Você está na página 1de 16

1

UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA


DIRETORIA DE GESTÃO ACADÊMICA
DIRETORIA DE PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO

Propriedades Psicométricas da versão brasileira do Life


Orientation Test–Revised (LOT-R)

PROPONENTE: Sandra Adriana Neves Nunes

EQUIPE DE PESQUISA:
Sandra Adriana Neves Nunes (psandranunes7@hotmail.com/sandranunes@ufsb.edu.br)
Coordenadora da Pesquisa/ Professora UFSB
Marcos Gimenes Fernandes
Professor adjunto na Universidade Estadual de Santa Cruz

ENDEREÇO ELETRÔNICO DO CURRÍCULO ATUALIZADO, NA


PLATAFORMA LATTES, DA PROPONENTE:
http://lattes.cnpq.br/1233148620777469

SUB-ÁREA DE CONHECIMENTO CNPQ: 7.07.01.00-8 Fundamentos e Medidas da


Psicologia 7.07.01.03-2 Construção e Validade de Testes, Escalas e Outras Medidas
Psicológicas

TEMPO DE EXECUÇÃO: 24 meses

Itabuna, 11 de fevereiro de 2020.


2

RESUMO

O otimismo tem sido definido em termos de disposição relativamente estável da


personalidade para se ter expectativas positivas acerca de eventos futuros. Um corpo
crescente de pesquisa nas últimas décadas tem evidenciado forte associação entre
otimismo e bem estar emocional e saúde física. Com base na teoria do otimismo
disposicional, foi desenvolvido o instrumento Life Orientation Test (LOT),em 1985,
que foi revisado em 1994, passando a se chamar Revised Life Orientation Test (LOT-
R), com apenas 10 itens. Dada a relevância cientifica do constructo e de seu
instrumento para a área da saúde mental e física e considerando que no Brasil ainda não
foram conduzidos estudos com amostra de adultos, empregando os procedimentos da
Análise Fatorial Confirmatória (AFC), a presente pesquisa buscará preencher essa
lacuna e buscará medir as propriedades psicométricas do LOT-R através desse
procedimento de validação. Assim, especificamente, os objetivos do estudo são: (i)
Traduzir e culturalmente adaptar o LOT-R para o seu emprego no contexto brasileiro e
(ii) analisar suas propriedades psicométricas (confiabilidade, variância extraída média e
validade convergente, discriminante e fatorial). A amostra será do tipo não-probabilítica
e intencional e será composta por 500 adultos, brasileiros, maiores de 18 anos, de ambos
os sexos. Os participantes responderão ao LOT-R que será traduzido da versão inglesa,
original. Para fins de análise validade convergente, serão empregadas três escalas, a
versão portuguesa da Generalized Self-Efficacy Scale, a versão portuguesa da Subjective
Happiness Scale (SHS) e a versão portuguesa do Spiritual Health And Life-Orientation
Measure SHALOM, todos validadas para o Brasil. Espera-se com esse estudo
encontrar boas propriedades psicométricas para o LOT-R, de modo que seja sugerido
que ele possa ser empregado no contexto brasileiro.

Palavras- Chave: Revised Life Orientation Test (LOT-R), Validação, Análise Fatorial
Confirmatória (AFC).

1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
O estudo do otimismo enquadra-se no corpo teórico da Psicologia Positiva,
entendida como uma vertente teórica que se debruça sobre o estudo e intervenções no
campo das virtudes e potencialidades humanas. Trata-se de um constructo que tem sido
definido em termos de disposição relativamente estável da personalidade para se ter
expectativas positivas acerca de eventos futuros. Dito de maneira muito simples,
otimistas tem expectativas de que coisas boas vão acontecer em suas vidas, enquanto
pessimistas esperam que coisas ruins aconteçam no seu futuro (Scheier & Carver,
1985).
O otimismo disposicional tem lugar na teoria de auto-regulação do
comportamento e no modelo de valor das expectativas, dos quais deriva-se a ideia de
que os sujeitos se engajam em comportamentos quando entendem que seus objetivos
(goals) são possíveis e valiosos de serem atingidos. Se um objetivo não tem valor, não
3

