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2o

ANO

2 2o ANO

GEOGRAFIA E HISTÓRIA
GEOGRAFIA
E HISTÓRIA
ÁREA DO CONHECIMENTO:

CIÊNCIAS HUMANAS
CIÊNCIAS HUMANAS

MANUAL DO
PROFESSOR

ENSINO

MANUAL DO
PROFESSOR
FUNDAMENTAL
LEDA LEONARDO DA SILVA
ANOS INICIAIS
MÔNICA LUNGOV
2 0 7 1 3 0 RAQUEL DOS SANTOS FUNARI
ISBN 978-65-5744-387-3

Editora responsável: Valéria Vaz


Organizadora: SM Educação
2 900002 071306 Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por SM Educação.

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LEDA LEONARDO DA SILVA
2 2o ANO

Bacharela e licenciada em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Letras


e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP).
Professora do Ensino Fundamental.
MÔNICA LUNGOV
GEOGRAFIA
Bacharela e licenciada em História pela FFLCH-USP.
Consultora pedagógica e professora de História no Ensino Fundamental
e no Ensino Médio.
E HISTÓRIA
RAQUEL DOS SANTOS FUNARI ÁREA DO CONHECIMENTO:
Licenciada em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
CIÊNCIAS HUMANAS
Belo Horizonte.
Mestra e doutora em História pelo Instituto de Filosofia e Ciências
Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Pesquisadora-colaboradora do Departamento de História do Instituto de MANUAL DO
Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp.
Professora de História e supervisora de área no Ensino Fundamental e no
PROFESSOR
Ensino Médio.

EDITORA RESPONSÁVEL: VALÉRIA VAZ


Licenciada em História pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de
ENSINO
Mesquita Filho” (Unesp). FUNDAMENTAL
Especialista em Linguagens Visuais e mestra em Artes Visuais pela
Faculdade Santa Marcelina (FASM). ANOS INICIAIS
Bacharela em Letras pela FFLCH-USP.
Editora de livros didáticos.

Organizadora: SM Educação
Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por SM Educação.

São Paulo, 1a edição, 2021

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Aprender Juntos Geografia e História 2o ano
© SM Educação
Todos os direitos reservados

Direção editorial Cláudia Carvalho Neves


Gerência editorial Lia Monguilhott Bezerra
Gerência de design e produção André Monteiro
Edição executiva Valéria Vaz
Edição: Gabriel Careta, Jéssica Vieira de Faria, Kenya Jeniffer Marcon, Mírian Cristina de
Moura Garrido
Suporte editorial: Fernanda de Araújo Fortunato
Coordenação de preparação e revisão Cláudia Rodrigues do Espírito Santo
Preparação: Rosinei Aparecida Rodrigues Araujo, Vera Lúcia Rocha
Revisão: Rosinei Aparecida Rodrigues Araujo, Vera Lúcia Rocha
Apoio de equipe: Beatriz Nascimento, Camila Durães Torres
Coordenação de design Gilciane Munhoz
Design: Thatiana Kalaes, Lissa Sakajiri
Coordenação de arte Andressa Fiorio
Edição de arte: João Negreiros
Assistência de arte: Gabriela Rodrigues Vieira
Assistência de produção: Leslie Morais
Coordenação de iconografia Josiane Laurentino
Pesquisa iconográfica: Mariana Sampaio
Tratamento de imagem: Marcelo Casaro
Capa APIS Design
Ilustração da capa: Henrique Mantovani Petrus
Projeto gráfico APIS Design
Editoração eletrônica Essencial Design
Cartografia João Miguel A. Moreira
Pré-impressão Américo Jesus
Fabricação Alexander Maeda
Impressão

Em respeito ao meio ambiente, as Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


folhas deste livro foram produzidas com (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
fibras obtidas de árvores de florestas
Silva, Leda Leonardo da
plantadas, com origem certificada.
Aprender juntos geografia e história, 2º ano : ensino
fundamental : anos iniciais / Leda Leonardo da
Silva, Mônica Lungov, Raquel dos Santos Funari ;
editora responsável Valéria Vaz ; organizadora SM
Educação ; obra coletiva concebida, desenvolvida
e produzida por SM Educação. – 1. ed. – São Paulo :
Edições SM, 2021. – (Aprender juntos)

“Área do conhecimento: Ciências humanas”


ISBN 978-65-5744-386-6 (aluno)
ISBN 978-65-5744-387-3 (professor)

1. Geografia (Ensino fundamental) 2. História (Ensino


fundamental) I. Lungov, Mônica. II. Funari, Raquel dos
Santos. III. Vaz, Valéria. IV. Título. V. Série.

21-69406 CDD-372.89

Índices para catálogo sistemático:

1. História e geografia : Ensino fundamental 372.89


Cibele Maria Dias — Bibliotecária — CRB-8/9427

1ª edição, 2021

SM Educação
Rua Cenno Sbrighi, 25 – Edifício West Tower n. 45 – 1o andar
Água Branca 05036-010 São Paulo SP Brasil
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APRESENTAÇÃO
Prezado professor, prezada professora,

O mundo contemporâneo apresenta uma série de desafios para


quem discute e educa. Praticar educação, nos dias de hoje, exige
que formar os estudantes não se restrinja apenas aos conteúdos
ensinados, pois a escola é um espaço de convivência e de troca de
saberes.
Nesse sentido, este material didático foi cuidadosamente
pensado para auxiliar seu trabalho e garantir aos estudantes a
construção de uma aprendizagem consistente, gradual e significativa
nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A seleção dos conteúdos
contribui para a criatividade e o desenvolvimento integral do
estudante, oferecendo oportunidades para que ele expresse seus
pensamentos, reflita sobre o que está aprendendo e compartilhe
seu conhecimento de mundo com os demais. Assim, o professor
alcança os objetivos almejados e o estudante avança no processo
de formação como cidadão pensante e atuante na resolução de
problemas.
Os textos, as imagens, as atividades e os temas propostos,
além de permitirem o desenvolvimento das habilidades e das
competências específicas da área de Ciências Humanas previstas
na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), também contribuem
para que os estudantes se tornem indivíduos capazes de lidar com
as próprias emoções, aprendam a demonstrar empatia, a manter
relações sociais positivas e a tomar decisões de maneira responsável.
Desejamos que este material facilite a condução de suas aulas,
auxilie no trabalho com esta coleção e possa contribuir para sua
formação como docente.

Bom trabalho!

As autoras

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SUMÁRIO

Seção introdutória

O ensino de Geografia e História no Ensino Fundamental . . . . . . . . . . V


A interdisciplinaridade no Ensino Fundamental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VI
Objetivos gerais da coleção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VII
Proposta pedagógica da coleção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . X
Avaliação e aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIII
Organização e estrutura da coleção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIV
Organização dos conceitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIV
Estrutura da coleção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIV
O uso das letras de imprensa maiúsculas e minúsculas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XV
Códigos alfanuméricos das habilidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XV
Distribuição anual de conteúdos do volume . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVI
Organização do Manual do Professor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVIII
Bibliografia comentada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XX

Início da reprodução do Livro do Estudante

Sumário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Boas-vindas! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Capítulo 1 – Os outros e eu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Capítulo 2 – Os lugares de brincar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Capítulo 3 – Todos temos história . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Capítulo 4 – Muitas famílias, muitas histórias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Capítulo 5 – As famílias brasileiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Capítulo 6 – As diferentes moradias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Capítulo 7 – Convivendo com a vizinhança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Capítulo 8 – A vida no bairro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
Capítulo 9 – As transformações dos lugares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
Capítulo 10 – A escola é de todos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Capítulo 11 – A convivência na escola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136
Capítulo 12 – As escolas do Brasil ontem e hoje . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
Até breve! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158
Bibliografia comentada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160

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Seção introdutória V

O ENSINO DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA


NO ENSINO FUNDAMENTAL
Nesta coleção, a interdisciplinaridade é privilegiada com momento, o ponto de partida é a sociedade humana reali-
a integração dos componentes curriculares Geografia e zando-se. Essa realização dá-se sobre uma base material:
História, da área de Ciências Humanas, levando-se em consi- o espaço e seu uso, o tempo e seu uso; a materialidade e
deração que o ser humano e suas ações estão relacionados suas diferenças formas, as ações e suas diversas feições
e integrados à realidade social e cultural. Além disso, o diálo- [...]. Assim, empiricizamos o tempo tornando-o material
go fluente, que ocorre entre esses componentes curriculares, e o assimilamos, desse modo, ao espaço, que não existe
possibilita que o trabalho com o todo, e não com as partes, sem a materialidade. A técnica entra aqui como um traço
seja mais adequado às crianças dessa faixa etária. Ao integrar de união, histórica e epistemologicamente. [...]1
conteúdos e relacionar conceitos de modo interdisciplinar,
procuramos sempre nos basear na curiosidade e na inquie- O trabalho com os conceitos de espaço e tempo, per-
tude das crianças, estimulando ainda mais o interesse e a cebidos como categorias indissociáveis, permite-nos uma
admiração delas pelo mundo do qual fazem parte, um mundo reflexão sobre a possibilidade de coexistência de tempos di-
repleto de problemas, mas também de soluções a serem bus- ferentes, sendo o espaço atual o resultado de distintas ações
cadas. Assim, apresentando aos estudantes temas familiares, passadas que se manifestam desigualmente e que continuam
cotidianos e relevantes, esperamos que eles comecem a ter a exercer força nas configurações do presente. Nesse sentido,
um pensamento geográfico e histórico da realidade que os o espaço geográfico deve ser entendido como historicamen-
rodeia. te produzido pelo ser humano, à medida que este se organiza
Ao longo das últimas décadas, o ensino de Geografia e socialmente e interage com o meio.
História tem passado por transformações significativas. Essas A partir dessa perspectiva, os estudantes poderão reco-
transformações no ensino refletem um mundo em constante nhecer as motivações e as ações dos diferentes grupos hu-
mudança, onde a emergência e a atuação de novos agen- manos, que, ao longo do tempo, vêm moldando o espaço da
tes sociais, bem como o emprego de novas tecnologias re- forma como ele é hoje e contribuindo para a continuidade
configuram as relações estabelecidas entre os diversos gru- de sua transformação no futuro. E, ao conhecerem as dife-
pos e indivíduos que compõem a sociedade, o espaço que rentes realidades resultantes das ações humanas no tempo
ocupam, onde interagem e o conhecimento que produzem. e no espaço e se identificarem como parte da sociedade, os
Na Geografia, por exemplo, criticou-se o modelo de ensino estudantes poderão refletir sobre as próprias relações inter-
de caráter meramente descritivo dos fenômenos geográficos pessoais e com o meio em que vivem, ampliando, assim, as
(físicos e humanos), e as novas correntes teóricas passaram possibilidades de participação social. Dessa forma, com esta
a objetivar uma Geografia crítica, pautada na compreensão coleção interdisciplinar, pretendemos que os estudantes te-
do espaço geográfico em suas múltiplas relações, visando nham condições de perceber e compreender as relações es-
compreender o papel da sociedade e sua relação com a natu- tabelecidas pelos seres humanos no tempo e no espaço, e de
reza na produção e na organização do espaço com base nas refletir sobre os significados dessas relações. Com base nessa
dinâmicas do território, da paisagem e do lugar. compreensão, visamos que eles reconheçam os seres huma-
nos como agentes transformadores do lugar onde vivem, to-
Em História, buscou-se a desconstrução de um modelo
mando a consciência da importância e da necessidade dos
de ensino que enfatizava exclusivamente os ditos heróis ou
cuidados que devem ter com a natureza e com tudo que
grandes personagens, uma noção de progresso abstrata e
dela faz parte.
uma concepção exclusivamente cronológica do tempo. Em
seu lugar, propôs-se a consideração de diferentes temporali- Partindo de uma perspectiva humanista de respeito à plu-
dades, a denúncia das desigualdades sociais e das violações ralidade cultural, social e política, esperamos que cada estu-
de direitos, a busca pela compreensão dos conflitos, e, por dante comece a se reconhecer como ser individual, que deve
fim, a valorização da diversidade cultural e étnica, como o cuidar de si mesmo, da própria saúde e da própria higiene,
acolhimento da diferença e a educação em direitos humanos. além de se identificar como ser social, percebendo que são
Em síntese, a construção de identidades e da cidadania e a inúmeras as situações de convivência com outras pessoas,
formação ética tornaram-se os eixos norteadores da seleção diferentes em suas origens, suas culturas, hábitos e vivências,
de conteúdos, dos métodos de ensino e dos objetivos defi- com as quais pode partilhar experiências, saberes e conheci-
nidos pelos professores de História para o desenvolvimento mentos. Sendo assim, espera-se que o estudante reconheça
de seu trabalho. que a valorização e o respeito às diferenças entre as pessoas
e à diversidade devem fazer parte de suas atitudes e da con-
Nesse sentido, as relações estabelecidas entre sociedade,
duta de todos, de maneira que o convívio em sociedade seja
espaço e tempo despontam como um dos principais eixos
pautado pela educação e pela tolerância.
estruturantes do ensino integrado de História e Geografia.
Nas escolas brasileiras, o ensino de Geografia e História
Como nos lembra Milton Santos:
realizado na infância ocorre principalmente durante o seg-
Tempo, espaço e mundo são realidades históricas, que mento do Ensino Fundamental. A palavra ensino tem em sua
devem ser intelectualmente reconstruídas em termos de
sistema, isto é, como mutuamente conversíveis, se a nossa 1 SantoS, M. Técnica, espaço, tempo: a globalização e o meio técnico-
preocupação epistemológica é totalizadora. Em qualquer científico-informacional. São Paulo: Edusp, 2008. p. 39.

