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~

Identificacao s

de Materiais
Plásticos e Borrachas
,
Sumario
• Por que identificar um material?

• Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR)

• Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC)

• Análise Termogravimétrica (TGA) ou Termogravimetria (TG)

• Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)

• Difração de Raios-X (DRX)

• Cromatografia Gasosa com Espectrometria de Massas (GC-MS)

• Estudo de caso
Por que identificar um material?

A IDENTIFICAÇÃO DE UM DOS MOTIVOS MAIS OUTRO EXEMPLO DE ALÉM DISSO, PARA EM UM MOMENTO DE CRISE
MATERIAL É FUNDAMENTAL COMUNS É A ENGENHARIA GRANDE IMPORTÂNCIA MATERIAIS IMPORTADOS, OU MESMO DE CONTENÇÃO
PARA DIVERSOS CASOS NA REVERSA, QUE CONSISTE PARA IDENTIFICAÇÃO DE TAMBÉM SÃO REALIZADOS DE GASTOS, É COMUM
INDÚSTRIA E NO EM REALIZAR ENSAIOS E MATERIAIS NAS INDÚSTRIAS ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÃO ESTUDAR A VIABILIDADE DA
DESENVOLVIMENTO DE ANÁLISES A FIM DE SE É O CONTROLE DE PARA CLASSIFICAR O UTILIZAÇÃO DE UM
PESQUISAS. DESCOBRIR O MATERIAL E QUALIDADE, ONDE SÃO MATERIAL EM MATERIAL ALTERNATIVO.
DEMAIS COMPONENTES REALIZADOS ENSAIOS E DETERMINADA CATEGORIA COM ISSO, ESTES MATERIAIS
COM O QUAL A PEÇA OU ANÁLISES COM O OBJETIVO DE IMPORTAÇÃO E (O QUE SE QUER
PRODUTO É FEITO. EM DE VERIFICAR SE O TRIBUTAÇÃO. SUBSTITUIR E O CANDIDATO
GERAL, SÃO REALIZADOS MATERIAL QUE ESTÁ SENDO À SUBSTITUTO) DEVERÃO
OS ENSAIOS EM RECEBIDO DO FORNECEDOR, SER IDENTIFICADOS E
PEÇAS/PRODUTOS DE UM OU SENDO IMPORTADO, CARACTERIZADOS PARA
CONCORRENTE OU DE UM ESTÁ CORRETO DE ACORDO AJUSTE DE PROCESSO
MATERIAL IMPORTADO QUE COM A ESPECIFICAÇÃO. FABRIL E VERIFICAR SE É
SE QUEIRA CONHECER. VIÁVEL A TROCA.
Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR)

Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC)


Neste ebook abordaremos as principais técnicas
de identificação e caracterização de plásticos e
borrachas. O intuito não é descrever o princípio
de cada técnica, mas sim evidenciar os resultados Análise Termogravimétrica (TGA) ou Termogravimetria (TG)
que podem ser extraídos de cada técnica para
identificação e caracterização de materiais.

Vale lembrar que a escolha da técnica - ou Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)


conjunto delas - a ser utilizada dependerá do
nível de identificação e caracterização que se
deseja.
Difração de Raios-X (DRX)

Cromatografia Gasosa com Espectrometria de Massas (GC-MS)


Espectroscopia no 100

Infravermelho COM 90

Transformada de Fourier (FTIR)


80
730
720
70

60 1473 1463

50

%T
Esta é uma análise química que tem como 40

resposta bandas de absorção resultantes da 30

interação da radiação eletromagnética com a 20

molécula. Estas bandas de absorção são 10

utilizadas para fornecer evidências da 0 2919


2849

presença de grupo funcionais (grupamentos -10


4000 3000 2000 1000

químicos) presentes na estrutura química do Wavenumbers (cm-1)

