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Unidade 01
Aula 01
Fundamentos de Fenômenos de
Transporte
Olá, estudante! Nosso objetivo nesta primeira parte do conteúdo é estudar os conceitos
fundamentais dos fenômenos de transporte. Nesta aula, começamos estudando a primeira parte do
conteúdo sobre os fundamentos desta disciplina. Bons estudos!
ATENÇÃO
Nesse sentido, grandeza, segundo o Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM), é
definida como “propriedade dum fenômeno dum corpo ou duma substância, que pode ser
expressa quantitativamente sob a forma dum número e duma referência” (INMETRO, 2012).
Entre as grandezas fundamentais, temos: massa (M); comprimento (L); tempo (T); temperatura (I);
quantidade de luz (C); quantidade de matéria (Ma). Como exemplo, podemos apresentar a grandeza
de comprimento. Podemos apreciar que a distância entre o ponto 1 e o ponto 2 é medida por uma
grandeza L. Na Figura 1, podemos apreciar a grandeza de comprimento como ‘L’, a descrição
quantitativa dessa grandeza como ‘5’ e a unidade do sistema de dimensões como metro ‘[m]’. O
sistema de dimensões utilizado neste exemplo é o mesmo que será utilizado durante a disciplina: O
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Pois bem, acho que já lembramos um pouco daquilo que utilizaram em outras disciplinas, o uso do
sistema de unidades. Agora, não basta apenas saber que existe um sistema de unidades, como SI, e
que ele é baseado em umas grandezas fundamentais, precisamos fazer um bom uso das unidades.
Entre as maiores dificuldades que vamos encontrar ao longo da disciplina será a seguinte:
Como é que vou somar aquilo com aquilo ou como é que chego naquela grandeza?
Para uma melhor compreensão do que estou falando, vamos verificar o seguinte exemplo:
NA-PRATICA
Exemplo 1.1
Na equação da conservação da energia de Bernoulli, temos que somar três tipos de energia:
energia potencial, energia de pressão e energia cinética.
Para poder somar as três energias, devemos verificar que cada uma delas corresponde a uma
mesma grandeza. Isso quer dizer que você não pode “somar uma batata com uma mandioca”,
você precisa verificar que vai somar “uma batata com outra batata”. Ou seja, neste exemplo, cada
energia deve estar dada em uma mesma grandeza. Vamos lá.
A energia potencial está dada em metros, já que é uma unidade que representa a energia que
depende da altura. Portanto, temos z=[m], com isso, desde já, sabemos que as outras duas
energias têm que ter uma grandeza dada em metros [m].
A energia de pressão representa uma relação entre a pressão e o peso específico do fluido,
portanto, temos: A pressão que é dada no SI em Pascal (Pa) e o peso específico é o produto da
aceleração gravitacional com a massa específica que é dada em kg/m3.
V2 [ ms ]
2 [ ms2 ]
= m = m = [m]
2g [ s2 ] [ s2 ]
Dessa forma, podemos assegurar que existe uma homogeneidade na somatória das energias, ou
seja, “estamos somando batata com batata”. Que todas as energias estão dadas em [m].
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SAIBA MAIS
Para um maior entendimento deste tema, acesse o conteúdo disponível no seguinte link.
Dimensões e Unidades.
Sendo assim, é preciso saber que as equações a serem utilizadas nas seguintes equações da
conservação:
!"Conservação da Massa.
!"Conservação da quantidade de movimento.
!"Conservação da energia.
Conservação da massa:
Para poder entender esse termo, precisamos trabalhar sob a hipótese que o fluido é newtoniano.
Um fluido newtoniano é um fluido com uma viscosidade constante ao longo do tempo, ou seja, não
interessa a temperatura, ele sempre terá a mesma viscosidade.
Assim, a conservação da massa é um sistema sem perdas em que a massa não muda. Ou seja, em um
intervalo de tempo, ela permanece constante. A massa que entra vai ser a mesma que sai:
M entra M sai
=
∆t ∆t
Visualizemos a seguinte figura. Nela, podemos observar uma tubulação de forma não homogênea.
