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DOI:10.5585/ConsSaude.v12n1.3983 Recebido em 24 out. 2012. Aprovado em 7 mar.

2013

Compreendendo os significados
das emoções e sentimentos
em indivíduos autistas no
ambiente aquático
Understanding the meaning of emotions and feelings in autistic
individuals during aquatic activities

Daniela Amorim dos Santos1; Lara de Araújo Miranda2; Emília Amélia Costa Pinto da Silva3;
Petrucio Venceslau de Moura4; Clara Maria Silvestre Monteiro de Freitas5
1
Graduanda em Educação Física – Escola Superior de Educação Física/UPE-Recife. Bolsista de Iniciação Científica do CNPq 2010-2011.
Recife, PE – Brasil.
2
Graduanda em Educação Física – Escola Superior de Educação Física/UPE. Recife, PE – Brasil.
3
Doutoranda em Educação Física – UFPR. Curitiba, PR – Brasil.
4
Professor Mestre – IFPE. Barreiros, PE – Brasil.
5
Professora Pós-Doutora – Escola Superior de Educação Física – ESEF/UPE. Recife, PE – Brasil.

Endereço para correspondência


Emília Amélia Pinto Costa da Silva
R. Dr. Carlos Bruno Breithaupt, 410, fundos, Jardim das Américas
81510-150 – Curitiba – PR [Brasil]
milapcosta@hotmail.com

Resumo
Introdução: O autismo é um transtorno do desenvolvimento que consiste em uma
alteração do sistema nervoso central, ocasionando problemas no comportamen-
to. Entretanto, a prática da natação tem auxiliado na socialização dos portado-
res. Objetivo: Analisar as manifestações emocionais influenciadas pela prática
aquática em crianças autistas. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva, de
abordagem qualitativa. Participaram do estudo seis crianças que frequentam re-
gularmente a Fisioclínica de Casa Forte, Recife (PE). Os instrumentos utilizados
foram questionário sociodemográfico, roteiro de entrevista semiestruturada e de
observação. Resultados: As crianças demonstraram ansiedade antes de entrarem
na piscina, mas, após, mostraram entusiasmo, alegria e sentimento de calma. No
término das aulas, 50% delas resistiram em sair da água, sugerindo interesse em
permanecer na aula. As participantes interagiram mais com brinquedos do que
entre si ou com a professora. Conclusão: O trabalho realizado de forma lúdica
proporcionou às crianças um ambiente prazeroso, contribuindo no desenvolvi-
mento biopsicomotor e emocional.
Descritores: Emoções; Natação; Transtorno autístico.

Abstract
Introduction: Autism is a developmental disorder that consists of changes in
the central nervous system, causing behavioral problems. However, the prac-
tice of swimming has been helping with the socialization of these individuals.
Objective: To analyze the emotional manifestations influenced by aquatic activi-
ties in autistic children. Methods: A descriptive study of qualitative nature was
carried out. The study included six children who regularly attend Fisioclínica
Casa Forte, Recife (PE). The instruments used were a socio-demographic ques-
tionnaire and a script of semi-structured interviews and observation. Results:
Before entering the swimming pool, the children showed anxiety; but, after-
wards, they showed enthusiasm, happiness and calmness. At the end of class,
50% of them did not want to leave the pool, suggesting interest in staying in
class. The participants interacted more with toys than with each other or with
the teacher. Conclusion: The work done in a playful way provided the children
with a pleasant environment, contributing to their psychomotor and emotional
development.
Key words: Autistic disorder; Emotions; Swimming.

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Santos DA, Miranda LA, Silva EACP, Moura PV, Freitas CMSM

Introdução No estudo realizado por Picanço11, a con-


quista de novos movimentos passa por proces-
O autismo é um transtorno invasivo do sos específicos no meio líquido. Esta atividade
desenvolvimento, ocasionado por uma altera- proporciona aos indivíduos, de forma gradativa,

Editorial
ção do sistema nervoso central. Os indivíduos a descoberta do mundo que o rodeia. Assim,
portadores apresentam problemas de compor- para Lô et al.12, a inclusão de autistas em ati-
tamento, como hiperatividade, dificuldade de vidades aquáticas pode acarretar mudanças
prestar ou manter a atenção, tendência a fixar nas características típicas deste grupo, além de
mais atenção nas partes do que no todo e impul- motivar a criança a vivenciar diversos estados
sividade, além de comportamentos agressivos, emocionais. Nessa perspectiva, nas atividades
destrutivos e autodestrutivos1, 2 . Nesse aspecto, aquáticas, as crianças apresentam vários tipos

