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CENTRO UNIVERSITÁRIO – CATÓLICA DE SANTA CATARINA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL


CARVIN LACROIX
HENRIQUE KINAS
JOÃO PEDRO LEME TEDESCO
MARIA ANTÔNIA ZANETTIN DA ROCHA E SILVA
RUAN GUSTAVO EMMENDOERFER
TIAGO LUIS NUNES AGATTI

HABITAÇÃO DE INTERESSE POPULAR

JARAGUÁ DO SUL
2023
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 2
1.1 Problemática.......................................................................................................... 3
1.2 Objetivo .................................................................................................................. 3
2 Referencial Teórico .......................................................................................... 4
2.1 Histórico Brasileiro na Habitação Social ........................................................... 4
2.2 Métodos Construtivos .......................................................................................... 4
2.1 Estrutura Metálica - Light Steel Frame........................................................4
2.1 Estrutura em Madeira - Wood Frame..........................................................5
2.1 Edificações em Concreto............................................................................5
2.3 Conceitos....................................................................................................5
2.4 Legislativo...................................................................................................6
2.5 Problemas Sociais de Moradia...................................................................7
REFERÊNCIAS ......................................................................................................8
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1. INTRODUÇÃO

1.1 PROBLEMÁTICA

Segundo Rossato e Bolfe (2014), o crescimento urbano ocasiona uma


sobrecarga na necessidade de infraestrutura e equipamentos, o que afeta o
funcionamento da cidade como um todo e compromete a qualidade de vida da
população. O problema habitacional e as inadequadas condições de moradia da
população de baixa renda também são problemas gerados pela acelerada
urbanização. Assim, tornam-se necessários investimentos nas cidades, na tentativa
de diminuir a problemática ocasionada pelo crescente aumento da urbanização.
A habitação de interesse social está associada diretamente à necessidade de
prover habitação urbana para os setores menos favorecidos da população. Tal
habitação pode ser provida pelo setor público ou privado, para fins de venda ou
aluguel aos seus moradores (BLAY, 1985; FRANCESCATO et al., 1979; LAY, 2001;
LEITE, 2005; REIS, 1992).
A questão da moradia, como é conhecida, tornou-se o centro das
discussões da reforma urbana no Brasil e da democratização do direito à
cidade (SOUZA, 2011). Sua importância deriva dos conflitos gerados na busca
de determinadas classes sociais ou grupos para ter acesso a uma moradia
digna, e das lutas, dentro do território, por uma melhor localização, haja vista que,
a partir da localização da moradia se definem os modos de uso do espaço urbano e,
ocasionalmente, a obstrução do direito de determinados grupos à cidade (ZECHIN;
HOLANDA, 2018).
O déficit habitacional é a origem de diversos problemas urbanos
contemporâneos, como o acesso informal à terra urbana, que ocorrendo
predominantemente na periferia, em áreas desprovidas de infraestrutura e
saneamento, resulta na ocupação de áreas de preservação e, consequente
agressão ao meio ambiente (MARICATO, 2015; SOUZA, 2011).
A dificuldade de trazer residentes de periferias para residências com
saneamento básico ou com qualidade de vida mínima é um dos grandes problemas
ocorrido aqui no Brasil, seja por falta de iniciativas do governo, seja por não se
encaixar nos requerimentos das iniciativas, como o Programa de Habitação Federal
do Brasil - Minha Casa Minha Vida, que segundo o site do g1 em 2023, o programa
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aumentou o limite da primeira faixa de renda para 2.640,00 reais (Miato,2023), e


