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COORDENADORIA DE PROMOÇÃO DO TRABALHO E RENDA

Camilo Sobreira de Santana


Governador do Estado do Ceará

Francisco José Pontes Ibiapina


Secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social

Robson de Oliveira Veras


Coordenadoria de Promoção do Trabalho e Renda

Robertha Arrais de Souza Catunda Edianny Lima da Silva de Andrade e Castro


Célula de Educação Social e Profissional Projeto Criando Oportunidades

Márcia Maria Mororó Monteiro Muniz Regina Helena Tahim Sousa Neiva
Célula de Gestão do Sistema Público do Centro de Profissionalização para a Pessoa
Emprego, Trabalho e Renda com Deficiência

Ângela Sousa Gouveia Studart Maria Aparecida Ferreira Aragão


Núcleo de Acompanhamento às Açõesde Centros de Inclusão Tecnológica e Social –
Capacitação CITS

Simone Veras Medeiros


Escola de Vida, Sabor e Arte – EVISA
Apresentação

A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado do Ceará


(STDS) tem como missão contribuir para elevação da qualidade de vida da
população cearense, sobretudo dos segmentos socialmente vulnerabilizados,
coordenando e executando as políticas do Trabalho e Assistência Social e
desenvolvendo ações de Segurança Alimentar e Nutricional.

No âmbito da política do trabalho, atua significativamente para a ampliação das


oportunidades de inserção ou reinserção do trabalhador cearense no mundo do
trabalho, por meio da realização de cursos de qualificação, na modalidade de
formação inicial e continuada.

O atendimento prioritário nas ações de qualificação é destinado aos jovens e


mulheres por apresentarem maiores dificuldades de inserção no mundo do
trabalho e baixos indicadores socioeconômicos.
Os cursos de qualificação profissional promovidos pela Secretaria do Trabalho e
Desenvolvimento Social visam propiciar a compreensão da realidade social
brasileira e cearense e o desenvolvimento de competências e habilidades que
promovam o exercício da cidadania na sociedade do século XXI.
Nessa perspectiva, os cursos ofertados fundamentam-se na compreensão da
importância da formação profissional, aliada às ocupações em ascensão no
mercado de trabalho, aos princípios éticos e políticos, às questões do meio
ambiente, da qualidade na prestação dos serviços, da segurança no trabalho e do
trabalho em equipe.

Francisco José Pontes Ibiapina


Secretário do Trabalho e
Desenvolvimento Social
APRESENTAÇÃO

O Instituto de Desenvolvimento Social e da Cidadania – IDES tem

como missão contribuir para a redução das desigualdades sociais dando ênfase

à dignidade e aos direitos inerentes a todos os cidadãos através de um espírito

fraterno e solidário.

O Instituto de Desenvolvimento Social e da Cidadania (IDES) é uma

Organização Não-Governamental (ONG), fundada em 2001. O objetivo de criá-

la foi, principalmente, para efetivar um trabalho social que priorizasse a

promoção e a defesa dos direitos da criança, do adolescente e de suas famílias,

ou seja, para uma melhoria de fato na qualidade de vida desse público.

A preocupação com a efetivação dos direitos tem origem no fato da

instituição está localizada numa comunidade com grandes problemas de infra-

estrutura, onde a população tem sua dignidade desrespeitada diariamente. É

nessa realidade social, de carência e falta de acesso aos recursos mínimos de

uma vida digna, que o IDES vem desenvolvendo programas sociais voltados

para crianças, adolescentes e suas famílias, objetivando proporcionar o

reconhecimento de seu papel de sujeitos de direitos na comunidade e

sociedade.

Luis Narciso Coelho de Oliveira


Presidente do IDESc
Introdução

O presente material didático tem o objetivo de contribuir para o


desenvolvimento e o aprimoramento do processo de ensino e
aprendizagem, auxiliando educandos e educadores dos cursos de
qualificação social e profissional, promovidos por meio de ações da
Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Governo do Estado
do Ceará. 

A produção do material objetiva ser um instrumento pedagógico que


forneça aos sujeitos que interagem em sala de aula – educador e
educando – uma perspectiva geral dos temas contemplados nos
cursos, orientando na apreensão dos conteúdos. 

Sabe-se, no entanto, que a ampliação de conhecimentos e o


desenvolvimento de habilidades e atitudes necessárias que favoreçam
a inserção ou reinserção do educando no mundo do trabalho serão
efetivamente concretizadas com o aprofundamento das unidades
temáticas, por meio de atividades previamente planejadas e de
procedimentos metodológicos diversificados. 

Portanto, é importante que você, educando, esteja comprometido com


a sua formação e que esse material seja fonte de consulta, estudo e
revisão no exercício da atividade educacional e profissional. 

Robertha Arrais de Souza Catunda 


Orientadora da Célula de Educação Social 
e Profissional 
CONTEÚDO

Apresentação

Lição 1 Noções básicas sobre


relações humanas no salão
de beleza

Lição 2 Higiene ambiental e corporal


na atividade de cabeleireiro

Lição 3 Equipamentos e instrumentos


necessários à lavagem, corte
e secagem dos cabelos

Lição 4 Técnicas de lavagem dos


cabelos

Lição 5 Elementos para a escolha do


estilo de cabelo

Lição 6 Técnicas de corte de cabelos

Lição 7 Classificação dos estilos de


cabelo
Lição 8 Estilo de cabelos femininos

Lição 9 Estilo de cabelos Masculinos

Lição 10 Técnicas de secagem dos


cabelos

O que Aprendemos

Referencias Bibliográfica
APRESENTAÇÃO

O cabelo não tem função vital nos seres humanos, mas tem uma grande
importância do ponto de vista psicológico e social.

Vamos refletir
sobre isso?

Qualquer que seja o povo, a raça, o país, a classe social etc, a preocupação
com o cabelo está sempre presente.

Aqui no Brasil, costumamos dizer que “o cabelo é a moldura


do rosto”, daí porque ele tem que apresentar-se com boa

aparência conforme o costume em cada época e em cada lugar.

Na vida moderna o cuidado com o cabelo torna-se uma tarefa cada vez mais

complicada. Isso porque de um lado diversos fatores


agridem a qualidade natural dos cabelos: sol,
poluição, uso de remédios, doenças, utilização
inadequada de meios para embelezamento dos
cabelos etc. De outro lado, as
técnicas para combate desses danos, são atualmente mais variadas e mais
complicadas.

Esses fatos determinam a necessidade de profissionais cada vez mais


qualificados, para escolher e realizar os cuidados de que cada cabelo
necessita.
Para escolher a cor, o corte, o alisamento ou ondulação é
necessária a presença de um profissional qualificado, capaz de
identificar o que melhor convém ao estilo de vida do cliente, ao

tipo de rosto, à qualidade e quantidade do cabelo etc.

Ele tem que ser capaz também de escolher, entre as técnicas e os produtos
disponíveis, a que é mais indicado para se obter o resultado desejado.

Por fim ele tem que estar qualificado para realizar o trabalho, escolhido.

Tudo isso tem contribuiu para a ampliação das oportunidades de trabalho em


todas as áreas de higiene e beleza, nos últimos anos.

De fato, você não acha que para viver numa sociedade moderna as pessoas
precisam de um boa aparência, que na maioria dos casos só um profissional
pode proporcionar?

Este curso tem por objetivo iniciar a preparação de cabeleireiros profissionais,


capazes de trabalhar com as modernas técnicas, equipamentos, instrumentos
e produtos existentes em nossa região.

Porém como se trata de um curso de iniciação, as técnicas trabalhadas aqui se


referem à lavagem, corte e secagem do cabelo.

O curso constará de 10 (dez) lições. As duas primeiras, se constituirão numa


parte introdutória, sendo nelas expostas noções básicas sobre relações
humanas dentro de um salão de beleza, e ainda de aspectos relacionados
com higiene corporal e ambiental.

Em seguida, na lição 3, apresenta-se os equipamentos e instrumentos que o


cabeleireiro deve dispor para realizar as atividades de lavagem, corte e
secagem dos cabelos.
Por fim, serão então discutidas nas lições 4 e 5 as técnicas de atendimento ao
cliente, no que se refere lavagem e escolha de estilo de cabelos.

Na lição 6 apresenta-se elementos fundamentais de técnicas para execução do


corte de cabelo, chegando-se a uma classificação dos estilos de cabelos.

A lição 7 apresenta uma classificação de estilos de cortes de cabelos


femininos.

As lições 8 e 9 oferecem a caracterização e a técnica de corte, para os estilos


de cabelo mais solicitados atualmente nos salões de beleza de nossa região.

Por fim, na lição 10 são descritas as três técnicas de secagem dos cabelos
através do secador manual: escova lisa, escova modelada e escova amassada.
PARA APRENDER O MÁXIMO DO CURSO
VOCÊ PRECISA

DURANTE
AS AULAS

Prestar atenção em tudo o que o Instrutor


ensina;

Pedir ao Instrutor para repetir a explicação, se você tiver


alguma dúvida;

Fazer, novamente, todas as atividades, para ver se você


realmente aprendeu o que foi ensinado; e

Prestar muita atenção às aulas práticas, pois elas preparam


você para ser um profissional eficiente.

Importante!

Aprende-se a fazer, fazendo...

EM
CASA

Ler tudo com muita atenção;

Se achar uma palavra difícil, marcar a palavra e perguntar, ao


Instrutor; o que significa;

Procurar associar o que está escrito com as figuras correspondentes


no caderno.

O Instrutor é, também, para tirar dúvidas; não fique com elas! Esforce-
se e aprenda...

BOA SORTE!
Lição 1
NOÇÕES BÁSICAS DE RELAÇÕES HUMANAS NO
SALÃO DE BELEZA

Os seres humanos vivem sempre em grupos. Muitas vezes uma mesma


pessoa pertence a vários grupos sociais: uma família, um grupo de trabalho,
uma escola, um grupo religioso, um grupo de diversão e outros mais.

As pessoas que formam qualquer um desses grupos são diferentes umas das
outras. São diferentes não só na aparência física, mas também na maneira de
pensar e de agir.

Por esse motivo, para o grupo funcionar bem e atingir seus objetivos, é
preciso que cada um respeite as regras que o grupo adotar. É preciso
que cada um seja capaz de ser cordial e solidário com os demais.
Você concorda?

O grupo social que trabalha em um salão de beleza, deve se organizar de


maneira a oferecer aos funcionários e aos clientes um ambiente agradável e
favorável ao trabalho. Este ambiente beneficia a todos, clientes e funcionários,
permitindo inclusive que relaxem suas tensões pessoais.

Para que o salão seja um ambiente agradável e eficiente, é preciso que os


funcionários saibam trabalhar com responsabilidade e competência e ainda que
colaborem uns com os outros.

O sucesso do salão depende, em grande parte, de seus funcionários seguirem


algumas regras de boas relações sociais:

a) serem cordiais entre si;

b) serem cordiais com os clientes;

1
c) cumprirem rigorosamente o horário de trabalho;

d) organizar cada um seu material e ambiente de trabalho, de modo a


não prejudicar os outros funcionários;

e) receber o cliente de maneira educada, procurando perceber


exatamente o serviço que ele deseja;

f) realizar seu trabalho com profissionalismo de modo a passar


confiança aos clientes;

g) procurar dirigir a conversa para temas gerais ou profissionais,


evitando o envolvimento em assuntos pessoais dos clientes;

h) não fazer comentários negativos acerca do cabelo do cliente, como


por exemplo: "seu cabelo é muito grosso", ou "é muito fino", "é muito
ondulado", "é excessivamente liso" ou " é muito abundante", etc.
Esses comentários constrangem e aborrecem o cliente, que merece
um bom atendimento seja lá quais forem as características de seu
cabelo. Respeitá-lo é uma questão de ética profissional.

i) evitar conversas que depreciem clientes que estão ausentes, pois os


que estão presentes logo imaginarão que acontecerá o mesmo a seu
respeito;

j) jamais cobrar preços diferentes pelo mesmo serviço, qualquer que


seja o motivo. De preferência a tabela de preços deve ser exposta
onde possa ser vista por todos.

Para que o cliente goste, retorne e recomende o salão a outros clientes, é


necessário que ele aprecie os serviços e a maneira como esses serviços foram
prestados.

2
Mas lembre-se que, para manter-se na atividade, você precisa agradar e ainda
conviver bem com as outras pessoas que integram o salão, tanto patrão como
funcionários.

Você percebe o quanto são importantes as relações humanas?

Quantas pessoas conseguiram um trabalho com grande dificuldade e logo o


perderam por não terem um comportamento adequado?

Cada atividade tem suas regras de conduta, e é importante aprendê-las e


adotá-las, quando se quer permanecer na atividade.

- Quais as vantagens de manter-se uma conduta ética


e cordial no salão?
- Você acha que as pessoas podem aprender boas
regras de convivência no trabalho?
- Você conhece alguma pessoa que perdeu o emprego
por não respeitar as regras de convivência?
- Que outras regras de convivência no salão de beleza,
além das apresentadas, você poderia apontar?
- Na sua opinião o cabeleireiro autônomo, isto é, aquele
que presta serviço na casa do cliente, também tem
regras de conduta a seguir?

3
Lição 2
HIGIENE AMBIENTAL E CORPORAL NA ATIVIDADE
DE CABELEIREIRO

Todos os serviços que os clientes procuram em um salão de beleza são


serviços que irão melhorar sua higiene e beleza.

Ora, se os serviços do salão têm por objetivo a higiene do cliente, então a


primeira coisa que ele vai exigir do salão é a higiene do ambiente e dos
funcionários.

