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EQUIPE DE PESQUISA:
Sandra Adriana Neves Nunes (psandranunes7@hotmail.com/sandranunes@ufsb.edu.br)
Coordenadora da Pesquisa/ Professora UFSB
Marcos Gimenes Fernandes
Professor adjunto na Universidade Estadual de Santa Cruz
RESUMO
Palavras- Chave: Revised Life Orientation Test (LOT-R), Validação, Análise Fatorial
Confirmatória (AFC).
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
O estudo do otimismo enquadra-se no corpo teórico da Psicologia Positiva,
entendida como uma vertente teórica que se debruça sobre o estudo e intervenções no
campo das virtudes e potencialidades humanas. Trata-se de um constructo que tem sido
definido em termos de disposição relativamente estável da personalidade para se ter
expectativas positivas acerca de eventos futuros. Dito de maneira muito simples,
otimistas tem expectativas de que coisas boas vão acontecer em suas vidas, enquanto
pessimistas esperam que coisas ruins aconteçam no seu futuro (Scheier & Carver,
1985).
O otimismo disposicional tem lugar na teoria de auto-regulação do
comportamento e no modelo de valor das expectativas, dos quais deriva-se a ideia de
que os sujeitos se engajam em comportamentos quando entendem que seus objetivos
(goals) são possíveis e valiosos de serem atingidos. Se um objetivo não tem valor, não
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há razão para agir. Por outro lado, a expectativa de que seja possível atingir um objetivo
tende a levar a pessoa a sentir bem, o que em contrapartida fará com que a pessoa se
sinta motivada para persistir e continuar agindo (Scheier & Carver, 1985). Assim
quando alguém tem confiança sobre um evento futuro, esforços contínuos serão feitos
para atingir um objetivo desejável, mesmo que haja adversidades no caminho (Carver &
Scheier, 2002). Adicionalmente, o modo como as pessoas explicam esses eventos
positivos futuros em suas vidas também vai determinar se elas são otimistas ou
pessimistas. Pessoas que atribuem a esses eventos explicações permanentes,
generalizadas (unespecific) e internas são consideradas otimistas, enquanto pessoas que
atribuem explicações temporárias, especificas e externas, e não acreditam que esses
eventos positivos aconteceram devido aos seus próprios esforços, são consideradas
pessimistas (Carver & Scheier, 2002). A esse respeito, Carver e Scheier (2002)
defendem que o otimismo leva a diferenças significativas entre as pessoas no que se
refere ao bem-estar subjetivo e ao modo de viver a vida, uma vez que sendo otimistas
elas definem um padrão de respostas comportamentais voltado para a superação das
adversidades, a despeito dos sentimentos negativos delas advindos.
Um corpo crescente de pesquisa nas últimas décadas tem evidenciado forte
associação entre otimismo e bem estar emocional e saúde física (Carver & Scheier,
2014). Em pesquisas que envolveram pacientes com câncer, otimismo tem sido bom
preditor de menores níveis de ansiedade e depressão (Lam et al., 2016; Orom, Nelson,
Underwood, Homish, & Kapoor, 2015; Schou, Ekeberg, Ruland, Sandvik, & Kåresen,
2004; Zenger, Glaesmer, Höckel, & Hinz, 2011). Otimismo também parece estar
associado a menores riscos de ideação suicida (Huffmann et al., 2016). Com relação à
saúde física, o constructo tem estado associado a menores níveis de inflamação (Roy et
al., 2010), menores níveis de cortisol em quem está sob estresse (Jobin, Wrosch, &
Scheir, 2013, melhores respostas imune (Kohut, Cooper, Nickolaus, Russell, &
Cunnick, 2002; Szondy, 2004), maiores níveis de antioxidantes (Boehm, Williams,
Rimm, Ryff, & Kubzansky, 2013, menores riscos de doenças coronárias (Kim, Smith,
& Kubzansky, 2014) e menor sensibilidade à dor ((Hanssen, Peters, Vlaeyen, &
Meevissen, 2013).
