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A experiência CERTI 20
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INTRODUÇÃO
evels
O QUE É TRL
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O QUE É TRL
Os Technology Readiness Levels (TRL) - Níveis de Prontidão Tecnológica - são um conjunto de métricas que permitem a avaliação da
maturidade de uma tecnologia e a comparação consistente entre maturidades de diferentes tipos de tecnologias. (ESA, 2008)
A definição de TRL de uma tecnologia serve como uma representação instantânea – uma fotografia – dos marcos alcançados por ela,
incluindo características como desempenho, escala e resultados experimentais. Essas fotografias são tiradas várias vezes durante o
desenvolvimento do projeto para acompanhar seu desenvolvimento e identificar seus novos desafios. Isso não significa que um projeto
sempre nascerá em TRL1 e terminará em TRL9. Ele depende das intenções de quem o desenvolve.
Também não é verdade que um projeto sempre avança positivamente. Muitas vezes na construção dele, precisamos tomar decisões de dar
um passo atrás para conseguirmos chegar mais longe e o TRL refletirá essas questões. Sobretudo, o TRL é uma forma de entender, de uma
maneira mais completa e panorâmica, qual a situação atual da tecnologia e, assim, guiar decisões e planejamentos para atingir o objetivo por
trás dela.
Entre os que se beneficiam da escala, os setores de Defesa, Aeroespacial, Energia e Óleo&gás detêm a maior
parte do desenvolvimento por trabalharem projetos complexos, que exigem confiabilidade e segurança. Assim,
atualmente as maiores referências no assunto são os documentos redigidos pelo Departamento de Defesa
americano (DoD), a própria NASA, a Agência Espacial Europeia (ESA), o Government Accountability Office
(GAO), o Departamento de Energia americano (DoE), a Det Norske Veritas (DNV) e o American Petroleum
Institute (API).
Ainda assim, não existe um controle rígido sobre a adoção da escala. A norma ISO apresenta considerações
genéricas e subjetivas sobre os requisitos, os quais ainda podem gerar confusões em sua definição, sendo
necessário especificar os parâmetros que alocam uma tecnologia ao seu TRL para alinhar nomenclatura
antes de qualquer discussão. Além disso, existe margem para que cada instituição faça pequenas adaptações
à escala, como descrito pelo GAO:
“Uma vez que as definições não são totalmente inclusivas e podem variar segundo tecnologia e aplicação,
as organizações podem moldar as definições para acomodar sua própria aplicação.” (GAO, 2020)
APLICAÇÃO
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Você já ouviu falar sobre o temido “VALE DA MORTE DA INOVAÇÃO”? Ele é uma lacuna de investimento no desenvolvimento de
tecnologias, muito comentado no contexto de startups. O que acontece na prática é que existem dois polos grandes de investimentos
nas extremidades da escala de maturidade. De um lado, as universidades e institutos de pesquisa aplicam investimentos em pesquisa
básica, na qual a função comercial da tecnologia é, muitas vezes, indefinida. Por isso, apesar de desenvolver conceitos importantes para a
engenharia, por exemplo, ela não é capaz de arrecadar fundos para sustentar a continuidade de sua pesquisa.
O uso do TRL também tem se expandido a setores distantes da engenharia aeroespacial. A Embrapa –
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – também adaptou uma escala à sua realidade, com um manual
e exemplos de aplicações.
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Abaixo você encontra a escala com suas descrições de acordo com o Departamento de Energia estadunidense (DoE), e, ao
lado, uma classificação das etapas de desenvolvimento que cada nível representa. Perceba, porém, como as definições
ainda são abstratas e dependem de interpretação sobre as entregas que devem conter e, principalmente, sobre os testes e
documentações a serem concluídas em cada etapa.
3 Prova de conceito analítica e experimental da função crítica e/ou da característica 3 Laboratório Partes Simulado
6 Protótipo em escala de engenharia mostrando desempenho em ambiente relevante 6 Engenharia/Piloto Similar Relevante
7 Sistema prototípico similar em escala completa demonstrado em ambiente relevante 7 Completa Similar Relevante
9 Sistema real demonstrado na aplicação por meio de operações com missão bem- 9 Completa Idêntica Operacional
sucedida
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VOCÊ SABIA?
