Prática 25/08/2020 e 26/08/2020 Se diagnostico de raquitismo ou ingestão de cálcio

insuficiente, recomenda-se suplementar o Cálcio 30-80

Fórmula geral: (Dose em mg / mg da mg/ Kcal/dia de cálcio elementar, VO, 8/8h por 2-4 s.
apresentação) x mL → quant. de mL → se
Sendo que 1g de carbonato de Ca tem 400 mg de Fe.
multiplicar por 20gts → quant. de gotas.
Estima-se que a cada 100UI suplementada, aumenta 0,7-
Se > 40Kg → uso a dose de adulto.
1mg/mL
Se a dose ultrapassar a dose do adulto, não devo
ofertar, considero a do adulto mesmo.

Suplementação de nutrientes
DHA (Ácido Docosahexaenoico) – ácido graxo
poliinsaturado oriundo do ômega 3 (W3), importante
para o desenvolvimenro cerebral e da visão.

A associação brasileira de nutrologia recomenda

suplementação de DHA para gestantes e lactantes
(200mg), crianças sem amamentar devem ter o DHA na
fonte láctea ou suplementar isoladamente.

Vitamina D – A dosagem apenas deve ser realizada em

grupos de risco insuficiente exposição à luz solar, sd de
má absorção intestinal, hepatopatia, nefropatia e uso de
determinados medicamentos) – 25 (OH) vitamina D.
- Vitamina D 200 UI/gota ------ 01 frasco
Obs: se a dosagem for <20ng/mL → solicito Ca, P, Mg, Uso: 2 gotas por dia se < 1 anos.
FA, proteínas t. e frações e PTH – seguir com Raio X se
3 gotas por dia se > 1 ano.
exames alterados.

COLECALCIFEROL

Dose preventiva:

- 400UI/dia: 7dias -12meses.

- 600UI/dia: 1-2 anos. Intoxicação por Vitamina D (>100)

Evitar exposição solar em crianças < 6m Hipercalcemia e hipercalciúria → náusea, vômito, dor
abdominal, poliúria, polidipsia, constipação intestinal,
Vitamina D (200UI/gota) → 2 ou 3 gotas por dia. calcificação ectópica, nefrolitíase e depressão do SNC.

TTO - suspensão da reposição da vit D, hidratação EV,

diuréticos e corticosteroides.

Vitamina A – Apenas em locais com deficiência (SSA

geralmente não).

Dose preventiva:

- 100000UI dose única: 6-12meses.

- 200000UI a cada 6m: 1-5 anos.

Ferro - Todos os lactentes de 3m - 24 meses

Dose preventiva:

1mg de Fe/Kg/dia (MACETE: 1gota por Kg)

Triagem com 12m → dosagem de ferritina (sem anemia).

Dose terapêutica: a cumulativa é + import.
Hemograma + ferritina (com anemia).
1500UI/dia = 10500UI/sem. = 45000 UI/mês.
No exame de rastreio, posso solicitar PCR, para
identificar possíveis falso – para deficiência de ferritina.

Para lactentes nascidos pré-termo ou com baixo peso
(menor de 1500g), a recomendação é de suplementação
com 2mg/kg/dia a partir do 30º dia até os 12 meses.
Já para os prematuros com baixo peso (entre 1000g e
1500g) a recomendação de suplementação é de
3mg/kg/dia até os 12 meses; e para recém-nascidos com
menos de 1000g, de 4mg/kg/dia.
- Sulfato ferroso 125mg/ml --- 01 frasco
Uso: 4mg Fe/kg/dia, fracionar em 2-3x/dia
por 3 meses (até exames). Tomar de
estômago vazio 1h antes ou 2h pós a refeição,
com suco de laranja, não tomar c/ leite.
Ingerir alimentos como carne e vísceras.
1mL = 25mg de Fe = 25gts → +/- 4 gotas/Kg. Máx:
dose do adulto de 120-200 mg/dia.

De 2 até 12 anos de idade pode ser feita a - Neutrofer 250mg/ml --------- 01 frasco
Uso: 4mg Fe/Kg/dia.
suplementação profilática com 30mg/dia em áreas de 1mL = 50mg de Fe = 20gts.
alta prevalência.

Zinco - Todos

- Sulfato ferroso 125mg/ml --- 01 frasco Dose terapêutica:

Uso: 1mg Fe/kg/dia 1x/dia até 2 anos de 1-2mg/kg/dia + correção dietética.
idade. Tomar de estômago vazio 1h
antes ou 2h após a refeição,
Diarreia → 20mg/dia (>6m) ou 10 mg (<6m).
acompanhado de suco de laranja, não
tomar com leite.

1mL = 25mg de Fe = 25gts → +/- 1gota/Kg.

Uso de repelentes
Máx: dose do adulto de 40 mg/dia.

- Neutrofer 250mg/ml ---------01 frasco

Uso: 1mg Fe/Kg/dia.
1mL = 50mg de Fe = 20gts.

Anemia ferropriva

Ferritina < 12μg/L (< 5 anos) e < 15μg/L (5-12 anos) -

depleção das reservas corporais de ferro.

Redução de ferro sérico (<30), aumento da TIBC,

diminuição da saturação da transferrina (<16%).

Além da anemia, pode ter leucopenia e plaquetose.

Baixos reticulócitos (+ precoce).

Dose terapêutica:

3-5mg de Fe/Kg/dia por no mínimo 8 semanas (em geral,

por 3 meses. Esperar resposta até 6m). Até reposição dos Repelentes:
estoques ( em 2-6 meses ou ferritina > 15).
1x dia de 6m até 1 ano. 2x dia de 1 até 12 anos.
Longe das refeições (>1h antes), jejum ou antes de
dormir. 3x dia em maiores de 12 anos.