Vamos supor que a água entra no ponto ‘A’ e, por ele, entra uma vazão com uma massa específica
respectiva. A partir da conservação da massa, dizemos que, ainda que seja variável uma
determinada secção, a vazão da água que percorre dentro da tubulação, em um intervalo de tempo,
é a mesma em toda a sua secção e para qualquer ponto, seja 1, 2 ou 3. A mesma quantidade de água
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ρ: Massa específica [ Kg
m3
], quantidade em quilogramas por cada metro cubico do fluido.
QA = QB
ρ fluido ⋅ V A ⋅ S A = ρ fluido ⋅ V B ⋅ S B
VA ⋅ SA = VB ⋅ SB
V: velocidade do fluido [ m
s ], a velocidade que o fluido tem em um ponto determinado entre ‘A’ e ‘B’.
→ d→ p
∑F =
dt
Ou seja, a somatória de todas as forças externas e internas é a somatória de todas as forças que
experimenta um sistema.
→ → →
∑ F = ∑ F externas + ∑ F internas
Agora, vamos supor um reservatório com uma torneira com capacidade para certa quantidade de
fluido, ou seja, para um volume de controle. Também vamos supor que temos um fluido dentro dele
e a torneira está fechada; portanto, esse fluido encontra-se estacionário. Nessa hipótese, a
somatória das forças internas e externas é nula. Assim, temos:
→
dp
=0
dt
Nesse casso, onde p representa a quantidade de movimento, só há duas opções: ou ele é zero, ou
→
− →
ele representa uma constante. Se consideramos a variação da quantidade de movimento ∆p = 0,
sabemos que a variação da quantidade de movimento final menos a inicial é zero,
−→
∆p = P final − P inicial . Nesse sentido, a quantidade de movimento no instante de abrir a torneira
é igual à quantidade de movimento do fluido com a torneira fechada, P final − P inicial . Tudo isso só
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Quando a torneira for aberta, a quantidade de movimento vai depender de duas variáveis em
particular, a massa específica e a vazão.
→ →
∑ F = ṁ ⋅ a
→ →
∑ F ⋅ dt = dp = P final − P inicial
−
−
−
− → → → → →
∑ F ⋅ dt = m 2 ⋅ V 2 − m 1 ⋅ V 1 = ṁ 2 ⋅ dt ⋅ V 2 − ṁ 1 ⋅ dt ⋅ V 1
−
− → → →
∑ F = ṁ 2 ⋅ V 2 − ṁ 1 ⋅ V 1
−
− → → →
∑ F = ṁ ⋅ (V 2 − V 1 )
Conservação da energia:
Esse princípio, com base na primeira lei da termodinâmica, deve ser aplicado para um volume de
controle, que expressa a variação temporal da energia total.
A lei de conservação da energia diz que, em qualquer processo, a energia total não aumenta nem
diminui. A energia se transforma de uma forma a outra e é transferida de um objeto a outro, mas a
quantidade total permanece constante.
W ext = ∆U
Onde ∆U é a variação da energia própria, ou seja, a somatória da energia cinética mais a energia
potencial interna U = E c + E Pint .
Para poder fazer uso dessas equações fundamentais, em que temos uma conservação da massa,
uma conservação da quantidade de movimento e uma conservação da energia, precisamos fazer
uso de um volume de controle para poder controlar o comportamento das forças ao redor dele.
Volume de Controle
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O volume de controle é uma parte do fluido representativa, que procura apresentar de uma forma
mais simples quais forças estão atuando nele. Esse sistema é utilizado para saber o comportamento
de um fluido em movimento. Uma vez escolhido o volume de controle, as características
termodinâmicas, dinâmicas e energéticas do fluido são definidas. Esse volume de controle é
limitado por uma superfície fechada, uma superfície de controle, na qual são analisados os
processos de intercâmbio de energia e da massa do entorno.
Unidade 01
Aula 02
Leis de Conservação
Nesse sentido, precisamos saber que um sistema é um conjunto de moléculas conformadas por
átomos.
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SAIBA MAIS
Podemos verificar o que tem dentro de cada átomo acessando o conteúdo disponível no
seguinte link.
Estrutura do átomo
Para nosso exemplo, o fluido está conformado por uma grande quantidade de moléculas da água. Se
lembrarmos a lei de conservação de massa, poderemos afirmar que a quantidade de massa que
entra em um duto é a mesma que sai.