Para conhecimento
Advindas da concepção do TRL, existem um número considerável de outras escalas de
prontidão, para além da de tecnologia, tais como a CRL, a MRL e a IRL. Elas são Outras escalas
iniciativas para alinhar vocabulário e facilitar comunicação de outros aspectos no
S T RL
desenvolvimento da inovação.
Entre as mais aceitas está a escala MRL, cujo modelo foi desenvolvido inicialmente pelo oftware echnology
Departamento de Defesa americano. O restante das escalas são consideravelmente
menos conhecidas e ainda não há consenso na definição de cada nível. Seu uso deve ser
feito apenas após a identificação clara dos requisitos, preferencialmente elaborados por
uma instituição respeitada no assunto, sempre a referenciando.
C RL
ommercial
B RL
MRL
As definições de MRL (Manufacturing Readiness Levels) usiness
criam uma escala de medida e vocabulário para avaliar e
1 2 3
discutir maturidade de manufatura e riscos. (DoD, 2011)
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Innovation RL
Desafios de manufatura
identificadas
Produção
estabelecida
H uman F RL actors
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A escala, apesar de se mostrar uma elaboração importante pelo espaço que ganhou nos
últimos anos, tem uma série de limitações. Esses fatores não invalidam o seu uso, mas
devem ser observados para que sua utilização seja correta.
Avalia apenas a maturidade da tecnologia, mas não oferece precisão para medir
sucesso do projeto, risco, custo ou potencial de avançar ao próximo nível;
(BERHAUME, 2016; TOMASCHEK, 2016)
PROTÓTIPO
1.1 É, nesse contexto, um modelo físico ou virtual
1 2 usado para avaliar a viabilidade técnica, de
fabricação ou operacional de um produto.
Demonstra a forma, o ajuste e a função do produto
final. É, ao máximo possível, idêntico ao hardware
e/ou software operacional e desenvolvido para
1.2 testar os processos de fabricação e ampliação de
escala, bem como funcionalidade.
PRODUTO
1.3
3 Bem de consumo para o cliente final, resultado
do desenvolvimento do projeto, sendo esse
composto por um ou mais componentes e
tecnologias. Nesse contexto, produto pode
1.1 1.2 1.3 significar um aplicativo, software, equipamento
TECNOLOGIA TECNOLOGIA CRÍTICA COMPONENTE mecânico, uma ferramenta, etc. e não
necessariamente atingirá o TRL9.
É um conceito Dentre as tecnologias, a É a menor unidade de
abstrato que dita a tecnologia crítica é aquela com funcionalidade do
forma (técnica) de algum grau de novidade ou produto. Remete a um SISTEMA
execução de uma utilizada de uma maneira compressor ou um 4 É tido como a coleção
função, sem que inédita, e necessária para que o base de dados, por
integrada de todos os
uma aplicação em sistema alcance seus requisitos exemplo, os quais
subsistemas (ou funções) e
mercado seja de performance operacional exercem uma função
componentes. Mostra a visão
necessária; dentro dos investimentos e do produto;
do produto como a junção de
cronogramas planejados. Pode todos os componentes em
haver mais de uma tecnologia funcionamento no ambiente.
crítica em um componente;
PROCESSO TRA
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Identificação
TRA
da tecnologia Technology Readiness Assessment (TRA) é um
processo sistemático e baseado em evidências que
1 avalia a maturidade de tecnologias (GAO, 2020).
As limitações do uso da escala por si só
mostraram, ao longo do seu uso, que era
2 necessário um processo regrado de uso.
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TRL = escala Dessa forma, entende-se por TRL as definições de
escala de maturidade, enquanto TRA é o processo
4 TRA = avaliação de avaliação – ou seja, o uso da escala TRL para
classificação da tecnologia.
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O Government Accountability Office (GAO) publicou, então, um guia de avaliação de
6 maturidade tecnológica, estabelecendo as principais diretrizes para utilização do órgão
americano, mas aberto ao público, tido como a principal fundamentação do processo
TRA.
