Você está na página 1de 1

O Artigo 216 do Código Penal define o assédio como uma forma de intimidar alguma

pessoa com o objetivo de favorecimento sexual, predominando-se o agente de


superioridade hierárquica. Nesse sentido, é possível perceber que tal conceito é aplicado
constantemente, em que a mulher na maioria das vezes é refém de tal criminalidade, no
qual o desrespeito às leis e o viés ideológico contribui de maneira preocupante.

Em primeiro lugar, vale destacar o descumprimento às normas relacionadas ao assédio


sexual contra a mulher que é bastante frequente no nosso cotidiano. A esse respeito, a
série ´´Sex Education´´ retrata um cenário similar, no qual a personagem Aimée é assediada
sexualmente no ônibus, e então ela tentou buscar por ajuda, mas infelizmente, foi ignorado
por todos que estavam ali. Por essa ética, observa-se um quadro semelhante nos tempos
atuais, onde tais vítimas são ocultadas pela sociedade, e com isso muitos casos são
escondidos ou até mesmo esquecidos, desconsiderando-se totalmente o valor da lei de
combate (Lei 14457/22). Sendo assim, enquanto essas pessoas continuarem sendo
menosprezadas e caladas, esse cenário se ampliará cada vez mais.

Ademais, alguns pensamentos antigos continuam colaborando para o contínuo assédio


contra as mulheres. Nesse viés, a série ´´O Conto da Aia´´ é uma adaptação literária da
República de Gilead em território estadunidense, um governo extremista que via as cidadãs
como máquinas de procriação, sendo assediadas e estrupadas constantemente sem
poderem se manifestar. Dessa forma, tal produção artística está ligada a realidade das
pessoas do sexo feminino no Brasil, em que certo pensamento faz com que muitas vítimas
acreditem que suas condições as determinam pela submissão do homem, reforçando o
machismo que também é bastante frequente na sociedade brasileira. Por conseguinte, é
necessário que medidas sejam tomadas para que essas ideologias sejam combatidas.

Portanto, observa-se que a questão do assédio sexual contra as mulheres no Brasil deve
ser resolvida. Para isso, é necessário que o Poder Legislativo – responsável pela criação e
reformulação das leis – analise de forma priorizada tal situação, fiscalizando de forma mais
rígida os indivíduos que infringem essas normas, com o objetivo de valorizar mais a
Constituição Brasileira e fazer com que não sejam defraudadas. Ademais, o Estado deverá
promover discussões a respeito do tema, por meio de palestras nas redes educacionais,
para que assim haja a conscientização desse público que futuramente irá combater tais
ideologias machistas. Com efeito, espera-se que mulheres, como Aimée, não sejam mais
reféns do assédio.

Você também pode gostar