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VI Seção introdutória

origem o termo latino signo, que, no sentido original, se refe- de outra disciplina também se compromete com seu próprio
re a sinal, marca. O ensino seria, então, o compartilhamento objeto. Concomitantemente, os dois professores, cada qual
de sinais e marcas de uma sociedade. Algo que, em si, marca em sua aula, remetem-se aos componentes curriculares re-
os indivíduos por toda a vida, como afirma o historiador Marc lacionados.
Ferro2. A palavra fundamental, por sua vez, evoca aquilo que Quando a definição de objetivos e temas específicos de
há de fundo, a base que sustenta algo. Assim, o nome do seg- cada área é feita em primeiro lugar, e só depois ocorre a jun-
mento, pelos seus próprios termos e significados, já entrega ção do grupo, em geral, cada um faz uma parte, e o todo
seu principal sentido: fornecer o fundamento cultural, a base, acaba não sendo contemplado. Sendo assim, reforça-se a
para formar cidadãos, indivíduos capazes de compreender o fragmentação do conhecimento, que é um enfoque contra-
mundo e agir nele. riado pela interdisciplinaridade.
Além dos impactos que a formação escolar traz para os Na interdisciplinaridade, os professores, cada qual com
indivíduos, há também a influência do aprendizado que cada
seus saberes, tentam responder a uma questão complexa,
criança traz consigo antes de ingressar na educação básica: a
que certamente apresentará falhas e incompletudes caso
educação familiar. Essa dimensão educativa marcante é espe-
seja abordada apenas por uma das áreas de conhecimento.
cialmente reconhecida na Política Nacional de Alfabetização
Nesse caso, o grupo de professores deve se reunir em torno
(PNA)3, que denomina esse processo de literacia familiar.
de um ou mais objetivos em comum.
Tomando como base pesquisas científicas sobre os proces-
sos cognitivos relativos ao aprendizado, o documento aponta Por que entender e praticar a interdisciplinaridade é im-
que as primeiras experiências infantis com relatos do pas- portante?
sado ocorrem nas fases de literacia emergente e literacia Para muitos autores, essa relevância está na necessidade
básica, fases consideradas essenciais para a aquisição das de olharmos o todo, e não apenas as partes. Olhar apenas um
habilidades que levam à alfabetização. aspecto nos leva, muitas vezes, a não entendermos os meca-
Já adentrando os anos iniciais do Ensino Fundamental, nismos complexos da totalidade, interpretando a realidade
as crianças passam a ter contato com habilidades que se de forma ingênua.
tornam mais complexas, como a fluência em leitura oral e as Um dos argumentos mais fortes para trabalharmos com
estratégias de compreensão de textos. Esse momento é de- base no modelo interdisciplinar é o crescente aumento da
nominado literacia intermediária e compreende o incentivo complexidade dos problemas enfrentados pela sociedade.
aos hábitos de leitura e à produção de escrita. Na prática, deveríamos olhar para a realidade complexa com
A área de Ciências Humanas permite o desenvolvimento cada um dos profissionais, colaborando, com suas compe-
de procedimentos de investigação, pesquisa e registro em tências específicas, em prol da resolução do problema.
diferentes fontes documentais, como paisagens, fatos e de- Ser interdisciplinar é ter predisposição para descobrir-se
poimentos. Tais ações se tornam um meio profícuo para o e descobrir o outro (Fazenda, 2005). Essa atitude interdisci-
desenvolvimento global dos estudantes, de acordo com sua plinar é muito mais do que apenas falar sobre o assunto: é
faixa etária, no que diz respeito à literacia, em suas diferentes viver a situação, é ter humildade para reconhecer seus limites
habilidades (a consciência fonológica e fonêmica, o conheci- e querer, de maneira absolutamente verdadeira, entregar-se
mento alfabético, a fluência em leitura oral, o desenvolvimen- ao novo.
to de vocabulário, a compreensão de textos e a produção de Mas de que novo estamos falando? Novas práticas que
escrita), e à numeracia, em seus múltiplos aspectos, utilizada
fazem parte de novas concepções devem ser pensadas.
de forma contextualizada para a resolução de questões ob-
Nesse contexto, para Santomé (1998), a seleção de conteú-
jetivas e cotidianas.
dos deveria ser discutida com base em temáticas que teriam
como desafio a solução de problemas. A vantagem de tra-
balhar com um currículo assim é poder facilitar a visão das
A interdisciplinaridade no dimensões éticas, políticas e socioculturais do conhecimento,
Ensino Fundamental reforçando uma importante característica da interdisciplinari-
dade: o sincretismo. Trata-se de uma visão do todo, diferen-
Antes de falarmos sobre a interdisciplinaridade, cabe di- temente da crença de que o conhecimento é constituído por
ferenciá-la de outro conceito, com o qual ela é, por vezes, parcelas do saber.
confundida: a multidisciplinaridade. O ensino, na maioria das vezes, oferece partes do conheci-
De modo muito geral, podemos dizer que a multidisci- mento como se fossem peças de um quebra-cabeça, e, como
plinaridade ocorre quando temos interação entre os com- os estudantes não organizam o conhecimento para a integra-
ponentes curriculares. Ao tratar de determinado tema, o ção, as peças ficam separadas (Santomé, 1998). Sendo assim,
professor de um componente curricular se responsabiliza para que as peças do quebra-cabeça se juntem, de modo
por trabalhar a sua parte do conteúdo, enquanto o professor que tenham significado e sentido, é necessário envolvimento.

No projeto interdisciplinar não se ensina, nem se apren-


2 Ferro, M. Manipulação da história no ensino e nos meios de de: vive-se, exerce-se. A responsabilidade individual é a
comunicação. São Paulo: Ibrasa, 1999. p. 13.
marca do projeto interdisciplinar, mas essa responsabili-
3 BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA:
dade está imbuída do envolvimento – envolvimento esse
Política Nacional de Alfabetização. Brasília: MEC/Sealf, 2019.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/images/banners/caderno_ que diz respeito ao projeto em si, às pessoas e às institui-
pna_final.pdf. Acesso em: 28 jul. 2021. ções a ele pertencentes (Fazenda, 2005, p. 17).

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Seção introdutória VII

Cabe, também, assinalar alguns caminhos indicados nas 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de in-
Diretrizes curriculares nacionais para o Ensino Fundamental formação e comunicação de forma crítica, significativa,
de 9 (nove) anos: reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar infor-
[...] Há propostas curriculares ordenadas em torno de gran- mações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
des eixos articuladores; experiências de redes que traba- exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
lham projetos de interdisciplinaridade com base em temas
geradores formulados a partir de problemas detectados 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais
na comunidade; as que procuram enredar esses temas às e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
áreas de conhecimento; os chamados currículos em rede; possibilitem entender as relações próprias do mundo do
as que propõem a integração do currículo por meio de trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cida-
conceitos-chave ou ainda de conceitos-nucleares que per- dania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
mitem trabalhar as questões cognitivas e as questões cul- consciência crítica e responsabilidade.
turais numa perspectiva transversal (Brasil, 2013, p. 119). 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações
confiáveis, para formular, negociar e defender ideias,
O contexto adotado para desenvolver esta coleção in-
pontos de vista e decisões comuns que respeitem e pro-
terdisciplinar é o espaço e o grupo de vivência do estudan-
movam os direitos humanos, a consciência socioambien-
te, suas interações com o ambiente e com o próprio corpo
tal e o consumo responsável em âmbito local, regional e
ao longo do crescimento. Dessa maneira, os conteúdos de
global, com posicionamento ético em relação ao cuidado
Ciências da Natureza e de Ciências Humanas têm campo fér- de si mesmo, dos outros e do planeta.
til de articulação e desenvolvimento.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e
emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
Objetivos gerais da coleção reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrí-
O projeto desta coleção, que visa contribuir para o de- tica e capacidade para lidar com elas.
senvolvimento progressivo de aprendizagens essenciais nos
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos
anos iniciais da Educação Básica, está apoiado em alguns
e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o res-
pilares fundamentais. A Política Nacional de Alfabetização peito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento
foi tomada como uma das referências. Sendo assim, as pro- e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
postas buscam colaborar ativamente para o processo de sociais, seus saberes, identidades, culturas e potenciali-
literacia, sobretudo com o objetivo de estimular, de modo dades, sem preconceitos de qualquer natureza.
adequado a cada faixa etária, o desenvolvimento de voca-
bulário, a compreensão de textos, a produção de escrita e a 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, respon-
fluência em leitura oral, entre outros. sabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, to-
Seguindo as orientações da BNCC (2018), adotou-
mando decisões com base em princípios éticos, democrá-
-se como elemento norteador o desenvolvimento das dez
ticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Competências Gerais da Educação Básica (CGEB) propos-
BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
tas pelo documento: Base nacional comum curricular: educação é a base.
Brasília: MEC/SEB, 2018. p. 9-10.
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente
construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital A concepção de que o desenvolvimento das competên-
para entender e explicar a realidade, continuar aprenden- cias socioemocionais é parte essencial desse percurso tam-
do e colaborar para a construção de uma sociedade justa, bém é bastante relevante; por essa razão, dedica-se atenção
democrática e inclusiva. especial a atividades que propiciem o reconhecimento e o
exercício das emoções, buscando favorecer a tomada de de-
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à aborda- cisões éticas, pessoal e socialmente responsáveis. As compe-
gem própria das ciências, incluindo a investigação, a refle- tências socioemocionais trabalhadas são:
xão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para
investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e Autoconsciência
resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológi-
cas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. Envolve o conhecimento de cada pessoa, bem como de
suas forças e limitações, sempre mantendo uma atitude
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e otimista e voltada para o conhecimento.
culturais, das locais às mundiais, e também participar de
práticas diversificadas da produção artístico-cultural. Autogestão
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual- Relaciona-se ao gerenciamento eficiente do estresse, ao
-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora controle de impulsos e à definição de metas.
e digital –, bem como conhecimentos das linguagens ar-
tística, matemática e científica, para se expressar e parti- Consciência social
lhar informações, experiências, ideias e sentimentos em
diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao Necessita de exercício da empatia, do colocar-se “no lugar
entendimento mútuo. dos outros”, respeitando a diversidade.

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VIII Seção introdutória

Habilidades de relacionamento 7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfi-


ca e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de
Relacionam-se com as habilidades de ouvir com empa- informação e comunicação no desenvolvimento do racio-
tia, falar clara e objetivamente, cooperar com os demais, cínio espaço-temporal relacionado a localização, distân-
resistir à pressão social inadequada (ao bullying, por cia, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e
exemplo), solucionar conflitos de modo construtivo e res- conexão.
peitoso, bem como auxiliar o outro quando for o caso.
BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
Base nacional comum curricular: educação é a base.
Tomada de decisão responsável Brasília: MEC/SEB, 2018. p. 357.

Preconiza as escolhas pessoais e as interações sociais de


Como as Ciências Humanas são constituídas por dois
acordo com as normas, os cuidados com a segurança e os
componentes curriculares no Ensino Fundamental (Geografia
padrões éticos de uma sociedade.4
e História), cada um deles também apresenta suas compe-
Ainda de acordo com a BNCC, há Competências tências específicas.
Específicas de Ciências Humanas (CECH) que foram valo- Esta coleção buscou atender às prerrogativas do ensino
rizadas para que os estudantes sejam capacitados a iniciar da Geografia, em relação à mobilização do pensamento
a sua “leitura do mundo” em ambiente pedagógico e social- espacial, aplicando procedimentos de pesquisa e análise
mente compartilhado. São elas: de informações que favorecerem o desenvolvimento das
Competências Específicas de Geografia (CEG), também in-
1. Compreender a si e ao outro como identidades diferen- dicadas na BNCC:
tes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma
sociedade plural e promover os direitos humanos. 1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a
interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o
2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio téc-
espírito de investigação e de resolução de problemas.
nico-científico-informacional com base nos conhecimen-
tos das Ciências Humanas, considerando suas variações 2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhe-
de significado no tempo e no espaço, para intervir em si- cimento geográfico, reconhecendo a importância dos ob-
tuações do cotidiano e se posicionar diante de problemas jetos técnicos para a compreensão das formas como os
do mundo contemporâneo. seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao
longo da história.
3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser
humano na natureza e na sociedade, exercitando a curio- 3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compre-
sidade e propondo ideias e ações que contribuam para a ensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da
transformação espacial, social e cultural, de modo a parti- ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os
cipar efetivamente das dinâmicas da vida social. princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribui-
ção, extensão, localização e ordem.
4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvi-
das com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes 4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das
culturas, com base nos instrumentos de investigação das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes
Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valo- gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de
rização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, problemas que envolvam informações geográficas.
seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem
preconceitos de qualquer natureza. 5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedi-
mentos de investigação para compreender o mundo natu-
5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no ral, social, econômico, político e o meio técnico-científico
mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorri- e informacional, avaliar ações e propor perguntas e solu-
dos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços ções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem
variados. conhecimentos científicos da Geografia.
6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos 6. Construir argumentos com base em informações geo-
das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e gráficas, debater e defender ideias e pontos de vista que
opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos respeitem e promovam a consciência socioambiental e o
e a consciência socioambiental, exercitando a responsa- respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de
bilidade e o protagonismo voltados para o bem comum qualquer natureza.
e a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva. 7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia,
responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determina-
4 BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
ção, propondo ações sobre as questões socioambientais,
Competências socioemocionais como fator de proteção à saúde com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis
mental e ao bullying. Brasília: MEC/SEB, 2018. Disponível em: http:// e solidários.
basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-
de-praticas/aprofundamentos/195-competencias-socioemocionais- BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
como-fator-de-protecao-a-saude-mental-e-ao-bullying. Acesso em: Base nacional comum curricular: educação é a base.
27 maio 2021. Brasília: MEC/SEB, 2018. p. 366.

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Seção introdutória IX

Em relação ao ensino de História, a coleção valoriza a linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a
perspectiva de que a história é uma narrativa elaborada no resolução de conflitos, a cooperação e o respeito.
presente, por sujeitos distintos, cuja dinâmica é a responsá-
vel pela construção do conhecimento histórico. Dessa forma, 4. Identificar interpretações que expressem visões de
definiu-se um conjunto orgânico e progressivo de aprendiza- diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um
gens consideradas essenciais, permitindo o desenvolvimento mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente
das Competências Específicas de História (CEH), também com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos,
indicadas na BNCC: sustentáveis e solidários.

