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ETEC ADOLPHO BEREZIN

CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES

Amanda dos Santos Patrício


Anna Julia Gurgel Henriques
Ariadny Da Silva Marques Maehashi
Luciene Alves de Souza
Rafaella Oliveira dos Santos

MORADIAS PRÉCARIAS

MONGAGUÁ – SP
JUNHO / 2023
ETEC ADOLPHO BEREZIN

Amanda dos Santos Patrício


Anna Julia Gurgel Henriques
Ariadny Da Silva Marques Maehashi
Luciene Alves de Souza
Rafaella Oliveira dos Santos

MORADIAS PRÉCARIAS

Trabalho de Desenvolvimento de
Estudo de Caso, apresentado como
exigência do Componente, Ética e
Cidadania Organizacional, com
Habilitação Profissional Técnica em
Edificações, no Eixo Tecnológico
Infraestrutura, à Escola Técnica
Estadual Etec Adolpho Berezin, sob a
orientação do Professor Marcelo
Hipólito de Moura.

MONGAGUÁ – SP
JUNHO / 2023
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INTRODUÇÃO

As moradias precárias, como as comunidades, são acompanhadas pela


ausência de infraestrutura, para o crescimento de qualquer cidade se faz necessária
a expansão de todo serviço público, como distribuição de água, rede de esgoto,
energia elétrica, pavimentação, entre outros. As áreas urbanas onde vivem as
famílias pobres, geralmente, são desprovidas de escolas, postos de saúde,
policiamento e demais infraestruturas.

Em geral, favelas e demais bairros marginalizados surgem de modo gradativo


em áreas de terceiros, especialmente do governo. Hoje, a alternativa de moradia
para as pessoas carentes é a ocupação de terrenos periféricos de grandes cidades,
onde o valor é baixo. Isso é provocado pelo fato de os moradores possuírem
pequeno poder aquisitivo, desse modo, não podem pagar um aluguel em um bairro
estruturado e muito menos adquirir uma edificação nele.

Além disso, nas grandes cidades os imóveis têm alcançado valores


extremamente elevados, distantes da realidade de grande parte da população.
Naturalmente, a configuração das grandes cidades brasileiras é excluída, tendo em
vista que marginaliza um grupo social desfavorecido.

O processo de urbanização no Brasil desenvolveu-se de maneira


relativamente acelerada, haja vista que em poucas décadas o país deixou de ser um
território predominantemente rural para tornar urbano. Uma das faces desse
processo foi a forma contraditória em que ocorreu a expansão das cidades,
sobretudo as áreas metropolitanas, que passaram a concentrar a maior parte da
população.

Diante desse quadro, foram crescentes ao longo do tempo os problemas de


moradia no Brasil. Mesmo tendo ocorrido melhorias ao longo dos últimos anos,
ainda existe uma grande quantidade de brasileiros inseridos nessa problemática em
questão.
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Todavia, no Brasil, esse processo aconteceu de maneira acelerada e


concentrada nas metrópoles, que se tornaram demasiadamente inchadas. Com isso,
as condições de renda e escolaridade dos brasileiros que passaram a habitar as
cidades apresentaram-se em patamares muito baixos. Segundo dados divulgados
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, cerca de 11
milhões de habitantes no Brasil vivem em moradias inadequadas, como favelas e
invasões, o que equivale a aproximadamente 6% da população, o déficit
habitacional no país ultrapassou, em 2021, os 8% da população brasileira.

Esse quadro demonstra as carências e contradições existentes no espaço


urbano brasileiro. As comunidades são a expressão mais acentuada dos problemas
de moradia no Brasil, pois é, em maior parte, formada por pessoas que não dispõem
de condições sociais e fazem suas casas em áreas de risco ou não recomendadas
sem dispor de serviços públicos básicos, incluindo rede elétrica, no ato de
desespero para não ficar na rua as pessoas não pensam em saúde ou conforto, elas
só querem um teto para se abrigarem e proteger seus familiares.

A baixada santista tem o maior déficit habitacional do Estado, segundo o


secretário de Habitação do Estado, Flávio Amary, a baixada santista só fica atrás se
comparada à região metropolitana de São Paulo. As moradias em condições
precárias, e sob moradias, em áreas de risco e sem condições de pagar aluguel
equivalem a 6% das residências da região.

