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Acredita-se que a linguagem tenha pelo menos 50 mil anos, mas a maioria dos linguistas crê
que seja bem mais antiga — alguns estimam que possa ter até meio milhão de anos.
Há várias teorias sobre como a linguagem da nossa espécie se originou. Mas nenhuma ainda é
conclusiva. Uma das mais difundidas — e debatidas — é que a linguagem humana se originou
primeiro por meio de gestos manuais. Porém, o fato de os primatas usarem gestos para se
comunicar não significa automaticamente que os humanos tenham utilizado primeiro as mãos
e depois a boca para se fazerem compreender.
É possível que os motivos que levaram os primeiros humanos a falar tenham sido para explorar
o ambiente ao seu redor e consumir diferentes alimentos. Se há milhares de anos você saía
para explorar e encontrava comida na forma de uma carcaça de animal, por exemplo, você
tinha que ser capaz de voltar ao acampamento ou comunidade e comunicar onde estava o
alimento.
Temos também a linguagem corporal, aquela que se transmite por meio de gestos e posturas.
Podemos dizer, então, que a postura expressa as atitudes e os sentimentos das pessoas.
Expressões idiomáticas: Muitas vezes estão associadas a gírias, jargões ou contextos culturais
específicos a certos grupos de pessoas que se distinguem pela classe, idade, região, profissão
ou outro tipo de afinidade. Ex: bola pra frente; dar uma mãozinha; babar ovo; arrancar os
cabelos.
Filosofia da linguagem
A filosofia da linguagem é um ramo da filosofia que se dedica ao estudo da linguagem e da
comunicação humana. Ela busca compreender a natureza, a estrutura e a função da linguagem,
assim como suas relações com o pensamento, a realidade e a cultura.
Outro tema importante da filosofia da linguagem é a relação entre linguagem e cultura. Como
a linguagem é usada para transmitir e construir valores culturais? Como a linguagem é usada
para construir identidades culturais e individuais?
Ao longo da história, a estética tem exercido um papel importante na literatura, na arte visual,
na música e no teatro. Por exemplo, na Grécia Antiga, a poesia era considerada uma forma de
arte elevada, enquanto a prosa era vista como algo mais comum. Na Idade Média, a arte
religiosa dominava a cena, enquanto no Renascimento, os artistas buscavam retratar uma
natureza de forma mais realista e com um senso de perspectiva.
O belo e o gosto
A relação entre o belo e o gosto é complexa e pode variar de acordo com diferentes filosofias
estéticas. De forma geral, o belo se refere a algo que é agradável aos sentidos, harmonioso,
equilibrado e inspirador de respeito. Já o gosto se refere ao conjunto de influências e opiniões
pessoais em relação à estética, ou seja, aquilo que cada indivíduo considera belo.
De acordo com algumas correntes filosóficas, como o idealismo, o belo é uma categoria
objetiva, ou seja, existe em si mesmo e é independente das opiniões individuais. Nesse caso, o
gosto é considerado como algo subjetivo e influenciado pela educação e pela cultura de cada
pessoa.
Já outras correntes filosóficas, como o empirismo, entendem que tanto o belo quanto o gosto
são subjetivos e dependentes das experiências individuais de cada pessoa. Nessa visão, a
beleza não é algo que existe em si mesmo, mas é uma construção social e cultural.
A linguagem sonora é aquela que se utiliza do som, como a fala, a música, os ruídos e os efeitos
sonoros, para transmitir mensagens e emoções. Ela pode ser usada em diferentes contextos,
desde a comunicação oral entre indivíduos até a criação de trilhas sonoras para filmes e
programas de televisão.
A linguagem visual, por sua vez, é aquela que se utiliza de imagens, núcleos, formas e texturas
para transmitir mensagens e emoções. Ela é bastante presente em áreas como o design gráfico,
a publicidade, o cinema, a televisão e a arte em geral.
Já a linguagem verbal é aquela que se utiliza das palavras, da gramática e da sintaxe para
transmitir mensagens e emoções. Ela é utilizada em diversas situações, como na comunicação
oral entre pessoas, na escrita de textos literários e técnicos, nos discursos políticos e nas
apresentações acadêmicas, entre outras.
É importante destacar que essas três formas de linguagem podem ser combinadas e utilizadas
de maneira complementar em diversas situações, como na criação de peças publicitárias, na
produção de filmes e na elaboração de textos jornalísticos, por exemplo.
O discurso na comunicação de massa pode ser influenciado por uma série de fatores, incluindo
o público-alvo, o meio de comunicação e o objetivo da mensagem. Por exemplo, a mídia
impressa pode usar um discurso mais formal e técnico em artigos de ciência e tecnologia,
enquanto a televisão pode usar um discurso mais informal e emocional em comerciais de
produtos de consumo.