há razão para agir. Por outro lado, a expectativa de que seja possível atingir um objetivo
tende a levar a pessoa a sentir bem, o que em contrapartida fará com que a pessoa se
sinta motivada para persistir e continuar agindo (Scheier & Carver, 1985). Assim
quando alguém tem confiança sobre um evento futuro, esforços contínuos serão feitos
para atingir um objetivo desejável, mesmo que haja adversidades no caminho (Carver &
Scheier, 2002). Adicionalmente, o modo como as pessoas explicam esses eventos
positivos futuros em suas vidas também vai determinar se elas são otimistas ou
pessimistas. Pessoas que atribuem a esses eventos explicações permanentes,
generalizadas (unespecific) e internas são consideradas otimistas, enquanto pessoas que
atribuem explicações temporárias, especificas e externas, e não acreditam que esses
eventos positivos aconteceram devido aos seus próprios esforços, são consideradas
pessimistas (Carver & Scheier, 2002). A esse respeito, Carver e Scheier (2002)
defendem que o otimismo leva a diferenças significativas entre as pessoas no que se
refere ao bem-estar subjetivo e ao modo de viver a vida, uma vez que sendo otimistas
elas definem um padrão de respostas comportamentais voltado para a superação das
adversidades, a despeito dos sentimentos negativos delas advindos.
Um corpo crescente de pesquisa nas últimas décadas tem evidenciado forte
associação entre otimismo e bem estar emocional e saúde física (Carver & Scheier,
2014). Em pesquisas que envolveram pacientes com câncer, otimismo tem sido bom
preditor de menores níveis de ansiedade e depressão (Lam et al., 2016; Orom, Nelson,
Underwood, Homish, & Kapoor, 2015; Schou, Ekeberg, Ruland, Sandvik, & Kåresen,
2004; Zenger, Glaesmer, Höckel, & Hinz, 2011). Otimismo também parece estar
associado a menores riscos de ideação suicida (Huffmann et al., 2016). Com relação à
saúde física, o constructo tem estado associado a menores níveis de inflamação (Roy et
al., 2010), menores níveis de cortisol em quem está sob estresse (Jobin, Wrosch, &
Scheir, 2013, melhores respostas imune (Kohut, Cooper, Nickolaus, Russell, &
Cunnick, 2002; Szondy, 2004), maiores níveis de antioxidantes (Boehm, Williams,
Rimm, Ryff, & Kubzansky, 2013, menores riscos de doenças coronárias (Kim, Smith,
& Kubzansky, 2014) e menor sensibilidade à dor ((Hanssen, Peters, Vlaeyen, &
Meevissen, 2013).
Com base na teoria do otimismo disposicional, seus autores desenvolveram o
Life Orientation Test (LOT),em 1985, (Scheier & Carver, 1985), um instrumento que
assume o otimismo/pessimismo como um constructo unidimensional. Assim, otimismo
e pessimismo são vistos como pólos opostos, dispostos num continuum, de um mesmo
4

constructo. Esse instrumento foi originalmente composto por 12 itens que mediam
expectativas positivas e negativas relativas aos eventos futuros. Após o
desenvolvimento do teste, vários estudos se seguiram e algumas críticas sistemáticas
surgiram. Especificamente, essas críticas giravam em torno do fato de que o constructo
coincidia, em alguns aspectos, com os constructos de neuroticismo, ansiedade traço,
autoeficácia, e autoestima e, além disso, questionavam a unidimesionalidade do
constructo (Chang, D’Zurilla, & Maydeu- Olivares, 1994; Dember & Brooks, 1989;
Smith, Pope, Rhodewalt, & Poulton, 1989). Respondendo às críticas, Scheier, Carver e
Bridges (1994) revisam o instrumento, retirando os itens que poderiam estar medindo
outros constructos, mantendo apenas os itens que focavam explicitamente nas
expectativas relacionadas ao futuro e lançaram a nova versão, o Revised Life
Orientation Test (LOT-R), com apenas 10 itens. Scheier e Carver (1992) e Scheier e
Bridges (1994) explicam, baseados em várias pesquisas que utilizaram o instrumento,
que ainda que a medida por eles criada para aferir o otimismo disposicional se
correlacione com medidas de outros constructos tais como tais como neuroticismo,
auto-estima, locus de controle, auto-eficácia e estilo atribucional, ela mede, por meio de
seus itens, um constructo diferente, que não coincide com os anteriores.
Com relação à crítica a unidimensionalidade, vários estudos (Bailey, Eng,
Frisch, & Snyder, 2007; Brenes, Rapp, Rejeski, & Miller, 2002; Chang, D’Zurilla, &
Maydeu-Olivares, 1994; Chang & Mcbride-Chang, 1996; Fournier, de Ridder, &
Bensing, 1999; Herzberg, Glaesmer, & Hoyer, 2006; Raikkonen, & Matthews, 2008)
usando o LOT encontram sistematicamente duas dimensões, no lugar de apenas uma,
como originalmente foi proposto. De fato, até os próprios autores Scheier et al. (1994),
já empregando a versão revisada, o LOT-R, encontram validade, por meio de Análise
Fatorial Confirmatória (AFC), para uma estrutura de dois fatores (otimismo e
pessimismo), mas optaram pela estrutura unidimesional por uma questão pragmática de
parcimônia, já que a estrutura unifatorial foi também confirmada. Essa visão
unidimensional assume que uma pessoa pode ser considerada ou otimista ou pessimista,
mas não otimista e pessimista ao mesmo tempo.
Alguns autores que usaram o LOT-R por meio de Análise Fatorial Exploratória
(AFE) e por meio de AFC ainda continuaram a encontrar uma estrutura bidimensional,
como é o caso de estudos conduzidos na Espanha (Ferrando, Chico, & Tous, 2002), na
Colômbia (Zenger et al (2013), no Japão (Nakano , 2004) e em Portugal, num estudo de
validação do LOT-R para crianças e adolescentes (Gaspar, Ribeiro, Matos, Leal, &
5

