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GESTÃO DA

2021/1
MANUTENÇÃO

AULA 3
02/03/2021

Professor:
Gustavo Vieira Frez 1
CLASSIFICAÇÃO ABC DE MÁQUINAS
Classificação utilizada para definir a criticidade de uma máquina/equipamento em um processos
produtivo. Baseado em análises da segurança e meio ambiente, qualidade do produto, condição de
operação e entrega, do índice de paradas e manutenibilidade. Os valores variam de acordo com a
empresa, mas em geral 10 a 20% dos equipamentos são de criticidade A, cerca de 20 a 40% são B
e o restante, de 40 a 70%, são C.

• Classe A: máquinas e equipamentos com prioridade alta. A manutenção deve contemplar a


preditiva e preventiva, análise das falhas, formação de grupos de melhoria etc.
• Classe B: máquinas e equipamentos com prioridade média. A manutenção pode ser preditiva,
por exemplo.
• Classe C: máquinas e equipamentos com prioridade baixa. Foca-se na manutenção corretiva.

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FALHAS E SEUS TIPOS
Segundo norma NBR 5462, falha é o término da capacidade de um item em desempenhar sua
função requerida. Falha ≠ Quebra (pane). A falha ocorre em quatro estágios:

• Falha oculta: primeiro estágio da falha, onde o operador não consegue identificá-la e não há
danos aparentes ao funcionamento do equipamento.
• Falha potencial: estágio onde o equipamento começa a apresentar perda do seu desempenho.
Estágio onde deve-se aplicar a manutenção preditiva, realizando as análises necessárias a fim
de identificar o potencial problema, antes que se eleve ao próximo estágio.
• Falha funcional: estágio que representa a incapacidade do equipamento operar em seu
desempenho esperado para mantenimento da produção.
• Falha total (quebra): estágio onde o equipamento para de funcionar e a manutenção corretiva é
obrigatória.

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MANUTENÇÃO CORRETIVA
UMA DEFINIÇÃO

Foi o primeiro tipo de manutenção existente e atua para conserto de uma falha ou melhoria de um
baixo desempenho de um equipamento, máquina, componente, acessórios e afins que
comprometem a eficiência de um processo.
CONDIÇÕES ESPECÍFICAS PARA MANUTENÇÃO CORRETIVA

• Desempenho deficiente apontado pelo acompanhamento das variáveis operacionais.


• Ocorrência da falha.
DIVISÕES:
DISCUSSÃO:
• Manutenção Corretiva Não Programada. Citar exemplos de manutenção
corretiva em diversos setores.
• Manutenção Corretiva Programada.

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MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PROGRAMADA (não planejada)

Também chamada de manutenção emergencial é o tipo de manutenção que deve ser feita de
forma imediata a fim de corrigir falhas aleatórias que ocorreram e estão provocando perda de
produção e/ou perda da qualidade de produto, o que gera altos custos para a empresa.

Necessita de um funcionário com disponibilidade imediata, de emergência.

Pode trazer outros tipos de danos para outro componente/acessório de uma máquina e/ou
outros equipamentos de uma linha de um processo, ou produção, ainda pode interferir na
qualidade de um produto final, por parar a produção na execução de uma etapa, por exemplo.

Indicada apenas quando os custos da indisponibilidade são menores do que os custos


necessários para evitar a falha, condição tipicamente encontrada em equipamentos sem influência
no processo produtivo.

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REPRESENTAÇÃO
DA MANUTENÇÃO
CORRETIVA NÃO
PROGRAMADA
DE UM
EQUIPAMENTO

Tempo para ocorrer uma falha (t0-t1 ou t2-t3) são aleatórios, imprevisíveis e distintos.

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MANUTENÇÃO CORRETIVA PROGRAMADA (planejada)

Realizada a fim de realizar a correção do desempenho que é menor do que o esperado ou fazer
correção da falha por decisão gerencial que, em geral, é baseada na modificação dos parâmetros
de condição observados através da manutenção preditiva.

Por vezes, através de planejamento e decisões previamente conhecidas, decida-se que a


máquina/equipamento opera até que ocorra sua quebra para assim fazer a sua manutenção
corretiva. Essa estratégia é tomada quando a falha dessa máquina/equipamento não causa perdas
nas produtividade, danos severos, riscos à saúde e que haja material sobressalente disponível
para substituição.

Por se tratar de uma ação planejada, é mais barato, rápido, seguro e de melhor qualidade do que a
manutenção corretiva não programada e sempre terá como característica principal informações
fornecidas pelo acompanhamento da máquina/equipamento.

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Mesmo com suas limitações e “problemas”, a manutenção corretiva se faz presente, haja visto que
podem ocorrer falhas no momento exato, obrigando assim sua aplicação (porém há setores quem não
se pode adotar essa política de manutenção). Via de regra geral, tende-se a aplicar a apenas 20% do
tempo empregue em manutenção deve ser despendido em ações corretivas.