Ciências
Matsukura3 afirma que o autismo não tem uma de manifestações emocionais, uma vez que nes-

básicas
única etiologia, mas define-se como uma sín- sa prática existem atividades próprias que po-
drome comportamental com diversas alterações, dem causar alegria ou medo, variando de acordo
tais como desvios na imaginação, linguagem e com a criança.
interação social, podendo ser leve ou de um ní- Sob essa dimensão, Lô et al.12 ressaltam
vel mais severo. que as emoções podem assumir características
Nesse contexto, sabe-se que pessoas com tanto prazerosas quanto não prazerosas, expres-

aplicadas
Ciências
autismo apresentam características distintas sas por estímulos reconhecidos pela criança que,
das demais, devido à necessidade de uma me- aos poucos, constrói um banco de memória com
diação considerável para se comunicar, memo- as suas emoções e a reação dos seus pais. Com
rizar, ter atenção, contextualizar e desenvolver isso, suas representações emocionais são cons-
o raciocínio lógico e a linguagem, visto que o truídas e desenvolvidas, podendo ser utilizadas
principal comportamento que se caracteriza é a na comunicação.
dificuldade em instituir um modo adequado de Desse modo, a compreensão da emoção e

de casos
Estudos
comunicar-se com o meio social. Isso não signi- seus significados não altera sua expressão base-
fica que o autista não se comunique, apenas não ada na necessidade de comunicação13, mas numa
utiliza a fala com o objetivo de socialização 4, 5, perspectiva social que, junto com as outras fun-
6
. Conforme Galvão7 é comum crianças com de- ções educativas, vai desenvolvendo um sistema
ficiências crescerem com limitações no que diz socioeducativo. Todavia, são escassos estudos
respeito à interação com o meio que as cerca, no que tratam a relação entre emoção e crianças
qual suas potencialidades não são valorizadas, com autismo no contexto das atividades aquáti-

de literatura
Revisão
pois o meio as tornam indiferentes, devido a cas. Portanto, neste estudo, objetiva-se analisar
suas limitações motoras e sociais. Nessa pers- as manifestações emocionais influenciadas pela
pectiva, a atividade física aparece como um fator prática aquática em crianças autistas.
imprescindível para que o sujeito possa alcançar
a dimensão total da inclusão social8.
Sendo a natação uma das mais completas Metodologia
para os autores

entre as atividades físicas por oferecer estímu-


Instruções

lo motor aquático, proporcionando a partir do A pesquisa caracterizou-se como descri-


meio líquido a experiência de um espaço motiva- tiva, de abordagem qualitativa. Participaram
dor que permite uma diversidade de movimen- deste estudo seis crianças autistas, praticantes
tação9. Conforme a Association of Swimming de natação na Fisioclínica de Casa Forte, situ-
Therapy10, o meio aquático possibilita aos indi- ada na cidade de Recife (PE), juntamente com
víduos vivenciar a sensação de liberdade e satis- seus pais/cuidadores. Os critérios de inclusão
fação com maior independência na água. estabelecidos foram crianças com autismo que

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Compreendendo os significados das emoções e sentimentos em indivíduos autistas no ambiente aquático

