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Jéssica Costa de Lima

[jessica.costa@estudante.edu.ufcg.br]

RESENHA
BOBBIO, Norberto, 1909. A era dos direitos. Tradução Carlos Nelson
Coutinho; apresentação de Celso Lafer. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do
Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
REZENDE, Milka de Oliveira. "Movimento sufragista"; Brasil Escola.
Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/movimento-
sufragista.htm>. Acesso em 20 de março de 2021.

O livro “A Era dos Direitos” de Noberto Bobbio apresenta sobre o fundamento dos
diretos do homem e como estes direitos são garantidos pelo Estado, através da
Constituição, tendo a noção de que eles são variados, mutáveis, inovados e
transformados. Para ele, mesmo que tenha evidências que o homem desde da
Antiguidade possui direitos, estes nascem mesmo na Era moderna. Como
mencionado no Artigo 5° da Constituição de 1988, todos os seres humanos
possuem direitos e deveres perante a Lei. Assim, é indagado no livro sobre os
direitos serem desejáveis, bem como quais gostaríamos de ter e se isso é
possível. De início, sente-se a necessidade de ter algo, seja por dor, por se sentir
inferior, entre outras coisas, como exemplo: a mulher, ate o início do século XIX,
se sentia inferior por não ter direito ao voto. Posteriormente, existe o fundamento
absoluto, que seria a ideia, se isso realmente é possível e/ou relevante,
abrangendo assim uma maior parte de pessoas, querendo almejar algo e ir atras
de modos para conseguir, por exemplo, quando as mulheres se reuniram e
instauraram o movimento sufragista no Brasil, que durou até o século XX. Outro
ponto estabelecido na primeira parte do livro, é chamar a atenção dos
governantes e conseguir uma mudança na Constituição, seguindo o exemplo
citado anteriormente, em 1931 as mulheres que possuíam renda podiam votar,
mas só em 1932, todas podiam votar. Bobbio deixa explicito que os direitos dos
homens estão relacionados a sua existência e aos fatos históricos decorrentes
em determinado período da história. É notória a importância do Estado em
assegurar os direitos para um maior controle e para a existência da democracia.
Outra questão que é importante ressaltar é o fato da existência de vários
fundamentos, cada pessoa tem seu modo de pensar e visa necessidades
diferentes. O autor fala sobre a Revolução Francesa e a Revolução Norte-
Americana, discute o conceito de liberdade, onde é citado Immanuel Kant, um
filosofo prussiano, que abordava a liberdade interligada as leis. Segundo Bobbio,
as duas revoluções possuem o mesmo objetivo de garantir os direitos dos homens
e assim, não possui superioridade entre as revoluções. Os direitos dos norte-
americanos visavam o homem e a sociedade, mas os da Revolução Francesa,
visava apenas o homem. É citado também que os direitos naturais do homem
podem ser caracterizados como liberdade, propriedade, resistência a opressão e
a segurança, tal como mostrado no artigo 2° do Segundo tratado do governo. A
liberdade como um direito é definida em poder fazer tudo aquilo que não
prejudique ninguém. Outro direito relevante é o da propriedade, cuja a importância
está relacionada ao individuo estrar na sociedade cm intuito de possuir sua
propriedade.

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