Ferreira, 2009) e num estudo com adultos (Ribeiro, Pedro, &Marques (2012). No
entanto, outros pesquisadores que usaram a AFC encontraram evidência de uma
estrutura unifatorial, como foram os casos de Hong Kong, China, (Lai, Cheung, Lee, &
Yu, (1998), Alemanha (Rauch, Schweizer, & Moosbrugger, (2007), Canadá (Trottier,
Mageau, Trudel, & Halliwell (2008) e França (Vautier, Raufaste, & Cariou (2003).
Dada a controvérsia aparente, mais estudos parecem ser necessário para elucidar a
estrutura fatorial do instrumento.
O LOT- R tem sido amplamente empregado em vários países em contextos
clínicos e de pesquisa (Zenger et al , 2013) e tem sido validado em diferentes culturas
como na Espanha (Ferrando, Chico, & Tous, 2002; Cerezo, Ortiz-Tallo, Cardenal, &
Torre-Luke, 2014), China (Shao, Zhangcy, Lind, Shene, & Lia, 2014), Polônia
(Szramka, Pawkala, et al, 2013) e Portugal (Ribeiro, Pedro, & Marques, 2012). No
Brasil, há três estudos de validação disponíveis. No entanto, dois dos estudos empregam
apenas AFE (Bandeira et al, 2002; Bastianello et al., 2014), e o outro, ainda que se
utilize os procedimentos de AFC, baseia-se numa amostra formada apenas por crianças
e adolescentes (Ottati & Noronha, (2017).
O estudo de Bandeira et al. (2002) empregou uma amostra de 396 estudantes, de
ambos os sexos, provenimentes de uma universidade privada. Os itens do LOT-R foram
analisados por meio de AFE, com rotação Varimax. A análise mostrou a presença de
apenas um fator composto de seis itens, que explicaram 39,78% da variância total. O
alfa de Cronbach, usado para medir a consistência interna do instrumento, foi de 0,68,
enquanto que no teste da versão original foi de 0.78. Já no estudo Bastianello, Pacico e
Hutz (2014), a amostra foi composta 844 estudantes universitários do sul do Brasil,
matriculados em vários cursos. Foi feita uma AFE, via análise dos principais
componentes usando o método de eigenvalues maior que 1, que explicou 51% da
variância total, indicando também uma estrutura unidimensional. Finalmente, obteve-se
uma alfa de Cronbach de 0,80. No único estudo de validação brasileiro que empregou
AFC, Ottati e Noronha, (2017) analisaram uma amostra de 183 estudantes de escola
pública do estado de Minas gerais (51.4% estudantes do 9º ano do ensino fundamental e
48.6% do ensino médio). Eles testaram os dois modelos (unifatorial e bifatorial) e o
modelo que apresentou os melhores índices de ajustamento foi o de dois fatores [(χ 2 /
df = 2,59; CAIC = 101,34; ECVI = 0,258; GFI = 0,96; CFI = 0,92; RMSEA = 0,09
(90% de intervalo de confiança do RMSEA 0,04 e 0,14)]. Os índices de ajustamento do
6

modelo de um fator foram [χ 2 / df = 3,73; CAIC = 108,04; ECVI = 0,318; GFI = 0,96;
CFI = 0,94; RMSEA = 0,12 (90% de intervalo de confiança do RMSEA 0,08 e 0,16)].
No estudo de validação do LOT-R para o contexto português, Ribeiro, Pedro, e
Marques (2012) usaram duas amostras: a primeira composta por 280 sujeitos com
múltipla esclerose, sendo 71,4 mulheres, com idade média de 39,23 anos e a outra com
615 sujeitos, sendo 51,1% mulheres, com idade média de 39,18, anos. No primeiro
estudo, o modelo de dois fatores mostrou os melhores índices de ajustamento [χ2(df 8)=
17.70, p = .02, CFI = 0,97, RMSEA =0,06, (90% intervalo de confiança do RMSEA,
0,02 e 0,10)]. Os autores lembram que o modelo de um único fator também apresentou
índices aceitáveis de acordo com as recomendações de Bentler e Bonett (1980) [χ2(df 9)
= 59.83, p = 0,0001, CFI = 0,88, RMSEA = 0,14, (90% de intervalo de confiança do
RMSEA 0,11 e 0,17). No segundo estudo, os autores também confirmaram que o
modelo de dois fatores foi a melhor solução [χ2(df 8) = 51,89, p = 0,0001, CFI = 0,92,
RMSEA = 0,09, (90% de intervalo de confiança para o RMSEA, 0,07 e 0,12). Para o
modelo de apenas um fator, os resultados foram o seguinte: χ2(df 9) = 207,16, p =
0,0001, CFI = 0,65, RMSEA = .18, (90% de intervalo de confiança para o RMSEA,
0,16 e 0,21 ).
Dada a relevância cientifica do constructo e de seu instrumento para a área da
saúde mental e física e considerando que no Brasil ainda não foram conduzidos estudos
com amostra de adultos, empregando os procedimentos da AFC, a presente pesquisa
buscará preencher essa lacuna e buscará medir as propriedades psicométricas do LOT-R
através desse procedimento de validação.