O discurso na comunicação de massa também pode ser influenciado por tendências sociais e
culturais. Por exemplo, a mídia pode usar um discurso mais inclusivo e diversificado para
refletir mudanças nas atitudes sociais em relação à diversidade e inclusão. Além disso, a mídia
pode usar um discurso mais sensível e respeitoso em relação a questões de gênero, raça,
religião e sexualidade.
As relações estéticas também podem ser influenciadas pela relação entre o observador e o
objeto de contemplação. A empatia, a identificação e os envolvimentos emocionais são fatores
importantes na experiência estética. Além disso, a interação com outras pessoas e a troca de
ideias e opiniões também podem influenciar a percepção estética.
A experiência estética também pode ser influenciada por fatores psicológicos, como as
emoções e os sentimentos. A arte pode evocar emoções diferentes, como alegria, tristeza,
medo. Essas emoções podem ser intensas e podem levar o observador a uma reflexão sobre a
vida, a morte, a beleza e o significado da existência.
A experiência estética não está limitada à arte, mas pode ser encontrada em outras áreas,
como a natureza, a arquitetura e a moda. A beleza pode ser encontrada em paisagens naturais,
em edifícios históricos ou modernos, ou em roupas elegantes e bem desenhadas. A experiência
estética pode ser encontrada em qualquer lugar, desde que os espectadores estejam dispostos
a contemplar e apreciar a beleza e a harmonia.
Por fim, a estética também é uma expressão política. As obras de arte muitas vezes refletem as
visões e ideologias políticas de seus criadores. Por exemplo, a arte de protesto pode ser usada
para denunciar a injustiça social e política, enquanto a arte oficial pode ser usada para
promover a propaganda do Estado. Além disso, a estética também pode ser usada como uma
forma de resistência política, como aconteceu durante o movimento punk na década de 1970,
que usou a moda e a música como formas de questionar a ordem estabelecida.
Um dos principais teóricos que aceitou para o estudo da cultura de massa foi o sociólogo
alemão Theodor Adorno. Ele argumentou que a cultura de massa era uma forma de controle
social, na medida em que as pessoas eram expostas a uma cultura uniforme e padronizada.
Segundo Adorno, a cultura de massa enfraquecia a capacidade das pessoas de pensar de forma
crítica e independente, tornando-as passivas e conformistas.
O estudo da comunicação e da cultura de massa é uma área multidisciplinar que abrange várias
abordagens teóricas e metodológicas. Há várias vertentes de estudo nesta área, com algumas
diferenças entre elas. Neste texto, vamos explorar as vertentes norte-americana, latino-
americana, canadense e europeia, mais especificamente a alemã e francesa.
Outra abordagem importante na vertente norte-americana é a teoria dos efeitos limitados, que
argumenta que a mídia não é tão poderosa quanto se pensava anteriormente. Essa perspectiva
defende que a recepção da mensagem midiática depende de uma série de fatores, como o
contexto social, a experiência pessoal e a atitude do receptor em relação à mensagem. Essa
teoria foi desenvolvida por teóricos como Paul Lazarsfeld, que realizou estudos sobre a
influência da mídia nas políticas eleitorais.
A vertente latino-americana, por sua vez, tem suas raízes no contexto político e social da
América Latina, marcada por uma história de colonialismo, exploração econômica e
desigualdade social. Os teóricos dessa vertente argumentam que a mídia tem um papel
importante na manutenção dessas desigualdades e na construção de uma identidade cultural
subordinada aos interesses dos países apresentados. Um dos principais estudos pioneiros
nessa área foi o livro "Cultura de Massas no Século XX", de Héctor Schmucler, que examinou a
relação entre a cultura de massa e a dominação cultural.
Um dos principais nomes dessa vertente é Marshall McLuhan, que recebeu a ideia de que "o
meio é a mensagem", ou seja, que as características dos meios de comunicação são tão
importantes quanto o conteúdo transmitido por eles. McLuhan argumentava que a televisão,
por exemplo, é um meio de comunicação que tem a capacidade de mudar a forma como as
pessoas pensam e se comportam, ao criar uma "aldeia global" em que todos estão conectados.
Outros teóricos importantes da vertente canadense incluem Harold Innis, que estuda a relação
entre comunicação e desenvolvimento econômico, e Arthur Kroker, que se concentra na
relação entre tecnologia e cultura.
