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Hugo Lopes dos Santos

Rafaela Vitória

Maria Eduarda Silvestre

3º ano - química

Vidros

Introdução

Nos últimos 20 anos, a criação de novas tecnologias na área do vidro tem se


evidenciado em diferentes tipos de aplicações nos mais diversos campos da atividade
humana. O vidro continua sendo um material importante, sempre apontando

alternativas importantes a serem consideradas. No campo da ciência química, a


vidraria é amplamente utilizada na análise e identificação de amostras e é uma
ferramenta essencial usada por qualquer químico, a vidraria. A vidraria realiza testes,
misturas, reações e muitas outras funções, cada uma com um tipo e formato para
sua função específica. Geralmente são com:

 Pirax
 Vidro comum
 Quartzo fundido
 Vidro temperado

Robert Doremus [Dor94] afirma: “O vidro é um sólido amorfo. Um material é amorfo


quando não apresenta ordem a longa distância, isto é, quando não existe regularidade
no arranjo dos seus constituintes moleculares numa escala maior do que algumas
vezes o tamanho destes grupos. Por exemplo, a distância média entre os átomos de
Si na sílica vítrea é de cerca de 3,6 Å, e não existe ordem entre esses átomos a
distâncias superiores a 10 Å.”

No painel A é apresentada uma representação bidimensional do arranjo cristalino


simétrico e periódico dos cristais de SiO2, enquanto no painel B a rede vítrea
representa o mesmo composto, destacando a ausência de simetria e periodicidade
em longas distâncias.
Estrutura bidimensional de um arranjo cristalino simétrico (A) e periódico de um cristal de composto SiO2 da rede do
vidro do mesmo composto

Aspectos Físico-químicos
As vidrarias são materiais inorgânicos que consistem em uma mistura de óxidos que
se fundem em altas temperaturas, para que possam ser moldados em diferentes
formas. Os óxidos metálicos utilizados são: óxido de silício (SiO2), óxido de boro
(B2O3), óxido de sódio (Na2O) e óxido de alumínio (Al2O3). A mistura composta
principalmente de boro e silicato favorecem para resistência ao calor, e que não ocorra
dilatação.

Imagem representando as funções de cada óxidos nos vidros

As propriedades dos vidros, assim como de todos os outros materiais, dependem de


suas características estruturais. A estrutura por sua vez, está condicionada
principalmente pela composição química, e em menor escala também pela história
térmica. Segundo Mauro Akerman “A variação das propriedades com a composição
pode ser avaliada, com certa aproximação, em função da concentração dos
componentes, mediante expressões lineares nas quais intervêm fatores de
proporcionalidade obtidos experimentalmente para cada óxido e para cada
propriedade”.

Condução elétrica

A condutividade iônica de vidros foi demonstrada pela primeira vez por Warburg (1884)
com o transporte de íons Na+ através de um vidro de lâmpada elétrica. A
condutividade de vidros e cerâmicas usualmente usada em isoladores de alta tensão é
principalmente iônica. A condutividade elétrica do vidro é uma propriedade muito
sensível a mudanças na composição. Assim, o tipo e a quantidade de óxidos alcalinos
são predominantes a condutividade de vidros contendo óxidos alcalinos.

Segundo Sílvio Buchner, “A energia de ativação (EA) é a barreira energética para a


condutividade dependente do movimento dos íons no vidro. Pode ser obtida a partir da
determinação da condutividade medida em diferentes temperaturas”.

Conclusão

Concluo, portanto, que os vidros são uma das criações revolucionárias da humanidade
que, embora "descobertas" há muito tempo, facilitam processos e análises vitais para
a existência humana. Sem vidro, a luz artificial não seria possível, então tochas e velas
seriam necessárias. Nada de espelhos, televisores, computadores, rádios, câmeras,
óculos e lentes de contato. Carros, trens, helicópteros e aviões são intransitáveis
porque as janelas protegem pilotos e passageiros sem obstruir sua visão. Grande
parte de nossa compreensão do universo requer lentes. Os microscópios facilitaram o
desenvolvimento da medicina, a descoberta de drogas, o estudo de vírus e bactérias e
a descoberta do DNA.
Referencias

https://teses.usp.br/teses/disponiveis/43/43133/tde-09122001-161054/
publico/Dissertacao.pdf

http://www.foz.unioeste.br/~lamat/publicvidros/condutivc3n2007.pdf

https://www.unifal-mg.edu.br/ppgcem/wp-content/uploads/sites/
116/2020/06/NaturezaEstrut_Prop_Vidro-Saint-Gobain-2000.pdf

https://www.todamateria.com.br/vidrarias-laboratorio/

Doremus, R. H., Glass Science, 2nd ed., John Wiley & Sons (1994).

https://www.ipen.br/biblioteca/cd/cbc/2005/artigos/49cbc-10-33.pdf

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