1. Compreender acontecimentos históricos, relações de 5. Analisar e compreender o movimento de populações


poder e processos e mecanismos de transformação e ma- e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados
nutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade
culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para com as diferentes populações.
analisar, posicionar-se e intervir no mundo contempo-
râneo. 6. Compreender e problematizar os conceitos e procedi-
mentos norteadores da produção historiográfica.
2. Compreender a historicidade no tempo e no espaço, re-
lacionando acontecimentos e processos de transformação 7. Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de infor-
e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômi- mação e comunicação de modo crítico, ético e responsá-
cas e culturais, bem como problematizar os significados vel, compreendendo seus significados para os diferentes
das lógicas de organização cronológica. grupos ou estratos sociais.
3. Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e
BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
proposições em relação a documentos, interpretações e Base nacional comum curricular: educação é a base.
contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes Brasília: MEC/SEB, 2018. p. 402.

Área de Ciências Humanas no Ensino Fundamental

Noções de tempo e espaço

Ciências Humanas

Geografia História

Ensino

Desenvolvimento do
raciocínio espaço-tempo

Produção de
Relações sociais
Ação humana conhecimento e
e de poder
saberes

Compreensão
de mundo

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X Seção introdutória

PROPOSTA PEDAGÓGICA DA COLEÇÃO


Com base nos documentos já apresentados, esta coleção depende de muitos fatores, dentre os quais destacamos a
fundamentou-se em pressupostos teóricos que consideram formação, inicial e continuada, de professores, cuja base deve
relevantes (como partes integradas do processo de ensino) ser a reflexão.
o estudante, o professor e o conhecimento. Reconhecendo No que diz respeito à relação professor-estudante, defen-
o estudante como sujeito ativo desse processo, procurou-se demos a ideia de que ela deve se guiar pelo respeito, sem a
desenvolver um diálogo permanente com ele, por meio de renúncia da autoridade do professor, que é o responsável por
textos, imagens, documentos e atividades que possibilitassem mediar as situações educacionais. Nesse sentido, a mediação
a elaboração de um conhecimento significativo, contemplado ocorre quando o professor coloca situações-problema reais
por processos de percepção, compreensão e representação. e complexas, de preferência dando prioridade à interdiscipli-
De acordo com a BNCC: naridade, e leva em consideração os conhecimentos prévios
que os estudantes possuem. Considerar os conhecimentos
[...] Os indivíduos desenvolvem sua percepção de si e do deles, porém, não é abandoná-los à mercê de descobrirem e
outro em meio a vivências cotidianas, identificando o seu inventarem sozinhos o conhecimento, pois o ensino acontece
lugar na família, na escola e no espaço em que vivem. O por meio de atividade mental construtiva desse estudante,
aprendizado, ao longo do Ensino Fundamental – Anos que pesquisa, escuta, explora, lê, questiona e expõe ideias,
Iniciais, torna-se mais complexo à medida que o sujeito sendo, assim, construtor de seu próprio conhecimento.
reconhece que existe um “Outro” e que cada um apreende
Considerando esse princípio, nesta coleção, procuramos
o mundo de forma particular. A percepção da distância
criar situações e atividades com potencial para mobilizar o
entre objeto e pensamento é um passo necessário para a
estudante intelectualmente e levá-lo a interagir com o obje-
autonomia do sujeito, tomado como produtor de diferen-
to do conhecimento, construindo representações interiores
tes linguagens. [...]
desse objeto. Essa prática pressupõe considerar as expe-
BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. riências e os repertórios que o estudante possui para que,
Base nacional comum curricular: educação é a base. por meio das relações estabelecidas entre o que ele já sabe
Brasília: MEC/SEB, 2018. p. 403. e o novo conhecimento, realize uma aprendizagem com
compreensão, ou seja, significativa.
Considerando esse princípio, a coleção oferece ativida-
Nesta coleção, o trabalho com os conhecimentos prévios
des e propicia situações que permitem mobilizar o estudante
aparece, de forma mais incisiva, no início de cada capítulo,
intelectualmente, levando-o a interagir com os objetos de
como modo não só de fornecer ao professor um diagnóstico
conhecimento, para que construa representações interiores
sobre a turma, mas também de despertar o interesse e a
desses objetos. Essa prática pressupõe considerar as expe-
participação dos estudantes. Assim, conforme os estudantes
riências e os repertórios trazidos pelo estudante para que
desenvolvem as atividades propostas na abertura de capí-
ele possa relacioná-los com o novo conhecimento e realizar
tulos, eles comunicam suas ideias e revelam o que já sabem
uma aprendizagem significativa, que faça sentido em seu uni-
a respeito dos temas em pauta. Esses pontos de vista, que
verso de vivências. Assim, ele poderá construir uma série de
poderão se alterar ao longo dos estudos, atuam como refe-
conceitos que colaborem para o entendimento do mundo ao
rências, para o professor, do quão próximo o entendimento
redor e de suas próprias experiências.
dos estudantes está das explicações científicas.
De acordo com Coll:
Assim sendo, ao garantir aos estudantes o direito de ex-
[...] é importante que os professores percebam os co- pressão, o incentivo à reflexão e o registro das ideias deles,
nhecimentos prévios dos estudantes sobre o tema a ser o professor pode passar a valorizar situações de levanta-
estudado, não apenas porque são os que eles utilizam mento de conhecimentos prévios. Esse registro também
permitirá o confronto entre as ideias iniciais e as formuladas
para aprender, isto é, não podem prescindir deles na
durante o desenvolvimento dos temas. Nessas atividades
realização de novas aprendizagens, mas porque deles
iniciais, não é necessário corrigir os estudantes, pois o obje-
dependem as relações que é possível estabelecer para
tivo principal consiste em sondar os conhecimentos prévios
atribuir significado à nova informação proposta. Isto é,
e as concepções espontâneas deles.
os conhecimentos do estudante sobre um determinado
tema possibilitam estabelecer relações substantivas, Esses conhecimentos e essas concepções são, em geral,
permitindo também, consequentemente, atribuir signi- retomados no fim do capítulo, na seção final de atividades,
ficado ao novo conteúdo.5 possibilitando a cada estudante, também, uma ferramenta
de avaliação de seu ponto de partida a seu ponto de che-
Ao professor, que é parte desse processo como articula- gada. Sendo as Ciências Humanas áreas propícias ao diálo-
dor de situações e mobilizador de capacidades, cabe fazer a go com outras áreas do conhecimento (Língua Portuguesa,
mediação entre os objetos de conhecimento e o estudante, Arte, Matemática, Educação Física), nesse processo, cabe ao
intervindo durante as exposições em sala, a fim de organi- professor conectar os assuntos quando julgar conveniente.
zar e viabilizar as investigações e, em seguida, sistematizar Nesta coleção, procuramos, sempre que possível, traba-
as descobertas. Entendemos que a qualidade da educação lhar os conteúdos de maneira contextualizada, isto é, relacio-
ná-los a situações da realidade, por meio de exemplos que
5 Coll, C. et al. O construtivismo na sala de aula. São Paulo: Ática, ajudam a evidenciar o modo como os conhecimentos estu-
1996. p. 97. dados em sala de aula se aplicam à vida prática das pessoas.

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Seção introdutória XI

Além dos conhecimentos específicos das áreas em estu- Com um levantamento das impressões dos estudantes, o
do, os conteúdos abrangem procedimentos e atitudes. Essa professor tem condições de avaliar os conhecimentos prévios
diversidade, segundo Solé e Coll (2006), contribui para a deles e, a partir daí, organizar e tornar mais complexos esses
educação desejada e abrange os seguintes elementos: con- conhecimentos, ampliando-os.
teúdos factuais (nomenclaturas, classificações e símbolos), Inicialmente, o mais indicado é o trabalho com a observa-
conteúdos conceituais (noções, conceitos e princípios), ção dirigida, ou seja, aquele em que o professor, com algumas
conteúdos procedimentais (observações, desenhos, expe- perguntas, chama a atenção dos estudantes para a imagem
rimentações, pesquisas, debates e trabalhos de campo) e como um todo. Em seguida, passa a explorar, também com
conteúdos atitudinais (regras e comportamentos baseados perguntas e alguns comentários, os detalhes e as informa-
em valores). ções não explicitadas. Se os estudantes demonstrarem inte-
resse por algum aspecto da imagem, o professor deve apro-
Assim como ocorre na BNCC, que propõe às escolas que veitar o momento para trabalhar e aprofundar o assunto.
incorporem em seus currículos a abordagem de temas con-
Os mesmos procedimentos podem ser adotados na
temporâneos relevantes à vida do ser humano em seus diver-
comparação de imagens de um mesmo local em épocas
sos espaços de atuação, esta coleção também desenvolve e
diferentes. O levantamento de semelhanças e diferenças,
aborda, de forma contextualizada e integrada aos conteú- considerando o tempo decorrido, permitirá aos estudantes
dos dos componentes curriculares, temas como o direito das verificar o processo de mudanças, rupturas e permanências,
crianças e dos adolescentes, o respeito ao idoso, a preserva- além de relacionar o passado e o presente.
ção do ambiente e outros que contribuem para a formação
O trabalho com imagens inclui também a produção de
global do ser humano. desenhos, que pode ser sobre um tema ou com base na lei-
As propostas de atividades orais, escritas, individuais, em tura de um texto. Os desenhos dos estudantes possibilitam
duplas ou em grupos visam promover a aprendizagem, pos- verificar seus conhecimentos prévios, sua competência leito-
sibilitando a mobilização intelectual necessária para a ela- ra (entendimento do texto) e informações sobre sua vivência
boração do conhecimento. Para que os estudantes efetuem e experiências.
essa função mobilizadora, as atividades devem ser variadas A seção Vamos ler imagens! tem como objetivo principal
e contribuir para o desenvolvimento de diferentes níveis de fornecer subsídios aos estudantes, de acordo com a faixa
habilidades. Sendo assim, foram exploradas diferentes lin- etária, para a compreensão e a análise de diferentes tipos
guagens, tanto textuais quanto visuais. de imagem. As propostas e os itens iconográficos analisados
também se tornam mais complexos a cada volume.
Como afirma Rüsen:

Aprender é um processo dinâmico em que a pessoa que Tabelas, gráficos e mapas


aprende é transformada. Algo é ganho, algo é adquirido
Tabelas, gráficos e mapas representam dados e informa-
– conhecimento, habilidade ou mistura de ambos. Na
ções, em linguagem gráfica, sobre uma realidade específica,
aprendizagem histórica, “história” é adquirida: os fatos
em determinado momento. São recursos visuais utilizados na
objetivos, coisas que aconteceram no tempo, tornam-se
educação formal e, cada vez mais, na mídia em geral. Assim,
um assunto do conhecimento consciente – tornam-se
é importante para os estudantes familiarizarem-se com essas
subjetivos. A aprendizagem histórica é um processo de
linguagens. Trabalham-se, na coleção, a leitura e a interpre-
fatos colocados conscientemente entre dois polos, ou seja,
tação dos dados e das informações contidas nesses recursos
por um lado, um pretexto objetivo das mudanças que as
em complexidade adequada à faixa etária. Procura-se, tam-
pessoas e seu mundo sofreram em tempos passados e,
bém, chamar a atenção para a relevância da leitura de título,
por outro, o ser subjetivo e a compreensão de si mesmo
data, fonte e legenda em gráficos, mapas e tabelas. Além
assim como a sua orientação no tempo.6
disso, esses itens gráficos são abordados pelo viés historio-
Com o objetivo de desenvolver ou aprimorar competên- gráfico, de modo a contextualizá-los como fontes históricas.
cias e habilidades dos estudantes, nesta coleção foram explo- Esse processo enriquece a abordagem e a apreensão dos
radas diferentes linguagens, textuais e visuais. Destacamos a conteúdos pelos estudantes, já que favorece o desenvolvi-
seguir alguns recursos didáticos, utilizados em atividades, mento das habilidades de identificação, reconhecimento e
que contribuem para o processo ensino-aprendizagem de análise de dados coletados e permite a comparação entre
Geografia e História. os contextos históricos apresentados e a própria realidade.

Imagens Textos
Nos livros didáticos, as imagens, como fotografias, ilus- A leitura de textos, de forma autônoma ou com a me-
trações, esquemas, gravuras e pinturas, devem ser mais que diação do professor, é mais um dos recursos utilizados para
reproduções estáticas de paisagens, situações ou processos. introduzir ou complementar o estudo dos conteúdos.
Para que funcionem como conteúdo, complemento informa- O professor deve estar atento às características de cada
tivo ou como motivação para o estudo do tema, é preciso gênero textual (poema, conto, letra de canção, depoimen-
envolver os estudantes na observação e leitura delas. to, artigo, etc.) e de sua fonte (livro, jornal, revista, blog,
site, etc.), assim como ao vocabulário específico de cada
gênero. A leitura prévia do texto e o planejamento da ati-
6 rüSen, J. In: SChmidt, Maria Auxiliadora; BarCa, Isabel; martinS, Estevão
de Rezende (org.). Jörn Rüsen e o ensino de história. Curitiba: Ed. vidade proposta podem evitar eventuais dificuldades du-
da UFPR, 2011. p. 63. rante a aula.

