Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MANUAL DE
SEMIOLOGIA
C
Y
MÉDICA
CM
MY
CY
CMY
ORGANIZADORES
ANAMNESE E CAPÍTULO
ENTREVISTA CLÍNICA 3
Autoras:
Thayná Araújo Freire e
Thays Araújo Freire
Coautores:
Igor Abadessa da Igreja e
Pedro Gomes Cavalcante Neto
53
1. INTRODUÇÃO
54
conjunto de técnicas consagradas pelo tempo, que deve ser bem com-
preendido para melhorar sua precisão e acurácia.
Apresentaremos neste capítulo uma sistematização para condução da
anamnese, que facilitará o aprendizado principalmente dos estudantes de
medicina em formação. Vale ressaltar, contudo, que o roteiro de entrevista
é algo muito pessoal, que o profissional médico deve refinar ao longo do
tempo, de acordo com sua personalidade e experiência.
1. COLETA DE DADOS
Determinar e monitorar a natureza do problema
Objetivos
2. CONSTRUÇÃO DE RELACIONAMENTO
Desenvolver, manter e concluir o relacionamento terapêutico
Objetivos
Garantir a disponibilidade do paciente para fornecer informações de diagnóstico
Garantir alívio do sofrimento físico e psicológico do paciente
Garantir a disposição do paciente em aceitar o plano de tratamento ou um processo
de negociação
Garantir a satisfação do paciente e do clínico
3. EDUCAÇÃO DO PACIENTE
Realizar a educação do paciente e implementar planos terapêuticos
Objetivos
55
2. ROTEIRO DE ANAMNESE
2.1. Identificação
Exemplo:
Francisco de Assis Silva (“Chico”), 45 anos, masculino, pardo, casado, auxi-
liar de produção, natural de Massapê, procedente de Sobral, ensino médio
completo, filho de Maria das Graças Silva, católico não praticante. Fonte
da história: paciente.
56
Exemplo:
“Crise de dor nas costas há 2 dias”.
57
Exemplo:
Refere dor lombar de início progressivo há cerca de três anos, caracteriza-
da como “em peso”, sem irradiação, desencadeada e agravada por esfor-
ço físico, como levantar peso, e aliviada com repouso e uso de 500 mg de
paracetamol. No início do quadro, a dor não atrapalhava seus afazeres,
sendo quantificada como 2-3 na escala numérica verbal (ENV). Surgia 1 ou
2 vezes por mês, durando 2-3 horas. Evoluiu com piora progressiva e, nos
últimos meses, passou a dificultar seus afazeres (5 na ENV), se tornando
mais frequente (2 vezes por semana) e durando o dia todo. Nega sintomas
associados, como fraqueza muscular, parestesias, alterações urinárias ou
gastrintestinais. Há dois dias, após ajudar no transporte de sacos de cimento,
apresentou crise intensa, que não cedeu. Caracteriza como ora em peso, ora
pulsátil. Acomete especialmente o lado direito da região lombar, irradiando
para face posterior da coxa até o joelho ipsilaterais, sem parestesia, perda de
sensibilidade ou fraqueza muscular. Não foi trabalhar, pois a dor é intensa
(8 na ENV). Melhora um pouco quando se deita de costas com as pernas
ligeiramente elevadas e com 400 mg de ibuprofeno. Nega perda de peso,
febre, náuseas. Eliminações fisiológicas.
58
59
60
Exemplo:
Hipertenso, em tratamento há 5 anos, com bom controle pressórico; glau-
coma em seguimento com oftalmologista. Varicela aos 7 anos e caxumba
aos 9 anos. Calendário de imunizações atualizado. Refere um internamento
prévio há 1 ano por pneumonia adquirida na comunidade. Apendicectomia
aos 20 anos. Viagem recente (há 4 meses) para São Paulo. Nega alergias,
transfusões, traumatismos, doenças sexualmente transmissíveis e contato
com doentes nos últimos meses.
Exemplo:
• Losartana 50 mg, 12/12h, há 5 anos
• Andolipino 10 mg, à noite, há 3 anos
• Colírio a base de timolol, duas vezes ao dia
• Omeprazol 20 mg, em jejum, para proteção gástrica
61
Exemplo:
Nascido(a) de parto normal, a termo, sem intercorrências; cinco irmãos
e duas irmãs; não sabe especificar início da marcha, dentição, mas cita
desenvolvimento neuropsicomotor adequado, quando comparado aos
colegas da mesma idade. Não sabe informar sobre vacinas.
Pubarca aos 11 anos, sexarca aos 16 anos. Três filhos. Refere atividade sexual
apenas com a esposa uma vez por semana.
62
de bebida ou fumo, uma dica é estimar valores acima da média para deixar
o paciente mais à vontade a dizer a verdade.
Exemplo:
Sedentário, tabagista desde os 20 anos (fuma 20 cigarros industriais por
dia, carga tabágica 25 maços-ano). Nega etilismo.
63
Exemplo:
Mora com a esposa e uma filha, em casa de alvenaria, quatro cômodos
(um banheiro), com água encanada, energia elétrica, saneamento bási-
co e coleta de lixo regular. Tem 2 animais de estimação em domicílio (um
gato e um cachorro vacinados). Nega banhos em açude e não conhece o
barbeiro. No momento, a renda da casa se resume ao salário que recebe (2
salários mínimos), pois a esposa está desempregada. Sente-se aflito por seu
problema de saúde, pois teme perder o emprego se a dor não se resolver.
Exemplo:
Pai já falecido, aos 98 anos, por causas naturais. Mãe, 87 anos, diabética,
hipertensa e cardiopata. Esposa, 43 anos, hígida. Cinco irmãos: um irmão
hipertenso, uma irmã com diagnóstico de câncer de mama aos 45 anos,
uma irmã em tratamento para depressão e um irmão já falecido, aos 55
anos, por causas externas (colisão carro-carro). Sem outros relatos de im-
portância clínica.
64
Prepare o ambiente
Pergunte-se como está o seu humor e a sua atenção antes de começar. Não deixe que
preocupações pessoais interfiram na sua postura durante a entrevista.
Certifique-se de que o local é o mais tranquilo e confortável possível.
Evite interrupções durante a conversa.
Mantenha poucos obstáculos entre você e o paciente.
Se possível, sente-se de maneira que seus olhos fiquem no nível do paciente.
Revise o prontuário antes de iniciar.
Seja cordial
Cumprimente o paciente e os acompanhantes, se possível com um aperto de mãos.
Apresente-se e diga sua função.
Use sempre um tratamento formal, exceto no caso de crianças ou adolescentes.
Avalie constantemente sua postura, gestos, contato visual e tom de voz.
Neutralize estereótipos negativos ou preconceitos.
Mantenha a confidencialidade
Deixe o paciente decidir se os visitantes ou os familiares devem permanecer durante a
conversa. Por exemplo: “Eu me sinto à vontade se a sua acompanhante permanecer co-
nosco durante a entrevista, mas quero ter certeza de que a senhora concorda com isso”
ou “A senhora prefere conversar comigo sozinha ou seu acompanhante pode participar?”.
Guie a entrevista
Comece com perguntas mais amplas, como: “Como posso ajudá-lo hoje?”; “O que moti-
vou sua vinda hoje?”.
Evite perguntas tendenciosas, como: “Você veio hoje por causa do diabetes, não foi?”.
Faça várias perguntas, mas uma por vez, e ofereça respostas com múltiplas escolhas:
“Qual das seguintes opções melhor descreve sua dor: em pressão, em queimação, em
pontada ou de outro tipo?”.
Delimite claramente as demandas do paciente. “Se entendi bem, hoje você vem para o
controle do diabetes e por causa da coluna... Vamos começar pelo diabetes.”.
Negocie o conteúdo da consulta. Frases que podem ser úteis: “Não temos como abordar tu-
do isso hoje, é melhor que esse outro assunto seja visto com mais tempo em outra ocasião.”.
Sempre direcione os questionamentos ao paciente em primeiro lugar. Para acompanhan-
tes que interrompem, você pode usar frases como: “Isso que seu acompanhante diz é o
que você sente?” “Qual é sua opinião sobre isso?”.