2. OBJETIVO GERAL
Investigar as propriedades psicométricas do LOT-R através de Análise Fatorial
Confirmatória.
Objetivos específicos
(i) Traduzir e culturalmente adaptar o LOT-R para o seu emprego no
contexto brasileiro;
(ii) Analisar suas propriedades psicométricas (confiabilidade, variância
extraída média e validade convergente, discriminante e fatorial).

3. MÉTODO
Trata-se de uma pesquisa descritiva, relacional.
7

Participantes
A amostra será do tipo não-probabilística e intencional e será composta por 500
adultos, brasileiros, maiores de 18 anos, de ambos os sexos. O tamanho da amostra
segue uma proporção bastante superior a 10:1, ou seja, dez sujeitos para cada item do
teste, como recomendado por Tabanick e Fidell (2001) para estudos de validação.
Será considerado como critério de inclusão: aceitar a participação na pesquisa,
mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE),
constantes nos Apêndices A, independente do sexo e condições físicas, com idade maior
ou igual a 18 anos e menor ou igual a 60 anos. Além disso, para participar da pesquisa o
sujeito deverá ser brasileiro. Será considerado critério de exclusão: ser menor de 18
anos, ter mais que 60 anos e ser analfabeto.

Instrumentos
A presente pesquisa empregará o LOT-R que será traduzido da versão inglesa,
original (Scheier et al., 1994). O LOT-R é formado der dez itens, sendo quatro são
distratores e seis que avaliam o otimismo disposicional dos sujeitos. Trata-se de um
instrumento de auto-preenchimento, apresentado numa escala ordinal do tipo Likert, de
cinco pontos. As respostas variam entre “concordo totalmente” e “discordo totalmente”.
Três dos itens apresentam ordem invertida. O escore final e obtido com a soma total dos
itens.
Para fins de análise validade convergente, serão empregadas três escalas, a
versão portuguesa da Generalized Self-Efficacy Scale (Leme, Coimbra, Gato, Fontaine,
& Del Prette, 2013), a versão portuguesa da Subjective Happiness Scale (SHS) e a
versão portuguesa do SHALOM, todos validadas para o Brasil. A versão portuguesa da
GSE, validada para o Brasil (Coimbra & Fontaine, 1999), é constituída de 10 itens,
apresentado numa escala de 4 pontos do tipo Likert, variando de 1 (discordo
completamente) a 4 (Concordo completamente). Ela objetiva medir crenças de
autoeficácia numa variedade de situações. Os itens 4, 6 and 7 são invertidos. O estudo
de validação para o Brasil revelou que o modelo original testado apresentou bons
índices de ajustamento: (χ2/df = 2,55; CFI = 0,95; RMSEA = 0,06; SRMR = 0,04).
A versão portuguesa da Subjective Happiness Scale (SHS (Damásio, Zanon, &
Koller, 2014) é formada de 4 itens que medem a percepção por parte dos sujeito de sua
felicidade. O instrumento foi validado em diversos países, inclusive no Brasil e
8

apresenta excelentes propriedades psicométricas (Damásio et al., 2014). No Brasil os


índices encontrados foram os seguintes: s-bχ2 = 0,329, df = 2, p = 0,84; CFI = 1,0; TLI
= 1,02; SRMR = 0,006; RMSEA (90% CI) = 0 (0 - 0.006).
A versão brasileira do Spiritual Health And Life-Orientation Measure
(SHALOM) (Nunes, Fernandes, Fisher, & Fernandes, 2018) foi validada a partir da
versão original de Fisher (1999, 2010). Consiste num instrumento de 20 itens,
distribuídos em quarto dimensões: pessoal comunal, ambiental e transcendental. As
respostas são dadas numa escala de 5 pontos do tipo Likert, variando de “muito baixo” a
“muito alto”. No estudo de validação para o Brasil, Nunes et al., (2018) concluíram que
o modelo de melhor ajustamento foi o composto de apenas 17 itens, (sem os itens 8, 9 e
15), com o seguinte resultado : (χ2/df = 3,030; GFI = 0,909; CFI = 0,931, RMSEA (90%
CI) = 0,072 (0.064–.081); AIC = 632,637).

