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Special Report

Abordagem

Caro(a) aluno(a),

Neste material você encontra a leitura complementar


dos assuntos que estamos estudando no curso.
Escolhi as melhores matérias e artigos já publicados
pela Editora Quantum nos últimos anos, para que você
tenha ainda mais suporte sobre o conteúdo do módulo
Abordagem.

Leia atentamente o material de apoio e complemente


seu curso.

Boa leitura!
Raúl Candeloro
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CONSTRUINDO A ABORDAGEM
VENDEDORA
Por Gregório Ventura

“Motivar alguém é conectá-lo com algo


dentro dele que o impelirá a agir”.
Maxwell e Dornann

As pessoas entram em ação para obter ganhos O que as pessoas gostam de maximizar?
e benefícios ou por que não querem perder.
Elas são motivadas por prazer ou dor. Assim Ganhos, resultados, oportunidades, dinheiro,
são os consumidores. Para tomar uma decisão benefícios, satisfação, alegrias, divertimentos,
de compra, eles são movidos por ganhos ou enfim, tudo o que proporciona realização de
perdas, mas podem se autossabotar. O aten- necessidades e desejos. Faça-as imaginar e
dimento de um vendedor pode reforçar o perceber os reais ganhos. Quando possível,
ganho ou definir a sabotagem do processo de deixe-as tocar, experimentar e até sentir o
compra. Compreender os motivadores inter- produto ou serviço. Acrescente valor ao que
nos do consumidor e fazer o casamento com vende. Quando percebem retorno, elas com-
uma abordagem vendedora é essencial para pram.
aumentar a efetividade das vendas, porque
conecta a pessoa com algo dentro dela que O que as pessoas gostam de minimizar?
realmente define sua decisão de compra.
Perdas, insatisfações, problemas, vulnerabili-
Palavras vendedoras tornam os indivíduos dades, estresse, entre outros. Elas querem evitar
mais atentos. O ouvido do cliente escuta, o e/ou eliminar sofrimento e prejuízos financei-
olhar brilha mais intenso, sua atenção au- ros, emocionais e psicológicos. Quando uma
menta e ele se lembra da própria necessidade. compra pode proporcionar minimização das
O cliente oferece mais importância ao diálo- perdas, isso é um motivador de compra.
go, e você demonstra que internamente as-
similou e entendeu algum aspecto específico Para utilizar a abordagem vendedora, é pre-
do cliente. As pessoas prestam atenção quan- ciso, por meio de questionamentos e expres-
do percebem a oportunidade de maximizar sões do cliente, entender com clareza o que
ou de minimizar. lhe causa prazer ou dor. O valor da sondagem

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e da pergunta inteligente em vendas está nesse processo, com o poder da escuta das expres-
sões dos clientes.

No quadro abaixo, treine as perdas e os ganhos que o consumidor terá ao comprar o que você
vende e, em seguida, escolha palavras e expressões vendedoras para cada perda ou ganho que
for identificado:

O que as pessoas PERDEM por não Quais são os GANHOS que as


comprar o que você vende? pessoas podem ter ao comprar seus
produtos e/ou serviços?

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Construindo a abordagem vendedora:

Motivador – Perda ou ganho Palavra – Expressão vendedora

“É melhor estar preparado para uma oportunidade e não ter nenhuma


do que ter uma oportunidade e não estar preparado”
Whitney Young Jr.

Em um mercado de imensas possibilidades de compra, os profissionais de vendas mais prepa-


rados para disparar o gatilho interno dos consumidores serão mais efetivos, porque agem
maximizando o valor dos ganhos do que vendem, apontam como seus produtos/serviços, eli-
minam ou minimizam perdas e, sobretudo, produzem segurança para o consumidor realizar
sua compra, sem sabotar a realização de seu sonho, desejo ou necessidade.

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ABORDAGEM INADEQUADA
É MOTIVO DE POUCAS VENDAS
Por Paulo Roberto Ferreira

Existem vendedores que ainda insistem em do não está preparado para comprar. Logo, ele
oferecer produtos ou serviços quando deveriam não estará preparado para dizer sim, até perce-
primeiro obter conhecimento das necessidades ber que terá as soluções que precisa ou deseja.
do possível cliente. Inconscientemente, muitos Esse fato ocorre, geralmente, quando a aborda-
vendedores acreditam que o cliente compra gem do vendedor é dirigida com foco no pro-
porque existe uma promoção especial ou uma duto, ou seja, o vendedor tem o pensamento
vantagem de preço. Quando entrevistam diga- voltado só para o produto. Vale lembrar que ele
mos – 30 clientes com esse tipo de abordagem, (o produto/serviço) faz parte da zona de domí-
existe uma probabilidade de que um ou dois nio do vendedor; que só pensa neles o ano in-
comprem, não porque o preço está em promo- teiro, 24 horas por dia. Por isso, é comum ouvir
ção, mas porque precisavam dos produtos. Se dos vendedores: “Eu vou vender isto”, “O clien-
abordassem corretamente venderiam, no mí- te precisa deste produto”, ou seja, o referencial
nimo, para seis ou oito pessoas usando ou não para o início da abordagem de vendas, da maio-
a vantagem do preço. ria dos vendedores, é o produto. Acontece que
o produto, normalmente, não faz parte do
Se você costuma vender usando abordagem pensamento do cliente, que gasta grande parte
inadequada, é muito provável que não esteja de seu tempo pensando nas coisas que estão
concordando com as afirmações que fiz. Caso relacionadas a sua vida pessoal e profissional.
esteja nessa situação, peço então para refletir O produto/serviço que você vende, necessaria-
sobre a afirmação: “O preço não é a coisa mais mente, não é uma destas coisas.
importante em uma decisão de compra, embo-
ra durante toda a entrevista nos pareça ser”. Para ser um profissional de vendas bem-suce-
dido, você precisa entender como pensa o seu
Depois de muitas entrevistas mal-sucedidas, cliente e se interessar pelos assuntos dele antes
do ponto de vista do vendedor, fica nítido que de tentar vender. Entenda o que ele quer ou
os clientes nunca querem facilitar as coisas, precisa e depois você vende. Quando você co-
pelo contrário, o cliente cria dificuldades quan- meça uma entrevista de vendas oferecendo o