ACOMPANHAMENTO: hemograma a cada 30-60 dias,
ferro, ferritina, TIBC e saturação de transferrina com 30
e 90 dias.
Os reticulócitos são os primeiros a subir. A Hb em 1 mês
já tem resposta.
--- sais ferrosos, os sais férricos e aminoquelatos tem
menos efeitos adversos e mais aceitação.
Pode aplicar permetrina spray apenas nas superfícies
�� � Repelentes IR3535 - duração média de 4 horas, tem
eficácia duvidosa contra o Aedes aegypti. > 6m
�� �ICARIDINA GEL - duração aproximada de 10h, sendo
o mais potente contra o mosquito da dengue! > 2 anos.
👲🏼 Repelentes DEET - quanto maior a concentração,
maior a duração do seu efeito, sendo que a concentração
máxima permitida é de 30% e os menores de 15% tem
baixa eficácia contra os mosquitos do gênero Aedes. Os
de 20% tem uma duração de 5 horas.
# 🦟 Óleos naturais (citronela e andiroba) são voláteis e
pouco eficazes. O óleo de capim limão é o + efetivo,
sendo comparado ao DEET 20%.
🦟PULSEIRAS DE CITRONELA não são recomendadas pela
baixa eficácia e potencial alérgeno. 🦟NUNCA
aplicar na mão da criança
🦟Repelentes com hidratante ou protetor solar não são
recomendados pra crianças. Devemos aplicar primeiro o
protetor e em seguida o repelente! 🦟Vitamina B1 oral
como repelente é controversa.
🦟 O uso de repelentes tópicos era proscrito em menores
de 6 meses e agora já pode ser considerado em > de 2
meses (analisar risco x benefício)! 🦟
Segundo o CDC (Centro de Controle de Doenças) o DEET
pode ser usado em qualquer idade. No entanto, a
ANVISA recomenda o uso a partir dos 2 anos de idade!
Fotoproteção
A exposição solar com objetivo de reduzir a icterícia não
é recomendada.
Filtros físicos (inorgânicos - dióxido de titânio e óxido
de zinco) – mais indicados em maiores de 6meses até 2
anos.
Filtros químicos (orgânicos) – maiores de 2 anos.
Reaplicar 20min antes da exposição e a cada 2 horas ou
se imersão à água.
Melhor evitar o spray.
Exames de rotina
1 ano → solicitar hemograma e ferritina. Se necessário,
EAS e PPF.
Repetir exames aos 2 anos e 5 anos (reduzir tempo se
história de HAS, AVC, DM e comorbidades na família).
10 anos → hemograma, perfil lipídico, EAS e PPF. ANUAL.
obs: a prof. acrescenta glicemia de jejum, ferritina,
vitamina D, Ur, Cr, T4L e TSH.
Consulta com dentista: anual, assim que nascer o
primeiro dente.
Consulta com oftalmologista: de 6m até 2 anos
(semestral) e >2 anos (anual).
Higiene bucal
Até 6m → Limpar a gengiva com gazes umedecida com
água filtrada, 1x ao dia.
6-18m → após erupção do incisivo, lavar com gaze ou
frauda umedecida em água potável 2x ao dia. CONSULTA
COM DENTISTA ANUAL.
18m-36m → erupção de molares decíduos. Com escova
dental macia, 2x/dia com creme dental flúor c/ tamanho
de arroz cru. Se dentes juntos, pode usar fio dental.
Tempo de tela
Até 2 anos → não é recomendada a exposição.
2-5 anos → no máx 1h por dia.
6-10 anos → no máx 2h por dia.
11-18 anos → no máx 3h por dia. Não virar a noite.
Criptorquidia
Recomendar avaliação com o cirurgião pediátrico após 6
meses de idade, se o testículo não estiver situado na
bolsa escrotal.
Fimose
Ao nascimento, apenas 4% dos meninos conseguem
expor a glande, 20% o fazem ao redor dos 6 meses, e
cerca de 75%, com 1 ano de idade → Portanto, até 1 ano
a fimose é fisiológica!
Classificação
Grau I: apresenta orifício prepucial bastante estreito,
mas não impede a visualização do meato uretral. Urina
cai primeiro no prepúcio.
Grau II: é possível visualizar o meato uretral, mas a
glande não se exterioriza totalmente.
Grau III: consegue-se exteriorizar toda a glande, mas o
orifício prepucial, que é estreito, provoca um anel de
constrição no corpo do pênis, impedindo o retorno (risco
maior de parafimose).
Acolamento balanoprepucial → o prepúcio aderido em
alguns pontos na glande sem estreitamento do orifício
prepucial. Essa situação é fisiológica e, portanto, pode
ter resolução espontânea com 5-6 anos de idade. No
acolamento balanoprepucial, é muito comum observar,
por transparência, coleções amareladas que são cistos
de retenção de esmegma, uma secreção sebácea
produzida pela superfície interna da pele do prepúcio →
CD: retirar a secreção na hora da limpeza.
TRATAMENTO
Idade “ideal” para a postectomia → 12-18 meses.
Na prática, aceita-se algum grau de fimose até 5 anos.
TTO Conservador → uso de creme com corticoide (0,05
– 0,10%) pode ser aplicado duas vezes ao dia por um
período de 20 a 30 dias.
Hidrocortisona 0,2% pomada – após tracionar levemente
o prepúcio até o limite, expondo a glande até onde
- Dexa. ou betametasona 1mg/g --- 01 tubo.
conseguir – aplicar pequena quantidade e cobrir
Uso: Aplicar nas lesões avermelhadas, 2x/dia por no
novamente com o prepúcio. Por 2x/dia por 4-8 semanas.
máximo 7 dias seguidos. Não aplicar no corpo todo.
Uso tópico.
Indicar cirurgia se pct > 2 anos refratário ao TTO. As
indicações para cirurgia precoce, em casos de fimose
primária, decorrem de balanopostite recorrente e ITU
recorrente em pct s/ outras anormalidades urinárias. Nas crises, pode ser usado corticoide tópico e/ou anti-
histamínicos (H1) ex: Dexclorfeniramina (polaramine ou
Pós cirúrgico - curativo circular no pênis, o que diminui histamin) ou hidroxizina. Se não quiser o EA do sono,
o edema local e dá maior segurança à criança (por 24h), pode ser prescrito a loratadina.
depois aplica pomada à base de vaselina, 2 vezes/dia,
por 10 dias e analgesia + AI por 3 dias. Se infecção secundária:

- Postec ----------------------------- 01 tubo - Mupirocina tópico -------------------------------- 01 tubo

(betametasona + hialuronidase)
- Dexametasona 0,1% pomada - 01 tubo
- Hidrocortisona 0,2% pomada - 01 tubo
Uso: Aplicar após o banho na região do prepúcio já seco,
de 12/12h após o banho 2x/dia por 2 semanas (até 2 m).
Uso tópico. Não forçar nem fazer massagem.
USO: aplicar sobre a área afetada até 3x/dia por até
10 dias
- Ácido fusídico + betametasona creme ------ 01 tubo
USO: aplicar sobre a área 2-3x/dia por até 7 dias.
- Ácido fusídico --------------------------------- 01 tubo
USO: aplicar sobre a área afetada 8/8h por até 7 dias.

Dermatite atópica
Uso: Aplicar Prurigo estrófulo

- Sabonete e banho: preferir sabonetes neutros (sem

fragrância e que não seja antibacteriano), evitar
banhos demorados e quentes.
- Hidratação: evitar fragrâncias fortes. Preferir
hidratantes específicos (ceramidas, glicerina, ácidos
graxos e ésteres de colesterol). Cetaphil, mustella,
nívea baby...
- Dexa. ou betametasona 1mg/g --- 01 tubo.
Uso: Aplicar nas picadas de inseto por 3 dias.
Uso tópico.
Usar repelente específico para idade como
prevenção.

USO: aplicar após o banho com a pele ainda úmida

em todo o corpo, 2x ao dia. Dermatite de fralda
Avaliar se há presença de candidíase associada.

Uso: Aplicar
- Dexclorfeniramina 2mg/5mL - 01 frasco.
- Óxido de zinco e nistatina pomada------ 01
Uso em 2-6 anos: 1,25mL, VO, 3x ao dia, à noite, se
tubo
coceira.
Uso: Aplicar nas áreas com assadura por fralda
Uso em 6-12 anos: 2,5 mL, VO, 3x ao dia OU ½ comp, VO,
2 ou mais vezes por dia após banho e secagem,
3x/dia.
uso tópico.
Uso em > 12 anos: 2mg (1 comp), VO, 3-4x/dia ou 6mg
- Bepantol ou hipoglos -----------------01 tubo
2x/dia (máx de 12mg/dia).
Uso: Aplicar a cada troca de fraldas para evitar
- Hidroxizina 2mg/mL ------------ 01 frasco
assadura. Não usar talco.
Uso em >6m: 0,7mg/kg/dose VO, 8/8h por 7 dias, à
noite, se crises com coceira (>6m)

Uso: 25mg (1 comp ou 12,5mL), VO, 6/6 ou 8/8h por 7 d.

Uso: Aplicar
Rinite alérgica Crianças maiores de 2 anos até 5 anos, 11 meses e 29
dias. Dose: 100μg por dia ou 50μg /narina 1 vez por dia.
CAUSAS: alérgicas, polipose, discinesia ciliar, fibrose
Fluticasona 1-2 jatos, 1x/dia por 30 dias.
cística, infecções...
Beclometasona spray nasal aquoso: 50 mcg/ dose.
CLASSIFICAÇÃO:
Crianças maiores de 6 anos e adolescentes: Dose 100 a
Intermitente - < 4x/semana e por < 1 mês.
400 μg /dia.
Persistente - >4x/semana e por > 1 mês.
1 a 2 doses /narina a cada 12 horas OU 1 dose/narina a
Leve – quando sintomas não atrapalham atividades
cada 6 ou 8 horas.
diárias (sono, escola, trabalho) ou não incomodam.
Mod/severa – atrapalha atv diárias. Budesonida suspensão nasal spray 50 μg /dose – usar por
30-60 dias. 1-2 jatos em cada narina a noite. 1x/dia ou
SINTOMAS: Prurido, espirros, coriza e obstrução nasal.
12/12h por 30-60 dias.

OBS: menos dose possível - desmame alternando os dias.

Anti-histamínicos orais de 2ª geração:

Cloridrato de fexofenadina (allegra).

Desloratadina – se crise alérgica, deve ser usado por 7

dias. Xarope 0,5mg/ml

Soro fisiológico (3-10ml) - Lavagem se obstrução nasal. Loratadina:

Corticoide nasal

Mometasona spray nasal aquoso 50μg/dose.