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XII Seção introdutória

A diversidade de fontes dos textos permite trabalhar com adotados. As primeiras pesquisas devem ter como finalidade
os estudantes abordagens e pontos de vista diferentes sobre o aprofundamento ou a ampliação de um tema e podem ser
um mesmo assunto. Essa experiência enriquece o aprendiza- feitas em instituições, livros, almanaques, jornais, revistas ou
do e pode despertar neles o interesse pela busca de informa- na internet.
ções e pelo conhecimento de outras ideias. Ao realizar esse tipo de atividade, uma das principais difi-
Em todos os volumes da coleção foram indicados livros culdades dos estudantes, em qualquer faixa etária, é identifi-
relacionados aos conteúdos desenvolvidos. car a “questão-problema”, ou seja, uma pergunta que deverá
É importante que a biblioteca ou a sala de leitura da esco- ser respondida, esclarecendo assim o objetivo da pesquisa.
la facilite o acesso a esses materiais. O professor deve organizar a atividade de modo que o es-
tudante tenha clareza desse objetivo e aprenda a selecionar
O professor pode ainda orientar os estudantes a recorrer
as fontes de informação, a interpretá-las e a apresentá-las
ao acervo de familiares ou conhecidos. Ele também pode
adequadamente. O desenvolvimento dessas habilidades con-
providenciar ou solicitar aos estudantes jornais, revistas e ou-
tribui para consolidar a autoconfiança da criança e a busca
tros suportes de texto para serem manuseados e trabalhados
de autonomia.
em sala de aula.
Organizar as atividades de pesquisa em pequenos grupos,
Visando ao melhor aproveitamento dos textos como re-
orientando os estudantes para que dividam as responsabili-
curso didático, após a leitura, o professor pode orientar a
dades do trabalho, propicia desenvolver comportamentos e
realização de atividades complementares, como: a recon-
atitudes de respeito e cooperação na convivência com o outro.
tagem deles, a explicação de temas centrais, a seleção de
Nas orientações para a pesquisa, o professor precisa indicar
detalhes interessantes ou curiosos, a elaboração de dese-
as fontes, estabelecer as formas de coleta, de registro e de
nhos ou de histórias em quadrinhos, a dramatização de um
organização. Na apresentação das informações obtidas, ele
trecho do texto, a identificação de determinadas informa-
ções, entre outras estratégias. deve solicitar aos estudantes a citação das fontes consultadas.

Entrevista Lição de casa


Essa atividade propicia o desenvolvimento de escrita As atividades realizadas com a ajuda dos adultos respon-
autônoma e do senso de compromisso e responsabilidade. sáveis pelo estudante, além de valorizarem a relação familiar
Oferece também aos estudantes a oportunidade de realizar e incentivar a autonomia da criança, enriquecem as práticas
na prática a coleta de informações pelo registro oral, além de da literacia familiar, essencial para o desenvolvimento cog-
estimular importante procedimento de investigação. nitivo dos estudantes. Assim, a coleção apresenta, de modo
sistemático, um conjunto de atividades elaboradas para que
O professor deve dar aos estudantes orientações prévias
o estudante possa buscar saberes com seus familiares, sis-
sobre a escolha do entrevistado, o agendamento da entrevista e
tematizando suas descobertas e, posteriormente, comparti-
a elaboração de um roteiro de perguntas sobre as informações
lhando-as com os colegas.
que desejam obter. Deve também esclarecer os estudantes
sobre a finalidade da entrevista, ou seja, se as informações ob-
tidas serão utilizadas na elaboração de um texto escrito ou na Trabalho com competências
criação de um desenho ou de uma narrativa oral, por exemplo.
socioemocionais
Considerando a formação de cidadãos conscientes e coe-
Pesquisa rentes um dos objetivos principais da coleção, privilegiou-se,
A pesquisa é o recurso que possibilita aos estudantes a durante o estudo, o trabalho com competências socioemo-
aquisição de novos conhecimentos de maneira autônoma. cionais, imprescindíveis ao convívio social. Esses momentos
Porém, na faixa etária associada aos anos iniciais do Ensino estão indicados com o selo Saber Ser, para que o professor
Fundamental, é necessário que parte dela ainda seja realiza- possa identificá-los e organizar previamente a sala de aula,
da na sala de aula, para que o professor tenha oportunidade adequando-a para conversas, debates e discussões sobre as
de orientar os estudantes quanto aos procedimentos a serem questões apresentadas.

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Seção introdutória XIII

AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM
Avaliar é um aspecto importante no processo de ensino e sentada como uma possibilidade de instrumento para essa
aprendizagem. Um dos propósitos dessa prática pedagógica avaliação. No entanto, existem outros recursos para detec-
é obter informações que orientem a prática docente, permi- tar o estágio de aprendizagem de um grupo de estudantes,
tindo aferir se os objetivos didático-pedagógicos, concebi- como o debate aberto oral, o questionamento participativo
dos e planejados, estão sendo alcançados. Os professores, ao e o convite ao diálogo, processos que permitem que eles
avaliar a consolidação dos conhecimentos pelos estudantes, explicitem o que já conhecem e o que ainda precisam de-
podem deduzir quais práticas e atividades têm propiciado senvolver. Nesse ponto, o registro qualitativo do professor é
a aprendizagem e quais aspectos do ensino e do trabalho essencial, podendo ocorrer por meio de notas pontuais ou
docente precisam ser modificados. Tal inferência contribui ficar disposto em uma grade de habilidades e competências.
para corrigir as defasagens e promover atividades que bus-
Para o pesquisador da educação Phillipe Perrenoud8, a
quem remediá-las, já que o planejamento e a avaliação são
avaliação formativa caracteriza-se como o processo em que
indissociáveis.
o professor devolve ao estudante não apenas a nota (que
Antoni Zabala7 (2015) destaca três importantes momentos somente informa e classifica seu rendimento de modo nu-
no processo avaliativo: o início, por meio da chamada avalia- mérico), mas também os comentários (que ajudam a veri-
ção inicial, que permite apreciar o conhecimento prévio do ficar os acertos e os erros). Esse processo promove, tanto
estudante e identificar as possibilidades de aprendizagem; o por parte dos docentes quanto por parte dos estudantes, o
desenvolvimento, que possibilita a observação de como o es-
acompanhamento da aprendizagem. Além disso, atividades
tudante aprende, realizando a avaliação reguladora, também
de leitura e de produção textual, trabalhos coletivos de pes-
denominada avaliação formativa ou de monitoramento; e o
quisa e análise de fontes históricas relacionadas aos temas
final, quando são analisados os conhecimentos elaborados
estudados informam o professor sobre possíveis necessida-
e os resultados obtidos no processo avaliativo, cumprindo,
des de alteração em seu curso de trabalho e reorientação
assim, a avaliação final. Desse modo, de acordo com a apren-
de todo o percurso. Nesta coleção, as atividades propostas
dizagem de cada estudante, sob uma perspectiva formativa,
nos capítulos, e principalmente nas seções Aprender sempre,
a avaliação ocorre em ciclos, nos quais as etapas de diagnós-
contribuem para um registro dos estudos, tornando possível
tico, de análise e de intervenção acontecem em um processo
a percepção dos avanços do aprendizado do estudante, o
de retroalimentação.
que favorece uma análise sistemática.
A avaliação de resultado ou avaliação final pode ter como
base provas escritas ou orais, como as propostas na seção
Até breve!, especialmente elaborada para esse fim. No en-
tanto, o professor também pode utilizar outros recursos para
verificar se os objetivos de aprendizagem traçados foram al-
Diagnóstico Análise cançados pelos estudantes, como a apresentação oral das
conclusões de uma pesquisa, o debate sobre a conclusão de
um projeto, entre outros. A avaliação deve ser o mais abran-
gente possível, daí a importância de se utilizar diferentes ins-
trumentos avaliativos para detectar as diferentes habilidades
e competências dos estudantes.
Com base nas informações dos três momentos de avalia-
ção, professor e estudantes encontrarão meios para corrigir
defasagens, propor alternativas educacionais e promover a
mobilização e a consolidação dos conhecimentos. O regis-
tro constante e sistemático do resultado das avaliações é
Intervenção
documento indispensável para garantir a eficácia dessa prá-
tica pedagógica. Além disso, as práticas avaliativas realiza-
das pelos estudantes também propiciam ao professor realizar
A avaliação diagnóstica permite reconhecer o que os es-
uma autoavaliação constante sobre a forma como trabalha
tudantes já sabem, com base naquilo que trazem de suas
os conteúdos e esclarece possíveis dúvidas, possibilitando,
experiências de mundo. Esses conhecimentos prévios nem
assim, que o docente reveja as estratégias utilizadas e aperfei-
sempre estão corretos sob o ponto de vista da educação
çoe suas práticas no processo de avaliação de aprendizagem.
formal, mas são importantes para que o professor tome de-
cisões sobre os caminhos a serem trilhados em sala de aula. Por fim, é importante que os estudantes percebam a ava-
O instrumento tradicionalmente utilizado nesse momento é liação como uma oportunidade de revisão e aprofundamento
o teste diagnóstico, que permite fazer o registro de maneira do conteúdo. Tal ação contribui para a melhora da autoesti-
aberta ou fechada dos conteúdos que os estudantes trazem ma, o desejo de vencer desafios, a reflexão sobre possíveis
como repertório. Nesta coleção, a seção Boas-vindas! é apre- críticas e sua aceitação para alcançar o sucesso pessoal.

7 zaBala, A. A avaliação. In: zaBala, A. A prática educativa: como 8 Perrenoud, P. Avaliação: da excelência à regularização das
ensinar. Porto Alegre: Penso, 2015. p. 195-221. aprendizagens: entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1998.

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XIV Seção introdutória

ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DA COLEÇÃO


A organização desta coleção de Ciências Humanas foi -administrativo) e trabalho (apresentado como a capacidade
orientada por eixos temáticos. Em cada volume, procurou-se humana de transformação do ambiente e de produção de
articular os conteúdos com base em um eixo específico, con- saberes diversos). Nesse sentido, serão analisadas as ruptu-
siderando o desenvolvimento cognitivo dos estudantes. No ras e as permanências relacionadas ao fazer produtivo, trans-
Ensino Fundamental, sobretudo nos anos iniciais, o estudan- formadoras das paisagens e que configuram a sociedade e o
te desenvolve seus conhecimentos apoiado essencialmente território brasileiro. 
no presente e em situações concretas vivenciadas por ele. No volume 5, o eixo temático é Sociedades e transfor-
Partindo desse princípio, e considerando um tema do pre- mações. Por meio da abordagem de longa duração, apre-
sente que é familiar aos estudantes, acredita-se ser oportuna sentam-se processos de desenvolvimento e transformação
a abordagem do passado. Assim, relacionando as vivências e de sociedades em diferentes lugares e temporalidades, en-
experiências do estudante com o contexto histórico aborda- fatizando o processo de formação da sociedade brasileira
do, o aprendizado se torna ainda mais significativo. atual. Esses processos, por sua vez, são analisados, de forma
a evidenciar a relação entre a transformação da natureza pela

Organização dos conceitos ação humana e a produção do espaço geográfico.

O volume 1 foi elaborado com base no eixo Público e pri-


vado: lugares, que parte do mundo do estudante e propõe a Estrutura da coleção
identificação, ainda que introdutória, da historicidade dos as- A coleção é estruturada em cinco volumes. O volume 1 é
pectos cotidianos relacionados à moradia e à família (mundo composto de oito capítulos, e os volumes 2, 3, 4 e 5 têm doze
privado) e à escola e à comunidade (mundo público). Os con- capítulos cada um deles. Os volumes 1, 2 e 3 são consumí-
textos temáticos favorecem também a distinção dos papéis veis, ou seja, apresentam espaços para o estudante realizar
sociais público e privado, bem como a percepção das dife- algumas das atividades propostas. Já os volumes 4 e 5 são
renças culturais entre os dois âmbitos. Com base em temas reaproveitáveis, por isso as atividades que envolvem algum
presentes no dia a dia dos estudantes, como moradia, escola, tipo de registro ou produção escrita devem ser feitas pelos
família, espaços de brincadeiras, ruas e bairro, a noção de estudantes no caderno. As atividades propostas são diversifi-
lugar de vivência pode ser gradativamente apropriada pelos cadas e aparecem em vários momentos. Caberá ao professor
estudantes como produto das relações sociais no âmbito de
trabalhá-las tal como proposto ou em qualquer outra ordem
grupos dos quais eles participam e com os quais se identifi-
que julgar mais adequada à turma.
cam. Reconhecer as relações sociais no âmbito da família e
No início de cada volume, a seção Boas-vindas! apresenta
da escola e a relação sociedade-espaço, que se estabelece
uma proposta de avaliação inicial para que se possa identifi-
no vínculo família-moradia, por exemplo, representa um do-
car a consolidação dos conhecimentos dos estudantes até o
mínio elementar imprescindível para reconhecer e analisar,
momento e analisar o desenvolvimento deles em relação às
em momentos posteriores, processos  socioespaciais  em es-
calas mais abrangentes.  habilidades e competências pertinentes àquele ano. No final
de cada volume, a seção Até breve! traz questões para a ava-
O volume 2 foi desenvolvido com base no eixo Lugares e
liação final, possibilitando a observação e a análise dos co-
grupos de convivência do estudante, estruturado de modo
nhecimentos adquiridos. Tanto na seção Boas-vindas! quanto
a ampliar as noções dos estudantes sobre os  conceitos  de
na seção Até breve!, os estudantes realizam atividades in-
lugares e grupos de convivência, sempre partindo das expe-
dividuais e coletivas, contemplando não só as habilidades
riências e percepções pessoais da criança. Essa abordagem
referentes a História e Geografia, mas também competências
favorece a continuidade do trabalho sobre os espaços da
gerais e habilidades de literacia e numeracia, trabalhadas na
casa, da escola, da rua e da vizinhança, aprofundando a aná-
coleção.
lise sobre as diferentes relações sociais estabelecidas com os
diversos grupos aos quais os estudantes se integram. Esse Cada capítulo, por sua vez, apresenta a seguinte estrutura
percurso didático também proporciona a compreensão das básica: abertura do capítulo, desenvolvimento do conteúdo e
noções de sujeito e de tempo históricos.  fechamento do capítulo.