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produto ou serviço, imagina, equivocadamen- 1º Dialogar falando menos e perguntando mui-


te, que a pessoa enquanto ouve a apresentação to mais.
do produto vai se preparando para dizer sim.
Pensando estar agindo de maneira certa você 2º Preparar-se para ouvir melhor o o cliente,
frequentemente deve se surpreender quando a concentrando-se no que ele lhe diz.
pessoa age com indiferença, desinteresse e diz
‘não’ assim que você para de falar. Na realida- 3º Fazer a apresentação com base nas informa-
de no início da entrevista, a pessoa fica pen- ções que captou do cliente. Isso significa
sando em como vai dizer não para você. Ela personalizar a apresentação de vendas.
simplesmente não consegue encontrar um
motivo ou uma boa razão apenas ouvindo É fácil, mas não é simples. Exige uma adequa-
você fazer uma apresentação de produto. ção na maneira de pensar e de falar com as
pessoas. Se você estudar mais à fundo o que
Você precisa mostrar para as pessoas como o significa usar técnicas de vendas, perceberá
produto ou serviço, com ou sem promoção, porque algumas pessoas conseguem dar exce-
entrará na vida delas e a serviço delas. Quando lentes motivos e razões para pessoas e empre-
fizer isso você dará razões para comprarem; sas comprarem. Na realidade, a nossa função
não pelo preço, mas pelo benefício que terá com de vendedores é ajudar as pessoas a encontra-
a compra do produto ou serviço. Os vendedores rem razões ou motivos, que possam servir de
que utilizam uma abordagem condizente com justificativa para elas mesmas ou para dar a
a realidade do mundo atual, sabem que se o outros, para justificar a compra de um produ-
cliente não os procurou é porque ele ainda não to ou serviço.
sentiu a necessidade de comprar. Os principais
desafios para o vendedor desenvolver uma
abordagem persuasiva e eficiente são:

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COMO ATRAIR CLIENTES PELA


ABORDAGEM
Por Antonio Braga

Em uma relação de venda, a abordagem é Para que o primeiro passo rumo ao sucesso
fundamental, pois tem o poder de atrair ou da venda seja dado com firmeza, relaciono a
afugentar o cliente. Mesmo conscientes dis- seguir algumas dicas para uma abordagem
so, muitos lojistas e vendedores continuam eficaz. Coloque-as em prática e colha ótimos
cometendo falhas elementares. Perdem ven- resultados.
das e clientes em um mercado de muita com-
petição por fazerem uso de abordagens des- Aproximação
gastadas e mal-feitas ou pela ausência delas. Quando o cliente entrar na loja, aproxime-se
Quando, na realidade, para se diferenciar com naturalidade, mas sempre demonstran-
nessa concorrência acirrada que muitos cha- do disposição e entusiasmo. Evite a postura
mam de desleal, esforços não devem ser me- de quem está carregando o mundo nas costas,
didos para conquistar e manter os clientes, com expressão de cansaço ou doença. Des-
pois só assim tanto as vendas como a pere- grude o ombro da parede e os pés do chão.
nidade das empresas serão asseguradas. E Não aja reativamente, esperando que o clien-
uma boa abordagem é o primeiro passo para te vá ao seu encontro. Seja mais que ativo,
a concretização desse objetivo. com ações antecipadas para surpreender o
cliente. A proatividade, por ser facultativa, é
Fazer uma abordagem positiva não é coisa de o diferencial entre as pessoas.
outro mundo, como muitos profissionais ima-
ginam. Não é necessário fugir dos padrões Saudação
normais de comportamento. É agir com na- Cumprimente o cliente com uma gostosa e
turalidade, como fazemos na vida particular entusiasmada saudação, acompanhada de um
quando recebemos uma visita em nossa casa. sorriso natural e alegre, demonstrando satis-
A representação demonstra facilmente ao fação pela sua chegada. Risque definitiva-
cliente que estamos agindo com artificialismo, mente do seu vocabulário as desgastadas e
apenas cumprindo uma obrigação profissional. corriqueiras perguntas do tipo: “Deseja algu-
O pior ainda é a ausência de abordagem, bas- ma coisa?” e “Posso ajudá-lo?” As respostas
tante comum no dia a dia das lojas. a essas perguntas você já sabe e dispensam

