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Linguagem e Relações Estéticas

EMENTA: História das linguagens e da expressão; Filosofia da linguagem; Relação entre


linguagens e estética na história e na sociedade; O belo e o gosto; Linguagem sonora,
visual e verbal; Semiótica e Semiologia; Tríades das linguagens; Relações entre as
linguagens na comunicação multimídia; Discurso na comunicação humana e nas
produções de comunicação de massa; Relações estéticas e experiência estética;
Estética como expressão de caráter social, cultural e político; Panorama do estudo da
comunicação e da cultura de massa: vertentes norte-americana, latino-americana,
canadense e europeias (alemã e francesa); Teorias da mídia, mediações e midiatização;
Sociedade do espetáculo; Escola de Frankfurt e Teoria Crítica aplicada à análise de
produtos e processos comunicacionais e artísticos; Estudos Culturais e de recepção a
partir dos artefatos da linguagem; Análise do discurso, crítica e criação de conteúdos
comunicacionais.
História das linguagens e da expressão
Linguagem: É todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de
comunicação. Pode ser verbal e não-verbal.

a) Verbal: aquela cujos sinais são as palavras


b) Não-verbal: aquela que utiliza outros sinais que não as palavras. Ex: Libras

Acredita-se que a linguagem tenha pelo menos 50 mil anos, mas a maioria dos linguistas crê
que seja bem mais antiga — alguns estimam que possa ter até meio milhão de anos.

Há várias teorias sobre como a linguagem da nossa espécie se originou. Mas nenhuma ainda é
conclusiva. Uma das mais difundidas — e debatidas — é que a linguagem humana se originou
primeiro por meio de gestos manuais. Porém, o fato de os primatas usarem gestos para se
comunicar não significa automaticamente que os humanos tenham utilizado primeiro as mãos
e depois a boca para se fazerem compreender.

É possível que os motivos que levaram os primeiros humanos a falar tenham sido para explorar
o ambiente ao seu redor e consumir diferentes alimentos. Se há milhares de anos você saía
para explorar e encontrava comida na forma de uma carcaça de animal, por exemplo, você
tinha que ser capaz de voltar ao acampamento ou comunidade e comunicar onde estava o
alimento.

Temos também a linguagem corporal, aquela que se transmite por meio de gestos e posturas.
Podemos dizer, então, que a postura expressa as atitudes e os sentimentos das pessoas.

Expressão é o ato de exprimir ou manifestar algo.

Expressões idiomáticas: Muitas vezes estão associadas a gírias, jargões ou contextos culturais
específicos a certos grupos de pessoas que se distinguem pela classe, idade, região, profissão
ou outro tipo de afinidade. Ex: bola pra frente; dar uma mãozinha; babar ovo; arrancar os
cabelos.

No século XX, a linguagem e a expressão continuaram a evoluir, com a tecnologia permitindo


novas formas de comunicação e expressão. A televisão e o cinema se tornaram importantes
meios de comunicação e de arte, enquanto a internet e as redes sociais transformaram a
maneira como as pessoas se comunicam e expressam suas ideias e emoções.

Em resumo, a história das linguagens e da expressão é complexa e diversa, refletindo as


mudanças na sociedade, na cultura e na tecnologia ao longo do tempo. Desde as primeiras
formas de comunicação gestual até as formas mais sofisticadas de escrita e arte, a linguagem e
a expressão têm sido fundamentais na história e na evolução da humanidade.

Filosofia da linguagem
A filosofia da linguagem é um ramo da filosofia que se dedica ao estudo da linguagem e da
comunicação humana. Ela busca compreender a natureza, a estrutura e a função da linguagem,
assim como suas relações com o pensamento, a realidade e a cultura.

Um dos principais temas da filosofia da linguagem é a relação entre a linguagem e a realidade.


Alguns filósofos argumentam que a linguagem é um reflexo da realidade, enquanto outros
afirmam que a linguagem é uma construção social que molda nossa compreensão da
realidade. Outro tema importante é a relação entre a linguagem e o pensamento, e como a
linguagem influencia a forma como pensamos e compreendemos o mundo.

Além disso, a filosofia da linguagem também investiga questões relacionadas à interpretação e


significado das palavras e frases. Como é possível que diferentes pessoas tenham
entendimentos diferentes da mesma frase? Como podemos saber o que alguém quis dizer
quando usou uma determinada palavra ou expressão?

Outro tema importante da filosofia da linguagem é a relação entre linguagem e cultura. Como
a linguagem é usada para transmitir e construir valores culturais? Como a linguagem é usada
para construir identidades culturais e individuais?

Em resumo, a filosofia da linguagem busca compreender os aspectos fundamentais da


linguagem humana e sua relação com a realidade, o pensamento e a cultura.

Relação entre linguagens e estética na história e na sociedade


A relação entre linguagens e estética tem sido fundamental na história e na sociedade. A
estética é a área da filosofia que trata da natureza da beleza e do gosto, enquanto as
linguagens são os meios pelos quais as pessoas se comunicam e expressam suas ideias e
emoções. As linguagens podem ser escritas, faladas, visuais ou gestuais, e cada uma delas tem
suas próprias convenções e técnicas estéticas.

