Você está na página 1de 3

Danilo Etechebere - 20190249

Trabalho Biotecnias da Reprodução 2023/1

Prof. PAULO CESAR GONZALES DIAS JUNIOR

Ao chegar no Haras, sou recebido pelo proprietário, Sr. Silva, um criador de cavalos
apaixonado e dedicado. Ele me guia pelas instalações do haras, explicando seu objetivo
de aumentar a qualidade genética dos potros por meio da inseminação artificial.

Nosso primeiro passo é avaliar as éguas. Conduzimos cada uma a uma área de
contenção individual, onde realizo um exame físico completo. Verifico a condição
corporal, a saúde reprodutiva e o histórico de reprodução de cada égua. É essencial
garantir que elas estejam saudáveis e prontas para o procedimento.

Após a avaliação inicial, discutimos a seleção do garanhão de alto valor genético. O Sr.
Silva compartilha detalhes sobre suas características desejáveis, como linhagem de
campeões em competições e temperamento equilibrado. Com base nessas informações,
analisamos o catálogo de garanhões disponíveis e escolhemos o mais adequado para
cruzar com as éguas do haras.

Agora, vamos ao protocolo de sincronização do cio. O objetivo é garantir que todas as


éguas estejam no momento ideal do ciclo reprodutivo para a inseminação. Utilizaremos
um protocolo hormonal que consiste em três fases principais: supressão do cio, indução
do cio e estimulação da ovulação.

1. Supressão do cio:

 Administração de Altrenogest diariamente por 10 a 14 dias. Isso inibe a


atividade ovariana e mantém as éguas em um estado de anestro (ausência
de cio).

2. Indução do cio:
 Após a supressão do cio, é administrada uma injeção de PGF2α, que
desencadeia a regressão do corpo lúteo e a indução do cio. Isso
geralmente ocorre 2 a 3 dias após a interrupção do Altrenogest.

3. Estimulação da ovulação:

 Dentro de 24 a 48 horas após a administração da PGF2α, é feita uma


injeção de GnRH para estimular o desenvolvimento folicular e a
ovulação.

Uma vez que todas as éguas estejam em cio, prosseguimos com a inseminação artificial.
Os passos envolvidos são os seguintes:

1. Preparação do material:

 Reunimos todos os materiais necessários, como luvas esterilizadas, um


recipiente especializado para o transporte do sêmen refrigerado,
instrumentos estéreis e o sêmen do garanhão selecionado.

 Garantimos que tudo esteja devidamente higienizado e pronto para uso.

2. Coleta e preparação do sêmen:

 O sêmen é coletado do garanhão selecionado, por meio de uma técnica


específica realizada por um profissional habilitado.

 Após a coleta, o sêmen é examinado quanto à qualidade, motilidade e


concentração dos espermatozoides.

 Em seguida, é diluído em um meio especial para garantir sua viabilidade


e proteção durante o transporte.

3. Inseminação:

 Com as éguas em cio e o sêmen preparado, iniciamos o processo de


inseminação artificial.

 Utilizando uma luva estéril, introduzo delicadamente a pipeta contendo o


sêmen no útero da égua.

 A pipeta é direcionada até o local adequado com auxílio da apalpação


retal para a deposição do sêmen.
4. Pós-inseminação:

 Após a inseminação, as éguas são monitoradas cuidadosamente durante o


período de gestação.

 Realizamos exames ultrassonográficos para confirmar a presença do


embrião e acompanhar o desenvolvimento fetal.

 Fornecemos cuidados veterinários adequados, incluindo nutrição


balanceada, suplementação se necessária e acompanhamento regular.

Ao longo do processo, mantenho uma comunicação constante com o Sr. Silva,


fornecendo atualizações sobre o progresso e oferecendo orientações para garantir o
bem-estar das éguas gestantes.

Após um período de gestação de aproximadamente 11 meses, as éguas dão à luz os


potros. Com a qualidade genética superior do garanhão selecionado, os filhotes exibem
características desejáveis, como conformação atlética, beleza e temperamento amigável.

O Sr. Silva, encantado com os resultados, vislumbra um futuro promissor para seu haras
e aprimoramento genético contínuo de seus cavalos de alto desempenho.

Você também pode gostar