NA-PRATICA
Exemplo: Se no duto temos um fluido que escoa e que tem uma massa específica
ρ = 1000kg/m 3 poderemos afirmar que, por cada 1m³ que ingressa na tubulação, vão sair
sempre 1000 kg de fluido do outro lado do duto. Isso é uma conservação da massa, onde a
variação da massa em relação ao tempo é zero.
Dm
=0
Dt
∂ρ
∫ dv + ∫ (ρu. n)dA = 0
v ∂t A
Nesse mesmo volume de controle que faz parte de nosso sistema, também há a capacidade da
conservação da quantidade de movimento. Vamos explicar melhor:
Na Figura 6, temos uma bola que podemos considerar como nosso volume de controle. A bola, sem
nenhuma força externa, não tem velocidade, não tem aceleração, ou seja, está em repouso.
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Podemos afirmar que a bola conta com a força do peso que a terra faz nela, temos uma força normal
que faz a superfície da mesa na bola; porém, as duas forças se anulam. Assim, a somatória das forças
externas é zero, por isso que o corpo fica no estado de repouso.
Agora, focando nas forças internas, podemos dizer que a estrutura interna que possui nosso volume
de controle (a bola no nosso exemplo) é composta de muitas moléculas que interagem uma com a
outra. Cada uma das moléculas interage com a outra de tal forma, que entre elas temos forças com
a mesma magnitude, mas em sentidos opostos. Dessa forma, a somatória das forças internas que se
encontram atuando no sistema é zero, o objeto encontra-se novamente em repouso, ou seja,
estamos cumprindo com a terceira lei de Newton. Dessa forma, podemos concluir que a variação da
quantidade de movimento num espaço de tempo é zero, ∆p = 0.
→
→
dp
=0
dt
Sabendo que atuam forças externas e internas no nosso volume de controle temos que a
conservação de momento linear é:
D
∫ pudv = f A + f θ
Dt θ
Onde
Na loja vai ter um estoque que, para o nosso caso, seria o volume de controle. Para que este sempre
esteja preenchido, precisamos da combinação de três aspectos:
1. Um balanço de fluxo, ou seja, a quantidade de pão vendida para enviar, tendo em conta que
alguns desses pães vão retornar. Isto, no nosso caso, será a parte convectiva (termo que
estudaremos adiante).
2. Balanço de fluxo que sai da loja, ou seja, o pão que é vendido. Será a difusão da energia do nosso
volume de controle. Ou seja, teremos uma quantidade de energia que está saindo de nosso
volume de controle em forma de pão.
3. Será a produção interna de energia que é gerada dentro de nosso sistema resultado de um
trabalho produzido pela interação das partículas.
Dessa forma, temos um ciclo que apresenta como é que se comporta um volume de controle, tendo
como resultado o comportamento convectivo, difusivo e de produção interna. Olhando para a
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∂ (ρϕ)
+ ∇ ⋅ (ρϕu) = ∇ ⋅ j + s
∂t
SAIBA MAIS
Para uma melhor compreensão desse tema, leiam as primeiras 14 páginas do texto “Forma
Diferencial das Equações de Conservação e Transporte”, disponível clicando aqui.
!"Produção de tintas: elas devem ter uma viscosidade adequada para poder ser utilizadas.
!"Produção de medicamentos: É estudado a estabilidade química, o tempo de validade e
facilidade de extrusão entre outras.
!"Caracterização de elastômeros e amortecedores.
!"Caracterização de gasolina e outros tipos de hidrocarbonetos.
!"Caracterização de metais (em situações de temperaturas elevadas) e cristais líquidos.
!"Estudo do magma na vulcanologia: quanto mais fluidez possua o magma, mais chances de o
vulcão de ter uma erupção.
!"Estudo de energia eólica: aproveitamento do escoamento do vento para geração de energia.
!"Estudo de edifícios altos: Comportamento de vento com a estrutura para evitar a ressonância
do edifício com o vento.
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ATENÇÃO
A advecção é a variação de um escalar em um ponto dado pelo efeito de um campo vetorial.
Por exemplo, é o arrastro de uma substância contaminante pela água. Esse conceito também é
utilizado para calcular o transporte de uma propriedade atmosférica, tal como o calor ou a
humidade pelo efeito do vento. Também serve para calcular o comportamento de uma gota
contaminante num meio sem transiente ou estacionário, como, por exemplo, o comportamento do
petróleo jogado no mar por acidente.