Ao longo da história, a estética tem exercido um papel importante na literatura, na arte visual,
na música e no teatro. Por exemplo, na Grécia Antiga, a poesia era considerada uma forma de
arte elevada, enquanto a prosa era vista como algo mais comum. Na Idade Média, a arte
religiosa dominava a cena, enquanto no Renascimento, os artistas buscavam retratar uma
natureza de forma mais realista e com um senso de perspectiva.

Na sociedade atual, as linguagens e a estética continuam a estar intrinsecamente úteis. Por


exemplo, a publicidade usa técnicas estéticas para atrair a atenção dos consumidores e vender
produtos, enquanto as redes sociais são uma plataforma para as pessoas se expressarem
esteticamente por meio de fotos, vídeos e outras formas de mídia visual. A linguagem também
é usada como uma forma de expressão estética, seja por meio da literatura, da poesia ou da
música.

Em resumo, a relação entre linguagens e estética tem sido fundamental na história e na


sociedade. A estética influencia a forma como as pessoas veem e apreciam as diferentes
formas de linguagem, enquanto a linguagem é usada como uma forma de expressão estética
em diversas áreas, da arte à publicidade e ao entretenimento.

O belo e o gosto
A relação entre o belo e o gosto é complexa e pode variar de acordo com diferentes filosofias
estéticas. De forma geral, o belo se refere a algo que é agradável aos sentidos, harmonioso,
equilibrado e inspirador de respeito. Já o gosto se refere ao conjunto de influências e opiniões
pessoais em relação à estética, ou seja, aquilo que cada indivíduo considera belo.
De acordo com algumas correntes filosóficas, como o idealismo, o belo é uma categoria
objetiva, ou seja, existe em si mesmo e é independente das opiniões individuais. Nesse caso, o
gosto é considerado como algo subjetivo e influenciado pela educação e pela cultura de cada
pessoa.

Já outras correntes filosóficas, como o empirismo, entendem que tanto o belo quanto o gosto
são subjetivos e dependentes das experiências individuais de cada pessoa. Nessa visão, a
beleza não é algo que existe em si mesmo, mas é uma construção social e cultural.

Independentemente da corrente filosófica adotada, é importante ressaltar que o belo e o gosto


são conceitos muito pessoais e podem variar de pessoa para pessoa. O que é belo e agradável
para um indivíduo pode não ser o mesmo para outro.

Linguagem sonora, visual e verbal


A linguagem é uma forma de comunicação entre indivíduos que pode ser expressa de diversas
maneiras, como a linguagem sonora, visual e verbal.

A linguagem sonora é aquela que se utiliza do som, como a fala, a música, os ruídos e os efeitos
sonoros, para transmitir mensagens e emoções. Ela pode ser usada em diferentes contextos,
desde a comunicação oral entre indivíduos até a criação de trilhas sonoras para filmes e
programas de televisão.

A linguagem visual, por sua vez, é aquela que se utiliza de imagens, núcleos, formas e texturas
para transmitir mensagens e emoções. Ela é bastante presente em áreas como o design gráfico,
a publicidade, o cinema, a televisão e a arte em geral.

Já a linguagem verbal é aquela que se utiliza das palavras, da gramática e da sintaxe para
transmitir mensagens e emoções. Ela é utilizada em diversas situações, como na comunicação
oral entre pessoas, na escrita de textos literários e técnicos, nos discursos políticos e nas
apresentações acadêmicas, entre outras.

É importante destacar que essas três formas de linguagem podem ser combinadas e utilizadas
de maneira complementar em diversas situações, como na criação de peças publicitárias, na
produção de filmes e na elaboração de textos jornalísticos, por exemplo.

Relações entre as linguagens na comunicação multimídia


A comunicação multimídia é uma forma de comunicação que envolve várias mídias e
linguagens, como texto, imagem, som e vídeo. Essas diferentes formas de linguagem podem se
complementar ou competir entre si, dependendo do contexto e do objetivo da comunicação.
Neste resumo, discutiremos as relações entre as linguagens na comunicação multimídia,
destacando alguns dos desafios e oportunidades envolvidos nesse processo.

Uma das principais questões na comunicação multimídia é como as diferentes linguagens


podem ser combinadas de forma eficaz para criar uma experiência de comunicação
significativa. Isso pode envolver o uso de texto para transmitir informações relacionadas,
imagens para transmitir emoção ou contexto, som para fornecer feedback auditivo e vídeo
para fornecer uma experiência visual rica. O desafio é encontrar um equilíbrio entre essas
diferentes formas de linguagem, de modo que cada uma contribua para uma comunicação de
forma eficaz e harmoniosa.

Outra questão importante na comunicação multimídia é como as diferentes linguagens podem


competir entre si. Por exemplo, uma imagem forte pode dominar o texto que a acompanha,
tornando-o menos importante ou menos lido. Da mesma forma, o som pode distrair o
espectador do vídeo ou o texto pode ser ignorado em favor de uma imagem mais interessante.
A solução para esses desafios é encontrar um equilíbrio entre as diferentes formas de
linguagem, de modo que cada uma seja utilizada de forma apropriada e complementar.