Com base na teoria do otimismo disposicional, seus autores desenvolveram o
Life Orientation Test (LOT),em 1985, (Scheier & Carver, 1985), um instrumento que
assume o otimismo/pessimismo como um constructo unidimensional. Assim, otimismo
e pessimismo são vistos como pólos opostos, dispostos num continuum, de um mesmo
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constructo. Esse instrumento foi originalmente composto por 12 itens que mediam
expectativas positivas e negativas relativas aos eventos futuros. Após o
desenvolvimento do teste, vários estudos se seguiram e algumas críticas sistemáticas
surgiram. Especificamente, essas críticas giravam em torno do fato de que o constructo
coincidia, em alguns aspectos, com os constructos de neuroticismo, ansiedade traço,
autoeficácia, e autoestima e, além disso, questionavam a unidimesionalidade do
constructo (Chang, D’Zurilla, & Maydeu- Olivares, 1994; Dember & Brooks, 1989;
Smith, Pope, Rhodewalt, & Poulton, 1989). Respondendo às críticas, Scheier, Carver e
Bridges (1994) revisam o instrumento, retirando os itens que poderiam estar medindo
outros constructos, mantendo apenas os itens que focavam explicitamente nas
expectativas relacionadas ao futuro e lançaram a nova versão, o Revised Life
Orientation Test (LOT-R), com apenas 10 itens. Scheier e Carver (1992) e Scheier e
Bridges (1994) explicam, baseados em várias pesquisas que utilizaram o instrumento,
que ainda que a medida por eles criada para aferir o otimismo disposicional se
correlacione com medidas de outros constructos tais como tais como neuroticismo,
auto-estima, locus de controle, auto-eficácia e estilo atribucional, ela mede, por meio de
seus itens, um constructo diferente, que não coincide com os anteriores.
Com relação à crítica a unidimensionalidade, vários estudos (Bailey, Eng,
Frisch, & Snyder, 2007; Brenes, Rapp, Rejeski, & Miller, 2002; Chang, D’Zurilla, &
Maydeu-Olivares, 1994; Chang & Mcbride-Chang, 1996; Fournier, de Ridder, &
Bensing, 1999; Herzberg, Glaesmer, & Hoyer, 2006; Raikkonen, & Matthews, 2008)
usando o LOT encontram sistematicamente duas dimensões, no lugar de apenas uma,
como originalmente foi proposto. De fato, até os próprios autores Scheier et al. (1994),
já empregando a versão revisada, o LOT-R, encontram validade, por meio de Análise
Fatorial Confirmatória (AFC), para uma estrutura de dois fatores (otimismo e
pessimismo), mas optaram pela estrutura unidimesional por uma questão pragmática de
parcimônia, já que a estrutura unifatorial foi também confirmada. Essa visão
unidimensional assume que uma pessoa pode ser considerada ou otimista ou pessimista,
mas não otimista e pessimista ao mesmo tempo.
Alguns autores que usaram o LOT-R por meio de Análise Fatorial Exploratória
(AFE) e por meio de AFC ainda continuaram a encontrar uma estrutura bidimensional,
como é o caso de estudos conduzidos na Espanha (Ferrando, Chico, & Tous, 2002), na
Colômbia (Zenger et al (2013), no Japão (Nakano , 2004) e em Portugal, num estudo de
validação do LOT-R para crianças e adolescentes (Gaspar, Ribeiro, Matos, Leal, &
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Ferreira, 2009) e num estudo com adultos (Ribeiro, Pedro, &Marques (2012). No
entanto, outros pesquisadores que usaram a AFC encontraram evidência de uma
estrutura unifatorial, como foram os casos de Hong Kong, China, (Lai, Cheung, Lee, &
Yu, (1998), Alemanha (Rauch, Schweizer, & Moosbrugger, (2007), Canadá (Trottier,
Mageau, Trudel, & Halliwell (2008) e França (Vautier, Raufaste, & Cariou (2003).
Dada a controvérsia aparente, mais estudos parecem ser necessário para elucidar a
estrutura fatorial do instrumento.
O LOT- R tem sido amplamente empregado em vários países em contextos
clínicos e de pesquisa (Zenger et al , 2013) e tem sido validado em diferentes culturas
como na Espanha (Ferrando, Chico, & Tous, 2002; Cerezo, Ortiz-Tallo, Cardenal, &
Torre-Luke, 2014), China (Shao, Zhangcy, Lind, Shene, & Lia, 2014), Polônia
(Szramka, Pawkala, et al, 2013) e Portugal (Ribeiro, Pedro, & Marques, 2012). No
Brasil, há três estudos de validação disponíveis. No entanto, dois dos estudos empregam
apenas AFE (Bandeira et al, 2002; Bastianello et al., 2014), e o outro, ainda que se
utilize os procedimentos de AFC, baseia-se numa amostra formada apenas por crianças
e adolescentes (Ottati & Noronha, (2017).
