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1 - A PULSÃO
No que toca essa constância da pulsão, ela contraria um dos princípios básicos
atribuídos ao sistema nervoso, a partir do conceito freudiano, que é o de reduzir toda
intensidade dos estímulos o tanto quanto possível e até livrar-se deles para manter a
harmonia do aparato psíquico (FREUD, 2013, p. 22). Essa contrariedade é o que
promove a dinâmica no aparelho.
Podemos, então, discutir alguns termos que são utilizados em correlação com o
conceito de pulsão, a saber: pressão, meta, objeto e fonte da pulsão (FREUD, 2013, p.
23).
Por pressão (drang), entende-se o termo como o fator motor da pulsão. É o
trabalho por ela representado, e é de característica geral da pulsão que se configure
como uma parcela de atividade.
[...] mesmo que essa meta final permaneça inalterada para todas as pulsões,
diferentes caminhos podem conduzir a essa mesma meta final, de modo que
podem existir para uma mesma pulsão diversas metas aproximadas ou
intermediárias, as quais podem ser combinadas ou substituídas umas por
outras (FREUD, 2013, p. 13).
Quanto ao que se entende por fonte (quelle), esta representa o ponto de origem
somático da pulsão. Freud complementa:
Além disso, ele pontua que um conhecimento mais específico acerca das fontes
não é fundamentalmente necessário para a investigação psicológica (2023, p.24).
Por fim, quando as pulsões não podem ser satisfeitas de forma direta ou quando
sua expressão é considerada inaceitável, elas podem encontrar um destino na
sublimação. A sublimação ocorre quando as pulsões são “dessexualizadas”, segundo
Freud, mas pouco se conhece de forma profunda sobre a sublimação pela falta de
escritos do autor. (FREUD, 2013, p. 70).