Além disso, a comunicação multimídia também envolve o uso de diferentes linguagens em


diferentes contextos. Por exemplo, o uso de emoticons em mensagens de texto ou o uso de
gírias em um vídeo pode ser apropriado em alguns contextos, mas não em outros. Da mesma
forma, a escolha de palavras em um artigo jornalístico pode ser diferente da escolha de
palavras em um anúncio publicitário. O desafio é entender o contexto da comunicação e
escolher as linguagens adaptadas para esse contexto.

Por fim, a comunicação multimídia também envolve o uso de diferentes linguagens em


diferentes plataformas. Por exemplo, a comunicação em redes sociais pode exigir o uso de
linguagem mais informal ou o uso de imagens e vídeos para atrair a atenção do público. Da
mesma forma, a comunicação em uma apresentação de negócios pode exigir o uso de
linguagem mais formal e uma ênfase maior no texto e nos gráficos. O desafio é entender as
nuances de diferentes plataformas e escolher as linguagens comunitárias para cada uma delas.

Discurso na comunicação humana e nas produções de comunicação de massa


O discurso é um elemento fundamental na comunicação humana e nas produções de
comunicação de massa. O discurso é definido como um conjunto de palavras e expressões
organizadas de forma a transmitir um significado. É uma forma de expressão que permite que
os seres humanos se comuniquem e transmitam informações uns aos outros. O discurso é
usado em uma variedade de contextos, incluindo em conversas informais, apresentações
acadêmicas, discursos políticos e na mídia.

Na comunicação humana, o discurso é usado para transmitir informações e ideias entre


indivíduos. O discurso é uma forma de linguagem que pode ser utilizada para expressar
pensamentos, sentimentos e opiniões. No entanto, o discurso também pode ser usado para
influenciar e persuadir outras pessoas. O discurso persuasivo é frequentemente usado em
debates políticos e publicitários. O objetivo do discurso persuasivo é convencer o público a
adotar uma determinada posição ou ideia.

Na produção de comunicação de massa, o discurso é usado para transmitir informações e


ideias para um grande público. A comunicação de massa inclui mídia impressa, televisão, rádio
e internet. O discurso na comunicação de massa pode ser usado para informar, persuadir ou
entreter o público. As produções de comunicação de massa frequentemente usam discursos
persuasivos para influenciar a opinião pública.

O discurso na comunicação de massa pode ser influenciado por uma série de fatores, incluindo
o público-alvo, o meio de comunicação e o objetivo da mensagem. Por exemplo, a mídia
impressa pode usar um discurso mais formal e técnico em artigos de ciência e tecnologia,
enquanto a televisão pode usar um discurso mais informal e emocional em comerciais de
produtos de consumo.

O discurso na comunicação de massa também pode ser influenciado por tendências sociais e
culturais. Por exemplo, a mídia pode usar um discurso mais inclusivo e diversificado para
refletir mudanças nas atitudes sociais em relação à diversidade e inclusão. Além disso, a mídia
pode usar um discurso mais sensível e respeitoso em relação a questões de gênero, raça,
religião e sexualidade.

No entanto, o discurso na comunicação de massa também pode ser usado de maneiras


prejudiciais. A mídia pode usar discursos preconceituosos ou estereotipados que reforçam
estereótipos e desigualdades sociais. Além disso, o discurso na comunicação de massa pode
ser usado para manipular o público, criando uma falsa sensação de urgência ou usando táticas
enganosas de vendas.

Relações estéticas e experiência estética


As relações estéticas referem-se à forma como os indivíduos percebem e interagem com a
beleza, a harmonia e a forma nas artes, na natureza e em outros objetos. Essas relações
estéticas são provocadas na experiência estética, que envolvem as emoções, sentimentos e
sensações que um indivíduo experimenta ao contemplar algo belo.

A experiência estética é um processo subjetivo e pessoal, que envolve a percepção sensorial e


a interpretação cognitiva. Ela pode ser influenciada por vários fatores, como a cultura, a
história, a educação e as experiências individuais. A beleza não é algo objetivo e universal, mas
sim uma construção social e cultural.

As relações estéticas também podem ser influenciadas pela relação entre o observador e o
objeto de contemplação. A empatia, a identificação e os envolvimentos emocionais são fatores
importantes na experiência estética. Além disso, a interação com outras pessoas e a troca de
ideias e opiniões também podem influenciar a percepção estética.

A experiência estética também pode ser influenciada por fatores psicológicos, como as
emoções e os sentimentos. A arte pode evocar emoções diferentes, como alegria, tristeza,
medo. Essas emoções podem ser intensas e podem levar o observador a uma reflexão sobre a
vida, a morte, a beleza e o significado da existência.

A experiência estética não está limitada à arte, mas pode ser encontrada em outras áreas,
como a natureza, a arquitetura e a moda. A beleza pode ser encontrada em paisagens naturais,
em edifícios históricos ou modernos, ou em roupas elegantes e bem desenhadas. A experiência
estética pode ser encontrada em qualquer lugar, desde que os espectadores estejam dispostos
a contemplar e apreciar a beleza e a harmonia.