O volume 3 tem como eixo Paisagens e população bra-


sileira e está organizado de modo a chamar a atenção para Abertura do capítulo
o município do estudante, ampliando o recorte apresenta- Com a apresentação de linguagens visuais variadas, in-
do nos volumes anteriores. A diversidade de paisagens e a troduz-se e problematiza-se o tema a ser trabalhado. Por
diversidade cultural e de corpos que formam a população meio de questões, os estudantes são incentivados a analisar
brasileira são  contextos riquíssimos para que os estudantes imagens e, também, iniciam um diálogo sobre uma ou mais
possam desenvolver e aprofundar suas percepções socioes- competências socioemocionais.
paciais, caracterizando os grupos sociais dos quais fazem
parte, e levando em consideração as dimensões ampliadas
de espaços e de temporalidades.  Desenvolvimento do conteúdo
O volume 4 foi desenvolvido com base no eixo Território e Texto principal intercalado por ilustrações, fotografias,
trabalho, considerando a relação entre território (compreen- mapas e outros recursos, compatíveis com a faixa etária dos
dido em sua concepção mais clássica como espaço político- estudantes, contribuindo, assim, para o desenvolvimento do

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Seção introdutória XV

conteúdo. Em paralelo ao texto, há explicações sobre termos textual lida pelo professor. De acordo com a habilidade espe-
e expressões, que auxiliam no desenvolvimento do vocabu- cífica de Língua Portuguesa, indicada na BNCC sob o código
lário. Quando oportuno, apresentam-se as seguintes seções: EF02LP01, a partir do 2º ano os estudantes devem utilizar
• Registros: apresenta documentos históricos variados para letras maiúsculas no início das frases e em substantivos pró-
que os estudantes tenham noção da diversidade existente. prios. Dessa forma, compreende-se que, ao longo desse ano

• Representações: apresenta noções de orientação e de po- escolar, eles devem dominar a distinção entre maiúsculas e
minúsculas.
sicionamento no espaço, além de noções de alfabetização
cartográfica. Considerando essa transição do uso do tipo de letras du-
rante o 2º ano, optou-se por apresentar os textos dos capítu-
los 1 ao 6 tal qual no 1º ano: apenas com letras de imprensa
Fechamento do capítulo maiúsculas. A partir do capítulo 7 do 2º ano, os textos são
Três seções encerram os capítulos, e duas delas aparecem exibidos em letras de imprensa maiúsculas e minúsculas. Os
de modo alternado entre eles: Vamos ler imagens! e Pessoas volumes 3, 4 e 5 seguem, por fim, esse último padrão.
e lugares. Na seção Vamos ler imagens!, os estudantes são
direcionados a ler diferentes tipos de imagem. Já na seção
Pessoas e lugares, o conteúdo tem por objetivo ampliar o Códigos alfanuméricos das
conhecimento dos estudantes sobre diferentes práticas cul-
turais e comunidades específicas. A seção Aprender sempre habilidades
finaliza todos os capítulos e é uma ferramenta para a ava- O trabalho com as habilidades propostas na BNCC é cen-
liação formativa, possibilitando a identificação de eventuais tral nesta coleção. Por isso, acreditamos ser importante com-
defasagens durante o ano letivo. No Manual do Professor, são preender a lógica dos códigos alfanuméricos das habilida-
disponibilizadas propostas de atividades que buscam reme- des, pois elas serão indicadas em diversos momentos deste
diar as eventuais dificuldades identificadas. Manual do Professor. Veja o exemplo de uma das habilidades
do componente curricular História.

O uso das letras de imprensa Com base nesse critério, o código da habilidade EF02HI01
refere-se à primeira habilidade proposta em História no bloco
maiúsculas e minúsculas relativo ao 2º ano do Ensino Fundamental.
Em geral, recomenda-se, no período inicial de alfabeti- A numeração das habilidades dos componentes curricu-
zação, o uso de letras maiúsculas nos textos. Por isso, uma lares de cada ano organizado na BNCC não representa uma
das preocupações da organização da coleção é adotá-las ordem ou hierarquia de aprendizagens, mas, sim, parte de um
em todo o volume 1 e em metade do volume 2. Dessa forma, conjunto de habilidades de igual importância que devem ser
o estudante que não lê nem escreve com autonomia poderá desenvolvidas em cada um dos anos por seus componentes
se familiarizar com esse tipo de letra e, conforme for conhe- curriculares. Nesta coleção de Ciências Humanas, serão tra-
cendo o sistema de escrita, poderá, pouco a pouco, acom- balhadas as habilidades de Geografia e de História do 1º ao
panhar, com a ponta do dedo ou com o lápis, a sequência 5º ano:

EF 02 HI 01
O primeiro par de letras O último par de números
indica a etapa de Ensino indica a posição da habilidade
Fundamental.  na numeração sequencial do
ano ou do bloco de anos.

O primeiro par de números O segundo par de letras indica


indica o ano (01 a 05)  o componente curricular: 
a que se refere a habilidade.
• GE: Geografia 
• HI: História

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XVI Seção introdutória

DISTRIBUIÇÃO ANUAL DE CONTEÚDOS DO VOLUME


A seguir, apresentamos uma proposta de planejamento anual considerando as 36 semanas letivas. Entretanto, esse plano
pode ser adaptado de acordo com as necessidades e o projeto pedagógico da escola. 

Página(s)
Trimestre
Bimestre

Capítulo
Semana
letiva
Mês

Conteúdo/Atividade

1 1 1 1 Boas-vindas! (Avaliação diagnóstica) 8-9


1 1 1 1 Abertura do capítulo – Os outros e eu 10-11 1
1 1 1 1 Vivemos em grupo 12-13 1
2 1 1 1 O que une os grupos 14-15 1
2 1 1 1 Respeito às pessoas 16-17 1
3 1 1 1 Aprender sempre (avaliação formativa) 18-19 1
3 1 1 1 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 19A 1
4 1 1 1 Abertura do capítulo – Os lugares de brincar 20-21 2
4 1 1 1 As brincadeiras e O direito de brincar 22-23 2
4 2 1 1 Diferentes jeitos de brincar 24-25 2
5 2 1 1 As regras nas brincadeiras 26-27 2
5 2 1 1 Brincar em diferentes lugares 28-29 2
5 2 1 1 Pessoas e lugares – Mancala, o jogo das sementes 30-31 2
6 2 1 1 Aprender sempre (avaliação formativa) 32-33 2
6 2 1 1 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 33A 2
7 2 1 1 Abertura do capítulo – Todos temos história 34-35 3
7 2 1 1 O estudo da História 36-37 3
7 2 1 1 Medindo o tempo 38-39 3
8 2 1 1 Tempo e história 40-41 3
8 2 1 1 Você tem história 42-43 3
9 3 2 1 Aprender sempre (avaliação formativa) 44-45 3
9 3 2 1 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 45A 3
10 3 2 1 Abertura do capítulo – Muitas famílias, muitas histórias 46-47 4
10 3 2 1 Cada família tem um jeito e um tamanho 48-49 4
10 3 2 1 A família no tempo 50-51 4
11 3 2 1 A família no tempo (continuação) 52-53 4
11 3 2 1 Vamos ler imagens! – Famílias de um passado distante 54-55 4
12 3 2 1 Aprender sempre (avaliação formativa) 56-57 4
12 3 2 1 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 57A 4
13 4 2 2 Abertura do capítulo – As famílias brasileiras 58-59 5
13 4 2 2 Os costumes de cada família 60-61 5
13 4 2 2 Famílias de diferentes origens 62-63 5
14 4 2 2 Famílias diferentes, costumes diferentes 64-65 5
14 4 2 2 O papel das mulheres 66-67 5
14 4 2 2 Pessoas e lugares – Os Iny e as bonecas de cerâmica 68-69 5
15 4 2 2 Aprender sempre (avaliação formativa) 70-71 5
15 4 2 2 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 71A 5
16 4 2 2 Abertura do capítulo – As diferentes moradias 72-73 6
16 4 2 2 A importância das moradias 74-75 6
16 5 2 2 Moradia e dignidade 76-77 6
17 5 2 2 Diferentes povos, diferentes moradias 78-79 6
17 5 2 2 Moradias do passado 80-81 6

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Seção introdutória XVII

Página(s)
Trimestre
Bimestre

Capítulo
Semana
letiva
Mês
Conteúdo/Atividade

18 5 2 2 Aprender sempre (avaliação formativa) 82-83 6


18 5 2 2 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 83A 6
19 5 3 2 Abertura do capítulo – Convivendo com a vizinhança 84-85 7
19 5 3 2 Cada vizinhança é de um jeito 86-87 7
20 5 3 2 O endereço 88-89 7
20 5 3 2 Serviços públicos: ontem e hoje 90-91 7
20 5 3 2 Vamos ler imagens! – Pintura e foto: Vila Rica e Ouro Preto 92-93 7
21 6 3 2 Aprender sempre (avaliação formativa) 94-95 7
21 6 3 2 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 95A 7
22 6 3 2 Abertura do capítulo – A vida no bairro 96-97 8
22 6 3 2 Como é o bairro 98-99 8
22 6 3 2 Os caminhos do dia a dia 100-101 8
23 6 3 2 Convivência no bairro 102-103 8
23 6 3 2 Problemas nos bairros 104-105 8
23 6 3 2 Pessoas e lugares – A vizinhança do bairro das Graças e o Jardim do Baobá 106-107 8
24 6 3 2 Aprender sempre (avaliação formativa) 108-109 8
24 6 3 2 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 109A 8
25 7 3 3 Abertura do capítulo – As transformações dos lugares 110-111 9
25 7 3 3 Os lugares têm história 112-113 9
25 7 3 3 Preservação do passado 114-115 9
26 7 3 3 Mudanças nos lugares de vivência e no modo de viver 116-117 9
26 7 3 3 Meios de transporte ontem e hoje 118-119 9
26 7 3 3 O extrativismo e a transformação nos lugares 120-121 9
27 7 3 3 Aprender sempre (avaliação formativa) 122-123 9
27 7 3 3 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 123A 9
28 7 4 3 Abertura do capítulo – A escola é de todos 124-125 10
28 7 4 3 A escola é direito de todos e As atividades escolares 126-127 10
29 8 4 3 A comunidade escolar 128-129 10
29 8 4 3 Escola amiga da natureza 130-131 10
29 8 4 3 Vamos ler imagens! – Elementos visíveis e elementos não visíveis nas fotografias 132-133 10
30 8 4 3 Aprender sempre (avaliação formativa) 134-135 10
30 8 4 3 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 135A 10
31 8 4 3 Abertura do capítulo – A convivência na escola 136-137 11
31 8 4 3 Colegas de turma 138-139 11
32 8 4 3 Todos merecem respeito 140-141 11
32 8 4 3 Pessoas e lugares – A escola da comunidade Cabeceira do Amorim 142-143 11
33 9 4 3 Aprender sempre (avaliação formativa) 144-145 11
33 9 4 3 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 145A 11
34 9 4 3 Abertura do capítulo – As escolas do Brasil ontem e hoje 146-147 12
34 9 4 3 As escolas mudam 148-149 12
35 9 4 3 As escolas indígenas 150-151 12
35 9 4 3 As escolas nas comunidades quilombolas 152-153 12
35 9 4 3 Vamos ler imagens! – Monumento romano: professores e estudantes 154-155 12
36 9 4 3 Aprender sempre (avaliação formativa) 156-157 12
36 9 4 3 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 157A 12
36 9 4 3 Até breve! (Avaliação final) 158-159

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XVIII Seção introdutória

ORGANIZAÇÃO DO MANUAL DO PROFESSOR


A seção de referência do Livro do Estudante é constituída volvidos no capítulo. Ao fim dos capítulos, são apresentadas
pela reprodução reduzida do Livro do Estudante em páginas possibilidades de avaliação formativa para os objetivos peda-
duplas, posicionada na parte central do manual. Nessa re- gógicos do capítulo.
produção, há as respostas das atividades em azul. Ao redor
Dessa maneira, todas as informações necessárias à pre-
dessa reprodução, nas colunas laterais e na parte inferior, são
paração das aulas relacionadas aos conteúdos do Livro do
apresentadas orientações, roteiros de aulas e sugestões di-
Estudante estão disponíveis para o professor. Para facilitar a
dáticas para auxiliar o trabalho em sala de aula. Antes da
localização, a numeração das páginas passa a ser a mesma
reprodução de cada capítulo, são apresentados os objetivos
pedagógicos, os conceitos e as ideias-chave do capítulo e as do Livro do Estudante.
competências, habilidades e objetos de conhecimento desen- Conheça a organização do seu manual reproduzida a seguir.

Habilidades
8 Boas-vindas! Boas-vindas! 9 9A Subsídios para a avaliação diagnóstica
8 COMO É A ESCOLA ONDE VOCÊ ESTUDA? FAÇA UM DESENHO
S!
HABILIDADES AVALIADAS NA BOAS-VINDA PARA REPRESENTAR SUA ESCOLA. LEMBRE-SE DE INDICAR
» (EF02HI04) Selecionar e com-
SEÇÃO BOAS-VINDAS! ONDE FICA SUA SALA DE AULA. preender o significado de ob-
jetos e documentos pessoais SUBSÍDIOS PARA A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

avaliadas
» (EF02GE02) Comparar costu- como fontes de memórias e his-
mes e tradições de diferentes BEM-VINDO! VOCÊ VAI DAR INÍCIO AO SEGUNDO ANO DO ENSINO
tórias nos âmbitos pessoal, fami-
populações inseridas no bairro FUNDAMENTAL! FAÇA AS ATIVIDADES A SEGUIR COM A AJUDA DO liar, escolar e comunitário.
ou comunidade em que vive, re- Desenho do estudante. • Considerando a dinâmica que marca o início do ano letivo, o momento da avaliação diagnóstica provavelmente se
conhecendo a importância do PROFESSOR E DOS COLEGAS DE TURMA. VAMOS LÁ! » (EF02HI07) Identificar e utilizar configura como um dos primeiros contatos com a turma. Por isso, se julgar conveniente, construa, com os estudantes,
respeito às diferenças. diferentes marcadores do tempo
uma dinâmica que favoreça a comunicação com eles e entre eles, diminuindo as interrupções e permitindo que todos

na seção
presentes na comunidade, como
» (EF02GE03) Comparar diferen- relógio e calendário. se expressem em momentos diversificados da aula. Leve-os a reconhecer a necessidade de cada um falar na sua vez
tes meios de transporte e de co- 1 COM QUAIS PESSOAS VOCÊ CONVIVE EM SEU DIA A DIA? O para que a comunicação seja efetiva e respeitosa. Explique-lhes que todas as respostas e todos os questionamentos
municação, indicando o seu papel » (EF02HI08) Compilar histórias
dos colegas devem ser considerados e respeitados, uma vez que todas as dúvidas são relevantes.
na conexão entre lugares, e discu- QUE VOCÊS TÊM EM COMUM? da família e/ou da comunidade
tir os riscos para a vida e para o
Respostas pessoais. registradas em diferentes fontes. • As atividades da seção Boas-vindas! são disparadoras de vários temas que serão trabalhados ao longo do volume.
ambiente e seu uso responsável. 2 VOCÊ RECONHECE O Por isso, incentive os estudantes a se expressar livremente sobre cada uma delas. Se preferir, agrupe uma ou mais