frequentassem regularmente as aulas de nata- pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres
ção. Excluíram-se aquelas que, além de autismo, Humanos da Universidade de Pernambuco, com
apresentassem outros diagnósticos. o número CEP/UPE – 108/10.
Como instrumento, empregou-se um
questionário sociodemográfico, com intuito de
identificar o perfil das crianças e seus pais/cui- Resultados
dadores. O segundo instrumento utilizado foi
um roteiro de entrevista semiestruturada, que Para caracterizar os sujeitos pesquisados,
contemplou 12 questões, referentes à história observou-se a média de idade das crianças (7,33
de vida das crianças, tais como de que maneira anos ± 3,63 anos) e também a de seus pais/cui-
transcorreu a gravidez e o parto, a descoberta do dadores (42,33 ± 11,81 anos). Verificou-se que
autismo, as dificuldades que os pais/cuidadores metade delas eram filhos únicos, enquanto a ou-
tiveram no início, se a criança possui irmãos e tra metade possuía apenas um irmão. Todos os
qual a reação deles diante das características responsáveis afirmaram não pretender adotar ou
da autista, quais profissionais acompanharam ter outro filho, e a justificativa mais relevante foi
a criança portadora. Ressalta-se que cada entre- financeira, seguida por desgaste físico e mental.
vista durou, aproximadamente, 40 minutos. E, No que diz respeito ao “histórico de vida
por fim, ocorreu um acompanhamento indivi- das crianças”, quando questionadas sobre a ges-
dual por meio de um roteiro de observação das tação, 66,6% das mães declararam que não tive-
aulas de natação, neste, focalizava-se na criança ram dificuldades na gestação, seguido de 33,4%
a partir de sua entrada até a sua saída, de modo que apresentaram sangramento, ansiedade ou
a identificar seu comportamento no ambiente dilatação insuficiente no parto. Quanto às difi-
aquático, com o intuito de analisar os benefícios culdades no período pós-natal, 66,7% das mães
biopsicossociais e a interação entre o professor e de crianças autistas apresentaram dificuldades,
os alunos no tocante as emoções expressas pelas como, por exemplo, a falta de conhecimento e
crianças nas aulas. experiência em lidar com as características dos
A aula de natação das crianças tinha du- autistas. Quando se questionou sobre os espe-
ração de 30 minutos e sempre era ministrada cialistas que atenderam as crianças, foram ci-
pela mesma professora. O período de coleta de tados fisioterapeuta, terapeuta ocupacional,
dados ocorreu de outubro de 2010 a janeiro de fonoaudiólogo, dentista, psicólogo e professor
2011. O roteiro de observação foi aplicado indi- de Educação Física. Ressalta-se que todos os
vidualmente, ou seja, cada criança foi observada sujeitos foram atendidos pelo profissional de
durante uma aula. Educação Física.
Na análise das informações coletadas, Em relação a características típicas do au-
primeiramente as entrevistas foram transcritas tismo, foi relatado nas entrevistas que as crian-
na íntegra, logo após, categorizadas a partir da ças apresentaram movimentos repetitivos e
análise de conteúdo de Bardin14 do tipo temáti- regressão comportamental nos primeiros anos
co. No que concerne às questões fechadas, foram de vida, além de comportamentos incomuns,
organizadas no programa Statistical Package for problemas de comunicação, movimentos este-
Social Science (SPSS), versão 10.0. reotipados e maneirismos. Quanto aos relacio-
Todos os pais das crianças voluntárias namentos afetivos, apenas 33,3% das crianças
assinaram o Termo de Consentimento Livre e possuíam amigos.
Esclarecido (TCLE) e foram respeitadas as dire- Por intermédio da observação, no momen-
trizes regulamentadas pela Resolução nº 196/96 to que precede a entrada na piscina, verificou-
do Conselho Nacional de Saúde/Ministério se que as crianças autistas demonstraram an-
da Saúde – MS, sendo o projeto aprovado siedade, quadro que se apresentou alterado no

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Santos DA, Miranda LA, Silva EACP, Moura PV, Freitas CMSM

momento da passagem para o meio líquido, de- Discussão


monstrando emoções, como entusiasmo, alegria
e sentimento de calma. Com relação à “interação De acordo com o perfil sociodemográfico,
nas aulas”, a análise remeteu a três categorias os pais demonstraram não pretender adotar ou

Editorial
analíticas, sendo elas: “Interação das crianças ter outro filho, e alegaram existir desgaste físico
com a professora, Interação com brinquedos e e mental, dessa forma, sugerindo haver dificul-
Interação com demais crianças”. De acordo com dade nos cuidados a criança autista. Segundo
a interação com a professora, os indivíduos autis- Sanefuji e Ohgami15, essas dificuldades come-
tas não apresentaram troca de olhar, repeliram o çam a apresentarem-se aos 18 meses, caracteri-
toque, porém em alguns momentos ocorreu um zadas por problemas de comunicação e atenção
peculiar encontro afetivo, visto que algumas aos parceiros sociais, aos objetos e eventos, além

Ciências
crianças por meio de demonstração de carinho do fraco desenvolvimento da capacidade de imi-

básicas
encostaram seu rosto no dela ou acariciaram-no, tar ações.
principalmente quando conquistaram o objetivo Portanto, a presença de uma criança autista
proposto pela professora. altera a situação familiar pelo fato de cessarem
Quanto à interação com os brinquedos, suas atividades sociais normais, afetando o es-
constatou-se que as crianças autistas fixaram tado emocional de seus integrantes16. Contudo,
seu olhar num determinado brinquedo, e qui- apesar do desafio em criar um filho com defici-

aplicadas
Ciências
seram mantê-lo na mão durante toda a aula, ência, essa experiência pode ser uma das mais
mesmo quando não era o momento do brincar. gratificantes para os pais17. Ter uma criança es-
A respeito da interação das crianças autistas, ob- pecial vai da superação ao privilégio, o que tor-
servou-se que as aulas foram geralmente indivi- na a família especial, ultrapassando as barreiras
duais, pois quando realizadas de forma coletiva de comunicação e integração com seu filho, sen-
uma criança autista repudiava a aproximação do necessários paciência e muito amor18.
dos colegas também autistas, apesar de algumas A criança autista deve ter acompanha-

de casos
Estudos
delas manifestarem interação com as mais pró- mento profissional. Conforme Silva e Mulick1,
ximas, em certos momentos. quando confirmado o diagnóstico da patologia,
Observando-se as aulas foi possível anali- é preciso definir quais serão os profissionais
sar a expressão dos sentimentos das crianças na necessários para acompanhar o portador, tais
prática aquática – no momento do mergulho e na como terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, fo-
realização das atividades e exercícios próprios noaudiólogo, neurologista, geneticista, profis-
da natação. Assim, verificou-se que as crianças sionais que trabalhem com problemas do sono,