A HIGIENE DO AMBIENTE
NO SALÃO DE BELEZA

O salão deve estar sempre limpo. Ao se colocar os móveis, os equipamentos,


os instrumentos e materiais de trabalho, deve-se pensar não apenas na beleza
do salão, mas também na facilidade de limpá-lo. Piso, paredes, móveis e
equipamentos devem permanecer sempre limpos.

Conservando-se o salão sempre limpo e colocando-se o lixo em sacos


plásticos mantidos fechados, evita-se o aparecimento de insetos. Isso é muito
importante pois os insetos são prejudiciais à saúde e desagradam os clientes.

Além de limpo e livre de insetos, o ambiente do salão deve ser organizado.


Para isso algumas medidas devem ser adotadas:

1) arrumar os móveis e equipamentos de modo que o ambiente fique


agradável, fácil de limpar e que as pessoas se movimentem com facilidade
dentro dele;

4
2) determinar um lugar para cada coisa e manter cada coisa no seu lugar,
pois isso facilita muito o trabalho de todos;

3) colocar a iluminação nos lugares certos para facilitar as várias atividades do


salão;

4) manter a temperatura do salão a mais agradável possível. Se não dispõe de


ar refrigerado nem de ventilador, aproveite ao máximo a ventilação natural,
principalmente nos locais onde os clientes serão atendidos.

5) Apresentar os utensílios sempre limpos.

HIGIENE CORPORAL DO
CABELEIREIRO

Desde criança nos ensinaram a cuidar bem de nosso corpo, principalmente de


sua limpeza. Vamos lembrar o que aprendemos:

1) a tomar banho todos os dias, ensaboando bem cada parte do corpo;

2) a usar desodorante nas axilas. Na falta de produtos industrializados, o limão


com bicarbonato pode ajudar bastante;

3) a escovar os dentes após as refeições;

4) a manter as mãos e os pés sempre limpos, com unhas bem tratadas;

5) a cuidar bem dos olhos e das orelhas, lavando-as com mãos e água bem
limpas, evitando trabalhar com luz muito forte ou muito fraca, e fugindo do
barulho muito intenso.

5
6) a tratar bem do couro cabeludo e dos cabelos, mantendo-os sempre limpos
e bem cuidados. Essa medida é importante, pois evita o mal cheiro e ainda o
incômodo da caspa, dos piolhos e de várias doenças que surgem em
cabeças pouco limpas;

Portanto, todas as partes do corpo devem estar sempre bem cuidadas para
garantir uma boa aparência, e preservar a saúde.

Agora que você relembrou dos cuidados de higiene que todos devem ter,
experimente reler cada um deles, pensando no seu trabalho como cabeleireiro.

Leve em consideração:

a) a imagem que deve apresentar para os clientes;

b) a proximidade física que terá com eles.

Agora responda:

- Dá para um cabeleireiro dispensar algum desses cuidados?


Além desses 06 (seis) cuidados de higiene corporal citados, que outros você
acrescentaria? Vamos tentar aumentar essa lista?

7) Usar roupas limpas e bem cuidadas. De preferência vestir uniforme ou


pelo menos avental durante o horário de trabalho.
8)

9)

10)

11)

12)

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Lição 3
EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS NECESSÁRIOS À
LAVAGEM, CORTE E SECAGEM DOS CABELOS

Como toda profissão, o trabalho do cabeleireiro exige certos equipamentos e


instrumentos, que tornam mais fácil a realização dessa atividade.

É claro que a quantidade e a qualidade dos equipamentos e instrumentos


existentes no salão de beleza, dependem do tamanho e do tipo de salão. Por
exemplo, um salão pequeno tem apenas um lavatório e de tipo simples. Já um
salão grande e luxuoso, tem seis, oito ou mais lavatórios de fibra de vidro ou
outros materiais mais práticos, mais bonitos e mais caros também.

Entretanto, mesmo sendo diferentes, quanto aos seus equipamentos e


instrumentos, todos os salões de beleza tem o material mínimo que será
apresentado a seguir, através de figuras e pequenas descrições.

Mas é bom notar que aparecem neste caderno somente os instrumentos e


equipamentos necessários à lavagem, corte e secagem dos cabelos que fazem
parte do Curso de Iniciação.

O material necessário para tratamento, ondulação, alisamento, descoloração e


tingimento serão apresentados noutro caderno.

7
1. EQUIPAMENTOS MÍNIMOS UTILIZADOS PARA
LAVAGEM, CORTE E SECAGEM DOS CABELOS

Para realizar seu trabalho, cada cabeleireiro precisa contar, pelo menos com:

• Bancada com espelho;

• Cadeira para cliente;

• Lavatório;

• Estufa;

• Secador manual;

• Difusor;

• Vaporizador;

• Carrinho auxiliar.

8
BANCADA COM ESPELHO

Conforme se observa nas figuras abaixo a bancada com espelho pode ser
confeccionada em madeira, sendo ou não revestida de fórmica. Existem
bancadas sofisticadas em mármore, granito ou outros materiais mais
modernos.

Esse móvel pode conter gavetas ou prateleiras, para acomodar materiais do


cabeleireiro e do cliente. Em sua parte inferior deverá haver espaço para o
cliente colocar suas pernas.

Por trás e acima da bancada deve haver um espelho que poderá ser fixado na
parede ou na própria bancada.

Quantas bancadas deve ter o salão?

Depende do número de cabeleireiros que nele trabalham, não é? Para cada


profissional é necessário uma bancada.

Os exemplos apresentados a seguir lhe darão uma idéia de


como podem ser preparadas as bancadas com espelho.

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CADEIRA PARA CLIENTE

A cadeira do cliente deve ser confortável e de preferência giratória.

É importante que a altura da cadeira e sua distância em relação à bancada,


permitam ao cliente visualizar bem o espelho.

Cada cabeleireiro deve estar atento para que sua cadeira se encontre sempre
muito bem limpa.

Veja alguns exemplos de cadeira nos desenhos abaixo.

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LAVATÓRIO

Os tipos de lavatórios mais comuns em nossos salões são:

a) os construídos em alvenaria com revestimento de cerâmica ou azulejo;


b) os de fibra de vidro que se compra prontos em lojas especializadas;
a) os de compensado ou alcatex.

Todos eles apresentam uma espécie de calha (geralmente de inox) onde o


cliente encaixa a cabeça, apoiando nela a parte posterior do pescoço. Se o
cliente for uma pessoa de estatura muito baixa, talvez seja necessário colocar
uma almofada no assento para que o corpo fique mais elevado, evitando assim
a má circulação do sangue. Possuem também uma torneira ou uma ducha de
onde vem a água fria ou quente. E naturalmente, o lavatório possui ainda um
ralo ou mesmo uma mangueira, por onde escoa a água servida.

É necessário cuidar bem do lavatório, zelando para que esteja sempre limpo,
com torneira e esgoto funcionando bem. Isso é importantíssimo, você não
acha?

As figuras apresentadas a seguir mostram exemplos de alguns tipos de


lavatório.

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ESTUFA

A estufa é um aparelho composto de um sistema elétrico, que serve para


esterilizar instrumentos, cujo uso exige esse cuidado.

Ela é indispensável em clínicas, hospitais, laboratórios etc sendo atualmente


muito usada em salão de beleza. Ela garante a higienização de materiais que
entrarão em contato direto com o corpo humano.

A estufa é uma caixa formada por duas paredes de metal, contendo material
isolante entre elas. Isso evita que o calor interno passe para o seu exterior,
aquecendo o próprio aparelho e o ambiente.

No seu interior apresenta prateleiras móveis, onde são colocados os materiais


a serem esterilizados, os quais são arrumados em recipientes inoxidáveis ou
mesmo de alumínio.

É também equipado com um termômetro, que indica a temperatura e com um


dispositivo onde o usuário marca a temperatura desejada.

Para realizar sua função de esterilização, a estufa produz um calor intenso e


seco, que destroi os germes que se acumulam nos instrumentos.

No caso do salão de beleza, os germes podem vir dos próprios clientes. Esses
germes precisam ser totalmente eliminados, para não contaminarem o
profissional e os outros clientes.

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Quais são os materiais de uso do cabeleireiro, que podem ser colocados na
estufa?

São os materiais fabricados em metal, vidro ou tecido.

E lembre-se!

A estufa consome muita energia elétrica. Deve-se porisso juntar o máximo de


material para esterilizar de uma só vez.

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SECADOR MANUAL

A maioria dos secadores manuais são feitos em plástico, sendo que alguns
apresentam partes em metal cromado.

Normalmente dispõem de duas variações de temperatura, uma quente e outra


fria.

Ele é muito usado quando se deseja secar o cabelo fazendo já a modelagem


do penteado. Para isso a secagem é feita com o auxílio de uma escova
apropriada.

Alguns chamam essa técnica de "brushing", palavra inglesa que significa


"escovando" ("brush" quer dizer "escova").

O cabeleireiro responsável deve usar o secador manual com muito cuidado,


principalmente quando estiver na temperatura quente. Convém não aproximar
muito o secador quente do cabelo para não danificá-lo, nem correr o risco de
queimar o couro cabeludo do cliente. A distância correta é 20cm.

Observe que o secador manual deve ser limpo pelo menos uma vez por
semana.

Veja agora algumas figuras de secador manual.

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DIFUSOR

O difusor é um dispositivo que se adapta ao secador manual quando utilizado


para a realização de escova amassada.

Atualmente muitos secadores manuais já trazem o difusor com acessório.

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CARRINHO AUXILIAR

O carrinho auxiliar é um móvel é muito útil em qualquer salão.

É chamado “carrinho” porque possui rodas que permitem ao cabeleireiro


movimentá-lo conforme a necessidade do trabalho.

Também é chamado “auxiliar” porque apoia o profissional em suas atividades,


acomodando os instrumentos e os produtos a serem utilizados, como secador
manual, pentes, escovas, grampos, clips, tintura a ser aplicada, pasta alisante,
fixador e outros.

Existem carrinhos auxiliares disponíveis nas lojas especializadas. Os materiais


mais comuns de carrinhos são a madeira (em geral revestida de fórmica), o
plástico, o acrílico e a fibra de vidro.

É necessário que o cabeleireiro esteja atento para não danificar o carrinho com
instrumentos quentes, como prancha ou secador.

O carrinho auxiliar deve também ser mantido limpo e muito organizado. Aqui
vale novamente a recomendação: “um lugar para cada coisa e cada coisa no
seu devido lugar”.

Observe agora algumas sugestões de carrinhos auxiliares.

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MÁQUINA DE CORTE

A máquina de corte de cabelo é elétrica e dotada de lâminas apoiadas em


pentes de espessura variável.

De acordo com o comprimento desejado em cada região da cabeça, se adotará


o pente apropriado.

As máquinas de corte disponíveis no comércio são compostas:

a) do aparelho propriamente dito;


b) de 06 (seis) pentes, cujas espessuras variam de 1 a 4 centímetros;
c) de um óleo lubrificante, para evitar ferrugem nas lâminas e mantê-las
afiadas.

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MÁQUINA DE
ACABAMENTO

A máquina de acabamento é usada nos arremates das costeletas e da nuca,


sendo constituída por:

a) aparelho propriamente dito;


b) 01(um) pente;
c) um óleo para lubrificar a lâmina e conservar-lhe a afiação.

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2. INSTRUMENTOS MÍNIMOS UTILIZADOS PARA
LAVAGEM, CORTE E PENTEADOS

Serão agora apresentados os instrumentos que auxiliam o cabeleireiro em suas


tarefas. É possível que você já conheça alguns ou vários deles.

Cada instrumento tem suas características e função próprias, que o


cabeleireiro precisa conhecer.

Os mais usados para lavagem, corte e secagem são:

• Penteador para corte


• Borrifador para água
• Pentes grossos e finos
• Tesoura comum e tesoura de desfiar
• Navetes
• Escova para retirar pêlos
• Escova simples e escova circular
• Grampos
• Clips
• Pegadores
• Escova para limpeza de pentes e escovas
• Toalhas

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PENTEADOR PARA
CORTE

O penteador para corte é também chamado pano de corte. Consiste em uma


capa confeccionada em algodão, ou tecido sintético ou plástico, que serve para
evitar que cabelos que estão sendo cortados caiam sobre a pele e a roupa do
cliente.

Deve ser confortável e estar sempre limpo e bem passado para que o cliente
não sinta desagrado em vesti-lo.

O penteador deve ser amplo e comprido o suficiente para cobrir o joelho do


cliente sentado, protegendo-lhe inteiramente a roupa. Geralmente eles têm a
abertura na parte de trás. Em regiões de clima quente como a nossa, se o
salão não é refrigerado, o melhor é usar penteador de algodão e com mangas
curtas.

Lembre-se que você pode confeccionar o seu penteador de corte ou adquiri-lo


em loja especializada.

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BORRIFADOR PARA
ÁGUA

O borrifador para água é um vasilhame de plástico provido de uma bombinha


que esguicha água e é usado para manter o cabelo molhado durante o corte, o
enrolado etc.

Você pode encontrar nas loja especializadas, ou aproveitar por exemplo, um


borrifador de goma para passar roupa, vazio e devidamente limpo.

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PENTES
GROSSOS E FINOS

Os pentes são encontrados em madeira, plástico, acrílico, alumínio e outros


materiais, podendo ser grossos ou finos. Os pentes grossos apresentam
dentes largos e servem para desembaraçar os cabelos sem danificá-los. Já os
pentes finos possuem dentes mais finos e mais aproximados uns dos outros, o
que os tornam úteis para eriçar ou alisar os cabelos. É importante que os
pentes finos tenham cabo para facilitar a divisão do cabelo por ocasião do
corte, do enrolado, etc.