Orientações ambientais: evitar cortina e tapete, limpar
filtro de ar condicionado, não varrer, não usar produto
de limpeza muito forte, evitar urso de pelúcia e animais.
- Busonid 50mcg ------------- 01 frasco
Uso: Aplicar 1 jato em cada narina, pela manhã,
por 30 dias (apontar para a parte lateral do nariz).
Lavar o nariz antes com soro fisiológico.
- Desloratadina xarope 0,5mg/ml --- 01 frasco.
Uso: Uso de X mL ou 1 comp de 5 mg, 1x/dia por
7 dias se crise de rinite.
- Soro fisiológico 0,9% ------------- 01 frasco
Uso: Lavar o nariz com 10ml de soro em cada
narina, 1x ao dia antes do busonid (crianças
menores, usa de 5-8 mLmenores, podem usar )
Prática 31/08/2020 e 05/09/2020
Vulvovaginites na infância
A vagina das meninas antes da puberdade tem pouco
lactobacilos, por isso o ambiente é alcalino.
Leucorreia fisiológica – precede a menarca em 6-12m.
70% não são causadas por agentes específicos →
Vulvovaginite inespecífica.
CAUSAS – contato com areia, má higiene após a
defecação, mãos sujas em contato, roupas justas,
constipação, ato de urinar, ITU → bact.. coliformes;
Strepto, estafilo, E. coli.
QUADRO CLÍNICO – corrimento típico esverdeado,
castanho ou amarelado, odor fético, prurido, ardor,
queimação, edema e eritema vulvar.
DD – abuso sexual, vulvovaginite específicas (gardnerela,
cândida, tricomonas, giárdia, shigela, S. pyogenes,
clamídia, gonorreia...), oxiuríase.
EXAMES COMPLEMENTARES: parasitológico de fezes,
urocultura, bacterioscopia - swab da secreção vaginal se
possível.
- Flogo-rosa pó ou 50mg/mL -------------- sachê
Uso: Dissolver o conteúdo de 1 ou 2 envelopes
ou 10-20ml em 1L de água. Após banho e
higiene com sabonete neutro, fazer banho de
assento com o flogo-rosa 1-2x/dia e depois
lavar por fora só para tirar o excesso do pó.
Para maiores de 2 anos de idade.
- Melhorar a higiene pós defecação e após
urinar. Lavar as mãos antes de manipulação,
usar sabonetes neutros, não usar calcinha
apertada.
Além do flogo-rosa, o banho de assento pode ser feito
com chá de camomila ou permanganato de potássio.
Parasitose
- Albendazol 40mg/ml --------------- 1 frasco
Uso:
Se < 2 anos – 200mg, VO, dose única.
Se > 2 anos – 400mg (10mL), VO, por 3-5 dias
(pode também fracionar e tomar após 15 dias).
Escabiose
Pápulas eritematosas, vesículas, nódulos, túneis e
prurido intenso, que piora a noite. Mais em axila, palmas
e plantas, axilas, punhos, interdigital, glúteos e genital.
Pode ter crostas melicéricas por infecção secundária.
- TTO:
< 2 meses e gestantes → Enxofre precipitado 5-10% em
vaselina ou pasta d’água (óxido de zinco + enxofre) – up
to date considera seguro o uso em gestantes.
> 2a → permetrina tópica?
> 5 anos → ivermectina VO