65
Escute o paciente
Evite interrupções frequentes na fala do paciente, e, quando o fizer, que seja com o intui-
to de direcionar o fluxo do relato;
Utilize habilidades verbais e não verbais para encorajá-lo a continuar falando, como inclinar
o corpo para frente, fazer contato visual e usar frases como “continue” ou “estou ouvindo”.
66
Compartilhe a decisão
Deixe o paciente perceber que a decisão e a responsabilidade são compartilhadas en-
tre ele e o profissional. Diga frases como “É importante que me diga o que pensa sobre
isso”, “O senhor tem mais alguma sugestão?”, “O senhor está disposto a cumprir as orien-
tações?”, “Estou realmente interessado em seu ponto de vista, especialmente porque é
você quem vai ter que viver com a nossa decisão sobre esse tratamento”, “O senhor vê
alguma dificuldade em seguir esse tratamento? Há algo que possamos fazer para que
esse plano de tratamento seja mais fácil de seguir? Gostaria de conversar com alguma
outra pessoa sobre esse tratamento?”.
67
68
69
REFERÊNCIAS
1. Porto CC. Como fazer uma boa entrevista clínica. Rev Med Minas Gerais. 2017; 26: e-1842.
2. Benseñor IM. Anamnese, exame clínico e exames complementares como testes diagnósticos.
Rev Med (São Paulo). 2013; 00(4): 236-41.
3. Bickley LS, Szilagyi PG. Bates, propedêutica médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koo-
gan; 2018.
4. Carrió, FB. Entrevista clínica: habilidades de comunicação para profissionais de saúde. Porto
Alegre: Artmed; 2012.
5. Shorey JM, Spollen JJ. Approach to the patient. UpToDate. [Internet]. [acesso em 4 ago 2019].
Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/approach-to-the-patient.
6. Lipkin M, Putnam S, Lazare A. The Medical Interview. New York: Springer-Verlag; 1995.
7. Stewart M, Brown JB, Weston WW, Mcwhinney IR, Mcwilliam CL, Freeman TR. Medicina centrada
na pessoa: transformando o método clínico. 3. ed. Porto Alegre: Artmed; 2017.
70
CAPÍTULO
SINAIS VITAIS
5
Autora:
Ana Raquel Ferreira de Azevedo
Coautores:
Geison Vasconcelos Lira,
Frederico Eduardo Ribeiro Bezerra Monteiro e
Pedro Gomes Cavalcante Neto
101
RESPIRAÇÃO DE
KUSSMAUL
“PEIXE FORA D’ÁGUA”
Manual_Semiologia_Medica.indb 102
RESPIRAÇÃO
DE CHEYNE
STOKES CONTÍNUA
RESPIRAÇÃO IRREGULAR
DE BIOT REMITENTE
MAPA MENTAL
RESPIRAÇÃO TEMPERATURA
> 20 IRPM, REGULAR TAQUIPNEIA
HIPOTERMIA Temperatura retal < 35°C
APNEIA
SINAIS
VITAIS HIPERTENSÃO
25/01/2020 15:03:56
Sinais vitais
2. INTRODUÇÃO
3. SEMIOTÉCNICA
I. Preparo do paciente2,3,4,5
103
104
Fonte: Autor.
105
106
Fonte: Autor.
107
VALOR DA FR INTERPRETAÇÃO
12-20 i.p.m Normal
< 12 i.p.m Bradipneia
> 20 i.p.m Taquipneia
0(zero) i.p.m Apneia
Fonte: ROCCO, 2011 ;
17
108
VALOR DA FC INTERPRETAÇÃO
60-100b.p.m Normal
<60 b.p.m Bradicardia
>100 b.p.m Taquicardia
109
110
111
a) Pulsos Carotídeos1
112
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
113
b) Pulsos Femorais12
Fonte: Autor.
114
Fonte: Autor.
115
Fonte: Autor.
116
Fonte: Autor.
3.5. Temperatura
117
Fonte: Autor.
118
119
História clínica
120
Exames complementares
Pontos de discussão
121
Discussão do caso
122
Sintoma-guia: Febre
Diagnóstico sindrômico: Síndrome febril
Diagnóstico anatômico/topográfico: Membro inferior direito
Hipótese diagnóstica: Sepse por infecção de ferida operatória
Diagnósticos diferenciais:
• Reação transfusional sanguínea
• Hipotensão
• Perda aguda importante de sangue
• Embolia pulmonar
• Pancreatite aguda
• Cetoacidose diabética
Pontos importantes
123
REFERÊNCIAS
1. Bickley LS. Bates: propedêutica médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2018.
2. Benseñor IM. Semiologia Clínica. 1. ed. São Paulo: Sarvier; 2002.
3. Bickley LS. Bates: Propedêutica Médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2015.
4. Instituto latino americano de sepse. Campanha de Sobrevivência a sepse – Protocolo Clínico
Pediátrico. 3. ed. São Paulo: ILAS; 2019.
5. Lima NKC. Manobra de Osler: método e significado. Rev Bras Hiperten. 2002; 9(2): 199-200.
6. López M. Semiologia Médica: As bases do diagnóstico clínico. 5. ed. Rio de Janeiro: Livraria
e Editora Revinter; 2004.
7. Martinez JB, Dantas M, Voltarelli JC. Semiologia Geral e Especializada. Rio de Janeiro: Gua-
nabara Koogan; 2013.
8. Porto C. Celeno. Semiologia Médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2014.
9. Porto CC, Porto AL. Doenças do coração. Prevenção e tratamento. 2. ed. Rio de Janeiro: Gua-
nabara Koogan; 2005.
10. Pickering TG. The influence of daily activity on ambulatory blood pressure. Am Heart J. 1988;
116: 1141-5.
11. Pickering TG, Pieper C, Schechter CB. Ambulatory monitoring and blood pressure variability.
London: Science Press; 1991.
12. Swatz MH. Tratado de Semiologia Médica: história e exame clínico. 7. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier; 2015.
13. Silva LR, Burns DAR, Campos Júnior D, Borges WG. Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira
de Pediatria. 4. ed. Barueri, SP: Manole; 2017.
14. Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL, Rodrigues CIS, Brandão AA, Neves MFT, et al. VII
Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras
Cardiol. 2016; 107(3): 1-83.
15. PAZIN-FILHO A; SCHMIDT A; MACIEL BC. Semiologia Cardiovascular: Inspeção, palpação e
percussão. Medicina, Ribeirão Preto, v. 37: 227-239, jul./dez. 2004.
16. McGee, Steven R. Evidence-based physical diagnosis. 4. ed. Philadelphia: Elsevier; 2018.
17. Rocco JR. Semiologia Médica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011
124
E DO PESCOÇO 7
Autora:
Ana Raquel Ferreira de Azevedo
Coautores:
Geison Vasconcelos Lira,
Frederico Eduardo Ribeiro Bezerra Monteiro e
Pedro Gomes Cavalcante Neto
145
AMBLIOPIA ESTRABISMOS
AMAUROSE PTOSE PALPEBRAL
DIPLOPIA OLHO VERMELHO
Manual_Semiologia_Medica.indb 146
NISTAGMO DOR OCULAR EXOFTALMIA
XANTOPSIA EPÍFORA ENOFTALMIA
IANTOPSIA PRURIDO ECTRÓPIO
CLOROPSIA ENTRÓPIO
MAPA MENTAL
FOTOFOBIA
OTORREIA ESCOTOMAS
OTORRAGIA
OTALGIA ANEIS DE KAYSER-
PRURIDO OLHOS FLEISCHER
DISACUSIA HALO SENIL RINORREIA
ACÚFENOS ORELHAS RINORRAGIA
VERTIGEM EPISTAXE
ESTERNUTAÇÃO
CABEÇA E HIPOSMIA
NARIZ
RINOFIMA
MACROCEFALIA PESCOÇO HIPERTROFIA
MICROCEFALIA CRÂNIO NARIZ EM SELA
ACROCEFALIA RUBICUNDEZ
ESCAFOCEFALIA
DOLICOCEFALIA LÁBIOS
BRAQUICEFALIA,
PLAGIOCEFALIA
LINFONODOS
CAVIDADE
ORAL LISA
LÍNGUA PILOSA
BENIGNIDADE MALIGNIDADE SABURROSA
FRAMBOESA
GEOGRÁFICA
LARINGE FARINGE ESCROTAL
MÓVEL ADERIDO MACROGLOSSIA
DOLOROSO INDOLOR TRÊMULA
FIBROELÁSTICO ENDURECIDO DISFAGIA GLOSSITE
SINAIS FLOGÍSTICOS COALESCENTES DISFONIA TOSSE
PIGARRO HALITOSE
RONCO
25/01/2020 15:03:59
Exame da cabeça e do pescoço
2. INTRODUÇÃO
3.1. Crânio
3.3. Face
147
Fonte: Autor.