material. Espectro padrão de Polietilenos

Tabela de identificação de grupamentos químicos


A técnica de FTIR possui extensa aplicação na
caracterização e identificação dos compostos Nº de Onda (cm-1) Grupamento Característico
poliméricos uma vez que além da 2919 Deformação axial assimétrica de CH2
identificação das bandas características do 2849 Deformação axial simétrica de CH2
material pode ser aplicada para a análise 1473 Deformação angular assimétrica no plano de CH2
quantitativa de misturas de compostos. 1463 Deformação angular simétrica no plano de CH2
Indicativo de longas sequências de grupos metileno
730
presentes na fase cristalina do polímero
Deformação angular assimétrica de pelo menos 4 grupos
720
metilenos consecutivos
Espectroscopia no
Infravermelho por
Transformada de Fourier (FTIR) O intervalo de absorção para ligações orgânicas de
polímeros no espectro de FTIR é de 400-4000 cm-1 e
algumas regiões do espectro apresentam
O que se obtém: características distintas e peculiares, sendo úteis
• Informações sobre a presença ou como ponto de partida para a avaliação do
ausência de grupos funcionais específicos; resultado.
• “Impressão digital” molecular muito útil Na figura abaixo pode ser observada a faixa em que
para comparar amostras. algumas das principais funções orgânicas típicas de
polímeros e borracha aparecem num espectro de
FTIR.

O que não se obtém:


• Não fornece informações detalhadas ou
prova de fórmula molecular ou estrutura;
• Não é possível inferir diretamente a
pureza ou a quantidade de substâncias
presentes na amostra apenas pela análise
do espectro.
,
Calorimetria Exploratoria
Diferencial (DSC)

É uma análise térmica na qual variando-se a temperatura em


função do tempo (ou o tempo em função da temperatura),
conseguimos medir variações energéticas (processos
endotérmicos, exotérmicos e mudanças na capacidade calorífica)
de um material. É obtida uma curva que apresenta transições
térmicas características dos polímeros, que são como uma
identidade própria de cada material.

O que se obtém:
Algumas destas temperaturas de transição podem sofrer •Temperatura de transição vítrea (Tg);
alterações em alguns polímeros em função de fatores como: • Temperatura de fusão cristalina (Tm);
presença de aditivos, umidade, presença de cargas, cura,
• Temperatura de cristalização (Tc);
processamento, etc.
• Grau de cristalinidade (%Xc);
Os resultados das análises de DSC e FTIR se complementam na • Análise de misturas poliméricas;
identificação de polímeros.
• Tempo de oxidação induzida (OIT).
, ,
Analise Termogravimetrica (TG ou tga)
Também conhecida por Termogravimetria, é um ensaio térmico
utilizado como um método de investigação da decomposição
térmica de polímeros. Assim, através dela pode-se quantificar
resíduos inorgânicos, perda de água, perda de solventes ou
plastificantes, constatar mistura de materiais, dentre outros.

O resultado da análise apresenta-se na forma de um gráfico de


massa em função do tempo ou da temperatura. A partir deste, é
possível avaliar a alteração na massa, em porcentagem, de um O que se obtém:
material polimérico a partir do seu aquecimento, de forma a se • Quantidade de material orgânico e inorgânico;
• Perda de água;
mensurar a faixa de temperatura em que uma possível
• Perda de solventes ou plastificantes;
decomposição, oxidação, desidratação, etc, ocorrem.
• Se há mistura de materiais;
• Temperatura de início e final de perda de massa;
Diferente das análises de FTIR e DSC, a análise de TG não é uma
• Comparação da estabilidade térmica entre dois ou mais materiais.
análise de identificação. Trata-se de uma análise quantitativa e
complementar para caracterização de um material.
^
Microscopia Eletronica de Varredura (MEV)
O microscópio eletrônico de varredura (MEV) apresenta
um mecanismo diferente tanto de funcionamento como
de obtenção de imagens em relação aos microscópios
óticos, permitindo que atinja resoluções e aumentos
bem maiores. Em aparelhos modernos é possível
aumentos de 300.000 vezes ou mais. Para polímeros,
dificilmente mais que 10.000 vezes. Além disso, pode-
se obter imagens em alta resolução com valores na
ordem de 2 à 5 nanômetros.

Através desta análise é possível obter rapidamente


informações sobre a morfologia e identificação de
elementos químicos de uma amostra sólida. Esta, por
sua vez, é obtida através da Espectroscopia por Imagens de uma mesma amostra
Dispersão de Energia de Raios-X. Somado a isso, evidenciando morfologia
porosa/esponja
permite verificar informações topológicas nitidamente.