Orientar lavar roupas e lençóis e depois passar ferro.
Tratar os contactantes, mesmo que assintomáticos.
Orientar que os sabonetes escabicidas são ineficazes e
só pioram o prurido.
Corticoide local 2-3x/dia pode ser usado em casos de
prurido intenso e nódulos em pênis ou bolsa escrotal.
Prurido pós-TTO: Corticóides tópicos e anti-histamínicos
até melhora do prurido → só depois que tratei (persite
por 2-4 semanas).
- Permetrina 5% ---------------- 01 frasco
Uso: aplicar em todo o corpo na pele limpa e seca
(passar entre os dedos, nádegas, plantas e
palmas, em baixo das unhas...). Aplicar após o
banho da noite e remover com água pela manhã.
Reaplicar após 10 dias se as lesões não forem
curadas.
OU
- Ivermectina 6mg ------------------------- 02 comp.
Uso: 01 comp. VO e repetir após 7 dias outro
comprimido.
OU
- Enxofre + Óxido de zinco ou enxofre em vaselina
Uso: passar nas lesões do bebê após o banho,
durantes 3 noites. Depois deve repetir com 1
semana. Não passar nas mãos.
Enxaqueca na infância
- Dipirona 500mg/mL (gota) ou 50mg/mL
(xarope) ------ 01 frasco
Uso: 15-25mg/kg de 6/6h, VO, se dor.
Macete → 1 gota=25mg → 1mg por Kg. Máx de
40gts.
- Ibuprofeno 100 ou 50mg/mL gotas --- 01 frasco
Uso: 5-10mg/kg/dose, VO, 8/8h se dor não
ceder após dipirona.
Apenas se > 6m
Se > 12a → 300-400 mg, VO, 3x/dia.
Evitar alimentos como café e chocolate. E reduzir tempo
de tela. Encaminhar para neurologista se refratário à
analgesia.
Dermatite seborreica
Não há estudos em crianças, uso mais liberado para
adolescentes.
- Cetoconazol 2% shampoo ----------- 1 frasco
Uso: aplicar no couro cabeludo deixando agir
por 3-5 minutos antes de enxaguar. Usar 2
vezes por semana por 4 semanas. Uso tópico.
Fórmulas infantis
Antes de 1 ano de idade é proscrito a ingestão de leite de
vaca para as crianças. Se a mãe não puder amamentar,
ela deve oferecer as fórmulas infantis → partida (até 6m)
e seguimento (até 1 ano) – introdução alimentar com 4
meses.
Fórmula de Partida FS (Nan Supreme ®):
Utilizado no 1º semestre, para complementação da dieta
dos lactentes , quando não existe disponibilidade do leite
Humano.
Fórmula para Prematuro FPMT (Pré Nan®)
Fórmula hidrolisada com restrição de lactose FHRL
(Pregomin Pepti®) ou isenta de lactose FIL (Nan sem
lactose®): Utilizado no 1º semestre, para
complementação da dieta dos lactentes com
intolerância à lactose.
Fórmula elementar FE (Neocate ®): Utilizado no 1º
semestre, para complementação da dieta dos lactentes
com intolerância à proteína, que necessitam dieta
elementar.
Fórmula anti-refluxo FAR (Nan AR, Aptamil AR ®):
Quadro de refluxo gastro-esofágico ou incoordenação da
sucção e deglutição.
Fórmula de seguimento para lactentes no 2º semestre
FS2(NAN Supreme 2®): Utilizado no 2º semestre, para
complementação da dieta dos lactentes , quando não
existe disponibilidade do leite Humano.
Aditivo de LHO ADT (FM85®): nos casos em que há
necessidade de aumentar a taxa calórica do leite
humano, sendo adicionado ao leite materno
Fórmula de seguimento com maior aporte calórico
(Infatrini®): 1º ano de vida, para lactentes com
necessidade de maior suporte calórico, com restrição de
volume. Casos de broncodisplasia pulmonar e
cardiopatia congênita.
Para que tem APLV deve ser usada a formula
extensamente hidrolisada OU mesmo a fórmula com
aminoácidos livres.
Fórmulas de soja não são muito nutritivas.
FORMA DE PREPARO
Lave as mãos com sabonete e água. Em seguida, ferva a
água potável que usará na mamadeira.
Leia as instruções da embalagem (para estimar a dose).
Adicionar mais ou menos pó pode prejudicar a criança.
Derrame a quantidade correta de água (que deve estar a
70 °C) na mamadeira limpa e esterilizada.
Caso o bebê não zere a mamadeira, jogue fora o
conteúdo restante em até 2 horas.
Pingue algumas gotas do leite no seu pulso. Ele tem que
estar morno. Se necessário, esfrie um pouco mais.
Adicione o pó e mexa suavemente. Coloque a
mamadeira embaixo da pia ou em uma panelinha com
água para esfriar.
1mL de fórmula de partida = 0,67 cal.
VET/0,67 = quantidade de fórmula que tenho que ofertar
para um bebê internado.
OBS: As fórmulas têm o padrão de 1 medida em 30 mL de
água. A dose é 20-30 ml/Kg/dose → geralmente, tento
colocar múltiplo de 30 para não desperdiçar, pois se
sobrar não pode reutilizar, tem que jogar fora).
Ofertar esse leite até mais ou menos 1 ano, depois não
precisa mais!
< 6m: nestogeno 1 é o + barato. Aptamil pro futura 1 é o
melhor.
6m-1 anos: mesmas marcas, mas com o nº2.
Não utilizar engrossantes nem Mucilon, são só calorias
vazias.
Em RN, devo ofertar 40mL de 3/3h (vai sobrar 20mL, a
qual tenho que desprezar) → a oferta varia com a
demanda, geralmente é de 3 ou 4/4h.
Introduzir alimentação complementar a partir de 6
meses, se AME e a mãe precisa voltar a trabalhar com 4-
5 meses a tendência é a introdução + precoce da
alimentação complementar, sendo melhor do que dar a
fórmula infantil.
A partir de 1 ano a criança pode ingerir leite de vaca
integral (com moderação) Ou fórmulas (ninho 1,
nutrigold, neslac, milnutre).
Suco apenas acima de 1 anos.
Açúcar (com moderação) – apenas com 2 anos.
Café – apenas com 3 anos.
Translactação → estratégia para reintroduzir o
aleitamento materno e ao mesmo tempo nutrir o bebê
que não quer mamar no peito.
Prática e teórica 07/09/2020 e 11/09/2020
Autismo
Dificuldade de comunicação ou interação social pela
presença de comportamentos e/ou interesses
repetitivos ou restritos.
O ideal seria a intervenção precoce entre 12 e 24 meses,
mas geralmente o diagnóstico é tardio (4-5 anos).
Mais comuns em meninos (4:1).
Frequentemente pode ter dificuldades motoras e outros
transtornos psiquiátricos (epilepsia, ansiedade,
depressão, hiperatividade).
FR: hist. familiar, idade avançada dos pais, negligência,
medicações antenatais, prematuridade ou baixo peso.
TRIAGEM: deve ser feito em todas as crianças entre 12 e
24 meses com questionários padronizados (M-CHAT-R).
SINAIS DE ALERTA:
É comum a criança vir com bons marcos de
desenvolvimento e depois pára ou perde a habilidade.
Irritabilidade aos sons ou toque e enfileiramento são
sinais muito sugestivos.
Nenhuma palavra até os 16m já é preocupante.
CONDUTA:
Diante de atraso no DNPM → aguardar 1 mês → se não
adquirir o marco, devo encaminhar para estimulação
precoce e médico especialista.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Sd de Aperger → diag. tardio, pois não compromete
linguagem verbal nem cognição → o problema está na
linguagem não verbal e dificuldade de entender o
sentido figurado.
Exposição perinatal → ác. valproico, DDT,
bifenilpoliclorados, metais pesados...
Déficits auditivos → não tem prejuízo de sociabilização e
respondem a outros estímulos sonoros. Pode ser
necessário fazer o BERA e/ou fonoaudiologia.
Def. intelectual → a comunicação melhora com o tempo.
Transtornos de linguagem, TDAH, transt. de ansiedade,
esquizofrenia, afasia epiléptica, sd Rett.
TTO MAIS COMUNS → Orientações gerais sobre
constipação e atopias (+ comum nesses pacientes).
Risperidona – antipsicótico mais usado.
Síndrome da perda do fôlego
5 % das crianças saudáveis, inicia com 1-2 anos e
desparece c/ 4-8 anos (mais até 4a). Pode continuar no
adulto (não tem + risco de epilepsia, só de desmaios).
Forma cianótica: ocorre após crise de choro ou
aborrecimento → de forma involuntária a criança
prende a respiração e desmaia.
Após um breve período a criança recupera a
consciência, pode ter ou não uma breve convulsão
(neste caso tem que investigar melhor).
Forma pálida: Geralmente ocorre pós dor, queda, bater
a cabeça, medo ou susto.
Estímulo vagal – bradicardia – perda de consciência e
da respiração → palidez + hipotonia. Se a crise demorar
muito, pode ocorrer aumento de tônus muscular c/
incontinência e convulsão.
CONDUTA → Investigar anemia e alterações
cardiológicas, excluir sinais de alarme (HF de síncope ou
morte súbita, crises sem estímulo) + ECG e exames
laboratoriais de rotina.
Cianótica: Pode interromper a crise com pano frio na
face. Podem responder à suplemente. de ferro, mesmo
na ausência da anemia, e ao TTO para AOS se presente.
O mais importante é evitar as crises – distrair a criança
antes de uma possível crise de birra.
Pálida:
Melhora sozinho, mas como essa forma é rara, é
necessário investigar outras causas → EEG e ECG.
Em casos graves pode ser necessário piracetam, atropina
ou escopolamina, teofilina, fluoxetina.
Estomatite e lesões aftosas recorrentes
Causas: falha do sistema imune, hereditariedade,
alimentação, def. de nutrientes, TPM, estresse,
quimioterápicos, doenças dentárias.
