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MANUTENÇÃO

Planejamento
E
Programação
Impacto da manutenção
 Lucro cessante decorrente do tempo perdido de produção;
 Aumento de gastos com horas extras de funcionários da
produção;
 Aumento de gastos com energia decorrente de produção fora
do horário contratado;
 Gastos extras decorrentes de acidentes com pessoal e
instalações;
 Multas e prejuízos de imagem associados a acidentes
ambientais;
 Multas contratuais e prejuízo de imagem decorrentes de atrasos
na entrega de produtos;
 Lotes perdidos ou refugados por falta de qualidade no processo
produtivo.
Tendências na manutenção
Prática Objetivo

Visão geral dentro da empresa Manutenção como fator de competitividade


Influenciando todos os ativos Garantir máximo retorno dos investimentos

Eliminando causas das falhas Atuar sobre as causas das falhas

Organização apropriada para os resultados Estrutura física e de pessoal ajustada

Técnicas orientadas para o resultado Procedimentos para detecção e prevenção

Tarefas compartilhadas com a operação Difundir a visão de manutenção e conservação

Política de sub contratação Medir e avaliar serviços contratados

A manutenção no estágio de projeto Participar do processo de aquisição

Aumento da multi funcionalidade Expandir conhecimentos e ganhar flexibilidade

Melhores sistemas informatizados Ferramentas fáceis de usar a custo acessível


Melhores práticas
A adoção destas práticas se faz com a implementação
de atividades diárias que formam o sistema de
administração da manutenção e que possibilitam o
gerenciamento eficaz dos equipamentos e dos
recursos humanos e materiais.

 Histórico de equipamento;
 Planejamento;
 Programação;
 Procedimentos;
 Controle;
 Relatórios gerenciais.
Histórico de manutenção
Por que fazer
 Equipes enxutas;
 Aumento do número e complexidade dos equipamentos;
 Constante escolha e priorização de ações;
 Aumentar a eficácia da equipe.

Como fazer
 Estruturar sistema de coleta de dados;
 Mapear os problemas e estimar potencial de melhoria;
 Escolher onde atuar em primeiro lugar;
 Acompanhar os resultados.
Registro dos serviços
Integração com sistema
 Produção contínua;
 Manutenção corretiva de qualquer especialidade;
 Sem intervenção humana, acionamento automático da manutenção;
 Grande precisão nos apontamentos.
OS Rápida e coletores de dados tipo (Palm)
 Produção em geral e equipes descentralizadas;
 Manutenção corretiva de qualquer especialidade;
 Abertura e encerramento do chamado na mesma tela.
Solicitação através da Internet
 Áreas não produtivas, grandes áreas geográficas, facilities;
 Manutenção predial, consertos gerais, limpeza, layout, instalação, reformas;
 Grande número de solicitantes;
 Acompanhamento e avaliação do serviço por Internet.
Apontamentos
Dados sobre a execução do serviço:
 Equipamento ou instalação;
 Tipo de manutenção;
 Especialidade principal;
 Causa da falha;
 Tempos de atendimento;
 Comentários e observações;
 Peças substituídas.
 Outros;
Cuidados especiais
Treinar pessoal
 Classificar o serviço.
Acompanhar constantemente
 Apontar todos os serviços.
Conferir e corrigir apontamentos
 Garantir a qualidade dos apontamentos.
Conscientizar e motivar
 Envolver e engajar os profissionais.
Planejamento
Principais funções
 Diminuir a desorganização do departamento;
 Reduzir as contingências ao mínimo possível;
 Analisar e preparar o trabalho;
 Organizar a documentação técnica;
 Prever e repartir o trabalho entre os membros da equipe.
 Emitir e encerrar as O.S

Objetivos
 Facilitar o trabalho dos técnicos durante a intervenção;
 Reduzir os custos de intervenção;
 Diminuir os tempos de espera;
 Gerenciar os tempos de intervenção;
 Aumentar a eficiência da equipe de manutenção.
Plano de manutenção
Ações Preventivas
 Inspeção qualitativa – manutenção e operação;
 Lubrificação –plano de lubrificação, reposição e de troca;
 Calibração – plano de calibração de instrumentos;
 Limpeza – plano de atividades para manutenção e operação;
 Troca periódica de componentes – estimativas de periodicidade.