O estudo de Bandeira et al. (2002) empregou uma amostra de 396 estudantes, de
ambos os sexos, provenimentes de uma universidade privada. Os itens do LOT-R foram
analisados por meio de AFE, com rotação Varimax. A análise mostrou a presença de
apenas um fator composto de seis itens, que explicaram 39,78% da variância total. O
alfa de Cronbach, usado para medir a consistência interna do instrumento, foi de 0,68,
enquanto que no teste da versão original foi de 0.78. Já no estudo Bastianello, Pacico e
Hutz (2014), a amostra foi composta 844 estudantes universitários do sul do Brasil,
matriculados em vários cursos. Foi feita uma AFE, via análise dos principais
componentes usando o método de eigenvalues maior que 1, que explicou 51% da
variância total, indicando também uma estrutura unidimensional. Finalmente, obteve-se
uma alfa de Cronbach de 0,80. No único estudo de validação brasileiro que empregou
AFC, Ottati e Noronha, (2017) analisaram uma amostra de 183 estudantes de escola
pública do estado de Minas gerais (51.4% estudantes do 9º ano do ensino fundamental e
48.6% do ensino médio). Eles testaram os dois modelos (unifatorial e bifatorial) e o
modelo que apresentou os melhores índices de ajustamento foi o de dois fatores [(χ 2 /
df = 2,59; CAIC = 101,34; ECVI = 0,258; GFI = 0,96; CFI = 0,92; RMSEA = 0,09
(90% de intervalo de confiança do RMSEA 0,04 e 0,14)]. Os índices de ajustamento do
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modelo de um fator foram [χ 2 / df = 3,73; CAIC = 108,04; ECVI = 0,318; GFI = 0,96;
CFI = 0,94; RMSEA = 0,12 (90% de intervalo de confiança do RMSEA 0,08 e 0,16)].
No estudo de validação do LOT-R para o contexto português, Ribeiro, Pedro, e
Marques (2012) usaram duas amostras: a primeira composta por 280 sujeitos com
múltipla esclerose, sendo 71,4 mulheres, com idade média de 39,23 anos e a outra com
615 sujeitos, sendo 51,1% mulheres, com idade média de 39,18, anos. No primeiro
estudo, o modelo de dois fatores mostrou os melhores índices de ajustamento [χ2(df 8)=
17.70, p = .02, CFI = 0,97, RMSEA =0,06, (90% intervalo de confiança do RMSEA,
0,02 e 0,10)]. Os autores lembram que o modelo de um único fator também apresentou
índices aceitáveis de acordo com as recomendações de Bentler e Bonett (1980) [χ2(df 9)
= 59.83, p = 0,0001, CFI = 0,88, RMSEA = 0,14, (90% de intervalo de confiança do
RMSEA 0,11 e 0,17). No segundo estudo, os autores também confirmaram que o
modelo de dois fatores foi a melhor solução [χ2(df 8) = 51,89, p = 0,0001, CFI = 0,92,
RMSEA = 0,09, (90% de intervalo de confiança para o RMSEA, 0,07 e 0,12). Para o
modelo de apenas um fator, os resultados foram o seguinte: χ2(df 9) = 207,16, p =
0,0001, CFI = 0,65, RMSEA = .18, (90% de intervalo de confiança para o RMSEA,
0,16 e 0,21 ).
Dada a relevância cientifica do constructo e de seu instrumento para a área da
saúde mental e física e considerando que no Brasil ainda não foram conduzidos estudos
com amostra de adultos, empregando os procedimentos da AFC, a presente pesquisa
buscará preencher essa lacuna e buscará medir as propriedades psicométricas do LOT-R
através desse procedimento de validação.
2. OBJETIVO GERAL
Investigar as propriedades psicométricas do LOT-R através de Análise Fatorial
Confirmatória.
Objetivos específicos
(i) Traduzir e culturalmente adaptar o LOT-R para o seu emprego no
contexto brasileiro;
(ii) Analisar suas propriedades psicométricas (confiabilidade, variância
extraída média e validade convergente, discriminante e fatorial).
3. MÉTODO
Trata-se de uma pesquisa descritiva, relacional.
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Participantes
A amostra será do tipo não-probabilística e intencional e será composta por 500
adultos, brasileiros, maiores de 18 anos, de ambos os sexos. O tamanho da amostra
segue uma proporção bastante superior a 10:1, ou seja, dez sujeitos para cada item do
teste, como recomendado por Tabanick e Fidell (2001) para estudos de validação.
Será considerado como critério de inclusão: aceitar a participação na pesquisa,
mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE),
constantes nos Apêndices A, independente do sexo e condições físicas, com idade maior
ou igual a 18 anos e menor ou igual a 60 anos. Além disso, para participar da pesquisa o
sujeito deverá ser brasileiro. Será considerado critério de exclusão: ser menor de 18
anos, ter mais que 60 anos e ser analfabeto.
