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PIS/PASEP

E COFINS

INSTRUTORA: DEISE PARISOTTO

PIS/PASEP E COFINS
MBA EM CONTABILIDADE,
AUDITORIA E GESTÃO TRIBUTÁRIA

2022

Instrutora Deise Parisotto


MBA em Contabilidade, Auditoria e Gestão Tributária - IPOG
IPOG
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PIS/PASEP E COFINS

Instrutora: Deise Parisotto


Deise Parisotto é Contadora, formada pela UCS - Universidade de
Caxias do Sul - CRCRS 56.514, Mestranda em Ciências Empresariais
pela Universidade Fernando Pessoa de Porto - Portugal; Cursou
MBA em Gestão Empresarial pela UCS - Universidade de Caxias do
Sul - RS, e MBA em Perícia Judicial e Extra Judicial pela Fadergs/RS.
Possui Formação em Desenvolvimento dos Grupos pela SBDG -
Sociedade Brasileira de Dinâmica dos Grupos. Cursando MBA em
Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital pelo IPOG.

Em 2014 recebeu o Prêmio Destaque Mulher em Foco - Sescon


Serra Gaúcha - prêmio que tem como objetivo homenagear uma
profissional ou empresária contábil que contribui para o
crescimento e fortalecimento do setor.

É Professora do MBA Contabilidade, Auditoria & Gestão Tributária


e do MBA em Direito Tributário, Compliance e Auditoria Digital,
ambos ofertados pelo IPOG - Instituto de Pós Graduação, e do
MBA em Pericia, Consultoria e Direito Tributário ofertado pelo
IBCAPPA - Instituto Brasileiro de Consultoria, Auditoria, Pericia,
Projetos e Avaliações.

Atua como Consultora Tributária em análises de tributação,


planejamento tributário, recuperação de créditos e também como
Assistente Técnica em Perícias Tributárias. Instrutora de
treinamentos na área fiscal, ministrando cursos pelas seguintes
entidades: CRCRS, Fenacon, Sebrae Nacional, SESCON-RS, Sescon
Serra Gaúcha, Sincontec, Sincovat, Acon, Treinofisc, Atualiza
Consulta e Ceonline Treinamentos. É sócia administradora da
empresa Parisotto Treinamentos e Consultoria Tributária. Possui
mais de 28 anos de experiência em na área fiscal e em
contabilidade, período o qual também foi sócia administradora e
responsável técnica pela empresa Control Assessoria Contábil Ltda.
Segue abaixo meu cartão virtual. Basta acessar com a câmera de
seu celular no Qr- Code abaixo:

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PIS/PASEP E COFINS
PIS/PASEP – Contribuição para o Programa de Integração Social e
Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
Embasamento Legal:
CF/88 – Art 195
LC 7/70
LC 70/91
Lei 9.718/98
Lei 10.637/2002
Lei 10.833/2003
Lei 10.865/2004
IN 1911/2019

PIS/Pasep Cumulativo Não-cumulativo


Periodicidade Mensal Mensal
Vencimento Até dia 25 mês subs. Até dia 25 mês subs.
Alíquota Básica 0,65% 1,65%
Créditos Não Sim
Código do Darf 8109 6912
Tributação Presumido/Arbitrado/Imunes Isentas/Lucro Real**
Emb. Legal Lei 9.718/98 Lei 10.637/02

Cofins Cumulativo Não-cumulativo


Periodicidade Mensal Mensal
Vencimento Até dia 25 mês subs. Até dia 25 mês subs.
Alíquota Básica 3% 7,60%
Créditos Não Sim
Código do Darf 2172 5856
Tributação Presumido/Arbitrado/Imunes Isentas/Lucro Real**
Emb. Legal Lei 9.718/98 Lei 10.833/03

Tabelas das tributações diferenciadas


— Substituição Tributária – Tabela 4.3.12
— Alíquotas Concentradas (Monofásicos) - Tabela 4.3.10
— Atenção para Bebidas Frias - Tabela 4.3.10 e Tabela 4.3.13
— Alíquota Zero - Tabela 4.3.13
— Suspensão - Tabela 4.3.16
— Isenção - Tabela 4.3.14
— Não Incidência - Tabela 4.3.15
— Demais alíquotas - Tabela 4.3.17
— Créditos Presumidos – Tabela 4.3.9

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CF /88
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, §
6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes


sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa
física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20,
de 1998)

b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa
dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no
art. 150, III, "b".

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

III - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003)

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Regime Cumulativo

Art. 118. São contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins no regime de apuração
cumulativa as pessoas jurídicas de que trata o art. 6º tributadas pelo IRPJ com base no lucro presumido ou
arbitrado
Art. 119. São também contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins no regime de
apuração cumulativa:
I - bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas e
as agências de fomento referidas no art. 1º da Medida Provisória nº 2.192-70, de 24 de agosto de 2001;
II - sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades de crédito imobiliário e as
sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários;
III - empresas de arrendamento mercantil;
IV - cooperativas de crédito;
V - empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de
crédito;
VI - entidades de previdência complementar privada, abertas e fechadas, sendo irrelevante a forma
de sua constituição;
VII - associações de poupança e empréstimo;
VIII - pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos:
a) imobiliários, nos termos da Lei nº 9.514, de 20 de novembro de 1997;
b) financeiros, nos termos da regulamentação do Conselho Monetário Nacional; ou
c) agrícolas, conforme ato do Conselho Monetário Nacional;
IX - operadoras de planos de assistência à saúde;
X - empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, referidas
na Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983; e
XI - sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária e as de consumo.
Parágrafo único. O disposto no inciso II do caput não inclui as sociedades corretoras de seguros
(Decreto nº 6.306, de 2007, art. 66).

EXCLUSÕES DO REGIME NÃO –CUMULATIVO


Das Pessoas Jurídicas que Aufiram Receitas Sujeitas ao Regime de Apuração Cumulativa
Art. 120. As pessoas jurídicas que aufiram quaisquer das receitas listadas nos incisos I a XXIII do art.
122 são contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins no regime de apuração cumulativa em
relação a essas receitas.
DAS ENTIDADES IMUNES A IMPOSTOS
Art. 121. São contribuintes da Cofins incidente sobre as receitas que não sejam decorrentes de
atividades próprias, no regime de apuração cumulativa, sem prejuízo da isenção de Cofins de que tratam os arts.
23 e 24:
I - as seguintes pessoas jurídicas imunes a impostos:
a) templos de qualquer culto;
b) partidos políticos;
c) entidades sindicais dos trabalhadores, bem como suas federações e confederações; e
d) instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, a que se refere o art. 12 da
Lei nº 9.532, de 1997; e
II - fundações públicas instituídas ou mantidas pelo Poder Público.

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Parágrafo único. Nos termos do art. 7º, as pessoas jurídicas mencionadas neste artigo não são
contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep incidente sobre a receita ou o faturamento (Medida Provisória nº
2.158-35, de 2001, art. 13).

DAS RECEITAS SUBMETIDAS AO REGIME DE APURAÇÃO CUMULATIVA


Art. 122. Sem prejuízo ao disposto no art. 153, integram a base de cálculo da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins no regime de apuração cumulativa as receitas):
I - referentes ao contribuinte substituto, decorrentes de operações com produtos para os quais se
tenha adotado a substituição tributária da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins;
II - decorrentes da venda de veículos usados, adquiridos para revenda, quando auferidas por
pessoas jurídicas que tenham como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de
veículos automotores;
III - decorrentes de prestação de serviços de telecomunicações;
IV - decorrentes de venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das empresas
jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
V - submetidas ao regime especial de tributação de que trata o art. 658 quando auferidas por
pessoas jurídicas integrantes da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, instituída pela Lei nº
10.848, de 2004, sucessora do Mercado Atacadista de Energia Elétrica - MAE, instituído pela Lei nº 10.433, de
24 de abril de 2002;
VI - relativas a contratos firmados antes de 31 de outubro de 2003:
a) com prazo de duração superior a 1(um) ano, de administradoras de planos de consórcios de bens
móveis e imóveis, regularmente autorizadas a funcionar pelo Banco Central;
b) com prazo superior a 1 (um) ano, de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço
predeterminado, de bens ou serviços;
c) de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços
contratados com pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou suas
subsidiárias, bem como os contratos posteriormente firmados decorrentes de propostas apresentadas, em
processo licitatório, até aquela data;
VII - decorrentes de prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário, ferroviário e
aquaviário de passageiros, inclusive as receitas de que trata o art. 54 (Fundo de Compensação Tarifária);
VIII - decorrentes de prestação de serviço de transporte coletivo de passageiros, efetuado por
empresas regulares de linhas aéreas domésticas, e as decorrentes da prestação de serviço de transporte de
pessoas por empresas de táxi aéreo;
IX - decorrentes de serviços:
a) prestados por hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de fisioterapia e de
fonoaudiologia, e laboratório de anatomia patológica, citológica ou de análises clínicas;
b) de diálise, raios X, radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de sangue;
X - decorrentes de prestação de serviços de educação infantil, ensinos fundamental e médio e
educação superior;
XI - decorrentes de vendas de mercadoria nacional ou estrangeira a passageiros de viagens
internacionais, efetuadas por lojas francas instaladas na zona primária de portos ou aeroportos na forma do
art. 15 do Decreto-Lei nº 1.455, de 7 de abril de 1976;
XII - auferidas por pessoas jurídicas, decorrentes da edição de periódicos e de informações neles
contidas, que sejam relativas aos assinantes dos serviços públicos de telefonia;
XIII - decorrentes de prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola inscritas no Registro
Aeronáutico Brasileiro (RAB);

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XIV - decorrentes de prestação de serviços das empresas de call center, telemarketing, telecobrança
e de teleatendimento em geral;
XV - decorrentes da execução por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de
construção civil;
XVI - relativas às atividades de revenda de imóveis, desmembramento ou loteamento de terrenos,
incorporação imobiliária e construção de prédio destinado à venda, quando decorrentes de contratos de longo
prazo firmados antes de 31 de outubro de 2003;
XVII - auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de serviços de hotelaria e de organização
de feiras e eventos, conforme Portaria Interministerial nº 33, de 3 de março de 2005, dos Ministérios da Fazenda
e do Turismo;
XVIII - decorrentes da prestação de serviços postais e telegráficos pela Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos;
XIX - decorrentes de prestação de serviços públicos de concessionárias operadoras de rodovias,
incluídas as receitas complementares, alternativas ou acessórias;
XX - decorrentes da prestação de serviços das agências de viagem e de viagens e turismo;
XXI - auferidas por empresas de serviços de informática, decorrentes das atividades de
desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso, bem como de análise,
programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou atualização de
software, compreendidas ainda como softwares as páginas eletrônicas;
XXII - decorrentes de operações de comercialização de pedra britada, de areia para construção civil
e de areia de brita;
XXIII - decorrentes da alienação de participações societárias; e
XXIV - auferidas pelas pessoas jurídicas de que tratam os arts. 118 a 121.
§ 1º. As disposições do inciso XX do caput não alcançam as receitas decorrentes da
comercialização, licenciamento ou cessão de direito de uso de software importado

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Contribuintes

DOS CONTRIBUINTES
Art. 6º São contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita ou
faturamento as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do
Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ)
§ 1º O disposto no caput alcança as empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas
subsidiárias, as sociedades civis de profissões legalmente regulamentadas, bem como as sociedades
cooperativas.