tendo em vista famílias grandes que já necessitam do bolsa família para sobreviver,
muitas vezes não tem condições de arcar com um custo de mudança, quem dirá
com o custo de uma nova residência. Além disso, implica-se também na questão de
comodidade pois grande parte das famílias já estão acomodadas no local em que
moram, tendo grande dificuldade de se mudar de um lugar precário para um lugar
onde contém somente o básico com um ar de simples e de menor espaço, pois parte
dessas famílias são compostas por filhos e filhas, e sair de um local periférico que
acomode a todos, para um local com o básico, até mesmo dependendo do caso
ficando apertado demais para a família em questão, acaba não sendo de interesse
dessa família por todas questões citadas anteriormente.
A preocupação com a sustentabilidade está presen te no âmbito social,
econômico e ambiental, bem como no combate às desigualdades social, racial e de
gênero. Dessa forma, essa coalizão propiciou mudanças institucionais relacionadas
à elaboração de normativos do PMCMV (Minha Casa, Minha Vida), que passaram a
prever prioridades para famílias chefiadas por mulheres, idosos, pessoas com
deficiência e residentes em áreas de risco e regiões insalubres. Quanto à
infraestrutura básica, passou a ser necessário incluir vias de acesso, iluminação
pública e solução de esgotamento sanitário e de drenagem de águas pluviais, bem
como permitir ligações domiciliares de abastecimento de água e energia elétrica.
Além disso, o poder público local passou a firmar compromisso de instalação ou de
ampliação dos equipamentos e serviços relacionados à educação, à saúde, ao lazer
e ao transporte público.

1.2 OBJETIVO

O objetivo do trabalho consiste na construção de uma habitação de interesse


social esteticamente e estruturalmente mais inovadora, tanto pelos seus materiais
quanto pelos métodos projetivos, não deixando de lado o barateamento de custos,
mas principalmente facilitando a captação de futuros clientes.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 HISTÓRICO BRASILEIRO NA HABITAÇÃO SOCIAL

Temos início as iniciativas políticas públicas voltadas para casas habitacionais


na era Vargas (1930-1945), quando perceberam que a iniciativa privada não daria
conta de toda a demanda que o setor necessitava, iniciou -se o instituto de
aposentadoria e pensão, “sua principal finalidade era proporcionar benefícios
previdenciários e assistência médica aos seus associados.” (Rossatto Rubin, 2014).
Segundo Medeiros, outro avanço na questão habitacional veio com o BNH em
1964, sendo o único órgão responsável por uma política nacional de h abitação, ele
foi criado com o intuito de garantir apoio de pessoas desabrigadas ao governo e
mudar o ritmo da economia.
Mais recentemente tivemos algumas políticas públicas voltadas a essa
questão, como casa verde e amarela, no governo Bolsonaro e minha casa minha
vida nos governos Lula, ambas com o intuito de tornar viável o sonho da casa
própria.

2.2 MÉTODOS CONSTRUTIVOS

2.2.1 Estrutura Metálica – Light Steel Frame

O LSF (light steel frame) ou apenas steel frame tem como umas das suas
principais características, a rapidez em que suas estruturas são erguidas, uma
construção com menos desperdícios fazendo com que seja melhor para as questões
ambientais e o que mais se destaca no seu método construtivo é suas vigas em aço
que facilitam na construção do projeto (Hass e Martins, 2011). Mas todos esses
benefícios têm um preço não muito agradável, ainda mais falando de habitação
social, acaba ficando inviável fazer casas, apartamentos por conta de que as
famílias necessitadas não conseguiriam arcar com os custos.
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2.2.2 Estrutura em Madeira – Wood Frame

O wood frame é mais comumente usado pelos estados unidos, são


econômicos, rápidos e fáceis de construir precisando de pouca mão de obra,
construído com material renovável (madeira) que é ótimo isolante térmico tanto pro
calor e para o frio, e capaz de atender ou exceder o todos os níveis de controle
contra incêndio ou som (Zaparte, 2014). Porém esse método é muito novo no brasil,
portanto com falta de mão de obra especializada e falta de conhecimento das
técnicas, falta de conhecimento base nas faculdades sobre drywall (Resende et al.
2021).