Ações Preditivas
 Inspeção quantitativa – grandezas e parâmetros para análise;
 Vibração – medição e análise de vibração mecânica;
 Termografia – análise termográfica - elétrica e mecânica;
 Tribologia – análise ferrográfica quantitativa e analítica.
MCC
Manutenção Centrada na Confiabilidade
 Metodologia eficaz para escolher a melhor política de
manutenção e estabelecer o plano de manutenção mais
adequado para cada equipamento.
Características
 Estuda as funções e falhas funcionais de cada item;
 Relaciona as causas das falhas com respectivos efeitos;
 Define ações pró-ativas de manutenção;
 Observa aspectos de qualidade, segurança, meio ambiente e
produção.
MCC
Vantagens
 Empresa adquire conhecimento profundo sobre o
equipamento;
 Compreendendo seu contexto operacional;
 As implicações sobre a comunidade;
 As práticas operacionais vigentes;
 Os padrões de desempenho desejados;
 Grupo de estudo multidisciplinar;
 Plano de manutenção compatível com o risco que a
empresa deseja assumir.
Funções e falhas funcionais
Função Falha Funcional

1 Suprimento hidráulico para A Moto/bomba posição 10 - refrigeração


circuito + levantamento da agregado - falta de pressão ou vazão no
mesa móvel + garras de sistema.
fixação.

B Moto/bomba posição 02 - circuito de pressão -


falta de pressão ou vazão no sistema.

C Chave bóia - falta de pressão ou vazão no


sistema.
D Filtro duplo - falha na monitoração do filtro.

E Sensor de temperatura - temperatura excessiva


no reservatório
Causas e efeitos
Falha Causa da Falha Efeito da Falha Frequência Consequência Risco
A Superaquecimento do
A.1 Sobrecarga do motor agregado 1 3 3

A.2 Motor travado Parada de máquina 1 6 6

A.3 Bomba travada Falta de óleo para F/E 1 10 10

A.4 Relé desarmado Parada de máquina 5 2 10

A.5 Queima do motor Parada de máquina 1 3 3

A.6 Filtro obstruído Parada de máquina 1 2 2

A.7 Curto circuito por baixa isolação Parada de máquina 4 6 24

A.8 Afrouxamento da fixação do Parada de máquina 4 4 16


cabeamento

A.9 Falta de ventilação Parada de máquina 1 6 6

A.10 Rolamento do motor danificado Parada de máquina 3 6 18

A.11 Rolamento da bomba danificado Parada de máquina 3 6 18


Política de manutenção
 O que pode ser feito para prever ou prevenir cada falha?
 O que pode ser feito se uma tarefa pró-ativa não puder ser
encontrada?

Tipo de falha Pergunta Resposta

Falha oculta A falha é evidente para o operador? Sim

Segurança e
A falha oferece risco à segurança ou meio ambiente? Não
Meio ambiente

A falha tem um efeito desfavorável na confiabilidade operacional,


Operacional podendo afetar a qualidade, o volume de produção ou os Não
custos operacionais?
Não Uma atividade de inspeção é o melhor meio para detectar se a
Não
Operacional falha está ocorrendo ou se irá ocorrer?

Não Uma atividade preventiva de troca ou recuperação é o melhor


Sim
Operacional meio utilizado para reduzir a ocorrência de falha?
AÇÃO PREVENTIVA
Lista de atividades
Resultado Ação
No. Atividade Proposta
F FF CF Risco IN PD PV MC NM

1 A A.1 3 X A.1.1 Medir corrente do motor

1 A A.2 6 X A.2.1 Nenhuma manutenção

1 A A.3 10 X A.3.1 Medir vibração do rolamento

1 A A.3 10 X A.3.2 Verificar pressão

1 A A.4 10 X A.4.1 Medir corrente do motor

1 A A.5 3 X A.5.1 Medir corrente elétrica e temperatura

1 A A.6 2 X A.6.1 Troca de filtro de acordo com indicação

1 A A.7 24 X A.7.1 Medir isolação

1 A A.8 16 X A.8.1 Reaperto das conexões


1 A A.9 6 X A.9.1 Inspecionar ventoinha

1 A A.10 18 X A.10.1 Medir vibração do rolamento e ruído

1 A A.11 18 X A.11.1 Medir vibração do rolamento e ruído


Detalhamento
No. Atividade Proposta Condição Parâmetro Espec. Freq.