Outra característica importante do MEV é a aparência


tridimensional da imagem das amostras. Permite,
também, o exame em pequenos aumentos e com grande
profundidade de foco, o que é extremamente útil, pois
a imagem eletrônica complementa a informação dada
pela imagem óptica.
^
Microscopia Eletronica de Varredura (MEV)
Análise de material multicamadas e
quantificação das mesmas. Em alguns
casos é possível determinar a espessura
de camadas.

O que se obtém:
• Imagens da superfície da amostra com
aumentos de até 10.000 vezes para polímeros;
• Imagens com alta resolução;
• Informações sobre a morfologia;
• Identificação de elementos químicos de uma
(%) em Massa amostra sólida;
Elemento
A B C • Informações topológicas;
C 8,55 6,86 6,32
O 41,46 39,49 35,41 • Imagens tridimensionais.
Na - - -
Ca 47,31 35,00 41,43
Zn - - -
Mg 2,67 18,65 16,84
Análise da morfologia de cargas utilizadas e elementos químicos presentes.
Neste caso utiliza-se o resíduo de uma análise termogravimétrica ou de
calcinação.
~ de Raios-X (DRX)
Difracao
s
Material analisado: Composto polimérico para utilização em injeção de peças para linha
de eletrodomésticos. Foi realizada análise de DRX no resíduo da análise de TG, que
corresponde a 25% do material analisado.

A difração de raios-x é uma técnica analítica usada


principalmente para a identificação de fases de
um material cristalino através da observação dos
ângulos e intensidade de difração do feixe pelos
átomos presentes no cristal, provendo informação
sobre as dimensões e características da célula
unitária, e sobre a cristalinidade do material.

Em polímeros, a análise de DRX não é comumente


utilizada para determinar o tipo de material
polimérico e sua cristalinidade, mas sim como uma
análise complementar na identificação de cargas
e/ou aditivos inorgânicos presentes nas amostras.
Neste caso normalmente utiliza-se o resíduo de
uma TG ou de uma calcinação para análise e Código de
Cor Fórmula Química Nome do Composto
identificação das fases cristalinas presentes no Referência
resíduo. ---- 86-2335 (Mg0.924Ca0.936)(CO3) Calcita Magnesiana
---- 89-0555 Ti0.924O2 Dióxido de Titânio
---- 86-1548 Ca1.9Al3.8Si8.2O24 Chabazita
---- 80-0018 Si Silício
s
~ de Raios-X (DRX)
Difracao Exemplo: Duas amostras distintas apresentam como resultados de EDS os
elementos Silício e Oxigênio. Os resultados das análises de DRX indicam as
amostras apresentam estrutura cristalina diferente e, por tanto, se tratam de
materiais distintos.

Uma análise de MEV/EDS, ou outra análise química,


terá como resultado os elementos químicos
presentes no resíduo. A forma como estes
elementos estão ligados, isto é, sua fase cristalina,
é a análise de DRX que determina. Exemplo: Na
análise química foi constatada a presença de
Difratograma de Raios-X do resíduo da amostra A - Óxido de Silício.
Carbono, Oxigênio, Cálcio, Magnésio e Silício. A
análise que vai fornecer como resposta qual o
material, por exemplo: ou Óxido de Cálcio, ou Óxido
de Silício, ou Carbonato de Cálcio ou um Silicato de
Magnésio, é a análise de DRX.

Difratograma de Raios-X do resíduo da amostra B - Quartzo.