§ 2º São também contribuintes:


I - as empresas comerciais exportadoras, em relação às operações de que trata o § 3º do art. 9º (para
mercadorias não exportadas no prazo de 180 dias);
II - as entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência, em relação às
operações efetuadas durante o período em que perdurarem os procedimentos para a realização do seu ativo e o
pagamento do passivo; e
III - as sociedades em conta de participação, devendo o sócio ostensivo efetuar o pagamento das
contribuições incidentes sobre a receita bruta do empreendimento, não sendo permitida a exclusão de valores
devidos a sócios participantes.

Art. 20. Salvo disposição expressa em contrário, caso a não incidência, a isenção, a suspensão ou a
redução das alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins for condicionada à destinação do bem ou
do serviço, e a este for dado destino diverso, ficará o responsável pelo fato, sujeito ao pagamento da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins e das penalidades cabíveis, como se a não incidência, a isenção, a
suspensão ou a redução das alíquotas não existisse.

Contribuintes PIS/PASEP Folha de Salários

Art. 276. São contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep incidente sobre a folha de salários
(Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 13, incisos I a X):
I - templos de qualquer culto;
II - partidos políticos;
III - instituições de educação e de assistência social a que se refere o art. 12 da Lei nº 9.532, de
1997;
IV - instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações, a que se
refere o art. 15 da Lei nº 9.532, de 1997;
V - sindicatos, federações e confederações;
VI - serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;
VII - conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;
VIII - fundações de direito privado e fundações públicas instituídas ou mantidas pelo Poder Público;
IX - condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais; e
X - a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as Organizações Estaduais de Cooperativas
previstas no art. 105 e seu § 1º da Lei nº 5.764, de 1971.
§ 1º As sociedades cooperativas, nos meses em que fizerem uso de quaisquer das exclusões
previstas nos arts. 291 a 295 e 297, além da Contribuição para o PIS/Pasep incidente sobre a receita, deverão
também efetuar o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep incidente sobre a folha de salários (Medida
Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 15, § 2º, inciso I; Lei nº 10.676, de 2003, art. 1º; e Lei nº 11.051, de 2004,
arts. 30 e 30-A, com redação dada pela Lei nº 12.649, de 2012, art. 10).

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§ 2º As entidades beneficentes certificadas na forma da Lei nº 12.101, de 2009, e que atendam aos
requisitos previstos no caput do art. 29 daquela Lei não são contribuintes da contribuição de que trata o caput
(Constituição Federal, art. 195, § 7º).

Fato Gerador
Regime de Incidência Cumulativa

Art 5º - II - faturamento, para as pessoas jurídicas de que tratam os arts. 118 e 119

Regime de Incidência Não Cumulativa

Art 5º - I - receita, para as pessoas jurídicas de que trata o art. 150.

Base de cálculo
Regime de Incidência Cumulativa

Art. 26. A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins é:

II - o faturamento, para as pessoas jurídicas de que tratam os arts. 118 e 119

§ 2º Para efeito do disposto no inciso II do caput, o faturamento corresponde à receita bruta de que
trata o art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977.

Art. 12. A receita bruta compreende:


I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria;

II - o preço da prestação de serviços em geral;

III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e

IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas nos inciso I a III.

Regime de Incidência Não Cumulativa

Art. 26. A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins é:


I - a totalidade das receitas, independentemente de sua denominação ou classificação contábil,
para as pessoas jurídicas de que trata o art. 150;

§ 1º Para efeito do disposto no inciso I do caput, o total das receitas compreende a receita bruta de
que trata o art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, e todas as demais receitas auferidas
pela pessoa jurídica com os respectivos valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII
do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976.

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Não Integra a Base de cálculo (Regime Cumulativo e Regime Não Cumulativo)
§ 4º Para efeitos do disposto no caput não integram a base de cálculo das contribuições os valores referentes:
I - ao IPI;
II - ao Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), quando cobrado pelo vendedor
dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário; e
III - a receitas imunes, isentas e não alcançadas pela incidência das contribuições

STF RE nº 574.706 Decisão: O Tribunal, por maioria, acolheu, em parte, os embargos de


declaração, para modular os efeitos do julgado cuja produção haverá de se dar após
15.3.2017 - data em que julgado o RE nº 574.706 e fixada a tese com repercussão geral "O
ICMS não compõe a base de cálculo para fins de incidência do PIS e da COFINS" -,
ressalvadas as ações judiciais e administrativas protocoladas até a data da sessão em que
proferido o julgamento, vencidos os Ministros Edson Fachin, Rosa Weber e Marco Aurélio.
Por maioria, rejeitou os embargos quanto à alegação de omissão, obscuridade ou
contradição e, no ponto relativo ao ICMS excluído da base de cálculo das contribuições PIS-
COFINS, prevaleceu o entendimento de que se trata do ICMS destacado, vencidos os
Ministros Nunes Marques, Roberto Barroso e Gilmar Mendes. Tudo nos termos do voto da
Relatora. Presidência do Ministro Luiz Fux. Plenário, 13.05.2021 (Sessão realizada por
videoconferência - Resolução 672/2020/STF).

Parecer PGFN Nº 14483 DE 28/09/2021

No que diz respeito aos créditos pelas entradas:

Ocorre que a jurisprudência da Suprema Corte inclina-se no sentido de que a


inconstitucionalidade por arrastamento só tem lugar no controle concentrado [4] . E, ainda
que fosse possível argui-la no controle difuso, dois obstáculos ainda subsistiriam: não há
relação de dependência ou interdependência entre a tomada de créditos e débitos de
PIS/COFINS, vale dizer, o paralelismo é desejável, mas não é constitucionalmente
obrigatório; e, eventual reconhecimento da inconstitucionalidade dos arts. 2º e 3º das Leis
nºs 10.637/2002 e 10.833/2003 não tornaria possível a apuração de créditos sem a
inclusão do ICMS que compõe o preço de aquisição.

Tal medida exigiria inolvidável modificação dos diplomas legais ora discutidos, como já
apontado no Parecer SEI Nº 12943/2021/ME. 22. Em arremate, não se vislumbra, com
base apenas no conteúdo do acórdão, a possibilidade de se proceder ao recálculo de
créditos de PIS/COFINS apurados nas operações de entrada, porque a questão não foi,
nem poderia ter sido, discutida no julgamento do Tema 69.

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Art. 27. (Z024_181) Para fins de determinação da base de cálculo a que se refere o art. 26 podem ser excluídos
os valores referentes:
I - vendas canceladas;
II - devoluções de vendas, na hipótese do regime de apuração cumulativa de que trata o Livro II da
Parte I;
III - descontos incondicionais concedidos;
IV - reversões de provisões, que não representem ingresso de novas receitas;
V - recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas
receitas;
VI - as receitas de que trata o inciso IV do caput do art. 187 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de
1976, decorrentes da venda de bens do ativo não circulante, classificado como investimento, imobilizado ou
intangível;
VII - venda de bens classificados no ativo não circulante que tenha sido computada como receita;
VIII - receitas auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às
quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária;
IX - receita decorrente da transferência onerosa a outros contribuintes do ICMS de créditos de ICMS
originados de operações de exportação, conforme o disposto no inciso II do § 1º do art. 25 da Lei Complementar
nº 87, de 13 de setembro de 1996;
X - receita reconhecida pela construção, recuperação, ampliação ou melhoramento da infraestrutura,
cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de direito de exploração, no caso de contratos de
concessão de serviços públicos;
XI - resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e
dividendos derivados de participações societárias, que tenham sido computados como receita; e
XII - financeiras decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183
da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, referentes a receitas excluídas da base de cálculo da Contribuição
para o PIS/Pasep e da Cofins.
Das Pessoas Jurídicas Sujeitas ao Regime de Apuração Não Cumulativa
Art. 28. Sem prejuízo das exclusões aplicáveis a qualquer pessoa jurídica de que trata o art. 27, as
pessoas jurídicas referidas no art. 150 poderão excluir da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins, as receitas):
I - relativas aos ganhos decorrentes de avaliação de ativo e passivo com base no valor justo;
II - de subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou redução de impostos,
concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos e de doações feitas
pelo poder público;
III - relativas ao valor do imposto que deixar de ser pago em virtude das isenções e reduções de que
tratam as alíneas “a”, “b”, “c” e “e” do § 1º do art. 19 do Decreto-Lei nº 1.598, de 1977; e
IV - relativas ao prêmio na emissão de debêntures.

Das Empresas Transportadoras de Carga


Art. 29. Os valores recebidos a título de vale-pedágio, pelas empresas transportadoras de carga,
podem ser excluídos da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.
Parágrafo único. Os valores de que trata o caput devem ser destacados em campo específico no
documento comprobatório do transporte.

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Das Sociedades Cooperativas
As sociedades cooperativas, além das exclusões das demais pessoas jurídicas devem observar
ainda as possibilidades de exclusões dos seguintes artigos:
Art 291 – Sociedades Cooperativas em Geral
Art 292 – Sociedades Cooperativas de Produção Agropecuária
Art 293 – Sociedades Cooperativas de Eletrificação Rural
Art 294 – Sociedades Cooperativas de Crédito
Art 295 – Sociedades Cooperativas de Transporte Rodoviário de Cargas
Art 296 – Sociedades Cooperativas de Médicos
Art 297 – Sociedades Cooperativas de Radiotáxi e de serviços

Das Agências de Publicidade e Propaganda


Art. 31. As agências de publicidade e propaganda podem excluir da base de cálculo da Contribuição
para o PIS/Pasep e da Cofins, as importâncias pagas diretamente ou repassadas a empresas de rádio,
televisão, jornais e revistas, referentes aos serviços de propaganda e publicidade.

Das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde


Art. 32. As operadoras de planos de assistência à saúde podem excluir da base de cálculo da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, os valores referentes.
I - às glosas em faturas emitidas contra planos de saúde;
II - às corresponsabilidades cedidas;
III às parcelas das contraprestações pecuniárias destinadas à constituição de provisões técnicas; e
IV - às indenizações correspondentes aos eventos ocorridos, efetivamente pagos, deduzidos das
importâncias recebidas a título de transferência de responsabilidades.

Das Pessoas Jurídicas Beneficiárias de Subvenções Governamentais


Art. 33. As subvenções governamentais de que tratam o art. 19 da Lei nº 10.973, de 2 de
dezembro de 2004, e o art. 21 da Lei nº 11.196, de 2005, não serão computadas para fins de determinação da
base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, desde que tenham atendido aos requisitos
estabelecidos na legislação específica e realizadas as contrapartidas assumidas pela empresa beneficiária.