Sabemos que os pentes são fontes de contágio de parasitas, por isso devemos
limpá-los após o uso em cada cliente. O mais indicado é esterilizá-los, lavando-
os com detergente e colocando-os em líquido próprio, respeitando o tempo
indicado pelo fabricante.

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TESOURA DE LÂMINA RETA
E TESOURA DE DESFIAR

A tesoura de lâmina reta assemelha-se à tesoura comum que todos


conhecemos, pois tem o mesmo formato e as lâminas são lisas.

A diferença é que suas lâminas são muito finas, o que facilita a atividade do
corte e as torna mais leves. Além disso, são fabricadas em material que
conserva bem a afiação.

A tesoura de desfiar tem lâminas dentadas e como o nome indica é usada


para desfiar o cabelo.

As tesouras devem ser conservadas sempre amoladas, e uma boa medida


para conservar a sua amolação, é secar as lâminas sempre que utilizá-las para
que não enferrujem.

É também muito importante evitar as quedas, que danificam as tesouras de


forma irreparável.

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Deve-se limpa-las com álcool após utiliza-las em cada cliente, a menos que o
mesmo tenha algum problema no couro cabeludo (com uma descamação mais
intensa). Nesse caso as tesouras devem logo ir para a estufa. Normalmente as
tesouras são colocadas na estufa apenas no final do dia, junto com os outros
materiais usados.

24
NAVETE

A navete é também chamada “navalhete”, porque se assemelha a uma


navalha. A diferença é que, enquanto a navalha possue sua própria lâmina
cortante, na navete são adaptadas lâminas tipo “gilete”.

Como acontece com a navalha, o cabo da navete se fecha sobre a lâmina para
proteger seu fio.

A navete é usada para fazer acabamento dos cortes, na parte da nuca e nas
costeletas.

Evite usá-la em cabelos secos, pois isso maltrata a fibra do cabelo e a pele do
cliente. E não esqueça de secá-la e limpá-la bem antes de guardar.

25
ESCOVA PARA RETIRAR
PÊLOS

É uma escova de formato semelhante a um pincel, com cabo de plástico ou


madeira e cordas de nylon, mais ou menos longas e bem flexíveis. Serve para
se retirar os pêlos que ficaram na pele e na roupa do cliente após o corte.

Não se pode descuidar da limpeza dessa escova, porque ela facilmente retém
pêlos entre suas cerdas, e também porque é utilizada e reutilizada em contato
com a pele do cliente.

26
ESCOVA SIMPLES E
ESCOVA CIRCULAR

As escovas de cabelo são encontradas nos mais diversos modelos e nos mais
diferentes tipos de materiais. Variam quanto a:

a) formato do cabo;
b) material do cabo: plástico, madeira etc.;
c) tipos e materiais das cerdas: fina, grossa, de nylon, de plástico, de pêlo de
animais (são muito apreciadas as de javali).

As escovas simples são de uso comum. As escovas circulares são usadas para
modelagem do cabelo com ajuda do secador manual (brushing), preparando-os
para o penteado.

Também aqui, a limpeza é fundamental, tanto porque o cliente merece essa


medida de higiene, quanto porque a escova limpa torna mais fácil o trabalho.

27
GRAMPOS

Os grampos de cabelo usados pelo cabeleireiro são os mesmos que usamos


em casa. São encontrados em dois tamanhos (pequenos e grandes), sendo
confeccionados em arame. As pontas redondas são interessantes porque não
machucam o couro cabeludo.

Como são utilizados em muitas atividades, o cabeleireiro precisa contar com


uma boa quantidade de grampos, em bom estado de conservação.

Para evitar que enferrujem, devem ser guardados bem secos.

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CLIPS

Os clips existem em alumínio e em plástico e são usados para prender


pequenas mechas durante os diversos serviços que pedem divisão do cabelo.

Devem estar sempre bem conservados para não incomodar o cliente.

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PEGADORES

Os pegadores, instrumentos confeccionados em plásticos, são peças muito


úteis ao cabeleireiro quando ele necessita prender mechas de cabelo maiores,
que o clips não pode segurar.

Como são muito práticos os pegadores até já foram adotados como moda para
o dia-a-dia, sendo chamados de “piranha”.

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ESCOVA PARA LIMPEZA
DE PENTES E ESCOVAS

É uma escova de formato apropriado para a higiene de pentes e escovas, e


são encontradas nas lojas especializadas.

Pode ser substituída por essas escovas próprias para limpar unhas, ou mesmo
pela esfregação de uma escova de cabelo na outra ou no pente.

O importante ao lava-las é utilizar detergente e bastante água, colocando em


seguida escovas e pentes em líquido próprio para esterilização.

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TOALHAS

O cabeleireiro precisa contar com toalhas de felpo de algodão para enxugar o


excesso de água dos cabelos do cliente e também para proteger-lhe combros e
costas.

Procure usar para seus clientes toalhas limpas, de preferência tenha todas
lisas e da mesma cor.

32
Lição 4
TÉCNICA DE LAVAGEM DE CABELO

Durante a lavagem dos cabelos, o cabeleireiro deve seguir algumas


recomendações:

a) ao instalar o cliente no lavatório certificar-se de que ele está bem


acomodado, principalmente se a altura do suporte da cabeça lhe é
conveniente;

b) manter-se atrás ou ao lado do cliente, enquanto durar a lavagem;

c) antes de iniciar a lavagem, escolher todos os produtos que usará, de


maneira a não precisar retirar as mãos da cabeça do cliente durante o
trabalho;

d) colocar a mão em forma de concha no alto da testa do cliente para


proteger-lhe o rosto, sempre que for colocar água ou algum produto em sua
cabeça;

e) respeitar a distribuição natural dos cabelos na cabeça do cliente, evitando o


seu embaraçamento em cada momento da lavagem: aplicação de shampoo
e de creme, enxágüe e enxugamento.

Vejamos agora, passo a passo, como deve ser realizada a lavagem dos
cabelos. Mas lembre-se de seguir, em todos os momentos dessa atividade, as
recomendações feitas acima.

1. molhar os cabelos do clientes, colocando o jato de água bem próximo de


sua cabeça, iniciando pela testa, protegendo-lhe o rosto e evitando o
embaraçamento;

33
2. colocar o shampoo, que nessa primeira aplicação produzirá pouca
espuma devido à oleosidade do cabelo. Por medida de economia, usa-se
para todos os clientes um shampoo neutro, de uso diário, recorrendo-se a
tipos especiais, somente eme casos especiais;

3. massagear primeiramente o couro cabeludo com movimentos vigorosos de


vai e vem, percorrendo a região frontal (com as duas mãos), as têmporas
(uma mão em cada lado) e a região central (com uma só mão, pois a outra
mantém a cabeça do cliente na posição adequada). Observe que a
massagem deve ser feita com as pontas dos dedos, posicionados de modo
que as unhas não provoquem arranhões no couro cabeludo. Em seguida
Massagear o cabelo levemente, sem esfregá-los uns contra os outros, pois
devido ao shampoo, as cutículas estão abertas, e atritá-las provocará danos
aos fios de cabelo;

4. retirar o shampoo com bastante água, massageando o couro cabeludo


com as pontas dos dedos para que não fiquem resíduos do produto. Para
verificar se todo o shampoo foi retirado, faça um teste que consiste em
deslizar uma pequena mecha de cabelo entre os dedos indicador e polegar.
Se o cabelo está totalmente livre do produto, esse movimento provoca uma
sensação e u ruído característico. Lembre-se que esse teste só pode ser
feito antes da aplicação do creme;

5. reaplicar e retirar o shampoo quantas vezes forem necessárias,


procedendo como na primeira aplicação, sendo que agora é necessário
menos shampoo;

6. aplicar o creme condicionador, o que somente é necessário em caso de


cabelos ressecados, quebrados ou sem brilho e ainda cabelos tingidos,
alisados ou submetidos a permanente;

34
O creme condicionador destina-se a reconstituir a fibra do cabelo e é por isso
aplicado do meio para as pontas do cabelo, que é aparte mais danificada.

Não se deve colocar esse creme no couro cabeludo pois ele pode provocar
caspa, o que prejudicará o cabelo. Isso acontece porque o couro cabeludo já
possue o sebo natural produzido pelas glândulas sebáceas, que deve até ser
aproveitado para lubrificação dos cabelos através da escovação.

Portanto, não é aconselhável colocar um creme lubrificante, em um local já


lubrificado como o couro cabeludo.

7. Enxaguar bem o cabelo, tendo antes o cuidado de penteá-lo, uma vez que o
creme facilita o desembaraçar;

8. Retirar o excesso de água dos cabelos com as mãos e envolver a cabeça


com uma toalha em forma de turbante para conduzir o cliente de volta à
bancada.

35
Lição 5
ELEMENTOS PARA A ESCOLHA DO
ESTILO DE CABELO

Na sua opinião, cortar o cabelo significa apenas torná-lo mais curto?

Muita gente pensa que sim e por isso não tem cuidado na escolha do
profissional que deverá cortar-lhe o cabelo, nem valoriza o trabalho de quem o
faz.

O corte do cabelo vai muito além do simples “encurtar o cabelo”. Um bom corte
delineia o cabelo, sendo então a base do penteado, assim como, o alicerce é a
base de uma construção.

Portanto, além do comprimento o corte determina também, e principalmente, a


forma do penteado a ser adotado. Tanto é assim que pode-se cortar um cabelo
sem alterar o seu comprimento, isto é, sem encurtá-lo.

A forma ou estilo do penteado deve ser adequado às características e


preferências do cliente. Mas sempre que possível a escolha deve seguir os
ditames da moda.

Para ajudar o cliente na escolha, o profissional tem que possuir talento (ou
senso artístico) e um bom preparo técnico.

Esta lição pretende desenvolver o senso artístico do futuro cabeleireiro, e


proporcionar-lhe os conhecimentos teóricos que o ajudarão a preparar-se para
realizar cortes masculinos e femininos.

Para complementar sua preparação em cortes de cabelo, o aluno participará


também de aulas práticas, onde receberá a orientação do instrutor.

36
A leitura e discussão dessa lição, bem como as experiências vividas nas aulas
práticas, conduzirão o aluno ao seu aprimoramento quanto ao talento e ao
preparo técnico, que são os objetivos da lição.

Muita gente pensa que o corte começa com a divisão do cabelo em mechas, e
termina com o manejo de pentes e instrumentos de corte: tesouras, máquina
de corte, etc.

Mas o corte não é uma atividade tão simples. Antes de executar uma técnica
de corte o cabeleireiro deve ter certos cuidados.

Quais são esses cuidados?

Primeiramente deve examinar a fisionomia do cliente. Em seguida, verificar a


qualidade de seu cabelo. Feito isso, ele está pronto para discutir com o cliente
o estilo de corte que será adotado.

Até aqui o cabeleireiro deu dois passos importantíssimos para o corte do


cabelo, que foram: a) conhecer a fisionomia do cliente e a qualidade de seu
cabelo; b) identificar o estilo do corte mais adequado à fisionomia do cliente, à
qualidade de seu cabelo e seu gosto.

Agora, ele está pronto para decidir que técnica de corte deverá adotar: como
serão divididas as mechas, que instrumentos de corte usará e se fará cortes
retos, enviesados ou desfiados.

37
Esses passos podem ser esquematizados assim:

1º Passo 2º Passo 3º Passo


Conhecer Definir com o Cliente Decidir e Executar

• Fisionomia • Estilo de corte • Técnica de corte


• Qualidade do Cabelo
• Quantidade do Cabelo

Serão apresentados os componentes de cada um desses passos.

Ainda nessa lição 5 serão discutidos os elementos para escolha do corte dos
cabelos. Agora você já sabe que esses elementos são: a fisionomia, a
qualidade e quantidade de cabelos do cliente.

Como o esquema acima indica, na prática a escolha do estilo de corte vem


antes da decisão sobre a técnica de corte a adotar e execução do mesmo.

Porém, para entender os estilos de corte, o aluno precisa primeiro conhecer e


praticar as técnicas de corte. Por esse motivo as técnicas de corte serão
tratadas antes, na lição 6, vindo então os estilos de corte na lição 7.

38
FISIONOMIA

As fisionomias dos clientes são diferentes umas das outras, é claro!

Mesmo os irmãos gêmeos e trigêmeos são bem parecidos mas não totalmente
iguais.

São muitos os detalhes que compõem uma fisionomia e a tornam diferente de


todas as outras: contorno do rosto, posição, formato e cor dos olhos, formato
das sobrancelhas, tamanho do nariz etc etc etc.

Já vimos que para ajudar o cliente na escolha do melhor corte, a primeira coisa
que o profissional tem a fazer é estudar-lhe a fisionomia.

Ao examinar uma fisionomia ele logo concluirá que é harmoniosa ou que algo
está em desarmonia.

Para o cabeleireiro não é suficiente ter essa impressão do rosto como um todo.

É preciso que ele examine os detalhes.

39
Quais são esses detalhes?

1. Comprimento:
• do rosto como um todo
• da testa
• do queixo

2. Largura:
• do rosto como um todo
• da testa
• das maçãs do rosto
• do queixo

3. Posição dos olhos

4. Posição das orelhas

5. Tamanho do nariz

6. Comprimento do pescoço

As características 1 e 2 referem-se ao contorno do rosto que é o


primeiro aspecto a ser examinado pelo cabeleireiro. Uma boa maneira de
estudar o contorno do rosto do cliente é observar as medidas entre os pontos
indicados pela seta na figura:

40
Conforme sejam maiores ou menores as distâncias indicadas pelas setas
teremos diferentes contornos de rosto.

Para a formação do cabeleireiro, 07 (sete) tipos de contorno de rosto tem sido


apontados como mais característicos, os quais receberam nomes de figuras de
que se aproximam. Como triângulo, quadrado, pêra etc. São eles:

Quais são os tipos de contorno do rosto?