Procedimento de coleta de dados


Após aprovação do projeto no sistema CEP-CONEP, a coleta de dados se dará
por meio de preenchimento de questionário disponibilizado via Google docs. Os links
para o formulário serão colocados em redes sociais e em grupos de whatsapp. Na
primeira página do formulário será apresentado o TCLE, onde serão também colocadas
questões referentes à nacionalidade e a idade, como forma de ter controle sobre quem
deverá dar continuidade ao preenchimento dos questionários (quem atende aos critérios
de inclusão).

Análise estatística
De início, será verificada a estatística descritiva das variáveis através da média,
desvio-padrão, mínimo e máximo. Para verificar a assimetria da distribuição das médias
serão utilizados os coeficientes assimetria(skewness) e achatamento(kurtosis), sendo
considerados valores aceitáveis para os verificados no intervalo de −1 e +1.
Posteriormente, foi calculada a consistência interna dos fatores através do alfa de
Cronbach. Estas análises foram efetuadas no IBM SPSS Statistics 20.
A Análise Fatorial Confirmatória (AMOS 6.0) será utilizada para testar a
validade fatorial do modelo proposto por Scheier et al., (1994) utilizando-se o método
de estimação maximuum likelihood e respeitando-se um número mínimo de 10
observações por item (Ding, Velicer, & Harlow, 1995). Após a especificação e
estimação do modelo, a sua adequação será avaliada por um conjunto de índices de
9

ajustamento/adequação. O valor de χ² (Qui-quadrado) indica ajustamento quando o


valor não é significativo (p> 0.05). No entanto, esse teste é sensível ao tamanho da
amostra, ou seja, em amostras numerosas o valor tende a ser significativo, embora o
modelo possa estar ajustado aos dados.
Em razão desse fato, Jöreskog e Sörbom (1989) sugeriram uma razão do Qui-
quadrado pelos graus de liberdade (df), representado por χ²/df, pelo que Ullman (2001)
sugeriu valores abaixo de 2.0 como aceitáveis. Adicionalmente, serão utilizados os
seguintes índices de ajustamento: a) CFI (Comparative Fit Index) e GFI (Goodness Fit
Index) podendo os seus valores variar de 0 a 1, sendo que se o valor se encontrar acima
de 0.90 o modelo apresenta um ajuste adequado, segundo Bentler e Bonnet (1980).
Mais recentemente, Hu e Bentler (1999) sugeriram um ponto de corte de 0,95 como
indicativo de um bom ajustamento do modelo; b) RMSEA (Root Mean Square Error of
Approximation), em que valores menores que 0,08 indicam uma adequação aceitável
(Browne & Cudeck,1993), embora Hu e Bentler (1999) tenham mais recentemente
sugerido um ponto de corte de 0,06.

4. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS
Os sujeitos que aceitarem participar da entrevista serão esclarecidos quanto aos
objetivos e procedimentos utilizados no estudo, bem como serão informados por meio
do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, do qual terão acesso a uma
via, que têm liberdade de se recusar a participar da entrevista e que, mesmo aceitando
participar inicialmente, têm garantida plena liberdade de retirar seu consentimento, em
qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem qualquer prejuízo na sua
relação com a pesquisadora ou com a instituição que frequentam.
Eles também serão informados que nenhum procedimento usado na pesquisa
oferecerá riscos à sua integridade e dignidade; que o preenchimento do questionário é
anônimo, de modo que será garantido o sigilo e privacidade dos participantes, e que
todas as informações coletadas por meio de entrevista serão estritamente confidenciais,
sendo que somente os pesquisadores terão conhecimento das respostas.
Adicionalmente, também serão informados que não terão nenhum tipo de
despesa para participar desta pesquisa, bem como nada será pago por sua participação.
Também lhes será assegurado que os resultados do estudo serão divulgados para os
participantes da pesquisa e na instituição onde os dados foram obtidos. A eles serão
dados os contatos do Comitê de Ética ao qual a pesquisa foi submetida, e os contatos de
10

telefone e e-mail da pesquisadora principal do Projeto, para que em caso de dúvida,


sintam-se à vontade para solicitar informações.

