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Publicado em nosso site em 23/11/2011

ICMS/SP - Consignação industrial - Roteiro de Procedimentos


Roteiro - ICMS - 2011/3215

Sumário

Introdução
I - Definição
II - Procedimentos por parte do consignante
II.1 - Remessa em consignação
II.1.1 - Exemplo
II.1.1.1 - Nota Fiscal de remessa em consignação
II.1.1.2 - Livro Registro de Saídas
II.2 - Reajuste de preço
II.2.1 - Exemplo
II.2.1.1 - Nota Fiscal complementar de reajuste de preço
II.2.1.2 - Livro Registro de Saídas
II.3 - Venda de mercadoria remetida em consignação

II.3.1 - Exemplo
II.3.1.1 - CFOP's da Nota Fiscal de venda
II.3.1.2 - Nota Fiscal de venda
II.3.1.3 - Livro Regsitro de Saídas
III - Procedimentos por parte do consignatário
III.1 - Nota Fiscal referente à remessa em consignação mercantil
III.1.1 - Exemplo
III.1.1.1 - Livro Regsitro de Entradas
III.2 - Reajuste de preço
III.2.1 - Exemplo
III.2.1.1 - Livro Registro de Entradas
III.3 - Devolução simbólica/aquisição
III.3.1 - Nota Fiscal de devolução simbólica
III.3.2 - Livros Registros de Entrada e de Saídas

III.4 - Devolução efetiva da mercadoria recebida em consignação


III.4.1 - Exemplo
III.4.1.1 - Nota Fiscal de devolução efetiva
III.4.1.2 - Livro Regsitro de Saídas - Consignatário
III.4.1.3 - Livro Registro de Entradas - Consignante
IV - Operações interestaduais

Introdução

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Para evitar a aquisição de insumos em quantidade superior a efetivamente utilizada no processo de industrialização, a
legislação prevê um procedimento específico relativo à consignação industrial, conforme tratado neste Roteiro.

I - Definição

Entende-se por consignação industrial, para fins de adoção dos procedimentos fiscais discriminados a seguir, a operação na
qual ocorre remessa, com preço fixado, de mercadoria com finalidade de integração ou consumo em processo industrial, em
que o faturamento somente ocorrerá quando da utilização desta mercadoria pelo destinatário.
Consignante é a pessoa que remete insumos a um contribuinte do ICMS para que este os utilize em seu processo produtivo.
Já o consignatário é o estabelecimento que recebe os insumos em consignação industrial.
Fundamentação: Art. 470 do RICMS/SP.

II - Procedimentos por parte do consignante

II.1 - Remessa em consignação

Na saída de mercadoria a título de consignação industrial o consignante deverá emitir Nota Fiscal contendo, além dos
demais requisitos:
a) natureza da operação: "Remessa em Consignação Industrial";
b) destaque dos valores do ICMS e do IPI, quando devidos;
c) a informação, no campo "Informações Complementares", de que será emitida uma Nota Fiscal, para efeito de
faturamento, englobando todas as remessas de mercadorias em consignação e utilizadas durante o período de apuração.
Referida Nota Fiscal deverá ser escriturada normalmente no livro Registro de Saídas.

Fundamentação: Art. 471 do RICMS/SP.


II.1.1 - Exemplo

Consignação de 500 embalagens de vidro, no valor de R$ 2,00 cada uma.


II.1.1.1 - Nota Fiscal de remessa em consignação

Figura
II.1.1.2 - Livro Registro de Saídas

Figura

II.2 - Reajuste de preço

Havendo reajuste do preço contratado após a remessa em consignação industrial, o consignante deverá emitir Nota Fiscal
complementar, contendo, além dos demais requisitos:
a) natureza da operação: "Reajuste de Preço - Consignação Industrial";
b) base de cálculo: o valor do reajuste;
c) destaque dos valores do ICMS e do IPI, quando devidos;
d) a indicação dos dados da Nota Fiscal relativa à remessa, com a expressão "Reajuste de Preço - Consignação Industrial -
NF nº ___, de __/__/__";
Fundamentação: 472, I do RICMS/SP.
II.2.1 - Exemplo

Considerando que houve um reajuste de R$ 0,50 no valor unitário das embalagens remetida em consignação teremos o que
segue.
II.2.1.1 - Nota Fiscal complementar de reajustamento de preço

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Figura
II.2.1.2 - Livro Registro de Saídas

Figura

II.3 - Venda da mercadoria remetida em consignação

Sendo utilizadas, as mercadorias remetidas em consignação, no processo industrial do consignatário, o consignante, até o
último dia do período de apuração, deverá emitir Nota Fiscal, sem destaque do valor do ICMS, contendo, além dos demais
requisitos:
a) natureza da operação: "Venda";
b) valor da operação: o valor correspondente ao preço da mercadoria efetivamente vendida, neste incluído, quando for o
caso, o valor relativo ao reajuste do preço;
c) no campo "Informações Complementares", a expressão "Simples Faturamento - Consignação Industrial - NF nº _____, de
__/__/__ (e, se for o caso) Reajuste de Preço - NF nº ____, de __/__/__".
Essa Nota Fiscal deverá ser escriturada no livro Registro de Saídas do consignante apenas nas colunas "Documento Fiscal"
e "Observações", apondo nesta a expressão "Venda em Consignação Industrial - NF nº ______, de __/__/__".
Fundamentação: Art. 473, II e §1º, do RICMS/SP.
II.3.1 - Exemplo