Vamos conhecer agora os mais comuns.

41
1 – O ROSTO OVAL

Dizem os especialistas que o rosto de contorno oval


é o que mais se aproxima do que se pode
considerar como tecnicamente perfeito.

É o tipo de rosto que os profissionais mais


apreciam, pois todos os estilos de cortes e
penteados lhe ficam bem.

Não há aqui correções a fazer, a não ser um ligeiro


aumento no volume do cabelo, no alto da cabeça.
Praticamente o objetivo do corte é conservar o
formato oval do rosto.

Existem clientes que tem fisionomia


ovalada, mas a linha de contorno do
cabelo desce em ponta pela testa,
dando ao rosto um formato que alguns
profissionais chamam rosto de
coração.

2 – ROSTO COMPRIDO

O rosto comprido como o nome indica é longo, isto é, tem


maior dimensão entre o queixo e a testa. A diferença
entre ele e o oval é que o rosto comprido é mais estreito
nas alturas das maçãs.

O estilo de corte e penteado, deve em primeiro lugar,


aumentar a largura do rosto. Se o rosto é excessivamente
comprido, ele pode ser disfarçado adotando-se uma
franja.
42
3 – O ROSTO REDONDO

O rosto redondo é mais largo e


mais curto do que o desejável.
Algumas correções devem ser
feitas para aproximar sua
aparência da fisionomia oval.

Essas medidas devem ser tomadas de acordo com o cliente, sempre


procurando-se aumentar o volume no alto da cabeça.

Em alguns casos poderão ser usadas franjas leves, pois ajudam a disfarçar a
forma arredondada do rosto, chamando a atenção para a dimensão vertical.

4 – O ROSTO QUADRADO

Esse formato faz a fisionomia ficar muito


pesada. Nas mulheres principalmente é
necessário corrigi-la, tornando-a mais leve,
com aparência mais feminina.

Para isso, é importante alongar o rosto e


disfarçar-lhe a largura. Algumas medidas
corretivas podem ser adotadas.

43
Uma delas é evitar cortes que deixem o comprimento dos cabelos na altura do
queixo o que tornaria o rosto ainda mais quadrado.

Outra medida é proporcionar mais volume no alto da cabeça.

Pode-se também deixar cair uma mecha num dos lados da testa, o que dá à
fisionomia a suavidade desejada.

Alguns profissionais e até autores de livros, referem-se a uma fisionomia que


chamam rosto retangular. É também um rosto anguloso como o quadrado
sendo porém mais longo. As correções de ambos são semelhantes.

5 – O ROSTO PERIFORME

Periforme significa “em forma de pêra”.

O rosto periforme tem sua base mais larga e


arredondada na altura do queixo, indo até as
maçãs do rosto. Daí para a testa ele se alonga e
afina.

Esse rosto precisa ser corrigido, disfarçando-


se a dimensão estreita da testa e a
excessiva largura do queixo.

Para isso deve-se escolher estilos de corte e penteado que tenham mais
volume na parte superior da cabeça.

Pode-se também adotar mechas que desçam até o queixo ou abaixo dele,
permitindo esconder sua largura.

44
6 – ROSTO LOSANGULAR

Esta fisionomia apresenta-se na forma aproximada de um losango, sendo mais


larga na altura das maçãs e mais estreita na altura da testa e do queixo.

O queixo mais estreito é até uma característica desejável.

Porém a testa estreita e as maças largas, precisam ser corrigidas, para que
esse rosto se aproxime do desenho do rosto oval.

Em primeiro lugar deve-se procurar esconder a excessiva largura das maças


com estilo de corte e penteado.

Deve-se também por esse meio acrescentar volume na largura da testa.

O resultado poderá ser uma boa aproximação do tipo oval.

45
7 – ROSTO TRIANGULAR

Este rosto é largo da testa até as maçãs, estreitando-se então na direção do


queixo, que é bem fino.

Para equilibrar esse tipo fisionômico, procura-se


elevar o volume do cabelo no alto da cabeça. É
importante também disfarçar a largura da testa,
cobrindo-se esta e as têmporas com uma leve
franja.

Por fim deve-se manter, se possível, os


cabelos longos e volumosos na altura do
queixo, sobretudo se ele for excessivamente
estreito.

Como já foi comentado antes, o rosto de cada pessoa tem características que
mais o aproxima de uma dessas fisionomias.

Mas não devemos entender que encontraremos rosto exatamente na forma de


um quadrado, ou de um retângulo, ou de um losango etc. São apenas
semelhantes a tais figuras se aproximam delas. Esses tipos foram
configurados, para facilitar a formação de novos cabeleireiros e a comunicação
entre os profissionais experientes também.

É bom lembrar mais uma vez, que a fisionomia oval é a que mais se assemelha
ao que se considera com um rosto tecnicamente perfeito, pois se presta a
qualquer corte e penteado.

Por isso o tipo oval foi escolhido como modelo, para o cabeleireiro ter como
inspiração para cortes e penteados. Ele examina o rosto do cliente, compara
com a fisionomia oval e decide as correções que deve fazer.

46
Observe novamente o desenho abaixo. Ele destaca as 04 (quatro) dimensões
do rosto que devem ser examinadas: largura da testa, das maçãs, e do queixo
e comprimento do rosto (da testa ao queixo).

Agora observe o esquema, apresentado a seguir, que resume as imperfeições


do contorno do rosto.

Desenho

Esquema - Imperfeições no contorno do rosto

a) Imperfeições no comprimento Testa longa


e na largura da testa Testa curta
Testa larga
Testa estreita

b) Imperfeições no largura das Maçãs largas


Maçãs estreitas
maçãs do rosto

47
c) Imperfeições no comprimento Queixo longo
Queixo curto
e na largura do queixo Queixo largo
Queixo estreito

Identificada a imperfeição ou as imperfeições, o que deve fazer o cabeleireiro


na hora do corte?

O comprimento e largura do rosto muito acentuados devem ser disfarçados


com franjas, mechas ou maior volume de cabelo que encubram o excesso.

Comprimento e largura inferiores ao desejável devem ser compensados,


aumentando-se aí o volume do cabelo.

48
QUALIDADE DO CABELO

A qualidade e a quantidade do cabelo são fatores importantes para a escolha


do estilo e da técnica do corte.

Os cabelos não apresentam função vital nos seres humanos, tanto que
jamais se ouviu falar que alguém faleceu porque cairam-lhe os
cabelos.

A não ser que esse alguém tivesse uma doença grave, que provocou a queda
do cabelo e a morte do indivíduo.

É bom lembrar aqui as pessoas que perdem o cabelo no todo ou em


parte (os chamados calvos ou carecas). Isso não prejudica sua saúde
nem ameaça sua sobrevivência.

Porém, mesmo não tendo função para a vida biológica do ser humano, o
cabelo é muito importante para seu bem estar psicológico e social.

Em todas as épocas e em todos os lugares, homens e mulheres se preocupam


com a aparência dos cabelos. Buscam de várias maneiras torná-los mais
bonitos, de acordo com o padrão de beleza adotado.

O cabelo está permanentemente crescendo, numa velocidade média de 1 cm


por mês.

Por isso homens e mulheres de todas as idades e em todos os lugares estão


sempre cortando o cabelo, nos mais diversos estilos.

49
Felizmente o corte de cabelo não provoca dor nem sangramento, já que essa
estrutura não contém nervos ou vazos sangüíneos.

Mas não se deve esquecer que o cabelo é uma estrutura viva, como os pêlos
de outras partes do corpo humano e de outros animais.

O fato do cabelo ser uma estrutura viva, juntamente com sua importância
psicológica e social, fazem do corte de cabelo um trabalho de grande
responsabilidade.

Um corte realizado de forma tecnicamente correta, certamente contribuirá para


o embelezamento da fisionomia, bom como melhorará a saúde da fibra capilar.

Já um corte realizado de maneira errada (por exemplo, um corte feito com


tesoura não apropriada) pode desagradar o cliente, tanto na estética da
fisionomia, quanto no prejuízo que trará às condições dos fios.

Vejamos agora como se apresentam a qualidade dessas fibras capilares, que


o corte pode melhorar ou prejudicar.

Existem fibras capilares ou fios de cabelo de diversas qualidades: fios grossos,


fios finos, fios lisos, fios ondulados e fios danificados de diferentes maneiras.

Mas não é apenas a qualidade dos cabelo que deve ser considerada para a
escolha do estilo e da técnica do corte. Também é importante levar em conta a
quantidade de cabelo que o cliente tem na cabeça.

É realmente muito arriscado escolher o estilo do corte sem levar em conta


esses dois fatores.

50
De fato, o cabeleireiro pode, e deve examinar a fisionomia do cliente e saber
executar as técnicas de corte que estão em moda.

Mas ele poderá ter seu trabalho prejudicado, por não haver considerado a
qualidade e a quantidade do cabelo que o cliente tem. É realmente muito
arriscado escolher o estilo do corte sem levar em conta esses dois fatores.

Portanto, a qualidade e a quantidade do cabelo são fatores importantes para


a escolha do estilo e da técnica corte.

Agora você conhece os fatores que devem ser considerados pelo cabeleireiro
ao escolher o estilo de corte a ser sugerido ao cliente, não é? Então responda:

− Quais são os tipos fisionômicos mais encontrados?


− Como pode variar a qualidade dos cabelos?
− E na quantidade, como podem se apresentar os cabelos?

Pense bem!

São muitas as fisionomias, pois além do formato do contorno do rosto, outros


fatores tornam essas fisionomias diferentes umas das outras: posição dos
olhos e das orelhas, tamanho do nariz, comprimento do pescoço etc.

E para a escolha do estilo de corte, temos ainda que levar em conta a


quantidade e a qualidade dos cabelos que podem ser:

pouco ou muito

grosso ou fino

em bom estado ou danificado

51
Observe por exemplo que somente as pessoas que tem pouco cabelo,
poderiam ter um desses 04 (quatro) tipos:

pouco, grosso e em bom estado

pouco, grosso e danificado

pouco, fino e em bom estado

Pouco, fino e danificado

Como sabemos, são 07 (sete) os tipos de contorno de rosto, os quais ainda


variam quanto à nariz, orelhas, sobrancelhas, posição dos olhos etc.

Seriam muitas as combinações que daí resultariam. Tentar apresentá-las


todas, indicando para cada uma o estilo e a técnica de corte adequados, seria
uma tarefa quase impossível e provavelmente inútil.

Esses aspectos são apresentadas nos cursos de formação de cabeleireiro,


para dar indicações dos pontos a serem observados pelo profissional, ao
estudar as características do cliente.

Nessa ocasião, sua experiência e seu senso artístico é que vão indicar,
que características a pessoa tem de mais marcante, que qualidades a
fisionomia e os cabelos têm para serem realçadas, e que imperfeições
mais requerem correção.

Durante esse curso, nas aulas teóricas e principalmente nas aulas práticas, o
instrutor deverá fornecer valiosa orientação a esse respeito.

52
Vamos então exercitar o que aprendemos.

1. Cada aluno procure descrever as características de um colega,


imaginando que ele é um cliente. Indique:
− qual é o tipo de contorno do rosto: oval, comprido, redondo, quadrado,
periforme, losangular ou triangular;
− como é a posição dos olhos;
− como é o tamanho e a posição das orelhas;
− qual é o tipo de nariz;
− qual é o tipo de pescoço;
− quantidade de cabelo – pouco ou muito
− qualidade do cabelo – grosso ou fino, em bom estado ou danificado, liso
ou ondulado.

2. Identifique o que a pessoa tem de mais marcante.

3. Que qualidades a fisionomia e os cabelos têm para serem realçadas.

4. Que imperfeições da fisionomia mais requerem correção.

53
Lição 6
TÉCNICAS DE CORTE DE CABELOS

Já vimos que cortar o cabelo significa modelar o penteado.

Por isso, antes de manejar os instrumentos de corte, o cabeleireiro deve estar


muito consciente do que pretende realizar.

Em primeiro lugar ele define o estilo de corte, que é seu ponto de chegada. É
também seu ponto de partida, pois baseado nele decidirá sobre a técnica de corte.

Mas o que será essa técnica de corte?

A técnica de corte é a maneira como se executa o corte. Ela descreve todas as


operações que serão feitas para a realização do corte, no estilo escolhido.

Existem basicamente duas técnicas de corte.

I – Técnica de corte em fio reto


II – Técnica de corte desfiado

54
TÉCNICA DE CORTE
EM FIO RETO

A técnica de corte em fio reto se caracteriza pela posição em que é colocada a


mecha para o corte, que é para baixo. Cada uma é cortada com base na anterior.

Nessa técnica existem dois modos diferentes de posicionar a tesoura de corte,


que são: o modo horizontal e o diagonal.

a) Modo horizontal – a mecha é dividida através de duas linhas verticais


e uma horizontal, feitas com o pente.

Em seguida é penteada para baixo, presa entre os dedos médio e indicador,


sendo então cortada em sentido horizontal, na altura desejada. Observe a figura
abaixo.