Art. 19 da Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004: A União, os Estados, o Distrito Federal, os


Municípios, as ICTs e suas agências de fomento promoverão e incentivarão a pesquisa e o desenvolvimento de
produtos, serviços e processos inovadores em empresas brasileiras e em entidades brasileiras de direito privado
sem fins lucrativos, mediante a concessão de recursos financeiros, humanos, materiais ou de infraestrutura a
serem ajustados em instrumentos específicos e destinados a apoiar atividades de pesquisa, desenvolvimento e
inovação, para atender às prioridades das políticas industrial e tecnológica nacional.
Art. 21 da Lei nº 11.196, de 2005. A União, por intermédio das agências de fomento de ciências e
tecnologia, poderá subvencionar o valor da remuneração de pesquisadores, titulados como mestres ou doutores,
empregados em atividades de inovação tecnológica em empresas localizadas no território brasileiro, na forma do
regulamento.

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PIS/PASEP E COFINS
Das Pessoas Jurídicas Integrantes da Rede Arrecadadora de Receitas Federais
Art. 35. As pessoas jurídicas que prestem serviços de arrecadação de receitas federais poderão
excluir da base de cálculo da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), o valor a elas
devido em cada período de apuração como remuneração por esses serviços, dividido por 0,04.

Da Alienação de Participações Societárias


Art. 38. A pessoa jurídica poderá excluir da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins incidentes sobre a receita decorrente da alienação de participação societária, o valor despendido para
aquisição dessa participação, desde que a receita de alienação não tenha sido excluída da base de cálculo das
mencionadas contribuições na forma do inciso VI do art. 27.

Dos Contratos com a Administração Pública


Art. 39. Na hipótese de construção por empreitada ou de fornecimento a preço predeterminado de
bens ou serviços à pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou suas
subsidiárias, a pessoa jurídica contratada pode excluir da base de cálculo do mês do auferimento da receita o
valor da parcela ainda não recebida, nos termos do §1º do art. 717.

Das Demais Hipóteses de Exclusões Específicas


Art. 40. Podem ainda efetuar exclusões da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins:
I - as pessoas jurídicas fabricantes ou importadoras dos veículos classificados nas posições
87.03 e 87.04 da Tipi, nos termos do art. 370;
II - as pessoas jurídicas integrantes da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE),
optantes por regime especial de tributação, nos termos do art. 660;
III - as pessoas jurídicas geradoras de energia elétrica integrantes da CCEE, optantes por regime
especial de tributação, nos termos do art. 661
IV - os bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,
sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras,
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito e
associações de poupança e empréstimo, nos termos do art. 668, observado o disposto no art. 676 ;
V - as empresas de seguros privados, nos termos do arts. 671, observando-se o disposto no art.
676;
VI - as entidades de previdência complementar, fechadas e abertas, nos termos do art. 672,
observado o disposto no art. 676;
VII - as entidades fechadas de previdência complementar, nos termos do art. 673, observado o
disposto no art. 676;
VIII - as empresas de capitalização, nos termos do art. 674, observado o disposto no art. 676;
IX - as pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos, nos termos do art. 675,
observado o disposto no art. 676;
X - os doadores ou os patrocinadores, em relação às receitas correspondentes a doações e
patrocínios, realizados sob a forma de prestação de serviços ou de fornecimento de material de consumo para
projetos culturais, amparados pela Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991, computados a preços de mercado
para fins de dedução do imposto de renda;
XI - as pessoas jurídicas, em relação às receitas reconhecidas como contrapartida do aumento do
ativo, em decorrência da atualização do valor dos estoques de produtos agrícolas, animais e extrativos, tanto em
virtude do registro no estoque de crias nascidas no período, como pela avaliação do estoque a preço de
mercado; e

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PIS/PASEP E COFINS
XII - as empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público de transporte urbano de
passageiros, subordinadas ao sistema de compensação tarifária, em relação ao valor recebido que deva ser
repassado a outras empresas do mesmo ramo, por meio de fundo de compensação criado ou aprovado pelo
Poder Público Concedente ou Permissório.

DAS BASES DE CÁLCULO DIFERENCIADAS

Para algumas pessoas jurídicas, existe também a possibilidade de base de cálculos diferenciadas. A IN
1911/2019 elenca essas bases diferenciadas nos seguintes Artigos:
Art 41 - Da Importação por Conta e Ordem de Terceiros
Art 43 - Da Compra e Venda de Veículos Automotores Usados
Art 44 - Das Operações de Compra e Venda de Energia Elétrica
Art 45 - Das Operações de Câmbio, Realizadas por Instituições Autorizadas pelo Banco Central do Brasil
Art 46 e Art 371 - Das Vendas de Máquinas e Veículos
Art 49 - . Da Operação de Arrendamento Mercantil Não Sujeita ao Tratamento Tributário Previsto na Lei nº 6.099,
de 12 de Setembro de 1974
Art 50 - Das Empresas de Fomento Comercial (Factoring)

Alíquotas Básicas
Regime de Incidência Cumulativa

DAS ALÍQUOTAS GERAIS NO REGIME DE APURAÇÃO CUMULATIVA


Art. 124. Ressalvadas as disposições específicas, a Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins,
devidas no regime de apuração cumulativa, serão calculadas mediante aplicação das alíquotas de 0,65%
(sessenta e cinco centésimos por cento) e 3% (três por cento).

Regime de Incidência Não Cumulativa

DAS ALÍQUOTAS GERAIS NO REGIME DE APURAÇÃO NÃO CUMULATIVA


Art. 155. Ressalvadas as disposições específicas, a Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins,
devidas no regime de apuração não cumulativa, serão calculadas mediante aplicação das alíquotas de 1,65%
(um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) e 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento),
respectivamente.

Tabelas das tributações diferenciadas


— Substituição Tributária – Tabela 4.3.12
— Alíquotas Concentradas (Monofásicos) - Tabela 4.3.10
— Atenção para Bebidas Frias - Tabela 4.3.10 e Tabela 4.3.13
— Alíquota Zero - Tabela 4.3.13
— Suspensão - Tabela 4.3.16
— Isenção - Tabela 4.3.14
— Não Incidência - Tabela 4.3.15
— Demais alíquotas - Tabela 4.3.17
— Créditos Presumidos – Tabela 4.3.9

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Regime de Competência ou Regime de Caixa
Do Regime de Caixa
Art. 56. As pessoas jurídicas optantes pelo regime de tributação do IRPJ com base no lucro
presumido, e consequentemente submetidas ao regime de apuração cumulativa da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins, poderão adotar o regime de caixa para fins da incidência das referidas contribuições,
desde que adotem o mesmo critério em relação ao IRPJ e à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Art. 57. A pessoa jurídica que tenha adotado o regime de caixa de que trata o art. 56 deverá:
I - emitir documento fiscal idôneo, quando da entrega do bem ou direito ou da conclusão do serviço; e
II - indicar, no livro Caixa, em registro individualizado, o documento fiscal a que corresponder cada
recebimento.

Receitas Financeiras
DECRETO Nº 8.426, DE 1º DE ABRIL DE 2015
PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto no § 2º do art. 27 da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004,DECRETA:

Art. 1º Ficam restabelecidas para 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento) e 4% (quatro por
cento), respectivamente, as alíquotas da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação
do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social -
COFINS incidentes sobre receitas financeiras, inclusive decorrentes de operações realizadas para fins
de hedge, auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não-cumulativa das referidas
contribuições.

§ 1º Aplica-se o disposto no caput inclusive às pessoas jurídicas que tenham apenas parte de suas
receitas submetidas ao regime de apuração não-cumulativa da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS.

§ 2º Ficam mantidas em 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) e 7,6% (sete inteiros
e seis décimos por cento), respectivamente, as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS
aplicáveis aos juros sobre o capital próprio.

§ 3º Ficam mantidas em zero as alíquotas das contribuições de que trata o caput incidentes sobre receitas
financeiras decorrentes de variações monetárias, em função da taxa de câmbio, de:

I - operações de exportação de bens e serviços para o exterior; e

II - obrigações contraídas pela pessoa jurídica, inclusive empréstimos e financiamentos.

§ 4º Ficam mantidas em zero as alíquotas das contribuições de que trata o caput incidentes sobre receitas
financeiras decorrentes de operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsa de valores, de mercadorias e de
futuros ou no mercado de balcão organizado destinadas exclusivamente à proteção contra riscos inerentes às
oscilações de preço ou de taxas quando, cumulativamente, o objeto do contrato negociado:

a) estiver relacionado com as atividades operacionais da pessoa jurídica; e

b) destinar-se à proteção de direitos ou obrigações da pessoa jurídica.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de julho
de 2015

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Créditos
Art. 161. Do valor da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, apuradas no regime de apuração
não cumulativa, a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados na forma deste Título
§ 1º O crédito não aproveitado em determinado mês pode ser utilizado nos meses subsequentes
§ 2º O direito de utilizar os créditos referidos no caput prescreve em 5 (cinco) anos contados da data
da sua constituição.
§ 3º O aproveitamento de crédito, na forma deste artigo, deve ser efetuado sem atualização monetária
ou incidência de juros sobre os respectivos valores.
§ 4º As pessoas jurídicas submetidas ao regime de apuração não cumulativa deverão apurar e
registrar, de forma segregada, os créditos de que trata este Título, discriminando-os em função da natureza,
origem e vinculação desses créditos.
Art. 162. As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota 0 (zero) ou não incidência da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins não impedem a manutenção, pelo vendedor, dos créditos de que
trata o art. 161 vinculados a essas operações.
Art. 163. O valor dos créditos apurados de acordo com este Título não constitui receita da pessoa
jurídica, servindo somente para desconto do valor apurado da contribuição.

Seção I
Dos Créditos Básicos
Art. 166. Os créditos de que trata esta Seção serão determinados mediante a aplicação, sobre a sua
base de cálculo, dos percentuais de:
I - 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento), para os créditos da Contribuição para
o PIS/Pasep; e
II - 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento), para os créditos da Cofins.

Art. 167. . Para efeitos de cálculo dos créditos decorrentes da aquisição de insumos, bens para
revenda ou bens destinados ao ativo imobilizado, integram o valor de aquisição:
I - o seguro e o frete pagos na aquisição, quando suportados pelo comprador; e
II - o IPI incidente na aquisição, quando não recuperável.
Art. 168. No cálculo do crédito de que trata esta Seção, poderão ser consideradas as parcelas
redutoras decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso III do caput do art. 184 da Lei nº 6.404, de
15 de dezembro de 1976.

Dos Créditos Decorrentes da Aquisição de Bens para Revenda

Art. 169. Compõem a base de cálculo dos créditos a descontar da Contribuição para o PIS/Pasep e
da Cofins, no regime de apuração não cumulativa, os valores das aquisições, efetuadas no mês, de bens para
revenda
§ 1º Deverão ser estornados os créditos relativos aos bens adquiridos para revenda que tenham sido
furtados ou roubados, inutilizados ou deteriorados, destruídos em sinistro ou, ainda, empregados em outros
produtos que tenham tido a mesma destinação.
Art. 170. Não darão direito a crédito os valores das aquisições, para revenda, de:
I - produtos sujeitos à tributação concentrada, referidos nos arts. 89 e 92; e
II - produtos em relação aos quais a Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins foram pagas por
substituição tributária.

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PIS/PASEP E COFINS
Parágrafo único. Excetuam-se da vedação de que trata o inciso I do caput:
I - as aquisições pelas pessoas jurídicas produtoras ou fabricantes de produtos sujeitos à tributação
concentrada realizadas de outra pessoa jurídica importadora, produtora ou fabricante desses produtos, nos
termos do art. 191; e
II - as operações de revenda entre produtor ou importador de álcool de que trata o art. 192.