Considerando que o consignatário tenha utilizado em seu processo industrial 100 embalagens de vidro recebidas em
consignação, teremos o que segue.
II.3.1.1 - CFOP's NF de Venda

Venda de produção do
estabelecimento remetida
5.111 6.111
anteriormente em consignação
industrial
Classificam-se neste código as vendas efetivas de produtos industrializados no estabelecimento remetidos anteriormente a título
de consignação industrial.
Venda de mercadoria
adquirida ou recebida de
5.112 6.112 terceiros remetida
anteriormente em consignação
industrial
Classificam-se neste código as vendas efetivas de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros, que não tenham sido objeto
de qualquer processo industrial no estabelecimento, remetidas anteriormente a título de consignação industrial.

II.3.1.2 - Nota Fiscal de venda

Figura
II.3.1.3 - Livro Registro de Saídas

Figura

III - Procedimentos por parte do consignatário

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III.1- Nota Fiscal referente à remessa em consignação mercantil

O consignatário deverá registrar a Nota Fiscal de remessa em consignação no livro Registro de Entradas, creditando- se do
valor do imposto, quando permitido.
Fundamentação: Art. 471, II do RICMS/SP.
III.1.1 - Exemplo

Considerando a Nota Fiscal prevista no subtópico II.1.1.1, teremos o que segue.

III.1.1.1 - Livro Registro de Entradas

Figura

III.2 - Reajuste de preço

A Nota Fiscal de reajuste de preço eventualmente emitida pelo consignante deverá ser escriturada pelo consignatário no
livro Registro de Entradas, que poderá creditar-se do valor do imposto, conforme o caso.
Fundamentação: Art. 472, II do RICMS/SP.
III.2.1 - Exemplo

Considerando a Nota Fiscal prevista no subtópico II.1.1.1, teremos o que segue.


III.2.1.1 - Livro Registro de Entradas

Figura

III.3 - Devolução simbólica/aquisição

O consignatário, até o último dia do período de apuração poderá emitir Nota Fiscal globalizada, com os mesmos valores
atribuídos por ocasião do recebimento das mercadorias efetivamente utilizadas ou consumidas no seu processo produtivo,
sem destaque do valor do ICMS, contendo, além dos demais requisitos, como natureza da operação, a expressão "Devolução
Simbólica - Mercadorias em Consignação Industrial".
Não há disposição expressa sobre a forma de escrituração dessa Nota Fiscal, dessa forma, entendemos que deverá ser
escriturada apenas nas colunas "Documento Fiscal" e "Observações", em virtude da faculdade da sua emissão.
O consignatário deverá, ainda, escriturar a Nota Fiscal de venda emitida pelo consignante, conforme subtópico II.3.1.2, no
livro Registro de Entradas.
Fundamentação: Art. 473, I do RICMS/SP.
III.3.1 - Nota Fiscal de devolução simbólica

Figura
III.3.2 - Livro Registro de Saídas e Entradas

Figura
Figura

III.4 - Devolução efetiva da mercadoria recebida em consignação

Ocorrendo a devolução efetiva da mercadoria recebida em consignação industrial, o consignatário deverá emitir Nota Fiscal
contendo, além dos demais requisitos:
a) natureza da operação: "Devolução de Mercadoria - Consignação Industrial";
b) valor: o valor da mercadoria efetivamente devolvida, sobre o qual foi pago o imposto;
c) destaque do ICMS e indicação do IPI nos mesmos valores debitados, por ocasião da remessa em consignação;

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d) no campo "Informações Complementares", a expressão "Devolução (Parcial ou Total) - Consignação Industrial - NF nº
___, de __/__/__";
O consignatário deverá escriturar a Nota Fiscal no livro Registro de Saídas, com o débito do imposto. Já o consignante
deverá registrar a Nota Fiscal de devolução efetiva, no livro Registro de Entradas, creditando- se do valor do imposto.
Fundamentação: Art. 474 do RICMS/SP.
III.4.1 - Exemplo

Considerando a devolução efetiva de 300 embalagens recebidas a título de consignação industrial, teremos o que segue.
III.4.1.1 - Nota Fiscal de devolução efetiva

Figura
III.4.1.2 - Livro Registro de Saídas - Consignatário

Figura
III.4.1.3 - Livro Registro de Entradas - Consignante

Figura

IV - Operações interestaduais

Os procedimentos tratados anteriormente aplicam-se também às operações interestaduais realizadas com contribuintes
estabelecidos nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,
Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe, observado
o que segue:
a) a emissão da Nota Fiscal de retorno simbólico, mencionada no subtópico III.3.1, será obrigatória;
b) o consignante deverá entregar à repartição fiscal a que estiver vinculado, em meio magnético, até o dia 10 do mês
subsequente ao da realização das operações, demonstrativo de todas as remessas interestaduais efetuadas em consignação e
das correspondentes devoluções, com a identificação das mercadorias;
c) não se aplica às mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária.
Fundamentação: art. 474-A do RICMS/SP.

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