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Esta forma de pensamento, baseada na certeza de que a ciência e seus métodos seriam infalíveis, e que
todo o conhecimento poderia ser codificado por este sistema de pensamento
Desta forma, apoiado pela Burguesia, o positivismo foi a corrente de pensamento dominante em boa parte
da Europa durante o século XIX e metade do século XX,
é que aqui passa a ser prerrogativa básica para uma forma de conhecimento ser considerada verdadeira o
fato de ter sido demonstrada a partir de um método científico.
Esta forma de pensamento tinha como objetivo “romper” com a Filosofia e com a Religião,
o chamado Idealismo, tem em sua essência/base esta forma de pensamento científico. (positivismo)
Não somente o positivismo em si, assim como também o racionalismo e o cientificismo
A Teoria Realista das Relações Internacionais apresenta, em suma, como principais postulados: a)
consideração de que os Estados são os principais atores da arena internacional; b) estes Estados estão
preocupados com sua segurança; e c) a disputa por poder neste cenário é constante, o que explica o fato
de que, visto que não há um poder superior, o cenário seja de anarquia.
As bases destas três postulações está no pensamento positivista. O fato de serem postulações já
representa a pretensão positivista de se fazer a análise do objeto do conhecimento, no caso aqui as
relações entre os vários Estados que compõem o cenário.
outros atores não-estatais, segundo o Realismo, até existem no cenário internacional, mas suas ações
são sempre atreladas a ações dos Estados, que são os agentes prevalentes.
rejeição à consideração de supostas normas éticas e legais entre estes Estados, visto que a ênfase é
toda colocada no interesse próprio e de aumento de poder
prevalece a condição de ausência de um poder que organize centralmente estas relações
As explicações, que fazem parte das aspirações das chamadas teorias modernistas de
Relações Internacionais definem uma forma de explicação mono-causal dos fenômenos
apercebidos no campo do conhecimento
a base principal da epistemologia dominante nas Relações Internacionais está na
estrutura de causalidade determinada por Hume4 , em seu Ensaio para o Entendimento
Humano, onde ficam estabelecidos os parâmetros pelos quais estes axiomas devem ser
compreendidos dentro de uma análise científica, transposta analogamente à análise
social.
para algo ocorrer, é preciso que uma ação produza esta ocorrência / para toda causa,
existe um efeito, correlato e inextrincavelmente.
Agora pense no sistema internacional. Os únicos atores capazes de moveremse uns aos outros são os
próprios Estados, visto que os outros atores não podem se mover sozinhos. Estes Estados agem
somente em favor de interesse e busca por poder, e as trajetórias dos vários Estados que fazem parte
da arena internacional podem se chocar, o que explica o conflito. parte fundamental do pensamento
positivista e da forma como isto é articulado dentro das teorias modernistas de Relações Internacionais é
definido por David HUME ‘’a base principal da epistemologia dominante nas Relações Internacionais está
na estrutura de causalidade determinada por Hume4 , em seu Ensaio para o Entendimento Humano,’’
a) as “regularidades”, quer dizer, quando uma ação é observada, é possível afirmar que
regularmente esta ação acontecerá da mesma forma, com a mesma intensidade, sempre
na mesma direção;
b) os “padrões observáveis”, isto é, a partir da leitura destas regularidades, o analista
pode determinar com clareza padrões de comportamento das forças que compõem a
análise, afirmando com ampla certeza como estas forças vão agir e por que motivos;
c) as “regularidades determinísticas”, que é o fato de que a previsibilidade das ações
passa a ser algo de fundamental importância para a compreensão do fenômeno
d) as chamadas “moving causes”, quer dizer, as causas moventes, ou como HUME ( )
apresentava, causas eficientes, que demonstram a relação monocausal entre causa e
efeito
Isto deu às teorias modernistas de Relações Internacionais a base de que precisavam
para se afirmarem como teorias tradicionais.
Portanto, quando se utiliza o método genealógico nas Relações Internacionais, se pretende resgatar
discursos alternativos e que indicariam como os discursos dominantes eram atrelados às estruturas de
poder, mas também reforçariam o seu campo de conhecimento, a partir da construção de verdades
alternativas. Não existe verdade em si, mas verdades, e as suas interpretações, múltiplas, criam a
realidade. O método é a desconstrução, apresentando que os conceitos utilizados pelas teorias
tradicionais de Relações Internacionais constroem a realidade em termos que não se sustentam mais
quando se observam o contexto histórico em que foram construídos