Resul Muslu/Bartkowski/Shutterstock.com/ID/BR;
Fotomontagem: ID/BR
» (EF02GE04) Reconhecer seme- OBJETO REPRESENTADO COMPONENTE ESSENCIAL
perguntas e deixe-os dar o tom da conversa. Nas Orientações didáticas e no Roteiro de aula são dispostos comen-
lhanças e diferenças nos hábitos, 9 QUAL É O NOME DA ESCOLA ONDE VOCÊ ESTUDA? ESCREVA tários e sugestões para o desenvolvimento da avaliação inicial e como proceder em relação aos resultados dela.
PARA A ALFABETIZAÇÃO

Relação das
AO LADO? EM SUA OPINIÃO,
nas relações com a natureza e no
NO QUADRO A SEGUIR. • Na atividade 1, os estudantes são mobilizados a identificar quem são as pessoas com quem convivem diariamente,
modo de viver de pessoas em di- ELE É USADO PARA QUAL » Produção de escrita. bem como esboçar percepções iniciais a respeito dos grupos que integra. Nesse sentido, a percepção sobre as
ferentes lugares
FINALIDADE? Calendário. Usado similaridades entre eles e as pessoas com quem convivem pode evidenciar a existência do reconhecimento, mesmo
» (EF02GE08) Identificar e elabo- Subsídios para a avaliação de resultado 158A 158 Até breve! Até breve!
que introdutório, dos elementos que caracterizam os grupos do qual fazem parte, conforme a habilidade EF02HI01.
159
para indicar os dias, Resposta pessoal.
rar diferentes formas de represen- 6 Relacione cada foto à descrição abaixo.

habilidades avaliadas
as semanas e os A atividade 2 apresenta um calendário e solicita aos estudantes que identifiquem qual é o objeto em questão e
ATÉ BREVE!
tação (desenhos, mapas mentais,
meses dos anos.
maquetes) para representar com- » (EF02HI06)
qual uso se faz dele. É provável que eles já tenham visto calendários, sejam eles impressos ou digitais. É no reco-

Cadu De Castro/Pulsar Imagens

Cadu De Castro/Pulsar Imagens

Cadu De Castro/Pulsar Imagens


HABILIDADES AVALIADAS NA A B C Identificar e organi-
ponentes da paisagem dos luga- SEÇÃO ATÉ BREVE! nhecimento da finalidade e do uso desse objeto, portanto, que se pode avaliar o desenvolvimento dos estudantes
zar, temporalmente, fatos da vida
SUBSÍDIOS
res de vivência.
PARA A AVALIAÇÃO
» (EF02GE10) Aplicar princípios de
DE RESULTADO
3 VOCÊ SE LEMBRA DE ALGUM MOMENTO OU EVENTO 10 COMPLETE OS QUADROS A SEGUIR COM A QUANTIDADE DE
» (EF02GE02) Comparar costumes A cada ano escolar, você e os colegas vivenciam novos desafios e
em relação à habilidade EF02HI07.
• A percepção dos estudantes a respeito de vivências que compõem sua história familiarao
cotidiana, usando noções relacio-
nadas ao tempo (antes, durante,
ESPECIAL QUE TENHA VIVIDO COM SUA FAMÍLIA OU COM e tradições CADA ITEMpopula-
QUE EXISTE EM SUA SALA DE AULA. Resposta pessoal. émesmo
mobilizada naseatividades

na seção.
de diferentes aprendizagens. Você já parou para pensar no quanto aprendeu neste tempo depois).
localização e posição de objetos ções inseridas no bairro ou comu- 3 e 4, de forma a permitir a avaliação do desenvolvimento deles em relação às habilidades EF02GE02, EF02HI04
(referenciais espaciais, como fren- SUA COMUNIDADE? QUE MOMENTO OU EVENTO FOI ESSE? A. vive,ESTUDANTES D. saber
ano? Para JANELAS
isso, realize a avaliação a seguir. » (EF02HI08) Compilar histórias
Essa•
te seção
e atrás,é esquerda
dedicada eà direita,
revisão,emà retomada sistemática características de outras temporalidades, os estudantes nidade em que reconhecen- e EF02HI08. A habilidade de descrever lembranças relacionadas à vivência de momentos especiais com a família
da família e/ou da comunidade
e àcima
avaliação de resultado POR QUE VOCÊ CONSIDERA
demonstram desenvolvimento QUE em ELE É ESPECIAL?
relação à habilidade do a importância do respeito às ou a comunidade pode indicar o reconhecimento dessas lembranças como uma forma de registro dediferentes
sua história.
e embaixo, dentro edo processo
fora) por de aprendizagem
diferenças. B. PROFESSOR E. MESAS registradas em fontes.
Respostas pessoais.
conduzido
meio de ao longo do volume.
representações Dada a importância desse
espaciais EF02HI03. • Na atividade 5, os estudantes são convidados a identificar aspectos que caracterizam » (EF02HI09)
a sua vizinhança. Por meio
Identificar objetos
da sala de
momento, aula eum
reserve da tempo
escola. para mediar a discussão 4 das SUA FAMÍLIA
• Na atividade OU SUA COMUNIDADE REALIZAM ALGUMA » (EF02GE04) Reconhecer seme- Extração de açaí em Pescador em Mocajuba, Garimpeiro em Amajari,
6, os estudantes devem identificar as carac- C.
lhanças e diferenças LOUSA
nos hábitos, 1 AsF. brincadeiras
CADEIRASmudam com o passar do tempo? Comente dessa identificação, espera-se que eles percebam a vizinhança como um espaço caracterizado
Mocajuba, Pará. Foto de Pará. Foto de 2020. Roraima. Foto de 2019.
pela interação
e documentos pessoaisentre
que re-
» (EF02HI01)
atividades, que devem ser respondidas
Reconhecer espa- pelos estudantes, COMEMORAÇÃO terísticas dasDA QUAL extrativistas
atividades VOCÊ GOSTE em cada MUITO?
foto. OQUAL?
re- nas relações com a natureza e no as semelhanças e as diferenças entre o modo como você 2020. diversos indivíduos (vizinhos), possibilitando, assim, a avaliação da habilidade EF02HI01. metam à própria experiência
ços de asociabilidade
seguindo proposta deeavaliar
identificar
a assimilação dos objetos no âmbito da família e/ou da
COMO conhecimento
VOCÊS dessas características
COSTUMAM CELEBRARé ESSA indicativo do de-
COMEMORAÇÃO? modo de 11 viver de pessoas
VOCÊS em di-DE
GOSTAM FREQUENTAR A ESCOLA?
brinca hoje e oQUE
modo TIPO DEseus pais ou as pessoas adultas de
como • A atividade 6, por suaExtrativismo
vez, visa identificar o reconhecimento por parte dos estudantes em relação aos meios as de
A Extrativismo B Extrativismo
de os motivos queabordados
conhecimento aproximam noevolume.
se- comunidade, discutindo razões
da habilidade EF02GE07. ferentes lugares. C
Respostassenvolvimento
pessoais. sua comunidade
ATIVIDADE VOCÊS REALIZAM DURANTE AS AULAS?brincavam quando eram crianças. transporte que utilizam
vegetal em seu cotidiano, permitindo
mineral animal EF02GE03.
a avaliação inicial da habilidadepelas quais alguns objetos são
• Umparampasso
as pessoas em diferentes
importante é avaliar
grupos sociais ou de parentesco. os objetos de conhecimen- • AsVOCÊ » (EF02GE06)Respostas
Descrever a histó- Resposta pessoal. • As atividades 7 e 8 relacionam-se à percepção dos estudantes acerca do espaço escolar preservados e outros são descar-
5 DO QUE atividadesMAIS 7 eGOSTA
8 têm como
EM SUA VIZINHANÇA?
principal objetivo a son-POR QUÊ? pessoais. e seus entornos, permi-
to que não foram bem assimilados por alguns estudantes. ria das migrações no bairro ou 2 No caderno, faça uma linha do tempo e indique o ano em que 7 No espaço a seguir, escreva o endereço completo da escola tados.
» (EF02HI03) Selecionar situações Respostasdagem pessoais. do desenvolvimento dos estudantes em relação à 12 NA
comunidade emOPINIÃO
que vive. DE VOCÊS, QUAIS SÃO AS ATITUDES tindo a avaliação das habilidades EF02GE04, EF02GE08, EF02GE10 e EF02HI01.
Nesse caso, é fundamental retomar o capítulo no qual es-
cotidianas que remetam à per- 6 QUAL MEIO produção DEde escrita e à contagem
TRANSPORTE VOCÊ de elementos,
OU AS PESSOASmas tam- DE ocorreram os seguintes acontecimentos em sua vida: quando onde você• Asestuda. Consulte seu professor se necessário. » (EF02HI10) Identificar diferen-
atividades 9 e 10 têm por intenção avaliar o desenvolvimento dos estudantes em relação à produção de escrita

Seções Boas
sescepção
objetos de tenham sido abordados
mudança, pertenci- ou, ainda, mais espe- bém podem ser indicativas do desenvolvimento das ha- » (EF02GE07)
NECESSÁRIAS PARA QUE A CONVIVÊNCIA EM SALA DE AULA
Descrever as ativi- você nasceu; quando você começou a estudar e o ano atual. tes formas de trabalho existen-
e a contagem de elementos por meio da identificação de elementos relacionados à escola
Resposta pessoal. (o nome da escola e avive,
cificamente, as páginas em que foram trabalhados. Assim,
mento e memória. SUA FAMÍLIA bildiadesOU DE SUA
EF02GE09, COMUNIDADE
EF02HI01, EF02HI04 MAIS UTILIZAM NO
e EF02HI09.
dades extrativas (minerais, agro-
SEJA AGRADÁVEL E HARMÔNICAResposta
PARApessoal.
TODOS? POR QUÊ? tes na comunidade em que
pecuárias e Respostas
industriais) de dife- quantidade de determinados objetos que existem na sala de aula). seus significados, suas especifi-
esse momento também se configura como uma retomada
DIA A pessoais. 3 Como é o dia a dia de sua família ou de sua comunidade? As
e revisão. • DIA?
A atividadeRespostas pessoais.
9 avalia se os estudantes conseguem identifi- rentes lugares, identificando os 8 Você vai • identificar
Nas atividades quantos estudantes
11, 12 e 13, emsão
os estudantes sua sala de aula
convidados cidades
a refletir sobre suas vivências e importância.
conjuntas no ambiente es-
13 ambientais.
impactos atividades
VOCÊS SABIAM QUE O PROFESSOR que vocês
DE VOCÊS JÁ FOIrealizam são parecidas com as atividades
• É essencial orientar a mediação das atividades conside- car a posição de construções e objetos levando em consi- são meninas
colar.eNessas
quantos são meninos.
questões, Para isso, preencha
eles são questionados sobre o queos
pensam e sentem em relação às atividades escolares,
7 COMO É O ENTORNO
deração diferentesDA ESCOLA
pontos ONDEdaVOCÊ
de referência escola,ESTUDA?
propi- » (EF02GE08)
UMIdentificar
ESTUDANTE? que seus colegas de turma realizam com as famílias deles ou
e ela- COMO VOCÊS IMAGINAM QUE ERAM AS quadrinhos a seguir
sobre comnecessárias
as atitudes estas informações:
para uma boaRespostas
convivência em grupo, sobre o espaçoCOMPONENTE
pessoais. escolar e seus arredores,
ESSENCIAL bem

vindas!
rando o contexto do desenvolvimento das habilidades. com as comunidades deles? Por quê?
borar diferentes formas de re-
Por isso, se julgar conveniente, com base na identificação EXISTEM ciando,
OUTRAS assim, CONSTRUÇÕES POREF02GE10.
a avaliação da habilidade PERTO? ESCOLAS NA ÉPOCA EM QUE ELE ESTUDAVA?
Respostas pessoais.Respostas pessoais. a.
como sobre como seria o cotidiano dos estudantes de outras épocas.
 Número total de estudantes. PARA A ALFABETIZAÇÃO
presentação (desenhos, mapas
das habilidades na coluna da página, mapeie como está Respostas• Por pessoais.
fim, na atividade 10 verifica-se a compreensão dos es- mentais, maquetes) para repre- 4 Faça um desenho que represente sua vizinhança. Nesse » Produção de escrita.
8 9 casa e os lugares que
o desenvolvimento dos estudantes. Se for apropriado
tamanho e às características da turma, componha uma fi-
OITOao tudantes em relação à historicidade de objetos que fazem
parte de seu cotidiano escolar, propiciando a avaliação das
sentar componentes da paisa-
gem dos lugares de vivência.
desenho, indique a localização
você frequenta todo dia.
NOVE
de sua b.
Atividades de remediação
 Número de meninas entre os estudantes.

cha por estudante que permita avaliar todas as habilidades habilidades EF02HI04 e EF02HI05. » (EF02GE09) Identificar objetos c. • Atividade
 Número de1:meninos entre
 Organize os os estudantes.
estudantes em círculo e peça que observem o que eles têm em comum. Em um primeiro

e Até breve!
Orientação didática
mapeadas. outras. Espera-se que
AJ_CH2_LA_PNLD23_BOASVINDAS_008a009_LA.indd 8 eles reconheçam variar, depedendo da comunidade, do 7/10/21 8:39 AM
e lugaresproposto um diálogo
(escola coletivo.
AJ_CH2_LA_PNLD23_BOASVINDAS_008a009_LA.indd
de vivência
9
e Ao final, y Atividades 11 a 13: Essas atividades ob- 7/10/21 8:39 AM
momento, eles devem reconhecer as caraterísticas físicas, mas a seguir faça uma intervenção de modo que voltem
• Ay seção
Essa seção marca o inícioidentificar
do trabalho a si mesmos, bem como às pessoas local e até mesmo da época. moradia)peça a cada estudante
em imagens aéreas e que mostre aos jetivam um trabalho prévio com conteú- 9 Observando o entorno
o olhar da escoladas
para a identificação onde vocêsque
afinidades estudam,
possam existir entre eles, reconhecendo os gostos particulares e as
APOIO DIDÁTICO