Instrumentos
A presente pesquisa empregará o LOT-R que será traduzido da versão inglesa,
original (Scheier et al., 1994). O LOT-R é formado der dez itens, sendo quatro são
distratores e seis que avaliam o otimismo disposicional dos sujeitos. Trata-se de um
instrumento de auto-preenchimento, apresentado numa escala ordinal do tipo Likert, de
cinco pontos. As respostas variam entre “concordo totalmente” e “discordo totalmente”.
Três dos itens apresentam ordem invertida. O escore final e obtido com a soma total dos
itens.
Para fins de análise validade convergente, serão empregadas três escalas, a
versão portuguesa da Generalized Self-Efficacy Scale (Leme, Coimbra, Gato, Fontaine,
& Del Prette, 2013), a versão portuguesa da Subjective Happiness Scale (SHS) e a
versão portuguesa do SHALOM, todos validadas para o Brasil. A versão portuguesa da
GSE, validada para o Brasil (Coimbra & Fontaine, 1999), é constituída de 10 itens,
apresentado numa escala de 4 pontos do tipo Likert, variando de 1 (discordo
completamente) a 4 (Concordo completamente). Ela objetiva medir crenças de
autoeficácia numa variedade de situações. Os itens 4, 6 and 7 são invertidos. O estudo
de validação para o Brasil revelou que o modelo original testado apresentou bons
índices de ajustamento: (χ2/df = 2,55; CFI = 0,95; RMSEA = 0,06; SRMR = 0,04).
A versão portuguesa da Subjective Happiness Scale (SHS (Damásio, Zanon, &
Koller, 2014) é formada de 4 itens que medem a percepção por parte dos sujeito de sua
felicidade. O instrumento foi validado em diversos países, inclusive no Brasil e
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Análise estatística
De início, será verificada a estatística descritiva das variáveis através da média,
desvio-padrão, mínimo e máximo. Para verificar a assimetria da distribuição das médias
serão utilizados os coeficientes assimetria(skewness) e achatamento(kurtosis), sendo
considerados valores aceitáveis para os verificados no intervalo de −1 e +1.
Posteriormente, foi calculada a consistência interna dos fatores através do alfa de
Cronbach. Estas análises foram efetuadas no IBM SPSS Statistics 20.
A Análise Fatorial Confirmatória (AMOS 6.0) será utilizada para testar a
validade fatorial do modelo proposto por Scheier et al., (1994) utilizando-se o método
de estimação maximuum likelihood e respeitando-se um número mínimo de 10
observações por item (Ding, Velicer, & Harlow, 1995). Após a especificação e
estimação do modelo, a sua adequação será avaliada por um conjunto de índices de
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4. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS
Os sujeitos que aceitarem participar da entrevista serão esclarecidos quanto aos
objetivos e procedimentos utilizados no estudo, bem como serão informados por meio
do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, do qual terão acesso a uma
via, que têm liberdade de se recusar a participar da entrevista e que, mesmo aceitando
participar inicialmente, têm garantida plena liberdade de retirar seu consentimento, em
qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem qualquer prejuízo na sua
relação com a pesquisadora ou com a instituição que frequentam.
Eles também serão informados que nenhum procedimento usado na pesquisa
oferecerá riscos à sua integridade e dignidade; que o preenchimento do questionário é
anônimo, de modo que será garantido o sigilo e privacidade dos participantes, e que
todas as informações coletadas por meio de entrevista serão estritamente confidenciais,
sendo que somente os pesquisadores terão conhecimento das respostas.
Adicionalmente, também serão informados que não terão nenhum tipo de
despesa para participar desta pesquisa, bem como nada será pago por sua participação.
Também lhes será assegurado que os resultados do estudo serão divulgados para os
participantes da pesquisa e na instituição onde os dados foram obtidos. A eles serão
dados os contatos do Comitê de Ética ao qual a pesquisa foi submetida, e os contatos de
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Esse projeto de pesquisa com seres humanos será conduzido por meio de
questionários que não oferecem riscos à integridade física das pessoas, mas entende-se
que, por envolver questões relativas ao funcionamento psicológico dos sujeitos, podem
provocar não apenas desconforto pelo tempo exigido para responder o questionário, mas
também podem mobilizar emoções negativas. Para reduzir esse risco, o indivíduo que
aceitar voluntariamente participar do estudo será informado, ao assinar o TCLE, que
tem plena de liberdade de se recusar a responder ao questionário. Além disso, ele será
informado que mesmo aceitando participar, pode recusar-se a continuar participando em
qualquer fase da pesquisa, sem qualquer prejuízo pessoal.
Benefícios
exemplo). Também pode ser usado no contexto clínico para medir otimismo e
pessimismo de pacientes com câncer, ou com outras doenças crônicas, por exemplo.
5. ORÇAMENTO
6. CRONOGRAMA
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