Análise crítica dos riscos e benefícios e critérios para suspensão ou encerramento da


pesquisa

Riscos na execução da pesquisa

Esse projeto de pesquisa com seres humanos será conduzido por meio de
questionários que não oferecem riscos à integridade física das pessoas, mas entende-se
que, por envolver questões relativas ao funcionamento psicológico dos sujeitos, podem
provocar não apenas desconforto pelo tempo exigido para responder o questionário, mas
também podem mobilizar emoções negativas. Para reduzir esse risco, o indivíduo que
aceitar voluntariamente participar do estudo será informado, ao assinar o TCLE, que
tem plena de liberdade de se recusar a responder ao questionário. Além disso, ele será
informado que mesmo aceitando participar, pode recusar-se a continuar participando em
qualquer fase da pesquisa, sem qualquer prejuízo pessoal.

Benefícios

É de fundamental importância o Brasil tenha instrumentos validados para


verificar o otimismo/pessimismo dos indivíduos, uma vez que há fortes evidências
científicas que apontam para a associação entre essa variável e boa saúde física e
mental, qualidade de vida e felicidade, além de ajudar no enfrentamento do estresse de
diversas origens. Da mesma forma, buscar entender as múltiplas relações entre
otimismo, felicidade subjetiva, autoeficácia e bem-estar espiritual proporcionará um
maior entendimento sobre relações entre essas variáveis psicológicas que são
determinantes para saúde física e mental do ser humano.
Uma vez validado para o Brasil, esse instrumento poderá permitir que sejam
realizadas novas pesquisas nacionais para investigar como o otimismo/pessimismo pode
explicar a ocorrência de uma série de fenômenos relacionados à saúde física (como por
exemplo: menores níveis de cortisol em quem está sob estresse, melhores respostas
imune, maiores níveis de antioxidantes, dentre outros) e saúde emocional (menores
níveis de ansiedade e depressão, maiores níveis de felicidade e bem estar espiritual, por
11

exemplo). Também pode ser usado no contexto clínico para medir otimismo e
pessimismo de pacientes com câncer, ou com outras doenças crônicas, por exemplo.

Responsabilidades do pesquisador, da Instituição e do patrocinador, se houver

É de responsabilidade do pesquisador o planejamento, a execução e divulgação


dos resultados dessa pesquisa.

Critérios para suspender ou encerrar a pesquisa

Não há previsão de suspensão de nenhuma etapa da pesquisa e a mesma será


encerrada dentro do prazo estabelecido pelo cronograma.

5. ORÇAMENTO

O projeto não envolve investimento de qualquer natureza.

6. CRONOGRAMA

Identificação da Etapa Início Término


Revisão bibliográfica 01/08/2020 30/11/2020

Preparação dos instrumentos (tradução 01/09/2020 30/10/2020


e validade de conteúdo, no caso do
LOT-R)

Planejamento para a coleta de dados 01/11/2020 30/11/2020


(inserção dos questionários na
plataforma Google docs)

Coleta de dados 01/12/2020 30/04/2021

Tabulação dos dados (Transposição dos 01/05/2021 31/05/2021


dados gerados no programa excel para o
programa Spss)

Análise e discussão dos dados 01/06/2021 31/10/2021

Produção científica resultante do estudo 01/11/2021 30/07/2022


(relatório final, artigos)
12

OBS: Afirmo o compromisso de que a pesquisa somente será iniciada a partir da


aprovação pelo Sistema CEP-CONEP.

7. REFERÊNCIAS

Bailey, T. C., Eng, W., Frisch, M., & Snyder, C. (2007). Hope and optimism as related
to life satisfaction. The Journal of Positive Psychology, 2, 168–175. doi:
http://dx.doi.org/10.1080/17439760701409546

Bandeira, M., Bekou, V., Lott, K., Teixeira, M., & Rocha, S. (2002). Validaçao
transcultural do Teste de Orientação da Vida (TOV-R) [transcultural validation of the
life orientation test]. Estudos de Psicologia, 7, 251–258. doi: http://dx.doi.org/10.1590/

Bentler, P. M., & Bonett, D. G. (1980). Significance tests and goodness of fit in the
analysis of covariance structures. Psychological Bulletin, 88, 588–606. doi:
https://doi.org/10.1037/00332909.88.3.588.

Boehm J.K., Williams D.R., Rimm E.B., Ryff C., Kubzansky L.D. (2013). Association
between optimism and serum antioxidants in the midlife in the United States study.
Psychosomatic Medicine. 75, 2–10. doi: 10.1097/PSY.0b013e31827c08a9

Brenes, G. A., Rapp, S., Rejeski, W., & Miller, M. (2002). Do optimism and pessimism
predict physical functioning? Journal of Behavioral Medicine, 25, 219–231. doi:
http://dx.doi.org/10. 1023/A:1015376510466

Browne, M. W., & Cudek, R. (1993). Alternate ways of assessing model fit. In K. A.
Bollen, & J. S. Long (Eds.), Testing structural equation models, (pp. 136–162).
Newbury Park, CA: Sage.