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comentários. Após a saudação, de acordo com pior que trocar o nome das pessoas. Eu mes-
a receptividade, quebre o gelo com algum mo já deixei um médico falando sozinho no
comentário criativo, antes de entrar na ven- consultório porque ele sempre trocava Braga
da propriamente dita. Evite, também, já ir por Bezerra. O que pensar de um profissional
estendendo a mão para o cliente, para não como esse?
ficar como uma estátua e passar por situações
constrangedoras. Comunicação
Use de uma comunicação profissional, clara
Distanciamento e objetiva, tendo como imperativo a capaci-
Mantenha-se a uma distância razoável e dade de ouvir. É de fundamental importância
confortável do cliente, cerca de um metro. o olho no olho para transmitir confiança.
Distâncias menores significam invasão do Evite uma comunicação com excesso de for-
espaço imaginário que nós, seres humanos, malidades. E gírias e tratamentos íntimos
criamos para nos proteger de estranhos. As contribuem para empurrar o cliente para
distâncias mais estreitas são dedicadas apenas fora da loja, além do vendedor, em muitos
às pessoas de nossa intimidade, como fami- casos, ouvir o que não gostaria.
liares e amigos próximos. O pior ainda é
quando o vendedor, além de se aproximar Aparência
bastante, ainda fica cutucando o cliente como Na abordagem, a aparência conta muito. Por-
um verdadeiro pica-pau. Isso é triste! tanto, é preciso ter o máximo de cuidado com
o visual. Não só com a vestimenta, mas tam-
Posicionamento bém no aspecto corporal e higiênico. De na-
Em complemento a distância, a maneira co- da adianta uma boa roupa em um corpo
mo o vendedor se posiciona perante o clien- mal-cuidado. Espanta clientes. O importante
te é muito importante. Frente à frente trans- é a combinação dos dois, e o traje usado deve
mite uma ideia de confronto. Portanto, deve estar de acordo com o ambiente de trabalho.
ser evitada. Atrás do cliente, feito uma ver- Uma boa dose de bom senso ajuda muito na
dadeira sombra, nem pensar. O mais agradá- formação desse conjunto.
vel é ficar de frente, mas em uma posição
ligeiramente inclinada em relação ao cliente, Sempre digo que uma boa abordagem é meio
em torno de 45º e sempre respeitando a dis- caminho para a realização de uma venda.
tância mínima. Mas, em contrapartida, uma abordagem ne-
gativa ou a falta dela é escancarar a porta
Cliente pelo nome para a saída do cliente, antes mesmo dele
Não pergunte imediatamente o nome do entrar na loja. Se de cada dez abordagens que
cliente, pois muitas vezes as pessoas prefe- o vendedor fizer, não tiver sucesso em pelo
rem permanecer no anonimato até sentirem menos sete, é porque não está agindo ade-
confiança no profissional. Se a receptivida- quadamente ou então está na profissão erra-
de ao seu quebra-gelo for boa, diga o seu da. Portanto, para ter sucesso em vendas, o
nome e espere que ele diga o dele. Se não primeiro passo deve ser bem dado. Quem faz
disser, não insista. Agora, se o cliente disser isso com eficiência está preparado para os
o nome dele, grave-o, pois não existe nada demais passos e já é um vendedor profissional.

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PRETENDENDO MELHORAR A SUA


ABORDAGEM DE VENDAS?
Por André José da Silva

Conquistar a confiança do cliente é uma 4. Valorizar as colocações do cliente é um


prioridade que todo vendedor deveria ter ao grande diferencial – Mostre respeito, admi-
visitar os seus clientes. Seguem abaixo 7 di- ração, aceitação e valorização nas suas colo-
cas para o vendedor conquistar a atenção do cações. Isso deixa o cliente à vontade e cria
cliente através de uma abordagem vencedora uma maior disposição para ele receber as
em vendas: suas futuras sugestões.

1. Prepare-se mentalmente para conversar 5. Demonstre empatia sendo flexível e aten-


com o cliente – Crie um cenário de sucesso cioso – Coloque-se no lugar do cliente, de-
mental buscando aceitação, flexibilidade, monstre flexibilidade, compreenda as suas
empatia e construção de um relacionamento razões e mostre os pontos em que você con-
sólido e duradouro com o cliente. corda com o cliente, deixando-o ainda mais
seguro.
2. Apresente-se com alegria e entusiasmo
– Os clientes gostam de fazer negócios com 6. O grande problema do julgamento precipi-
vendedores de sucesso, e não com profissio- tado – Evite tirar impressões no primeiro con-
nais desmotivados. Então: sorria, crie sinergia tato com o cliente e saiba que ele pode lhe sur-
e procure ter uma excelente comunicação preender a qualquer momento. Portanto, esteja
com o cliente. com a mente aberta e atento para ouvir e iden-
tificar como e em que você pode contribuir.
3. Evite falar de você e conheça melhor o
seu cliente – Lembre-se: procure falar mais 7. Cuide do marketing pessoal e conquiste a
dos interesses do cliente, conheça suas pre- confiança do cliente – Vendedores de autoesti-
ferências, maneira de agir, forma de negociar ma elevada cuidam da sua imagem, aparên-
e só depois comece a falar da sua empresa cia, visual e mostram para seus clientes que
e produto. Temos duas orelhas e uma boca. gostam do que fazem, deixando uma ótima
Quem ganhou? impressão no primeiro contato. Não é a pri-
meira impressão que fica? Errado. São todas
as impressões em todos os contatos existentes
com seus clientes que ficam.