Estomatite viral pode ocorrer durante infecções virais
(ex: sd mão pé boca, herpes simples) – são autolimitadas,
mas podem ser usados os sintomáticos.
Pode ser também uma gengivoestomatite por herpes (as
lesões são múltiplas na cavidade oral).
Com exame físico, devo tentar afastar monilíase oral →
pode pegar a superfície da língua, lesões mais
esbranquiçadas e prolongadas → nistatina oral (aplicar
com cotonete até 2-3 dias depois da resolução das lesões
→ tipicamente após 2 semanas).
Prevenção → alimentação, higiene bucal. Alimentos frios
não ácidos podem aliviar.
TTO:
Triancinolona acetonida tópica 1mg/g (aplicar uma
pequena quantidade sobre a lesão, 1-3x/dia, sem
esfregar durante 7 dias). (Omcilon)
Dexametasona elixir 0,1mg/mL – fazer bochecho. Aftas
de difícil acesso ou múltiplas (cuidado com candidíase
oral). Fazer bochecho 3-4x por dia por 5 mintos, não deve
enxaguar e nem comer nem beber por 30 mintutos.
Flogoral colutório (cloridrato Benzidamina) – fazer
bochecho sem enxágue → alívio da dor.
Digluconato de clorexidina a 0,12% - exaguantes bucais
com ação antimicrobiana, o que reduz chance de
infecção secundária nas aftas orais.
Antisséptico bucal Malvatricin (para bebê que não pode
usar Omcilon) → aplicar uma peq. quantid. c/ cotonete.
Aftas recorrentes: solicito vitB12, ác. fólico, Zn e ferro.
Balanopostite
CAUSAS
A maioria é de causa inespecífica. Algumas
características clínicas e exames complementares nos
ajudam a diferenciar as etiologias infecciosas:
S. pyogenes – superfície vermelha viva, transudato ou
exsudato sobre o prepúcio.
C. albicans – eritema generalizado, fissuras, pápulas com
erosão e secreção esbranquiçada, podem ser
encontradas lesões satélites.
Anaeróbios – erosões superficiais, edema prepucial,
odor fétido e adenite inguinal →
metronidazol.dermatite at
C. trachomatis e N. gonorrhoeae – ocasiona uretrite,
diagnosticada pela ordenha da uretra com secreção.
Na criança, a balanopostite geralmente é causada por
em crianças com fimose por acúmulo de bactérias e
dificuldade de limpeza.
TRATAMENTO
Casos leves → pomadas com ATB e corticoide.
Casos mais intensos → ATB sistêmico.
Permanganato de potássio (100mg : 4L de água), por
suas propriedades antissépticas, anti-inflamatórias e
adstringentes de superfícies exsudativas, tem sido
utilizado de 2 a 4 vezes ao dia, apesar de existirem
poucos estudos.
Higienização adequada – reforçar limpeza com água.
Evitar irritantes – orientar evitar sabão, óleos e talco
para limpeza sob o prepúcio
Pomada antibiótica –Bacitracina 4 vezes ao dia ou
Mupirocina 2 vezes ao dia reduz a disúria e impede a
balanopostite bacteriana secundária . Uso não deve ser
rotineiro para esta etiologia. Não usar neomicina pelo
risco de dermatite.
Corticóides tópicos – hidrocortisona creme 0,5% – 1%,
2x ao dia, por 1 semana pode ser aplicado c/ parcimônia.
Parafimose na emergência
Lubrificação para tentar tracionar manualmente. Caso
não consiga, pode tentar a injeção de hialuronidase na
mucosa prepucial edemaciada e reduzir quando o edema
regredir.
Diarreia aguda
PLANO A: criança hidratada.
TTO domiciliar com SRO após evacuação.
Prescrever zinco. Floratil (sem evidências). Alertar sobre
sinais de alarme.
- Soro de reidratação oral ----------------------------------------- sachê
Uso: diluir 1 sachê em 1L de água e dar X mL após cada evacuação.
Se sobrar no dia seguinte, deve jogar fora e usar novo sachê em 1L
de água.
- Sulfato de Zinco 17,60 mg/mL (4mg/mL de zinco) ----------- frasco
Uso:
< 6m → 2,5 mL ao dia , via oral, próximo às refeições, por 10-14
dias.
> 6m → 5mL ao dia, VO, próximo às refeições, por 10-14 dias.
Orientações: retorno à emergência se piora da diarreia, vômitos
repetidos, muita sede, recusa de alimento, sangue nas fezes,
diminuição da diurese.
No contexto particular, a prescrição pode ser diferente:
- Pedialyte zinco solução oral----------------------------- 1 frasco
Uso:
< 20kg → 75 mL/Kg, VO, de 4/4 ou 6/6 horas.
> 20 Kg → quantidade individualizada conforme aceitação, após a
defecação (máx de 1100mL)
OU
- Rehidrat 50 ----------------------------------------------------------- sachê
Uso: dissolver 1 envelope em 250mL de água filtrada. Ofertar, via
oral, mais de 100mL da solução (< 1 ano) e mais de 200 mL (>1 ano),
após cada evacuação.
- Biozinc 2mg/0,5mL ----------------------------------------------- frasco
Uso:
< 6m → 2,5 mL ao dia , via oral, por 10-14dias.
> 6m → 5mL ao dia, VO, por 10-14 dias.
Orientações: retorno à emergência se piora da diarreia, vômitos
repetidos, muita sede, recusa de alimento, sangue nas fezes,
diminuição da diurese.
PLANO B: criança desidratada.
Suspender alimentação, exceto leite materno.
TRO com 75 ml/kg (50-100 mL/Kg) de SRO em 4h e em
observação.
Alta com SRO após melhora.
Se piora – plano C. Se não melhora – gastróclise.
PLANO C: desidratação grave
Vide resumo de hidratação EV.
Observar o paciente por no mínimo 6h. Assim que
possível iniciar reposição oral.
Considerar ondasetrona se náuseas (>4 vômitos em 1h).
Não usar Racecadotrila de rotina (proscrito outros
antidiarreicos) – CI em < 3m.
Se indicação de ATB → Ciprofloxacino: 15 mg/kg a cada
12 horas, via oral, por 3 dias (no Brasil não tem solução)
OU Ceftriaxona: 50 a 100mg/kg, intramuscular, uma vez
ao dia, por 2 a 5 dias, como alternativa OU bactrim OU
azitromicina.
Hérnias
Hérnias umbilicais pequenas tendem a ser autolimitadas
por isso a recomendação cirúrgica é a partir de 2-3 anos.
Hérnia inguinal - indicação cirúrgica.
Miliária (brotoeja)
- Medidas preventivas → uso de roupas leve de algodão,
ambiente ventilado p/ evitar suor excessivo, banhos
frequentes, mas evitar uso de muito sabonete. Pasta
d’água pode ajudar! Uso de hidratantes se pele xerótica.
Treinamento esfincteriano
Até 2-3 anos de idade é normal a criança depender da
fralda durante todo o dia. É importante observar os
sinais de prontidão → criança já avisa quando defecou;
já se incomoda com a fralda suja e pede para trocar;
habilidade de tirar a bermuda; acompanha alguém ao
banheiro; fica seco por 2h ou mais durante o dia;
compreende e segue comandos; é capaz de se expressar.
- Mais precoce em meninas.
- Processo pode durar 6-12m.
Diante destes sinais, os pais podem iniciar o desfralde
com penico e progredir para o assento redutor no vaso
(pés apoiados) – ensinar a criança e fazer com que seja
um momento lúdico; manter-se parado por 3-5 min no
máximo e encorajar a criança com elogios (não associar
a recompensas).
Tentar desfralde em casa e na creche também
(orientações semelhantes para não confundir a criança)
Após 1 semana ou mais de uso de penico ou vaso, os pais
já podem deixa-la sem fralda durante o dia para testar.
Se ocorrerem escapes, não repreender. Usar vocabulário
adequado e não demonstrar nojo às fezes → isso evita
que a criança segure e desenvolva constipação funcional
ou intencional (segurando as fezes).
Ajudar a criança a se limpar corretamente e estimulá-la
a lavar as mãos. Não usar duchas vaginais.
Meninos - iniciar fazendo xixi sentado e depois em pé
A ordem do desfralde é geralmente: fezes e depois urina.
Dia e depois a noite. Em casa e depois fora dela.
Se aos 48 meses a criança não conclui o treinamento
esfincteriano diurno, devo investigar as causas:
- Def. intelectual, TEA, TDAH, espinha bífida oculta,
bexiga neurogênica, intestino neurogênico, doenças
medulares, hipotonia, estresse tóxico, abuso sexual,
proplapso retal, diarreia crônica, disf. vesical.
Refluxo gastroesofágico
Fisiológico → pode ocorrer dos primeiros meses até 2a.
Considero DRGE (não fisiológico) se alterar o sono, perda
de peso, atraso no DNPM, dificuldade respiratória,
vômitos excessivos, chora na mamada, postura anormal.
Complicações da DRGE: OMA recorrente, erosão
dentária, rouquidão, esofagite (sangra e causa
ferropenia)
Medidas comportamentais → não movimentar a
criança nem deitá-la até 30 min depois de mamar,
fórmula espessada (cortar bico da mamadeira).
Ranitidina e omemprazol apenas em crianças maiores.
Intolerância a lactose
Lactase --- ingerir 1 comprimido, 5 minutos antes de
ingerir alimento com leite ou derivados.
CLASSIFICAÇÃO: Congênita (rara – CI o aleitamento
materno); hipolactasia do tipo adulto (variável – pode
surgir com 3 anos de idade – mais comum); transitória
(sec a alguma infecção ou a prematruridade -
reversíveis).
CD: teste terapêutico, teste oral de tolerância a lactose,
teste respiratório do hidrogênio expirado (jejum de 12h
e mede o H2, depois ingere lactose e faz dosagem de H2
de 30-30 min por 5h).
DD → lembrar que a APLV é uma condição mais
frequente em lactentes, não melhora mesmo se leite
