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Gilberto Freyre, em seu livro “Casa Grande e Senzala”, considerou a miscigenação brasileira

como harmônica. Nesse viés, é perceptível entender que essa compreensão errônea mascara
os estupros historicamente acometidos no país, contra mulheres negras ou indígenas
fundamentados na satisfação do colonizador branco. Dessarte, a existência ainda atual, no
Brasil, de um tráfico de pessoas marginalizadas, principalmente com finalidades de
prostituição, expressa a não superação desse tipo de violência sexual, a qual precisa de meios a
ser combatida.

A vulnerabilidade socioeconômica e o desemprego são fatores responsáveis por motivar os


seres a aceitarem propostas as quais mais tarde relevam-se como formas de exploração dos
seus corpos. Nesse sentido, o filme “Anjos do Sol” abordou essa temática ao descrever a
história da protagonista Maria, de 12 anos, concedida, pela sua pobre família, a um conhecido,
ao receber uma oportunidade de ter uma vida melhor, mas na verdade ela seria e explorada
sexualmente. Assim como no filme, essa é a realidade de diversas mulheres e adolescentes
sem qualquer amparo social nesse país, influenciadas por aliciadores a aceitarem esses
trabalhos, na promessa de obterem uma melhoria em suas condições de miséria. Portanto, é
fulcral a primordialidade do Estado de fornecer educação e emprego a essas meninas a fim de
que não se tornem vulneráveis a tais propostas enganosas.

Ademais, outros aspectos perpetuadores desse problema é a falta de fiscalização e de uma


efetiva punição das quadrilhas responsáveis por movimentar o lucrativo mercado do tráfico
sexual de pessoas. Tal temática foi refletida pelo filosofo contratualista Thomas Hobbes quando
ele defendeu a necessidade do poder público de limitar as ações danosas dos indivíduos uns
com os outros, já que, “o homem é o lobo do próprio homem”. Dessa forma, apesar da
prostituição em si não ser um crime, ela torna-se quando ocorre de forma forçada, e a polícia
federal é ausente, de acordo com a teoria hobbesiana, ao não realizar uma fiscalização dessas
“casas de prazer” que permita resgatar os indivíduos os quais estão ali sob ameaças e pressão.
Por isso, é urgente a efetivação do papel fiscalizador e punitivo dos setores de poder social.

Dessa maneira, atenuar a miséria das massas e fiscalizar os prostíbulos são meios para
combater o trafico humano. Logo, o Estado, por meio do Ministério da Fazenda, necessita
enviar verbas as regiões precárias, a fim de serem usadas na construção de empresas estatais e
escolas que empreguem e eduquem mulheres em situações precárias e , com isso, fazê-las não
precisar aceitar propostas duvidosas. Outrossim, a Polícia Federal necessita fiscalizar as casas
de prostituição criminosas com o intuito de punir os responsáveis. Mediante tais ações, o ciclo
histórico da violência sexual do país será quebrado.

rea pelo desespero e pela perspectiva de uma melhoria de suas situações de mis

explorada sexualmente quando seus país achavam que


de suas situações de miséria

acometidas no país, fundamentadas na satisfação sexual do colonizador branco.

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