A.1.1 Medir corrente do motor F Máx. 20 A ELE 3M

A.2.1 Nenhuma manutenção N OM 0M

A.3.1 Medir vibração do rolamento F 1,1 mm/s EXT 3M

A.3.2 Verificar pressão F MEC 1M

A.4.1 Medir corrente do motor F Máx. 20 A ELE 1M

A.5.1 Medir corrente elétrica e temperatura F 20 A/100 oC MEC 1M

A.6.1 Troca de filtro de acordo com a indicação F MEC 1M

A.7.1 Medir isolação P ELE 12M

A.8.1 Reaperto de conexões P ELE 12M

A.9.1 Inspecionar ventoinha F ELE 1M

A.10.1 Medir vibração do rolamento e ruído F 0,9 mm/s EXT 3M

A.11.1 Medir vibração do rolamento e ruído F 1,1 mm/s EXT 6M


Procedimento padrão
E001 - MANUTENÇÃO PREVENTIVA TRIMESTRAL DE 5 MEDIR CORRENTE DO MOTOR
MOTOR ELÉTRICO Valor medido _____________ Ampéres
Valor nominal ____________ Ampéres
1 PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA
Nota: o valor medido não deve ultrapassar o valor nominal do
Aplicar os dispositivos de lacre e etiquetagem, conforme motor.
procedimento SI-PO-014. 6 MEDIR TENSÃO DO MOTOR

2 ASPECTOS GERAIS Valor medido _____________ Volts


Valor nominal ____________ Volts
Verificar vedação da caixa de ligação Nota: Tensão medida pode ter tolerância de ± 10 volts da tensão
Verificar o estado das conexões nominal do motor.
Verificar a existência da placa de identificação do motor e a
7 AÇÕES PARA ITENS NÃO CONFORMES
leitura dos dados
Verificar o estado da ventoinha Anote no campo comentário da ordem de serviço o problema
Verificar se a identificação do equipamento (TAG) está encontrado.
legível. Comunique à manutenção para que seja emitida uma ordem de
serviço de corretiva
3 MEDIR A TEMPERATURA DO MOTOR Comunique à produção as condições do equipamento.

A temperatura deve ser medida em vários pontos da Categ. Descrição Qtde Dur.
carcaça, principalmente onde se localizam os rolamentos, e
a máxima temperatura encontrada não deve exceder à 80 ELE ELETRICISTA 1 2:30
graus Celsius.
Ferram. Descrição Qtde Unid.
4 VERIFICAR LIGAÇÃO NA CAIXA

Deve ser observada a perfeita condição das ligações entre os 200110 MÚLTIMETRO DIGITAL 1 Hora
cabos de alimentação e o motor elétrico (cabos conectados,
existência de oxidação, sinal de mau contato e o isolamento 300191 TERMÔMETRO INFRAVERMELHO 1 Un
entre os cabos de ligação). PORTÁTIL
Programação
Funções do programador
 Prever a cronologia do desenvolvimento das tarefas;
 Otimizar a utilização dos recursos necessários e
torná-los disponíveis;
 Iniciar as tarefas no momento escolhido;
 Controlar o andamento e o término das tarefas;
 Considerar os desvios entre o previsto e o realizado;
 Administrar o backlog de serviços.
Programação
Atividades específicas
 Negociar paradas de fabricação com a produção;
 Observar procedimentos de segurança;
 Acompanhar trabalhos sub contratados;
 Suprir peças de reposição e materiais de consumo;
 Suprir instrumentos e equipamentos auxiliares
especiais;
 Priorizar urgências de intervenção corretiva.
Priorizar (Existe outras tabelas de avaliação)
Recursos materiais
 Relacionar materiais e ferramentas;
 Confrontar com estoque;
 Emitir requisições de material ao almoxarifado;
 Fazer reservas de peças;
 Separar e encaminhar os materiais às equipes.
Recursos humanos
 Conhecer a disponibilidade diária e ausências dos profissionais;
 Observar o percentual de imprevistos;
 Fixar a data de início de execução dos serviços de acordo com a
disponibilidade dos profissionais e a prioridade dos serviços.
Negociar
Tripé da manutenção