3.4. Olhos
148
3.7. Boca
a) Linfonodos
149
b) Tireoide
c) Vasos
150
Fonte: Autor.
151
152
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
153
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
154
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
155
156
4.2.1. Inspeção
4.2.2. Palpação
Manobras Especiais
Na suspeita de bócio retroesternal ou mergulhante, pode-se lançar mão
da manobra de elevar os braços paralelos à cabeça com o pescoço esten-
dido. Esta manobra irá elevar o polo cefálico do bócio, fazendo-o aflorar
à fúrcula esternal, além de provocar ingurgitamento e congestão venosa
da face (sinal de Pemberton). A base para essa manobra é que o tamanho
da entrada do tórax já está reduzido pelo bócio, e a manobra de elevar os
157
Método 11,2,5:
yy Paciente sentado e com o pescoço levemente fletido;
yy Examinador à direita e à frente do paciente;
yy Localiza-se a tireoide;
yy Posicionam-se os dedos polegar e indicador direitos em cada um dos
lados da traqueia e solicita-se que o paciente degluta. Sentirá a glândula,
bilateralmente, passando pelos dedos.
Método 21,2,5:
yy Paciente sentado e com o pescoço levemente fletido;
yy Examinador à frente e levemente à direita do paciente;
yy Posiciona-se o polegar esquerdo sobre o lobo esquerdo da tireoide.
Os demais dedos da mão esquerda posicionam-se na lateral direita do
pescoço;
yy De maneira análoga, usa-se o polegar direito para palpar o lobo direito;
yy Solicita-se que o paciente degluta.
158
Fonte: Autor.
4.2.3. Ausculta
159
RAZÃO DE
SENSIBILIDADE ESPECIFICIDADE VEROSSIMILHANÇA
ACHADO
(%) (%)
Achado presente
Sem bócio palpável
5-57 0-40 0,4
ou visível
Bócio palpável,
visível após
13 ____ SS
extensão do
pescoço
Bócio visível
e palpável em 43-82 88-100 23,6
posição normal
* SS: Sem significância
Fonte: Modificado de McGee, Steven R.18
160
RAZÃO DE
SENSIBILIDADE ESPECIFICIDADE VEROSSIMILHANÇA
ACHADO
(%) (%) Achado Achado
presente ausente
Rigidez nucal 20-52 69-81 1,5 SS
Sinal de Kernig 7-18 93-98 2,5 SS
Sinal de
7-14 94-98 2,2 SS
Brudzinski
161
História clínica
Exame físico
162
Exames complementares
163
Pontos de discussão
Discussão do caso
164
165
Pontos importantes
166
REFERÊNCIAS
1. López M, Laurentz JM. Semiologia médica: as bases do diagnóstico clínico. 4. ed. Rio de
Janeiro: Revinter; 1999. 2v.
3. BatesB, Bickley LS, Hoekelman RA. Bates B – A Guide to Physical Examination and History. 5.
ed. Philadelphia: Lippincott; 1995.
5. Maciel LMZ. O exame físico da tireóide. Medicina, Ribeirão Preto. 2007: 40(1): 72-7.
6. Salles JMP, Duarte IG. Pescoço. In: Fonseca FP e Savassi Rocha PR. Cirurgia Ambulatorial. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan; 1979.
7. Salles JMP, Paixão RM, Oliveira EL, Soares JMA. Cirurgia Cabeça e Pescoço. In: Petroianu A.
Lições de Cirurgia. Rio de Janeiro: Interlivros; 1997.
8. Seidel HM, Ball JW, Dains JE, Benedict GW. Mosby’s Guide to Fhysical Examination. 3. ed. Saint
Louis: Mosby; 1995.
9. Porto CC. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2019.
10. Rizzon CFC, Ott WP. Tuberculose: epidemiologia, diagnóstico e tratamento em clínica e saúde
pública. Rio de Janeiro: Medsi Ed. Médica e Científica Ltda; 1993.
11. Veronesei R, Focaccia R. Tratado de infectologia. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Atheneu;
2015.
12. de Melo FAF, Afiune JB. Quimioterapia da tuberculose: bases condutas e procedimentos. J
Pneumol. 1993: 19: 73-81.
14. Moura CCG, Afiune JB, Fiuza de Melo FA et al. Aspectos clínicos-laboratoriais de pacientes
portadores de tuberculose ganglionar, sem HIV (+), acompanhados em um centro de refe-
rência. J Pneumol. 1994.
15. Picon PD, Azevedo SNB, Rizzon CFC, Silva LCC, Oliveira MEM, Pinto JAF. Tuberculose de gânglios
linfáticos. In: Picon PD, Rizzon CFC, Ott WP (ed.). Tuberculose:epidemiologia, diagnóstico e
clínica em clínica e saúde pública.Rio de Janeiro: Medsi Ed. Médica e Científica Ltda; 1993.
16. Thornton GF. Extrapulmonary tuberculosis, excluding the Central Nervous system. In: Ross-
man MD, MacGregor RR. Tuberculosis: clinical management and new challenges. NewYork:
McGraw-Hill, Inc.; 1995.
17. Weg JG. Clinical forms of mycobacterial diseases. In: Fishman AP (ed.). Pulmonary diseases
and disorders. 2. ed. New York: McGraw-Hill; 1988.
18. McGee, Steven R. Evidence-based physical diagnosis. 4. ed. Philadelphia: Elsevier; 2018.
167
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO 9
Autora:
Priscila Garcia Câmara Cabral Tavares
Coautores:
Ricardo Hideo Togashi e
José Augusto Costa Oliveira
193
1. O EXAME PULMONAR
2. INSPEÇÃO
a) Inspeção Estática
194
Fonte: Autor.
195
Fonte: Autor.
196
Fonte: Autor.
197
Forma do Tórax
a) Normal
b) Em tonel (enfisema): diâmetro anteroposterior igual ao lateral
c) Tórax infundibuliforme (pectus exacavatum): depressão acentuada no
nível do terço inferior do externo
d) Tórax caroniforme (pectus carinatum): saliência no nível do esterno, em
forma de pompo ou quilha de navio
e) Escoliose: desvio lateral do segmento torácico da coluna vertebral
f ) Cifose: encurvamento posterior da coluna torácica
g) Gibosidade
198
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
199
b) Inspeção Dinâmica
200
201
yy Material Necessário:
• Para realização da inspeção não é necessário nenhum material.
yy Dificuldades:
• Ambiente inadequado, com péssima iluminação.
• Paciente restrito ao leito.
yy Parâmetros de Normalidade
202
3. PALPAÇÃO
yy Parte Moles:
• Contraturas musculares
• Edema a nível de tórax anterior, lateral e posterior
• Enfisema subcutâneo
yy Temperatura
yy Pontos dolorosos
yy Presença de gânglios:
• Supraclaviculares
• Axilares
I) Expansibilidade
203
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
204
yy Técnica:
• Paciente sentado, de frente para o examinador, com os braços penden-
tes. O médico deve colocar as mãos cobrindo a região supraclavicular
de cada lado, de modo que as pontas dos dedos venham apoiar-se no
músculo trapézio. Os dois polegares devem se juntar ao nível da linha
medioesternal na região infraclavicular. Para juntar os dois polegares,
faz-se uma pequena prega cutânea. O paciente passa então a respirar
profundamente e o médico observa o afastamento dos dois polegares.
Normalmente, o afastamento deve ser igual de um lado e do outro.
• Paciente sentado, de costas para o examinador, com os braços pen-
dentes. Colocam-se as mãos na base do pescoço do paciente de modo
que os polegares estejam em posição simétrica em relação à apófise
espinhal da vértebra, e os dedos repousam sobre as fossas supracla-
viculares. Solicitam-se inspirações e expirações profundas que provo-
cam um deslocamento das mãos, o qual deve ser idêntico em ambos
os hemitórax.
