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TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL NA
PREVENÇÃO DO SUICÍDIO
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Fator de risco: caracterização mensurável de cada sujeito em uma
população específica que precede o resultado da questão de interesse e que pode
ser utilizada para dividir a população em dois grupos (o grupo de alto risco e o
grupo de baixo risco) (Kraemer et al., citados por Wenzel Brown e Beck, 2010, p.
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Fator precipitante (proximal): acontecimento recente Ex.: fim de um
relacionamento amoroso, perda financeira abrupta etc.
Fatores predisponentes (distais): acontecimentos que ficaram em um
passado distante.
Wenzel, Brown e Beck (2010) consideram que avaliar, com base em fatores
de risco, o grau de risco de um paciente auxilia o profissional da saúde a criar o
plano terapêutico: atendimento clínico, programa ambulatorial versus frequência,
hospitalização dia ou integral, dentre outros recursos disponíveis. Além disso,
como possibilita hipotetizar situações de risco, a fim de se confrontarem as
possibilidades e gerar recursos internos de enfrentamento.
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É importante considerar a subjetividade do sujeito, ou seja, de que maneira
ela percebe e sente o fator precipitante e quais recursos internos possui para lidar
com a situação dolorosa.
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1.1 Fatores de risco sociodemográficos
1.1.1 Sexo
1.1.5 Religião
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1.1.6 Etnia (grupos étnicos minoritários)
1.1.7 Profissões
Médicos (5x mais risco), dentistas (2x mais risco). Enfermeiros, assistentes
sociais, artistas, matemáticos e cientistas também apresentam maior risco se
comparados ao restante das profissões. As hipóteses para esse risco podem ser
o conhecimento e acesso a meios letais, estressores da própria profissão e uma
característica de conviver mais de perto e rotineiramente com outras pessoas que
apresentam transtornos psiquiátricos.
1.3 Psicossociais
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• Violência doméstica;
• Desesperança, desamparo;
• Ansiedade intensa;
• Vergonha, humilhação (bullying);
• Baixa autoestima;
• Traços de personalidade (impulsividade aumentada, agressividade,
labilidade do humor, perfeccionismo, déficit na resolução de problemas);
• Rigidez cognitiva, pensamento dicotômico;
• Pouca flexibilidade para enfrentar adversidades.
1.4 Outros
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2.1 Fatores de proteção contra o suicídio (Botega, 2015)
• Flexibilidade cognitiva;
• Disposição para aconselhamento frente a decisões importantes;
• Disposição para buscar ajuda;
• Abertura à experiência de outrem;
• Habilidade de comunicação;
• Capacidade para fazer boa avaliação da realidade;
• Habilidade para solucionar problemas da vida.
2.1.4 Outros
• Gravidez, puerpério;
• Boa qualidade de vida;
• Regularidade do sono;
• Boa relação terapêutica
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TEMA 3 – DESESPERANÇA
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Brown et al. (2005) afirmam que os pacientes que receberam intervenção
por TCC após uma tentativa de suicídio, tinham 50% menos tentativas, se
comparadas àquelas que receberam tratamento padrão.
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TEMA 4 – TRANSTORNOS DE HUMOR – DEPRESSÃO E TRANSTORNO
BIPOLAR
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Além dos sintomas relacionados no DSM-5, devem ser levados em
consideração outros sintomas que costumam estar relacionados:
• Irritabilidade;
• Intolerância;
• Aumento da emotividade;
• Ruminações excessivas;
• Sensação de inadequação;
• Choro fácil;
• Explosões de raiva;
• Sensação de vazio;
• Diminuição da libido;
• Falta de iniciativa;
• Ruminação de pensamentos negativos;
• Pessimismo;
• Diminuição de cuidados com a higiene e a aparência física;
• Retração social;
• Desesperança;
• Dores corporais difusas;
• Piora dos sintomas no período da manhã.
• Concentrar-se;
• Memorizar;
• Raciocinar;
• Tomar decisões.
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• Doença de Parkinson;
• Acidente vascular cerebral;
• Dor crônica;
• Ansiedade;
• Certos traços de personalidade;
• Dificuldades de relacionamento interpessoal;
• Conflitos na família;
• Estresse crônico;
• Problemas no trabalho.
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O início do tratamento medicamentoso traz maior risco de suicídio, pois há
ativação da energia e motivação para a ação, antes mesmo da ressignificação da
ideação suicida. Diante disso, o paciente encontra condições para colocar em
práticas seus planos suicidas.
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Nem sempre o que é mais forte na depressão é a tristeza. Alguns pacientes
relatam uma sensação de vazio que traz angústia e desamparo, bem como falta
de um sentido para a vida e da capacidade de sentir prazer.
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Anedonia é uma característica da depressão, onde a pessoa não consegue
sentir prazer em atividades que antes lhe eram agradáveis.
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Mania
É uma expressão da psicopatologia que inclui, ao longo de pelo menos 7
dias, a apresentação de uma combinação dos seguintes sintomas: expansão do
humor (exaltação, alegria, euforia, irritabilidade, hostilidade); aumento da
atividade ou da energia; diminuição da necessidade de sono; aceleração do
pensamento, com o aparecimento de muitas ideias e planos inusitados; fala
rápida, com pressão para falar e com frequentes mudanças de assunto;
distraibilidade; ideias de grandeza, com autoestima e otimismo exagerados;
desinibição e indiscrição; maior interesse sexual; impulsividade; gastos insensatos
ou excessivos.
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Hipomania
É a forma mais branda da mania. Deve ter a duração mínima de 4 dias,
segundo critérios do DSM-5, com humor anormal e persistentemente elevado,
expansivo ou irritável, e aumento anormal e duradouro da energia ou da atividade
(APA, 2014).
No tipo II, o paciente não cria um quadro de mania, mas apenas hipomania
(que pode variar de poucas horas a 4 dias), além de haver a presença de ao
menos uma ocorrência de depressão maior. Na hipomania, não obstante os
sintomas serem os mesmos da mania, não geram prejuízos na vida diária do
indivíduo.
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Além dos estados de mania e de depressão, há os estados mistos, que
combinam depressão com euforia ou agitação. Um paciente deprimido também
pode apresentar sintomas de hiperativação, geralmente observados em quadros
maníacos/hipomaníacos (aumento de energia, inquietação, redução da
necessidade de sono), marcante irritabilidade, pensamentos acelerados e
aumento da impulsividade e da libido. Dentro dessa concepção de estados mistos,
inclui-se o que se chamava de depressão agitada. O risco de suicídio é alto nos
estados mistos, pois, além da depressão, há a inquietude e a impulsividade.
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Geralmente os pacientes com TAB passam mais tempo deprimidos do que
na fase de mania. Antes do primeiro episódio de elevação do humor, pode haver
vários longos períodos de depressão. Os períodos de depressão podem confundir
o profissional da saúde, que diagnostica e trata esses pacientes como deprimidos,
e não como bipolares, assim como os episódios hipomaníacos podem passar
despercebidos para médicos, pacientes ou familiares, retardando o diagnóstico de
TAB.
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O uso de álcool ou outras drogas pode chamar mais atenção, dificultando
o diagnóstico de TAB.
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Exemplos de alerta de novas fases da doença: quando o paciente passa a
sentir-se tão bem que resolve interromper a medicação e quando o paciente deixa
de dormir e, mesmo assim, sente-se bem e sem sono.
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REFERÊNCIAS
BEBLO, T. et al. Patients with borderline personality disorder and major depressive
disorder are not distinguishable by their neuropsychological performance. Primary
Care Companion for CNS Disorders Pubmed, v. 13, n. 1, jan. 2011.
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