A teoria das mediações, por sua vez, se concentra na forma como a mídia funciona como um
intermediário entre a realidade e a percepção que as pessoas têm dessa realidade. Segundo
essa teoria, a mídia não é apenas uma transmissora neutra de informações, mas é mediada por
fatores como interesses políticos e psicológicos, ideologias, crenças e valores. As mediações
moldam a forma como a mídia é produzida, distribuída e consumida, e afetam a forma como as
pessoas interpretam e entendem as informações que recebem da mídia.
A midiatização é outra teoria que ganhou destaque nos últimos anos. Ela se concentra na
crescente presença da mídia na vida cotidiana e na forma como a mídia se tornou um
elemento central na formação da cultura e da sociedade contemporânea. A midiatização se
relaciona com a ideia de que a mídia está se tornando cada vez mais onipresente e onipotente,
moldando nossas formas de pensar e agir.
Para os teóricos da midiatização, a cultura digital e a internet têm um papel central nesse
processo, pois ampliam a presença das mídias na vida cotidiana, proporcionando novas formas
de comunicação e interação. A midiatização, portanto, é vista como um fenômeno complexo e
multifacetado, que envolve tanto os aspectos técnicos e tecnológicos quanto os aspectos
sociais e culturais da relação entre as mídias e a sociedade.
Sociedade do espetáculo
O conceito desenvolvido pelo teórico francês Guy Debord e seus companheiros na
Internacional situacionista tem causado grande impacto nas várias teorias contemporâneas
sobre sociedade e cultura.
A indústria cultural possibilitou a multiplicação dos espetáculos por meio de novos espaços e
mídias. O espetáculo é um dos princípios organizacionais da economia da política da sociedade
e da vida cotidiana. A cultura da mídia promove espetáculos tecnologicamente ainda mais
sofisticados para atender as expectativas do público e aumentar seu poder e lucro. Espetáculo
também se torna um fato marcante da globalização, que envolve o fluxo de bens, de
informações de cultura e entretenimento, de pessoas e de capital através de uma nova rede de
economia, sociedade e cultura.
Espetacularização da realidade: os conflitos sociais e políticos estão cada vez mais presentes
nas telas da cultura da mídia, que apresentam espetáculos de casos sensacionalistas de
assassinato bem como a crescente violência da atualidade envolvendo celebridades e políticos.
Esportes como espetáculo: esses rituais culturais celebram os mais profundos valores da
sociedade (a competição, a Vitória, o sucesso e o dinheiro). Exemplos: as olimpíadas, a copa do
mundo, fórmula 1, campeonato brasileiro.
Filme como espetáculo: a partir dos anos 60, o filme contemporâneo incorporou os
mecanismos de espetáculo em sua forma, estilo e efeitos especiais. Exemplo: os 10
mandamentos, titanic.
TV como espetáculo: desde que surgiu, nos anos 40, a televisão tem promovido o espetáculo
de consumo, vendendo carros, moda, utilidades domésticas e outras mercadorias que
acompanham o estilo de vida e os valores do consumidor.
Música como espetáculo: a música popular também é influenciada pelo espetáculo uma vez
que a televisão vídeo musical (MTV) se tornou a principal provedora de música, transformando
o espetáculo no centro da produção e da distribuição musical. Exemplo: Madonna e Michael
Jackson.
Semiótica e Semiologia
A semiótica é o estudo dos sistemas de signos e símbolos, bem como de seu uso e
interpretação. Ela nos permite analisar e compreender a forma como os seres humanos se
comunicam e criam significados através da linguagem, imagens, gestos e outros tipos de sinais.
A semiótica também explora a forma como os signos e símbolos são usados em diferentes
contextos culturais, sociais e históricos. Por exemplo, os sinais de trânsito podem ter diferentes
significados em diferentes países ou culturas, e a mesma palavra pode ter diferentes
significados dependendo do contexto em que é usado.
O estudo da semiótica envolve a análise de diversos tipos de signos, incluindo ícones (sinais
que se assemelham ao objeto que representam), símbolos (signos que representam algo
abstrato), índices (signos que estão fisicamente relacionados ao objeto que representam) e
linguagem (signos que representam ideias ou conceitos). A análise semiótica também pode
levar em consideração o contexto em que os signos são usados, bem como as convenções
culturais e sociais que sentem a sua interpretação.
Em resumo, a semiótica é uma disciplina importante que nos ajuda a entender como os seres
humanos criam, usam e interpretam signos e símbolos em diferentes contextos e culturas.
Segundo Saussure, a linguagem é composta por signos, que são a união de dois elementos: o
significado (ou referência) e o significante.