55
b) Modo diagonal – a mecha é preparada como no modo horizontal,
porém o corte é feito no sentido diagonal sendo por isso chamado “corte
enviesado”. A inclinação da tesoura e portanto do corte, bem como a
altura do mesmo em cada mecha, vai depender do estilo de corte que o
cliente solicitou. Observe a figura.

Além dos modos horizontal e enviesado, existem estilos de corte que pedem o
modo reto arredondado. É o caso por exemplo dos cabelos muito longos usados
principalmente pelos adolescentes, como apresentado na figura abaixo.

56
Quando são iniciantes na profissão, os cabeleireiros executam o corte reto em
todas as suas modalidades, com a tesoura de corte.

Já os profissionais mais experientes, em alguns casos preferem a máquina de


corte.

57
TÉCNICA DE CORTE
DESFIADO

A técnica de corte desfiado é também chamado “corte de camadas”, “corte


estaquiado”, e quando curtos “corte rebaixado”. Os mais sofisticados a chamam
“degradeé” (pronunciamos degradê), que é uma palavra francesa que significa
“gradual”.

Corte desfiado com tesouras

É a técnica em que as mechas são posicionadas ou penteadas para cima no


momento do corte.

Em certos estilos de corte desfiado, além de elevadas, as mechas são desviadas


umas para a esquerda outras para a direita.

As três posições – para cima, para a esquerda e para a direita – você pode
observar nas figuras a seguir.

58
No corte desfiado, o tamanho da mecha é regulado pelo comprimento de uma das
que foram cortadas antes. Mas não fica igual, quando os cabelos voltam à sua
posição normal. E é exatamente essa desigualdade no comprimento que
caracteriza o estilo de cabelo desfiado.

Diz-se então que uma é “regulada” pela outra para indicar que é comparada com
a outra. Em outra lição desse caderno você aprenderá como realizar essa técnica.

As mechas são divididas do mesmo procedimento adotado para o corte em fio


reto: duas linhas verticais e uma horizontal para obter a mecha, que será presa
entre os dedos médio e indicador.

O posicionamento da tesoura e a direção do corte podem ser também horizontal


ou diagonal.

59
É para essa técnica que se indica o uso da tesoura de desfiar que você já
conhece. Porém muitos profissionais experientes costumam desfiar o cabelo,
usando mesmo a tesoura de corte.

60
Corte desfiado com máquina

A máquina de corte é adotada principalmente para os estilos desfiados e curtos.


Deles temos uma boa variedade de opções, tanto nos modelos masculinos quanto
nos femininos.

É muito comum as pessoas chamarem essa técnica


de “corte rebaixado”.

O corte com máquina não é feito por mechas, mas


por áreas maiores usando-se em cada uma o pente
com a espessura apropriada. Com isso são atendidas
as exigências dos estilos de corte, que pedem
comprimentos diferentes para as diversas áreas da
cabeça.

Existem corte masculinos, que são inteiramente realizados com a máquina de


corte. Este é o caso do estilo lançado pelo jogador Ronaldinho, que está sendo
muito solicitado nos salões de beleza, pelos jovens. Esse corte é todo feito com a
máquina, no pente n.º 1.

61
Técnicas de acabamento

Dependendo da preferência do profissional, o acabamento pode ser feito com


máquina de corte.

Alguns a utilizam apenas para fazer costeletas masculinas.

Se o profissional não dispõe da máquina de corte pode fazer o acabamento com a


navete. Esse tradicional instrumento foi, e ainda é, muito utilizado nos salões de
beleza.

É interessante saber também que, dependendo da preferência do profissional, o


acabamento pode ser feito com tesoura.

Durante as aulas práticas você vai aprender a fazer acabamentos com tesoura,
com navete e com máquina de corte.

62
Divisão dos Cabelos para o Corte

A divisão dos cabelos é uma parte muito importante da atividade de corte.

Alguns pontos merecem sua atenção:

1º) Um corte deve sempre começar pela divisão dos cabelos em regiões;

2º) Cada região recebe um número, os quais indicam a seqüência do corte. Assim,
a primeira a ser cortada é a de número 1, vindo depois a de número 2 que será
cortada em segundo lugar, e assim por diante;

3º) Os diversos estilos de corte têm a estratégia de divisão que lhe é apropriada;

4º) Todo corte deve ser iniciado pela região da nuca, que é sempre a região
número 1;

5º) Chama-se “mecha guia” a primeira mecha a ser cortada. Ela deve ser cortada
com muito cuidado, pois guiará o corte das demais. Durante todo o corte o
cabeleireiro a terá como referência.

Também é importante fazer atenção no corte da “mecha guia”, porque ela deve
ficar na altura exata do corte desejado pelo cliente.

Você certamente já entendeu que a “mecha guia” é a mais baixa da nuca, a


primeira de baixo para cima, na parte posterior da cabeça.

É necessário muito cuidado no momento de cortar essa mecha, porque ela deve
ficar na altura exata do estilo desejado pelo cliente.

63
Na próxima lição, será feita a apresentação de estilos de cortes apreciados na
atualidade. Ficará então mais clara para você essa idéia de divisão dos cabelos
em regiões.

64
Lição 7
CLASSIFICAÇÃO DOS ESTILOS DE CABELO

Quando classificamos o estilo de corte de uma pessoa, nos referimos a duas


características básicas:

Técnica de corte e Comprimento dos cabelos

Dizemos então que o cabelo dessa pessoa tem corte reto e longo, ou que é
desfiado e curto, ou ainda que é desfiado e médio etc.

As técnicas de corte foram estudadas nesta lição anterior e já devem ter sido
bem praticadas pelos alunos, com a orientação do instrutor.

Você já sabe que essas duas técnicas são:

O corte em fio reto

O corte desfiado

65
Sabe que, dentro dessas técnicas, existem diferentes maneiras de fazer a divisão
do cabelo, de posicionar as mechas e de manejar tesouras e máquinas de corte.

Quanto ao comprimento. Sabe por experiência própria que os cabelos podem


ser:

curtos

médios

longos

Existem estilos que pedem somente uma das técnicas de corte. Outros incluem
duas técnicas e podem até misturar modos de manejo de tesouras ou máquinas,
no mesmo cliente.

Com relação ao comprimento, a variedade é muito grande, pois existem diferentes


níveis de cabelos curtos, de cabelos médios e de cabelos longos.

Combinando as técnicas de corte com os comprimentos de cabelo podemos


chegar a uma classificação que apresenta os estilos básicos de corte de cabelo.

66
CLASSIFICAÇÃO DOS ESTILOS
BÁSICOS DE CORTES DE CABELOS

Estilo reto curto Estilo reto médio Estilo reto longo


“chanel curto” “chanel curto” “chanel curto”

Estilo desfiado Estilo desfiado Estilo desfiado


curto médio longo

Estilo misto curto Estilo misto médio Estilo misto longo

67
Experimente observar os estilos de cabelos de seu instrutor e de seus colegas,
procurando classifica-los.

Você pode continuar essa observação com pessoas de sua família, com seus
vizinhos e até com aqueles que cruzar na rua.

Nessa observação você vai encontrar cabelos bem diferentes uns dos outros, mas
todos serão:

- de corte reto ou desfiado

- curto, médio ou longo

Na verdade, os diversos estilos de corte que apareceram nos últimos anos são
também resultado da combinação das duas técnicas de corte com os três
comprimentos de cabelo citados.

Isso permanece até hoje. Você verá que os estilos de cabelos modernos que farão
parte dessa lição também se enquadram nas mesmas técnicas e comprimentos.

Dessa maneira aprendendo a fazer a divisão dos cabelos, a posicionar as mechas


corretamente, e corta-las nos sentidos horizontal, vertical e diagonal você estará
preparado para executar qualquer tipo de corte.

68
Talvez até esteja qualificado para realizar novos cortes que venham a ser
lançados. Basta que tenha em mente o estilo escolhido e domine as técnicas
mencionadas.

Você deve estar pensando: será que saberei escolher e executar a técnica certa
quando estiver com o cliente diante mim?

Claro que sim. Ao estudar e praticar os modelos de cortes masculinos e femininos


você ficará sabendo muito bem quando e como adotar cada um desses
procedimentos.

É sempre bom lembrar que, o sucesso que obterá nesse curso e na profissão de
cabeleireiro, depende muito de você. Depende do seu interesse em prestar
atenção às explicações do instrutor, em ler com atenção este e outros materiais
sobre o assunto e em praticar ao máximo o que está aprendendo no curso.

Serão mostrados a seguir os estilos de cabelos masculinos e femininos mais


usados na atualidade. Para cada estilo serão apresentados:

• modo de divisão do cabelo para o corte;

• modo de posicionar as mechas para o corte;

• modo de manejar tesouras ou máquina de corte.

Alguns profissionais afirmam que nos dias de hoje, não há grandes mudanças,
entre os estilos de corte masculinos e femininos. Dizem que as diferenças surgem
apenas no caso dos acabamentos de certos tipos de costeletas masculinas e nos
nomes que os estilos recebem, conforme se refiram a um ou outro sexo.

69
Será que podemos concordar com eles?

O estudo e a prática dos estilos de corte, lhe darão a oportunidade de formar sua
opinião pessoal.

Para começar procure analisar tudo o que foi apresentado até aqui, sobre técnicas
e estilos de corte. Verifique se o que foi exposto é válido, tanto para cortes
masculinos como para corte femininos.

70
Curso de Cabeleireiro

Lição 8
ESTILOS DE CORTES FEMININOS

Você já deve ter observado que todo corte começa com a divisão dos cabelos
em regiões. As regiões são presas separadamente com pegadores ou clips e
o profissional vai soltando uma a uma, para serem trabalhadas.

Cada estilo pede uma divisão diferente.

Nesse caderno, a forma de divisão dos cabelos para os diversos estilos será
apresentada através de figuras, que representam de maneira precária, em um
plano, a parte da cabeça humana onde existe cabelo. Através de traços
horizontais, verticais e diagonais, essa área é dividida em regiões que são
numeradas de acordo com a seqüência do corte. Desse modo, a região 1 é a
primeira a ser cortada, a região 2 a segunda e assim por diante.

Existe um modelo de divisão dos cabelo que alguns cabeleireiros usam para
qualquer tipo de corte, seja reto ou desfiado.

Esse desenho será apresentado aqui para que você conheça os nomes que
recebem cada região da cabeça. Veja a figura 1.

7
CENTRAL
5 ANTERIOR 6
LATERAL LATERAL
ANTERIOR ANTERIOR

3 4
LATERAL 2 LATERAL
POSTE- CENTRAL POSTE-
RIOR POSTERIO RIOR

1 NUCA

Fig. 1 – denominação das regiões da cabeça

71
Curso de Cabeleireiro

Você vai observar que a divisão para qualquer estilo apresentará duas
linhas:

a) a linha de divisão da nuca, que corre do meio de uma orelha ao meio da


outra e b) a linha que vai de orelha a orelha passando pelo alto da cabeça.
Essas duas linhas estão presentes em todos os estilos.

Você deve estar ansioso para aprender a fazer as divisões para os diferentes
estilos. Esse caderno deverá ajudá-lo. Mas você só terá o domínio total da
técnica depois que treinar bastante. Portanto, estude esses desenhos com
atenção e procure treinar a divisão para os diversos estilos.

O instrutor orientará sua prática durante as aulas. Mas fora da aula, procure
treinar em quantas pessoas você puder, pois isso o fará progredir mais rápido
na sua formação como cabeleireiro.

Veremos agora pelo menos um exemplo de cada um dos estilos apresentados


na classificação da página _____.

Foram escolhidos para representar os diversos estilos, os mais solicitados nos


salões de beleza. Você aprenderá como se deve:

• Fazer a divisão dos cabelos para o corte.


• Posicionar as mechas.
• Manejar a tesoura ou máquina de corte.

72
Curso de Cabeleireiro

ESTILOS RETOS

Você deve estar lembrado de que são aqui classificados como cortes retos
aqueles em que as mechas de cabelo são penteadas para baixo (ou para a
frente do rosto). O efeito desse posicionamento é diferente daquele em que os
cabelos são puxados para longe da cabeça resultando em um estilo desfiado.

Os cortes retos em geral são preferidos por pessoas que têm cabelos lisos.

1. Estilo Reto Curto – Chanel curto

O mais tradicional dos estilos retos curtos é o “chanel”, que é antigo mas nunca
saiu de uso. Por esse motivo foi escolhido para representar, todos os modelos
do estilo reto curto nesse curso.

O “chanel” curto será apresentado aqui na versão tradicional e em duas


variações mais recentes: chanel com franja e chanel rebaixado, isto é, com
nuca batida.

É bom lembrar que o estilo “chanel” curto, como todos os estilos


retos, são mais apropriados para cabelos lisos.

73
Curso de Cabeleireiro

Chanel Curto Tradicional

Fig.2 – divisão dos cabelos para estilo


chanel tradicional sem franja

Para o estilo “chanel “ curto tradicional observe as sugestões:

1) faça a divisão das regiões de acordo com a figura 2 e prenda-as com


pegadores ou clips, deixando solta apenas a primeira mecha que será
cortada;

2) incline a cabeça do cliente para a frente e para baixo e corte a “mecha


guia”, na altura desejada. Você já sabe que essa é sempre a primeira
mecha a ser trabalhada;

3) solte e corte as mechas das regiões 2 e 3, alternando uma mecha da região


2 com outra da região 3, até terminar as duas regiões. Lembre-se que ao
cortar cada mecha, deve-se compará-la com a mecha guia para acertar o
fio reto;

4) realize o corte da região 4 e depois da região 5, sempre soltando mecha por


mecha e trabalhando de baixo para cima;

74
Curso de Cabeleireiro

5) posicione todas as mechas para baixo, pois se trata de corte em fio reto. As
mechas da região 1, 2 e 3 são penteadas para baixo e para trás, já as da
região 4 e 5 são posicionadas para baixo e para cada lado do rosto;

6) realize o corte com a tesoura posicionada sempre no sentido horizontal;

7) a aferição final do corte é feita com os cabelos posicionados também para


baixo.