APOIO DIDÁTICO
Desenho do estudante.
com os
mentos,
Até breve!
habilidades
permite
temas propostos neste volume
e competências
se esses com conheci-
foram concretizados
de um mesmo grupo.
Atividades de remediação
as quais convivem como membros y Atividade 5: Caso os estudantes ainda mapas (visão colegas
observem
seu desenho.
vertical) e fotogra- Solicite a eles que dos atitudinais e são orientadas para o
afinidades
identifiquem com atitudes
os seguintes e valores
itens: quepessoais.
Respostas tenham em comum, para além das características físicas. Diversas questões
e tem por intenção promover uma son- não tenham clareza sobre o que é uma fias (visão oblíqua). se todos possuem a mesma trabalho coletivo. Para melhor desenvol-
por meio de atividades, bem como detectar possíveis
dagem prévia do desenvolvimento dos y Atividade de- 2: Caso• Atividade 1: Para aremediar
deseje ampliar dis- possíveis
vizinhança,defasagens no de-
incentive-os a refletir sobre memória das semelhanças e das dife- ver essas atividades, promova a leitura a. O que existe
podem auxiliar no estudo do tema, iniciando pela identificação das semelhanças aparentes como: altura, cor do
nados
frente daestatura,
escola:etc. Após relacionadas as características físicas, pode-se conduzir a reflexão para a
fasagens para que se construam estratégias de recupera- cussão sobre ossenvolvimento
instrumentos de dasmar-habilidades EF0GE02,doEF02GE04,
os arredores local onde moram e » (EF02GE10) Aplicar
renças princípios de
na percepção de cada um. em voz alta das questões. Valorize as cabelo ou olhos,
estudantes em relação às competên- localização e posição
ção. Nase Orientações
cias às habilidades didáticas
que serão Roteiro de cação
e nomobi- aula são de tempo,EF02GE08,
sugira aos EF02GE09,
estudantes EF02HI01 a identificar
e EF02HI08,coisaspeça
que aos
lhes agradem y Atividade 9:deEssa objetos
atividade propicia manifestações dos estudantes, que de- identificação dos interesses e dos gostos pessoais sobre os mais variados temas (cor preferida, time do coração,
b. O que existe atrás da escola:
que mencionem outros marcadores (referenciais umaespaciais,
sondagem como da fren-
habilidade dos estu- vem se expressar de forma oral, dada a tipos de desenhos animados ou filmes, esportes, brincadeiras, tipos de histórias, etc.).
dispostos
lizadas comentários
ao longo doe 2º sugestões
ano do para o desenvolvimen-
Ensino estudantes que troquem de livrosnesse e lugar.
analisem os desenhos
com os quais estejam familiarizados, te e atrás, esquerda em e direita,ao emcomponente es-
• existe

Orientações e
dantes relação faixa etária do grupo.
como nayatividade
to da avaliação de resultado e como proceder em relação
Fundamental. realizados pelos colegas Atividade 4. O6: estudante
Incentive que
os estudantes c. O que O espaço
dodalado
sala direito
de aula deve ser organizado com as carteiras dispostas nos cantos, representando os diferentes
da escola:
sejam eles analógicos ou digitais, cima e embaixo,
sencial dentro e fora) por
aos resultados dela. relógios, agendas, vaietc.
analisar a atividade do colega a refletir sobre os diversos
deve compreender o de- meios de meio de representações
para alfabetização
espaciais
produção de y É fundamental que se construa um am- grupos. A cada comando, serão definidas características para que cada estudante se movimente entre os grupos.
Roteiro de aula escrita. biente de respeito e de acolhimento para
• Na atividade 1, os estudantes são mobilizados ayidentificar Atividades 3 e 4: Cuidecomo
senho para documento
transporte existentes em sua comuni-
que todos que informa sobre parte da vida da sala de aula e da escola.
y Atividade 10: Auxilie os estudantes a essa interação realizada durante as res-
d. O que existe do lado
Os estudantes esquerdo
podem mudarda
de escola:
um grupo para o outro de acordo com as diferentes afinidades estabelecidas.
y Atividade e1: diferenças
Nessa atividade, os estu- dade, sejam eles motorizados ou não. O principal objetivo dessa dinâmica é mostrar a eles que na vida em sociedade não pertencemos apenas a um
semelhanças entre brincadeiras do os estudantes possam
passado do colega. se Com
expressar e
base nessa observação, eles devem levan- » (EF02HI01) Reconhecer
identificar espaços os elementos
e a contabilizar postas dos estudantes, de modo a traba-
dantes são convidados a reconhecer
(realizadas por seus pais ou por adultos da comunidade ser ouvidos de maneira respeitosa pe- y Atividades 7 e 8: Nessas atividades,
de sociabilidade
indicados e naidentificar
atividade, osavaliando, assim, lhar a capacidade de ouvir e ser ouvido, 10 Como vocês aprenderam
grupo ao longo
social, mas a vários deste
grupos ano, tempo.
ao mesmo algunsA objetos
cada formação diferente, eles devem dizer em que grupo es-

propostas de
as pessoas com quem convivem diaria- tar hipóteses e informações os sobre o lugar onde
estudantes mora
deverão o
evidenciar suas
los colegas. É importante que seja res-
da mente,
qual fazsejam
parte) membros
e do presente (realizadas motivos que suas aproximam
habilidadese prévias sepa- de numeracia5 Algumas
bem como construções
a importânciaou
da alguns lugares apresentam
diversidade podem nostavam antes,
ajudar a para que percebam
conhecer a relação
a história de umentre o indivíduo
lugar ou dee os muitos grupos sociais aos quais podem pertencer.
da família, da por eles mes-
saltado que o que colegatorna e suas atividades favoritas,
um momento, que devem
percepções serdaconfir-
acerca escola e de seus
ram as pessoas em diferentes
relacionadas à contagemgru- de elementos. de experiências.de outras épocas. Cite um exemplo de
características alguma
mos). Desse modo,
comunidade a seleção
escolar, do de memórias
bairro, entre relacionadas
evento ou a comemoraçãomadas ouespecial retificadas
podepelo autor do desenho.
arredores. Para auxiliá-los, pode ser um grupo de pessoas. Quais objetos de sua sala de aula ou da
pos sociais ou de parentesco.
essas brincadeiras pode ser indicativa do desenvolvimento construção ou de algum lugar do município onde você vive que
• Atividade 2: Para o aprofundamento e a recuperação » (EF02HI02) Identificar e descre-
escola vocês escolheriam preservar para que os pesquisadores
das habilidades EF02HI03, EF02HI05 e EF02HI08.
das habilidades EF0GEI02, EF02GE09, EF02HI02 e ver práticas e papéis sociais que apresenta características do passado. Resposta pessoal. do futuro pudessem conhecer a história de vocês? Por quê?

atividades para,
• De forma semelhante, o trabalho com o resgate e a orde- EF02HI10, proponha uma atividade de retomada de con- as pessoas exercem em diferen-
Respostas pessoais.
nação de memórias relacionadas a diferentes momentos teúdo e análise de novos dados. Se houver laboratório de tes comunidades. 158 cento e cinquenta e oito cento e cinquenta e nove 159
de sua história de vida, proposto na atividade 2, é indi-
cativo do desenvolvimento das habilidades EF02HI03 e
informática na escola, reserve uma aula no espaço e orien- » (EF02HI03) Selecionar situações
AJ_CH2_PNLD23_BOASVINDAS_008Aa009A_MP.indd 8 te os estudantes a explorar o site do Instituto Socioam- 7/30/21 19:08 cotidianas que remetam à per- 9
AJ_CH2_PNLD23_BOASVINDAS_008Aa009A_MP.indd 7/30/21 19:08 AJ_CH2_PNLD23_BOASVINDAS_008Aa009A_MP.indd 9 7/30/21 19:08
EF02HI06. Orientações Didáticas festações dos estudantes, que devem y Atividade 3: Nessa atividade, os estu- temporalidades que podem existir no y Atividade 9: Se julgar relevante, realize

respectivamente,
biental a respeito da Rede de Cantinas da Terra do Meio, cepção de mudança, pertenci- AJ_CH2_LA_PNLD23_ATEBREVE_158a159_LA.indd 158 7/4/21 10:41 AM AJ_CH2_LA_PNLD23_ATEBREVE_158a159_LA.indd 159 7/10/21 9:00 AM

• A atividade 3 mobiliza os estudantes a evidenciar e a com- mento e memória.


y Na seção Até breve!, retomam-se con- se expressar de forma oral, dada a faixa dantes são mobilizados a identificar as município onde vivem. essa atividade coletivamente, de modo
APOIO DIDÁTICO

APOIO DIDÁTICO
no Pará, disponível em: https://www.socioambiental.org/
etária do grupo. atividades cotidianas de sua família ou que cada estudante possa complemen-
parar atividades cotidianas realizadas pelos indivíduos de pt-br/noticias-socioambientais/semana-do-extrativismo- » (EF02HI04) Selecionar e com- cepções de espaço público e privado,
comunidade e compará-las com as ati-
y Atividade 6: As fotografias devem ser
sua família e comunidade. Em decorrência disso, trata-se mostra-expansao-da-rede-de-cantinas-da-terra-do-meio- preender o significado de obje- papéis sociais desempenhados, normas y Atividade 1: Espera-se que os estu-
vidades realizadas pelas famílias e co-
trabalhadas como fontes de informa- tar as informações solicitadas.
tos e documentos pessoais como e atitudes, representações das vivências dantes identifiquem que as brincadei- ção, podendo a atividade ser conduzi- y Atividade 10: Ao realizar essa ativida-
de um momento oportuno para a avaliação dos estudan- no-para (acesso em: 4 jun. 2021). Pergunte à turma qual é munidades dos colegas, reconhecendo
ras e os jeitos de brincar mudam com

a avaliação inicial
fontes de memórias e histórias e do espaço que foram desenvolvidos da de forma coletiva, a fim de que os de, os estudantes devem indicar obje-
tes em relação às habilidades EF02GE02, EF02GE04, o tema central da reportagem, a identificação e a locali- semelhanças e diferenças no cotidiano
nos âmbitos pessoal, familiar, es- ao longo de todo o volume do Livro do o passar do tempo e até mesmo uma estudantes possam complementar as tos cujo uso e valor sejam significativos
EF02GE06, EF02HI02 e EF02HI10. de cada grupo ou comunidade.
zação dos grupos envolvidos na organização da extração colar e comunitário. Estudante. mesma brincadeira pode possuir dife- respostas uns dos outros. para entender a organização deles em
• Na atividade 4, os estudantes são mobilizados a elabo- rentes variações. y Atividade 4: Verifique, por meio dos
das castanhas, dos óleos e das farinhas e a relação que se » (EF02HI05) Selecionar objetos e y Assim, o conteúdo dessa seção possibilita desenhos dos estudantes, se eles con- y Atividades 7 e 8: Essas atividades pos- contexto escolar. Mencione, por exem-
rar um mapa mental de sua vizinhança, configurando-se estabeleceu com o meio ambiente, se atenta ou não à pre- documentos pessoais e de gru- a avaliação do desenvolvimento dos estu- y Atividade 2: Se achar conveniente, utilize seguiram elaborar um mapa mental de sibilitam a observação do desenvolvi- plo, que os livros didáticos são utiliza-

(ou diagnóstica) e a
como um momento oportuno para verificação das habili- servação da natureza e aos respeito à cultura local dessas pos próximos ao seu convívio e dantes em relação a essas temáticas. as linhas do tempo como instrumento de suas vizinhanças, indicando os lugares mento dos estudantes em relação ao dos pelos historiadores para acessar
dades EF02GE08 e EF02GE10. comunidades. A atividade permite aos estudantes perce- compreender sua função, seu troca de informações entre a turma, que que frequentam diariamente. componente essencial para a alfabeti- os conteúdos valorizados ao longo do
Roteiro de aula deve observar a proximidade dos even-
• A atividade 5 avalia a percepção dos estudantes em rela- ber que a produção de recursos naturais não significa ne- uso e seu significado. y Atividade 5: Nessa atividade, espera- zação produção de escrita, bem como tempo, a forma como são abordados,
ção às transformações nas formas de construir em cada cessariamente prejuízo à natureza. Quando feita de forma y Para melhor desenvolver as ativida- tos ocorridos e as possíveis diferenças de -se que os estudantes sejam capazes da habilidade de numeracia relaciona- as linguagens textuais e iconográficas
des, promova a leitura em voz alta das percurso. Insista na importância de valo- de identificar elementos de diferentes da à contagem de elementos. e seus usos, entre outras possibilidades.
época. Ao reconhecer construções em seu município com racional, permite a sobrevivência humana e do ambiente. questões da seção. Valorize as mani- rizar cada trajetória como singular.

avaliação final (ou de


resultados). AJ_CH2_PNLD23_ATEBREVE_158Aa159A_MP.indd 158 7/31/21 13:03 AJ_CH2_PNLD23_ATEBREVE_158Aa159A_MP.indd 158 7/31/21 13:03 AJ_CH2_PNLD23_ATEBREVE_158Aa159A_MP.indd 159 7/31/21 13:03

Subsídios para Apoio didático


avaliações São apresentados orientações e
Subsídios para as avaliações, subsídios de como conduzir a avaliação
com propostas de estratégias com o objetivo de apoiar a aprendizagem
de remediação. efetiva de cada estudante.