Carver S.C., & Scheier M.F. (2014). Dispositional optimism. Trends in Cognitive
Science, 18, 293–299. doi: 10.1016/j.tics.2014.02.003
13

Carver, S. C., & Scheier, M. F. (2002). Optimism. En C. R. Snyder, & S. J. Lopez


(Eds.), Handbook of positive psychology (pp. 231-243). New York: Oxford University
Press.

Chang, E. C., D’Zurilla, J., & Maydeu-Olivares, A. (1994). Assessing the


dimensionality of optimism and pessimism using a multimeasure approach. Cognitive
Therapy and Research,12, 143–160. doi: http://dx.doi.org/10.1007/BF02357221

Chang, E. C., D’Zurilla, T. J., & Maydeu-Olivares, A. (1994). Assessing the


dimensionality of optimism and pessimism using a multimeasure approach. Cognitive
Therapy and Research, 18, 143-160. doi: https://doi.org/10.1007/BF02357221

Damásio, B. F., Zanon, C., & Koller, S. H. (2014). Validation and psychometric
properties of the Brazilian version of the Subjective Happiness Scale. Universitas
Psychologica, 13(1), 17- 24. doi:10.11144/Javeriana.UPSY13-1.vppb

Dember, W. N. & Brooks, J. (1989). A new instrument for measuring optimism and
pessimism: test-retest reliability and relations with happiness and religious commitment.
Bulletin of Psychometric Society, 27, 365-366. doi: https://doi.org/10.3758/BF03334629

Ding, L., Velicer, W. F., & Harlow, L. L. (1995). Effects of estimation methods,
number of indicators per factor and improper solutions on structural equation modeling
fit indices. Structural Equation Modeling, 2, 119–143.
doi: https://doi.org/10.1080/10705519509540000.

Ferrando, P., Chico, E., & Tous, J. (2002). Propiedades psicométricas del Test de
Optimismo: Life Orientation Test [Psychometric properties of the Optimism Test: Life
Orientation Test]. Psicothema, 14, 673–680.

Fontaine, K., & Cheskin, L. (1999). Optimism and obesity treatment outcomes. Journal
of Clinical Psychology, 55, 141–143. doi: http://dx.doi.org/10.1002/(SICI)1097-
4679(199901)55:1<141::AID-JCLP15>3.0.CO;2-G

Hanssen M.M., Peters M.L., Vlaeyen J.W.S., & Meevissen Y.M.C. (2013). Optimism
lowers pain: Evidence of the causal status and underlying mechanisms. Pain, 154, 53–
58. doi: 10.1016/j.pain.2012.08.006
14

Herzberg, P., Glaesmer, H., & Hoyer, J. (2006). Separating optimism and pessimism: A
robust psychometric analysis of the Revised Life Orientation Test (LOT–R).
Psychological Assessment, 18, 433–438. doi: http://dx.doi.org/10.1037/1040-
3590.18.4.433

Hu, L. T., & Bentler, P. M. (1999). Cut-off criteria for fit indexes in covariance
structure analysis: conventional criteria versus new alternatives. Structural Equation
Modeling, 6, 1–55. doi: https://doi.org/10.1080/10705519909540118.

Huffmann J.C., Boehm J.K., Beach S.R., Beale E.E., Dubois C.M., & Healy B.C.
(2016). Relationship of optimism and suicidal ideation in three groups of patients at
varying levels of suicide risk. Journal of Psychiatric Research, 77,76–84. doi:
10.1016/j.jpsychires.2016.02.020

Jobin J., Wrosch C., & ( 2014). Scheier MF. Associations between dispositional
optimism and diurnal cortisol in a community sample: when stress is perceived as
higher than normal. Health Psychology, 33(4), 382-91. doi: 10.1037/a0032736.

Jöreskog, K. G., & Sörbom, D. (1989). LISREL 7: user's reference guide. Mooresville,
IN: Scientific Software.

Kim E.S., Smith J., & Kubzansky L.D. (2014). A prospective study of the association
between dispositional optimism and incident heart failure. Circulation Heart Failure. 7,
394–400. doi: 10.1161/CIRCHEARTFAILURE.113.000644.

Kohut M., Cooper M., Nickolaus M., Russell D., & Cunnick J. (2002). Exercise and
psychosocial factors modulate immunity to influenza vaccine in elderly individuals. The
Journal of Gerontology, 57A, 557–562. doi: 10.1093/gerona/57.9.m557

Lai, J., Cheung, H., Lee, W., & Yu, H. (1998). The utility of the Revised Life
Orientation Test to measure optimism among Hong Kong Chinese. International
Journal of Psychology, 33,45–56. doi:http://dx.doi.org/10.1080/002075998400600

Lam W.W.T., Yeo W., Suen J., Ho W.M., Tsang J., Soong I., Yau T.K., Wong K.Y.,
Sze W.K., Ng A.W., Kewong A., Suen D., Fong D., Ho S., & Fielding R. (2016). Goal
adjustment influence on psychological well-being following advanced breast cancer
diagnosis. Psycho-Oncology. 25, 58–65. doi: 10.1002/pon.3871
15

