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FIRJAN SESI

LITERATURA

ISABELLY MARTINS FAGUNDES

MODERNISMO NEGRO

NOVA IGUAÇU
2023
SUMÁRIO

1 DESENVOLVIMENTO 3
2 REFERÊNCIAS 4
2

Ao passo que artistas modernistas consagrados no movimento de 1922 realizavam


em suas obras uma projeção da história negra derivada de preceitos próprios,
artistas negros naquela época construíam uma narrativa baseada na
autorrepresentação que ia muito além da figura do povo escravizado.
O ano de 1922 foi emblemático primeiramente por ser o primeiro centenário
da independência do brasil que passava por diversas mudanças e, entre os
principais acontecimentos de 1922, estão a fundação do Partido Comunista
Brasileiro, as lutas operárias com eclosão de greves em vários setores e a Semana
da arte moderna. Semana essa que representa o marco zero do modernismo no
Brasil e tinha a proposta de exaltar a cultura brasileira e valorizar o meio de
inspiração, porém, contradizendo-se ao mais simples significado, não houve
'Semana de Arte Moderna' para negros, indígenas e outros corpos não brancos que
são imprescindivelmente parte massiva da cultura brasileira. Então, pesar da sua
importância para o desenvolvimento do modernismo no Brasil, nomes como Lima
Barreto, Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Manuel Querino, Nascimento Morais,
Astolfo Marques e Artur Timóteo da Costa não foram convidados para a festa
modernista.
Em 1922, no famoso Teatro Municipal de São Paulo, intelectuais e artistas
ligados a elite cafeicultora paulista se reuniram para apresentar uma arte que tinha
como intuito, a valorização dos métodos e padrões não vigentes da época, mas
apenas a elite pode expressar o valor e desenvolvimento da cultura brasileira
deixando o negro ( e outros corpos não brancos ) á mercê de uma representação de
estereótipos que pintam-lhes como uma história única incompleta: uma discussão
trazida por Chimamanda em seu livro “ O perigo de uma história única”.
Chimamanda discursa sobre a modernidade e os estereótipos. Relata como tem um
aspecto falho o que criamos em nossa mente com base no que consumimos.
Segundo ela: ‘A história única cria estereótipos, e o problema com os estereótipos
não é que sejam mentira, mas que são incompletos. Eles fazem com que uma
história se torne a única história’. Muito do oque consumimos vem de fora, esse fato
se faz relevante ao se analisar que a visão de mundo deles passa para quem
consome, sendo assim o que ocorreu em 1922, pela falta de perspectivas daqueles
que sofrem as desigualdades reais, acaba-se por mascararmos toda as experiências
em uma na visão que se tem do povo escravizado.
3

REFERÊNCIAS

https://casacor.abril.com.br/arte/semana-de-arte-moderna-de-22-o-que-foi-o-evento/#
:~:text=Em%201922%2C%20entre%20os%20dias,%E2%80%9CSemana%20de%20
Arte%20Moderna%E2%80%9C

https://vogue.globo.com/Vogue-Gente/noticia/2021/06/sobre-apagamentos-no-movim
ento-modernista-e-o-protagonismo-negro-na-arte-contemporanea-brasileira.html

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