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Na minissérie documental “Guerras do Brasil.

doc”, reproduzida na plataforma Netflix,


evidencia a chegada foçada de aproximadamente 12 milhões de negros em território
brasileiro, no intuito, de serem escravos dos portugueses. De maneira comparável, percebe-se
que tal atitude ainda se faz presente na contemporaneidade, quando de pensa sobre o
trabalho análogo à escravidão. Nesse sentido, é necessário entender tal problemática sob a
perspectiva da reparação histórica e, também, sobre a negligência governamental.

Diante desse cenário, pode-se destacar a reparação histórica presente nos dias atuais, no
panorama dos maus-tratos no ambiente de trabalho. Conforme, o escritor naturalista -Aluísio
Azevedo- na obra “O Cortiço”, o personagem João Romão quer enriquecer em cima da
exploração de seus subordinados, como por exemplo, da antiga escrava Bertoleza.
Analogamente, situações como essa descrita ocorrem diariamente na sociedade
contemporânea, a exemplo disso, o jornal “Metrópoles” divulgou o caso de uma mulher que
conseguiu ser resgatada após 34 anos de trabalho análogo à escravidão. Mediante a tal
situação, nota-se a necessidade de enraizar na sociedade brasileira o conceito da reparação
histórica, com o intuito, de tentar corrigir a injustiça cometida nos séculos passados, faz com
que seus descendentes consigam viver na sociedade sem que aja discriminação até mesmo
no ambiente de trabalho.

Outrossim, é perceptível a negligência estamental nos casos do trabalho análogo à escravidão.


Como relata, o escritor e jornalista Gilberto Dimenstein em “Cidadão de Papel”, a legislação
brasileira é garantida somente na constituição deixando de proporcionar à população seus
direitos por completo. Desse modo, o direito à liberdade diante das condições de trabalho
análogo à escravidão só se aplica na ficção aumentando, dessa maneira, a desigualdade
perante a população mais vulnerável. Em virtude da situação apresentada, o G1 relatou que
em 2022 foram em média 2 mil pessoas resgatadas no meio rural, o maior número dos últimos
10 anos. De tal forma, é evidente como o Estado não se posicionou de maneira adequada para
que se assegurasse os direitos de toda a população do país. Por conseguinte, é necessário que
o governo tome as devidas providências.

Visando, portanto, mitigar os entraves à resolução da problemática, algumas medidas são


necessárias. Nesse sentido, cabe a Casa Civil -órgão responsável por ajudar o governo a
gerenciar e integrar todas as suas funções- impor ao STF a aplicação adequada da Constituição,
da qual promove o bem de toda a sociedade sem diferenciação de raça. Por meio do
Ministério do Trabalho, fiscalizar os empregadores e dar apoio aos trabalhadores. Assim, com
o intuito de tentar combater os maus-tratos no ambiente de trabalho, afinal, ninguém deve
trabalhar do mesmo modo que a personagem Bertoleza trabalhava.

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