Fonte: Autor.
205
yy Técnica:
Paciente sentado, de frente para o examinador, com os braços penden-
tes. As mãos devem alcançar até o côncavo axilar de cada lado, ao nível da
prega axilar posterior. Os dois polegares devem se juntar ao nível da linha
medioesternal através de uma prega cutânea.
Fonte: Autor.
yy Técnica:
É pesquisada tanto na parte anterior como na posterior do tórax. Na parte
posterior, o paciente deve permanecer sentado, de costas para o examina-
dor. Coloca-se a ponta dos polegares nas linhas paravertebrais, à altura do
12º arco costal, envolvendo com os outros dedos a face posterior da base
do tórax, com a mão espalmada e os dedos entreabertos. A solicitação de
realizar inspirações e expirações profundas provoca um afastamento simétri-
co das mãos, representando a expansibilidade dos segmentos pulmonares
posteriores. Na parte anterior, colocam-se os polegares na base do apêndice
xifoide e os outros dedos sobre os hipocôndrios. Ao realizar movimentos
das mãos, representa a expansibilidade dos segmentos pulmonares basais.
206
Fonte: Autor.
207
yy Técnica:
A palpação é feita com a superfície palmar dos dedos das mãos. O pa-
ciente é solicitado a repetir em voz alta o número 33. Deve-se comparar a
intensidade das vibrações em regiões homólogas.
yy Material Necessário:
• Para realização da palpação, não é necessário nenhum material.
yy Dificuldades:
• Ambiente inadequado, com péssima iluminação.
• Paciente restrito ao leito.
yy Parâmetros de Normalidade
208
209
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO
Razão de
Sensibili- Especifi- verossimilhança
Achado dade cidade
(%) (%) Achado Achado
presente ausente
Taquipneia (FR> 28/min) – Detecção de
pneumonia em pacientes com tosse e 7-36 80-99 2.7 0.9
febre.
Taquipneia (FR >30/min) – Preditor de
mortalidade hospitalar em pacientes com 41-85 63-87 2.1 0.6
pneumonia.
210
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO
Razão de
Sensibili- Especifi- verossimilhança
Achado dade cidade
(%) (%) Achado Achado
presente ausente
Bradipneia (FR <12/MIN) – Preditor de in-
toxicação por opiáceos em pacientes com 80 95 15.5 0.2
alteração do estado mental.
Cheyne-Stokes – em paciente hospitaliza-
33 94 5.4 0.7
do: sinal de disfunção VE – Todas as idades.
Cheyne-Stokes – em paciente hospitali-
32 96 8.1 0.7
zado: sinal de disfunção VE – < 80 anos.
Cheyne-Stokes – em paciente hospitali-
42 84 2.7 NS
zado: sinal de disfunção VE – 95> 80 anos.
Kussmaul em criança com malária grave
91 81 4.8 0.1
– preditor de acidose metabólica severa.
Respiração assíncrona em pacientes com
obstrução crônica – prediz morte ou uso 64 80 3.2 NS
de ventilação mecânica.
Movimentos abdominais paradoxais –
95 70 3.2 NS
sinal de fraqueza bilateral do diafragma.
Tórax em barril na detecção de DPOC. 65 58 1.5 0.6
Uso da musculatura acessória para de-
39 88 3.3 0.7
tectar DPOC.
Uso da musculatura acessória para detec-
81 83 NS 0.2
tar esclerose lateral amiotrófica.
Uso da musculatura acessória para detec-
17 89 NS NS
tar embolia pulmonar.
Assimetria do tórax em paciente com tos-
5 100 44.1 NS
se para detectar pneumonia.
Assimetria do tórax em paciente com
queixas respiratórias para detectar der- 74 91 8.1 0.3
rame pleural.
Diminuição do frêmito toracovocal na
82 86 5.7 0.2
detecção do derrame pleural.
211
História clínica
Exame físico
212
Exames complementares
213
Pontos de discussão
Discussão do caso
214
215
Atenção maior deve ser dada ao caso, quando foi dito que na última se-
mana houve piora da dispneia e tosse com expectoração. Isto é característico
da exacerbação aguda DPOC. Definida como piora aguda dos sintomas da
doença, caracteriza-se por 3 sintomas cardinais: piora da dispneia, aumen-
to de expectoração ou alteração da característica do escarro (purulento),
e piora da frequência e gravidade da tosse.17 Em relação ao diagnóstico
etiológico, cerca de 70% das exacerbações são de origem virais ou bacte-
rianas, e o restante é decorrente da poluição ambiental, embolia pulmonar
ou etiologia desconhecida.18
Não devemos nos esquecer dos diagnósticos diferenciais. A asma brôn-
quica é a doença com maior similaridade, porém difere em muitos aspectos,
desde a epidemiologia até o processo inflamatório e, principalmente, pela
resposta ao tratamento com corticoide inalatório. A bronquiolite é mais
comum em não tabagista, dispneia de progressão mais acelerada. Nas
bronquiectasias, os pacientes podem apresentar tosse, dispneia, secreção
abundante e cursar nas fases avançadas com hipoxemia e cor pulmonale.
Já a tuberculose, devido a sua alta prevalência no Brasil, sempre deve ser
pensada, e a pesquisa de BAAR no escarro e a radiografia de tórax confirmam
o diagnóstico. Na insuficiência cardíaca congestiva, encontramos estertores
finos em bases e aumento da área cardíaca no radiograma de tórax.13,16
Em resumo, estamos diante de uma paciente idosa, ex-tabagista, em fran-
ca exacerbação da DPOC, provavelmente em decorrência de uma pneumo-
nia, com saturação baixa de oxigênio, acidose respiratória. Devemos realizar
a monitorização cardiorrespiratória e iniciar os primeiros cuidados. A admi-
nistração de oxigênio suplementar visa atingir uma saturação de oxigênio
88 a 92% ou pressão arterial de oxigênio de 60 a 65 mmHg, geralmente com
uso de cateter nasal em baixo fluxo, mas ventilação mecânica não invasiva
pode ser utilizada, desde que o paciente não esteja com rebaixamento do
sensório nem apresentando vômitos. Na exacerbação, podem ser utilizados
agentes agonistas beta-adrenérgicos inalatório e anticolinérgicos, visando
melhorar o fluxo de ar. A terapia com glicocorticoides sistêmicos parece
ter um pequeno efeito benéfico, mas as diretrizes atuais sugerem o uso de
uma dose equivalente a 40 mg de prednisona por dia durante cinco dias.
A antibioticoterapia é recomendada apenas para os pacientes com maior
probabilidade de ter infecção bacteriana ou com exacerbação moderada
a grave (2 ou mais sintomas cardinais).
216
Sintoma-guia: Dispneia
Diagnóstico sindrômico: Síndrome Dispneica
Diagnóstico anatômico/topográfico: Pulmão/Pequenas vias aéreas e pa-
rênquima pulmonar
Diagnósticos diferenciais:
yy Asma
yy Bronquiolite
yy Tuberculose
yy Insuficiência Cardíaca Congestiva
Hipótese diagnóstica: Exacerbação da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Pontos importantes
217
REFERÊNCIAS
1. Porto CC. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2019.
2. Lopez M, Laurentys-Medeiros J. Semiologia Médica: as bases do diagnóstico clínico. 5. ed. Rio
de Janeiro: Thieme Revinter; 2004.
3. Porto CC, Porto AL. Exame Clínico. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2017.
4. Benseñor IM. Semiologia Clínica. São Paulo: Salvier; 2012.
5. McGee SR. Evidence-based physical diagnosis. 4th ed. Philadelphia, PA: Elsevier; 2018.
6. Hoffman JR, Schriger DL, Luo JS. The empiric use of naloxone in patients with altered mental
status: a reappraisal. Ann Emerg Med. 1991; 20: 246-52.
7. McGee SR. Cheyne-Stokes breathing and reduced ejection fraction. Am J Med. 2013; 126:
536-40.
8. English M, Waruiru C, Amkoye E, Murphy S, Crawley J, Mwangi I, et al. Deep breathing in
children with severe malaria: indicator of metabolic acidosis and poor outcome. Am J Trop
Med Hyg. 1996; 55(5): 521-4.