2.2.3 Edificações em Concreto

Segundo Facco (2014 apud ABCP, 2009), o concreto é o material mais usado
pelo homem na construção civil depois da descoberta do cimento, isso se deve
pelas características apresentadas por ele, como a moldabilidade e trabalhabilidade,
alta resistência quando em estado duro e alta durabilidade. O concreto é o meio
mais utilizado aqui no brasil mesmo que haja outros tipos mais simples e de menor
desperdício, ele continua sendo nosso principal método construtivo pela tradição de
anos de utilização e pelo amplo conhecimento de suas propriedades.

2.3 CONCEITOS

O estudo da unidade habitacional revela no seu desenvolvimento a variedade


das dimensões significativas que esse objeto apresenta. O objetivo de definir,
conceituar e caracterizar a casa, é sem dúvida, uma tarefa difícil, se considerados os
diversos significados (econômicos, sociais, físicos...) a ela atribuídos ao longo dos
tempos, ou mesmo as variações das expressões culturais que determinam a
morada.

Em várias definições conceituais, o universo habitacional é vinculado à


questão da forma de construir: material de construção, terreno, etc. Nesse sentido.
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COBOS (1982:284), considerando a habitação popular como 'habitação socialmente


adequada, descreve, para esta, a seguinte caracterização:

A) ter condições mínimas de habitabilidade: solidez estrutural, área construída em


condições adequadas de uma família média, serviços de água, esgoto, drenagem e
energia elétrica; ter luz solar e ventilação adequadas; seus habitantes podem ter
acesso à áreas livres e recreativas e aos serviços de educação, saúde e cultura
correspondentes

B) sua produção é possível considerando o nível de desenvolvimento das forças


produtivas de trabalho alcançado pela sociedade no setor da construção;

C) é reconhecida como 'padrão de habitação aceitável pelo conjunto de sociedade,


como por suas instituições, e, particularmente, pelo Estado, o qual o consagra no
discurso oficial e na aplicação de suas políticas e programas

2.4 LEGISLATIVO

Na Constituição Federal de 1988 foram aprovados institutos que garantem


legalmente o direito à moradia digna e o cumprimen to da função social da
propriedade. Em 2001 foi aprovado o Estatuto da Cidade, que regulamenta os
artigos 182 e 183 da Constituição, atualizando e ampliando os dispositivos
constitucionais de garantia do direito à moradia (FERREIRA, 2006).

Sabemos que esse aparato legal não tem gerado grandes avanços na
efetivação do direito à moradia, apesar dos esforços no sentido de sua aplicação, a
partir da década de 1990. No campo da arquitetura e do urbanismo, têm sido
recorrentes os trabalhos que buscam avaliar os impactos dessa legislação nos
problemas da habitação e da segregação socioespacial, a partir de estudos de
casos de aplicação nos municípios. A maioria desses trabalhos, que consiste em
importante referencial teórico e prático para a discussão da aplicabil idade dos
instrumentos, abordou as experiências pioneiras e apontou como obstáculos a
realidade socioeconômica brasileira, a interrupção das políticas devido a mudanças
de gestão e a necessidade de aprovação de leis específicas para regulamentação
de instrumentos, Municipais.(Tsukumo, 2007).
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2.5 PROBLEMA SOCIAL DE MORADIA

A habitação é uma manifestação social concreta da urbanização,


essencialmente a concentração de cada vez mais pessoas em determinadas
cidades, e mudanças nas condições de consumo e oportunidades de emprego da
população urbanizada. A habitação é a forma física que resolve este problema.
Como tal, reflete divisões entre as classes sociais, tanto na distribuição de renda
quanto nas formas de consumo coletivo à disposição das pessoas (Alves e
Cavenaghi, 2016).

Existem alguns aspectos das carências habitacionais que são bastante


visíveis e inquestionáveis, como os moradores de rua e os domicílios improvisados
(barracos precários debaixo de viadutos, na beira de estradas, etc.) No Brasil, um
dos maiores problemas habitacionais decorre da ocupação desordenada do solo
urbano (Alves e Cavenaghi, 2016).
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REFERÊNCIAS

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