Necessidades da Manutenção Corretiva:


• Pessoal qualificado para agir com rapidez e proficiência em todos os casos de defeitos previsíveis.
• Existência de meios materiais (aparelhos para medição/testes), ferramentas etc. necessários para a ação
corretiva para todos os tipos de intervenções necessárias.
• Almoxarifado racionalmente organizado, em contato íntimo com a manutenção e contendo, em todos os
instantes, bom número de itens acima do ponto crítico de encomenda.
• Existência de manuais detalhados, desenhos técnicos, circuitos de instalação e demais informações
necessárias e atualizadas para manutenção corretiva referentes aos equipamentos.
• Registros dos defeitos, tempos de reparo, perdas de produção etc. classificados por equipamentos e
cadeias produtivas.

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MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Atuação realizada de forma a reduzir ou evitar a falha ou queda no desempenho, obedecendo a um
plano previamente elaborado, baseado em intervalos definidos de tempo. Tipo de manutenção
obrigatório em setores onde o fator de segurança é imprescindível.
Oposta a manutenção corretiva, a manutenção preventiva procura evitar a ocorrência de falhas
através da prevenção, seguindo planos específicos. Poder se basear no tempo (trocar o óleo a cada 6
meses), no uso (trocar o óleo a cada 10000 km) ou de forma mista (trocar o óleo a cada 6 meses ou a
cada 10000 km, o que ocorrer antes).
Em geral, planos de manutenção preventiva são fornecidos por fabricantes de máquinas,
equipamentos etc. mas deve-se além disso, observar as condições de uso, de localidade etc. a fim de
definir as melhores estratégicas preventivas para cada caso e particularidade. Essas estratégias devem
ser consideradas a fim de evitar custos desnecessários e, além disso, evitar que ocorram falhas antes
dos períodos dos planos previamente estabelecidos pelo fabricante.

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Baseia-se em estudos estatísticos, estado do equipamento, local de instalação, condições
elétricas, dados fornecidos pelo fabricante (condições ótimas de funcionamento, pontos e
periodicidade de lubrificação etc.), entre outros.

Fatores para realizar a Manutenção Preventiva:

• Quando não for possível realizar a manutenção preditiva.


• Aspectos relacionados com a segurança (pessoal/coletiva/instalação), tornando obrigatória a
intervenção, normalmente para a substituição de componentes.
• Oportunidade em equipamentos críticos de difícil liberação operacional.
• Riscos de agressão ao meio ambiente.
• Em sistemas complexos e/ou de operação contínua.

Divide-se em dois tipos: Intervenção de inspeção (visual ou detalhada) ou Sistémica ou


sistemática (substituição por tempo instalado ou de uso).

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REPRESENTAÇÃO
DA MANUTENÇÃO
PREVENTIVA
DE UM
EQUIPAMENTO

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Será mais conveniente quanto maior for a simplicidade na reposição; quanto mais altos forem
os custos de falhas; quanto mais as falhas prejudicarem a produção e quanto maiores forem as
implicações das falhas na segurança e pro meio ambiente.

Proporciona conhecimento prévio das ações, permitindo bom gerenciamento das atividades,
previsibilidade de consumo de materiais e sobressalentes, por outro promove, via de regra a
retirada do equipamento ou sistema de operação para execução dos serviços programados.

Todavia, a manutenção preventiva pode introduzir defeitos devido à falha humana, erros de
montagem, utilização de materiais inadequados e/ou de qualidade inferior, contaminação de
lubrificantes, danos de paradas e partidas.

Custo de operação é elevado devido à periodicidade, necessidade de trocas de peças e afins


devido ao plano previamente estabelecido.

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Necessidades da Manutenção Preventiva:

• Existência de um escritório de planejamento da manutenção, com pessoal qualificado que prepare o


trabalho, a racionalização e a otimização das ações, garantindo maior produtividade e com mais eficácia.
• Existência de uma biblioteca organizada com manuais de manutenção, manuais de pesquisas de defeitos,
catálogos construtivos dos equipamentos, catálogos de manutenção (dados pelos fabricantes) e desenhos
de projeto atualizados.
• Existência de fichários contendo fichas históricas com registro das manutenções efetuadas e defeitos
encontrados nos equipamentos; fichas de tempos de reparo; fichas de planejamento prévio normalizado
dos trabalhos repetitivos de manutenção; documentação de registro dos trabalhos em curso e futuros;
serviço de emissão de requisições ou pedidos de trabalho, contendo a descrição do trabalho, os tempos
previstos, a lista de itens a requisitar e a composição da equipe especializada; existência de serviço de
controle, relacionado a dados estatísticos destinados à confiabilidade e à produção; existência de serviço
de emissão de relatórios; existência de interações com o almoxarifado e serviços de produção.

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Leitura complementar sobre plano de manutenção:
https://fersiltec.com.br/blog/manutencao-industrial/plano-de-
manutencao-pequenas-medias-empresas/ 16
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MANUTENÇÃO CORRETIVA X PREVENTIVA

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