→ ∂ ∂ ∂
v∇ = u +v +w
∂x ∂y ∂z
J = me ⋅ C ⋅ v
Onde
SAIBA MAIS
Para uma maior compreensão deste tipo de fenômeno físico, recomendo a leitura do estudo
disponível no link a seguir.
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Solução:
Utilizando a consideração inicial, que indica um escoamento incompressível, temos que a massa
específica do fluido permanece constante. As propriedades uniformes nas seções indicam que o
somatório na superfície de controle do produto escalar da velocidade da seção vezes a área da
seção tem que ser igual a zero.
→→
∑V.A = 0
SC
Nesse sentido, como o vetor unitário da área sempre se direcionará para fora da seção, ficaria
faltando o vetor velocidade da seção 2. O sentido desse vetor deve ser assumido para verificar o
seu sentido, assim:
−
−
−
→ → → → → →
−
−
−
V 2 . A 2 − V 1 . A 1 + V 3 . A 3 = 0
Resolvendo, temos:
V2 A2 = V1 A1 − V3 A3
V1 A1 − V3 A3
V2 =
A2
Se o resultado fosse positivo, a velocidade em 2 estaria correta, como também o sentido do vetor
velocidade assumido. Para comprovar isso, vamos supor os seguintes dados:
m m m
V 1 = 8 [ ]; V 2 = 4 [ ]; V 3 = 5 [ ]
s s s
A1 = A2 = A3
V1 A1 − V3 A3 A. (8 [ ms ] − 5 [ ms ]) m
V2 = = = 3[ ]
A2 A s
O vetor velocidade V2= 3 [m/s] apresenta um resultado positivo que mostra a boa escolha do
sentido.
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Obter:
1. Pressão em B (Pa):
Aplicaremos a equação de Bernoulli na peça especial. Para isso, precisamos saber que essa equação
é uma representação do comportamento da energia total em um escoamento. Essa energia total é
caracterizada, principalmente, em tubulações fechadas, por três tipos de energia, como já foi
apresentado na Aula 1, energia potencial, energia cinética e energia de pressão. Nesse sentido,
podemos dizer que a energia que temos em B é igual à energia em 1 e em 2. Desconsiderando as
perdas de carga, temos:
EB = E1 = E2
PB VB 2 P1 V1 2 P2 V2 2
ZB + + = Z1 + + = Z2 + +
γ 2g γ 2g γ 2g
PB VB 2 V1 2
+ =
γ 2g 2g
QB = q1 + q2
m3 m3 m3
Q B = 0, 009 [ ] + 0, 009 [ ] = 0, 018 [ ]
s s s
3
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PB V1 2 VB 2 23, 68 2 − 1, 47 2
= − = = 28, 49 mca = 279199 [P a]
γ 2g 2g 19, 6 [ sm2 ]
A primeira parte a ser feita será a escolha de um volume de controle ∀ c . Esse volume de controle irá
ser escolhido de tal forma que a gente possa calcular as forças F x e F y que se produzem na união.
Nesse sentido, temos que:
∑ F→ = ρ (∑ Q→
v − ∑ Q→
v)
sai entra
∑ F x = P B A + R x = ρ(−qV 2 − QV B )
r ∧ QV→ )
∑ M Z = ρ [(→ r ∧ QV→ )
− (→ ]
sai Entra
M z = 255, 7 [Nm]
a) Velocidade em B
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P
P = ρxRxT → ρ = . onde P e T são absolutas
RxT
PA (3 + 1, 033)x9, 8.10 4
ρA = = = 4, 83 kg/m 3
R ar xT A 287, 14x (151 + 273)
0, 1 2 0, 2 2
ρ A xV A xA A = ρ B xV B xA B → 4, 83 x 25 x π x = 3, 26 x V B x π x → VB =
4 4
b) Vazão em peso
kg N 0, 1 2
ṁ × ( ) × 9, 8 ( ) = ρ A × V A × A A × 9, 8 = 4, 83 × 25 × π × × 9, 8
s kg 4
SAIBA MAIS
Os exercícios que foram apresentados formam parte das leis da conservação. Para realizar mais
exercícios sugiro acessem os seguintes sites:
Para poder calcular as propriedades termodinâmicas da água faça uso das seguintes tabelas:
Unidade 01
Aula 03
Conceitos Termodinâmicos
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Estudantes, em nossa terceira aula desta Unidade, começamos o assunto relativo aos conceitos
termodinâmicos. Continue os estudos desta disciplina e boa aula!
