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ESCOLA ESTADUAL SÃO JOAQUIM

TRABALHO
DE
FILOSOFIA

GUILHERME OLIVEIRA
202-250
TEMA
 Contrato social
 Jean Jacques Rousseau
 Estado de natureza
 O acordo entre os iguais
 A vontade geral
 Conclusão

Contrato social
O filósofo Jean-Jacques Rousseau é o criador do que conhecemos como
contrato social. Ou seja, é um acordo que regula a convivência das pessoas
em sociedade de maneira organizada através de um Estado que protege os
direitos e a liberdade dos seus membros.
Deste modo, os cidadãos aceitam este contrato social como um bem comum
para todos. Este contrato oferece benefícios aos cidadãos em troca de
renunciar a liberdade, própria do estado de natureza da qual pertence o ser
humano.

Jean Jacques Rousseau


"O Contrato Social" é considerado uma das obras fundamentais da filosofia
política. Rousseau parte do pressuposto de que é impossível retornar ao
estado de natureza. O homem em estado de natureza participa de uma
condição sem lei nem moralidade. Só um contrato com seus semelhantes
oferece as bases legítimas para uma vida em sociedade. É preciso, então, criar
uma forma de associação que defenda e proteja a pessoa do uso da força.
Longe de ser um pacto de submissão, o contrato social é um pacto de
associação entre os homens. No estado civil, preconizado por Rousseau, o
soberano é a vontade geral.

Estado de natureza
Para Thomas Hobbes, o estado de natureza é uma condição pré-política em
que os seres humanos vivem sem um governo estabelecido. Nesse estado,
Hobbes argumenta que a vida é solitária, brutal, pobre, tolerante e curta. Ele
descreve o estado de natureza como um cenário de guerra de todos contra
todos, em que cada indivíduo está em constante competição por recursos
escassos e em busca de autopreservação. Nessa visão, o estado de natureza
é marcado pela ausência de leis e autoridade, levando à insegurança e ao
caos.
Para John Locke, o estado de natureza é uma condição de liberdade e
igualdade, onde cada indivíduo possui direitos naturais, incluindo vida,
liberdade e propriedade. No estado de natureza de Locke, as pessoas são
livres para exercer seus direitos e buscar seus interesses, desde que não
violem os direitos dos outros. No entanto, Locke reconhece que o estado de
natureza também pode ser marcado por um potencial de conflitos, e as
pessoas podem ter dificuldade em fazer valer seus direitos de forma efetiva e
imparcial.

Para Jean-Jacques Rousseau, o estado de natureza é uma condição de


felicidade e liberdade natural dos seres humanos. No estado de natureza, os
indivíduos são livres e autônomos, agindo de acordo com sua consciência e
instintos naturais. No entanto, Rousseau argumenta que a entrada na
sociedade corrompe essa beleza natural, levando à desigualdade, opressão e
conflitos. Para ele, o estado de natureza é um contraste com a sociedade
civilizada, onde as instituições sociais e a propriedade privada corrompem a
natureza humana e causam injustiça.

Em resumo, Hobbes descreve o estado de natureza como um estado de guerra


e insegurança, Locke o vê como uma condição de liberdade e igualdade com
potencial para conflitos, e Rousseau o idealiza como um estado de felicidade e
liberdade natural que é transformado pela sociedade. Essas diferentes
concepções do estado de natureza influenciam as visões dos três filósofos
sobre o contrato social e a necessidade de um governo para lidar com as
deficiências e os desafios dessa condição inicial.

O acordo entre os iguais


Uma alternativa de interpretação do "acordo entre os iguais" pode ser um
consenso ético alcançado por meio do diálogo racional entre indivíduos que
mantêm princípios morais e valores semelhantes. Nessa perspectiva, os
indivíduos concordam em certas regras de conduta ou princípios fundamentais
com base na igualdade moral entre eles. Essa visão é encontrada em algumas
abordagens filosóficas como o contratualismo moral de John Rawls, que
argumenta que as pessoas devem um acordo sobre a justiça por trás de um
"véu de obediência" para garantir uma distribuição equitativa de recursos na
sociedade.

Vontade geral
Uma das interpretações da vontade gral é: considere a vontade geral como
uma expressão da razão humana. Nessa visão, a vontade geral não é apenas
a soma das vontades individuais, mas uma forma de discernir o que é
administrador racional e justo. Ela representa a capacidade da comunidade de
alcançar um consenso racional e tomar decisões que promovam o bem-estar
geral. Essa interpretação destaca a importância da deliberação pública, do
diálogo racional e do engajamento dos cidadãos na formação da vontade geral
como base para uma sociedade justa e equitativa.

Conclusão
Em conclusão, o contrato social, como proposto por Jean-Jacques Rousseau e
discutido por outros filósofos como Thomas Hobbes e John Locke, é um
conceito fundamental na filosofia política. Ele representa um acordo entre os
indivíduos em uma sociedade, em que renunciam a certas liberdades
individuais na troca de proteção e benefícios fornecidos pelo governo. Por meio
desse contrato, busca-se estabelecer uma ordem política e governamental que
proteja os direitos e a liberdade dos membros da sociedade.
A concepção do estado de natureza varia entre os filósofos. Para Hobbes, é
um estado de guerra e insegurança, enquanto Locke o vê como uma condição
de liberdade e igualdade com potencial para conflitos. Rousseau idealiza o
estado de natureza como uma condição de felicidade e liberdade natural que é
corrompida pela sociedade.
O "acordo entre os iguais" pode ser interpretado como um consenso ético
alcançado por meio do diálogo racional entre indivíduos com princípios morais
semelhantes. Essa abordagem enfatiza a igualdade moral entre os indivíduos e
a busca por uma distribuição equitativa de recursos na sociedade.
A vontade geral, por sua vez, pode ser entendida como uma expressão da
razão humana, representando a capacidade da comunidade de alcançar um
consenso racional e tomar decisões que promovam o bem-estar geral. Ela
destaca a importância da deliberação pública, do diálogo racional e do
engajamento dos cidadãos na formação da vontade geral como base para uma
sociedade justa e equitativa.
Em última análise, o contrato social, o estado de natureza, o acordo entre os
iguais e a vontade geral são conceitos intrinsecamente interligados,
fundamentais para a compreensão da organização política e da convivência em
sociedade. Essas teorias filosóficas toleraram o desenvolvimento do
pensamento político e social ao longo dos séculos, moldando as perspectivas
sobre os direitos individuais, a governança e a busca pelo bem comum.

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