Subseção II
Dos Créditos Decorrentes da Aquisição de Insumos
Art. 171. Compõem a base de cálculo dos créditos a descontar da Contribuição para o PIS/Pasep e
da Cofins, no regime de apuração não cumulativa, os valores das aquisições, efetuadas no mês, de:
I - bens e serviços, utilizados como insumo na produção ou fabricação de bens ou produtos
destinados à venda; e
II - bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços.
§ 1º Incluem-se entre os bens referidos no caput, os combustíveis e lubrificantes, mesmo aqueles
consumidos em geradores da energia elétrica utilizada nas atividades de produção ou fabricação de bens ou de
prestação de serviços.
§ 2º Não se incluem entre os combustíveis e lubrificantes de que trata o § 1º aqueles utilizados em
atividades da pessoa jurídica que não sejam a produção ou fabricação de bens e a prestação de serviços.
§ 4º Deverão ser estornados os créditos relativos aos bens utilizados como insumo na prestação de
serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda e que tenham sido furtados ou
roubados, inutilizados ou deteriorados, destruídos em sinistro ou, ainda, empregados em outros produtos que
tenham tido a mesma destinação.

Art. 172. Para efeitos do disposto nesta Subseção, consideram-se insumos os bens ou serviços
considerados essenciais ou relevantes, que integram o processo de produção ou fabricação de bens
destinados à venda ou de prestação de serviços

§ 1º Consideram-se insumos, inclusive:


I - bens ou serviços que, mesmo utilizados após a finalização do processo de produção, de
fabricação ou de prestação de serviços, tenham sua utilização decorrente de imposição legal;
II - bens ou serviços considerados essenciais ou relevantes, que integram o processo de produção
ou fabricação de bens ou de prestação de serviços e que sejam considerados insumos na produção ou
fabricação de bens destinados à venda ou na prestação de serviços;
III - combustíveis e lubrificantes consumidos em máquinas, equipamentos ou veículos responsáveis
por qualquer etapa do processo de produção ou fabricação de bens ou de prestação de serviços;
IV - bens ou serviços aplicados no desenvolvimento interno de ativos imobilizados sujeitos à
exaustão e utilizados no processo de produção, de fabricação ou de prestação de serviços;
V - bens e serviços aplicados na fase de desenvolvimento de ativo intangível que resulte em:
a) insumo utilizado no processo de produção ou fabricação de bens destinados à venda ou de
prestação de serviços; ou
b) bem destinado à venda ou em serviço prestado a terceiros;
VI - embalagens de apresentação utilizadas nos bens destinados à venda;
VII - serviços de manutenção necessários ao funcionamento de máquinas e equipamentos utilizados
no processo de produção ou fabricação de bens destinados à venda ou de prestação de serviços;
VIII - bens de reposição necessários ao funcionamento de máquinas e equipamentos utilizados no
processo de produção ou fabricação de bens destinados à venda ou de prestação de serviços;

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IX - serviços de transporte de produtos em elaboração realizados em ou entre estabelecimentos da
pessoa jurídica; e
X - bens ou serviços especificamente exigidos pela legislação para viabilizar a atividade de produção
de bens ou de prestação de serviços por parte da mão de obra empregada nessas atividades, como no caso dos
equipamentos de proteção individual (EPI).

§ 2º Não são considerados insumos, entre outros:


I - bens incluídos no ativo imobilizado;
II - embalagens utilizadas no transporte do produto acabado;
III - bens e serviços utilizados na pesquisa e prospecção de minas, jazidas e poços de recursos
minerais e energéticos;
IV - bens e serviços aplicados na fase de desenvolvimento de ativo intangível que não chegue a ser
concluído ou que seja concluído e explorado em áreas diversas da produção ou fabricação de bens e da
prestação de serviços;
V - serviços de transporte de produtos acabados realizados em ou entre estabelecimentos da pessoa
jurídica;
VI - despesas destinadas a viabilizar a atividade da mão-de-obra empregada no processo de
produção ou fabricação de bens ou de prestação de serviços, tais como alimentação, vestimenta, transporte,
cursos, plano de seguro e seguro de vida, ressalvado o disposto no inciso VI do art. 181;
VII - bens e serviços utilizados, aplicados ou consumidos em operações comerciais; e
VIII - bens e serviços utilizados, aplicados ou consumidos nas atividades administrativas, contábeis e
jurídicas da pessoa jurídica.
§ 3º Para efeitos do disposto nesta Subseção, considera-se:
I - serviço qualquer atividade prestada por pessoa jurídica a outra pessoa jurídica mediante
retribuição; e
II - bem não só produtos e mercadorias, mas também os intangíveis.

Subseção III
Dos Créditos Decorrentes da Aquisição de Bens e Direitos do Ativo Imobilizado e Intangível

Art. 173. Compõem a base de cálculo dos créditos a descontar da Contribuição para o PIS/Pasep e
da Cofins, no regime de apuração não cumulativa, os valores dos encargos de depreciação ou amortização,
incorridos no mês, relativos a:
I - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou
fabricados a partir de 1º de maio de 2004, para:
a) utilização na produção de bens destinados à venda;
b) utilização na prestação de serviços; ou
c) locação a terceiros;

II - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, adquiridas ou construídas a partir


de 1º de maio de 2004, utilizados nas atividades da empresa; e

III - bens incorporados ao ativo intangível, adquiridos para utilização na produção de bens destinados
a venda ou na prestação de serviços.

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§ 1º Os encargos de depreciação de que trata o caput devem ser determinados mediante a
aplicação da taxa de depreciação fixada pela RFB em função do prazo de vida útil do bem, nos termos da
Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 14 de março de 2017.

§ 2º Fica vedada a utilização dos créditos nos termos deste artigo:


I - sobre encargos de depreciação acelerada incentivada, apurados na forma do art. 324 do Decreto
nº 9.580, de 22 de novembro de 2018, Regulamento do Imposto de Renda (RIR de 2018); e
II - na hipótese de aquisição de bens usados.

§ 3º O disposto nos incisos I e II do caput não se aplica no caso de bem objeto de arrendamento
mercantil, na pessoa jurídica arrendatária.

§ 4º Para fins do disposto nos incisos I e II do caput, fica vedado o desconto de quaisquer créditos
calculados em relação a:
I - encargos associados a empréstimos registrados como custo na forma da alínea “b” do § 1º do art.
17 do Decreto- Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977; e
II - custos estimados de desmontagem e remoção do imobilizado e de restauração do local em que
estiver situado.

§ 5º No cálculo dos créditos a que se referem os incisos I e II do caput, não serão computados os
ganhos e perdas decorrentes de avaliação de ativo com base no valor justo .

Art. 174. Alternativamente, o contribuinte poderá optar pela apropriação dos créditos de que trata o
inciso I do art. 173, relativo à aquisição de máquinas e equipamentos novos destinados ao ativo imobilizado,
de forma imediata
Parágrafo único. Os créditos de que trata o caput serão determinados mediante a aplicação dos
percentuais referidos no art. 166 sobre o custo de aquisição do bem .

Art. 175. As pessoas jurídicas poderão optar pelo desconto, no prazo de 24 (vinte e quatro) meses,
dos créditos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins de que trata o inciso II do art. 173, na hipótese de
edificações incorporadas ao ativo imobilizado, adquiridas ou construídas para utilização na produção de bens
destinados à venda ou na prestação de serviços.
§ 1º Os créditos de que trata o caput serão apurados mediante a aplicação, a cada mês, dos
percentuais referidos no art. 166, sobre o valor correspondente a 1/24.
§ 2º Para efeitos do disposto no § 1º, no custo de aquisição ou construção da edificação não se inclui
o valor):
I - de terrenos;
II - de mão de obra paga a pessoa física; e
III - da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento das contribuições previstas no
caput em decorrência de imunidade, não incidência, suspensão ou alíquota 0 (zero) da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins.
§ 3º Para efeitos do disposto no inciso I do § 2º, o valor das edificações deve estar destacado do
valor do custo de aquisição do terreno, admitindo-se o destaque baseado em laudo pericial.
§ 4º Para efeitos do disposto nos incisos II e III do § 2º, os valores dos custos com mão de obra e
com aquisições de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento das contribuições deverão ser contabilizados em
subcontas distintas.

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§ 5º O disposto neste artigo aplica-se somente aos créditos decorrentes de gastos incorridos a partir
de 1º de janeiro de 2007, efetuados na aquisição de edificações novas ou na construção de edificações.
§ 6º Observado o disposto no § 5º, o direito ao desconto de crédito na forma do caput será aplicado
a partir da data da conclusão da obra.
§ 7º Na data da opção de que trata o caput, em relação aos bens nele referidos, parcialmente
depreciados, as alíquotas de que trata o § 1º devem ser aplicadas sobre a parcela correspondente a 1/24 (um
vinte e quatro avos) do seu valor residual.
§ 8º Considera-se efetuada a opção de que trata o caput, de forma irretratável, com o recolhimento
das contribuições apuradas na forma neles prescritas.

Art. 176. Opcionalmente, a pessoa jurídica sujeita ao regime de apuração não cumulativa da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins poderá calcular o crédito de que trata o art. 173, relativo à aquisição
de embalagens de vidro retornáveis classificadas no código 7010.90.21 da Tipi, destinadas ao ativo imobilizado,
no prazo de 12 (doze) meses, à razão de 1/12 (um doze avos) (Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º, § 16, com a
redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015, art. 37, e art. 15, inciso II, com a redação dada pela Lei nº 11.051, de
2004, art. 26).
§ 1º É vedada a utilização de créditos de encargos de depreciação relativos a aquisição de
vasilhames usado.
§ 2º O crédito de que trata o caput deve ser calculado mediante a aplicação, a cada mês, dos
percentuais referidos no art. 166 sobre 1/12 (um doze avos) do valor de aquisição dos vasilhames de que trata o
caput .
§ 3º No cálculo de que trata este artigo não podem ser computados os valores decorrentes de
eventual reavaliação de vasilhames.
§ 4º Em relação aos vasilhames parcialmente depreciados na data da opção de que trata o caput, as
alíquotas referidas no caput devem ser aplicadas sobre a parcela correspondente a 1/12 do seu valor residua.
§ 5º Considera-se efetuada a opção de que trata o caput, de forma irretratável, com o recolhimento
das contribuições apuradas na forma neles prescritas.
Art. 177. Na base de cálculo dos créditos de que trata esta Subseção não podem ser computados os
valores decorrentes da reavaliação de bens do ativo imobilizado.
Art. 178. Não integram o valor das máquinas, equipamentos e outros bens fabricados para
incorporação ao ativo imobilizado, referidos nesta Subseção, os valores de que tratam os incisos II a IV do art.
195.
Art. 179. Os bens referidos nesta Subseção que tenham integrado o ativo imobilizado da empresa
vendedora não darão direito para a adquirente ao desconto de créditos da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins .
Art. 180. Na hipótese de contratos não tipificados como arrendamento mercantil que contenham
elementos contabilizados como arrendamento mercantil por força de normas contábeis e da legislação
comercial, os valores dos encargos de depreciação ou amortização de que tratam os incisos I e II do art. 173 não
compõem a base de cálculo dos créditos a descontar da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins (Lei nº
12.973, de 2014, art. 49, caput, incisos IV e V).