9. Mattos WL, Signori LGH, Borges FK, Bergamin JA, Machado V. Accuracy of clinical examination
findings in the diagnosis of COPD. J Bras Pneumol. 2009; 35(5):404-8.
10. Lechtzin N, Wiener CM, Shade DM, Clawson L, Diette GB. Spirometry in the supine position
improves the detection of diaphragmatic weakness in patients with amyotrophic lateral
sclerosis. Chest. 2002; 121:436-42.
11. Hull RD, Raskob GE, Carter CJ, Coates G, Gill GJ, Sackett DL, et al. Pulmonary embolism in
outpatients with pleuritic chest pain. Arch Intern Med. 1988; 148: 838-44.
12. Kalantri S, Joshi R, Lokhande T, Singh A, Morgan M, Colford JM Jr, et al. Accuracy and reliability
of physical signs in the diagnosis of pleural effusion. Resp Med. 2007; 101:43108.
13. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. II Consenso Brasileiro sobre Doença Pulmo-
nar Obstrutiva Crônica – DPOC – 2004. J Bras Pneumol. 2004; 30(supl. 5): S1-43.
14. Lopes AC. Tratado de Clínica Médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Roca; 2016.
15. Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global Strategy for the Diagnosis,
Management, and Prevention of Chronic obstructive pulmonary disease: UPDATED 2016.
16. Han MK, Dransfield MT, Martinez FJ. Chronic obstructive pulmonary disease: Defini-
tion, clinical manifestations, diagnosis, and staging. UpToDate. [Internet]; 2018. [acesso
em 26 maio 2019]. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/chronic-obs-
tructive-pulmonary-disease-definition-clinical-manifestations-diagnosis-and-staging/
print.
17. Velasco IT, Neto RAB, Souza HP. Medicina de emergência: abordagem prática. 13. ed. rev.,
atual e ampl. Baueri, SP: Manole; 2019.
18. Stoller JK. Management of exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. UpToDa-
te. [Internet]; 2018. [acesso em 26 maio 2019]. Disponível em: https://www.uptodate.com/
contents/chronic-obstructive-pulmonary-disease-definition-clinical-manifestations-diag-
nosis-and-staging/print.
218
EXAME CARDIOVASCULAR
CAPÍTULO
– AUSCULTA 12
Autor:
José Augusto Costa Oliveira
Coautores:
Vicente Lopes Monte Neto,
Leandro Cordeiro Portela e
Raul Alexandre Vasconcelos
257
ECG
- Alterações inespecíficas
RAIO X DE TÓRAX - Dependente da doença
Manual_Semiologia_Medica.indb 258
- Cardiomegalia subjacente - Dieta hipossódica + repouso
- Coração em bota (VD) - Sinais de sobrecarga de VE, - IECAs
- Linhas B de Kerley VD ou átrios - Diuréticos
- Inversão do padrão vascular - Antagonista da aldosterona
- Betabloqueadores
MAPA MENTAL
SÍNDROME CONGESTIVA
SISTÊMICA IC DIREITA
- Edema de MMII SINAIS E
- Insuficiência ventricular direita
- Aumento do volume SINTOMAS OUTRAS - Congestão sistêmica
abdominal CLASSIFICAÇÕES - Causas: DPOC, cor pulmonale,
- Dispneia por derrame miocardiopatias, infarto de VD
pleural
- Hepatomegalia
congestiva
SÍNDROME CONGESTIVA
PULMONAR QUANTO AO MECANISMO
- Dispneia aos esforços - IC Sistólica X IC Diastólica
- Ortopneia
- Dispneia paroxística QUANTO AO DÉBITO CARDÍACO
noturna - IC de baixo débito X IC de alto débito
- Tosse seca
- Asma cardíaca
25/01/2020 15:04:06
EXAME CARDIOVASCULAR – AUSCULTA
259
Fonte: Autor.
260
Fonte: Autor.
261
262
263
RITMOS TRIPLICES
Ritmo em três tempos formado pelas duas bulhas cardíacas clássicas (B1 e B2) mais uma
outra bulha. Aqui não pode entrar na contagem como bulha um sopro, um estalido ou
um atrito. Esse terceiro ruído ocorrerá dentro da diástole, seja no seu início (protodiásto-
le), seja no seu final (telediástole ou pré-sístole).
É possível a existência de terceira bulha que não tenha significado patológico. Já o rit-
mo de galope é uma condição patológica e recebe esse nome porque lembra um cavalo
galopando. Sua onomatopeia fica dessa forma, lida paulatinamente: PÁ-TÁ-TÁ PÁ-TÁ-TÁ
PÁ-TÁ-TÁ. É audível com mais clareza usando-se a campânula nos focos mitral e tricúspi-
de, com o paciente em decúbito lateral esquerdo. Em alguns casos, é mais palpável que
audível. Esse ritmo pode representar uma disfunção miocárdica.
a) Intensidade
264
b) Timbre e tom
c) Desdobramento
d) Mascaramento
265
a) Intensidade
b) Timbre e tom
c) Desdobramento
266
CLIQUES E ESTALIDOS
Ocorrem geralmente nas estenoses das valvas atrioventriculares.
a) E stalido de abertura mitral: caracterizado por um ruído seco,
agudo e breve. Pode ser até palpado, pois tem alta intensidade.
É audível com mais clareza em seu foco mitral, com o paciente
em DLE. Esse é o sinal que mais indica estenose mitral, porém
DIASTÓLICOS essa valva deve apresentar alguma mobilidade para que o exa-
minador escute o ruído.
b) E stalido de abertura tricúspide: seu local de ausculta é prin-
cipalmente em seu foco. Ocorre, assim como o estalido de
abertura mitral, na doença reumática com acometimentos
cardíacos.
São de origem vascular e de alta frequência (por isso, audíveis
com mais clareza quando o examinador usa o diafragma do re-
PROTOSSISTÓLICOS ceptor), agudos e intensos. O pulmonar é mais bem auscultado
(pulmonar e aórtico): em seu foco e pode denotar estenose pulmonar. Já o aórtico pode
ser auscultado desde o 4º EIE até a área mitral e pode representar
uma gama de alterações.
Podem ser decorrentes de uma brida pericárdica, caracterizada
MESOSSISTÓLICOS como um clique sistólico (alta frequência, agudo e seco) entre B1
E TELESSISTÓLICOS e B2. Mais audíveis nos focos apicais. Podem também representar
prolapso de valvas mitral e tricúspide.
267
2.4. Sopros
268
SOPROS CARDIACOS
• de ejeção:
São causados pela passagem do fluxo sanguíneo por estruturas
estenosadas (como as valvas aórtica e pulmonar) durante a sístole.
Características: iniciam praticamente após a B1, aguardando ape-
nas o fim da contração ventricular isovolumétrica. Inicialmente,
a ejeção é lenta, intensificando no meio e voltando a diminuir a
velocidade no final. É justamente por essa razão que o sopro (nos
casos das estenoses) ganha o aspecto crescente-decrescente. O
SISTÓLICOS sopro termina antes da B2. São encontradas na estenose aórtica
e na pulmonar.
• de regurgitação:
Surgem desde o início de B1, podendo até mesmo mascará-la.
Ocorrem devido a alguma insuficiência das valvas AV (mitral e tri-
cúspide) que não conseguem manter-se completamente fecha-
das, permitindo o refluxo sanguíneo para os átrios ou para o outro
ventrículo, nos casos de CIV. São holossistólicos, podendo reco-
brir até B2, e possuem intensidade semelhante do início ao fim.
Podem ser proto, meso ou telediastólicos, a depender da localiza-
ção dentro da diástole. Ocorrem nas estenoses atrioventriculares e
na insuficiência aórtica ou pulmonar. No caso das estenoses, o so-
pro é geralmente meso, pois é justamente o equivalente à fase de
enchimento ventricular rápido. Esse tipo de sopro tem o caráter de
ruflar devido a sua frequência mais baixa e ao seu tom mais grave.
DIASTÓLICOS
Já os sopros decorrentes da insuficiência aórtica ou pulmonar de-
correm do não fechamento eficaz dessas valvas, permitindo a re-
gurgitação (refluxo de sangue) durante a diástole. É um sopro que
se inicia logo após a B2. É mais comum no período proto, porém
pode se prolongar até o tele. Tem caráter aspirativo, pois possui al-
ta frequência, intensidade decrescente e tom agudo.