A própria secretaria de habitação com base nos dados informa que seriam
necessárias 66.254 unidades habitacionais, além da readequação de outras 112.663
moradias, para garantir condições seguras a estas famílias. Praia Grande conta com
um déficit habitacional de aproximadamente 5.500 unidades. Mongaguá estima que
300 famílias residem em situação de risco

Milhões de brasileiros não possuem uma moradia adequada, o déficit


habitacional é um índice utilizado para retratar as famílias que residem em
condições precárias, em moradias inadequadas. Também enquadra aqueles que
não têm nenhum tipo de habitação em determinada região, seja um bairro, seja uma
cidade ou um estado. Moradias inadequadas são aquelas que foram construídas
com materiais improvisados ou com baixa durabilidade, habitações em risco.

Pensando em uma forma de ajudar e favorecer as pessoas de baixa renda,


para este trabalho realizamos um projeto de uma casa popular de 45m² seguindo o
caderno técnico de construção de casa da Caixa Econômica Federal.
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Os programas habitacionais do governo, Minha Casa Minha Vida, são uma


alternativa utilizada para combater o déficit habitacional no Brasil. Porém, com o
grande crescimento do índice, melhorias e maiores investimentos nesses programas
seriam ideais.

As moradias precárias, como as favelas, são acompanhadas pela ausência


de infraestrutura. Para o crescimento de qualquer cidade se faz necessária a
expansão de todo serviço público, como distribuição de água, rede de esgoto,
energia elétrica, pavimentação, entre outros.

As áreas urbanas onde vivem as famílias pobres, geralmente, são


desprovidas de escolas, postos de saúde, policiamento e demais infraestruturas. Em
geral, favelas e demais bairros marginalizados surgem de modo gradativo em áreas
de terceiros, especialmente do governo.

Hoje, a alternativa de moradia para as pessoas carentes é a ocupação de


terrenos periféricos de grandes cidades, onde o valor é baixo. Isso é provocado pelo
fato de os moradores possuírem pequeno poder aquisitivo, desse modo, não podem
pagar um aluguel em um bairro estruturado e muito menos adquirir uma casa ou
apartamento nele. Além disso, nas grandes cidades os imóveis têm alcançado
valores extremamente elevados, distantes da realidade de grande parte da
população.

O direito à moradia no Brasil foi garantido pela Constituição em 2000, quando


a Emenda Constitucional nº 26 foi incorporada. Ter direito a um lar não se resume a
ter uma casa, mas também, ao acesso a uma residência segura, digna e que
proporcione saúde mental e física para toda família

• Apresentar as características dos sistemas construtivos em estudo.


• Obter comparativo de viabilidade.
• Quantificar e verificar custos e prazos.
• Criar referencial para projeto de moradia popular com baixo custo final.
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1. Disponibilidade de serviços, infraestrutura e equipamentos públicos: toda


moradia deve ter acesso a serviços como saneamento básico e energia
elétrica, serviço público de infraestrutura e estabelecimentos de educação,
saúde e lazer.

2. Custo acessível: o valor da aquisição ou do aluguel da habitação deve ser


viável e não comprometer o planejamento financeiro familiar.

3. Adequação cultural: os materiais e a construção da residência devem


respeitar a diversidade.

4. Habitabilidade: garantia de que a moradia apresente proteção contra os


fenômenos naturais, incêndios, desmoronamento ou qualquer fator que
coloque em risco a vida e saúde dos habitantes;

5. Localização adequada: a moradia deve estar localizada em regiões com


oportunidades de desenvolvimento econômico, cultural e social;

6. Segurança da posse: garantia de morar em um local sem sofrer ameaças ou


remoção;

7. Acessibilidade: as necessidades específicas dos grupos desfavorecidos e


marginalizados são levadas em conta.

Comunidade Nova Mirim Praia Grande – SP

Sem qualquer estrutura, a comunidade, que conta com 58 famílias, não


possui saneamento básico, energia elétrica e água encanada. Além disso, os
moradores enfrentam um surto de escabiose, conhecida como sarna humana. E tem
várias doenças por causa da água, tem gente que já teve furúnculos, leptospirose e
diarreia”.
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Recentemente a prefeitura instalou barreiras de concreto para impedir que


mais construções sejam feitas no local, o que acabou isolando os moradores da
ocupação, que não conseguem mais transitar pelo território com seus carrinhos de
coleta de reciclagem, trabalho de grande parte dos moradores. De acordo com
funcionários da prefeitura que instalaram os blocos de concreto, o objetivo da
barreira foi evitar novas invasões, tendo em vista que a área é de proteção
ambiental.