75
Curso de Cabeleireiro

Chanel Curto com Franja

Como você pode observar na figura abaixo, se a cliente desejar um estilo


chanel com franja, então a divisão do cabelo para o corte terá uma pequena
modificação em relação ao corte chanel sem franja.

Veja que surgiu aqui a região 6, que é a da franja e que tem a forma de
um “V”.

Fig. 3 - Divisão dos cabelos para


estilo chanel curto com
franja

Para cortar a franja observe as sugestões:

1) o “V” deve começar no alto da cabeça, descendo as pontas ao local da


testa correspondente ao meio de cada sobrancelha;

2) essa abertura do “V” pode mudar, dependendo : a) de ser a testa do cliente


muito larga (“V” mais estreito) ou muito estreita (“V” mais largo) e b) de ter o
cliente muito cabelo (“V” mais largo) ou pouco cabelo (“”V” mais estreito);

76
Curso de Cabeleireiro

3) se os cabelos são muito lisos, a franja deve ser cortada ao nível das
sobrancelhas. Se os cabelos são ondulados, a franja deve ser cortada na
altura do meio do nariz;

4) para cortar a franja, as mechas são posicionadas para cima e no momento


de acertar, para baixo e para a frente do rosto;

5) A tesoura deve ser manejada no sentido horizontal em relação ao sentido


da testa e da nuca;

6) Se a cliente deseja uma “pastinha” ao invés da franja, então você deve


corta-la para a frente e para baixo toda de uma vez, sem necessidade de
retirar mechas. A divisão da pastinha não é feita em “V” como a franja, mas
com uma linha arqueada acima da testa. A altura dessa linha vai depender
da espessura da pastinha que a cliente deseja, podendo ser a chamada
“falsa pastinha” que é bem rala, ou então uma pastinha bem espessa. A
abertura do arco da pastinha, como o “V” da franja, depende da largura da
testa e da quantidade de cabelos da cliente.

77
Curso de Cabeleireiro

2. Estilo Reto Médio – Chanel médio

Um estilo reto médio muito solicitado aos cabeleireiros e o chanel médio, que
é usado em três variações: chanel médio sem franja, chanel médio com franja
curta e chanel médio com franja longa.

Vejamos cada uma dessa variações.

1) Chanel médio sem franja - segue o mesmo procedimento do estilo chanel


curto tradicional.

Fig. 4 - divisão dos cabelos para


estilo chanel médio sem
franja.

2) Chanel médio com franja curta - segue também o mesmo procedimento


do estilo “chanel” com franja.

Fig. 5 - divisão dos cabelos para


estilo chanel médio com
franja curta e com franja

78
Curso de Cabeleireiro

Nesses dois casos, as diferenças em relação ao “chanel” curto será apenas


no comprimento da “mecha guia” e, consequentemente, de todo o cabelo.

3) Chanel médio com franja longa - a franja é dividida em “V” como no


chanel curto, mas a diferença está no corte que é feito de uma só vez, na
altura desejada, com os cabelos posicionados para cima. Depois de
cortada, a franja é penteada para a frente e para baixo e acertado o corte.

Fig. 5 - divisão dos cabelos para


estilo chanel médio com
franja curta e com franja

2. Estilo Reto Longo

O estilo reto longo sem franja segue a mesma técnica de corte do estilo
“chanel “ curto sem franja.

Fig. 7 – divisão dos cabelos para estilo


reto longo sem franja
79
Curso de Cabeleireiro

O estilo reto longo com franja curta segue também a técnica do estilo
“chanel” curto com franja.

Fig. 8 – divisão dos cabelos para estilo


reto longo com franja curta.

O estilo reto longo com franja longa por sua vez, é realizado do mesmo
modo que o “chanel” médio com franja longa já apresentado.

Fig. 9 – divisão dos cabelos para


estilo reto longo, com franja
longa.

80
Curso de Cabeleireiro

Mas existem variações do corte longo reto que pedem modificações na técnica
do corte. Vamos conhecer três dessas variações: longo arredondado atrás,
longo em forma de “V” atrás e longo atrás e curto na frente.

a) O longo arredondado atrás pode ser realizado observando-se que:

1) É diferente o posicionamento da tesoura,


para que ao invés de reto, os cabelos
fiquem arredondados atrás.

2) O arredondamento começa nas divisões


laterais da frente e atinge todo o contorno
dos cabelos.

A divisão dos cabelos é a mesma do estilo reto


curto, médio e longo, sem franja (figura 10).

Fig. 10 – divisão dos cabelos para


estilo reto longo arredondado
atrás

81
Curso de Cabeleireiro

b) O longo em forma de “V” atrás:

1) Muda apenas o modo de manejar a


tesoura para que os cabelos formem
um “V” atrás. A inclinação da tesoura
começa nas mechas laterais da frente,
convergindo os dois lados para o meio
das costas.

Fig. 11 - divisão dos cabelos para


estilo reto longo em forma
de “V” atrás.

2) segue-se aqui também a divisão do corte


“chanel” médio.
Foto

É bom que você saiba que a cliente pode solicitar um modelo arredondado ou
em “V” com franja curta ou longa. Veja em quantas variações esse estilo pode
se multiplicar.

A divisão dos cabelos é também a mesma do estilo reto curto, médio e longo
sem franja, como se observa na figura 11.

c) Curto na frente e alongado para trás - Uma variação de corte reto longo
que tem grande preferências dos jovens de cabelos lisos, é essa em que os
cabelos começam bem curtos na frente e vão descendo até abaixo dos
ombros na parte de trás.

82
Curso de Cabeleireiro

Nesse estilo segue-se a mesma técnica dos “chanel” curto e médio, tanto com
relação à divisão dos cabelos quanto ao posicionamento das mechas para o
corte. Muda portanto apenas a posição da tesoura, que em alguns momentos
será manejada quase em posição vertical.

Alguns cabeleireiros têm adotado outra técnica para esse corte por considerá-
la mais fácil.

Fig. 12 – divisão dos cabelos para estilo


reto curto na frente e alongado
para trás.

Observe as sugestões:

1) Após fazer a divisão dos cabelos conforme o desenho, corte a divisão 1


começando pela “mecha guia” na altura desejada;

2) Traga toda a região 2 para a lateral do rosto e corte de uma só vez com a
tesoura inclinada. A altura do corte na frente depende da escolha do cliente
(altura do olho, do nariz, da boca, do queixo etc.). A altura do corte na
parte de baixo dessa região, deve encontrar a região 1, já cortada no
comprimento desejado;

83
Curso de Cabeleireiro

3) Repetir a operação anterior com a região 3.

4) Confira todo o corte, aferindo um lado com o outro, fazendo também a


correção da inclinação do corte. Lembre-se que a aferição é feita baixando-
se os cabelos.

Vimos até aqui os estilos retos, nos comprimentos curto, médio e longo.

Você se dá conta de
quantos modelos de cabelo
já aprendeu a cortar?

84
Curso de Cabeleireiro

ESTILOS DESFIADOS

Os estilos desfiados são muito apropriados para cabelos ondulados, sendo


usados também por clientes que têm cabelos lisos.

É importante que você conheça as diferentes maneiras como esse estilo


é chamado por clientes ou outros cabeleireiros:

• Corte em camadas
• Corte degradée – palavra francesa que significa “graduado”
• Corte rebaixado
• Corte estaquiado
• Corte pigmaleão – em outros estados do Brasil

85
Curso de Cabeleireiro

1. Estilo Desfiado Curto

Fig. 13 – divisão dos cabelos para


estilo desfiado curto.

Observe:

1) faça a divisão das regiões e prenda-as da maneira que você já conhece,


deixando livre a região 1;

2) corte a “mecha guia” e, baseado nela, as demais mechas da região 1;

3) Para esse estilo você deve colocar cada mecha de cabelo entre os dedos
médio e indicador, posicionados no sentido horizontal ou vertical, quer dizer,
em pé;

4) Consequentemente a tesoura será manejada também no sentido horizontal


ou vertical, de cima para baixo ou de baixo para cima;

5) Na região 1 o comprimento dos cabelos ficará aproximadamente com a


altura de 1 dedo (deitado);

86
Curso de Cabeleireiro

6) Nas regiões 2 e 3 o comprimento dos cabelos aumentará de baixo para


cima: começando com 2 dedos, passando para 3 dedos e depois para 4
dedos, já no centro e no alto da cabeça;

7) Nas regiões 4 e 5 os cabelos deverão ficar com comprimento de 2 dedos;

8) Na região 6 cada mecha é puxada para cima e cortada na altura de 2 ou 3


dedos, dependendo do gosto da cliente;

9) Conferir todo o corte e retirar as pontas;

10) Essa técnica pode ser usada para o estilo surfista, feminino ou masculino,
sempre que o cliente não tiver cabelos compridos para se usar a técnica
própria desse estilo.

87
Curso de Cabeleireiro

2. Estilo desfiado médio

Nesse estilo estão desde os cabelos desfiados, que tem comprimento na altura
das orelhas, até os que vão à altura dos ombros.

7
5 6

3 2 4

Fig. 14 – divisão dos cabelos para


estilo desfiado médio

Observe:

1) O corte deve ser executado exatamente no estilo e consequentemente no


comprimento de cabelos que o cliente deseja;

2) cada região será desfiada na altura exigida pelo estilo escolhido;

3) corte a “mecha guia” e a tenha sempre como base;

4) lembre-se de levantar bem as mechas para corte;

5) compare cada mecha com a anterior, cortando-a igual, maior ou menor,


conforme o estilo desejado;

88
Curso de Cabeleireiro

6) se o cliente escolher uma lateral anterior bem curta, então as regiões 5 e 6


podem ser cortados com altura de 1 a 2 dedos. Para fazer o acabamento,
posiciona-se essas mechas para as laterais do rosto cortando-as do canto
externo das sobrancelhas a “ponta” das orelhas;

7) se ele escolher uma lateral na altura das orelhas, as regiões 5 e 6 são


cortadas posicionando-se cada mecha para as laterais do rosto e cortando-
as do canto interno do olho ao canto da boca;

8) para cortar a região central anterior, traga cada mecha para a frente do
rosto e corte-a na altura do meio do nariz, se o cabelo é crespo; e na altura
das sobrancelhas, se é liso;

9) acerte a altura das mecha da divisão 7 com as das regiões 5 e 6, sempre


com base na “mecha guia”;

10) para aferição final do corte, confira as mechas do meio da cabeça com as
laterais;

11) pode-se realizar o corte “chanel” médio usando-se a mesma divisão dos
estilos “chanel” curto e longo.

89
Curso de Cabeleireiro

3. Desfiado Longo

Também muito conhecido como “camada longa”.

Fig. – divisão do cabelo para


estilo desfiado longo

Um aspecto muito importante no corte desfiado ou de camadas longo é


o comprimento da região 1, pois como região básica é ela que vai
determinar o comprimento e o modelo dos cabelos.

Observe como se faz esse corte:

1) após fazer a divisão dos cabelos corte a região 1 iniciando pela nuca e
subindo pelas laterais arredondando-as;

2) retire a primeira mecha de baixo das regiões 2 e 3, levante-a junto com a


“mecha guia” e corte na mesma altura dessa mecha. Continue com as
outras mechas das divisões 2 e 3, sempre comparando cada uma com a
mecha guia;

90
Curso de Cabeleireiro

3) Você verá que ao retornar à posição normal cada mecha estará menor que
a anterior, configurando as camadas do estilo desfiado;

4) retire, posicione para cima e corte cada mecha da divisão 4 e depois da


divisão 5, sempre juntando com uma mecha da divisão 1 e tendo como
base a “mecha guia”.

Convém lembrar aqui que alguns cabeleireiros consideram mais fácil,


usar para o estilo desfiado longo a mesma divisão do estilo desfiado
médio.

91
Curso de Cabeleireiro

ESTILOS MISTOS

Os estilos mistos resultam de combinações dos estilos reto e desfiado.

Dispensam portanto explicações sobre a técnica de corte, pois todas já foram


estudadas nesse caderno.

Assim, os estilos mistos serão apenas descritos. As técnicas de corte,


conforme sejam as regiões curtas, médias ou longas, e retas ou desfiadas,
você facilmente localiza nesta mesma lição.

92
Curso de Cabeleireiro

Estilo Misto Curto

Chanel curto com nuca rebaixada

Também chamado “chanel com nuca batida”.

Olhando as figuras 01 e 02 a seguir, você irá concluir que ele pode ser feito
com ou sem franja.

Num caso ou no outro, o corte é igual ao do “chanel” curto sem franja, ou ao


chanel curto com franja. A diferença estará apenas na região 1, já que a nuca é
desfiada.