sem lactose. Manifesta-se com proctite (sangue nas
fezes) e às vezes com RGE. Lembrar que nesse contexto
a criança não tem disabsorção de nutrientes, ou seja, o
estado nutricional é preservado → leite com proteína
extensamente hidrolisada ou de soja (sendo que o de
soja só pode > 6m) – tende a regredir a partir de 2 anos.
Anafilaxia
Prescrição na emergência → monitorização, adrenalina
IM, assegurar vias aéreas e oxigênio, decúbito dorsal
com elevação das pernas, hidratação venosa
(20mL/Kg/20 min até 3x), broncodilatador, anti
histamínico (desloratadina ou difenidramina injetável) e
corticoide. Observar por no mínimo 4-6h.
Prescrição de alta → orientações gerais, anti histamínico
e corticoide.
Alergia sem anafilaxia – uso apenas de anti histamínicos
por 7-10 dias, não sendo necessário corticoide.
Para crianças, dou preferência para os anti H1 de 2ª
geração (que não rebaixam).
Qualquer anti H é contraindicado é crianças < 6m e a
prometazina (fenergan) é contraindicado para todos.
Se > 6m → Fexofenadina, Desloratadina, Cetirizina.
Se > 2a → Dexclorfeniramina, Hixizine e Loratadina.
Sepse
No caso da pediatria, o novo conceito de 2016 não se
aplica (mantém o de 2005)
Sepse = SIRS + infecção.
Sepse grave = sepse + disf. orgânica.
Choque = sepse + disf. CV (apesar da infusão de 40 mL/Kg
em 1h → hipotensão arterial ou necessidade de droga
vasoativa ou sinal de perfusão inadequada).
Os valores de referência vão depender da idade.
Sinais de alarme: irritabilidade ou choro inconsolável,
sonolência ou pouca interação, Temp >38 ou < 36,
taquicardia, taquipneia, extremidades frias, diurese
reduzida.
Conduta:
MOV
Reposição volêmica → dar preferência a RL; a
quantidade de volume vai depender do recurso do local
e do grau da hipotensão – dentro de 1h.
Com recurso – 10-20 mL/Kg bolus até 40-60 mL/kg.
Sem recurso, sem hipotensão – não fazer bolus, só
manutenção.
Sem recurso, com hipotensão – 10-20 mL/Kg bolus até
40 mL/kg.
ATB empírico.
Convulsão febril
Aumento brusco da temperatura (muito mais do que o
número absoluto) entre 3m e 5 anos de idade.
No momento da convulsão o pct não necessariamente
vai estar com febre, esta pode anteceder ou sucede a
convulsão em 24h.
CD → estabilização, suporte ventilatório, HGT, BZD se
ainda em convulsão, antitérmico, pesquisar causa da
febre → em crianças < 12m é necessário coletar o líquor
para descartar infecção em SNC. Entre 12-18m depende
da experiência do médico coletar o LCR ou não. >18m só
faz LCR se sinais sugestivos.
Classificação → simples (tônico-clônica generalizada) x
focal-complexa (dura mais tempo e tem mais recorrência
– 2 ou 3 em 24h).
Sibilância recorrente no lactente e no pré-
escolar.
3 ou mais episódios de sibilância ou sua persistência por
1 mês → geralmente regride aos 3 anos ou pode evoluir
para asma.
FR → pais atópicos, exposição a alérgenos na gestação,
RGE, tabagismo passivo.
DD → corpo estranho, secreção crônica (fibrose cística?),
traqueomalácia, alt. de cordas vocais, bronquiolite
obliterante, sd Loeffler por parasitose.
Crupe viral ou adenoidite pode causar estridor e se
confundir com sibilo, a diferença é que o som é
inspiratório, diferente do sibilo que é expiratório.
TTO → medidas comportamentais. B2 inalatório durante
as crises apenas para lactentes > 1 ano. Se casos intensos
pode ser usado O2 e corticoterapia.
Asma
AMBULATÓRIO
Diagnóstico de asma acima de 3-4 anos.
Atentar-se aos sinais de descompensação no último mês:
- Uso de resgate a noite.fffffffffffffffffffffffffffffffffffffffff
- > 2 episódio / semana.-------------------------------------------
- Função pulmonar <80% do basal (apenas para crianças
> 5 anos que fazem espirometria).
Classificação e TTO por escada:
< 6 anos:
Leve – Sibilância esporádica:
I) SABA por demanda.
Mod – 3 exacerbações por ano:
II) CI em dose baixa + SABA por demanda kkkkkkkkkkkkk
III) CI em dose dobrada + SABA por demanda.
Grave – refratário! encaminhar para especialista.
> 6 anos (igual o adulto):
I) CI + SABA por demanda.
Mod – 3 exacerbações por ano →
II) CI em dose baixa + SABA por demanda OU CI diário.
III) CI + LABA ou dose média de CI + SABA por demanda.
IV) Encaminhar para especialista.
Após iniciar o tratamento, devo reavaliar com 3 meses.
- Beclometasona aerossol 50 mcg ----------------------------- Contínuo
Uso: inalar 02 jatos de 12/12h todos os dias. Após o primeiro jato,
inspirar e segurar a respiração por 10 segundos, em seguida
expirar e fazer o mesmo processo com o segundo janto. Se for
criança pequena, tem que colocar o espaçador e deixar ela
respirar cada jato por 10 segundos.
Apenas se 4 > anos!
- Salbutamol spray aerossol 100 mcg/dose ----------------- 01 frasco
Uso: inalar 1-2 puffs até 4x por dia (a cada 6h) se crise de asma leve.
OU
- Salbutamol solução nebulização 5mg/mL ------------------- 01 frasco
Uso:
Neonatos - 1.25 a 2.5 mg/dose 8/8h por 2 semanas.
Crianças: 0,5 mL + 1,5-2 mL SF por até 4x ao dia em nebulização.
EMERGÊNCIA – crise asmática
Classificação (muito grave, grave, leve-moderado):
Estado de consciência, fala, FR e FC, Sat O2, PaCO2, PFE
e ausculta de tórax.
DD → corpo estranho, discinesia de cordas vocais, IC,
DPOC.
- O2 catéter nasal 1-3L/min se satO2 < 94%.
- Salbutamol spray 100 mcg/dose; 4 puffs de 20/20 min até 3x na
primeira hora. Com espaçador.
OU
- Nebulização com salbutamol, 1 gota para cada 2Kg de peso (máx
8 gotas) + 4mL de SF 0,9% 20/20 min por até 3x.
Se grave, pode ser 10-10 min.
- Ipatrópio se crise mais grave → 10 gotas se < 10Kg; 20 gotas se
10-20 Kg e 40 gotas se > 20Kg.
- Prednisolona 3mg/mL, dose de ataque de 2 mg/kg (dividido em
3x ao dia – máx de 40 mg).
PRESCRIÇÃO PARA CASA:
- Prednisolona 3mg/mL --------------------------------------- 01 frasco
Uso: 2mg/kg/dia, VO, por 5 dias, 1 vez pela manhã ou 12/12h.
- Salbutamol spray 100 mcg/dose ---------------------------- 01 frasco
Uso: 4 puffs 6/6h por 5 dias.
Orientar procurar ambulatório para TTO de manutenção!
Pneumonia
Etiologia
0-20 dias → enterococos (gram neg), SGB.
Nas outras faixas etárias o principal agente é o
pneumococo. E.coli e estafilo em imunodeprimidos ou
mais jovens (furúnculos)
Pneumonia afebril ou atípica → clamídea, ureaplasma.
Na criança, o sintoma mais sensível é a taquipneia.
Conduta
INTERNADO
MOV, dieta zero, administração de líquidos cuidadosa,
coleta de exames, ATB empírica:
1ª sem – penicilina cristalina OU amp + aminoglic.
2 sem a 2m – Ceftriaxone + ampicilina (oxac se suspeita
de estafilo; eritromicina se suspeita de clamídia).
Lactente e pré esc. – penic. cristal. OU amp + aminoglic.
Mais de 5 anos – macrolídeo + ampicilina ou amoxic.
AMBULATORIAL
Orientar sinais de alarme, antitérmicos, lavagem nasal SF
0,9% 6/6h, decúbito elevado + ATB (geralmente basta a
amox ou amox+clavulanato), se suspeito de atípico
posso associar com macrolídeo.
- Amoxicilina 250 mg/5 mL -------------------------------------- 01 frasco
Uso: 15-25 mg/kg/dia, VO, 8/8h (máx 150 mg/kg/dia) por 7 dias.
Conservar o remédio na geladeira e se piora ou não melhorar após
7 dias, retornar para a emergência.
OU
- Amoxicilina + clavulanato (250 mg + 62,50 mg/5mL) ---- 01 frasco.
Uso: mesmo uso.
- Paracetamol ou dipirona.
- Ibuprofeno (100mg/ml)________gotas
Uso: 5-10mg/kg, VO, 06/06hs. 1 gota por Kg por 3 dias.
- Inalação de SF 0,9% e/ou lavagem nasal.
Uso: inalar de 6/6h 5mL em nebulizador.
Se suspeita de atípico:
- Azitromicina 200mg/5 mL ------------------------------------- 01 frasco.
Uso: 10-30 mg/Kg/dia, VO por até 3 dias.
OBS: A azitromicina vem com o frasco do pó e do diluente para
misturar e aspirar a quantidade com a seringa.
Bronquiolite
Primeira sibilância, desencadeada por infecção viral
(VSR) em crianças até 1-2 anos. (mais grave e comum
antes de 6 meses).
Quadro clínico
Pródromo de IVAS + quadro de febre, sibilos, estertores,
taquipneia...
Sintomas cessam por 1 semana se não houver
complicações (hipoxemia, desidratação, infec. bact.,
pneumonia, bronquiolite obliterante).
Diagnóstico
Clínica. Exames de imagem e Lab podem excluir outras
causas.
Conduta
Quadros leves → inalação com SF 0,9%, hidratação,
fracionar alimentação (reduz taquipneia), antitérmicos,
lavagem nasal.
Internação → < 3m, dific. de se alimentar, apneia, Uso: Dose: 10-15 mg/kg/dose VO até de 6/6 horas, com
necessidade de oxigenioterapia, comorbidades → dosagem máxima diária de 75 mg/kg/dia (máximo de
Medidas de suporte: MOV, reposição hídrica, Dieta 3.750 mg/dia); limitar uso até 4 dias.
fracionada, considerar CPAP.
🙌: 10KG: 100/ 200= 0,5ML ×20= 10 GTS
O uso de Salbutamol, corticoide e ribavirina são
controversos. 🙌 MACETE: 1gt/kg