Cada matéria, seja uma substância pura ou uma mescla, possui dois tipos de propriedades: as
propriedades extensivas e as propriedades intensivas.
Propriedades Extensivas
Massa: A massa é uma propriedade dos objetos físicos que, em poucas palavras, mede a quantidade
de matéria que eles possuem. No Sistema Internacional de Medidas (SI), é medido em quilogramas
(kg).
Peso: O peso de um corpo é denominado como uma força. Esta força deve-se à aceleração
gravitacional sobre um corpo. A aceleração gravitacional é normal e é equivalente a 9,807 m/s².
Volume: É uma magnitude física que define o espaço que ocupa um corpo. No SI, é medido em
metros cúbicos (m³).
!"comprimento;
!"área;
!"energia interna;
!"entalpia;
!"entropia energia livre;
!"capacidade térmica;
!"energia térmica.
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SAIBA MAIS
Para nos ajudar um pouco com alguns conceitos, podemos fazer uso do seguinte material.
Vamos a utilizar para esta disciplina as definições básicas para começar a definir o que é a
Termodinâmica.
Revisão de Termodinâmica
Propriedades Intensivas
Temperatura: A temperatura é uma propriedade física de um sistema. Dessa propriedade física
depende o comportamento da transferência da energia térmica e o calor entre esse sistema e
outros. Outro aspecto é que, para existir transferência de calor, deve haver uma energia cinética
das partículas que pode ser medida. Neste sentido se dois sistemas se encontram à mesma
temperatura pode-se dizer que os sistemas estão em equilíbrio térmico.
Massa específica: A massa específica é uma relação entre a massa do corpo por unidade de volume.
Por exemplo, a massa específica da água é aproximadamente 997,0479 kg/m³ para 25ºC.
Peso específico: O peso específico é a força produzida pela aceleração gravitacional da massa
específica, ou seja, é o produto entre a gravidade e a massa específica.
kg m N
γ = ρ ⋅ g[ 3
]⋅[ 2]=[ 3]
m s m
Estados da matéria: Das características físicas, dependem os três estados básicos da matéria:
sólido, líquido e gasoso. Por exemplo:
!"O estado sólido possui um volume e uma forma definida, é incompressível com atração de
moléculas moderada. A formação das moléculas é possível pela força da coesão, que as mantêm
unidas. Nesse estado, como as moléculas estão muito juntas, água, por exemplo, fica
incompressível.
!"O estado líquido possui um volume definido, mas a forma dele não é definida, pois as moléculas
se encontram em constante deslocamento e se movimentam umas sobre as outras. Por isso,
não possuem uma forma própria, ficam com a forma do reservatório que as possui.
!"O estado gasoso não possui nem volume nem uma forma definida. Nesse estado, as moléculas
encontram-se separadas, pois estas se deslocam com uma direção não definida e uma grande
velocidade. O gás não possui forma própria.
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SAIBA MAIS
Para visualizar melhor esse tema, leia a parte da introdução e das propriedades extensivas e
intensivas do artigo disponível no link a seguir.
Para todos os gases de baixa densidade, essa lei é cumprida. Também é possível afirmar que a
temperatura absoluta de um gás em baixas densidades é proporcional à pressão num volume
constante. Igualmente, a temperatura absoluta é proporcional ao volume do gás, se mantida
constante a pressão.
C =k⋅N
Onde,
P V = NkT
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J L ⋅ atm
R = 8, 314 [ ]; k = 0, 08206 [ ]
mol mol
Nesse sentido, é definido um gás ideal é aquele que, para P V / (nT ) é constante em todas as
pressões. Assim, temos uma relação entre a pressão, o volume e a temperatura dada por
P V = nRT , lei dos gases ideais.
SAIBA MAIS
Para uma melhor compreensão do comportamento de um gás ideal, acesse o conteúdo
disponível no seguinte link.
Gases reales
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NA-PRATICA
Uma amostra de gás ideal tem um volume de 400 cm 3 a 15°C. Calcule a temperatura para a qual
essa amostra de gás passa a ter um volume de 500 cm 3 , se a pressão permanece constante.