Fig. 16 – divisão dos cabelos para estilo FFig. 17 – divisão dos cabelos para estilo
“chanel” curto com nuca “chanel” curto com nuca
rebaixada, sem franja rebaixada, com franja

93
Curso de Cabeleireiro

Para realizar o corte na região da nuca, observe:

1) Faça a divisão do cabelo seguindo um dos modelos já apresentados para o


estilo chanel com franja ou sem franja;

2) corte a “mecha guia” na altura desejada pelo cliente;

3) corte as demais mechas da região 1 uma a uma, começando de baixo para


cima, sempre com base na mecha guia;

4) coloque cada mecha dessa região entre os dedos médio e indicador,


posicione-as para cima levantando-a até a altura do final dessa divisão e
corte-as no sentido horizontal ;

5) faça o acabamento das laterais da nuca, penteando o cabelo da região para


o lado direito e acertando com a tesoura. Em seguida, faça o mesmo para o
lado esquerdo;

6) nas regiões 2, 3, 4, 5 e 6 faça o corte da maneira indicada para o estilo


chanel tradicional. Lembre-se de acertar o acabamento das regiões 2 e 3
logo acima da área desfiada.
Lembre-se também de acertar as regiões 4 e 5 com base nas regiões 2 e 3.

Além do estilo “chanel” curto com nuca rebaixada, são também exemplo de
estilo misto curto os estilos surfistas masculino e feminino que têm reta a
parte superior e rebaixada a inferior. A técnica desse corte será
apresentada entre os estilos masculinos nesse caderno.

94
Curso de Cabeleireiro

Estilo Misto Médio

Houve uma fase em que um estilo misto médio foi muito solicitado nos salões
de beleza. Ainda hoje há clientes que lhe dão preferência, sendo que alguns o
chamam estilo “Chitãozinho e Chororó”, já que essa dupla de cantores adotam
o mesmo estilo há muito tempo.

Esse estilo mistura a técnica de corte desfiado, realizado nas regiões


anteriores da cabeça (central e laterais) com a técnica de corte reto, realizado
nas regiões posteriores (central e laterais).

Fig. 18 – divisão dos cabelos para


estilo misto médio.

95
Curso de Cabeleireiro

Estilo Misto Longo

Fig.

Fig. 19 – divisão dos cabelos para


estilo misto longo

Só muito raramente o estilo misto longo é solicitado nos salões de beleza.

Trata-se de um modelo desfiado e curto na parte da frente dos cabelos e reto e


longo na parte de trás.

A divisão dos cabelos e a técnica do corte segue a mesma orientação do estilo


misto médio.

96
Curso de Cabeleireiro

Lição 9
ESTILOS DE CORTES MASCULINOS

Os estilos considerados nos cursos de cabeleireiro como tipicamente


masculinos são:

• Estilo Executivo
• Estilo Social
• Estilo Militar
• Estilo Surfistas

Atualmente temos assistido a uma diversificação no gosto masculinos em


relação ao estilo dos cabelos. Os homens estão usando realmente uma boa
variedade de modelos femininos.

É interessante notar que as mulheres por seu lado, têm adotado detalhes que
tradicionalmente eram próprios de cabelos masculinos, como nuca rebaixada,
costeleta etc. Algumas usam estilos totalmente masculinos.

Portanto, a divisão “estilos masculinos” e “estilos femininos” só


existe de verdade nos cursos de formação de cabeleireiros, para
facilitar a aprendizagem.

Mas na prática, no dia a dia dos salões de beleza, praticamente essa diferença
desaparece.

Se você observar nas ruas, vai encontrar mulheres com um desses quatro
estilos de cabelos masculinos. E também verá homens com todos os estilos de
cabelos que foram apresentados nesse caderno como estilos femininos.

97
Curso de Cabeleireiro

Vamos fazer essa


observação?

Passamos agora ao estudo dos quatro estilos de corte classificados como


masculinos, isto é, os estilos: social, executivo, militar e surfista.

Mas tenha certeza de que qualquer outro corte masculino que lhe for solicitado
poderá ser executado se você recorrer às técnicas de corte que aprendeu para
os estilos femininos e masculinos.

Estilo Executivo

Fig. 20 - divisão dos cabelos para o


corte no estilo executivo

Para esse estilo, o corte dos cabelos é feito utilizando-se a tesoura.

Lave a cabeça do cliente e faça a divisão conforme a figura 20.

98
Curso de Cabeleireiro

Para realizar o corte observe as seguintes sugestões:

1. Como se trata de corte desfiado, todas as mechas devem ser posicionadas


para cima;

2. Iniciar como sempre pela região 1, cortando os cabelos no comprimento de


um dedo, da base da nuca até a altura da metade da orelha;

3. Soltar e cortar, alternadamente, mechas da região 2 e da região 3, na altura


de 2 dedos;

4. Repetir essa operação com as regiões 4 e 5, aumentando o comprimento


dos cabelos para 3 dedos até o alto da cabeça;

5 desfiar as laterais anteriores na altura de 1 a 2 dedos, penteá-las para a


frente do rosto em cada lado e aparar os excessos;

6. Desfiar os cabelos da região central anterior no comprimento de 3 a 4 dedos,


de acordo com o desejo do cliente. Trazer então essa parte para a frente do
rosto e aparar os excessos;

7. Acertar as costeletas que, conforme o gosto do cliente, poderão ser


cortadas:

- curtas - cuja altura deverá seguir uma linha imaginária traçada entre o
canto externo do olho e o canto superior da orelha

- médias - cuja altura deverá seguir uma linha imaginária traçada entre o
meio do nariz e o canto superior da orelha;

99
Curso de Cabeleireiro

8. Acertar o contorno da nuca na forma escolhida: reta, arredondada ou


pontuda;

9. Aferir todo o corte retirando as pontas existentes.

Estilo Social com Máquina

Fig. 21 - divisão dos cabelos para o


corte no estilo social com
máquina.

Você está notando que a divisão para esse corte é a mesma do estilo
executivo?

Ele segue também a técnica de corte desfiado, sendo que o comprimento da


nuca e das laterais é mais curto. Daí porque, nesse estilo, as regiões da nuca
e laterais anteriores são cortadas com máquina.

100
Curso de Cabeleireiro

Observe as seguintes sugestões:

1. comece pela região da nuca usando o pente (toper) n.º 3, no sentido de


baixo para cima;

2. utilize o pente (toper) n° 4 nas regiões 2 e 3 para obter um efeito de


camadas nas laterais;

3. Nas regiões 4 e 5 - utilize a tesoura e corte inicialmente na altura de 2


dedos, aumentando para 3 dedos na metade da região, sempre com as
mechas posicionadas para cima;

4. Nas laterais anteriores (regiões 6 e 7) – utilize a máquina, inicialmente em


pente n.º 3, passando na metade da região para o pente n.º 4;

5. Corte com a tesoura a região 8, deixando os cabelos maiores na frente;

6. com a máquina acerte a parte de trás, das orelhas à base da nuca; o


acabamento pode ser quadrado, arredondado ou pontudo, obedecendo o
gosto do cliente;

7. faça com a tesoura a aferição da parte da frente, inclusive da franja,


seguindo a técnica apresentada para o estilo executivo.

101
Curso de Cabeleireiro

Estilo Militar

2a3 pente 4
dedos

pente 1 e
pente 2

pente 3

pente 2

pente 1

Fig. 22 - divisão dos cabelos para o corte


no estilo militar.

O corte militar pede a mesma divisão do estilo executivo, seguida também pelo
estilo social com máquina.

Para realizar o corte observe:

1. os pentes que devem ser usados em cada região, conforme estão


apresentadas na figura;

2. nas laterais anteriores (regiões 6 e 7) use pente 1 até a metade da divisão


de baixo para cima e pente 2 no restante da mesma;

3. na região 8 pode-se trabalhar com tesoura ou com máquina, conforme a


preferência do cabeleireiro;

102
Curso de Cabeleireiro

4. para retirar o desnível entre uma região e outra, levante a alavanca da


máquina e o pente 1 passa a ser 1 e meio, o 2 passa a ser 2 e meio e assim
por diante.

5. corte as costeletas utilizando a mesma técnica que aprendeu no estilo


executivo.

Você percebeu que essa técnica de corte é muito parecida


com a do estilo executivo? Verificou que a diferença está
mesmo é no comprimento dos cabelos em cada região?
“Por isso o corte nesse estilo é feito com máquina.”

103
Curso de Cabeleireiro

Estilo Surfista

Fig. 23 – divisão dos cabelos para


estilo surfista.

O estilo surfista tem sido muito solicitado pelos jovens nos salões.

Apresenta muitas variações, porém para qualquer uma, a divisão dos cabelos
segue o mesmo desenho apresentado acima.

Uma característica que é comum à diversas variações do estilo surfista é que,


em todas elas, a região 1 é desfiada e bem curta.

Já a região 2 pode ser cortada em fio reto ou desfiado, dependendo do desejo


do cliente.

O cabeleireiro deve lembrar ao cliente que, o cabelo em fio reto é mais


apropriado para os cabelos lisos.

Dentro dessa variações (fio reto e desfiado) existem vários modelos. Isso
porque a região 2 pode ser mais curta ou mais longa e também pode ser
arredondada ou de ponta na parte de trás.

104
Curso de Cabeleireiro

Para realizar o corte surfista, observe as sugestões:

1 – divida os cabelos conforme a figura 23;

2 – a região 1 pode ser cortada:

− de tesoura, na altura de um dedo, se o cliente deseja mais longo

− de máquina, utilizando o pente n.º 1 ou outro mais largo, se o cliente


preferir

3 – a altura da região 1 (parte desfiada) será de 02 (dois) dedos acima das


orelhas, na lateral da frente e 04 (quatro) dedos na nuca;

4 – se o cliente deseja a região n.º 2 em fio reto, corte-a retirando mecha por
mecha, de baixo para cima, trazendo-as para baixo e cortando-as na altura
do final da parte desfiada (região 1);

5 – se o cliente deseja um estilo surfista social (que tem a região 2 desfiada)


retirar mecha por mecha e desfiar, iniciando com dois dedos, passando
para três dedos e terminando com três com quatro dedos no alto da
cabeça, conforme o pedido do cliente;

6 – penteie a franja para a frente do rosto e retire os excessos;

7 – faça o acabamento da nuca e das costeletas, na forma e no comprimento


solicitados pelo cliente;

8 – confira todo o corte, usando a técnica própria para cada caso: corte reto ou
desfiado.

105
Lição 9
ESTILOS DE CORTES MASCULINOS

Os estilos considerados nos cursos de cabeleireiro como tipicamente


masculinos são:

• Estilo Executivo
• Estilo Social
• Estilo Militar
• Estilo Surfistas

Atualmente temos assistido a uma diversificação no gosto masculino em


relação ao estilo dos cabelos. Os homens estão usando realmente uma boa
variedade de modelos femininos.

É interessante notar que as mulheres por seu lado, têm adotado detalhes que
tradicionalmente eram próprios de cabelos masculinos, como nuca rebaixada,
costeleta etc. Algumas usam estilos totalmente masculinos.

Portanto, a divisão “estilos masculinos” e “estilos femininos” só


existe de verdade nos cursos de formação de cabeleireiros, para
facilitar a aprendizagem.

Mas na prática, no dia a dia dos salões de beleza, praticamente essa diferença
desaparece.

Se você observar nas ruas, vai encontrar mulheres com um desses quatro
estilos de cabelos masculinos. E também verá homens com todos os estilos de
cabelos que foram apresentados nesse caderno como estilos femininos.

106
Vamos fazer essa
observação?

Passamos agora ao estudo dos quatro estilos de corte classificados como


masculinos, isto é, os estilos: executivo, social, militar e surfista.

Mas tenha certeza de que qualquer outro corte masculino que lhe for solicitado
poderá ser executado se você recorrer às técnicas de corte que aprendeu para
os estilos femininos e masculinos.

Estilo Executivo

Fig. 20 - divisão dos cabelos para o


corte no estilo executivo

Para esse estilo, o corte dos cabelos é feito utilizando-se a tesoura.

Lave a cabeça do cliente e faça a divisão conforme a figura 20.

107
Para realizar o corte observe as seguintes sugestões:

1. Como se trata de corte desfiado, todas as mechas devem ser posicionadas


para cima;

2. Iniciar como sempre pela região 1, cortando os cabelos no comprimento de


um dedo, da base da nuca até a altura da metade da orelha;

3. Soltar e cortar, alternadamente, mechas da região 2 e da região 3, na altura


de 2 dedos;

4. Repetir essa operação com as regiões 4 e 5, aumentando o comprimento


dos cabelos para 3 dedos até o alto da cabeça;

5 desfiar as laterais anteriores na altura de 1 a 2 dedos, penteá-las para a


frente do rosto em cada lado e aparar os excessos;

6. Desfiar os cabelos da região central anterior no comprimento de 3 a 4 dedos,


de acordo com o desejo do cliente. Trazer então essa parte para a frente do
rosto e aparar os excessos;

7. Acertar as costeletas que, conforme o gosto do cliente, poderão ser


cortadas:

- curtas - cuja altura deverá seguir uma linha imaginária traçada entre o
canto externo do olho e o canto superior da orelha

- médias - cuja altura deverá seguir uma linha imaginária traçada entre o
meio do nariz e o canto superior da orelha;

108
8. Acertar o contorno da nuca na forma escolhida: reta, arredondada ou
pontuda;

9. Aferir todo o corte retirando as pontas existentes.

Estilo Social com Máquina

Fig. 21 - divisão dos cabelos para o


corte no estilo social com
máquina.

Você está notando que a divisão para esse corte é a mesma do estilo
executivo?

Ele segue também a técnica de corte desfiado, sendo que o comprimento da


nuca e das laterais é mais curto. Daí porque, nesse estilo, as regiões da nuca
e laterais anteriores são cortadas com máquina.

