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OPERAÇÃO

URBANA
CONSORCIADA
PLANEJAMENTO URBANO II
Beatriz Avinco
Matheus Mendonça
METODOLOGIA

Análise das características prévias da área de atuação e a


PREMISSA proposição de uma intervenção adotando a colaboração da
ADOTADA inciativa privada, poder público e comunidade buscando
transformações urbanas e uma melhora nos índices de
qualidade de vida.

Requalificação a área a partir da modificação da paisagem


CONCEITO urbana e de sua conformação, a fim de atingir melhores
índices de qualidade ambiental urbana e uma configuração
que fomente dinâmicas socio-espaciais positivas na vida dos
moradores e frequentadores do bairro.

Espera-se atingir um ecossistema urbano mais favorável à


RESULTADO
economia local, mais seguro e agradável para a comunidade, o
ESPERADO desfecho do problema de vazios urbanos presentes no bairro e
a melhoria dos índices de densidade habitacional da área.
VISÃO GERAL
Visão do bairro Osvaldo Rezende antes da
consolidação da Operação Urbana Consorciada.
Nota-se um bairro com baixa densidade habitacional,
uma notória quantidade de vazios urbanos e uma
baixa qualidade urbano ambiental principalmente
relacionada ao índice de arborização e áreas verdes
presentes em seu perímetro. Destaca-se a
proximidade com o Parque Linear do Uberabinha e a
proximidade com a região central da cidade de
Uberalândia.
VAZIOS URBANOS
Atualmente, nota-se que aproximadamente 35% da
área do bairro em questão é composta por vazios
urbanos, um dos principais indicativos do baixo
índice de densidade habitacional e denuncia o
passado de desindustrialização pelo qual o bairro
passou.
DENSIDADE ATUAL
Atualmente, nota-se um baixo índice de densidade
habitacional no bairro. As áreas que demonstram um
índice ligeiramente elevado em comparação com a
totalidade do bairro são as áreas adjacentes às
principais avenidas (Getúlio Vargas e Marcos de
Freitas Costa). A área que demonstra menor índice de
densidade é justamente a parte norte do bairro onde,
antigamente, havia a maior concentração de
indústrias e galpões industriais.

Vago/institucional
0-80
80-160
160-180
180-240
HIERARQUIA
ATUAL DE VIAS
Atualmente, nota-se que as principais vias que
comportam os maiores fluxos de transeuntes e
veículos são as avenidas Marcos de Freitas Costa e
Getúlio Vargas, que constituem as principais
conexões com a região central e o setor norte da
cidade de Uberlândia. As demais vias coletoras e
locais demonstram um baixo fluxo de transeuntes e
constituem uma movimentação mais próxima ao uso
cotidiano da comunidade.

Vias de baixo fluxo


Vias de médio fluxo
Vias de alto fluxo
REDEFINIÇÃO
HIERARQUIA DE
FLUXOS
Proposição da readequação dos fluxos intrabairro
buscando constituir linhas perpendiculares ao
principal eixo de circulação interno pré-estabelecido.
Isso possibilita reduzir da quantidade de automóveis
que percorrem a avenida Marcos Freitas de Costa,
facilitar o deslocamento interno dentro do bairro e a
conexão direta entre a região central da cidade e o
Parque Linear do Uberabinha. Além disso, reduz a
dimensão de caminhada, criando quadras com aprox.
100m de largura.
CICLOFAIXAS
A cidade de Uberlândia é carente de um sistema de
mobilidade voltado para as bicicletas. A proposição
de uma infraestrutura adequada para dialogar com a
realidade dos moradores é indispensável. Para além
da adequação do sistema intermodal de transporte,
as ciclofaixas propostas servem como um eixo de
conexão entre o fluxo interno do bairro com as
regiões centrais da cidade, com o Parque Linear e
com a maior extensão de ciclofaixa existente na
cidade (localizada na Av. Rondon Pacheco).

