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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA “PAULA SOUZA”

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE PIRACICABA DEP. “ROQUE TREVISAN”


TECNOLOGIA EM BIOCOMBUSTÍVEIS

EMILY MARIA DE LIMA FERRO


LÍVIA CORRÊA UCHIMURA
LEANDRO VIANA DOS SANTOS
MARCUS VINICIUS CAMILO LOURENÇO
JOÃO CAYO FEDATO

OLEO FUSEL

PIRACICABA – SP
JUNHO/2023
1. INTRODUÇÃO
2.
3.
O óleo fusel é uma mistura de vários álcoois superiores como o Isoamílico, o
Amílico, o n-Propílico, o Isobutílico, entre outros de concentrações
insignificantes. É produto da descarboxilação de cetoácidos provenientes de
aminoácidos durante fermentação alcoólica. sendo que etanol não faz parte
da composição.
A proporção média de óleo fúsel é estimada em 2,5 litros cada 1000 litros de
álcool, ele é o único subproduto da indústria sucroalcooleira não utilizado
com frequência na agricultura.
Óleo fúsel é a fração menos volátil obtida durante o processo de destilação
do álcool combustível. A produção de álcool em uma usina de porte médio
pode alcançar até 1,5 milhões de litros por dia. A proporção média de óleo
fúsel é estimada em 2,5 litros cada 1000 litros de álcool. Assim, torna-se
evidente que o volume de óleo fúsel produzido anualmente é considerável,
levando-se em conta que a produção de álcool na safra 1997/98 foi de 15,4
bilhões de litros6,7.Este trabalho tem como objetivo o estudo qualitativo e
quantitativo da composição química do óleo fúsel com vistas à fornecer
subsídios para a sua exploração industrial.
4. OBJETIVO
Esse trabalho tem como o propósito de conhecermos mais sobre o óleo fusel,
um subproduto que é formado da indústria sucroalcooleira, sua composição,
suas aplicações e como é produzido. Como pode ser utilizado para outras
aplicações e não ser um subproduto que não tenha apenas uma finalidade.
5. METODOLOGIA

Sempre que um açúcar contido em um substrato é fermentado em condições


satisfatórias a mistura conterá, além de etanol, quantidades consideráveis de
outras substâncias variadas que surgem do metabolismo celular. As principais
entre estas substâncias achadas no fermento são os álcoois pesados, sais
inorgânicos, ácidos, óleos essenciais, e gases como dióxido de carbono. O
fermentado também contém substâncias sólidas como células de fermento,
gomas de fermento, albuminóides, substancias de pectina, fosfatos orgânicos
complexos e glicogênico. (PATIL, 2002).
A composição do óleo fusel varia conforme as condições e materiais utilizados
na fermentação sendo descrito como um liquido oleoso de odor desagradável
contendo aproximadamente 60% em peso de álcoois e faixa de destilação entre
122 e 138 °C (WINDHOLZ, 1976).
No Brasil o óleo fusel é a fração menos volátil obtida durante o processo de
destilação de álcool combustível, destilarias antigamente costumavam destilar
em processo de batelada com cortes intermediários e temperaturas entre 105 e
135°C, as usinas atuais são projetadas para ser mais eficiente na separação do
óleo fusel. Em unidades continuas o óleo fusel e alimentada na seção de
retificação, e no topo contendo etanol, e pelo fundo da coluna retira-se a agua,
sua volatidade torna-se menor que a do etanol.
Sua formação ocorre por uma via biossintética, nesses processos ocorre a
síntese de compostos orgânicos em organismos vivos. A via de Ehrlich é a
responsável em converter aminoácidos em álcoois superiores e possui três
etapas principais: a transaminação dos aminoácidos em alfa-cetoácidos usando
enzimas, a descarboxilação dos alfa-cetoácidos em aldeídos fusel usando
enzimas e a oxidação ou redução dos aldeídos fusel em ácidos fusel ou álcoois
fusel, respectivamente. A diferença entre eles é o grupo funcional no carbono
terminal: os ácidos fusel têm -COOH e os álcoois fusel têm -OH. Os ácidos fusel
são mais polares e menos voláteis do que os álcoois fusel. Os álcoois fusel
contribuem para o aroma de bebidas fermentadas, mas podem ser indesejáveis
em excesso. Exemplos de ácidos fusel são o ácido isobutírico, o ácido
isovalérico e o ácido isocapróico. Exemplos de álcoois fusel são o isoamílico,
isobutanol, o isopentanol e o fenetílico. A via de Ehrlich é mais comum em
leveduras do gênero Saccharomyces cerevisiae, mas também foi encontrada em
algumas leveduras não Saccharomyces.
6. UTILIZAÇÃO

O óleo fúsel possui diversas utilizações industriais, dentre elas: reagentes em


sínteses orgânicas, indústria de plástico e perfumaria (ésteres), carburante
junto ao etanol e diesel. Apesar destas utilidades, o setor sucroenergético
busca minimizar sua produção, pois nem sempre possui preço favorável.
7. APLICAÇÕES

o Álcool isoamílico: é o principal componente do óleo fúsel e é usado


como fixador para perfumes, como solvente para lacas e como
reagente para sínteses orgânicas, como a produção de acetato de
isoamila;

o Álcool isobutílico: é outro componente do óleo fúsel e é usado como


solvente para lacas, como reagente para sínteses orgânicas, como a
produção de acetato de isobutila;

o Álcool fenetílico: é um componente minoritário do óleo fúsel e é usado


como aromatizante para cosméticos e alimentos;

o Óleo fúsel bruto: é testado como herbicida para erradicação química


da cana-de-açúcar, pois tem efeito dessecante sobre as plantas.
8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

PÉREZ, E. R.; CARDOSO, D. R.; FRANCO, D. W. Análise dos álcoois,


ésteres e compostos carbonílicos em amostras de óleo fúsel. Química Nova,
v. 24, n. 1, p. 10–12, jan. 2001. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0100-
40422001000100003
FOREZI, Luana S. M. Aqui Tem Química: parte IV. Terpenos na Perfumaria.
14. ed. Rio de Janeiro: Revista virtual de química, 2022. 1005-1024 p. v. 6.
Disponível em: http://dx.doi.org/10.21577/1984-6835.20220055
GARCIA, V. Subproduto de destilaria de óleo fúsel: caracterização da
composição química e estudo de sua aplicação industrial. São Caetano do
sul, 2008. Disponível em: https://maua.br/files/dissertacoes/subproduto-de-
destilaria-de-oleo-fusel.pdf
PIZZO, I. V. et al. Seletividade e eficácia de controle de plantas daninhas pela
associação entre óleo fúsel e herbicidas em cana-de-açúcar. Planta Daninha,
v. 28, n. 2, p. 347–357, abr. 2010. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0100-83582010000200014
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ésteres e compostos carbonílicos em amostras de óleo fúsel. Química Nova,
v. 24, n. 1, p. 10–12, jan. 2001. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0100-
40422001000100003
GUTIERREZ, L. E. Efeito da adição de sulfito sobre a produção de alcoóis
superiores durante a fermentação alcoólica. Anais da Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz, v. 45, p. 359–368, 1988. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0071-12761988000100022

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