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ENGENHARIA DE ALIMENTOS
Caroline Santos, Everton Zanazzi, Giovanna Martins, Maria Clara Barbosa, Nathalia Tavares.
MATÃO - SP
2022
LISTA DE FIGURAS
2. OBJETIVO .......................................................................................................................... 5
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 15
1. INTRODUÇÃO
Entre as possíveis análises, está a determinação de cinzas. Durante uma análise de cinza,
percebemos que houve a total carbonização da amostra, quando ela para de soltar fumaça e o
processo está com uma cor escura. Esse procedimento deve ser realizado dentro da capela,
devido ao acúmulo de fumaça. O método está baseado na determinação da perda de peso do
material submetido à queima em temperaturas entre 550 e 570ºC. Com esta análise será possível
identificar, a partir da diferença entre o peso original da amostra e o peso de matéria orgânica,
a quantidade de cinza presente no produto.
2. OBJETIVO
3.1. Materiais
Para a realização da análise foram utilizados vários materiais que são essenciais para obter o
resultado de lipídeos da amostra analisada.
Cadinho de porcelana;
Mufla;
Dessecador;
Balança analítica;
Espátula;
Pinça tenaz;
Bico de Bunsen;
Tripé;
Triângulo de porcelana.
3.2. Métodos
I. Pesar com exatidão, em cadinho calcinado (submetido à queima em forno mufla 550 a
600ºC por uma hora, resfriado e mantido em dessecador), 5g de amostra. Anotar o peso
do cadinho vazio e o peso da amostra. Ao manipular o cadinho, deve ser utilizada a
pinça tenaz;
II. Começar a incineração aos poucos, em bico de Bunsen, procurando aquecer igualmente
todas as faces do cadinho (muito cuidado para a amostra não pegar fogo);
III. Quando o produto estiver transformado em uma massa de carvão, transferir o cadinho
para o forno mufla a 550 a 600ºC, deixando-o por um espaço de tempo suficiente de
uma hora, para a total destruição da matéria orgânica, até obter cinzas brancas (no caso
de não branquear, adicionar algumas gotas de água destilada e levar à mufla
novamente);
IV. Deixar, então, que a temperatura diminua até, pelo menos, 150ºC;
V. Retirar o cadinho e deixar esfriar completamente em dessecador por, aproximadamente,
25min.
Logo após retiramos o cadinho da mufla e transferimos as amostras para o dessecador, por 30
minutos ou até eles atingirem temperatura ambiente.
Obs.: Devemos manipular os cadinhos com a auxílio de uma pinça, evitando o contato com as
mãos, que podem passar umidade ou gordura ao cadinho.
Logo após este processo, colocamos os cadinhos com a amostra na mufla a 550º C, e
esperamos até que a amostra fique branco ou cinza claro, o mais indicado é que ela fique na cor
branca.
Depois colocamos a amostra em um dessecador por cerca de 30 minutos, pra que a amostra
chegue em temperatura ambiente.
Figura 8 - Amostra na mufla após a carbonização
4. RESULTADOS E DISCUSÕES
O valor de cinzas para amostra natural considerando o conteúdo de água da mesma, trazidos na
literatura para a amostra utilizada neste trabalho está apresentada abaixo:
Cálculo da média foi obtido somando as 2 amostras dos sólidos totais, dividindo pela
quantidade de amostras analisadas, que no caso foram 2
Média =0,1426+0,0850/2
Média= 0,1138%
Com a obtenção de dados para cinzas em diferentes situações, concentrou-se a comparação de
resultados. O valor da literatura junto ao valor médio obtido neste trabalho é mostrado no
quadro abaixo.
Tabela 4
Obtido Literatura*
*ANVISA (1978)
De acordo com o comparativo dos dados obtidos e dos dados literários utilizados como
referência, pode-se dizer que a proteína de soja ficou muito abaixo dos dados literários, o que
não válida o resultado obtido, o valor médio encontrado de 0,1138% é quase 57 vezes menor
que o valor literário tido como referência (6,5%). Surgem algumas hipóteses para justificar o
resultado obtido, como por exemplo, o método não foi feito no aquecimento gradativo da mufla,
ou alguma alteração no manuseio da amostra pode ter interferido no resultado. Outra
possibilidade é que a composição, o cultivo e mesmo a variedade da proteína como amostra e
o uso como referência terem diferenças que podem interferir na quantidade de cinzas. E por
fim, os teores de cinza da proteína mudam significativamente conforme o tempo e a tendência
é que haja uma redução das cinzas com o passar do tempo, então pode-se sugerir que a amostra
seja mais velha que o tido como referência. Apesar da diferença nos resultados obtidos existem
muitas possibilidades de justificar a diferença.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como relatado neste trabalho a bromatologia tem grande importância para segurança e
garantia na qualidade de um alimento, no caso a proteína texturizada de soja, quando é uma
determinação relativamente simples que pode levar a investigação de possíveis ações ilegais,
como adulterantes e aditivos, nos produtos. Durante a análise de cinza, percebemos que houve
a total carbonização da amostra, quando ela parou de soltar fumaça e o processo apresentou
uma cor escura. Esse procedimento foi realizado dentro da capela, devido ao acúmulo de
fumaça.
Uma das aplicações é na agropecuária, em que há grande aplicação quando se trata dos
resíduos de produtos fitossanitários que podem ter se acumulado no produto como metais
pesados. A perda de peso fornece o teor de matéria orgânica presente no alimento. A diferença
entre o peso original da amostra e o peso de matéria orgânica fornece a quantidade
de cinza presente no produto.