Estética como expressão de caráter social, cultural e político


A estética pode ser entendida como uma filosofia que estuda a beleza e a arte, bem como sua
relação com a percepção, as emoções e os valores humanos. Nesse sentido, a estética não é
apenas um campo de estudo isolado, mas está profundamente enraizada em aspectos sociais,
culturais e políticos.
Em primeiro lugar, a estética está intrinsecamente ligada à sociedade. A percepção da beleza e
da arte é influenciada pelas normas sociais e culturais de uma comunidade, bem como pelas
experiências individuais de cada pessoa. Por exemplo, a estética da moda varia de acordo com
as tendências e influências culturais de cada região, refletindo as diferenças históricas,
emocionais e sociais. Além disso, a percepção da beleza também é influenciada por questões
de classe, gênero e raça, o que pode levar a padrões de beleza excludentes e discriminatórios.

Em segundo lugar, a estética é um fenômeno cultural. As obras de arte refletem a história, as


crenças e os valores de uma sociedade. Por exemplo, a arte renascentista na Europa foi
influenciada pelo humanismo e pela redescoberta dos clássicos antigos, enquanto a arte
contemporânea reflete os desafios sociais e políticos enfrentados pela nossa sociedade. Além
disso, a estética também desempenha um papel na construção da identidade cultural de um
povo, ajudando a preservar suas tradições e valores.

Por fim, a estética também é uma expressão política. As obras de arte muitas vezes refletem as
visões e ideologias políticas de seus criadores. Por exemplo, a arte de protesto pode ser usada
para denunciar a injustiça social e política, enquanto a arte oficial pode ser usada para
promover a propaganda do Estado. Além disso, a estética também pode ser usada como uma
forma de resistência política, como aconteceu durante o movimento punk na década de 1970,
que usou a moda e a música como formas de questionar a ordem estabelecida.

Panorama do estudo da comunicação e da cultura de massa: vertentes norte-


americana, latino-americana, canadense e europeias (alemã e francesa)
A comunicação e a cultura de massa têm sido objeto de estudo em várias disciplinas, como a
sociologia, a psicologia, a antropologia e a comunicação. A cultura de massa é caracterizada
por ser produzida em larga escala, com o objetivo de atingir um público amplo e diversificado.
Isso envolve a produção e distribuição de bens culturais, como filmes, músicas, programas de
TV, livros, entre outros.

A análise da comunicação de massa e da cultura de massa é essencial para compreender como


esses bens culturais adquiridos a sociedade e a cultura. O estudo desses temas também é
importante para entender como as tecnologias de comunicação influenciam a produção,
distribuição e consumo de cultura.

Um dos principais teóricos que aceitou para o estudo da cultura de massa foi o sociólogo
alemão Theodor Adorno. Ele argumentou que a cultura de massa era uma forma de controle
social, na medida em que as pessoas eram expostas a uma cultura uniforme e padronizada.
Segundo Adorno, a cultura de massa enfraquecia a capacidade das pessoas de pensar de forma
crítica e independente, tornando-as passivas e conformistas.

Outros teóricos, como Stuart Hall, enfatizaram a importância da cultura de massa na


construção da identidade cultural. Hall argumentou que a cultura de massa era uma forma de
cultura popular que refletia as identidades e valores das classes dominadas. Ele também
destacou a importância da recepção ativa, ou seja, como as pessoas interpretam e dão sentido
aos bens culturais que consomem.

No campo da comunicação, a teoria da agenda-setting, desenvolvida por Maxwell McCombs e


Donald Shaw, argumenta que a mídia tem o poder de influenciar a agenda pública ao destacar
determinados temas e questões. A teoria da espiral do silêncio, desenvolvida por Elisabeth
Noelle-Neumann, argumenta que as pessoas têm medo de expressar opiniões impopulares, o
que pode levar a um falso consenso na sociedade.

Outra questão importante no estudo da comunicação e da cultura de massa é a globalização. A


globalização tem levado à homogeneização da cultura em todo o mundo, com a difusão de
produtos culturais de países incluídos para países em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, a
globalização também tem levado ao desenvolvimento de novas formas de cultura híbrida e
mista.

Em suma, o estudo da comunicação e da cultura de massa é essencial para entender como a


sociedade é sustentada pelos bens culturais que consomem e como esses bens são produzidos,
distribuídos e consumidos. Os teóricos da cultura de massa, como Adorno e Hall, têm
contribuído em espiral para a compreensão dessas questões, assim como as teorias da
comunicação, como a teoria da agenda-setting e a teoria do silêncio. A globalização é outra
questão importante a ser considerada nesse campo de estudo.

O estudo da comunicação e da cultura de massa é uma área multidisciplinar que abrange várias
abordagens teóricas e metodológicas. Há várias vertentes de estudo nesta área, com algumas
diferenças entre elas. Neste texto, vamos explorar as vertentes norte-americana, latino-
americana, canadense e europeia, mais especificamente a alemã e francesa.

A vertente norte-americana tem suas raízes no desenvolvimento da indústria cultural e dos


meios de comunicação de massa nos Estados Unidos. Os estudos iniciais se concentraram em
examinar o impacto dos meios de comunicação de massa na sociedade e na cultura. Os
teóricos dessa vertente argumentaram que a mídia era um agente poderoso na moldagem da
opinião pública e na criação de valores culturais. Um dos principais estudos pioneiros nessa
área foi o livro "A Personalidade Autoritária", de Adorno, Frenkel-Brunswick, Levinson e
Sanford, que examinou as atitudes e valores das pessoas em relação à propaganda nazista.