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TÉCNICAS
DE ABORDAGEM
Por Fernanda Avanzi

O dia só está começando e você já é surpre- lemarketing (ABT). O objetivo é a autorregu-


endido por uma ligação para oferecer uma lamentação do setor para aprimorar o aten-
ótima oportunidade de compra. Posso apostar dimento aos clientes e aos consumidores, em
que você já teve vontade ou já reagiu de for- conformidade com a legislação vigente e o
ma grosseira e sem paciência em situações Código de Defesa do Consumidor. Você pode
como essa! ter acesso a esse código nos sites das entida-
des citadas acima.
Mas antes que você crie resistência ao tele-
marketing ativo, é importante entender que 2. Identifique o cliente-alvo previamente –
essa atividade tem sido fundamental para o Não pratique ligações para números telefôni-
crescimento da economia do País, gerando cos aleatórios ou sequenciais. As chamadas
60 mil novos empregos por ano. Porém, mes- devem ser direcionadas aos prospects dos seus
mo com números tão animadores, ainda produtos e serviços.
existem empresas sem o devido profissiona-
lismo e responsabilidade que o setor exige. 3. Saiba abordar o cliente – Sempre que o
As organizações que se preocupam em de- operador ligar, deve identificar-se, dizendo o
senvolver um trabalho de qualidade devem seu nome e a empresa que representa e dizer
adotar as seguintes ações: qual é o objetivo da ligação.

1. Conheça o Código de Ética do Programa 4. Tome cuidado com os scripts – É comum


de Autorregulamentação do Setor de Rela- o cliente ficar incomodado com uma aborda-
cionamento com Clientes e Consumidores gem robotizada, na qual ele percebe que o
– Esse código foi desenvolvido por iniciativa roteiro da ligação foi decorado pelo operador.
de três entidades, a Associação Brasileira de Os scripts funcionam, desde que utilizados
Marketing Direto (ABEMD), a Associação como uma ferramenta de orientação para
Brasileira das Relações Empresa/Cliente informar, explorar necessidades e oferecer
(ABRAREC) e a Associação Brasileira de Te- benefícios. Ele deve ser interpretado pelo

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operador com naturalidade, espontaneidade 6. Respeite os horários para os contatos


e com vida nas palavras contidas na mensa- ativos – As ligações deverão ser feitas de se-
gem transmitida. gunda a sexta-feira das 9h às 21h e, aos sá-
bados, das 10h às 16h. Não são admitidas
5. Respeite a privacidade do cliente – É con- ligações em feriados e aos domingos.
siderada uma boa prática o “marketing da
permissão”, ou seja, perguntar para o cliente Procure, investigue, faça parcerias com pro-
se ele pode atender naquele momento. Caso fissionais especializados e entidades relacio-
ele manifeste desinteresse em prosseguir com nadas à área. Lembre-se: o sucesso não é uma
o contato, sua vontade deve ser respeitada. questão de oportunidade, mas sim de escolha.
Portanto, se você já fez a sua, mãos à obra,
pois é preciso buscar incessantemente as
melhores práticas no mercado!

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ABORDAGEM E AQUECIMENTO
Por Valter Gobbo

Normalmente, ao enfrentar uma situação no- tímida tende a se comportar de maneira retra-
va, ou que contenha novidades, as pessoas ída, não se expondo, pois acha que poderá ser
envolvidas colocam-se numa posição de pro- julgada como inadequada ou não tendo boas
teção ou de defesa. Motivo: frente ao novo ou habilidades de interação social. Tende a se sub-
desconhecido procuramos nos proteger contra jugar inferior em suas relações. É fácil imaginar
possíveis ameaças. Isso é perfeitamente nor- os receios que tem ao interagir com pessoas
mal, e até saudável. O problema é quando a num primeiro contato. Seu comportamento
posição defensiva tende a permanecer ao lon- tenderá a ser discreto, muito mais de reação,
go do tempo. Isto torna o contato ou a abor- pouco se arriscando em tomar iniciativas.
dagem do outro muito difícil.
Devemos estar atentos, também, para o fato
As ameaças, independentemente da sua fonte, de que tanto “eu” como o “outro” podemos e
geram um processo psicológico de autoprote- star nos defendendo, ou somente um de nós.
ção denominado defesa. Quanto maior a ame- Funcionar na defesa torna o processo de inte-
aça, maior será o grau de defesa, o que provo- ração muito mais desgastante ou difícil. Po-
cará um distanciamento psicológico em rela- demos imaginar, por exemplo, a dificuldade
ção ao seu interlocutor. Esse distanciamento que um vendedor terá para abordar um clien-
poderá ser percebido fisicamente pela distân- te e tratar de um negócio se for alto o grau de
cia espacial entre as duas pessoas que conver- defesa presente no contato.
sam, ou pela forma de comunicação empre-
gada, como um tom de voz mais alto, por Como elemento muito comum para a geração
exemplo, para manter a distância. Nessa hora, da defesa podemos indicar a insegurança. A
a mensagem subliminar que se transmite é verdade é que, quanto mais eu confiar no outro,
“não se aproxime”. menor será o meu grau de defesa, e vice-versa.

