Você está na página 1de 7

ETEC - Adolpho Berezin

Língua Portuguesa e Literatura

Ariadny da Silva Marques Maehashi;

MONGAGUÁ
2023
Resumo da obra: Nós Matamos o Cão Tinhoso.

1 conto
Nos matamos o cão tinhoso
O conto se inicia com a descrição física no cachorro, tendo ênfase em seus olhos,
"olhar de uma pessoa a pedir qualquer coisa sem querer dizer, havendo a
personificação do cão. O cão mesmo com seu comportamento pacato (na dele)
incomoda as pessoas em volta, apenas por ser diferente (ter machucados, etc.). O
cão tem desejo de fazer parte de grupos com outros cães (cães saudáveis, que tem
casa, comida, água, etc), mas os mesmos não o permitem a dua aproximação, então
o cão tinhoso sofre o sentimento de exclusão. É possível fazer uma analogia ao povo
moçambicano que tem sua terra tomada pelo colonizador e se vê excluída apenas por
serem diferentes. Isaura é a única que não se incomoda com o cão tinhoso (ambiente
escolar), pois também é diferente das demais crianças e acabada sendo excluída,
com isso os dois têm uma conexão. Após uma partida de cartas perdida para o Senhor
Administrador (senhor = posição de autoridade), ele se irrita e decreta morte ao cão
tinhoso, o mesmo o leva para o veterinário e pede para o sacrificar, mas o veterinário
chama alguns meninos para fazer esse trabalho. A caminho do local de abatedouro,
Ginho (o narrador) especula possibilidades para deixar o cão vivo, mas Quim (Líder
do grupo) não aceita e então impõe para Ginho o dever de matar o cão. Isaura chega
ao local e grita, com isso Ginho vai tirá-la de lá, e então Quim se irrita e dispara o
primeiro tiro e, sucessivamente os demais garotos disparam outros tiros. Após o crime
tudo fica em silêncio, retornam para casa, e tudo volta ao normal.
Apenas pelo fato de incomodar os outros, cão tinhoso morre.
2 contos
Inventário de imóveis e jacentes
Narrador Ginho em um momento de insônia começa a descrever sua casa enquanto
todos dormem (jacentes), conforme a descrição de Ginho é possível perceber que sua
condição social é pobre, mas mesmo assim eles ainda continham um empregado. É
citado uma prateleira cheia de livros, que está coberta por um pano semelhante ao
das cortinas, como se estivessem escondidos. O gosto literário do pai e da mãe de
Ginho são diferentes, pois na mesa de cento da sala há revistas expostas e uma delas
se chama "Reader's" (revista de estilo de vida classe média) que sua mãe gosta,
porém, seu pai não. Quando visitas chegam só veem as revistas que estão expostas,
enquanto os diversos livros ficam "escondidos" nas prateleiras. Essa passagem do
conto serve para mostrar que a família de Ginho vive em conjunto com os
colonizadores, e quando receber visitas desse tipo, preferem aparentar futilidade, para
não incomodarem com o seu intelectual. Importando citar que pai de Ginho já foi preso
e também apresentar engajamento político, podendo associar sua prisão por ser
revolucionário, por isso a necessidade de dormir com janelas e portar fechadas como
dito no conto, passando a sensação de temor, pois o país colonizador persegue
figuras intelectuais. Por fim, a herança do narrador (Ginho) é os passos de seu pai.

3 conto
Dina
O trabalho exercido é a retirada de ervas daninhas das plantações de milho. Os
trabalhadores só podem ir almoçar após o "berro do capataz", o que se assemelha ao
trabalho escravo é a exploração dos trabalhadores. Então além dessa exploração, os
trabalhadores ainda sofrem com o perigo de animais venenosos que podem aparecer
na plantação de milho. Madala (homem mais velho) representa a sabedoria, pois sabe
como lidar com as diversas situações para conseguir sobreviver. Após a ida para
almoçar, Maria (filha de madala) aparece no local onde os trabalhadores estão,
segundo o narrador, Maria não é para se casar, pois dorme com vários homens
(prostituição), oq nos leva a refletir a formas que esse povo teve que encontrar para
conseguir sobreviver. Maria vai com o capataz para plantação, e acaba sendo
violência, madala (seu pai), se vira para não olhar a cena e se cala, assim como os
outros trabalhadores, Maria não queria que isso acontece na frente de seu pai. Nesse
trecho Maria representa tudo que o colonizador (violência, domínio, opressão, etc).
Os trabalhadores se revoltam, mas rebelião não ocorre, pois madala sabe das
possíveis consequência é impede isso. Capataz continua vivo e o trabalho continua.
Conto que representa a injustiça, pois catapaz continua sua viva mesmo tendo uma
atitude errada, enquanto os trabalhos nada podem fazer, pois senão morrem, assim
tendo que se calar e buscar pela sobrevivendo em silêncio, já que aquele que não se
cala, é calado.