Usamos os signos para falar sobre coisas no mundo (entre outras coisas!). Por isso, temos a
palavra (signo) ‘mesa’ para falar sobre esta mesa à qual estamos sentados para escrever este
texto. Mas isso não quer dizer que o significado do signo ‘mesa’ deve ser identificado com esta
mesa no mundo sobre a qual falamos. E nem que o significante de ‘mesa’ deve ser identificado
com os sons (ou gestos) que usamos para pronunciar a palavra.
O significado não é a mesa (o objeto físico) em si, mas a representação mental que temos do
objeto. Do mesmo modo, o significante desse signo não é o som [mez], mas a representação
mental que os falantes de português fazem desses sons, que os ajuda a reconhecer o signo
‘mesa’ quando ele é pronunciado, e a saber como o signo deve ser pronunciado.
Já para Peirce, um signo é qualquer coisa que representa algo para alguém. Ele também dividiu
os signos em três categorias: ícone, índice e símbolo. Um ícone é um signo que se assemelha
ao objeto que representa. Por exemplo, uma fotografia de um cachorro é um ícone, porque se
parece com um cachorro. Um índice é um signo que está diretamente ligado ao objeto que
representa. Por exemplo, fumaça é um índice de fogo, porque a presença de fumaça indica a
presença de fogo. Um símbolo é um signo que tem uma relação arbitrária com o objeto que
representa. Por exemplo, a palavra "cachorro" é um símbolo, porque não há nada inerente na
palavra que indica a presença de um cão.
Além disso, Peirce também considerou três elementos essenciais para a compreensão dos
signos: o representamen, o objeto e o interpretante. O representamen é o signo em si, o objeto
é aquilo que o signo representa e o interpretante é o efeito que o signo tem sobre quem o
interpreta. Ex: a foto e um aluno seria o signo, a percepção que tenho da foto seria o
interpretante e o objeto seria o aluno.
Categorias para Peirce = A PRIMEIRIDADE (Quali-signos): Diz respeito aos aspectos mais
sensíveis da leitura, praticamente desprovidos de conhecimento e de cultura. São qualidades
dos signos. As cores, por exemplo. A SECUNDIDADE (Sin-signos): Diz respeito às somas das
qualidades, que formam singularidades para a leitura dos signos. O azul é uma singularidade da
cor. O azul é uma singularidade do céu. O azul é uma singularidade do mar. A TERCEIRIDADE
(Legi-signo): É a propriedade que faz o signo funcionar. Uma convenção, um estatuto, um
pacto, um modo simbólico, inventado e aceito enquanto linguagem. São chamados legi-signos,
pois ganham caráter de lei (pela linguagem), generalizando o sentido. Ex: azul para menino e
rosa para menina.
Na análise de produtos artísticos, a Teoria Crítica enfatiza a forma como a arte é moldada pelas
condições sociais e culturais em que é produzido. Isso significa que a arte muitas vezes reflete
as ideologias dominantes e pode ser usada para fortalecer ou desafiar as hierarquias de poder
existentes. A Teoria Crítica também se preocupa com a forma como a arte é usada para
legitimar ou desafiar as desigualdades sociais e como pode ser uma ferramenta para a
emancipação humana.
Por fim, na análise de processos artísticos, a Teoria Crítica destaca a importância do diálogo e
da colaboração na criação de uma arte mais inclusiva e participativa. Isso significa que os
artistas devem trabalhar juntos, em diálogo com a sociedade, para criar obras mais
democráticas e inclusivas, que reflitam e desafiem as condições sociais e políticas existentes.
Os Estudos Culturais e de Recepção permitem uma análise mais completa e crítica dos
fenômenos culturais, levando em conta tanto os aspectos sociais e históricos quanto os
psicológicos e subjetivos.
A análise dos artefatos da linguagem nos Estudos Culturais e de Recepção é feita a partir de
duas perspectivas complementares: a perspectiva da produção e a perspectiva da recepção.
A perspectiva da produção se concentra na análise dos processos de produção dos artefatos da
linguagem, como a produção de filmes, programas de TV, músicas, etc. , como eles fazem
escolhas estéticas e ideológicas, e como essas escolhas são influenciadas por fatores sociais e
culturais.
A perspectiva da recepção, por sua vez, concentra-se na análise dos processos de recepção dos
artefatos da linguagem pelos diferentes públicos. Essa perspectiva busca entender como os
receptores dessas emoções interpretam e atribuem significados a eles, como eles se
identificam com os personagens e as histórias, e como essas experiências são influenciadas por
fatores psicológicos, culturais e sociais.
Em resumo, os Estudos Culturais e de Recepção são áreas de estudo que buscam entender
como a cultura popular é produzida, circula e é recebida por diferentes públicos, a partir de
uma abordagem crítica e reflexiva que incorpora conceitos e métodos de diversas disciplinas.