de literatura
Revisão
permaneciam atentas à voz da professora; entre- alimentação e comportamento da criança. De
tanto, ao fixar o olhar em algum brinquedo tor- acordo com Fernandes19, cabe ao profissional
navam-se dispersas. Foi constatado que as aulas compreender a necessidade desse paciente de ter
de natação são realizadas de forma individual, alguém que se encante, sonhe, sorria, se alegre e
conduzida por profissionais especializados, e compreenda de forma afetuosa seu mundo.
que o número de crianças dentro da piscina não Entre as técnicas utilizadas nos tratamen-
para os autores

parece interferir em seu comportamento. tos de sujeitos autistas, Sanefuji e Ohgami15 re-
Instruções

No término da aula e no momento de mu- latam respostas sociais significantes em frequ-


dança do meio aquático para o terrestre, 50% das ência e duração quando estas são imitadas por
crianças apresentaram resistência, não queren- suas mães ou mesmo adultos desconhecidos,
do sair da água, mostrando que mesmo ao resis- principalmente no que diz respeito à capacida-
tir em alguns momentos às atividades propostas de de atenção. No mesmo sentido, a pesquisa
pela professora, existia um interesse em perma- de Pires et al.20, por meio de um estudo de caso,
necer na aula. submeteu uma criança autista a sessões de ativi-

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Compreendendo os significados das emoções e sentimentos em indivíduos autistas no ambiente aquático

dades lúdico-recreativas, identificando evolução conforto às pessoas autistas ou não, para que
na criança referente à sensibilidade, às experiên- possam manifestar desempenhos enriquecidos
cias motoras, à interação social e concentração. e desenvolvimento relevante.
Assim, Potvin et al.21 afirmam a necessida-
de de integrar crianças com traços autistas em
atividades recreativas, pois elas possuem menor Conclusão
variedade de atividades do que as crianças não
autistas na mesma faixa etária, limitação também Por meio dos resultados encontrados, per-
percebida quando analisado o contexto em que
cebeu-se a importância da atividade física para as
estas atividades ocorrem, preferencialmente pró-
crianças autistas, visto que o trabalho realizado
ximo a suas casas, sozinhos ou com familiares.
de forma lúdica proporcionou a elas um ambiente
No estudo aqui apresentado, identifica-
prazeroso, promovendo a integração das crianças
ram-se algumas dificuldades que as crianças
pesquisadas apresentaram nos primeiros anos autistas entre si e delas com a professora, o que
de vida, como, por exemplo, problemas de comu- para os autistas é um intenso desafio. Embora
nicação e movimentos repetitivos, dificuldades tenha sido constatada a dificuldade dos sujeitos
também referidas por Valicenti-Mcdermott 22, autistas em relacionar-se com outras crianças
além disso, constatou-se que poucas crianças autistas ou não autistas e com a professora, foi
possuem amigos. observada a possibilidade dessa interação, a qual
Tais dificuldades podem ser amenizadas necessita de muita paciência. Destaca-se que uma
durante as atividades de caráter lúdico, como a das limitações do estudo foi a não identificação
natação, na qual foram identificados sinais de do grau de autismo de cada criança.
entusiasmo e de alegria das crianças ao partici- Dessa maneira, constatou-se que a ludi-
parem das aulas. Potvin et al.21 pesquisaram a cidade foi a principal característica da aula de
participação de crianças autistas em atividades
natação, evidenciando a alegria em algumas
esportivas, tendo a natação (66,67%) a maior fre-
crianças, promovendo a integração entre elas,
quência de relatos. Conforme Lô e Goerl24, no de-
auxiliando o desenvolvimento de sua capacida-
correr da aula diversas emoções são expressas,
de de socialização e lapidando o potencial de
visto que de acordo com as autoras, enquanto as
crianças executam as atividades, a alegria se dá cada uma delas. Por fim, é válido ressaltar a im-
por meio da vibração dos professores e do pró- portância da interação entre a prática aquática e
prio aluno quando este realiza corretamente o o desenvolvimento biopsicomotor de indivíduos
que lhe foi pedido; e o medo surge no momento autistas, além da influência do papel lúdico em
em que se depara com uma situação desafiadora. seu âmbito emocional.
Nesse sentido, Sulzbach 23 afirma que o am-
biente aquático proporciona momentos de expe-
riências, no qual é necessário cultivar o contato Referências
e a comunicação, sendo possível obter relações
afetivas, porém é necessário perseverança, visto 1. Silva M, Mulick J. Diagnosticando o transtorno
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