Ciclovias
Ciclofaixas
EIXOS VERDES
A criação de pontos de conexão verdes se deu a
partir do uso de áreas livres no interior das quadras,
possibilitando áreas de caminhos e de permanência.
Essa expansão da malha verde foi estruturada a fim
de construir uma conexão com o adensamento
vegetal que acontece no parque linear que fica a
oeste do bairro. Para além disso, foi proposto
corredores verdes no sentido perpendicular aos
principais fluxos preexistentes no bairro, dialogando
com uma reformulação do fluxo de circulação
intrabairro. O bairro carece de áreas verdes e,
consequentemente, isso ocasiona diretamente num
baixo índice de qualidade urbana, uma vez que não
apenas influencia em questões de microclima como
também na saúde e lazer dos habitantes.

Limite de intervenção
Conexão entre as áreas verdes

Áreas verdes

NOVA DENSIDADE
HABITACIONAL
O bairro possui um histórico industrial, entretanto nos dias de
hoje percebe-se que a atividade industrial não ocorre mais no
local e, após o dispersamento das indústrias que ali estavam
muitos elefantes brancos se consolidaram na paisagem urbana. A
partir dessa operação buscou-se utilizar da área dessas antigas
indústrias e galpões industriais para modificar sua função para
um uso habitacional, possibilitando o acréscimo da densidade do
bairro. Ademais, muitos dos vazios urbanos podem ser
requalificados e servindo de área para o adensamento urbano.
Para os locais cuja a paisagem já havia sido previamente
consolidada pelo uso habitacional, estima-se firmar parceria
entre construtoras e comunidade a fim de possibilitar
empreendimentos que amplificam o índice de habitantes por m²
concentrando as áreas mais adensadas paralelas aos principais
eixos de mobilidade e, ao mesmo tempo, construindo
progressivamente um menor adensamento conforme a
proximidade com o Parque Linear do Uberabinha.
Vago
Estima-se alcançar um índice de densidade de
aproximadamente 300 hab/ha. 0-160
160-240
240-400
VERTICALIZAÇÃO
PROPOSTA
Para alcançar os índices ideais de densidade, propõe-se
uma escala de verticalização que seja pertinente às
características que o local de implantação impõe. A
verticalização acima de dez pavimentos encontra-se
presente apenas nos locais cuja implantação se dá paralelo
às vias com o maior fluxo do bairro. A verticalização que
se encontra entre 7 e 10 pavimentos é adjacente às áreas
de maior verticalização, buscando construir uma unidade
visual da paisagem. As áreas que comportam uma
verticalização entre 4 e 6 pavimentos instituem um eixo e
conexão visual entre as áreas menos verticalizadas e mais
verticalizadas, portanto ficando entre esses dois
parâmetros. Por fim, as áreas que admitem até 3
pavimentos mostram-se as mais distantes dessas vias de
maior fluxo e próximas aos limites oeste (próximas ao
parque linear) e norte (próximo a uma área menos central)
do bairro.
Até 3 pavimentos
4 a 6 pavimentos
7 a 10 pavimentos
10 a 20 pavimentos
READEQUAÇÃO DE
USO DO SOLO
Os usos do solo foram distribuídos a fim de garantir uma
melhor configuração nas vias de principal fluxo,
destacando a verticalização dialogando com o uso misto
construindo uma maior vitalidade urbana nesses
principais eixos, entendendo que essa ação potencializa a
segurança e a viabilidade econômica da operação. Optou-
se por dar preferência ao uso misto em detrimento dos
usos meramente comerciais ou de serviços pois entende-se
que o potencial de m² que os lotes fornecem podem ser
melhor utilizados e revertidos em melhorias na qualidade
urbana-ambiental caso aglutinados com a função
habitacional, mitigando possíveis processos de
gentrificação.
Uso misto
Habitacional
Institucional
Industrial
SÍNTESE
A proposição de largos boulevards com canteiros
centrais, a construção de novos eixos de fluxo de
circulação intra e extraconectivos, o diálogo com uma
nova dinâmica de áreas verdes e conexão com o
Parque Linear adjacente, uma maior vitalidade
urbana, a geração de mais empregos para a
comunidade, a melhoria de infraestrutura urbana e a
consolidação de um bairro com maior autonomia
econômica e com maior disposição de bens e serviços,
a fomentação de novos equipamentos urbanos e o
adensamento não hostil do bairro sintetizam o
desenho urbano proposto pelo montante de ações
trabalhadas. A partir disso, pretende-se possibilitar
um ecossistema urbano e qualidade de vida melhor
para a área.

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