesma coluna, mas em letra menor,
por se tratar de uma subcategoria.
9.1. Instrumentos empregados: Informar tanto os instrumentos de coleta de dados
como os instrumentos de análise. Exemplos de instrumentos de coleta de dados para
as pesquisas quantitativas são: escalas, surveis, instrumentos psicométricos
diversos, etc. Exemplos de instrumentos de análise em pesquisas quantitativas são
os softwares específicos ou operações estatísticas específicas. Exemplos de
instrumentos de coleta em pesquisas qualitativas mais comuns são: estudo de caso,
envolvendo emprego de diversos instrumentos; entrevistas não estruturadas,
estruturadas ou semiestruturadas; observação; etnografia, etc. Exemplos de análise
qualitativas são: fenomenologia de Amedeu Giogi; análise de conteúdo; análise de
discurso; etc.
10. Referencial teórico adotada no estudo realizado (abordagem teórica):
Esta categorização também deve e pode ser complementada com classificações
mais específicas em termos dos conceitos empregados no estudo. Da mesma forma,
essa classificação quanto aos conceitos empregados pode vir numa nova coluna (ou
novas colunas, caso se tarte demais de um conceito em jogo), ou pode vir na
sequência, na mesma coluna, deixo o nome do referencial em caixa alta, em
detaque, e na sequência, a informação sobre o conceito empregado no artigo.
10.1- Conceito empregado no estudo. Aqui se aplica em estudos que trabalham
com conceitos específicos. Por exemplo, informar se o estudo usa o conceito de
religião, religiosidade e/ou espiritualidade. Especificar como tais conceitos são
definidos no estudo.
11. Contexto aonde foi realizado o estudo: Informar o contexto onde o estudo foi
desenvolvido (eg. Hospital, CAPS, clínica psiquiátrica, consultório particular,
consultório, escola, universidade, empresa, comunidade, etc...)
12. População estudada: população com a qual foi desenvolvida o estudo. (e.g.
psicoterapeutas, pacientes cancerígenos, idosos institucionalizados, idosos
diagnosticados com depressão, estudantes universitários, etc.)
13. Tema/aspecto mais abordado no artigo: Criar categorias que classifiquem os
artigos em temas ou aspeitos abordados. Por exemplo, se o levantamento é sobre a
religiosidade e psicoterapia, pode ser que seja possível uma classificação do tipo:
percepção de psicoterapeutas sobre religiosidade e psicoterapia; percepção dos
pacientes sobre religiosidade e psicoterapia; modos de lidar com a religiosidade
durante a psicoterapia; religião, laicidade e psicoterapia, etc.
Muito importante compreender que, para realizar esta última classificação, que será
o último item da análise sistemática de literatura, será preciso ter lido os resumos e,
eventualmente, também o trabalho completo de todos os artigos. Só depois de ler
todos os trabalhos e ter uma ideia de todos os temas abordados, será possível essa
classificação. Quando um resumo do artigo é bem elaborado, isso pode ser feito
apenas a partir da leitura dos resumos. Quando não oferece detalhes suficientes, às
vezes é necessário ler o texto completo ou partes deles que esclareçam melhor o tema
ou aspecto abordado no estudo.
Muito importante também compreender que aqui não se trata, ainda, de
levantamento integrativo!!! Trata-se de uma classificação temática, que também
faz parte da análise sinemática. A análise integrativa é muito mais detalhada, ela
escolhe um tema transversão para analisar e articular entre si, considerando a leitura
completa de todos os artigos, podendo envolver ou não uma classificação em
subtemas ou aspectos abordados.

Profa. Marta Helena de Freitas – UCB – Julho.2023


Laboratório de Religião, Saúde Mental e Cultura

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