Cromatografia Gasosa com
Espectrometria de Massas (GC-MS) O que se obtém:
• Identificação de compostos orgânicos de
A cromatografia gasosa (GC) é uma análise química que permite a baixo peso molecular como:
separação de moléculas voláteis pela diferença de temperatura de - Anti-UV’s;
ebulição e pela interação diferencial das moléculas com uma fase
estacionária na forma de uma coluna de sílica recoberta. A - Antioxidantes;
espectrometria de massas (MS) permite a detecção das moléculas e - Plastificantes;
observação dos fragmentos de massas produzidos por cada molécula ao - Ceras Auxiliares de Processamento;
serem ionizadas, além de possibilitar uma possível identificação de cada - Alguns Ácidos;
sinal de acordo com a comparação do perfil de fragmentação para cada
molécula com bancos de dados. - Monômeros Residuais;
• Quantificação de substâncias de baixo peso
Assim, esta análise pode ser utilizada na caracterização de um material
molecular.
polimérico principalmente quando se deseja um detalhamento profundo dos
constituintes de uma amostra. Através dela é possível se identificar
compostos orgânicos de baixo peso molecular como anti-UV’s, antioxidantes,
plastificantes, ceras auxiliares de processamento, alguns ácidos, monômeros O que não se obtém:
residuais, entre outros. Portanto, pelo fato de não se identificar compostos
orgânicos de alto peso molecular, então não é possível identificar o tipo de • Identificação de compostos de alto peso
polímero do material nem compostos inorgânicos (talco, carbonatos, fibras, molecular;
etc) e metálicos.
• Identificação de Compostos Inorgânicos;
Somado a isso, a análise de GC-MS permite a quantificação de substâncias. • Identificação de materiais metálicos;
Neste caso, é necessário uma metodologia de preparação de amostra que
garanta a extração de 100% da substância a ser quantificada, além da • Identificação do tipo de polímero.
análise da substância pura.
Cromatografia Gasosa com
Espectrometria de Massas (GC-MS)
Relação dos sinais observados no cromatograma da amostra como tempo de
retenção, área, porcentagem de área relativa e a identificação de maior similaridade.
Peak# Area% Name
1 2.35 Cyclotetrasiloxane, octamethyl-
2 5.51 Cyclopentasiloxane, decamethyl-
3 2.64 Cyclohexasiloxane, dodecamethyl-
4 0.97 Cycloheptasiloxane, tetradecamethyl-
5 0.64 Cyclooctasiloxane, hexadecamethyl-
6 0.87 Hydrocarbon
7 4.03 Hydrocarbon
8 4.59 Hydrocarbon
Cromatograma obtido 9 5.09 Hydrocarbon
10 5.07 Hydrocarbon
11 4.91 Hydrocarbon
12 6.43 1-Phenylhexadecane-1,3-dione
13 4.25 Hydrocarbon
Temos como exemplo essa análise do extrato de uma amostra que
14 16.72 1-Phenylhexadecane-1,3-dione
permitiu a observação de 17 (dezessete) picos cromatográficos que 15 2.45 Hydrocarbon
podem ser vistos ao lado. Foram identificados hidrocarbonetos, siloxanos, 16 26.46 tri(2-Ethylhexyl) trimellitate
compostos contendo os átomos de oxigênio e fósforo. 17 7.02 Tris(2,4-di-tert-butylphenyl) phosphate

O pico majoritário do cromatograma, com 26,46% de área relativa, foi


identificado como o aditivo plastificante tri (2-etil hexil) trimelitato.
Estudo de Caso
Identificação completa de Borracha
Estudo de caso
Identificação do Polímero
DSC FTIR

Agora que temos todas as técnicas de


análise apresentadas, faremos um Quantificar Negro de Fumo e Material Inorgânico
estudo de caso mostrando resultados
TGA
reais das análises e no final a
conclusão da identificação completa da
borracha estudada. Verificar Morfologia e Elementos Químicos Presentes no Resíduo
MEV

Ao lado, a sequência e o objetivo da


realização dos ensaios: Verificar Qual Composto Inorgânico Presente no Resíduo
DRX

Verificar Quais Aditivos Orgânicos Presentes no Material


GC-MS
Estudo de caso - FTIR
100

Na figura ao lado está apresentado o espectro 90


3373

resultante da análise de FTIR da amostra. As 80 2236

913

bandas de absorção utilizadas na identificação da


70

968
60 1600

amostra estão descritas na tabela abaixo: 1072 746

%Transmittance
50

1378 1121

40

2857
1722
30 1273

1452
20

Número de Onda (cm -1) Gr upamento Característico 10


2926

3373 Deformação de NH 0

2926 - 2857 Deformação assimétrica de –CH 2 -10


4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500

2236 Deformação axial –CN


Wavenumbers (cm-1)

Espectro de FTIR obtido.


1722 Deformação de C=O
1600 Deformação axial de –NH 2
1452 - 1378 Deformação simétrica de CH 2 e CH 3 Conforme indicado nas normas ASTM D3677 e ISO 4650,
1273 Deformação de C=O utilizadas para identificação de borrachas através da análise
1121 - 1072 Deformação de -C-O-H de FTIR, as absorções que aparecem próximas a 3373 cm -1,
968 - 913 Deformação angular de –CH=CH 2
2236 cm -1, 1600 cm -1, 1452 cm -1, 968 cm -1 e 911 cm -1
746 Deformação de –CH 2
indicam que o material da amostra apresenta grupamentos de
borracha nitrílica (NBR) em sua composição.
Estudo de caso - DSC

Nas figuras ao lado podemos observar o


primeiro e segundo aquecimento da amostra
analisada.

