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Psicologia Aplicada a Prática

Médica
Atividades Avaliativas

Distribuição de notas

Avaliação Parcial: 30 pontos


Avaliação Final: 30 pontos
Análise de filme
Atividades formativas : 40 pontos
I parte:
1. Análise de filmes:
Assistir ao filme escolhido
- Apresentação (09/09 e 15/09): 10 pontos
Cada grupo escolherá um deles para apresentar suas reflexões,
- Devolução escrita (24/11): 10 pontos
em consonância com o conteúdo da disciplina (em especial,
2- Aulas Interativas : 20 pontos
desenvolvimento humano, valores e saúde mental)
Será avaliada a criatividade na abordagem e base teórica
Não se espera o mero relato do roteiro do filme
II parte:
Entregar um trabalho escrito em, no máximo, cinco páginas,
fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento duplo
Marco, MA (2012). A dinâmica da observação e
registro (In) Marco, M.A. D., Abud, C. C., &
Lucchese, A. C. et al. Psicologia Médica. Porto
Alegre: Artmed (99-106)
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/book
s/9788536327556

Marco, MA (2012). Fases e técnicas de


entrevista (In) Marco, M.A. D., Abud, C. C., &
Aula 02 A perspectiva biopsicossocial para Aula interativa Lucchese, A. C. et al. Psicologia Médica. Porto
11/08 sexta compreensão de saúde e doença Análise de modelo de entrevista Alegre: Artmed (107-115)
14/08 segunda A entrevista clínica clínica – apresentação de caso https://integrada.minhabiblioteca.com.br/book
s/9788536327556

De Marco, M. A.. (2006). Do modelo biomédico


ao modelo biopsicossocial: um projeto de
educação permanente. Revista Brasileira De
Educação Médica, 30(1), 60–72.
https://doi.org/10.1590/S0100-
55022006000100010
A natureza daquilo que é
observado depende da
perspectiva a partir da
qual observamos. (De
Marco, M. A.; 2006)

Biomédico:

- Conceito de saúde era definido como ausência de doença


- O indivíduo era visto como quem tem um corpo funcional e que, diante de
necessidades especiais precisaria de intervenção para seu restabelecimento.

Biopsicossocial
- Conceito de saúde proposto pela OMS e baseado no Estado de Bem Estar .
- Intervenção nos aspectos que estariam diretamente relacionados ao
fenômeno do adoecer.
De Marco, M. A.. (2006). Do modelo biomédico ao modelo biopsicossocial: um
projeto de educação permanente. Revista Brasileira De Educação Médica, 30(1), 60–
72. https://doi.org/10.1590/S0100-55022006000100010
Capítulo da série Unidade Básica

Série médica sobre a rotina de uma Unidade Básica de Saúde da


periferia de São Paulo. Dr. Paulo (Caco Ciocler) é um médico da
Família muito experiente que trabalha há anos na comunidade.
Sua preocupação é cuidar das pessoas, envolvendo-se com suas
histórias e buscando soluções não convencionais para tratá-las.
Sua vida muda com a chegada da Dra. Laura (Ana Petta), uma
médica tradicional que está de passagem pela UBS e almeja se
tornar uma especialista em um hospital particular. Com formações
e objetivos de vida tão diferentes, Dr. Paulo e Dra. Laura vão, aos
poucos, aprender um com o outro ao mesmo tempo em que lidam
com a complexidade dos casos médicos.
Ano:2016
Diretor:Carlos Cortez, Caroline Fioratti
Modelo Biopsicossocial

FATORES FATORES FATORES


ORGÂNICOS PSÍQUICOS EXTERNOS

Experiencia Experiencia
Experiencia Mental Social
Corporal

Sintoma – Sintomatologia
A entrevista médica

A partir da perspectiva biopsicossocial é evidente a importância de uma


comunicação efetiva, no sentido de criar um vínculo adequado,
assegurando que os problemas e preocupações dos pacientes são
entendidos por aqueles que oferecem cuidados, e que, informação
relevante, recomendações e tratamento são entendidos, lembrados e
efetivados pelos pacientes.

Boa comunicação é um processo de duas vias: requer tanto fala quanto


escuta efetiva
Comunicação efetiva requer que os médicos percebam a perspectiva a
partir da qual o paciente está se expressando e, quando necessário, tentem
corrigir concepções distorcidas. Informações e recomendações devem ser
fornecidas dentro do campo de conhecimento e compreensão dos
pacientes.
É importante ter presente que a linguagem verbal é uma forma evoluída de
comunicação, que funciona lado a lado com outras formas mais primitivas
(gestos, expressões corporais etc.) ou de natureza distinta (escrita, pintura,
música etc.).

A linguagem verbal é um instrumento que pode ser usado tanto para revelar
quanto para encobrir os fatos.

A linguagem não-verbal que compreende as expressões, gestos, contato


visual, posturas corporais

De Marco, M. A.. (2006). Do modelo biomédico ao modelo biopsicossocial: um


projeto de educação permanente. Revista Brasileira De Educação Médica, 30(1),
60–72. https://doi.org/10.1590/S0100-55022006000100010
A

A importância da observação

Os sinais e sintomas clínicos são indicadores de alterações físicas e ou mentais.


Os sintomas são subjetivos e aparecem nas queixas do paciente: dor; sentimentos
Os sinais são objetivos e verificáveis pela observação direta
A ordenação dos fenômenos observados (sinais e sintomas), orientam a formulação
de diagnósticos.