Como o nome já sugere, esses sopros podem ser auscultados em
todo o ciclo cardíaco, inclusive mascarando B1 e B2. Sua parte sis-
SISTODIASTÓLICOS
tólica é a mais intensa, ganhando a famosa expressão de “sopro em
OU CONTÍNUOS
maquinaria”. Encontrados na PCA, nas Fístulas Arteriovenosas – FAV
e em anomalias aortopulmonares.
269
b) Localização
c) Irradiação
d) Intensidade
270
e) Timbre e Tom
271
yy Situação: não guarda relação obrigatória nem com a diástole nem com
a sístole, podendo ser encontrado em ambas ou em apenas uma. Tam-
bém não tem relação com as bulhas. Pode ter reforço durante a sístole.
yy Localização: ponta e borda esternal esquerda.
yy Intensidade: variável, até mesmo sem nenhuma manobra.
yy Timbre e tom: também variável.
yy Mutabilidade: até mesmo dentro do mesmo dia o atrito pode mudar
de qualidade, situação improvável nos sopros.
272
273
Fonte: Autor
274
RAZÃO DE
SENSIBILI- ESPECIFICI- VEROSSIMILHANÇA
ACHADO
DADE (%) DADE (%) Achado Achado
presente ausente
Primeira bulha cardíaca
Intensidade variável B1
Detecção da dissociação atrioven-
58 98 24.4 0.4
tricular
Segunda bulha cardíaca
Batida longa e fixa
Detecção de defeito no septo atrial 92 65 2.6 0.1
Batida paradoxal
Detecção de estenose aórtica sig-
50 79 NS NS
nificativa
P2 ruidoso
Detecção de hipertensão pulmo-
nar em pacientes com estenose 58-96 19-46 NS NS
mitral
Detecção de hipertensão pulmo-
38 98 17.6 NS
nar em pacientes com cirrose
P2 palpável
Detecção de hipertensão pulmo-
96 73 3.6 0.05
nar
B2 aumentada ou diminuída
Detecção de estenose aórtica sig-
nificativa em pacientes com sopros 44-90 63-98 3.8 0.4
de fluxo aórtico
Fonte: McGee³.
275
RAZÃO DE
SENSIBILI- ESPECIFICI- VEROSSIMILHANÇA
ACHADO
DADE (%) DADE (%) Achado Achado
presente ausente
Sopro funcional
Detecção de achado normal na
67-98 70-91 4.7 NS
ecocardiografia
Sopro sistólico característico
Detecção de estenose aórtica leve
90 85 5.9 0.1
ou moderada
Detecção de estenose aórtica se-
83-98 71-76 3.5 0.1
vera
Detecção regurgitação mitral leve
56-75 89-93 5.4 0.4
ou moderada
Detecção de regurgitação mitral
73-93 61-76 2.6 0.3
severa
Detecção de regurgitação tricús-
23 98 14.6 0.8
pide leve ou moderada
Detecção de regurgitação tricús-
20-62 94-98 9.6 NS
pide severa
Detecção de defeito de septo ven-
90 96 24.9 NS
tricular
Detecção de prolapso da valva
55 96 12.1 0.5
mitral
Sopro diastólico característico
Detecção de regurgitação aórtica
54-87 75-98 9.9 0.3
leve e moderado
Detecção de regurgitação aórti-
88-98 52-88 4.3 0.1
ca severa
Detecção de regurgitação pulmo-
15 99 17.4 NS
nar
Fonte: McGee³.
276
História clínica
277
Exames complementares
Exames laboratoriais: Hb 8,7 g/dL, Ht 26%, VCM 113 fl, leucócitos 13.800,
plaquetas 300.000, creatinina 1,04 mg/dL, ureia 29 mg/dL, sódio 138 mg/
278
dL, potássio 3,3 mg/dL, TGO 32, TGP 21, glicose 80 mg/dL, TSH 2,89 µUI/mL,
sorologias virais e VDRL negativos
Tomografia de crânio: atrofia cortical difusa, sem outras alterações.
Pontos de discussão
Discussão
279
280
281
282
RAZÃO DE
SENSIBILI- ESPECIFI- VEROSSIMILHANÇA
ACHADO
DADE (%) CIDADE (%) Achado Achado
presente ausente
Sinais vitais
FC > 100 bpm em repouso 22 92 2,8 —
Respiração de Cheyne-Stokes 33 94 5,4 0,7
Exame pulmonar
Crepitações 10-29 77-98 — —
Exame cardíaco
Elevação da pressão venosa ju-
7-25 96-98 6,3 —
gular
Impulso apical supino lateral na
5-66 93-99 10,3 0,7
linha hemiclavicular
S3 galope 11-51 85-98 3,4 0,7
S4 galope 31-67 55-68 — —
Murmúrio de regurgitação mitral 25 89 — —
Outros
Hepatomegalia 3 97 — —
Edema 8-33 70-98 — —
Fonte: McGee³.
Sintoma-guia: Dispneia.
Diagnóstico sindrômico: Síndrome dispneica.
Diagnóstico anatômico/topográfico: Insuficiência ventricular esquerda.
Diagnósticos diferenciais:
yy Insuficiência ventricular direita
yy PAC isolada
yy Tuberculose
yy Asma
yy Lúpus Eritematoso Sistêmico
yy Sepse
283
Pontos importantes
284
REFERÊNCIAS
285
EXAME DO ABDOME:
CAPÍTULO
PERCUSSÃO E PALPAÇÃO 14
Autor:
Raul Alexandre Vasconcelos
Coautores:
Rafael Lopes Gurgel,
Caroline Evy Vasconcelos Pereira,
Priscila Garcia Câmara Cabral e
Thayná Araújo Freire
✓ Palpação
• Técnica
• Manobras especiais de palpação
• Requisitos técnicos
• Etapas semiotécnicas
• Descrição da palpação normal
✓ Percussão
• Técnica
• Sonoridade do abdome
• Percussão hepática
• Espaço de traube
• Pesquisa de ascite
• Percussão renal
• Requisitos técnicos
• Etapas semiotécnicas
• Descrição da percussão normal
✓ Medicina baseada em evidências
✓ Caso clínico
✓ Referências
309
MÉTODO DE TORRES-LEMOS
Manual_Semiologia_Medica.indb 310
POSIÇÃO DE
MÉTODO DE MATHIEU
SHUSTER
MÉTODO DA PINÇA
MAPA MENTAL
EPIGÁSTRICA
EXAME DO INGUINOESCROTAL
PERCUSSÃO PALPAÇÃO HERNIAS
FEMORAL
SINAL DE LAPINSKI ABDOME UMBILICAL
SINAL DE COURVOISIER-TERRIER
INCISIONAL
SINAL DE FOTHERGILL
MACICEZ MOVEL
SINAL DE PIPAROTE MANOBRAS
MANOBRAS ESPECIAIS
ESPECIAIS
SINAL DE JOBERT
SINAL DE TORRES-HOMEM SINAL DE BLUMBERG SINAL DA POÇA
SINAL DE GIORDANO SINAL DE DUNPHY SINAL ROVSING SEMICIRCULO DE SKODA
SINAL DO PSOAS SINAL DE GERSUNY TESTE DO RECHAÇO
SINAL DO OBTURADOR SINAL DE MURPHY
25/01/2020 15:04:08
Exame do abdome: percussão e palpação
2. PALPAÇÃO
2.1. Técnica
311
Fonte: Autor.
312
Fonte: Autor.
313
PONTOS
LOCALIZAÇÃO IMPORTÂNCIA
ABDOMINAIS
Sensível nos processos inflama-
Gástrico Ao meio da linha xifoumbilical
tórios do estômago
Ponto de encontro do rebordo Dor neste ponto pode estar re-
Cístico costal direito e borda lateral do lacionado à processos inflama-
m. reto abdominal tórios, como colecistite aguda
Ponto de união do terço distal
Aumento da sensibilidade em
Apendicular (Ponto como terço médio da linha que
patologias associadas ao apên-
de McBurney) une a espinha ilíaca anterossu-
dice, como a apendicite aguda.
perior com a cicatriz umbilical.
