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INTRODUÇÃO

Deriva da palavra latina vitulum, que significa "pequena mancha”. Vitiligo é um distúrbio


cutâneo caracterizado pela ausência, destruição ou inativação dos melanócitos, causando a
despigmentação da pele.  Atinge em média 1% da população mundial, sendo a idade do
surgimento das lesões bastante variáveis.5
O vitiligo se manifesta através de manchas esbranquiçadas, ocasionadas pela
despigmentação da pele, na qual ocorre a destruição dos melanócitos. Podem ser encontradas em
grande quantidade e tamanhos com limites bem definidos, em diversas áreas do corpo.1
Alguns fatores como o estresse, exposição solar intensa, traumas físicos e a exposição a
algumas substâncias são considerados desencadeantes, porém ainda não esclarecimentos.5
As causas e mecanismos envolvidos do vitiligo ainda não há um consenso, porém existem
várias teorias biomédicas que tentam explicar sua manifestação.4
Teoria genética: A teoria genética conta com a possível participação de múltiplos genes.
Quase 20% dos portadores de vitiligo tem um parente de primeiro grau com essa dermatose.6
Teoria autoimune: As teorias autoimunes são de maior destaque. São as destruições
dos melanócitos causadas pelo sistema imunológico. No vitiligo encontramos a presença de auto
anticorpos com especificidade e capacidade de destruição dos melanócitos.3
Teoria citotóxica: Os metabólitos que são liberados para a síntese e deterioração da
melanina, quando acionadas à cultura de melanócitos, podem ser tóxicos aos melanócitos.1
Teoria dos radicais livres: Associa-se a destruição dos melanócitos com a liberação em
excesso de radicais livres e níveis reduzidos de catalase durante o processo da formação ou de
degradação da melanina.1
Teoria neural: Sugere a toxicidade para os melanócitoscausadas pelos mediadores
químicos liberados em terminações nervosas. A teoria apoia-se nas observações das formas
segmentares da patologia e de sua associação com o estresse psíquico e dos distúrbios
neurológicos.1
Teoria convergente: Reúne as diversas teorias para tentar explicar a origem do vitiligo,
sendo assim interpretado como um sinal ou como partes de condições de origens diversas, tais
que apresentam em comum a destruição ou a inativação dos melanócitos.1
Na maioria dos casos, as manchas despigmentadas e sua distribuição são suficientes para o
diagnóstico, mas, de maneira geral, é clínico.7 
Para isto, utiliza-se uma lâmpada com emissão de ultravioleta A (UVA), chamada de Luz
de Wood.  As manchas de aspecto branco-nacarado são observadas na luz UVA e são nítidas
com uma coloração branco-azuladas.1, 5
O exame histopatológico é usado em casos que outra dermatose despigmentante pode estar
envolvida. Nesse exame é verificado uma ausência ou até a redução expressiva das
células melanócitos nas áreas comprometidas.1, 5
Ainda não se conhece uma cura para o vitiligo, sendo assim, o tratamento dependerá do
desenvolvimento da doença. Grande parte do tratamento é realizado com a repigmentação do
local afetado. O tratamento realizado com corticosteróides contém a intensão de impedir a ação
autoimune contra os melanócitos.1 A PUVA é um tratamento de fotoquimioterapia, peles de tons
mais escuros se adaptam melhor a esse tratamento e sua eficácia contendo 100% de
repigmentação é bem raro.2 A fototerapia UVB banda estreita é realizada através da exposição
UVB controlada, essa técnica procura substituir a fotoquimioterapia, sendo menos agressiva. 1 Os
imunomoduladores tópicos contêm maior eficácia em locais de mais dificuldade. 2 A laserterapia
consiste em resultados variáveis.1 O transplante autólogo corresponde a retirada de pele com
maiores concentrações de melanócitos e são empregadas em locais que estão lesionados pela
doença.1 A despigmentação é realizada em casos que obtém mais de 80% de comprometimento
do corpo.1

REFERENCIAS

1
SCHOR, Neston; ROTTA, Osmar. Guia de Dermatologia: clinica, cirúrgica e cosmiátrica. São
Paulo: Barueri, 2008.
2
BALLET, Jane S.; PROSE, Neil S. Vitiligo em Crianças: uma revisão de classificação,
hipóteses sobre patogênese e tratamento. Carolina do norte, 2005. Disponível
em:<www.scielo.br>. Acesso em: 11 julho 2021.
3
ANTELO, D. Pereira; FIGUEIRA, Lima; CUNHA, José Marcos
T.; Aspectos imunopatológicos do vitiligo. Faculdade de Medicina-UFRJ. Brasil.; 2014.
Disponível em: <www.researchgate.net>. Acesso em: 12 de julho; 2021.
4
HUANG, Carol L.; NORLUND, James J.; BOISSY, Raymond. Vitiligo: American Journal of
Clinical Dermatology. Springer Link, 2010. Disponível em: <www.link.springer.com>. Acesso
em: 12 julho 2021.
5
LAMAS, Marcia Costa. Avaliação da qualidade de vida de adultos com vitiligo. Santa Cruz
do Sul; UNISC, 2020. Disponível em: <www.repositorio.unisc.br>. Acesso em: 12 julho 2021.
6
NOGUEIRA, Lucas S.C.; ZANCANARO, Pedro C.Q.; AZAMBUJA, Roberto D. Vitiligo e
emoções. Dermatologia do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Brasília, 2008. Disponível
em: <www.scielo.br>. Acesso em 12 julho 2021.
7
LUZ, Lorena Lopes; SANTOS, Solivâne Lima dos; PARTATA, AnetteKelsei Partata.  Vitiligo
e seu tratamento.  Revista Científica do ITPAC, Araguaína; 2014. Disponível em:
<www.assets.unitpac.com.br>. Acesso em: 12 julho 2021. 
 
 
GABRIELA MAGGIONI E ISABELA MENEGUITTE

DOENÇAS DERMATOLOGICAS: VITILIGO

SINOP-MT
2021

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