P V 1 = nRT 1
P V 2 = nRT 2
V2 T1
T2 =
V1
e daí:
(500cm 3 ) (288K)
T2 = = 360K
400cm 3
ou
t 2 = 87ºC
Fonte: http://tinyurl.com/h43cntj
A transformação mais geral que uma amostra de gás ideal pode experimentar, sem variação na
quantidade de substância, ou seja, com o número de moles constante, é aquela em que passa de um
estado caracterizado por (P 1 , V 1 , T 1 ) para o estado caracterizado por (P 2 , V 2 , T 2 ). Então, a
equação de estado de Clapeyron permite escrever:
P1 V1 P2 V2
=
T1 T2
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Unidade 01
Aula 04
Termodinâmica
Pressão de Saturação
Para poder começar a apresentar o comportamento da pressão de saturação, que será aquela que
depende da temperatura de saturação, precisamos saber da definição de uma substância pura.
Como o seu nome indica, a substância pura que possui uma composição química homogênea. Essa
composição química é invariável, como, por exemplo, a água, o ar, etc. Nesse sentido, tomando o
exemplo da água, podemos afirmar que em qualquer fase da água temos uma composição
homogênea (substância pura).
Por outro lado, temos que uma substância não homogênea será aquela que tem uma mistura de
dois fluidos distintos, exemplo água e óleo. Nesse casso, não teremos uma substância pura.
Como já foi dito, a água pode mudar de fase. Assim, precisamos saber o que é fase. Uma fase será
uma estrutura molecular homogênea que se conserva em certa quantidade da matéria. Isso quer
dizer que, se a água está exposta ao calor acima de 100ºC, uma parte desta mudará fisicamente sua
composição, ou seja, mudará a estrutura molecular. A matéria (fluido) que possui a estrutura
molecular do líquido encontra-se em uma fase, e a outra parte do fluido que se evaporou encontra-
se em outra fase. Verificamos isso no seguinte exemplo:
Na Figura 9, o comportamento das fases muda nas diferentes temperaturas. Quando a matéria se
encontra homogênea, tanto em composição química como em estrutura, podemos dizer ela é sólida,
líquida ou gás.
No momento que temos uma vaporização do fluido, encontramos uma temperatura de vaporização.
Nesse momento, existe uma pressão para essa temperatura de vaporização, essa pressão se chama
pressão de saturação. Como temos as duas fases, água e vapor, temos um líquido saturado e um
vapor saturado.
Agora, vamos supor que temos água a uma temperatura de 20ºC, ponto ‘1’ (Figura 10). Na medida
que a temperatura aumenta, o volume da matéria aumenta, até que chega no seu ponto de ebulição.
Aí, mantém um volume constante.
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Nesse momento, temos temperatura inicial à saturação (entre os pontos ‘1’ e ‘2’). Depois que
começa a vaporização, entre os pontos ‘2’ e ‘4’, no processo de temperatura constante, temos uma
mudança de fase. Nesse instante, temos uma mistura saturada de fase líquida e fase de vapor. Logo
após a evaporação da última bolha do fluido, evaporada a última bolha de água, o vapor começa a
superaquecer, entre ‘4’ e ‘5’. Na última, etapa o vapor se superaquece numa pressão constante e,
finalmente, a temperatura e o volume aumentam nesse processo.
Continuando com a água como exemplo, temos que a ebulição acontece para uma temperatura e
uma pressão de saturação. A pressão da água será 101,35 kPa para uma temperatura de saturação
de 100ºC. No mesmo sentido, para uma temperatura de 100ºC, a pressão de saturação é de 101,35
kPa. Podemos verificar isso na seguinte figura:
Na Figura 11, podemos observar que, na medida que aumenta a pressão no fluido, aumenta a
temperatura. Nesse sentido, se temos a possibilidade de cozinhar a temperaturas maiores,
pouparemos tempo e energia.
SAIBA MAIS
Para uma maior compreensão, acesse o link a seguir.
Fundamentos da Termodinâmica
Para entender um pouco mais, precisamos de três diagramas. O primeiro será aquele que apresenta
o comportamento da temperatura em relação ao volume de uma substância que pode expandir ao
se congelar, como, por exemplo, a água. Esse diagrama, junto ao diagrama do comportamento da
pressão em relação ao volume e ao diagrama de pressão em relação à temperatura, apresentam
como acontece a mudança de fase num líquido de substância pura.