109
Observe as seguintes sugestões:

1. comece pela região da nuca usando o pente (toper) n.º 3, no sentido de


baixo para cima;

2. utilize o pente (toper) n° 4 nas regiões 2 e 3 para obter um efeito de


camadas nas laterais;

3. Nas regiões 4 e 5 - utilize a tesoura e corte inicialmente na altura de 2


dedos, aumentando para 3 dedos na metade da região, sempre com as
mechas posicionadas para cima;

4. Nas laterais anteriores (regiões 6 e 7) – utilize a máquina, inicialmente em


pente n.º 3, passando na metade da região para o pente n.º 4;

5. Corte com a tesoura a região 8, deixando os cabelos maiores na frente;

6. com a máquina acerte a parte de trás, das orelhas à base da nuca; o


acabamento pode ser quadrado, arredondado ou pontudo, obedecendo o
gosto do cliente;

7. faça com a tesoura a aferição da parte da frente, inclusive da franja,


seguindo a técnica apresentada para o estilo executivo.

110
Estilo Militar

2a3 pente 4
dedos

pente 1 e
pente 2

pente 3

pente 2

pente 1

Fig. 22 - divisão dos cabelos para o corte


no estilo militar.

O corte militar pede a mesma divisão do estilo executivo, seguida também pelo
estilo social com máquina.

Para realizar o corte observe:

1. os pentes que devem ser usados em cada região, conforme estão


apresentadas na figura;

2. nas laterais anteriores (regiões 6 e 7) use pente 1 até a metade da divisão


de baixo para cima e pente 2 no restante da mesma;

3. na região 8 pode-se trabalhar com tesoura ou com máquina, conforme a


preferência do cabeleireiro;

111
4. para retirar o desnível entre uma região e outra, levante a alavanca da
máquina e o pente 1 passa a ser 1 e meio, o 2 passa a ser 2 e meio e assim
por diante.

5. corte as costeletas utilizando a mesma técnica que aprendeu no estilo


executivo.

Você percebeu que essa técnica de corte é muito parecida


com a do estilo executivo? Verificou que a diferença está
mesmo é no comprimento dos cabelos em cada região?
Por isso o corte nesse estilo é feito com máquina.

112
Estilo Surfista

Fig. 23 – divisão dos cabelos para


estilo surfista.

O estilo surfista tem sido muito solicitado pelos jovens nos salões.

Apresenta muitas variações, porém para qualquer uma, a divisão dos cabelos
segue o mesmo desenho apresentado acima.

Uma característica que é comum à diversas variações do estilo surfista é que,


em todas elas, a região 1 é desfiada e bem curta.

Já a região 2 pode ser cortada em fio reto ou desfiado, dependendo do desejo


do cliente.

O cabeleireiro deve lembrar ao cliente que, o cabelo em fio reto é mais


apropriado para os cabelos lisos.

Dentro dessa variações (fio reto e desfiado) existem vários modelos. Isso
porque a região 2 pode ser mais curta ou mais longa e também pode ser
arredondada ou de ponta na parte de trás.

113
Para realizar o corte surfista, observe as sugestões:

1 – divida os cabelos conforme a figura 23;

2 – a região 1 pode ser cortada:

− de tesoura, na altura de um dedo, se o cliente deseja mais longo

− de máquina, utilizando o pente n.º 1 ou outro mais largo, se o cliente


preferir

3 – a altura da região 1 (parte desfiada) será de 02 (dois) dedos acima das


orelhas, na lateral da frente e 04 (quatro) dedos na nuca;

4 – se o cliente deseja a região n.º 2 em fio reto, corte-a retirando mecha por
mecha, de baixo para cima, trazendo-as para baixo e cortando-as na altura
do final da parte desfiada (região 1);

5 – se o cliente deseja um estilo surfista social (que tem a região 2 desfiada)


retirar mecha por mecha e desfiar, iniciando com dois dedos, passando
para três dedos e terminando com três com quatro dedos no alto da
cabeça, conforme o pedido do cliente;

6 – penteie a franja para a frente do rosto e retire os excessos;

7 – faça o acabamento da nuca e das costeletas, na forma e no comprimento


solicitados pelo cliente;

8 – confira todo o corte, usando a técnica própria para cada caso: corte reto ou
desfiado.

114
Lição 10
TÉCNICAS DE SECAGEM DOS CABELOS

Após o corte, o cabeleireiro deve secar os cabelos do cliente, dando-lhes a


forma desejada.

Ao sair do salão com seus cabelos arrumados no estilo do corte realizado, o


cliente estará mais satisfeito e melhor preparado para arrumar seus cabelos
após as próximas lavagens.

Afinal, nem todas as pessoas podem depender sempre do cabeleireiro para


manter a boa aparência dos cabelos.

Aprendendo a arrumar seus cabelos, de acordo com o estilo do corte, o cliente


ficará pessoalmente mais satisfeito. Sua satisfação e a boa aparência de seus
cabelos são importantes para o profissional que realizou o corte, pois com
certeza, determinará a volta desse cliente e a atração de outros.

Nesse curso, serão trabalhadas apenas as técnicas de secagem com secador


manual.

As demais técnicas de preparo do penteado são


objetivo de um curso mais avançado para
cabeleireiro, que é oferecido pela mesma entidade
que patrocina essa formação inicial.

115
Basicamente são três as técnicas de secagem e modelagem dos cabelos em
que se usa o secador manual. São elas:

⇒ Secagem lisa
⇒ Secagem modelada
⇒ Secagem amassada

As duas primeiras técnicas, pedem a escova de cabelo circular, enquanto que


a última, dispensa esse instrumento.

O estilo de corte dos cabelos determina a técnica de secagem a ser adotada.


Vejamos quando se usa e como se faz cada uma delas.

SECAGEM LISA

A secagem lisa é muito utilizada para cabelos longos, cortados em fio reto. Só
raramente é usada em cabelos curtos ou médios.

Para a realização dessa técnica, duas medidas iniciais


são adotadas: a escolha da escova e a divisão do
cabelo.

116
A escolha da escova é feita assim:

Para cabelos longos, a realização da secagem lisa pede a utilização de uma


escova grande.

Para cabelos médios, escovas médias

Para cabelos curtos, escovas pequenas

Já a divisão dos cabelos é feita nessa técnica de secagem de acordo com o


desenho. Qualquer que seja o corte, essas 05 (cinco) regiões devem ser
delineadas.

A secagem é então iniciada pela região da nuca, sendo os cabelos das outras
quatro regiões presos com pregadores ou clips.

Cada mecha da região 1 é então enrolada na escova circular e a secagem é


iniciada a partir do “pé do cabelo”(parte mais próxima da raiz).

Puxa-se então a escova para baixo, acompanhando esse movimento como


secador até as pontas dos cabelos.

Repete-se essa operação quantas vezes forem necessárias, para secar a


mecha em todo o seu comprimento. Passa-se então a outras mechas até
concluir a região da nuca.

O mesmo deverá ser feito com as demais regiões, sempre secando mecha por
mecha, puxando-as para baixo e secando da raiz para as pontas dos cabelos.
Sabe-se quando uma mecha está completamente seca, quando a escova
desliza nela com total facilidade.

117
BANCADA COM ESPELHO

A secagem modelada é mais solicitadas, talvez porque além de modelar os


cabelos de acordo com o corte, atende melhor as necessidades de correção da
fisionomia do cliente.

Além disso, essa secagem deixa o cabelo


praticamente penteado, tanto que alguns clientes ao
vê-la concluído, pedem o uso de um spray fixador,
para conservar o cabelo arrumado por mais tempo.

118
No caso da secagem modelada, a escolha das escovas pode ser feita assim:

Escova grande para alisar


Para Cabelos Longos
Escova média para modelar

Escova média para alisar


Para Cabelos Médios
Escova pequena para modelar

Escova pequena para alisar


Para Cabelos Curtos
Escova pequena para modelar

Observe que a secagem modelada pode ter como objetivo ondular todo o
cabelo. Nesse caso, se usará sempre a escova indicada no esquema para
modelar aquele comprimento de cabelo.

Mas existem estilos de penteados que pedem cabelos alisados porém


modelados nas pontas. Nesse caso há necessidade de usar as duas escovas
indicadas para o comprimento do cabelo.

119
A divisão do cabelo é feita aqui obedecendo-se o estilo como foi cortado o
cabelo, podendo-se até repetir a mesma divisão adotada por ocasião do corte.
Já o manejo da escova e do secador, é o mesmo de escova lisa, com uma
diferença: pelo menos as pontas serão sempre modeladas.

120
SECAGEM AMASSADA

A secagem amassada é mais apropriada para cabelos cortados em camadas


pois neles aparece melhor o seu efeito.

Para realizar essa técnica profissional pode-se recorrer apenas ao secador


manual, e com suas próprias mãos amassar os cabelos.

Mas pode ao invés das mãos utilizar o difusor que


atualmente existe em quase todos os salões,
vindos de fábrica como acessórios dos secadores
manuais. A escolha entre trabalhar com as mãos
ou com difusor, em geral só depende da
preferência pessoal do cabeleireiro.

A secagem amassada torna-se mais fácil e mais aprimorada quando é aplicado


gel mousse no cabelo ainda úmido.

O seu objetivo é produzir no cabelo um ondulado que se pode chamar


“desarrumado”, de aspecto descontraído. É diferente do ondulado bem
estruturado e “bem comportado” da escova modelada.

É interessante saber que é comum em nossa cidade as pessoas chamarem


esse cabelo de “cacheado”.

É importante prestar atenção que na linguagem usada nos salões de beleza


essa técnica de secagem é chamada “escova”: “escova lisa”, “escova
modelada”, “escova amassada”.

121
Também é usada a palavra “escova” para indicar o instrumento que todos
conhecem.
Para facilitar a compreensão, nesse texto utilizou-se a palavra “escova” apenas
com esse último significado: instrumento de trabalho.

Para a técnica de trabalho utilizou-se a palavra “secagem”. Existem alguns


produtos que são usados antes ou após a secagem dos cabelos e que ajudam
a realizar a técnica, melhoram o resultado e contribuem para a conservação do
penteado.

⇒ Para a Secagem Lisa – não é indicado, mas alguns clientes pedem


spray fixador ao final da secagem. Existem
spray na modalidade fraca, média e forte.

Pode-se utilizar fixador de ondas ou gel


⇒ Para Secagem Modelada - modelador antes da secagem. Ao final o
cliente pode desejar spray fixador.

⇒ Para Secagem Amassada – É importante a aplicação de gel mousse


antes da secagem, podendo-se ao final
colocar spray Fixador.

122
O QUE APRENDEMOS

Este curso tem por objetivo preparar cabeleireiros nas técnicas de lavagem,
corte e secagem dos cabelos.

Na lição 1 foram apresentadas noções básicas de relações humanas no salão


de beleza. Você aprendeu que relacionar-se bem com patrões e companheiros
de trabalho e clientes é condição importante para você manter-se no emprego.

A lição 2 discute os cuidados de higiene corporal e ambiental que devem ser


adotados no salão de beleza, isto é, limpeza do corpo, da roupa, dos sapatos,
dos instrumentos, dos equipamentos e do prédio onde está instalado o salão.

A lição 3 apresenta os equipamentos e instrumentos necessários à lavagem,


corte e secagem dos cabelos. Ali estão descritos esses objetos, o seu modo de
funcionamento, sua utilidade, além de observações sobre a manutenção de
cada um.

A lição 4 ensina a técnica de lavagem dos cabelos, preparando o futuro


cabeleireiro para fazer um trabalho realmente profissional, que favoreça a
qualidade e a beleza dos cabelos do cliente.

Na lição 5 foram discutidos os diversos elementos que influem na escolha dos


estilo de corte de cabelos, tais como o contorno da fisionomia, a qualidade e a
quantidade de cabelos.

Aprendemos a identificar as características que a fisionomia e os cabelos do


cliente tem de mais marcantes, quais dessas características devem ser
realçadas através do corte e ainda que imperfeições mais requerem correção.
A lição 6 trata das técnicas de corte de cabelos em fio reto e desfiado,
descrevendo com detalhes a realização dessas técnicas através de tesouras
ou máquinas de corte.

A lição 7 trás uma classificação dos estilos básicos de cortes de cabelos


femininos e masculinos.

Nas lições 8 e 9 aparecem todas as modalidades de estilos de cortes femininos


e masculinos, com explicação detalhada do procedimento a ser adotado para a
realização do corte.

Você aprendeu a divisão do cabelo, a seqüência das mechas e o


posicionamento das mesmas para o corte e ainda manejo da tesoura ou da
máquina de corte.

Por fim a lição 10 tratou das técnicas de secagem dos cabelos através do
secador manual. Foram trabalhadas as técnicas de secagem lisa, modelada e
amassada.

De posse desses conhecimentos você por certo estará bem preparado para o
trabalho de cabeleireira e certamente terá muito sucesso nessa importante
profissão.
BIBLIOGRAFIA

• ALBUQUERQUE, Suely Mendes Etall – Cabeleireiro Incial Fortaleza,


Fundação de Ação Social, 1997. Texto Mimeografado

• LAVALLI, Djanira Benjamin – Manual do Cabeleireiro. S. Paulo, Ícone


Editora, 1996

• TANGA, Sérgio Wagner – Método de ensino para Cabeleireiro


(3ª edição) S. Paulo, Azaleia Editora Ltda., 1986.
Anotações

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IDESc- Instituto de Desenvolvimento Social e da Cidadania – IDESC
PRESIDENTE: Luis Narciso Coelho de Oliveira
CNPJ: 04602576/0001-80
ENDEREÇO: Rua Planalto Pici, 1745 - Pici
TELEFONE 3496.0505
EMAIL: idescidadania@idescidadania.org.br

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