O mais interessante é que uma pessoa enten- Desta forma, num contato com outra pessoa,
derá uma situação como ameaça de acordo com devemos atuar para diminuir a sua possível
a sua verdade interna, resultado da forma como insegurança em relação a nós. A meta é tra-
ela percebe a realidade, mesmo que a realidade balhar para gerar confiança na relação. Quan-
seja completamente diferente. Ex.: Uma pessoa to maior for a confiança, menor serão as in-

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certezas psicológicas. Quanto mais o outro plo: conversar sobre algo comum entre as
confiar em mim, mais condições haverá para partes, falar sobre algo que é de interesse do
se tentar uma abordagem de transferência de outro. O princípio é não ameaçar, é mostrar-
ideias, argumentos ou produtos e serviços. -se igual ao outro. Deve-se tomar cuidado
com a aparência, com o vestuário e a própria
Abordar adequadamente um cliente significa linguagem, que não deve agredir ou distan-
criar um clima que gere confiança ou, pelo ciar. Devemos ficar o mais parecido possível
menos, de não criar variáveis que gerem a com o interlocutor.
indisposição e a ameaça para o cliente (Exem-
plo: fazer comentários negativos ou deprecia- O aquecimento psicológico pode abordar temas
tivos sobre fatos que envolvam direta ou indi- como: uma manchete especial do jornal do
retamente o seu cliente). dia, as condições climáticas, o time de futebol
que temos em comum, um objeto (roupa, re-
Como lidar então com a defesa? lógio, brinco) que o outro esteja usando, a
beleza do colar, etc. Isso ajuda a criar um cli-
Uma técnica que auxilia o processo de apro- ma inicial agradável. Mas é só. Normalmente,
ximação é a do aquecimento. Esse recurso após esse tipo de aquecimento, ouvimos frases
permite colocar as partes numa mesma sin- do tipo: Bom, então eu vim aqui para...; Bom,
tonia e velocidade de interação, funcionando vamos ao que interessa...; ok, tá bom, então
como iguais. Quanto mais eu me parecer com vamos conversar... Isso indica que esta forma
o outro, menos ameaças tenderei a provocar. de praticar o aquecimento psicológico não é a
O princípio é que as pessoas tendem a não ver mais produtiva.
ameaças naquilo que lhes é comum. Exemplo:
gostar das mesmas coisas, ter opiniões próxi- O melhor aquecimento psicológico é aquele
mas, conhecer pessoas em comum, ter passa- que reúne ou traz para a conversa inicial ele-
do por experiências parecidas, estar vivendo mentos do motivo principal do contato. Ou
uma mesma situação, etc. seja: devemos procurar fazer um aquecimen-
to que tenha relação com o que será conver-
Desta forma, devemos começar a conversa sado entre as partes. Exemplo: se estou fazen-
falando de situações comuns vividas no pas- do uma visita para um cliente, poderei per-
sado, pelas quais estamos passando neste guntar sobre como vai a empresa, os negócios,
momento, ou que intencionamos ter no futu- ou fazer um comentário sobre o ramo de
ro. O que nos une? No que parecemos iguais? atuação do cliente. Essa forma de fazer o aque-
Este é o caminho. cimento gera dois benefícios ao mesmo tempo:
cria um clima favorável ao contato e dá início
Utiliza-se como meio de aquecimento os ele- à obtenção de informações sobre o cliente, o
mentos de ordem social da interação. Exem- que facilitará a abordagem.

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Como a meta é criar um clima favorável ao Não devem ser utilizados temas polêmicos
contato, qualquer comentário sobre o outro, para o aquecimento, como por exemplo religião
sobre sua empresa, ou sobre qualquer objeto e política. Isso poderá mostrar opiniões dife-
ou pessoa que tenha relação com ele deve, a rentes que em nada ajudarão para a aproxi-
princípio, ser favorável. Deve-se evitar comen- mação das partes.
tários negativos que venham a desvalorizar o
outro. Muitos negócios já foram perdidos por, O aquecimento sempre é o momento de elogiar
sem querer, apontar um defeito nas “coisas” o outro lado, mas sem exageros para não pa-
do outro, mesmo que o comentário seja sobre recer falso. Não há mal nenhum em ajudar o
elementos aparentemente sem importância outro a sentir-se bem, principalmente saben-
para a conversa. do que esta é uma forma de ajudar a criar uma
comunicação muito mais interativa.

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COMO VOCÊ SE CHAMA?