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Subseção IV
Das Demais Hipóteses de Créditos Básicos
Art. 181. Compõem a base de cálculo dos créditos a descontar da Contribuição para o PIS/Pasep e
da Cofins, no regime de apuração não cumulativa, os valores dos custos e despesas, incorridos no mês,
relativos a:
I - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumida nos
estabelecimentos da pessoa jurídica;
II - aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos à pessoa jurídica, utilizados nas
atividades da empresa;
III - contraprestação de operações de arrendamento mercantil pagas a pessoa jurídica, exceto
quando esta for optante pelo Simples Nacional;
IV - armazenagem de mercadorias;
V - frete na operação de venda de bens ou serviços, nos casos dos arts. 169 e 171, quando o
ônus for suportado pelo vendedor; e
VI - vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos aos
empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação
e manutenção.

Parágrafo único. É vedado o crédito relativo a aluguel e contraprestação de arrendamento mercantil


de bens que já tenham integrado o patrimônio da pessoa jurídica.
Art. 182. Compõem a base de cálculo dos créditos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, no
regime de apuração não cumulativa, os valores dos bens recebidos em devolução no mês, cuja receita de
venda tenha integrado a base de cálculo também submetida ao regime de apuração não cumulativa, do próprio
mês ou de mês anterior.
Parágrafo único. No caso de devolução de vendas efetuadas em períodos anteriores, o crédito
calculado mediante aplicação da alíquota incidente na venda será apropriado no mês do recebimento da
devolução.

Créditos calculados em decorrência do Pagamento da Contribuição para o PIS/PASEP


Importação e da Cofins -Importação
Art. 201. O disposto neste Capítulo alcança somente as pessoas jurídicas sujeitas ao regime de
apuração não cumulativa
Art. 202. O direito ao crédito de que trata este Capítulo aplica-se em relação às contribuições
efetivamente pagas na importação de bens e serviços.
Art. 203. O valor da Cofins-Importação pago em decorrência do adicional de alíquota de que trata o
art. 258 não gera direito ao desconto do crédito de que trata este Capítulo.

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Créditos sobre Estoque

Art. 183. A pessoa jurídica que, tributada com base no lucro presumido ou optante pelo Simples
Nacional, de que trata a Lei Complementar nº 123, de 2006, passar a ser tributada com base no lucro real, na
hipótese de sujeitar-se ao regime de apuração não cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins,
terá direito a desconto de créditos calculados sobre o estoque de abertura dos bens de que tratam os arts.
169 e 171.
§ 1º O disposto no caput aplica-se somente quanto ao estoque:
I - existente na data da mudança do regime de tributação adotado para fins do IRPJ; e
II - de bens adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País.

§ 2º Os bens recebidos em devolução, tributados antes do início da aplicação do regime de apuração


não cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, ou da mudança do regime de tributação de que
trata o caput serão considerados como integrantes do estoque de abertura referido no caput, devendo o crédito
ser utilizado na forma do § 3º do art. 184 a partir da data da devolução.
§ 3º O direito ao crédito de que trata o caput aplica-se também aos estoques de produtos acabados e
em elaboração.
Art. 184. O montante do crédito relativo ao estoque de abertura de que trata o art. 183 é igual ao
resultado da aplicação do percentual de 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento) em relação à
Contribuição para o PIS/Pasep, e de 3% (três por cento) em relação à Cofins, sobre o valor do estoque.
§ 1º Para efeitos deste artigo, a pessoa jurídica deverá realizar o inventário e valorar o estoque
segundo os critérios adotados para fins do imposto de renda, fazendo os devidos lançamentos contábeis, na
data em que adotar o regime de tributação com base no lucro real.
§ 2º Os valores do ICMS e do IPI, quando recuperáveis, não integram o valor do estoque a ser
utilizado como base de cálculo do crédito a que se refere o caput.
§ 3º O crédito calculado nos termos deste artigo deve ser utilizado em 12 (doze) parcelas mensais,
iguais e sucessivas a partir do mês em que a pessoa jurídica ingressar no regime de apuração não cumulativa
da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.

Das Vedações à Apuração e à Utilização do Crédito


Art. 195. Sem prejuízo de normas específicas estabelecidas neste Regulamento, não darão direito a
crédito da não cumulatividade da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins os valores:
I - de custos, despesas e encargos vinculados à geração de receitas de venda:
a) de mercadorias sujeitas à substituição tributária da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins; e
b) nas demais hipóteses de sujeição ao regime de apuração cumulativa;

II - de mão de obra pagos a pessoa física;

III - das aquisições de bens ou serviços sujeitos à não incidência, alíquota 0 (zero) ou suspensão do
pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins; e

IV - das aquisições de bens ou serviços isentos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.

Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso IV do caput é aplicável somente na hipótese de as
aquisições se vincularem a receitas isentas, não alcançadas pelas contribuições ou sujeitas à alíquota 0 (zero).

Art. 196. É vedado às agências de publicidade e propaganda o aproveitamento do crédito em relação


às parcelas excluídas da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, referentes a
importâncias pagas diretamente ou repassadas a empresas de rádio, televisão, jornais e revistas, de que trata o
caput do art. 31.

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Art. 197. No caso de construção por empreitada ou de fornecimento a preço predeterminado de bens
ou serviços, contratados por pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista
ou suas subsidiárias, a pessoa jurídica optante pelo regime previsto no art. 112 poderá utilizar o crédito a ser
descontado somente na proporção das receitas efetivamente reconhecidas, conforme o disposto no art. 718.
Art. 198. Os créditos da não cumulatividade da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins vinculados
a receitas decorrentes de contratos com prazo de execução superior a 1 (um) ano, de construção por empreitada
ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços a serem produzidos, poderão ser utilizados
somente na forma do art. 716 (Lei nº 10.833, de 2003, art. 8º, parágrafo único, e art. 15, inciso IV, com redação
dada pela Lei nº 10.865, de 2004, art. 21).
Art. 199. Não dá direito a créditos da não cumulatividade da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins o pagamento de que trata o art. 370, devido ao concessionário pelo fabricante ou importador, em razão da
intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 (automóveis para transporte de
passageiros) e 87.04 (veículos automóveis para transporte de mercadorias) da Tipi.
Art. 200. A pessoa jurídica que adquirir imóvel para venda ou promover empreendimento de
desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária ou construção de prédio destinado a
venda, somente poderá utilizar créditos da não cumulatividade da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins
referentes aos custos vinculados à unidade construída ou em construção:
I - a partir da efetivação da venda, nos termos do art. 730; e
II - à medida do recebimento da receita, nos termos do § 3º do art. 731, ainda que tenha efetuado a
opção pela utilização de créditos calculados com base no custo orçado de que trata a legislação do IRPJ.

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DAS PESSOAS JURÍDICAS PARCIALMENTE SUBMETIDAS À NÃO CUMULATIVIDADE

Art. 226. Na hipótese de a pessoa jurídica sujeitar-se ao regime de apuração não cumulativa da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, em relação a apenas parte de suas receitas, o crédito deve ser
calculado, exclusivamente, em relação aos custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas.
§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, a pessoa jurídica deve registrar, a cada mês,
destacadamente para a modalidade de incidência referida no caput e para aquelas submetidas ao regime de
incidência cumulativa dessa contribuição, as parcelas:
I - dos custos, das despesas e dos encargos de que tratam os arts. 171, 173 e 181, observado o
disposto no art. 164; e
II - do custo de aquisição dos bens e serviços de que trata o art. 171 adquiridos de pessoas físicas,
observado o disposto nos arts. 504 a 530.

§ 2º Para efeito do disposto neste artigo, o valor a ser registrado deve ser determinado, a critério da
pessoa jurídica, pelo método de:
I - apropriação direta, inclusive em relação aos custos, por meio de sistema de contabilidade de
custos integrada e coordenada com a escrituração; ou
II - rateio proporcional, aplicando-se aos custos, despesas e encargos comuns à relação
percentual existente entre a receita bruta sujeita ao regime de apuração não cumulativa e a receita bruta total,
auferidas em cada mês.

§ 3º Para apuração do crédito decorrente de encargos comuns, na hipótese do inciso I do § 2º, devem
ser aplicados sobre o valor de aquisição de insumos, dos custos e das despesas, referentes ao mês de
apuração, critérios de apropriação por rateio que confiram adequada distribuição entre os encargos vinculados
às receitas submetidas ao regime de apuração não cumulativa e os encargos vinculados às receitas submetidas
ao regime de apuração cumulativa.
§ 4º Para apuração do crédito decorrente de encargos comuns, na hipótese do inciso II do § 1º, a
receita bruta total objeto do rateio proporcional corresponderá à soma das receitas de venda de bens e
serviços auferidas pela pessoa jurídica nas operações em conta própria ou alheia e todas as demais
receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação
contábil.
§ 5º O método eleito pela pessoa jurídica, referido no § 2º, deve ser aplicado consistentemente por
todo o ano-calendário, tendo de ser o mesmo para a Contribuição para o PIS/Pasep e para a Cofins.
§ 6º As disposições deste artigo aplicam-se independentemente de os créditos serem decorrentes de
operações relativas ao mercado interno ou do pagamento das contribuições incidentes na importação.
§ 7º O disposto neste artigo aplica-se também para apuração dos créditos vinculados às receitas de
exportação e às receitas sujeitas a suspensão, isenção, alíquota 0 (zero) ou não incidência da Contribuição para
o PIS/Pasep e da Cofins.

Instrutora Deise Parisotto


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4.3.7 – Tabela Base de Cálculo do Crédito (Atualizada em 09/07/2014):

Código Descrição
01 Aquisição de bens para revenda
02 Aquisição de bens utilizados como insumo
03 Aquisição de serviços utilizados como insumo
04 Energia elétrica e térmica, inclusive sob a forma de vapor
05 Aluguéis de prédios
06 Aluguéis de máquinas e equipamentos
07 Armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda
08 Contraprestações de arrendamento mercantil
09 Máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado (crédito sobre encargos de
depreciação).
10 Máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado (crédito com base no valor
de aquisição).
11 Amortização e Depreciação de edificações e benfeitorias em imóveis
12 Devolução de Vendas Sujeitas à Incidência Não-Cumulativa
13 Outras Operações com Direito a Crédito (inclusive os créditos presumidos sobre receitas)
14 Atividade de Transporte de Cargas – Subcontratação
15 Atividade Imobiliária – Custo Incorrido de Unidade Imobiliária
16 Atividade Imobiliária – Custo Orçado de unidade não concluída
17 Atividade de Prestação de Serviços de Limpeza, Conservação e Manutenção – vale-transporte, vale-
refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme.
18 Estoque de abertura de bens

Observações:
1. Tabela a ser utilizada na codificação da base de cálculo dos créditos apurado no período, no caso de
escrituração de registros referentes a documentos e operações geradoras de crédito, nos Blocos A, C, D
e F.
2. Na codificação dos créditos presumidos calculados sobre receitas (decorrente de vendas no mercado
interno ou de exportação), como os previstos nas Leis nº 12.599/2012 (café) e nº 12.865/2013 (derivados
de soja e outros produtos), deve ser informado o indicador “13 – Outras Operações com Direito a
Crédito”.