Diagrama T-v
Na Figura 12, é possível verificar como muda a fase da água para uma mesma pressão. Nesse
sentido, é preciso repetir o processo para várias pressões para poder obter o diagrama T-v. Veja a
representação desse exercício a seguir.
Figura 12 Temperatura vs Volume de uma substância pura. Resultados para diferentes pressões.
Fonte: http://tinyurl.com/ztzpmwr
No momento em que os estados de líquido saturado e vapor saturado são idênticos, temos um
ponto chamado ponto crítico. Para o exemplo da água, nesse ponto, temos: temperatura crítica, T cr
= 373,95 ºC; pressão crítica, P cr = 22,06 Mpa e um volume critico, v cr = 0,003106 m 3 /kg. Após esse
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ponto crítico, temos simplesmente uma mudança de fase, mas o volume permanece aumentando
continuamente.
Na mesma Figura 13, temos uma linha de sublimação que separa as regiões sólida e de vapor; a
linha de evaporação separa as regiões de líquido e vapor e; a linha de fusão separa a região sólida e
líquida. As três linhas convergem em um ponto onde existe um equilíbrio chamado ponto triplo.
SAIBA MAIS
Mais explicações deste tema podem ser exploradas no seguinte link.
Unidade 01
Aula 05
Fundamentos e Mecanismos de
Transporte de Fluidos
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Vamos supor um pórtico de um prédio. Quando esse pórtico tem uma deformação, como pode ser
observado na seguinte figura, sabemos que foi deformado por uma força F. Essa força chama-se
força cisalhante e, como na figura, essa força de cisalhamento se apresenta com a igual magnitude
em sentido opostos.
Essa deformação também se apresenta nos fluidos. Quando temos duas placas e, entre elas, temos
um fluido escoando, podemos perceber que existe uma força que faz com que esse fluido escoe,
uma força de cisalhamento. A magnitude da velocidade com que esse fluido escoa ao longo de uma
seção vertical do conduto chama-se distribuição de velocidade. Essa distribuição da velocidade
constitui um perfil de velocidade. Na seguinte figura, é apresentado um comportamento
bidimensional, ou seja, em (y,x).
Vale a pena lembrar que um escoamento possui uma variação do seu escoamento
tridimensionalmente.
Essa formulação se cumpre unicamente para fluidos newtonianos, sendo os fluidos newtonianos
aqueles que cumprem com a lei de Newton da viscosidade.
SAIBA MAIS
Saiba mais do fluido newtoniano acessando o link a seguir.
Fluido newtoniano
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A lei de Newton diz que o gradiente de velocidade é diretamente proporcional à tensão cisalhante.
A tensão cisalhante é diretamente proporcional ao gradiente de velocidade. Matematicamente,
podemos descrever assim:
VÍDEO
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Tipos de Escoamento
Os tipos de escoamento dependem do comportamento do fluido em relação ao tempo. Se o
escoamento varia com o tempo, o escoamento poderia ser transiente ou não estacionário. Isso quer
dizer que existe uma variação do comportamento da velocidade à medida que o tempo muda. Se o
escoamento não varia com o tempo, quer dizer que temos uma permanência das características do
escoamento ao longo do conduto.
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FATOS E DADOS
O físico alemão Ludwig Prandtl (1875-1953) realizou um dos grandes avanços na Mecânica
dos Fluidos, em 1903, concebendo a ideia da camada limite na qual define – Uma região
muito fina dentro da camada limite e adjacente à superfície do corpo onde os efeitos viscosos
são muito importantes, onde a componente axial da velocidade varia rapidamente com a
distância y.
Por último, temos o escoamento unidimensional, que se refere ao estudo de uma direção do vetor.
Por exemplo, o estudo do escoamento de um fluido numa tubulação.
Com relação ao regime do escoamento, poderemos ter três tipos de escoamento. Esses tipos de
escoamento foram avaliados por Osborne Reynolds (1842-1912). Esse tema será ampliado mais
para frente.
!"regime laminar;
!"regime transiente;
!"regime turbulento;
ѵ é a viscosidade cinemática
Para o regime de transição temos que o comportamento do número de Reynolds está entre:
Para o regime turbulento, os vetores de velocidade têm um patamar não definido. Isso quer dizer
que o jato de tinta é totalmente randômico.
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