Identificar sinais não percebidos pelo paciente permite


perceber o que não está explícito:
Ex: Mudanças no tom de voz e expressão facial
- Capacidade cognitiva e de entendimento
- Diferenças entre o motivo explícito e motivo latente
Ex: Aspectos transferenciais e contratransferências
- Sinais de ruptura na relação com o paciente
- As perguntas se tornam mais focadas no que é realmente
importante
Entrevista semiestruturada
Escuta ativa (modelo compreensivo)
- Início menos estruturado estabelecimento
do rapport Foco tanto nos sinais e sintomas
quanto no significado para o
- Preparação do espaço físico e psicológico paciente
- Meio com perguntas mais diretas - Não tomar conceitos do paciente
como próprios
- Encerramento (plano terapêutico)
- Ser sensível às questões religiosas,
- Transmitir informações adequadas ao culturais, de gênero, classe, raça,
entendimento do paciente. ou qualquer outra que surja
durante o processo
Atitude não-crítica, interessada,
envolvida e gentil
Coletar informações

• Fazer pequenos resumos, sem interromper


desnecessariamente o paciente
• Demonstrar empatia e compreensão
• Perguntar como o paciente explic a suas queixas
• Compreender como a rede de apoio do paciente se
Papeis do estrutura

entrevistador Comunica r o plano terapêutico, sem deixar


de ouvir
• Ser flexível
• Observar o que o paciente já sabe
• Negociar, se possível
• Deixar claro que o plano pode ser modificado, caso
não tenha os resultados esperados

ACORDAR UM PLANO
TERAPÊUTICO
ACORDAR UM PLANO TERAPÊUTICO

Educação do Negociação do plano Complicadores do


Paciente: terapêutico: Paciente:
• Identificar sua • Avaliar os problemas
compreensão sobre • Identificar a situação,
as preferências e relacionados à má
o problema, adesão,
necessidades do
• Fornecer paciente, • Identificar as
informações, preferências do
• Obter o paciente e suas
• Verificar a
consentimento ideias para
compreensão acerca
verbal do paciente. promover
das informações
mudanças.
fornecidas.
Você precisa conhecer a pessoa, pois o adoecer sempre tem
a participação de fatores físicos, psicoemocionais e sociais.
Da mesma forma, o modo como a pessoa vai lidar com a
doença e com o tratamento depende de todos estes fatores.
ROTEIRO 1 - a entrevista com o paciente
O objetivo desta entrevista é que você verifique com o paciente os aspectos biopsicossociais
relevantes que influenciaram sua constituição e seu adoecer. Para tanto, propomos o seguinte
roteiro:

I. Identificação
Nome: Procedência: Idade: Sexo: Estado Civil: Profissão: Naturalidade: Nacionalidade:
II. Anamnese sobre o adoecer
A. O adoecer
1. O paciente
•Descrição pelo próprio paciente de sua doença e da forma como se instalou.
•Repercussões do adoecer no paciente.
•Repercussões da internação no paciente. 2. A família
•Constituição e relacionamento familiar.
•Repercussões do adoecer na família.
•Repercussões da internação na família.
3. O trabalho
•Relacionamento com o trabalho
•Como o adoecer repercutiu na sua situação profissional (e financeira) e que conseqüências está trazendo para o
paciente e a família
4. O grupo social
•Características de sua inserção social (familiares, amigos, grupos comunitários, grupos religiosos).
•Como o contexto social reagiu à doença.
•Atuação da rede de apoio social frente à situação (familiares,amigos, grupos comunitários, grupos religiosos.
5. Os profissionais de saúde
•Relacionamento com os médicos (sabe quem é o médico - ou médicos - que o acompanha? Se sente bem
atendido? Adequadamente informado quanto ao seu estado e aos procedimentos? Participa das decisões sobre a
condução de seu tratamento?)
•Relacionamento com os outros profissionais de saúde (mesmos quesitos, quando pertinente).
6. O ambiente hospitalar
•Impressão geral sobre o hospital e seu funcionamento.
•Relacionamento com os outros pacientes.
•Construção do seu dia-a-dia no hospital (atividades, interesses, visitas)
B. Antecedentes
1. História de vida
•Família de origem.
•História desde sua concepção até o momento atual.
•Acontecimentos que marcaram sua vida e razões por que marcaram.
2. História da profissão
•Escolha da profissão.
•Formação profissional.
•Diferentes empregos e características de sua vida profissional (relacionamento com patrões, com colegas,
satisfação com o trabalho etc.)
•Condição financeira.
3. História social
•Grupo social de origem e mudanças de grupo social.
•Histórico de suas ligações com grupos sociais (comunitários, religiosos etc).
•Mobilidade social.
Sempre digo que medicina é fácil. Chega a ser até
simples demais perto da complexidade do mundo
da psicologia. No exame físico, consigo avaliar
quase todos os órgãos internos de um paciente.
Com alguns exames laboratoriais e de imagem,
posso deduzir com muita precisão o
funcionamento dos sistemas vitais. Mas,
observando um ser humano, seja ele quem for,
não consigo saber onde fica sua paz. Ou quanta
culpa corre em suas veias, junto com seu
colesterol. Ou quanto medo há em seus
pensamentos, ou mesmo se estão intoxicados e
solidão e abandono

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