Instrutora Deise Parisotto


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LEI COMPLEMENTAR Nº 192, 11 DE MARÇO DE 2022

Define os combustíveis sobre os quais incidirá uma


única vez o Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal
e de Comunicação (ICMS), ainda que as operações
se iniciem no exterior; e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a


seguinte Lei Complementar:

Art. 9º As alíquotas da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio


do Servidor Público (Contribuição para o PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (Cofins) de que tratam os incisos II e III do caput do art. 4º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998,
o art. 2º da Lei nº 10.560, de 13 de novembro de 2002, os incisos II, III e IV do caput do art. 23 da Lei nº 10.865,
de 30 de abril de 2004, e os arts. 3º e 4º da Lei nº 11.116, de 18 de maio de 2005, ficam reduzidas a 0 (zero) até
31 de dezembro de 2022, garantida às pessoas jurídicas da cadeia, incluído o adquirente final, a manutenção
dos créditos vinculados.

Art. 9º As alíquotas da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do


Patrimônio do Servidor Público - Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social - Cofins de que tratam os incisos II e III do caput do art. 4º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro
de 1998, o art. 2º da Lei nº 10.560, de 13 de novembro de 2002, os incisos II a IV do caput do art. 23 da Lei nº
10.865, de 30 de abril de 2004, e os art. 3º e art. 4º da Lei nº 11.116, de 18 de maio de 2005, ficam reduzidas a
zero até 31 de dezembro de 2022. (Redação dada pela Medida Provisória nº 1.118, de 2022)

Parágrafo único. As alíquotas da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do


Patrimônio do Servidor Público incidente na Importação de Produtos Estrangeiros ou Serviços (Contribuição para
o PIS/Pasep-Importação) e da Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo
Importador de Bens Estrangeiros ou Serviços do Exterior (Cofins-Importação) incidentes na importação de óleo
diesel e suas correntes, de biodiesel e de gás liquefeito de petróleo, derivado de petróleo e de gás natural, e de
querosene de aviação de que tratam o § 8º do art. 8º da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, e o art. 7º da Lei
nº 11.116, de 18 de maio de 2005, ficam reduzidas a 0 (zero) no prazo estabelecido no caput deste
artigo. (Revogado pela Medida Provisória nº 1.118, de 2022)

§ 1º As alíquotas da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio


do Servidor Público incidente na Importação de Produtos Estrangeiros ou Serviços - Contribuição para o
PIS/Pasep-Importação e da Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo
Importador de Bens Estrangeiros ou Serviços do Exterior - Cofins-Importação incidentes na importação de
óleo diesel e suas correntes, de biodiesel e de gás liquefeito de petróleo, derivado de petróleo e de gás natural, e
de querosene de aviação de que tratam o § 8º do art. 8º da Lei nº 10.865, de 2004, e o art. 7º da Lei nº 11.116,
de 2005, ficam reduzidas a zero no prazo estabelecido no caput. (Incluído pela Medida Provisória nº 1.118, de
2022)

§ 2º Aplica-se às pessoas jurídicas produtoras ou revendedoras dos produtos de que trata o caput o
disposto no art. 17 da Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004. (Incluído pela Medida Provisória nº 1.118, de
2022)

Art. 17. As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota 0 (zero) ou não incidência da Contribuição para
o PIS/PASEP e da COFINS não impedem a manutenção, pelo vendedor, dos créditos vinculados a essas
operações.

Art. 10. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 11 de março de 2022; 201º da Independência e 134º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Paulo Guedes

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LEI COMPLEMENTAR Nº 194, DE 23 DE JUNHO DE 2022

Art. 10. A Lei Complementar nº 192, de 11 de março de 2022, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 7º A base de cálculo do imposto, para fins de substituição tributária em relação às operações com
diesel, será, até 31 de dezembro de 2022, em cada Estado e no Distrito Federal, a média móvel dos preços
médios praticados ao consumidor final nos 60 (sessenta) meses anteriores à sua fixação.” (NR)

“Art. 8º O disposto nos incisos I e II do caput e no § 2º do art. 14 da Lei Complementar nº 101, de 4 de


maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), e nos arts. 124, 125, 126, 127 e 136 da Lei nº 14.194, de 20 de
agosto de 2021, não se aplica às proposições legislativas e aos atos do Poder Executivo que entrarem em vigor
no exercício de 2022, relativamente aos impostos e às contribuições previstos no inciso II do caput do art. 155,
no § 4º do art. 177, na alínea b do inciso I e no inciso IV do caput do art. 195 e no art. 239 da Constituição
Federal, nas operações que envolvam biodiesel, óleo diesel, querosene de aviação, gás liquefeito de petróleo,
derivado de petróleo e de gás natural, gasolina, exceto de aviação, álcool, inclusive para fins carburantes, e gás
natural veicular no referido exercício.” (NR)

“Art. 9º .....................................................................................................

...................................................................................................................

§ 2º Aplicam-se às pessoas jurídicas atuantes na cadeia econômica dos produtos de que trata
o caput deste artigo:

I - em relação à aquisição de tais produtos, as vedações estabelecidas na alínea b do inciso I do art. 3º e


no inciso II do § 2º do art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e na alínea b do inciso I do art. 3º e
no inciso II do § 2º do art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003; e

II - em relação aos créditos de que tratam o art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e o art.
3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, distintos do crédito referido no inciso I deste parágrafo, a
autorização estabelecida pelo art. 17 da Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004.

§ 3º De 11 de março de 2022 até o prazo estabelecido no caput, a pessoa jurídica que adquirir os
produtos de que trata o caput deste artigo para utilização como insumo, nos termos do inciso II do caput do art.
3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e do inciso II do caput do art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de
dezembro de 2003, fará jus a créditos presumidos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins em relação à
aquisição no mercado interno ou importação de tais produtos em cada período de apuração.

§ 4º O valor dos créditos presumidos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins de que trata o § 3º
deste artigo em relação a cada metro cúbico ou tonelada de produto adquirido no mercado interno ou
importado corresponderá aos valores obtidos pela multiplicação das alíquotas das referidas contribuições
estabelecidas no caput do art. 2º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no caput do art. 2º da Lei nº
10.833, de 29 de dezembro de 2003, sobre o preço de aquisição dos combustíveis.

§ 5º Os créditos presumidos instituídos no § 3º deste artigo:

I - sujeitar-se-ão às hipóteses de vinculação mediante apropriação ou rateio e de estorno previstas na


legislação da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins para os créditos de que tratam o art. 3º da Lei nº 10.637,
de 30 de dezembro de 2002, e o art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, especialmente aquelas
estabelecidas no § 8º do art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no § 8º do art. 3º da Lei nº
10.833, de 29 de dezembro de 2003, e no § 3º do art. 6º, combinado com o inciso III do caput do art. 15 dessa
mesma Lei;

Instrutora Deise Parisotto


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II - somente poderão ser utilizados para desconto de débitos da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins, exceto se vinculados a receitas de exportação ou na hipótese prevista no art. 16 da Lei nº 11.116, de 18
de maio de 2005.

§ 6º Durante o prazo estabelecido no caput, fica suspenso o pagamento das contribuições de que tratam
o caput e o § 1º deste artigo incidentes nas aquisições no mercado interno e nas importações de petróleo
efetuadas por refinarias para a produção de combustíveis.

§ 7º (VETADO). (Promulgação partes vetadas)

§ 7º Aplica-se o disposto no § 6º deste artigo aos insumos naftas, com Nomenclatura Comum do
Mercosul/Sistema Harmonizado - NCM/SH 2710.12.49, outras misturas (aromáticos), NCM/SH 2707.99.90, óleo
de petróleo parcialmente refinado, NCM 2710.19.99, outros óleos brutos de petróleo ou minerais
(condensados), NCM 2709.00.10, e N-Metilanilina, NCM/SH 2921.42.90.

§ 8º A suspensão de pagamento de que tratam os §§ 6º e 7º deste artigo converte-se em alíquota 0 (zero)


após a utilização exigida pelos referidos dispositivos, aplicando-se à pessoa jurídica que adquire o produto com
suspensão o disposto no art. 22 da Lei nº 11.945, de 4 de junho de 2009.

§ 9º A Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil disciplinará o disposto nos §§ 6º, 7º e 8º deste
artigo, podendo, inclusive, exigir que o adquirente preste declaração ao fornecedor de petróleo para informar a
parcela da aquisição que será utilizada para a produção dos combustíveis referidos nos §§ 6º e 7º deste artigo.”
(NR)

“Art. 9º-A As alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep, da Cofins e da Contribuição de Intervenção no


Domínio Econômico (Cide) incidentes sobre as operações que envolvam gasolina e suas correntes, exceto de
aviação, de que tratam o inciso I do caput do art. 4º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, o inciso I
do caput do art. 5º e o art. 9º da Lei nº 10.336, de 19 de dezembro de 2001, e o inciso I do caput do art. 23 da
Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, ficam reduzidas a 0 (zero) até 31 de dezembro de 2022.

Parágrafo único. As alíquotas da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do


Patrimônio do Servidor Público incidente na Importação de Produtos Estrangeiros ou Serviços (Contribuição
para o PIS/Pasep-Importação) e da Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo
Importador de Bens Estrangeiros ou Serviços do Exterior (Cofins-Importação) incidentes na importação de
gasolina e suas correntes, exceto de aviação, de que trata o § 8º do art. 8º da Lei nº 10.865, de 30 de abril de
2004, ficam reduzidas a 0 (zero) no prazo estabelecido no caput deste artigo.”

“Art. 9º-B Até 31 de dezembro de 2022, ficam reduzidas a 0 (zero) as alíquotas das contribuições de que
tratam o caput e o § 1º do art. 9º desta Lei Complementar incidentes sobre a receita ou o faturamento na venda
ou sobre a importação de gás natural veicular classificado nos códigos 2711.11.00 ou 2711.21.00 da NCM.”

Art. 11. (VETADO).

Art. 12. Não configurará descumprimento das obrigações de que trata a Lei Complementar nº 159, de 19
de maio de 2017, as leis ou os atos necessários para a implementação desta Lei Complementar.

Art. 13. As alíquotas da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do


Patrimônio do Servidor Público (Contribuição para o PIS/Pasep), da Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) incidentes sobre as
operações que envolvam etanol, inclusive para fins carburantes, de que tratam os incisos I e II do caput,
os incisos I e II do § 4º e a alínea b do inciso I do § 4º-D do art. 5º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, e
o inciso VIII do caput do art. 5º e o art. 9º da Lei nº 10.336, de 19 de dezembro de 2001, ficam reduzidas a 0
(zero) até 31 de dezembro de 2022.

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§ 1º As alíquotas da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio
do Servidor Público incidente na Importação de Produtos Estrangeiros ou Serviços (Contribuição para o
PIS/Pasep-Importação) e da Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo
Importador de Bens Estrangeiros ou Serviços do Exterior (Cofins-Importação) incidentes na importação de
álcool, inclusive para fins carburantes, de que trata o § 19 do art. 8º da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004,
ficam reduzidas a 0 (zero) no prazo estabelecido no caput deste artigo.