Outra abordagem importante na vertente norte-americana é a teoria dos efeitos limitados, que
argumenta que a mídia não é tão poderosa quanto se pensava anteriormente. Essa perspectiva
defende que a recepção da mensagem midiática depende de uma série de fatores, como o
contexto social, a experiência pessoal e a atitude do receptor em relação à mensagem. Essa
teoria foi desenvolvida por teóricos como Paul Lazarsfeld, que realizou estudos sobre a
influência da mídia nas políticas eleitorais.

A vertente latino-americana, por sua vez, tem suas raízes no contexto político e social da
América Latina, marcada por uma história de colonialismo, exploração econômica e
desigualdade social. Os teóricos dessa vertente argumentam que a mídia tem um papel
importante na manutenção dessas desigualdades e na construção de uma identidade cultural
subordinada aos interesses dos países apresentados. Um dos principais estudos pioneiros
nessa área foi o livro "Cultura de Massas no Século XX", de Héctor Schmucler, que examinou a
relação entre a cultura de massa e a dominação cultural.

Outra abordagem importante na vertente latino-americana é a teoria da dependência cultural,


que argumenta que os países latino-americanos são dependentes dos países associados em
termos de tecnologia e conhecimento, o que os coloca em uma posição subordinada na
produção e distribuição de bens culturais . Essa teoria foi desenvolvida por teóricos como
Theotonio dos Santos e Fernando Henrique Cardoso.
Vertente canadense: A vertente canadense de estudos da comunicação e da cultura de massa
tem raízes na tradição europeia de estudos culturais e é influenciada pela abordagem crítica.
Uma das principais contribuições da vertente canadense é a análise das relações de poder na
mídia, considerando o contexto social, político e econômico em que ela está inserida. A
vertente canadense também se concentra na relação entre a cultura popular e a identidade
nacional, destacando a importância da diversidade cultural e da representatividade na mídia. A
vertente canadense valoriza a pluralidade de vozes e perspectivas na produção e consumo de
conteúdo midiático e enfatiza a necessidade de uma mídia democrática e acessível a todos os
cidadãos.

Um dos principais nomes dessa vertente é Marshall McLuhan, que recebeu a ideia de que "o
meio é a mensagem", ou seja, que as características dos meios de comunicação são tão
importantes quanto o conteúdo transmitido por eles. McLuhan argumentava que a televisão,
por exemplo, é um meio de comunicação que tem a capacidade de mudar a forma como as
pessoas pensam e se comportam, ao criar uma "aldeia global" em que todos estão conectados.

Outros teóricos importantes da vertente canadense incluem Harold Innis, que estuda a relação
entre comunicação e desenvolvimento econômico, e Arthur Kroker, que se concentra na
relação entre tecnologia e cultura.

Vertente alemã: A vertente alemã de estudos da comunicação e da cultura de massa é


influenciada pela teoria crítica da Escola de Frankfurt, que enfatiza a crítica da cultura de massa
e a análise da relação entre a cultura e a ideologia. Uma das principais preocupações da
vertente alemã é a análise das estruturas de poder na mídia e a influência da cultura de massa
na formação das opiniões e ideologias. A vertente alemã enfatiza a necessidade de uma mídia
crítica e reflexiva, que possa questionar e desconstruir as narrativas dominantes e contribuir
para uma sociedade mais justa e igualitária.

Vertente francesa: A vertente francesa de estudos da comunicação e da cultura de massa tem


raízes na tradição da semiótica e é influenciada pelo pensamento de Roland Barthes e Michel
Foucault. A vertente francesa se concentra na análise dos processos culturais e na relação
entre a cultura popular e a identidade transnacional. Uma das principais preocupações da
vertente francesa é a análise do significado e dos símbolos que são produzidos e consumidos
pela mídia e pela cultura popular. A vertente francesa enfatiza a importância da análise
semiótica e da desconstrução dos significados dominantes na cultura de massa, a fim de
entender as dinâmicas culturais e políticas que estão em jogo na produção e circulação de
conteúdo midiático.

Teorias da mídia, mediações e midiatização


As teorias da mídia se concentram na compreensão do papel da mídia na sociedade e na
cultura. Elas buscam explicar como a mídia influencia nossas atitudes, comportamentos e
valores, bem como a forma como a mídia é influenciada pela sociedade. As teorias da mídia
são influenciadas pelas mudanças sociais e tecnológicas, e são continuamente atualizadas para
refletir as mudanças na mídia e na sociedade.

A teoria das mediações, por sua vez, se concentra na forma como a mídia funciona como um
intermediário entre a realidade e a percepção que as pessoas têm dessa realidade. Segundo
essa teoria, a mídia não é apenas uma transmissora neutra de informações, mas é mediada por
fatores como interesses políticos e psicológicos, ideologias, crenças e valores. As mediações
moldam a forma como a mídia é produzida, distribuída e consumida, e afetam a forma como as
pessoas interpretam e entendem as informações que recebem da mídia.