Por Fernando Adas e Rafael Figueiredo

Você já assistiu ao filme Uma linda mulher? É várias necessidades e que, muitas vezes, es-
muito provável que sim. Mas desde 1990, tão buscando uma consultoria de um espe-
quando Julia Roberts e Richard Gere filma- cialista como você.
ram o longa-metragem, adotamos um novo
olhar às mulheres em geral, e aos profissionais Clientes são multifacetados: alteram seu pró-
de vendas, em particular. prio perfil em função da posição que ocupam,
do projeto que assumem e até do dia do mês
Em determinado momento do filme, quando em que estão comprando. É bobagem tentar
a garota de programa e o executivo estão na desvendar seus disfarces de imediato. É pre-
fase da sondagem, ele pergunta: “Como você ciso conhecê-los, seduzi-los para, só então,
se chama?” e ouve a resposta dela: “Como conquistá-los.
você quer que eu me chame?”
Assim como a “linda mulher”, nossos lindos
Por essa resposta, a moça merece o troféu clientes também mudam de perfil a todo
“talento vendedor”. Lições e reflexões podem momento. São pessoas jurídicas sem deixa-
ser obtidas com essa cena: quantas vezes vo- rem de ser pessoas físicas. São decisores, ao
cê já perguntou ao seu cliente como ele se mesmo tempo que influenciam, pagam e
chamava? Mais do que isso, você já questio- usam o que compram. Valorizam preço, mas
nou os gostos, as preferências e os valores do também buscam inovação. Querem descon-
seu cliente ou perguntou por que ele o chamou tos, prazos e qualidade – e tudo isso ao mes-
para aquela visita? mo tempo.

Perguntar é a principal etapa para obter Por isso, sondar é fundamental para se des-
sucesso em uma venda. Em geral, pergun- cobrir em que “tribo” seu cliente se encontra,
tamos pouco. Falamos muito e respondemos qual é o seu momento ideal. E como sondar?
o básico. Ávidos por fechar o pedido, rapi- Sempre achamos essa palavra agressiva. Son-
damente apresentamos a oferta imperdível dar? Colocar sonda? Invadir? Vasculhar? Com
ou a promoção por tempo limitado, para o tempo, fomos percebendo que a sondagem
acelerarmos o fechamento. Esquecemos, é a arte do relacionamento duradouro. Se
assim, que os clientes têm vários nomes, você consegue boas pistas sobre quem é o seu

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cliente, vai conseguir adaptar os benefícios Por vezes, nossa paixão pelos nossos produtos
do produto que oferece a ele. Lembre-se de motiva-nos a revelar a lista de funcionalida-
que com a vontade de adquirir um produto des e diferenciais que eles apresentam, mas
sempre há a expectativa de perceber um be- nem sempre nos voltamos à expectativa dos
nefício. Faça o mesmo exercício com o seu nossos clientes.
produto ou serviço. Pergunte ao seu cliente
por que ele compra de você. Desvende sua Seu cliente pode valorizar a tecnologia, en-
real expectativa. trar em sua loja e perguntar sobre os aspec-
tos técnicos do produto – chamamos esse
Voltando ao exemplo do filme, mais do que cliente de high tech. Há aquele cliente que
saber a idade e o sexo do cliente ou o local valoriza as novidades, os acessórios, possui
onde ele mora, entenda a expectativa dele em várias capas de celular ou vários pares de
“querer ser”. Quando um cliente nos procu- chinelos com cores diferentes e adora cole-
ra, busca mais do que um produto ou serviço, cionáveis – esses são os restless. E também
quer satisfazer seu desejo de projetar a ima- observamos aquele exibicionista, que só
gem ou o status que a compra trará a ele. É compra produtos de grife e quer ser percebi-
o que nos lembra a afirmação de Charles do socialmente – o show off.
Revlon: “Na fábrica, fazemos cosméticos. Na
loja, vendemos esperança”. Qual deles é o seu “lindo cliente”? Todos
são, não é? Basta você criar um roteiro de
A linda mulher das telas oferece seu serviço de abordagem e surpreendê-lo como um cam-
forma extremamente customizada – “Posso ser peão de audiência.
como você quiser” –, atendendo às necessidades
do executivo em aparentar um relacionamento
sólido, com uma mulher sofisticada.