§ 2º Aplicam-se às pessoas jurídicas atuantes na cadeia econômica dos produtos de que trata
o caput deste artigo:

I - em relação à aquisição de tais produtos, as vedações estabelecidas na alínea b do inciso I do art. 3º e


no inciso II do § 2º do art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e na alínea b do inciso I do art. 3º e
no inciso II do § 2º do art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003; e

II - em relação aos créditos de que tratam o art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e o art.
3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, distintos do crédito referido no inciso I deste parágrafo, a
autorização estabelecida pelo art. 17 da Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004.

§ 3º De 11 de março de 2022 até o prazo estabelecido no caput, a pessoa jurídica que adquirir os
produtos de que trata o caput deste artigo para utilização como insumo, nos termos do inciso II do caput do art.
3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e do inciso II do caput do art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de
dezembro de 2003, fará jus a créditos presumidos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins em relação à
aquisição no mercado interno ou importação de tais produtos em cada período de apuração.

§ 4º O valor dos créditos presumidos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins de que trata o § 3º
deste artigo em relação a cada metro cúbico ou tonelada de produto adquirido no mercado interno ou
importado corresponderá aos valores obtidos pela multiplicação das alíquotas das referidas contribuições
estabelecidas no caput do art. 2º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no caput do art. 2º da Lei nº
10.833, de 29 de dezembro de 2003, sobre o preço de aquisição dos combustíveis.

§ 5º Os créditos presumidos instituídos no § 3º deste artigo:

I - sujeitar-se-ão às hipóteses de vinculação mediante apropriação ou rateio e de estorno previstas na


legislação da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins para os créditos de que tratam o art. 3º da Lei nº 10.637,
de 30 de dezembro de 2002, e o art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, especialmente aquelas
estabelecidas no § 8º do art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no § 8º do art. 3º da Lei nº
10.833, de 29 de dezembro de 2003, e no § 3º do art. 6º, combinado com o inciso III do caput do art. 15 dessa
mesma Lei;

II - somente poderão ser utilizados para desconto de débitos da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins, exceto se vinculados a receitas de exportação ou na hipótese prevista no art. 16 da Lei nº 11.116, de 18
de maio de 2005.

Art. 14. (VETADO).

Art. 15. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 23 de junho de 2022; 201o da Independência e 134o da República.

Instrutora Deise Parisotto


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Lei 14.148/21 – Setor de Eventos

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Publicado em: 18/03/2022 | Edição: 53-B | Seção: 1 - Extra B | Página: 1


Órgão: Atos do Poder Legislativo

LEI Nº 14.148, DE 3 DE MAIO DE 2021

Dispõe sobre ações emergenciais e temporárias


destinadas ao setor de eventos para compensar os efeitos decorrentes das medidas de
combate à pandemia da Covid-19; institui o Programa Emergencial de Retomada do
Setor de Eventos (Perse) e o Programa de Garantia aos Setores Críticos (PGSC); e altera
as Leis nºs 13.756, de 12 de dezembro de 2018, e 8.212, de 24 de julho de 1991.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu promulgo, nos termos do parágrafo 5º do art.
66 da Constituição Federal, as seguintes partes vetadas da Lei nº 14.148, de 3 de maio de 2021:

"Art. 4º Ficam reduzidas a 0% (zero por cento) pelo prazo de 60 (sessenta) meses, contado do
início da produção de efeitos desta Lei, as alíquotas dos seguintes tributos incidentes sobre o resultado auferido
pelas pessoas jurídicas de que trata o art. 2º desta Lei:

I - Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor


Público (Contribuição PIS/Pasep);

II - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);

III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); e

IV - Imposto sobre a Renda das Pessoas Juridicas (IRPJ)."

"Art. 5º Para as medidas de que trata esta Lei, além dos recursos do Tesouro Nacional, poderão ser
utilizados como fonte de recursos:

I - o produto da arrecadação das loterias de que tratam os arts. 15, 16, 17, 18 e 20 da Lei nº
13.756, de 12 de dezembro de 2018;

II - recursos de operação de crédito interna decorrente da emissão de títulos de responsabilidade


do Tesouro Nacional para ações emergenciais e temporárias destinadas ao setor de eventos para compensar os
efeitos decorrentes das medidas de combate à pandemia da Covid-19;

III - dotação orçamentária específica; e

IV - outras fontes de recursos."

"Art. 6º É assegurado aos beneficiários do Perse que tiveram redução superior a 50% (cinquenta
por cento) no faturamento entre 2019 e 2020 o direito a indenização baseada nas despesas com pagamento
de empregados durante o período da pandemia da Covid-19 e da Espin.

§ 1º O total de indenizações a ser pago não poderá ultrapassar o teto de R$ 2.500.000.000,00 (dois
bilhões e quinhentos milhões de reais).

Instrutora Deise Parisotto


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§ 2º O valor da indenização será estabelecido em regulamento, em montante proporcional aos
recursos efetivamente desembolsados na folha de pagamento no período compreendido entre 20 de
março de 2020 e o final da Espin. (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional)

§ 3º Poderá o Poder Executivo adiar o pagamento da indenização prevista no caput deste artigo
para o exercício fiscal seguinte ao da entrada em vigor desta Lei."

"Art. 7º As pessoas jurídicas beneficiárias do Perse que se enquadrem nos critérios do Programa
Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) serão contempladas em
subprograma específico, no âmbito das operações regidas pela Lei nº 13.999, de 18 de maio de 2020.

§ 1º O Poder Executivo regulamentará:

I - o percentual do Fundo Garantidor de Operações (FGO) destinado exclusivamente às ações


previstas neste artigo, em montante total não inferior a 20% (vinte por cento) de suas disponibilidades para
atendimento ao disposto na Lei nº 13.999, de 18 de maio de 2020;

II - o prazo de vigência da destinação específica e eventuais taxas de juros mais atrativas ao


concedente de crédito, limitadas a 6% a.a. (seis por cento ao ano) mais a taxa Selic, para as operações que
utilizem a garantia concedida em observância ao inciso I deste parágrafo.

§ 2º Ressalvadas as disposições desta Lei, as operações previstas no caput deste artigo ficam
regidas pela Lei nº 13.999, de 18 de maio de 2020."

"Art. 10. ..............................................................................................................

.......................................................................................................................................

§ 1º Para fins de constituição e operacionalização do PGSC-FGI, ficam dispensadas as formalidades


constantes do estatuto do FGI, considerados válidos os documentos e as comunicações produzidos, transmitidos
ou armazenados em forma eletrônica.

...................................................................................................................................."

"Art. 15. Para fins de concessão da garantia ou do crédito de que trata o PGSC, as instituições
financeiras participantes observarão políticas próprias de crédito e poderão considerar informações e registros
relativos aos 6 (seis) meses anteriores ao estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº
6, de 20 de março de 2020, contidos em:

I - cadastros e sistemas próprios internos;

II - sistemas de proteção ao crédito;

III - bancos de dados com informações de adimplemento, desde que mantidos por gestores
registrados no Banco Central do Brasil; e

IV - sistemas, bancos de dados e cadastros mantidos pelo Banco Central do Brasil.

Parágrafo único. Na elaboração de parâmetros para aceitação da contratação ou para mensuração


do grau de recuperabilidade, no âmbito das contratações dispostas neste artigo, deverá ser levado em
consideração prioritariamente o impacto da pandemia da Covid-19 na capacidade de geração de resultados da
pessoa jurídica durante todo o período da pandemia e da Espin."

Instrutora Deise Parisotto


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"Art. 18. Ficam prorrogados até 31 de dezembro de 2021 para os setores de que trata o § 1º do
art. 2º desta Lei os efeitos da:

I - Lei nº 14.020, de 6 de julho de 2020; e

II - Lei nº 14.046, de 24 de agosto de 2020."

"Art. 19. A Lei nº 13.756, de 12 de dezembro de 2018, passa a vigorar acrescida do seguinte art.
20-A:

"Art. 20-A. No exercício de 2021, o valor equivalente a 3% (três por cento) da participação no
produto da arrecadação das loterias de que tratam os arts. 15, 16, 17, 18 e 20 desta Lei será destinado a ações
emergenciais para o setor de eventos decorrentes dos efeitos de combate à pandemia da Covid-19,
compensando-se o percentual equivalente com a redução do percentual reservado ao pagamento de prêmios e
o recolhimento do imposto de renda incidente sobre a premiação das respectivas modalidades lotéricas."

"Art. 21. Os prazos de validade das certidões referidas no art. 47 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de
1991, nos termos do art. 20 desta Lei, que tenham sido emitidas após 20 de março de 2020 serão prorrogados
por 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da entrada em vigor desta Lei."

Brasília, 18 de março de 2022; 201º da Independência e 134º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO

Presidente da República Federativa do Brasil

Lei 14.148/21

Art. 2º Fica instituído o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), com o objetivo de
criar condições para que o setor de eventos possa mitigar as perdas oriundas do estado de calamidade pública
reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020.

§ 1º Para os efeitos desta Lei, consideram-se pertencentes ao setor de eventos as pessoas jurídicas, inclusive
entidades sem fins lucrativos, que exercem as seguintes atividades econômicas, direta ou indiretamente:

I - realização ou comercialização de congressos, feiras, eventos esportivos, sociais, promocionais ou culturais,


feiras de negócios, shows, festas, festivais, simpósios ou espetáculos em geral, casas de eventos, buffets sociais
e infantis, casas noturnas e casas de espetáculos;

II - hotelaria em geral;

III - administração de salas de exibição cinematográfica; e

IV - prestação de serviços turísticos, conforme o art. 21 da Lei nº 11.771, de 17 de setembro de 2008.

§ 2º Ato do Ministério da Economia publicará os códigos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas


(CNAE) que se enquadram na definição de setor de eventos referida no § 1º deste artigo.

Instrutora Deise Parisotto


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PORTARIA ME Nº 7.163, DE 21 DE JUNHO DE 2021

Define os códigos da Classificação Nacional de


Atividades Econômicas - CNAE que se consideram
setor de eventos nos termos do disposto no § 1º do
art. 2º da Lei nº 14.148, de 3 de maio de 2021.

O MINISTRO DE ESTADO DA ECONOMIA, no uso da atribuição que lhe confere o inciso II do


parágrafo único do art. 87 da Constituição, e tendo em vista o disposto no § 2º do art. 2º da Lei nº 14.148, de 3
de maio de 2021, , resolve:

Art. 1º Definir os códigos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE que se


consideram setor de eventos nos termos do disposto no § 1º do art. 2º da Lei nº 14.148, de 3 de maio de 2021,
na forma dos Anexos I e II.

§ 1º As pessoas jurídicas, inclusive as entidades sem fins lucrativos, que já exerciam, na data de
publicação da Lei nº 14.148, de 2021, as atividades econômicas relacionadas no Anexo I a esta Portaria se
enquadram no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos - Perse.