A midiatização é outra teoria que ganhou destaque nos últimos anos. Ela se concentra na
crescente presença da mídia na vida cotidiana e na forma como a mídia se tornou um
elemento central na formação da cultura e da sociedade contemporânea. A midiatização se
relaciona com a ideia de que a mídia está se tornando cada vez mais onipresente e onipotente,
moldando nossas formas de pensar e agir.

Para os teóricos da midiatização, a cultura digital e a internet têm um papel central nesse
processo, pois ampliam a presença das mídias na vida cotidiana, proporcionando novas formas
de comunicação e interação. A midiatização, portanto, é vista como um fenômeno complexo e
multifacetado, que envolve tanto os aspectos técnicos e tecnológicos quanto os aspectos
sociais e culturais da relação entre as mídias e a sociedade.

Em síntese, a teoria da mídia é um campo de estudo importante para compreender as formas


como as mídias são alcançadas e apoiadas pela sociedade e pela cultura. As abordagens das
mediações e da midiatização são duas das principais correntes teóricas nesse campo, que
buscam compreender, respectivamente, as formas como as mídias influenciam a construção da
realidade social e as formas como as mídias estão presentes em todos os aspectos da vida
contemporânea.

Sociedade do espetáculo
O conceito desenvolvido pelo teórico francês Guy Debord e seus companheiros na
Internacional situacionista tem causado grande impacto nas várias teorias contemporâneas
sobre sociedade e cultura.

O conceito descreve uma sociedade de mídia e de consumo, organizada em função da


produção e consumo de imagens, mercadorias e eventos culturais (sociedade capitalista).

O autor apresenta a noção do espetáculo de maneira um tanto generalizada e abstrata. A


experiência e a vida cotidiana são moldadas e mediadas pelos espetáculos da cultura da mídia
e pela sociedade de consumo. Para ele, o espetáculo é uma ferramenta de pacificação e de
despolitização.

A indústria cultural possibilitou a multiplicação dos espetáculos por meio de novos espaços e
mídias. O espetáculo é um dos princípios organizacionais da economia da política da sociedade
e da vida cotidiana. A cultura da mídia promove espetáculos tecnologicamente ainda mais
sofisticados para atender as expectativas do público e aumentar seu poder e lucro. Espetáculo
também se torna um fato marcante da globalização, que envolve o fluxo de bens, de
informações de cultura e entretenimento, de pessoas e de capital através de uma nova rede de
economia, sociedade e cultura.

Espetacularização da realidade: os conflitos sociais e políticos estão cada vez mais presentes
nas telas da cultura da mídia, que apresentam espetáculos de casos sensacionalistas de
assassinato bem como a crescente violência da atualidade envolvendo celebridades e políticos.

Economia do espetáculo - “economia de entretenimento” : negócios e diversão se fundem, de


tal forma que está se tornando o principal aspecto dos negócios. Por meio da
“entretenimentização” da economia, a tv, os filmes, etc, se tornam os maiores setores da
economia nacional.

Celebridades: produzida e manipulada no mundo do espetáculo. Elas são os ícones da cultura e


da mídia. Vistas como entretenimento que é levado à plateia formadas por nossos
semelhantes, seguindo os scripts da cultura da mídia, adotando seus padrões e sua moda, seu
estilo e visual

Esportes como espetáculo: esses rituais culturais celebram os mais profundos valores da
sociedade (a competição, a Vitória, o sucesso e o dinheiro). Exemplos: as olimpíadas, a copa do
mundo, fórmula 1, campeonato brasileiro.

Filme como espetáculo: a partir dos anos 60, o filme contemporâneo incorporou os
mecanismos de espetáculo em sua forma, estilo e efeitos especiais. Exemplo: os 10
mandamentos, titanic.

TV como espetáculo: desde que surgiu, nos anos 40, a televisão tem promovido o espetáculo
de consumo, vendendo carros, moda, utilidades domésticas e outras mercadorias que
acompanham o estilo de vida e os valores do consumidor.

Música como espetáculo: a música popular também é influenciada pelo espetáculo uma vez
que a televisão vídeo musical (MTV) se tornou a principal provedora de música, transformando
o espetáculo no centro da produção e da distribuição musical. Exemplo: Madonna e Michael
Jackson.

Tríades das linguagens


Linguagem verbal, não-verbal e mista

Análise do discurso, crítica e criação de conteúdos comunicacionais.


A análise do discurso é um campo de estudo interdisciplinar que surgiu no final do século XX.
Trata-se de uma abordagem que busca compreender como os discursos são produzidos e
recebidos em contextos sociais específicos. A análise do discurso é uma disciplina que se
dedica a estudar a produção de sentidos e sua relação com o poder, ou seja, como os discursos
são usados para criar significados e moldar a forma como pensar sobre o mundo.

A análise do discurso também tem um papel importante na crítica de conteúdos


comunicacionais. Neste sentido, a análise do discurso é utilizada para identificar e denunciar a
manipulação da informação em discursos que buscam controlar ou influenciar a opinião
pública. Isso pode ser visto, por exemplo, em discursos políticos que buscam deslegitimar
oponentes ou em propagandas que usam imagens e mensagens subliminares para persuadir
consumidores.