4 conto
A velhota
Narrador sofre uma agressão e fica no chão, ao olhar ao agressor, ele descreve uma
autoridade, levando em consideração as suas vestimentas. Após chegar em casa sua
mãe (a velhota) oferece as raspas de arroz que sobraram no fundo da panela para
seu filho e o mesmo nega, o que nos leva a deduzir que a condição dessa família é
de miséria, os miúdos (irmãos mais novos do narrador) brigam pela comida, pois não
entendem que a quantia é pouca e tem que dividir, então a velhota tira da de seu prato
para dar aos seus filhos, alegando que não está com fome. Após isso, a mãe abre o
diálogo sobre a agressão, pois já sabia o que possivelmente havia ocorrido, o narrador
reluta ao falar, mas está revoltado com os acontecimentos da época e sonha com um
futuro diferente para seus irmãos, onde os mesmos aceitem a realidade, assim não
tendo que se rebelarem como o narrador. Aceitação, pois a mudança parece
impossível.

5 conto
Papá, cobra e eu
Narrador é Ginho, sua família está almoçando, então é notado que as galinhas estão
morrendo e os pintinhos sumindo, logo levantando a hipótese de ter uma cobra
fazendo com que isso acontecesse, com isso, mãe de Ginho dá ao filho o papel de
matar a cobra. Ginho vai para a capoeira (local das aves), junto a ele seu irmão, seu
cachorro totó, e o lobo, cachorro do Sr. Castro (sr = autoridade, homem branco) o
acompanham, a cobra aparece e ataca lobo, que sai agonizando do local e
sucessivamente morre. Sr. Castro se revolta e vai até a casa de Ginho, impondo o
dever para o pai de Ginho pagar uma indenização pela morte de seu cachorro,
mostrando novamente mais um caso de injustiça, pois a palavra do colonizador vale
mais, mesmo com o mesmo não tendo razão. Pai de ginho engole a seco, pois sabe
das possíveis consequências, apesar tendo a força vinda da fé para seguir dia após
dia, representando a resistência de seu povo.

6 conto
As mãos dos pretos
Tudo começa com um narrador branco na escola escutando uma explicação do
porquê as Palmas das mãos dos pretos serem brancas, pelos seus professores, após
uma comparação dos pretos como animais realizada pelo professor, o narrador não
se dá por convencido e daí perguntando para outros adultos o pq das mãos dos petros
serem brancas, recolhendo mais e mais relativos e achamos racistas para esse fato.
O narrador continua sem se dar por convencido e então pergunta isso a sua mãe, que
explica de forma destoada das anteriores, e foca nas semelhanças (igualdade),
levando o fato de todos os homens serem iguais (obra de Deus) e o racismo sem obra
do homem, com isso a mãe chora, demonstrando a empatia, e somente após essa
explicação o narrador se contendo e vai brincar.

7 conto
Nhinguitamo
O conto começa com o relato da união dos pássaros para atacar a plantação de milho,
relatando a importando da União para realizar feitos coletivos com efetividade.
Narrador desse conto apesar observa e narra, representando as pessoas da
sociedade que apenas olham e não fazer nada em situação conflituosas, além de se
calar. Personagem vírgula oito trabalha em uma plantação, e percebe que uma
tempestade está por vir, por ser um nativo, com isso sabe que a plantação de seu
patrão seja afetada, enquanto a sua é de seu povo se manterá de pé. Com isso almeja
um futuro próximo, mesmo com sua família falando que isso não dará certo pelo fato
de dinheiro significar poder e os colonizadores não quererem ver um nativo e posição
elevada. Após isso, seu patrão descobre sua terra e a toma de vírgula oito, o mesmo
não se conforma, pois só queria ganhar um dinheiro para se casar, além de não querer
perder seu passado (sua terra), com isso tenta realizar uma rebelião, unindo forças
assim como os pássaros, mas ninguém se opõe a ele, põe saberem das possíveis
consequências. Após saberem disso, homens saem em buscar de caçar vírgula oito,
que é morto e, apenas após isso o narrador se faz presente no conto, com a reflexão
da necessidade de sair da vida medíocre e fazer algo, ou seja, a semente da revolução
está plantada.

8 conto
Rosita, Até morrer
Conto em formato de carta, rosa dita o que quer dizer para seu Amado Manuel
enquanto Chico transcreve, o mesmo apresenta dificuldade com a língua, enquanto
Rosa sequer sabe algo. Manuel deixou Rosa gravidade e partiu, filha já está crescida
e não apresenta os documentos necessários para entrar na escola. Juntando as
descrições é fácil deduzir que Rosa engravidou cedo, com Manoel abandonando seu
povo e sua cultura, simbolizando a passando de branqueamento nesse personagem.
As pessoas tentam avisar Rosa sobre a ausência de caráter de Manoel e o possível
trabalho dele com a polícia (autoridade), porém a mesma está louca de paixão. A carta
é conto terminam com rosa se humilhando por amor, e mais uma vez o ciclo se inicia,
mais uma mulher abandonada, mas uma criança desamparada pelo pai, mais uma
criança analfabetizada...
7

Você também pode gostar