 Mão de obra
 Materiais e ferramentas
 Equipamento
Distribuir
As ordens de serviço programadas (OSs) devem ser
distribuídas às equipes executantes com espaços
adequados para apontamento dos dados:

 Homens hora trabalhadas;


 Materiais utilizados;
 Tempos de atendimento e parada;
 Medição de serviços de terceiros;
 Comentários e observações sobre os trabalhos;
 Classificação do defeito, da causa e intervenção da
manutenção.
Controle
Funções
 Lançar as informações no sistema de gerenciamento;
 Encerrar as ordens de serviços;
 Emitir relatórios de controle de desempenho;
 Auditar o sistema de informações.

Objetivos
 Atualizar o plano de manutenção;
 Formar o histórico dos equipamentos;
 Promover o aperfeiçoamento dos métodos de trabalho;
 Verificar a qualidade e a quantidade dos dados.
Volume

Monitorar o número de ocorrências possibilita identificar se o


volume de dados está compatível com o volume normal
esperado.
Aproveitamento

Comparar as horas trabalhadas e as horas disponíveis do pessoal


possibilita medir o aproveitamento da equipe e o volume de
dados lançados no sistema.
Outros controles
Relatório de satisfação
Avaliação qualitativa da equipe.
 Solicitante avalia o serviço;
 Notas: ótimo, bom, regular, ruim;
 Estratificação por “cliente” e por equipe.

Tempo médio de atendimento


Avalia a rapidez do atendimento.
 Espera - do chamado ao início efetivo do serviço;
 Reparo - do início ao término do conserto;
 Atendimento - do chamado ao término do serviço;
 Parada - da parada ao término do serviço;
 Prejuízo de produção – perda de produção.
Outros controles
Backlog
Mostra HH necessário para concluir serviços pendentes.
 Avalia a eficiência do planejamento e programação.
 Avalia a adequação do tamanho da equipe em relação à carteira.

Esperas
Mede as dificuldades enfrentadas pela equipe.
 Aguardar peça no almoxarifado;
 Aguardar a produção liberar o equipamento;
 Aguardar instruções;
 Retornar à oficina para pegar ferramentas;
 Procurar informação técnica para concluir o serviço.
Relatórios gerenciais
 Análise dos indicadores de desempenho;
 Avaliação do sucesso da política de
manutenção;
 Orientação dos chefes para obtenção de
melhores resultados em relação à
disponibilidade, confiabilidade e
produtividade.
Relatórios gerenciais

 Evolução das horas paradas de produção devido


aos reparos realizados nos equipamentos.
Relatórios gerenciais

 MTBF - tempo médio entre falhas;


 MTTR - tempo médio para reparo;
 Disponibilidade de equipamentos.
 Evolução dos custos de manutenção
 Distribuição das horas trabalhadas por tipo de serviço.

 IMPORTANTE – OS INDICADORES TEM QUE ESTAR


RELACIONADO COM AS METAS A SEREM ATINGIDAS
Conclusão
A implantação das técnicas descritas proporciona total
controle sobre as atividades de manutenção e gera
as condições propícias para atingir os objetivos da
manutenção:

 Melhorar a disponibilidade operacional;


 Possibilitar produção máxima com os equipamentos existentes;
 Aumentar a confiabilidade;
 Promover a participação ativa da equipe;
 Criar o novo ambiente na manutenção;
 Tornar o trabalho organizado;
 Melhorar o aproveitamento dos recursos humanos e materiais.

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