Já na tabela é possível observar a Tg obtida.


Por ser uma borracha, não foram
observados picos de Tm e Tc.
Cur va DSC do 1º aquecimento.

1º Aquecimento 2º Aquecimento
Tg (°C) Tg (°C)
-22,15 -17,78

Cur va DSC do 2º aquecimento.


Estudo de caso - TG

Na figura ao lado temos a curva de


TG e DTG da amostra. É possível
observar 3 perdas de massa.

Na tabela abaixo, o resumo dos


resultados obtidos:

Cur va TG e DTG.

Faixa de Perda de Massa Resíduo Estável a


Temperatura (°C) (%) 800°C (%)
175 – 390 10,20
390 – 500 46,72 33,03
500 – 750 5,60
Estudo de caso - gc-ms
O cromatograma obtido para o extrato da amostra, Peak# R.Time Área Área% Name
representado na figura abaixo, apresentou 27 picos de alta, 1 4,881 284576 0,08 Cyclohexyl isocyanate
2 5,903 460394 0,13 NI
média e baixa intensidades. Dentre os picos detectados 11 3 7,858 413973 0,12 L-.alpha.-Terpineol
não puderam ser identificados. 4 8,521 1503642 0,44 Cyclohexyl isocyanate
5 11,433 271479 0,08 1,2-Dihydro-2,2,4-trimethylquinoline
6 12,373 1101979 0,32 NI
A relação dos sinais observados no cromatograma da 7 12,867 438153 0,13 NI
8 15,762 838070 0,24 NI
amostra, tempo de retenção, área, porcentagem de área 9 16,376 708563 0,21 NI
relativa e a identificação de maior similaridade pode ser 10 17,195 5329014 1,55 NI
11 18,146 958752 0,28 1,3-Dicyclohexylurea
observado na tabela ao lado. 12 20,167 4408163 1,28 Tert-octyldiphenylamine
13 20,307 1712776 0,50 4,4'-Di-tert-butyl-diphenylamine
14 20,770 73549810 21,37 4-(1,3-Dimethylbutyl)amino-diphenylamine
15 21,834 36542220 10,62 NI
16 22,253 178232872 51,78 Bis(2-ethylhexyl) phthalate
17 22,893 3533060 1,03 NI
18 23,316 11800278 3,43 NI
19 24,215 1967252 0,57 Squalene
20 24,532 2832713 0,82 NI
Benzenamine, 4-(1,1,3,3-tetramethylbutyl)-N-[4-
21 25,185 1502468 0,44
(1,1,3,3-tetramethylbutyl)phenyl]-
22 25,393 1825859 0,53 NI
23 27,130 1489465 0,43 4',5,6,7-Tetramethoxyflavone
24 27,189 1495471 0,43 4',5,6,7,8-Pentamethoxyflavone
25 28,976 4015725 1,17 3,5,6,7,8,3',4'-Heptamethoxyflavone
26 29,106 1318214 0,38 3',4',5,6,7-Pentamethoxyflavone
27 29,207 5653213 1,64 3',4',5,6,7,8-Hexamethoxyflavone

Cromatograma obtido.
Estudo de caso MEV-eds
A figura ao lado apresenta as micrografias do
resíduo de calcinação a 600°C da amostra. E a
tabela apresenta os resultados de EDS obtidos
para o resíduo da amostra nos pontos
mostrados na figura.

(%) em Massa
Elemento
A B C D E
C 41,98 82,58 46,76 81,28 78,83
O 18,39 6,88 19,43 6,03 8,07
Mg 1,14 1,36
Na 2,21 3,72
Al 1,91 1,20 0,88 0,68
Si 1,46 1,29
P 0,56 0,49
S 4,77 2,02 2,83 2,94 1,15
K 0,38
Ca 7,73 1,51 5,60 1,47 1,11
Ti 0,48 0,32
V
Zn 21,20 4,80 20,62 7,39 6,44
Imagens obtidas do MEV.
Estudo de caso - drx
A figura apresenta o difratograma de raios-X do resíduo de calcinação da amostra.