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COMO ABRIR CLIENTES


“FECHADOS”
Por Maurício Góis

Você tem a chave, mas o cliente está fechado. a pensar que aqueles que falam rápido estão
O que fazer? Bem, o principal segredo é não querendo “levá-lo na conversa”. O subcons-
ter uma chave única, pois cada cliente é uma ciente do cliente estranha e, então, ele se fecha.
fechadura diferente. Só há uma chave que dá Ruim para você, hein?
certo com todos: estabelecer rapport, isto é,
criar imediatamente um relacionamento de 2. A chave do elogio meritório indireto –
confiança, aceitação e afinidade emocional. Diga logo de cara: “Senhor Antunes, eu soube
Para isso, você tem o espelhamento corporal, que ajudou sua empresa a ganhar pontos pre-
a sintonização de voz e o ajuste da linguagem. ciosos no mercado e eu estava curioso por
Bem, vamos resumir tudo isso em cinco cha- conhecê-lo” ou “ao entrar em sua empresa,
ves essenciais para você abrir clientes fechados: percebi que seus funcionários parecem felizes,
e isso é muito bom, penso que o senhor é res-
1. A chave da igualdade – Pesquisas revelam ponsável por isso”. Abordagens desse tipo pre-
que temos a tendência de confiar em pessoas cisam ser reais e indiretas para darem certo.
que são iguais a nós. Contratamos aquelas que Dizer: “Parabéns por sua capacidade de colocar
se parecem conosco na personalidade, casamos o concorrente para correr” ou “Eita, turma
com as que têm o mesmo porte físico que nós feliz a sua, hein?” cheira a demagogia e faz o
(o que não quer dizer que magricelas se casam cliente se fechar ainda mais.
com magricelas), etc. Semelhantes se atraem.
Então, se o cliente fala devagar, fale devagar. 3. A chave da prospecção do alvo – Um
Se ajustar seu comportamento segundo o do cliente entra de cara fechada numa loja de
seu cliente, você criará rapport. Quem fala rá- eletrodomésticos. Ele olha primeiro para uma
pido ou alto tende a não confiar em quem TV de 42 polegadas, depois para uma de 29 e,
fala devagar ou baixo. Estudos mostram que a seguir, para uma TV miniatura. Depois, vol-
quem fala rápido tende a pensar que quem ta os olhos de novo para a TV de 42 polegadas.
fala baixo é inseguro ou está escondendo al- Quer abri-lo? Aproxime-se sorrindo e repita o
guma coisa. O cliente que fala devagar tende comportamento neurolinguístico, dizendo:

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“Eu notei que o senhor olhou primeiro para 5. A chave da escutação – Estranhou a pa-
a TV de 42 polegadas, depois para a de 29 e, lavra? Escutação é escutar com ação. Pessoas
após olhar para a TV miniatura, o senhor simpáticas ouvem, as empáticas escutam com
voltou e parou seus olhos na de 42 polegadas. ação. O rapport perfeito acontece quando o
Posso lhe perguntar o que mais o senhor gos- cliente pensa: “Ninguém até hoje me ouviu e
tou nessa TV? O que ela tem que chamou me compreendeu como este vendedor, ele é da
tanto sua atenção?” Deixe o cliente falar pri- minha tribo”. Quando o cliente se sente escu-
meiro. tado, ele é possuído por uma sensação de se-
gurança. Mas o rapport só funciona se você
4. A chave do interesse imediato irrecu- passar naturalidade, e não a ideia de manipu-
sável – Você diz a um cliente: “Nós desenvol- lação. Saia de seu oceano mental e mergulhe
vemos uma fórmula para fazer com que as no oceano emocional do seu cliente. Ao fazer
máquinas de sua empresa rendam 17% a mais isso, você não abre apenas o coração e a men-
com 22% a menos de gastos de aditivos. Eu te dele, mas também a porta do lucro.
posso lhe mostrar nossa descoberta?” Como
alguém vai continuar fechado se você parece
perguntar: “Posso lhe dar dinheiro?”

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INTERPRETANDO
OS SINAIS
Por Silvia Campos

Talvez você já tenha ouvido falar em uma 2. “Tenho interesse, mas talvez falte uma
pesquisa realizada em 1970, na Universi- real necessidade, urgência ou desejo” – Ago-
dade da Pennsylvania, pelo professor Ray ra sim, uma abordagem pode ser melhor re-
Birdwhistell, que concluiu que apenas 7% cebida. Esse cliente talvez não saiba exatamen-
da mensagem que transmitimos se dá pe- te o que quer, mas sabe qual problema quer
las palavras, os outros 93% do que nosso resolver e está mais aberto a ser abordado,
interlocutor entende estão relacionados responder perguntas e receber ajuda.
aos nossos gestos, postura, tom de voz,
volume da fala, olhar e outras interpreta- 3. “Tenho bastante interesse, mas preciso
ções que ele faz do nosso corpo. Com isso, ter certeza de que é um bom negócio” – Ape-
conseguir entender os sinais que nosso sar de ser um desafio, esse é um cliente per-
feito! Normalmente já sabe o que precisa,
cliente transmite, sem dúvida, é um gran-
procura ajuda, está disposto a conversar com
de diferencial.
o vendedor que ele acredita que possa ajudá-lo.
Nesse caso, o ideal é ter calma e objetividade
Entendendo os quatro tipos de sinais:
para responder todas as perguntas que o clien-
te tiver, com clareza e sem rodeios. O impor-
1. “Só estou olhando” – Quando perceber
tante é transmitir conhecimento e segurança
que o cliente evita contato visual, demonstra
de que é um bom negócio.
pouco interesse em responder suas perguntas,
parece estar fugindo de você, passa rapida-
Importante também é observar atentamente
mente por várias seções ou olha diversos pro-
os sinais. Muitas vezes são discretos e ocorrem
dutos, sem demonstrar um interesse especí-
exatamente no mesmo momento em que as
fico, tenha muita calma na hora de abordá-lo,
perguntas tidas como “objeções” ocorrem. Se
deixe-o à vontade, mantenha-se disponível,
o vendedor estiver preocupado e inseguro com
mas a uma certa distância, e espere que che-
as perguntas, pode nem perceber os sinais de
gue ao passo 2.