Borda lateral dos músculos retos
Dor à palpação pode estar rela-
abdominal na altura da cicatriz
Pontos ureterais cionada à cólica renal e migração
umbilical e das espinhas ilíacas
do cálculo pelos ureteres.
anterossuperior.
314
315
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
316
CARACTERÍSTICA ALTERAÇÕES
• Fina
BORDA • Romba
• Normal
• Regular
SUPERFÍCIE
• Irregular
• Doloroso
SENSIBILIDADE
• Indolor
• Normal
CONSISTÊNCIA • Firme (Aumentada)
• Diminuída
• Presente
REFLUXO HEPATOJUGULAR
• Ausente
• Com sopro
AUSCULTA
• Sem sopro
317
HEPATITE
ESTEATOSE ICC CIRROSE METÁSTASE CÂNCER
VIRAL
318
319
320
321
3. PERCUSSÃO
3.1. Técnica
322
d) O dedo que golpeia deve estar quase em ângulo reto com o dedo que
é golpeado. É recomendado que se mantenha as unhas curtas para não
se machucar ou, por ventura, machucar o paciente;
a) Hepatimetria
323
b) Sinal de Jobert
c) Sinal de Torres-Homem
324
a) Sinal do Piparote
Fonte: Autor.
b) Semicírculos de Skoda
325
c) Macicez Móvel
Fonte: Autor.
326
327
Fonte: Autor.
HEPATOMEGALIA E ESPLENOMEGALIA
Razão de verossimilhança
Sensibili- Especifici-
Achado Achado Achado
dade (%) dade (%)
presente ausente
Fígado
> 10 cm em percussão 61-92 30-43 NS NS
Fígado palpável abaixo RCD 48 100 233,7 0,5
Baço
Detectado à palpação 18-78 89-99 8.5 0,5
Traube ocupado 11-76 63-95 2,1 0,8
328
PESQUISA DE ASCITE
Razão de
Sensibili- Especifici- verossimilhança
Achado
dade (%) dade (%) Achado Achado
presente ausente
Inspeção
Abaulamento de flancos 73-93 44-70 1,9 0,4
Edema 87 77 3,8 0,2
Palpação e percussão
Flancos timpânicos 80-94 29-69 NS 0,3
Macicez móvel 60-87 56-90 2,3 0,4
Piparote 50-80 82-92 5,0 0,5
329
História clínica
Exame físico
330
Exames complementares
Pontos de discussão
331
Discussão
332
333
Sintoma-guia: Febre.
Diagnóstico sindrômico: Síndrome febril, síndrome consumptiva.
Diagnóstico anatômico/topográfico: Sistema hematopoiético.
Diagnósticos diferenciais:
yy Leishmaniose visceral
yy Esquistossomose
yy Malária
yy Doença de Chagas
yy Leucemias
Hipotese diagnóstica: Leishmaniose visceral.
Pontos importantes
334
335
REFERÊNCIAS
1. Lopez M. Semiologia Médica: As Bases do Diagnóstico Clínico. 5. ed. Rio de Janeiro: Revinter;
2004.
2. Porto CS. Semiologia médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; 2014.
3. Bickley lS. Bates: Propedêutica Médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2015.
4. Meneghelli UG, Martilnelli ALC. Princípios de semiotécnica e de interpretação clínica do
abdômen. Simpósio semiologia, Capítulo IX. Medicina, Ribeirão Preto. 2014; 37: 267-85.
5. Cavalcante IJM, Vale MR. Aspectos epidemiológicos da leishmaniose visceral (calazar) no
Ceará no período de 2007 a 2011. Rev Bras Epidemiol. 2014; 17(4): 911-24.
6. Assis TSM, Braga ASC, Pedras MJ, Barral AMP, Siqueira IC, Costa, CHN, et al. Validação do teste
imunocromatográfico rápido IT-LEISH® para o diagnóstico da leishmaniose visceral humana.
Epidemiol Serv Saúde. 2008;17(2):107-16.
7. McGee, Steven R. Evidence-based physical diagnosis. 4th [edition]. Philadelphia, PA: Elsevier,
[2018]
336
EXAME NEUROLÓGICO:
Capítulo
NERVOS CRANIANOS 17
Autores:
Thayná Araújo Freire e
Manuel Fortes Monteiro
Coautores:
Keven Ferreira da Ponte e
Thays Araújo Freire
389
ANOSMIA AMAUROSE
DISOSMIA AMBLIOPIA
PAROSMIA PRESBIOPIA
Manual_Semiologia_Medica.indb 390
FANTOSMIA FOTOFOBIA
CACOSMIA
COPROSMIA
AGNOSIA
ACUIDADE
ALTERAÇÕES DA PAPILEDEMA
MAPA MENTAL
MOTRICIDADE VISUAL
ATROFIA OPTICA
DA LINGUA HEMORRAGIAS
FUNDOSCOPIA
ALTERAÇÕES VASCULARES
NC I EXSUDATOS ALGODONOSOS
NC XII OLFATÓRIO NC II
HIPOGLOSSO ÓPTICO
CAMPO ESCOTOMAS
VISUAL HEMIANOPSIAS
FRAQUEZA NC XI
ACESSÓRIO
NEURALGIA DO NC III
PTOSE PALPEBRAL
GLOSSOFARÍNGEO NC IX NERVOS (OCULOMOTOR), ESTRABISMOS
DISARTRIA (GLOSSOFARÍNGEO) CRANIANOS IV (TROCLEAR) E NISTAGMO
DISFONIA VI (ABDUCENTE) DIPLOPIA
E X (VAGO)
DISFAGIA
NC VIII
ACÚSTICO NC III DISTÚRBIOS
NC VII (OCULOMOTOR) DAS PUPILAS
FACIAL
NERVO NERVO NC V
VESTIBULAR COCLEAR TRIGÊMEO
PARALISIA FACIAL PUPILAS GRANDES
PERIFERICA PUPILAS PEQUENAS
HIPOACUSIA SINDROME DE HORNER
NISTAGMO
ANACUSIA NEURALGIA DO PUPILAS DE ARGYLL
ATAXIA
FONOFOBIA TRIGEMEO ROBERTSON
VERTIGEM
ACÚFENOS
25/01/2020 15:04:12
Exame neurológico: nervos cranianos
Fonte: Lynch1.
391
a) NC I: o nervo olfatório
392
e) NC V: o nervo trigêmeo
393
j) NC X: o nervo vago
394
395
396
DISTÚRBIOS DO OLFATO
Anosmia Ausência do olfato
Hiposmia Diminuição do olfato
Hiperosmia Olfato excessivamente agudo
Disosmia Comprometimento ou defeito do olfato
Parosmia Perversão ou distorção do olfato
Fantosmia Percepção de um odor que não é real
Presbiosmia Diminuição do olfato devido ao envelhecimento
Cacosmia Odores indevidamente desagradáveis
Coprosmia Cacosmia com odor fecal
Agnosia olfativa Incapacidade de identificar ou interpretar odores detectados
a) Orientações gerais:
b) Procedimento semiotécnico:
397
c) Parâmetros de normalidade:
398
a) Orientações gerais:
b) Procedimento semiotécnico:
399
Fonte: Dahl17.
400
c) Parâmetros de normalidade:
Sinônimo de cegueira seja qual for a causa, embora o termo seja mais
Amaurose utilizado para se referir à cegueira sem doença ocular primária ou secun-
dária a doença do nervo óptico ou do encéfalo.
401
a) Orientações gerais:
b) Procedimento semiotécnico:
402
Fonte: Autor.
c) Parâmetros de normalidade:
403
Hemianopsias
404
Hemianopsias
(continuação)
OE OD
405
Hemianopsias
(continuação)
OE OD
406
a) Orientações gerais:
b) Procedimento semiotécnico:
c) Parâmetros de normalidade:
407
Fonte: Autor.
408
ANORMALIDADES DA FUNDOSCOPIA
409
410
a) Orientações gerais:
b) Procedimento semiotécnico:
411
o olhar. O alvo deve traçar lentamente uma grande letra “H” no ar para
que o paciente acompanhe o desenho.
