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EEEP PROF.

ALDA FAÇANHA - PROPOSTA DE REDAÇÃO - PROFESSOR FRANCISCO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema “CAMINHOS PARA COMBATER O DÉFICIT HABITACIONAL NO
BRASIL”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
Até 2019, o Brasil registrava um déficit habitacional de 5,8 milhões de moradias, classificadas entre
domicílios precários, de coabitação e com um aluguel elevado, segundo levantamento da Fundação
João Pinheiro. Assim, com o aumento do desemprego, a alta dos alimentos e a diminuição no valor do
auxílio emergencial em 2021, diversas famílias perderam suas moradias e passaram a viver nas ruas
ou ocupações – seja de terrenos ou prédios que não cumprem a função social. Já uma pesquisa do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada pelo Jornal Folha de S. Paulo, revela
que 5,1 milhões de domicílios brasileiros estão nos aglomerados subnormais, somando 13 milhões de
favelas distribuídas em 734 municípios. O IBGE classifica os aglomerados subnormais como “formas
de ocupação irregular de terrenos de propriedade alheia, públicos ou privados, para fins de habitação
em áreas urbanas”. Além de populações em situação socioeconômica precária, as condições básicas
de saúde e saneamento tendem a ser inexistentes.
(Disponível em: https://www.politize.com.br/direito-a-moradia-e-pandemia-covid-19/- Acesso em: 14
abr. 2023).

TEXTO 2
Por ser uma questão multifatorial, o acesso à moradia também está relacionado, por exemplo, ao
racismo estrutural e a questões de gênero. 28,5% dos domicílios, cujos responsáveis são mulheres
pretas ou pardas sem cônjuge e com filhos de até 14 anos, são inadequados. Entre o universo das 11
milhões de moradias com déficit qualitativo no país, 9 milhões não têm ao menos um dos serviços de
infraestrutura: iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água com canalização interna, rede
geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e coleta de lixo. Parece impensável considerar que um
mesmo território convive, ao mesmo tempo, com grandes e modernos centros urbanos e a falta de
acesso a serviços considerados básicos.
(Disponível em:
https://gife.org.br/desafios-de-moradia-no-brasil-passam-por-acesso-a-servicos-basicos-como-agua-luz-esgotamento-sanitario-adequado-e-coleta-de-residuos-
aponta-estudo/ - Acesso em: 14 abr. 2023).

TEXTO 3
Em muitos casos ainda existe uma resistência administrativa e burocrática por conta
dos preconceitos que se tem sobre a questão da cor, da condição social, e todo esse conjunto
de problemas precisa ser resolvido para que possamos ter uma coesão social e uma sociedade
forte. Isso se constrói quando toda a sociedade está envolvida. A zeladoria urbana não
enxerga diferente e vê as pessoas morando na rua, em barracas e nas praças, como um “lixo
visual”. Não somos contra a organização da cidade, mas a forma como as pessoas em
situação de rua são tratadas, com desprezo, com violência, tomando as barracas à força e
jogando por cima do caminhão, é totalmente inaceitável.
Em São Paulo se criou um decreto em que não se autoriza a retirada das barracas no
tempo de pandemia. Agora, com o afrouxamento dessas questões, com a possibilidade de
retiradas das máscaras e o aumento das pessoas vacinadas, começou-se novamente a retirada,
justamente em um período que se prevê o recenseamento, através do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE, de moradias precárias. Nesse levantamento entrariam
barracas, barracos, qualquer estrutura que uma pessoa estivesse morando, mesmo dentro de
um carro, e que fosse uma moradia precária; tudo poderia se enquadrar dentro deste censo.
Isso é diferente da situação daqueles que estão dormindo sobre o papelão, debaixo do
viaduto, pois estas pessoas não são contabilizadas na contagem de moradias precárias”,
afirma Darcy Costa, dirigente do Movimento Nacional dos Moradores de Rua, em entrevista.
(Disponível em:
https://racismoambiental.net.br/2022/03/22/lixo-visual-populacao-de-rua-aumenta-mas-segue
-invisivel-entrevista-especial-com-darcy-costa/ - Acesso em: 14 abr. 2023. Adaptado).

(Disponível em: https://outraspalavras.net/blog/alugueis-nova-crise-a-vista/- Acesso em: 14 abr.


2023).

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