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Para além desse documento, a Fundação CERTI reuniu definições da Embrapa, NASA
e ESA para elaborar as regras e diretrizes do TRA. Sua rejeição desconfigura o uso da
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escala TRL, então fique atento a quaisquer informações de TRL, para se assegurar que
foram devidamente fundamentadas. Veja na próxima página quais são essas regras.
9 Operação estável
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Cada avaliação de maturidade No início do projeto, deve-se Ao longo do projeto, o TRA pode ser
é válida apenas para um conduzir o primeiro processo de TRA, conduzido em uma frequência pré-definida –
sistema, isto é, um conjunto onde o nível inicial e o final desejado como nas transições do desenvolvimento da
de componentes dispostos do produto devem ser alinhados, tecnologia para as fases seguintes do ciclo de
em determinado formato e bem como os marcos do projeto; vida do produto - ou quando a equipe e o
operando em um ambiente cliente julgarem necessário para a tomada de
específico; decisão;
Se o sistema for muito complexo,
divida-o em subsistemas e Sugere-se que as evidências objetivas e
O TRL de um sistema desenvolva o TRA deles em separado. os avanços sejam compartilhados com o
é menor ou igual ao Quando seu desenvolvimento for cliente (ou stakeholders) com certa
TRL do componente suficiente, integre no produto ou regularidade como, por exemplo, a cada
de menor maturidade; protótipo final e reavalie sua nível de TRL avançado;
maturidade;
Agora que você já conhece a escala TRL, percebeu que a avaliação de maturidade tecnológica não pode ser conduzida de
qualquer forma. Ela é uma ferramenta de confiabilidade e, por isso, é importante empregar método e diligência no processo,
o que só pode ser adquirido com estudo e experiência.
Atividades Conteúdo
• Identificação de Tecnologias Críticas; Workshop de • Conceitualização;
Assessoria em • Avaliação dos requisitos de TRL; formação em
• Identificação de Tecnologias Críticas;
• Requisitos dos TRLs;
TRA • Apoio à implementação do TRA;
• Definição do TRL da tecnologia. TRA • Implementação do TRA.
+ Acesso à ferramenta de TRA + Acesso à ferramenta de TRA
A Fundação CERTI trabalha com inovação nos mais diversos Além disso, para garantir que nossos clientes tenham
setores e, conhecendo seus desafios, entende a importância autonomia na avaliação de maturidade de seus próprios
de uma TRA bem elaborada. Oferecemos assessoria na projetos, oferecemos um workshop de formação em TRA,
implementação de processos TRA confiáveis, que envolve no qual são abordados, em maior profundidade, cada um
discussões sobre boas práticas de desenvolvimento dos TRL. O conteúdo envolve, também, toda a
tecnológico e avaliação dos processos em conjunto com fundamentação teórica de identificação de tecnologias
nossos clientes. A assessoria é feita com base em uma críticas, documentação de evidência objetiva, escalas de
ferramenta de TRA exclusiva da CERTI, elaborada em prototipagem, ambientes de testes e implantação
adaptação das principais instituições em TRL para a corporativa do processo TRA.
realidade de P&D+I empresarial.
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CERTI
resultando atualmente em uma das maiores e mais bem sucedidas
da América Latina (Incubadora CELTA) e viabilizou o primeiro
Parque Tecnológico Brasileiro, o Parque Tecnológico Alpha, que
serviu de inspiração para a Certi desenvolver o projeto e apoiar a
estruturação do Sapiens Parque - um dos principais ambientes de
Inovação do Brasil.
Manaus e em Brasília, a CERTI atua no desenvolvimento
de projetos de inovação tecnológica, pelos quais se Outras importantes iniciativas e projetos concebidos pela
tornou referência em âmbito nacional e internacional por CERTI são o Sinapse da inovação (apoio a empreendedores a
seus projetos e serviços em áreas como indústria 4.0, transformarem sua ideia em produto), o Darwin Starter e a Hards
transformação digital, gestão da qualidade e integridade, – aceleradoras, a CVentures (Venture Capital), e ainda o Inovativa
energia sustentável e mobilidade elétrica, bioeconomia, Brasil, que apoia a gestão de empresas através de uma rede de
inovação corporativa e empreendedorismo inovador. mentores para o fortalecimento das mesmas no Ecossistema e
no mercado.
Além disso, a CERTI atua constantemente no fomento e