§ 2º As pessoas jurídicas que exercem as atividades econômicas relacionadas no Anexo II a esta


Portaria poderão se enquadrar no Perse desde que, na data de publicação da Lei nº 14.148, de 2021, sua
inscrição já estivesse em situação regular no Cadastur, nos termos do art. 21 e do art. 22 da Lei nº 11.771, de 17
de setembro de 2008.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação

PAULO GUEDES

ANEXO I

LISTA DE CÓDIGOS CNAE QUE SE ENQUADRAM NOS INCISOS I, II E III DO § 1º DO ART. 2º DA LEI Nº
14.148, DE 3 DE MAIO DE 2021

CNAE-Subclasses
Descrição
versão 2.3

1813-0/01 IMPRESSÃO DE MATERIAL PARA USO PUBLICITÁRIO

INSTALAÇÃO DE PORTAS, JANELAS, TETOS, DIVISÓRIAS E ARMÁRIOS EMBUTIDOS DE


4330-4/02
QUALQUER MATERIAL

COMÉRCIO ATACADISTA ESPECIALIZADO EM OUTROS PRODUTOS INTERMEDIÁRIOS NÃO


4689-3/99
ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

DEPÓSITOS DE MERCADORIAS PARA TERCEIROS, EXCETO ARMAZÉNS GERAIS E GUARDA-


5211-7-99
MÓVEIS

5510-8/01 HOTÉIS

Instrutora Deise Parisotto


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5510-8/02 APART HOTÉIS

5590-6/01 ALBERGUES, EXCETO ASSISTENCIAIS

5590-6/02 CAMPINGS

5590-6/03 PENSÕES (ALOJAMENTO)

5590-6/99 OUTROS ALOJAMENTOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

5620-1/01 FORNECIMENTO DE ALIMENTOS PREPARADOS PREPONDERANTEMENTE PARA EMPRESAS

5620-1/02 SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO PARA EVENTOS E RECEPÇÕES - BUFÊ

5911-1/02 PRODUTORA DE FILMES PARA PUBLICIDADE

5914-6/00 ATIVIDADES DE EXIBIÇÃO CINEMATOGRÁFICA

AGENCIAMENTO DE ESPAÇOS PARA PUBLICIDADE, EXCETO EM VEÍCULOS DE


7312-2/00
COMUNICAÇÃO

7319-0/01 CRIAÇÃO ESTANDES PARA FEIRAS E EXPOSIÇÕES

7420-0/01 ATIVIDADES DE PRODUÇÃO DE FOTOGRAFIAS, EXCETO AÉREA E SUBMARINA

7420-0/04 FILMAGEM DE FESTAS E EVENTOS

7490-1/01 SERVIÇOS DE TRADUÇÃO, INTERPRETAÇÃO E SIMILARES

ATIVIDADES DE INTERMEDIAÇÃO E AGENCIAMENTO DE SERVIÇOS E NEGÓCIOS EM


7490-1/04
GERAL, EXCETO IMOBILIÁRIOS

AGENCIAMENTO DE PROFISSIONAIS PARA ATIVIDADES ESPORTIVAS, CULTURAIS E


7490-1/05
ARTÍSTICAS

7721-7/00 ALUGUEL DE EQUIPAMENTOS RECREATIVOS E ESPORTIVO

ALUGUEL DE MÓVEIS, UTENSÍLIOS E APARELHOS DE USO DOMÉSTICO E PESSOAL;


7729-2/02
INSTRUMENTOS MUSICAIS

7733-1/00 ALUGUEL DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA ESCRITÓRIOS

ALUGUEL DE PALCOS, COBERTURAS E OUTRAS ESTRUTURAS DE USO TEMPORÁRIO,


7739-0/03
EXCETO ANDAIMES

ALUGUEL DE OUTRAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS COMERCIAIS E INDUSTRIAIS NÃO


7739-0/99
ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE, SEM OPERADOR

Instrutora Deise Parisotto


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7810-8/00 SELEÇÃO E AGENCIAMENTO DE MÃO DE OBRA

8011-1/01 ATIVIDADES DE VIGILÂNCIA E SEGURANÇA PRIVADA

8111-7/00 SERVIÇOS COMBINADOS PARA APOIO A EDIFÍCIOS, EXCETO CONDOMÍNIOS PREDIAIS

8230-0/01 SERVIÇOS DE ORGANIZAÇÃO DE FEIRAS, CONGRESSOS, EXPOSIÇÕES E FESTAS

8230-0/02 CASAS DE FESTAS E EVENTOS

8592-9/01 ENSINO DE DANÇA

9001-9/01 PRODUÇÃO TEATRAL

9001-9/02 PRODUÇÃO MUSICAL

9001-9/03 PRODUÇÃO DE ESPETÁCULOS DE DANÇA

9001-9/04 PRODUÇÃO DE ESPETÁCULOS CIRCENSES, DE MARIONETES E SIMILARES

9001-9/06 ATIVIDADES DE SONORIZAÇÃO E DE ILUMINAÇÃO

ARTES CÊNICAS, ESPETÁCULOS E ATIVIDADES COMPLEMENTARES NÃO ESPECIFICADAS


9001-9/99
ANTERIORMENTE

GESTÃO DE ESPAÇOS PARA ARTES CÊNICAS, ESPETÁCULOS E OUTRAS ATIVIDADES


9003-5/00
ARTÍSTICAS

9311-5/00 GESTÃO DE INSTALAÇÕES DE ESPORTES

9312-3/00 CLUBES SOCIAIS, ESPORTIVOS E SIMILARES

9319-1/01 PRODUÇÃO E PROMOÇÃO DE EVENTOS ESPORTIVOS

9329-8/01 DISCOTECAS, DANCETERIAS, SALÕES DE DANÇA E SIMILARES

Instrutora Deise Parisotto


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ANEXO II

LISTA DE CÓDIGOS CNAE QUE SE ENQUADRAM NO INCISO IV DO § 1º DO ART. 2º DA LEI Nº 14.148,


DE 3 DE MAIO DE 2021, QUANDO CONSIDERADOS PRESTADORES DE SERVIÇOS TURÍSTICOS, CONFORME ART. 21
DA LEI 11.771, DE 17 DE SETEMBRO DE 2008.

CNAE-Subclasses
Descrição
versão 2.3

0311-6/04 ATIVIDADES DE APOIO A PESCA EM ÁGUA SALGADA

0312-4/04 ATIVIDADES DE APOIO A PESCA EM ÁGUA DOCE

1112-7/00 FABRICAÇÃO DE VINHO

FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA USO INDUSTRIAL ESPECÍFICO NÃO


2869-1/00
ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE, PEÇAS E ACESSÓRIOS

3317-1/01 MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE EMBARCAÇÕES E ESTRUTURAS FLUTUANTES

3317-1/02 MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE EMBARCAÇÕES PARA ESPORTE E LAZER

COMÉRCIO VAREJISTA DE EMBARCAÇÕES E OUTROS VEÍCULOS RECREATIVOS; PEÇAS E


4763-6/05
ACESSÓRIOS

4789-0/01 COMÉRCIO VAREJISTA DE SUVENIRES, BIJUTERIAS E ARTESANATOS

SERVIÇO DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS - LOCAÇÃO DE AUTOMÓVEIS COM


4923-0/02
MOTORISTA

TRANSPORTE RODOVIÁRIO COLETIVO DE PASSAGEIROS, SOB REGIME DE FRETAMENTO,


4929-9/01
MUNICIPAL

TRANSPORTE RODOVIÁRIO COLETIVO DE PASSAGEIROS, SOB REGIME DE FRETAMENTO,


4929-9/02
INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E INTERNACIONAL

4929-9/03 ORGANIZAÇÃO DE EXCURSÕES EM VEÍCULOS RODOVIÁRIOS PRÓPRIOS, MUNICIPAL

ORGANIZAÇÃO DE EXCURSÕES EM VEÍCULOS RODOVIÁRIOS PRÓPRIOS, INTERMUNICIPAL,


4929-9/04
INTERESTADUAL E INTERNACIONAL

5011-4/02 TRANSPORTE MARÍTIMO DE CABOTAGEM - PASSAGEIROS

5012-2/02 TRANSPORTE MARÍTIMO DE LONGO CURSO - PASSAGEIROS

5099-8/01 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO PARA PASSEIOS TURÍSTICOS

Instrutora Deise Parisotto


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5030-1/01 NAVEGAÇÃO DE APOIO MARÍTIMO

5030-1/02 NAVEGAÇÃO DE APOIO PORTUÁRIO

5030-1/03 SERVIÇO DE REBOCADORES E EMPURRADORES

5112-9/99 OUTROS SERVIÇOS DE TRANSPORTE AÉREO DE PASSAGEIROS NÃO REGULAR

5231-1/01 ADMINISTRAÇÃO DA INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA

5231-1/02 ATIVIDADES DO OPERADOR PORTUÁRIO

5611-2/01 RESTAURANTES E SIMILARES

5611-2/03 LANCHONETES, CASAS DE CHÁ, DE SUCOS E SIMILARES

BARES E OUTROS ESTABELECIMENTOS ESPECIALIZADOS EM SERVIR BEBIDAS, SEM


5611-2/04
ENTRETENIMENTO

BARES E OUTROS ESTABELECIMENTOS ESPECIALIZADOS EM SERVIR BEBIDAS, COM


5611-2/05
ENTRETENIMENTO

ATIVIDADES DE CONSULTORIA EM GESTÃO EMPRESARIAL, EXCETO CONSULTORIA


7020-4/00
TÉCNICA ESPECÍFICA

7319-0/04 CONSULTORIA EM PUBLICIDADE

7490-1/02 ESCAFANDRIA E MERGULHO

OUTRAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS, CIENTÍFICAS E TÉCNICAS NÃO ESPECIFICADAS


7490-1/99
ANTERIORMENTE

7711-0/00 LOCAÇÃO DE AUTOMÓVEIS SEM CONDUTOR

LOCAÇÃO DE OUTROS MEIOS DE TRANSPORTE NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE,


7719-5/99
SEM CONDUTOR

7911-2/00 AGÊNCIAS DE VIAGEM

7912-1/00 OPERADORES TURÍSTICOS

SERVIÇOS DE RESERVAS E OUTROS SERVIÇOS DE TURISMO NÃO ESPECIFICADOS


7990-2/00
ANTERIORMENTE

8591-1/00 ENSINO DE ESPORTES

8592-9/99 ENSINO DE ARTE E CULTURA NÃO ESPECIFICADO ANTERIORMENTE

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9002-7/01 ATIVIDADES DE ARTISTAS PLÁSTICOS, JORNALISTAS INDEPENDENTES E ESCRITORES

ATIVIDADES DE MUSEUS E DE EXPLORAÇÃO DE LUGARES E PRÉDIOS HISTÓRICOS E


9102-3/01
ATRAÇÕES SIMILARES

ATIVIDADES DE JARDINS BOTÂNICOS, ZOOLOGICOS, PARQUES NACIONAIS, RESERVAS


9103-1/00
ECOLÓGICAS E ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

9319-1/99 OUTRAS ATIVIDADES ESPORTIVAS NÃO ESPECIFICADAS ANTERIORMENTE

9321-2/00 PARQUES DE DIVERSÃO E PARQUES TEMÁTICOS

9329-8/04 EXPLORAÇÃO DE JOGOS ELETRÔNICOS RECREATIVOS

9329-8/99 OUTRAS ATIVIDADES DE RECREAÇÃO E LAZER NÃO ESPECIFICADAS ANTERIORMENTE

9493-6/00 ATIVIDADES DE ORGANIZAÇÕES ASSOCIATIVAS LIGADAS À CULTURA E À ARTE

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