A análise do discurso também é utilizada na criação de conteúdos comunicacionais. Neste caso,


a análise do discurso é usada para entender como os discursos podem ser construídos de
forma a criar uma comunicação efetiva com o público-alvo. Por exemplo, ao criar um anúncio
publicitário, é importante levar em consideração o público que será atingido e construir um
discurso que seja capaz de transmitir a mensagem de forma clara e objetiva.
No entanto, é importante lembrar que a análise do discurso não é uma abordagem neutra ou
objetiva. Ao contrário, a análise do discurso é uma prática que reconhece a sua própria posição
ideológica e que busca entender como os discursos são usados para reproduzir ou contestar as
relações de poder existentes na sociedade.

Semiótica e Semiologia
A semiótica é o estudo dos sistemas de signos e símbolos, bem como de seu uso e
interpretação. Ela nos permite analisar e compreender a forma como os seres humanos se
comunicam e criam significados através da linguagem, imagens, gestos e outros tipos de sinais.

A semiótica também explora a forma como os signos e símbolos são usados em diferentes
contextos culturais, sociais e históricos. Por exemplo, os sinais de trânsito podem ter diferentes
significados em diferentes países ou culturas, e a mesma palavra pode ter diferentes
significados dependendo do contexto em que é usado.

O estudo da semiótica envolve a análise de diversos tipos de signos, incluindo ícones (sinais
que se assemelham ao objeto que representam), símbolos (signos que representam algo
abstrato), índices (signos que estão fisicamente relacionados ao objeto que representam) e
linguagem (signos que representam ideias ou conceitos). A análise semiótica também pode
levar em consideração o contexto em que os signos são usados, bem como as convenções
culturais e sociais que sentem a sua interpretação.

Em resumo, a semiótica é uma disciplina importante que nos ajuda a entender como os seres
humanos criam, usam e interpretam signos e símbolos em diferentes contextos e culturas.

OBS: Concentra-se nas linguagens não-verbais e nas linguagens híbridas.

Segundo Saussure, a linguagem é composta por signos, que são a união de dois elementos: o
significado (ou referência) e o significante.

O significado é a ideia, conceito ou objeto que o signo representa, enquanto o significante é a


imagem acústica (som) ou visual (escrita) que representa esse significado. Ou seja, o significado
é a ideia que temos em mente, enquanto o significante é a forma como expressamos essa ideia
por meio da fala ou da escrita.

Usamos os signos para falar sobre coisas no mundo (entre outras coisas!). Por isso, temos a
palavra (signo) ‘mesa’ para falar sobre esta mesa à qual estamos sentados para escrever este
texto. Mas isso não quer dizer que o significado do signo ‘mesa’ deve ser identificado com esta
mesa no mundo sobre a qual falamos. E nem que o significante de ‘mesa’ deve ser identificado
com os sons (ou gestos) que usamos para pronunciar a palavra.
O significado não é a mesa (o objeto físico) em si, mas a representação mental que temos do
objeto. Do mesmo modo, o significante desse signo não é o som [mez], mas a representação
mental que os falantes de português fazem desses sons, que os ajuda a reconhecer o signo
‘mesa’ quando ele é pronunciado, e a saber como o signo deve ser pronunciado.
Já para Peirce, um signo é qualquer coisa que representa algo para alguém. Ele também dividiu
os signos em três categorias: ícone, índice e símbolo. Um ícone é um signo que se assemelha
ao objeto que representa. Por exemplo, uma fotografia de um cachorro é um ícone, porque se
parece com um cachorro. Um índice é um signo que está diretamente ligado ao objeto que
representa. Por exemplo, fumaça é um índice de fogo, porque a presença de fumaça indica a
presença de fogo. Um símbolo é um signo que tem uma relação arbitrária com o objeto que
representa. Por exemplo, a palavra "cachorro" é um símbolo, porque não há nada inerente na
palavra que indica a presença de um cão.

Além disso, Peirce também considerou três elementos essenciais para a compreensão dos
signos: o representamen, o objeto e o interpretante. O representamen é o signo em si, o objeto
é aquilo que o signo representa e o interpretante é o efeito que o signo tem sobre quem o
interpreta. Ex: a foto e um aluno seria o signo, a percepção que tenho da foto seria o
interpretante e o objeto seria o aluno.

Categorias para Peirce = A PRIMEIRIDADE (Quali-signos): Diz respeito aos aspectos mais
sensíveis da leitura, praticamente desprovidos de conhecimento e de cultura. São qualidades
dos signos. As cores, por exemplo. A SECUNDIDADE (Sin-signos): Diz respeito às somas das
qualidades, que formam singularidades para a leitura dos signos. O azul é uma singularidade da
cor. O azul é uma singularidade do céu. O azul é uma singularidade do mar. A TERCEIRIDADE
(Legi-signo): É a propriedade que faz o signo funcionar. Uma convenção, um estatuto, um
pacto, um modo simbólico, inventado e aceito enquanto linguagem. São chamados legi-signos,
pois ganham caráter de lei (pela linguagem), generalizando o sentido. Ex: azul para menino e
rosa para menina.