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fechamento. Então, preste atenção quando o a repetir todas as suas explicações nova-
cliente: mente. Seu cliente precisa processar as
informações e se convencer de que é esse
• Baixar um pouco a guarda e ficar mais produto/serviço mesmo que precisa. Só o
amigável. Pode ser um sorriso, uma forma cliente pode interromper esse silêncio e
mais informal de sentar-se, falar um as- será com outra pergunta, dúvida ou obje-
sunto mais pessoal... ção ou com um sinal claro de fechamento.

• Agir ou falar como se o produto fosse seu, Quando algumas dessas opções ocorrer, tente
por exemplo: “Com esse colchão novo, mi- o fechamento. O pior que pode acontecer é o
nha dor nas costas precisa melhorar”. cliente aparecer com mais alguma dúvida ou
objeção, que você vai responder com calma e
• Fizer perguntas que indiquem progresso, tentar fechar novamente. E o melhor será fe-
normalmente relacionadas à entrega do char a venda! Ou seja, os riscos são pequenos,
produto ou data de início do serviço, ga- não deixe de tentar.
rantia, expectativa de resultados, formas
de pagamento, opções disponíveis (mo- 4. “Quero comprar, já sei o que quero, será
delos, cores, etc.), possibilidade de trocas... agora e, por favor, não me atrapalhe” –
Muitos vendedores adoram esses clientes;
• Fizer um silêncio, que eu chamo de silên- afinal, é faturamento na certa, mas sem
cio mágico, que é quando as dúvidas e aquele gostinho de desafio superado.
objeções foram respondidas, e, por favor,
por mais que esse silêncio pareça cons-
trangedor, não o interrompa nem comece

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SUA POSTURA
FALA
Por Valéria Poletti

Há muito tempo os cientistas dizem que • Seja elegante também ao subir e descer
nosso corpo fala por nós. Nossa expressão escadas. Célia Leão, em seu livro “Boas
corporal, nossa maneira de falar, andar e Maneiras de A a Z” diz que, ao subir, colo-
sentar dizem mais que nossas palavras. cando todo o seu pé no degrau e jogando
Por isso é muito importante cuidar de nos- seu peso para a ponta do pé, você vai dimi-
sa postura. Não apenas daquela postura nuir o barulho dos seus passos. Ao descer,
“barriga para dentro, costas retas e nariz fique ligeiramente de lado, o que dá mais
empinado”, que aprendemos na escola. firmeza e visão da escada. Deixe o uso do
Mas também cuidar das nossas atitudes, corrimão para as pessoas mais velhas ou
da maneira com que interagimos com o com problemas físicos. No caso de uma es-
nosso corpo no meio em que estamos. cada estreita, é sempre o homem quem
toma a dianteira, seja para subir ou para
• Esteja sempre atento para não ficar com as descer. Assim, se a mulher, por alguma
costas curvadas e a cabeça baixa, o que razão, vier a cair, ele pode ampará-la em
demonstra uma pessoa cansada e derrota- seus braços (romântico, não?).
da. Tenha uma postura ereta, mas natural.
Ande sempre com as costas retas e o olhar • E o que fazer com os braços quando se está
na linha do horizonte. Os braços devem parado e não se segura nada? Deixe-os na-
balançar de forma natural e moderada. turalmente rente ao corpo, ou cruze suas
Cuidado para não rebolar demais. É muito mãos embaixo. Use suas mãos de vez em
vulgar. E que, seus pés andem sempre pa- quando, ao falar. Gesticular (moderada-
ralelos, evitando o andar de “pato”. mente) ajuda a tornar sua conversa mais
espontânea.

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• Ao sentar-se, pouse suas mãos sobre as • Cuidado com sua voz: observe-se falando
pernas, de forma natural. Não as torça, ao telefone ou numa roda de colegas. Às
nem as coloque sob as pernas. Quem faz vezes não nos damos conta de que falamos
isso passa uma impressão de insegurança, alto ou baixo demais, pois as pessoas ficam
nervosismo ou desambientação. Ao sentar- constrangidas em corrigir-nos. Fale sempre
-se à mesa, nunca cruze as pernas. Coloque- olhando nos olhos do seu interlocutor, de-
-as em baixo da cadeira. A base da sua monstre atenção e você será considerada
coluna deve estar colada à base do encosto uma pessoa segura e confiável.
da cadeira. Além de ser uma postura mais
elegante é também mais saudável. • O riso torna tudo mais agradável – mas
também pode servir como zombaria, ci-
• Durante uma conversa, evite cruzar os nismo e ironia. Não use uma risada como
braços. Isto demonstra contrariedade, dizem instrumento de desaprovação. Use a asser-
os estudiosos do assunto. Se você quer de- tividade para demonstrar seu desacordo.
monstrar que está interessado no que a Se em uma situação de crise ou grande
outra pessoa está falando, curve-se um tensão você tem vontade de rir, controle-se
pouco em direção a ela, como se quisesse ou saia para longe das pessoas, que podem
que seus ouvidos ficassem mais próximos ver sua reação como inapropriada e de
à boca da pessoa. muito mau gosto.

• Último conselho: discrição e sobriedade


acima de tudo. Essas são as verdadeiras
armas para uma postura elegante.

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