Fonte: Autor.
c) Parâmetros de normalidade:
412
413
a) Orientações gerais:
b) Procedimento semiotécnico:
c) Parâmetros de normalidade:
a) Orientações gerais:
b) Procedimento semiotécnico:
414
c) Parâmetros de normalidade:
a) Orientações gerais:
b) Procedimento semiotécnico:
415
c) Parâmetros de normalidade:
a) Orientações gerais:
b) Procedimento semiotécnico:
416
c) Parâmetros de normalidade:
a) Orientações gerais:
b) Procedimento semiotécnico:
417
c) Parâmetros de normalidade:
a) Orientações gerais:
b) Procedimento semiotécnico:
c) Parâmetros de normalidade:
418
a) Procedimento semiotécnico:
b) Parâmetros de normalidade:
a) Orientações gerais:
b) Procedimento semiotécnico:
419
c) Parâmetros de normalidade:
a) Orientações gerais:
420
b) Procedimento semiotécnico:
c) Parâmetros de normalidade:
421
a) Orientações gerais
422
b) Procedimento semiotécnico:
423
TESTES AUDITIVOS
Compara a audição do paciente com a audição do examinador,
que se presume normal. O examinador coloca o diapasão em
Teste do vibração em sua própria mastoide e, a seguir na do paciente.
Teste de • Na perda auditiva neurossensorial, o examinador ouvirá
diapasão
Schwabach
(continuação) o diapasão por alguns segundos a mais que o paciente;
• Na perda auditiva de condução, o paciente irá ouvir o dia-
pasão vários segundos além do examinador.
Fonte: Autor.
424
Fonte: Autor.
ANORMALIDADES AUDITIVAS
Perda auditiva parcial. A hiperacusia é a percepção anormal de sons, que
Hipoacusia e é mais frequente na paralisia do músculo estapédio devido a distúrbios
hiperacusia que afetam o nervo facial, mas pode ocorrer também em distúrbios psi-
quiátricos e como aura na crise epiléptica e na enxaqueca.
Anacusia Perda auditiva completa.
É a perda auditiva neurossensorial progressiva com o aumento da idade,
Presbiacusia
especialmente para altas frequências.
É a diferença na altura ou intensidade do mesmo som ouvido nas duas
Disacusia
orelhas, geralmente por disfunção da cóclea ou das vias auditivas centrais.
Fonofobia É a aversão a sons, principalmente sons altos, comum na enxaqueca.
É a percepção de ruído espontâneo, que não é originado no ambiente. Ge-
Zumbido, ralmente é ouvido apenas pelo doente e ocorre na ausência de estímulo
acúfeno
sonoro, mas pode ser objetivo (ou seja, também é ouvido por um obser-
ou tinitus
vador), se houver doença vascular ou mecânica como causa.
425
a) Orientações gerais
426
b) Procedimento semiotécnico:
c) Parâmetros de normalidade
ANORMALIDADES VESTIBULARES
É o movimento oscilatório involuntário dos olhos, rítmicos e repetitivos.
Pode ser fisiológico (optocinético, rápido, em sentido oposto ao movi-
mento do teste utilizado) ou patológico.
Nistagmo • Nistagmo vestibular espontâneo: ocorre na direção da lesão, com fase
rápida em direção oposta;
• Nistagmo posicional: ocorre provocado por movimentos específicos da
cabeça (manobra de Dix-Hallpike).
É o desvio dos membros em testes com o paciente de olhos fechados, que
Hipermetria
pode ser causado por doença cerebelar ou vestibular.
É uma ilusão de movimento ou sensação de rotação/inclinação do corpo,
que gera uma sensação de desequilíbrio, frequentemente desencadeada
Vertigem
por movimento da cabeça e associada a manifestações autonômicas. É
um subtipo de tontura. Pode ter causa central ou periférica.
Ataxia Refere-se a falta de coordenação dos movimentos motores voluntários.
427
ANORMALIDADES VESTIBULARES
São causas de síndrome vestibular periférica: vertigem de posicionamento
Síndrome paroxística benigna (VPPB), doença de Menière, neurite vestibular, vesti-
vestibular
bulopatia bilateral, colesteatoma, mastoidite, sarcoidose, uso de antibió-
periférica
tico ototóxico, neurinoma do acústico.
Associação de sintomas vestibulares (vertigem, náuseas, vômitos, desequi-
Síndrome librio, nistagmo) com sintomas de comprometimento do sistema nervoso
vestibular
central como diplopia e oftalmoparesia. São causas de síndrome vestibular
central
central, os acidentes vasculares encefálicos, esclerose múltipla e infecções.
a) Orientações gerais
428
b) Procedimento semiotécnico:
c) Parâmetros de normalidade
429
a) Procedimento semiotécnico:
430
b) Parâmetros de normalidade
a) Orientações gerais
b) Procedimento semiotécnico:
c) Parâmetros de normalidade
431
Fonte: Autor.
RAZÃO DE
SENSIBILI- ESPECIFICI- VEROSSIMILHANÇA
ACHADO
DADE (%) DADE (%) Achado Achado
presente ausente
Detecção de defeitos do campo visual – teste de confrontação
Defeito anterior (retina
11-58% 93-99% 5,7 0,7
ou nervo óptico)
Defeito posterior (quias-
ma óptico ou córtex oc- 43-86% 86-98% 9,6 0,4
cipital)
432
433
História clínica
Exame físico
434
Pontos de discussão
435
Discussão do caso
436
437
Diagnósticos diferenciais:
yy Distúrbios do sistema nervoso central
yy Colesteatoma
yy Neuromas faciais
yy Tumores da glândula parótida
Hipótese diagnóstica: Síndrome de Ramsay Hunt
Pontos importantes
438
REFERÊNCIAS
1. Lynch PJ. Brain human normal inferior view with labels. Wikki Commons. [internet];
2009. [acesso em 04/10/19]. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Brain_human_normal_inferior_view_with_labels_en.svg
2. Machado A, Haertel LM. Neuroanatomia funcional. 3. ed. São Paulo: Atheneu; 2014.
3. Gusmão SS, Campos GS, Teixeira AL. Exame neurológico – bases anatomofuncionais. 2. ed.
Rio de Janeiro: Revinter; 2007.
4. Campbell WW. O exame neurológico. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2014.
5. Guyton AC, Hall JE. Tratado de Fisiologia Humana. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2011.
6. Greenberg DA, Aminoff MJ, Simon RP. Neurologia clínica. 8. ed. Porto Alegre: AMGH; 2014.
7. Larner AA. Dictionary of Neurological Signs. 3rd ed. New York: Springer; 2011.
8. Porto CC, Porto AL. Exame clínico. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2011.
9. Ministério da Saúde, Ministério da Educação (BR). Projeto Olhar Brasil: Triagem de Acuidade
Visual – Manual de Orientação. Brasília: Ministério da Saúde; 2008.
10. Kahle W, Frotscher M. Color Atlas Textbook of Human Anatomy, 5th ed. Stuttgart: Thieme; 2003.
11. Normal Eye Institute. Normal Eye. Flickr. [internet]; 2012. [acesso em 04/10/19]. Disponível
em: https://www.flickr.com/photos/nationaleyeinstitute/7544656150/
12. Jacomini CZ, Hannouche RZ. Retinopatia hipertensiva. Rev Bras Hipertens. 2001; 8(3): 321-7.
13. Kanashiro AMK, Pereira CB, Melo ACP, Scaff M. Diagnóstico e tratamento das principais sín-
dromes vestibulares. Arq Neuropsiquiatr. 2005; 63(1): 140-4.
14. McGee SR. Evidence-Based Physical Diagnosis. 4th ed. Philadelphia, PA: Elsevier; 2018.
15. Beraldin BS, Rayes TR, Rayes A, Muller AF. Síndrome de Ramsay Hunt: Relato de Caso. Arq
Catarin Med. 2008; 37(3): 84-6.
16. Werner L, Trindade F, Pereira F, Werner L. Fisiologia da acomodação e presbiopia. Arq Bras
Oftalmol. 2000; 63(6): 487-93.
17. Jeff Dahl. Own work by uploader, Based on the public domain document. Originally developed
by Dutch ophthalmologist Herman Snellen in 1862, to estimate visual acuity. [internet]; 2018.
[acesso em 18/10/19]. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/File:Snellen_chart.svg
18. CHAVES, M. L. F., FINKELSTEIN, A., STEFANI, M. A. (Org.). Rotinas em neurologia e neurocirurgia.
Porto Alegre: ArtMed, 2008.
439