Escola de Frankfurt e Teoria Crítica aplicada à análise de produtos e processos


comunicacionais e artísticos
A Escola de Frankfurt é um movimento intelectual que surgiu na década de 1920 em
Frankfurt, Alemanha, e se tornou um dos grupos mais influentes no pensamento crítico
da cultura ocidental. Também conhecido como Instituto de Pesquisa Social, seus
fundadores foram Max Horkheimer, Theodor Adorno, Herbert Marcuse, Walter
Benjamin e outros intelectuais que procuravam entender as raízes da crise social,
política e cultural da Europa após a Primeira Guerra Mundial.
O objetivo principal da Escola de Frankfurt era fornecer uma análise crítica da
sociedade capitalista e suas instituições, com a intenção de descobrir possibilidades de
emancipação humana. Os membros da escola argumentavam que a sociedade
moderna havia se tornado um sistema opressor que alienava os indivíduos de sua
natureza humana, e que isso era resultado de uma cultura de massa manipuladora que
servia aos interesses das elites encorajadoras.
Um dos principais conceitos incluídos pela Escola de Frankfurt foi o da "indústria
cultural", que se refere ao uso da cultura de massa para homogeneizar e controlar as
massas, envolvendo as formas de arte e entretenimento em mercadoria que
reforçavam as normas e valores do sistema capitalista. Essa análise se tornou uma
crítica radical da cultura de massa, destacando a necessidade de uma cultura
autônoma que valorizasse a individualidade e a diversidade.
A Teoria Crítica é uma abordagem filosófica que se preocupa em entender as condições sociais,
políticas e culturais que moldam a vida humana e suas expressões artísticas e comunicacionais.
Ela surgiu a partir da Escola de Frankfurt, um grupo de pensadores que se preocupava em
entender como o sistema capitalista de produção afetava a cultura e a sociedade em geral.

Na análise de produtos comunicacionais, a Teoria Crítica destaca a forma como a mídia e a


cultura de massa reproduzem e reforçam as ideologias dominantes. Isso significa que a mídia
muitas vezes apresenta uma visão distorcida da realidade, reforçando estereótipos e
preconceitos, ao mesmo tempo em que esconde ou minimiza aspectos importantes da
realidade social e política. A Teoria Crítica também se preocupa com a forma como a mídia é
controlada e manipulada por interesses políticos e médicos, e como isso afeta a democracia e a
participação cidadã.

A Teoria Crítica também é aplicada na análise de processos comunicacionais, ou seja, na forma


como as informações são produzidas, distribuídas e consumidas. Nessa análise, a Teoria Crítica
destaca a importância da participação igualitária e da inclusão de múltiplas perspectivas e
vozes. Isso significa que a produção e a distribuição de informações devem ser democráticas e
inclusivas, permitindo que todas as pessoas tenham voz e que a informação seja compartilhada
de forma justa.

Na análise de produtos artísticos, a Teoria Crítica enfatiza a forma como a arte é moldada pelas
condições sociais e culturais em que é produzido. Isso significa que a arte muitas vezes reflete
as ideologias dominantes e pode ser usada para fortalecer ou desafiar as hierarquias de poder
existentes. A Teoria Crítica também se preocupa com a forma como a arte é usada para
legitimar ou desafiar as desigualdades sociais e como pode ser uma ferramenta para a
emancipação humana.

Por fim, na análise de processos artísticos, a Teoria Crítica destaca a importância do diálogo e
da colaboração na criação de uma arte mais inclusiva e participativa. Isso significa que os
artistas devem trabalhar juntos, em diálogo com a sociedade, para criar obras mais
democráticas e inclusivas, que reflitam e desafiem as condições sociais e políticas existentes.

Estudos Culturais e de recepção a partir dos artefatos da linguagem


Os Estudos Culturais e de Recepção são áreas de estudo que surgiram a partir da década de
1960, com o objetivo de analisar a cultura popular e as práticas sociais a partir de uma
perspectiva crítica e reflexiva. Esses estudos têm como foco principal a análise dos artefatos da
linguagem, tais como filmes, livros, músicas, programas de TV, entre outros, e como esses
artefatos são produzidos, circulam e são recebidos por diferentes públicos.

Os Estudos Culturais e de Recepção permitem uma análise mais completa e crítica dos
fenômenos culturais, levando em conta tanto os aspectos sociais e históricos quanto os
psicológicos e subjetivos.

A análise dos artefatos da linguagem nos Estudos Culturais e de Recepção é feita a partir de
duas perspectivas complementares: a perspectiva da produção e a perspectiva da recepção.
A perspectiva da produção se concentra na análise dos processos de produção dos artefatos da
linguagem, como a produção de filmes, programas de TV, músicas, etc. , como eles fazem
escolhas estéticas e ideológicas, e como essas escolhas são influenciadas por fatores sociais e
culturais.

A perspectiva da recepção, por sua vez, concentra-se na análise dos processos de recepção dos
artefatos da linguagem pelos diferentes públicos. Essa perspectiva busca entender como os
receptores dessas emoções interpretam e atribuem significados a eles, como eles se
identificam com os personagens e as histórias, e como essas experiências são influenciadas por
fatores psicológicos, culturais e sociais.

Em resumo, os Estudos Culturais e de Recepção são áreas de estudo que buscam entender
como a cultura popular é produzida, circula e é recebida por diferentes públicos, a partir de
uma abordagem crítica e reflexiva que incorpora conceitos e métodos de diversas disciplinas.

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