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Aluno (a): Carla Gomes dos Santos Portugal e Larissa L. de Araujo Turma: ProfQui 2020/05
Disciplina: Química II
a) O que são ionóforos e a sua importância no estudo dos eventos de respiração celular?
São compostos que formam complexos lipossolúveis com cátions de maneira reversível e, por isso,
facilitam o transporte iônico específico através da bicamada lipídica da membrana celular. Esses
compostos têm a capacidade de perturbar o gradiente de íons através da membrana, além do potencial
elétrico e, portanto, podem modular ou aumentar o papel dos íons na respiração celular.
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As propriedades químicas dos ionóforos podem ser afetadas por alguns fatores que vão depender da
sua configuração geométrica e dos sítios de coordenação, do raio atômico e da densidade de carga do
metal ligante. Isso afeta a seletividade e afinidade para um determinado íon. Os ionóforos podem ser
seletivos para um íon particular, mas não podem ser exclusivos dele. Por exemplo a gramicidina, a
valinomicina e a nigericina podem fazer a passagem do íon potássio, mas por meios diferentes. A
gramicidina primeira irá formar um canal hidrofílico na membrana, permitindo que íons passem
enquanto evitam o contato com o interior hidrofóbico da membrana. A valinomicina se liga ao íon,
protegendo a sua carga do ambiente ao redor, facilitando assim a travessia do interior hidrofóbico da
membrana lipídica. A nigericina irá fazer a troca K + por H +, isso é possível por se tratar de um ionóforo
carboxílico que pode existir em uma forma aniônica impermeável à membrana livre ou como um
complexo permeável de membrana neutro quando ligado a um cátion K + ou um próton H +.
+
Em condições normais a passagem do próton H pela membrana não seria possível, pois o íon tem
carga positiva e propriedades hidrofílicas, sem um canal. Todavia, seu transporte pode ocorrer graças
aos protonóforo que possuem prótons dissociáveis e bicamadas permeadas, tanto como ácidos
protonados quanto como base conjugada (figura d). Isso é possível porque esses ionóforos são
capazes de distribuir a carga negativa sobre vários átomos pelo orbitais π que deslocaliza a carga de
um próton quando ele se liga à molécula. Tanto o protonóforo neutro quanto o carregado podem se
difundir pela bicamada lipídica por difusão passiva e, simultaneamente, facilitar o transporte de
prótons.
2. O que são grupos prostéticos de uma proteína e a sua importância na cadeia transportadora de
elétrons na membrana interna da mitocôndria e na membrana tilacoide dos cloroplastos?
São moléculas não proteicas ligadas a uma proteína que facilitam sua função, como por exemplo, os
carreadores de elétrons na cadeia transportadora de elétrons: flavoproteínas, ubiquinona, citocromos
e proteínas ferro-enxofre. Todas estas doando ou recebendo elétrons que são transferidos para as
proteínas presentes nas membranas internas. Os grupos protéticos são responsáveis por realizar as
reações redox nessas proteínas.
Como todas as reações que ocorrem nas membranas biológicas possuem a participação de enzimas,
bem como coenzimas e cofatores. As coenzimas atuando como agentes aceptores de átomos ou
grupos funcionais retirados do substrato em uma dada reação ou como doadores destes mesmos
grupos ao participarem de outra reação, diz-se que as coenzimas são transportadoras de grupos. Os
cofatores enzimáticos são compostos das mais variadas naturezas químicas que auxiliam a catálise
onde, também, encontramos grupo prostético, ou seja, uma estrutura não proteica ligada
covalentemente à proteína enzimática.