Principais sintomáticos 🙌 Xarope: 32mg/ml

Metoclopramida (Plasil) → não usar em criança;
5- Dimenidrato 2,5mg/ml------------------GOTAS
Salbutamol xarope → não é mais utilizado;
Uso: 1 gota/Kg até 8/8h, máx de 30 gotas /dose.
Fenoterol (Berotec) → está em desuso.
🙌: apenas criança > 2 anos.
Antitussígenos – não tem evidência. Geralmente passo
se a mãe insistir muito, mas lembrar de não passar com 🙌 MACETE: 1gt/kg
CODEÍNA.
6- Ondansetrona 4mg -----------------------comprimido
1- Diclof. sódico solução oral/gotas (15mg/ml) ....1 frasco . Uso: 0,15mg/kg/peso até 8/8h EV ou VO.

USO: dose: 1 mg/kg/dose, VO, 8/8hs ou 12/12hs por 2 a 5 dias (max.:40 gotas/dose)
Partir o comprimido.
Pct 10 kg = (10mg/15mg) x 20gts = 13gts
🙌🙌🙌Macete = 1gota/kg 7- Nebulização com salbutamol ---- 1 gota para cada
Se xarope (2mg/ml)................... 1frasco 2Kg de peso + 4mL de SF 0,9%
Uso: 2-3mg/kg/dia, VO, 08/08hs ou 12/12hs por 2 Uso: Durante crise na emergência, fazer 1 inalação a
a 5 dias cada 20 minutos. Se grave, pode ser de 10/10 min.
(Max: 75ml/dia)
8 - Salbutamol spray (100 mcg/jato)
2- Cetoprofeno (20mg/ml)---------------- gotas Uso: 4 puffs de 20/20 minutos por 3 vezes. Entre um
puff e outro, aguardar 10 segundos. Se criança
• em > 1 ano até 6 anos de idade: 1 mg/kg/dose pequena, devo colocar espaçador.
VO até de 6/6 horas.
• De 7-11 anos de idade: 25 gotas VO até de 6/6 9- Prednisolona (3mg/ml) ________________xarope
horas; Uso: 1-2 mg/kg/dose VO 1 vez ao dia pela manhã, por 5-
7 dias.
3_ Ibuprofeno (50mg/ml ou 100mg/ml)________gotas
Uso: 5-10mg/kg, VO, 06/06hs 10- Metilprednisolona - 0,5-1 mg/kg/dose 6/6 h, EV.
Posologia para 100mg/ml (gotas)
🙌 10kg ➡ 50mg/100mg = 0,5ml = 10gotas 11- Simeticona (75mg/ml) _______________gotas
Macete 🔜 1kg = 1-2 gota (max: 20 gotas/dose)
12- Amoxacilina (250mg/5ml) __________gotas
Xarope (30mg/ml)________________ frasco Uso: 25 - 50 mg/kg/dia, VO 8-8h.
Uso = se 10 kg = 5x10= 50/30 aproxim 2ml, VO de
06/06hs

4- Dipirona (500mg/ml) _________________gotas

Uso: Dose: 15-25 mg/kg/dose EV/VO/IM por até 6-6h.
🙌 10kg: 15×10= (150mg/500mg) ×20 = 6gotas
🙌 Macete: 1gota/1kg ===== maximo 40gotas

Xarope: 50mg/ml
Solução Injetavel: 500mg/ml ➡ maximo 2ml ( se
IV diluir em 10ml de água destilada)

5- Paracetamol (200mg/ml)------------------------GOTAS
se bebe (100mg/ml) :
Prescrição na Pediatria
Após 40 Kg ou quando a dose ultrapassar a dose do
adulto, devo prescrever a dose de adulto e não se guiar
pelo peso da criança.
Nas drogas de aplicação IM, tem que observar o volume
máx. que pode ser administrada no músculo, por idade.
Hidratação venosa
Princípios gerais
Objetiva ofertar volume, Na, K e glicose para um
paciente em dieta zero, consegue manter o paciente por
no máx 3 dias, perde 0,5-1% de peso por dia → se
precisar por mais tempo, é necessário administrar dieta
por SNG ou parenteral.
Monitorizar sempre → PA, sinais vitais, diurese,
eletrólitos, ganho de peso...
Quando for iniciar a dieta o soro pode ser reduzido.
A prescrição deve ser individualizada com base na
história clinica, evolução, DU, BH e exames laboratoriais
(eletrólitos, glicemia sérica, função renal e SU).
OBS: lembrar que o SF tem quantidade fisiológica de Na,
mas a quantidade de Cl é excessiva → aumenta excreção
de Bic pela urina → ACIDOSE METAB. HIPERCLORÊMICA
(anion gap normal).
OBS: a glicose ideal é entre 2,5 e 5% na solução. Se
acesso periférico o máx. é 12,5%. E se CVC o máx é 25%
contínuo.
Solução isotônica
Considero isotônica toda solução com Na entre 120 e
160 mEq/L.
Seria a ideal para GECA, mesmo assim o MS preconiza o
soro hipotônico 4:1 (4 de SG e 1 de SF).
Contraindicação: neonatos (até 28d), cardiopatias,
hepatopata, nefropata, Na > 150, doença perdedora de
água livre (diabetes insípidus), HAS, acidose metabólica
hiperclorêmica.
Desv: aumento do cloreto → mais excreção de HCO3 →
acidose metabólica hiperclorêmica.
Solução hipotônica
Indicação: CI ao soro isotônico.
Desvantagem: pode causar hiponatremia em crianças
com dificuldade de excretar água livre → Crianças
hospitalizadas e pós cirúrgicas, asma, pneumonia,
diarreia: maior risco de SIADH → ANASARCA, EDEMA
CEREBRAL.
Soro de expansão/rápido/reparação
20 mL/Kg em 30 min (SF 0,9%) – repetir até os sinais de
choque desaparecerem.
Soro de manutenção – paciente com dieta zero!
1º Calcular o peso calórico (Pcal) para então determinar
as ofertas hídrica, de Na e de K.
• 0-10 Kg → é igual ao peso aferido.
• 10-20 kg → 10 + 0,5 x (Kg acima de 10)
• >20 kg → 15 + 0,2 x (Kg acima de 20)
Outra forma de calcular, sem precisar do Pcal:
Nesse caso vai dar em mL ou Kcal.
2º Escolher se a oferta vai ser por Holliday-Segar
(hipotônica) ou isotônica.
Holliday-Segar
Oferta hídrica do soro de manut.: 100 mL/Kg Pcal/ 24h.
Oferta de sódio: 3mEq/Kg Pcal em 24h
Oferta de potássio: 2,5 mEq/Pcal em 24h (= 25mEq/L ou
2-3 mEq/100Kcal).
➔ Quantos mL de Na? – vai depender da solução:
SF (NaCl 0,9%) – 0,154 mEq/mL
NaCl 20% - 3,4 mEq/mL
➔ Quantos mL de K? – solução de KCl
KCl 19,1% - 2,5 mEq/mL
Agora, vou ver quais os componentes do soro de
manutenção:
Na → quant. da oferta / quant. de Na por mL da solução;
K → quant. da oferta / quant. de K por mL de KCl (2,5). Solução padrão isotônica

OBS: os valores podem ser arredondados. Para todas as crianças euvolêmicas com glicemia e
eletrólitos normais sigo as proporções:
➔ SG 5% → solução s/ eletrólitos, apenas para
completar a oferta hídrica – SG 5% = oferta - SG5% → 1000mL
hídrica – oferta de Na e K.
- NaCl 20% → 40 mL
Essa quantidade pode ser dividida em 2 bolsas, 1 a cada
- KCl 19,1% → 10 mL
12h (é só dividir por 2 o valor de cada componente).
A dose de oferta hídrica eu calculo pelo peso da criança.
Soro isotônico
E depois calculo a velocidade.
Oferta hídrica do soro de manut.: 100 mL/Kg Pcal/ 24h.
Acrescentar aportes de outros eletrólitos se necessário
Oferta de sódio: depende da oferta hídrica (140 mEq/L) (como cálcio e magnésio).

Soro isotônico tem Na 135-145 mEq/L (= plasma)
Faz apenas uma regra de 3:
140 mEq --------------- 1000mL
X --------------- quant. da oferta hídrica.
Oferta de potássio: 2,5 mEq/Pcal em 24h
➔ Quantos mL de Na?
Sabendo a oferta de Na. Posso usar SF 0,9% ou NaCl 20%
NaCl 20% tem 3,4 mEq/mL → logo, oferta de Na / 3,4.
➔ Quantos mL de K? – solução de KCl
Se não estiver em dieta zero, geralmente não precisa
repor o K → Coloco só SG e NaCl (30% da oferta hídrica
total necessária caso ele estivesse em dieta zero).
BIC → divide o volume total por 24h (mL/h).
Gotas → divide a quantidade de mL/h por 3.
Ajustar conforme: PESO, EXAME CLINICO, BALANÇO
HIDRICO, DEBITO URINARIO, LAB – IONS, F. RENAL,
GASOMETRIA VENOSA, OSMOLARIDADE SERICA E
URINARIA.
Pelo MS:

KCl 19,1% - 2,5 mEq/mL

➔ SG 5% → solução s/ eletrólitos, apenas para

completar a oferta hídrica – SG 5% = oferta
hídrica – oferta de Na e K.

Essa quantidade pode ser dividida em 2 bolsas, 1 a cada

12h (é só dividir por 2 o valor de cada componente).

OBS: outra fonte calcula a oferta total hídrica = SG e a

quantidade de NaCl e KCl só adiciona.