Com os recentes problemas políticos e a crise financeira que atravessa o


país, houve, também, a redução de verba para obras do projeto "minha casa
minha vida". Não apenas por esse motivo, mas agravada por ele. Paralelo a tudo
isso, se tem um problema relacionado à qualificação de mão de obra que
sempre esteve presente neste setor. Visando a otimizar o processo de
construção de residências do tipo unifamiliar, objetiva-se, por meio deste estudo,
analisar, quantificar e diagnosticar possíveis formas de obtenção, no mínimo
espaço de tempo e com custo semelhante ou menor, obras projetadas na
categoria de estruturas de paredes prontas Blocom. Através de um estudo
comparativo entre o caso real de uma obra que está sendo consolidada no
método tradicional, com o de um projeto nos mesmos termos, mesmas
dimensões e particularidades da obra em questão, porém, com um método
construtivo que já é referência em muitas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro
e Minas Gerais as obras civis produzidas à base de estruturas Blocom (Parede
pronta) utilizando os mesmos termos, mesmas dimensões e particularidades da
alvenaria tradicional, porém, com um sistema construtivo de paredes Blocom
(pré-moldadas) de concreto, o presente estudo poderá fornecer os diferenciais
econômicos, técnicos e operacionais entre os dois tipos construtivos.

A. A simples alteração do método construtivo trará de fato economia


financeira e de tempo.

B. Esta alteração trará diminuição de mão de obra em relação ao


método tradicional.

C. Existe diferencial de qualidade.

D. Haverá economia de matérias e eliminação do desperdício numa


determinada amplitude.
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Projeto

Para este projeto iremos usar o método construtivo de parede pronta Blocom,
que vai gerar uma economia na obra, fora que o material é sustentável, irá gerar
menos resíduos e uma grande agilidade para a obra, utilizaremos telha ecológica
também para uma edificação mais sustentável e agradável pois tanto o blocom
como a telha possuem isolamento térmico e acústico. O estudo para a elaboração
de uma residência unifamiliar ou multifamiliar térrea, para esta faixa da população,
aponta a necessidade de que a construção seja de dois dormitórios, sala de estar,
cozinha, banheiro completo, área de serviço coberta, varanda frontal e vaga de
garagem descoberta para um veículo, optou-se pelas posições das aberturas, serem
situadas na fachada frontal e posterior, assim, ficam as elevações laterais
desimpedidas o que torna possível sua replicação lateral, de maneira espelhada ou
não, facilitando a criação de conjuntos residenciais, classificados pela legislação
como Casas geminadas: conjunto de unidades habitacionais agrupadas
horizontalmente, todas com frente e acesso independente para a via oficial de
circulação. Consonante com Empreendimento de Habitação de Interesse Social:
corresponde a uma edificação ou um conjunto de edificações, destinado total ou
parcialmente à Habitação de Interesse Social e usos complementares, ou ainda
Empreendimento de Habitação de Mercado Popular: corresponde a uma edificação
ou um conjunto de edificações, destinados a e usos complementares, conforme
disposto na legislação específica.
Também foi estipuladas as medidas ideais, definidas para o melhor uso,
ergonômicas e aptas a receber mobiliário de medidas comerciais padrão. A opção
por cozinha visivelmente integrada a sala de estar foi validada após a constatação,
por meio de pesquisa de mercado, que para este público, esta seria a melhor
configuração, haja vista que na cultura brasileira, a cozinha é o coração da casa e
um excelente local de convívio. Para os quartos, a especificidade primordial era de
que as camas deveriam contar com área de circulação que facilitasse o acesso dos
usuários. A área de serviço estar integrada ao corpo da edificação também é um
diferencial que moderniza a arquitetura, além de prover maior segurança e conforto.
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Partindo deste princípio elaboramos este projeto para uma residência térrea
unifamiliar que possui uma área construída de 45,00m².

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