Leme1,V.B.R., Coimbra, S., Gato, J. ,Fontaine, A. M., & Del Prette, Z. A. P (2013).
Confirmatory Factor Analysis of the Generalized Self-Efficacy Scale in Brazil and
Portugal. Spanish Journal of Psychology ,16(e93), 1–11. doi:10.1017/sjp.2013.93

Nakano, K. (2004). Psychometric properties of Life Orientation Test-Revised in


samples of Japanese students. Psychological Reports, 94(3), 849-855. doi:
10.2466/pr0.94.3.849-855

Orom H., Nelson C.J., Underwood W., Homish D.L., & Kapoor D.A. (2015). Factors
associated with emotional distress in newly diagnosed prostate cancer patients. Psycho-
Oncology. 24, 1416–1422. doi: 10.1002/pon.3751

Ottati, F. & Noronha, A P. P. (2017). Factor structure of the Life Orientation Test-
Revised (LOT-R). Acta Colombiana de Psicologia. 20(1), 32-39.doi:
http://dx.doi.org/10.14718/ACP.2017.20.1.3

Raikkonen, K., & Matthews, K. (2008). Do dispositional pessimism and optimism


predict ambulatory blood pressure during schooldays and nights in adolescents? Journal
of Personality, 76, 605–630. doi:http://dx.doi.org/10.1111/j.1467-6494.2008.00498.x

Rauch, W., Schweizer, K., & Moosbrugger, H. (2007). Method effects due to social
desirability as a parsimonious explanation of the deviation from unidimensionality in
LOT-R scores. Personality and Individual Differences, 42, 1597–1607. doi:
https://doi.org/10.1016/j.paid.2006.10.035

Ribeiro, J. L. P., Pedro, L., & Marques, S., (2012). Dispositional optimism is
unidimensional or bidimensional? The Portuguese Revised Life Orientation Test. The
Spanish Journal of Psychology, 15(3), 1259-1271. doi:
http://dx.doi.org/10.5209/rev_SJOP.2012.v15.n3.39412

Roy B., Diez-Roux A.V., Seeman T., Ranjit N., Shea S., Cushman M. (2010).
Association of optimism and pessimism with inflammation and hemostasis in the Multi-
Ethnic study of atherosclerosis (MESA). Psychosomatic Medicine,72, 134–140.

doi:S1413-294X2002000200006
16

Scheier, M. F. & Carver, C. S. (1985). Optimism, coping, and health: assessment and
implications of generalized outcome expectancies. Health Psychology, 4, 219-247. doi:
10.1037//0278-6133.4.3.219

Scheier, M. F., Carver, C. S., & Bridges, M. W. (1994). Distinguishing optimism from
neuroticism (and trait anxiety, self-mastery, and self-esteem): a reevaluation of the Life
Orientation Test. Journal of Personality and Social Psychology, 67, 1063-1078. doi:
10.1037//0022-3514.67.6.1063

Schou I., Ekeberg Ø., Ruland C.M., Sandvik L., Kåresen R.(2004). Pessimism as a
predictor of emotional morbidity one year following breast cancer surgery. Psycho-
Oncology, 13, 309–320. doi: 10.1002/pon.747

Smith, T. W., Pope, M. K., Rhodewalt, F., & Poulton, J. L. (1989). Optimism,
neuroticism, coping and symptom reports: an alternative interpretation of the Life
Orientation Test. Journal of Social and Clinical Psychology, 56, 640-648. doi:
10.1037//0022-3514.56.4.640

Trottier, C., Mageau G., Trudel, P., &, Halliwell, W. (2008). Validation de la version
canadienne-francaise du Life Orientation Test–Revised. Canadian Journal of
Behavioural Science, 40, 238–243. doi: http://dx.doi.org/10.1037/a0013244

Vautier, S., Raufaste, E., & Cariou, M. (2003). Dimensionality of the Revised Life
Orientation Test and the status of filler items. International Journal of Psychology, 38,
390–400. doi: http://dx.doi.org/10.1080/00207590344000222

Zenger M., Glaesmer H., Höckel M., & Hinz A. (2011). Pessimism predicts anxiety,
depression and quality of life in female cancer patients. Japanese Journal of Clinical
Oncology. 41, 87–94. doi: 10.1093/jjco/hyq168.

Zenger, M., Finck, C., Zanon, C., Jimenez, W., Singer, S., & Hinz, A. (2013).
Evaluation of the Latin American version of the Life Orientation Test-Revised.
International Journal of Clinical and Health Psychology, 13, 243-252. doi:
https://doi.org/10.1016/S1697-2600(13)70029-2

Você também pode gostar