Soro de reposição

Repor o que perdeu. Posso fazer as alterações sem

interferir no soro de manutenção.
Prática 14/09/2020 e 18/09/2020
Crupe viral e bacteriano
Criança com estridor (obstrução alta):
- Via aérea supraglótica → som inspiratório, infecções
localizadas que podem levar a abscesso e fácil colapso +
voz abafada → supraglotite infecciosa; difteria; abscesso
retrofaríngeo.
- Via aérea glótica e suglótica → A causa mais comum
é a Síndrome Crupe - ocorre estridor insp ou durante ins
e expiração + rouquidão + tosse ladrante + desc.
respiratório variável → viral, bacteriana e difteria.
Crupe viral
90% dos casos faz uma laringotraqueobronquite – Mais
viral. Em > 5 anos pensar também em micoplasma.
Crianças entre 1-6 anos (pico em 18m) e meninos (+).
Pródromo de IVAS e após 12/48h vem a febre e a
obstrução.
Maioria é autolimitado em 3-7 dias.
Diagnóstico é clínico, a não ser que você pense em corpo
estranho como DD.
Conduta
Oximetria de pulso em toda criança com estridor (Sat
normal não exclui evolução ruim) Presença de hipoxemia
indica internação e UTI.
Acalmar a criança para evitar choro.
NBZ com SF – muito usado, mas sem evidência. Só usar
se pct mais calmo. Ofertar O2 se necessário.
Corticoide - Dexametasona VO ou EV (0,15-0,6 mg/kg)
OU budesonide inalatório (caso leve).
Epinefrina – inalatória 0,5ml/kg (máx de 5ml) – tem ação
rápida e breve (2h). Pode ser aplicada a cada 2h (cuidado
com EA).
Quadros recorrentes levam a
pensar em RGE, papilomatose
recorrente de laringe,
estenose laringotraqueal,
anormalidades congênitas.
Internação – toxemia, desidratação, incapacidade de
ingerir líquidos, estridor ou retrações em repouso e
ausência de resposta à administração de epinefrina.
Intubação – refratários. Usar cânula 0,5mm a menos.
DD – edema angioneurótico, corpo estranho, abscesso
retrofaríngeo, traqueíte bacteriana e supraglotite
infecciosa (estridor e desconforto sem rouquidão ou
tosse ladrante).
Traqueíte bacteriana
Doença rara que causa sd de crupe. Menos fatal pelas
vacinas atuais contra haemofilus. Mas pode ser por
outras bact.. ou coinfecção viral.
Formação de membranas dentro da traqueia pela
inflamação exsudativa → crupe e epiglotite + febre alta
+ toxemia – rápida obstrução total, sem resposta a
epinefrina ou corticoide.
Conduta:
Diante da suspeita, encaminhar para UTI. IOT precoce
com cautela para não obstruir o tubo com a membrana
+ ATB (cefuroxima ou ceftriaxone).
Distúrbios funcionais na pediatria Pode ter HF. O enema opaco sugere o diagnóstico
(manometria anorretal também), mas só fecha c/ biópsia
retal. Lembrar do DD com fibrose cística também!

Disquezia do lactente → pelo menos 10 min de esforço

CONDUTA NA EMERGÊNCIA
e choro antecedendo a eliminação de fezes moles –
situação transitória enquanto o lactente adquire a Desimpactação fecal (TR com fezes, massa palpável ou
capacidade de reflexar o esfíncter. escape fecal, se nec. o Rx) → enema retal ou VO.
Constipação funcional → roma IV (se < 4a: 2 ou + em 1m
e se > 4a: 2 ou +, 1x/semana em 1 mês, excluir SII).

Outras manif. clínicas: dor abdominal que melhora após

defezação, enurese noturna, falta de apetite, ITU.

Se refratário ao TTO convencional ou recorrência devo

iniciar a investigação → Sorologia de doença celíaca;
testes de função tireoidiana, dosagem de cálcio, exame
de urina e urocultura. Em lactentes – minienema com sorbitol.

D. de Hirschsprung (megacólon congênito) → ausência Em hospital a solução de glicerina é uma alternativa.

de neurônios parassimpáticos em algum ponto do cólon
→ história de eliminação tardia de mecônio (> 48h),
constipação atual, eliminação explosiva de fezes ao
toque retal (ou TR sem fezes), distensão abdominal,
eliminação de fezes em fita. Pode fazer o a.a obstrutivo.
CONDUTA AMBULATORIAL
Orientações → ir ao banheiro após as grandes refeições
e ficar no vaso de 15-20 minutos (pelo menos no almoço
– aproveitar o reflexo gastrocólico), mesmo se não
estiver com vontade de defecar. Colocar um banco para
apoiar as pernas, colocar livros ou brinquedos no
banheiro para distrair a criança. Aumentar ingesta
hídrica e consumo de fibras (frutas, verduras, legumes e
grãos...).
Milho cozido ou pipoca, azeite, trigo para quibe,
semente de linhaça, girassol e gergelim, castanhas,
amêndoas, sobremesas com fibras.
TTo deve se estender por pelo menos 3 meses!
Reduzir a dose diária aos poucos.
Cerca de 80% dos pacientes diag. precocemente
melhoram em 6 meses. Quanto mais tarde o TTO pior a
resposta.

- Muvinlax 13,125g/sachê (macrogol 3350)

Uso para criança de 19kg: Diluir 2 sachês em 250 ml

de suco ou água por 1 semana. Em seguida, diluir 1
sachê em 125 ml de água ou suco por 1 mês.

ATAQUE – 1,5 g/kg por 1 semana.

MANUT. – 0,8 g/kg por 1-2 meses

Para maiores de 2 anos.

OU

- PEG (polietilenoglicol) 4000 ------------- sachê

Uso: formular e oferecer 4-8g/dia dividido em 1-

2x/dia por 1 semana.

Para maiores de 6 meses.

Hipertrofia de adenoide (tonsila faríngea)

Adenoides crescem na infância entre 5- 6 anos e tendem a regredir entre 8-10 anos.

Se infecções repetidas de garganta → a hipertrofia pode continuar ou causar sintomas.

A hipertrofia está associada com:

- Adenoidite (parece sintomas de sinusite, mas como esta é rara na faixa etária escolar, posso exluir).

- Maior risco de amidaglite (causa e consequência) e faringite.

- Otite média de repetição, sinusite crônica, rinite persistente.

- Apneia do sono, roncos, dormir de boca aberta ou até não conseguir dormir.

- Voz anasalada, alt. da cavidade oral.

- Rinite (hipertrofia de conchas inferiores) é um importante fator de risco.

Exames complementares

Rx lateral (cavum) ajuda, mas o exame ideal é a nasofibrolaringoscopia flexível

Conduta

Cirurgia → crianças mais novas com obstrução importante e muito sintomático; rinossinusites e adenoidites de
repetição, obstrução respiratória, OM secretora, suspeita de neoplasia (linfoma), Aids, cor pulmonale, disfagia...

CI: fenda palatina. anemia, infecção aguda, vacinação contra poliomielite (aguardar 6 semanas), doenças graves cuja
cirurgia traria riscos de morte.

Se casos leves, posso esperar até 10 anos para ver se melhora e tratar as crises de amigdalites e adenoidites.
Faringoamigdalite
TTO clínico

TTO da rinite, perda de peso, uso de CPAP (dist. do sono)

e aparelhos orais.

Indicações de amidalectomia

Obstrução de VAS → respiração oral, déf. no

crescimento, roncos noturnos, sonolência diurna, AOS, - Penicilina G benzatina 1,2 milhão UI, dose única, IM (se peso >
20Kg).
fáscies adenoidiana.
Se peso < 20kg → 600 UI em DU.

ou

- Amoxicilina 50mg/kg/dia, 8/8 ou 12/12h, VO por 10 dias.

ou

- Ampicilina 100 mg/kg/dia, 8/8h, VO por 10 dias.

ou

Azitromicina 20 mg/kg/dia, 1vez ao dia. VO, por 3 dias.

Sintomáticos:

- Ibuprofeno 5-10 mg/kg/dose, 6/6h, VO, por 3-5 d.

Disfagia e alterações de fala, crescimento facial anormal
e alterações dentárias, abscessos, profilaxia de febre - Prednisona 0,14-2 mg/kg/dia, VO, 12/12h por 3-5d (apenas se
contraindicação ao AINE)
reumática (controverso), aumento de volume unilateral
(linfoma em criança ou Ca epidermoide em adulto ?), - Lavagem nasal.

amigdalite crônica e halitose refratárias.

Febre Reumática