Código de
Cor Nome do Composto Fórmula Química
Referência
---- 89-0510 Óxido de Zinco ZnO

---- 80-0787 Sulfato de Cálcio Ca(SO4)

---- 47-1743 Carbonato de Cálcio CaCO3

Difratograma obtido.
Estudo de caso - Conclusao
~
O resultado da análise de FTIR aponta que a amostra foi moldada em Borracha Nitrílica (NBR).
A análise de DSC resultou em uma temperatura de transição vítrea em torno de -18°C, considerando o segundo aquecimento, que
reflete as propriedades intrínsecas ao material, característica de Borracha Nitrílica.

Assim, com os resultados das análises de FTIR e DSC é possível afirmar que o material da amostra analisada é uma Borracha
Nitrílica.

Os resultados da análise de Termogravimetria (TG ) indicam que a amostra apresenta três perdas de massa:
1) A primeira de 175°C a 390°C de aproximadamente 10%, relativa a compostos de baixo peso molecular.
2) A segunda perda entre 390°C a 500°C de aproximadamente 45%, relacionada a decomposição de material orgânico
(borracha).
3) A terceira de 500°C a 750°C variando de 5 a 8%. A amostra apresenta um teor de resíduo estável a 800°C de
aproximadamente 33%, correspondente ao teor de material inorgânico presente na amostra.
Estudo de caso - Conclusao
~
A análise por GC-MS da amostra apresentou 27 picos, dentre os quais 11 não puderam ser identificados pelo banco de dados
NIST 17. As substâncias majoritárias detectadas no extrato da amostra foram identificadas como:
• Bis (2-etil hexil) ftalato (51,78% de área relativa): Aditivo empregado em elastômeros com a finalidade de conferir maciez
e plasticidade;
• 4-(1,3-dimetilbutil) amino-difenilamina (21,37% de área relativa): Associada à propriedades antioxidante e antiozonante;
• 1,2-dihidro-2,2,4-trimetil quinolina (0,08% de área relativa): Antioxidante em borrachas natural e sintética.
• Fenil aminas (Terc-octil fenil amina, 4,4’-di-terc-butil-difenil amina, 4-(1,3-dimetil butil) amino-difenilamina e 4-(1,1,3,3-
tetrametilbutil)-N-[4-1,1,3,3-tetrametil butil) fenil-benzenamina): Antioxidantes e apresentam propriedade antiozonante.
• Foram identificadas também as substâncias α-terpineol, 4',5,6,7-tetrametoxi flavona, 4',5,6,7,8-pentametoxi flavona,
3,5,6,7,8,3',4'-heptametoxi flavona, 3',4',5,6,7-pentametoxi flavona e 3',4',5,6,7,8-hexametoxi flavona, normalmente
encontradas em algumas plantas e frutas.

Os resultados das análises de MEV do resíduo de calcinação da amostra indicam partículas com morfologia particuladas e não
uniformes com a presença predominante dos elementos C, O, Zn, com traços significantes de Ca e S e traços de elementos como Al,
Mg, Si.

Os resultados das análises de DRX corroboram com os resultados das análises de EDS uma vez que no resíduo da amostra foram
identificadas as substâncias Óxido de Zinco, Sulfato de Cálcio e Carbonato de Cálcio.
Estas são as análises que normalmente são realizadas para a identificação e
caracterização de polímeros. Como dito no início, a escolha do conjunto de análises a
serem realizadas depende do nível de identificação que se deseja obter.

A identificação é fundamental para diversas indústrias e agora que você já conhece


mais sobre o procedimento e sobre as análises, é possível escolher qual ou quais
utilizar de acordo com o seu objetivo.

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E-book: Identificação de Polímeros – Plásticos e Borrachas. Rua Raimundo Correa, nº 1591


Vl. Marcelino – São Carlos – SP
Redação: Marcio Kobayashi, Luciana da Silva Amaral, Giovanna Rubo de Rezende CEP 13570-591
e Kenji Nishiyama Bueno.

Revisão: Guilherme Finocchio, Marcelo Diego Miagusuku. (16) 3307-8362

Edição e Diagramação: Marcelo Diego Miagusuku.

Imagens: Afinko Soluções em Polímeros. (16) 9 9791-1027

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