Os outros e eu Capítulo 1 10A

Introdução do capítulo CAPÍTULO 1 OS OUTROS E EU Conclusão


do capítulo
19A Conclusão do capítulo 1

Objetivos pedagógicos
No início de cada capítulo são 1. Suscitar a reflexão sobre a importância de se valorizar
como indivíduo e de respeitar os outros.
4. Promover o reconhecimento da diversidade, respeitando-a
e valorizando-a como elemento constituinte da convivên- CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 1
2. Promover situações que facilitem a identificação das se- cia em sociedade, pautando-a na tolerância e no respeito

apresentados os objetivos melhanças e das diferenças entre os pares, tanto nos as-
pectos físicos como no que tange às afinidades e aos in-
teresses comuns.
mútuo.
5. Fomentar atividades voltadas às habilidades de relaciona-
mento e de consciência social, despertando os estudantes
Sugestões para a avaliação formativa
1. Não poderia haver um título mais revelador da proposta que organiza este primeiro capítulo do volume do que No final de cada
3. Oportunizar o desenvolvimento de habilidades voltadas para a empatia e a cooperação, especialmente motivadas “Os outros e eu”. Além de trabalhar os objetos de conhecimento voltados ao reconhecimento do sujeito como

pedagógicos. Em Ideias e
ao reconhecimento de si como membro de um ou mais pela compreensão da vivência nos diferentes grupos so- membro de uma comunidade, as discussões suscitam aspectos relacionados à convivência e às interações pes-

capítulo são
grupos sociais e da relação entre eles. ciais dos quais fazem parte. soais que marcam os grupos.
2. Ao entrar em contato com as unidades temáticas do capítulo, aprofundando-se nelas ao longo do capítulo, os

Ideias e conceitos-chave do capítulo estudantes vão se compreender como parte de uma comunidade, unida por semelhanças e pelo respeito às

conceitos-chave, é apresentado
pessoas, consideradas em toda a sua diversidade.

apresentadas
Neste capítulo, os estudantes serão motivados a perceber como motivos que justificam o distanciamento entre as pes- 3. A seção Aprender sempre é planejada como uma etapa voltada à sistematização dos objetos de conhecimento
que fazem parte de uma sociedade constituída de diferentes soas, mas, sim, como o fio condutor para aprender a viver trabalhados ao longo do capítulo e, ainda, como meio de verificação e qualificação da aprendizagem dos estu-
grupos sociais. em sociedade. dantes. É importante que as atividades dessa seção sejam mediadas e orientadas pelo professor, mas, se possível,

um panorama geral dos conteúdos


deve ser um momento de protagonismo dos estudantes. Por isso, preparar a sala de aula para que melhor se
O tema “Os outros e eu” apresenta o conceito de grupo Considerando que os grupos se formam com base em

sugestões
adeque aos objetivos da seção é essencial para promover a participação de todos os estudantes, de maneira
social e suscita nos estudantes a percepção de que eles par- interesses comuns e afinidades, ao longo do capítulo, as ativi-
que esse momento revele as diversas formas de apreensão dos objetos de conhecimento abordados no capítulo.
ticipam de diversos grupos e a identificação das origens e dades propostas reiteram que as pessoas são únicas, mesmo
quando unidas por laços afetivos, com maior ou menor proxi- 4. Assim, a atividade 1 contribui para dimensionar a compreensão dos estudantes a respeito da comunidade como
das afinidades que possuem em relação aos demais indivíduos
espaço de sociabilidade fundamental. Para retomar ou reforçar a habilidade EF02HI01, é possível explorar, no

e atividades que serão trabalhados


que fazem parte dos referidos grupos. midade entre os pares e os participantes dos grupos.

para conduzir
item b, como a convivência em grupo organiza os hábitos de seus integrantes e cria as justificativas que apro-
Dessa forma, os estudantes compreenderão que cada Além disso, nas relações que são construídas na socie- ximam e separam as pessoas. Essa atividade permite, ainda, evidenciar o desenvolvimento das competências
grupo tem uma dinâmica própria e que as afinidades entre dade, a diversidade não deve ser considerada um obstáculo, socioemocionais importantes para a manutenção da vida social, especialmente no que tange à empatia.
seus participantes não é um impedimento para que surjam pois a convivência social se dá por meio do respeito e da
5. A atividade 2 tem o intuito de avaliar como os estudantes se percebem nas interações e nas relações de depen-

e como estas se relacionam com


conflitos, afinal cada indivíduo é único, embora possa ter valorização das diferenças pessoais, sociais e culturais.
dência que estabelecem com outros membros da comunidade, a fim de sintetizar a importância da constituição

a avaliação
afinidades e interesses comuns aos de seus semelhantes. É O convívio social pautado no respeito e na valorização de grupos para a vida em sociedade.
essencial esclarecer que reconhecer as diferenças físicas, so- da diversidade tende a ser mais valioso, desperta a empatia
6. Na atividade 3, além de ser possível avaliar a apreensão dos objetos de conhecimento que mobilizam as habi-
ciais e culturais é fundamental para a superação de conflitos e a cooperação e contribui, efetivamente, para a mudança
lidades EF02GE04 e EF02HI03, os estudantes devem ler e compreender o texto na íntegra, o que favorece a

o objetivo e com os pré-requisitos


e a realização do objetivo comum de cada grupo. O normal da realidade em que vivemos, na busca pela superação dos
avaliação das competências associadas à literacia.

formativa e
é ser diferente, mas as diferenças não devem ser concebidas preconceitos que geram e reforçam as desigualdades sociais.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo Atividade de remediação



pedagógicos. Além disso, há um
Atividade 1: A fim de promover a assimilação da habilidade EF02HI01, é possível propor uma atividade de reflexão

propostas de
Competências gerais da Educação Básica 1, 3, 6, 7, 8 e 9 por meio da constituição de dois times que vão se enfrentar em uma partida de futebol (ou outro esporte coletivo
que seja mais apropriado ao contexto da escola). Para a realização da atividade, organize a turma em dois grupos
Competências específicas de Ciências Humanas para o distintos e oriente os estudantes a iniciar a partida. Não será necessário, dado o objetivo da atividade, criar regras
1, 2, 4, 6 e 7
Ensino Fundamental para a condução dos times, pois isso permitirá que, ao longo da partida, os próprios estudantes estabeleçam cri-

quadro que traz as competências Competências específicas de Geografia para o Ensino


Fundamental
1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7

térios de organização, evidenciando a necessidade de estabelecer normas que padronizem os comportamentos
no grupo.
Após a partida, faça uma roda de conversa com os estudantes e peça a eles que avaliem a atividade, identificando atividades
Competência específica de História para o Ensino os pontos que favoreceram a partida e aqueles que a dificultaram. Nesse caso, se julgar conveniente, proponha

gerais, as competências
4 questões para orientar os estudantes na reflexão sobre os pontos fundamentais da habilidade EF02HI01.

de remediação.
Fundamental
• Com base nas reflexões suscitadas pelos estudantes, sistematize os elementos que reforçam a importância dos
Habilidades de Geografia EF02GE02, EF02GE04 e EF02GE10 grupos e da comunidade como espaços de sociabilidade, orientados por regras e compostos de pessoas diversas
que, ora se assemelham, ora se diferenciam. Reforce a importância do respeito às normas e às pessoas para a boa
Habilidades de História

específicas e as habilidades da
EF02HI01, EF02HI02 e EF02HI03
convivência e a interação social.

BNCC trabalhadas no capítulo,


apoiando, assim, o planejamento AJ_CH2_PNLD23_C01_010Aa019A_MP.indd 10 7/31/21 13:17

docente.
AJ_CH2_PNLD23_C01_010Aa019A_MP.indd 19 7/31/21 13:18

AJ_CH2_PNLD23_GERAL_IaXXII_MP.indd 18 8/2/21 11:31


Seção introdutória XIX

1. Espera-se que os estudantes respondam que na cena há uma


46 Capítulo 4 Muitas famílias,
senhora sentada em uma poltrona conversando com duas crianças. Muitas famílias, Capítulo 4 47
muitas histórias muitas histórias

MUITAS

Lucas Reis Pereira/ID/BR


HABILIDADES DESENVOLVIDAS Consciência social

FAMÍLIAS,
SABER

UL
APÍT O
SER
NA ABERTURA DO CAPÍTULO

44
» (EF02HI01) C y Atividade 3: A proposta de

Habilidades desenvolvidas
Reconhecer espa- compreender as diferentes
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se- MUITAS configurações familiares fa-
vorece o desenvolvimento da

HISTÓRIAS
param as pessoas em diferentes consciência social, uma vez
grupos sociais ou de parentesco. que estimula a empatia e o re-
» (EF02HI03) Selecionar situações conhecimento de modelos fa-
cotidianas que remetam à per- miliares distintos, promovendo
CADA FAMÍLIA TEM UM o respeito à diversidade.

No início das aberturas de capítulo,


cepção de mudança, pertenci-
mento e memória.
JEITO, UMA FORMA DE SE
ORGANIZAR E DE FAZER AS

temas e seções são indicadas as


ATIVIDADES DO DIA A DIA.
ESSES HÁBITOS E COSTUMES,
ASSIM COMO AS HISTÓRIAS

habilidades da BNCC desenvolvidas 70 Capítulo 5 As famílias


DOS MEMBROS DA FAMÍLIA, As famílias Capítulo 5 71
brasileiras
PRE GERALMENTE SÃO ENSINADOS brasileiras

APRENDER SEM
3 LEIA O TEXTO E RESPONDA ÀS QUESTÕES.
HABILIDADES AVALIADAS
DOS MAIS VELHOS PARA OS

no momento. NA SEÇÃO APRENDER SEMPRE […]MAIS


MUITAS CRIANÇAS TÊM BISAVÓS, AVÓS E ATÉ
NOVOS.
SABER
SER Consciência social

» (EF02GE02) Comparar costumes 1 OBSERVE AS FOTOS DAS COMIDAS ABAIXO. VOCÊ GOSTA MESMO PAIS QUE VIERAM DE OUTRAS PARTES DO MUNDO. y Atividade 4: Como a pro-
e tradições de diferentes popula-
DE ALGUMA DELAS? SABE QUAL É A ORIGEM DELAS? PARADE
TEM GENTE COMEÇO DE DA
PORTUGAL, CONVERSA
ESPANHA, DO JAPÃO, DO posta dessa atividade se
orienta pelo estímulo à em-
ções inseridas no bairro ou comu-
LÍBANO, DA ÁFRICA, DA ITÁLIA, DA ALEMANHA, DA COREIA patia e pela valorização da di-
nidade em que vive, reconhecen- DESEMBARALHE AS LETRAS DA PALAVRA DESTACADA 1 O QUE ESTÁ
do a importância do respeito às E DE VÁRIOS OUTROS LUGARES. COM ESSA GRANDE versidade cultural, ela permite
diferenças. EM CADA FRASE. DEPOIS, ESCREVA ESSA PALAVRA ACONTECENDO NESSA aprofundar vários elementos

Bruna Ishihara/ID/BR
MISTURA, TEM CRIANÇA associados às competências
» (EF02HI01) Reconhecer espa- CORRETAMENTE. CENA?
COM UM AVÔ PORTUGUÊS socioemocionais. O reconhe-
ços de sociabilidade e identificar cimento do multiculturalismo
os motivos que aproximam e se- A B C E UMA AVÓ
2 EMALEMÃ.
SUA FAMÍLIA, EXISTE

Paulo Vilela/Shutterstock.com/ID/BR
e das variabilidades em rela-
param as pessoas em diferentes OUTRA QUE É FILHAQUE DE GOSTA DE ção aos costumes estimulam
grupos sociais ou de parentesco. ALGUÉM

bonchan/Shutterstock.com/ID/BR
o respeito às diferenças e aos
MÃE JAPONESA E PAI

gbh007/iStock/Getty Images
» (EF02HI03) Selecionar situações CONTAR HISTÓRIAS? pensamentos altruístas, que
cotidianas que remetam à per- LIBANÊS. Resposta pessoal. favorecem uma conduta cal-
cepção de mudança, pertenci- 3 AS FAMÍLIAS SE ORGANIZAM cada na ética e na boa convi-
mento e memória. vência interpessoal.
DE DIFERENTES
» (EF02HI04) Selecionar e com-
FORMAS. COMO É A
SABER
preender o significado de obje- ESFIRRA FECHADA. FAROFA FEITA DE MACARRONADA. SER
tos e documentos pessoais como FARINHA DE MANDIOCA. DA SUA FAMÍLIA?
fontes de memórias e histórias Resposta pessoal.
nos âmbitos pessoal, familiar, es- A. A ESFIRRA É DE ORIGEM RABEÁ árabe .
colar e comunitário. MULHER ANA
CONTANDO
BUSCH E HISTÓRIAS
CAIO VILELA. UM MUNDO DE CRIANÇAS.
» (EF02HI05) Selecionar objetos e B. A FARINHA DE MANDIOCA É DE ORIGEM PARA CRIANÇAS. SÃO PAULO: PANDA BOOKS, 2007. P. 62.
documentos pessoais e de grupos
próximos ao seu DÍNAGEIN indígena .
46convívio e com- QUARENTA E SETE 47
preender sua função, seu uso e A. DO QUE O TEXTO TRATA? Trata das diversas origens das famílias.
seu significado.
C. A MACARRONADA É DE ORIGEM ATILANIA italiana .
» (EF02HI08) Compilar B. NO MUNICÍPIO ONDE SUA ESCOLA ESTÁ LOCALIZADA,
Orientações didáticas y Sehistórias da
julgar relevante,
AJ_CH2_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 46 retome a aborda- por objetos e imagens que registram o 7/2/21 10:33 AM AJ_CH2_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 47 que os estudantes se expressem livre- y Atividade 2: Estimule os estudantes7/2/21a 10:33 AM
família e/ou da comunidade
gem deregis-
temas relativos à família, com próprio crescimento do estudante. mente sobre elas. HÁ INFLUÊNCIAS CULTURAIS
se expressar DE OUTROS
livremente, POVOS? EM UM
solicitando-
y A abertura do capítulo problematiza

Componentes essenciais

APOIO DIDÁTICO

APOIO DIDÁTICO
al-
fontes. para a diversidade2dasOBSERVE

Ilustra Cartoon/ID/BR
tradas em diferentesdestaque confi- A ILUSTRAÇÃO
y Outro E y Atividade 1: Promova, se possível, o COM-lhes
gumas questões que serão desenvolvi- ponto de interesse a se explorar, PASSEIO O que contem como
PROFESSOR, se organizam
OBSERVE O ENTORNO DA
gurações familiares, a importância dos
RESPONDA ÀS QUESTÕES.
ainda que de forma introdutória, é o compartilhamento de visões diferentes os momentos de contação de história:
das ao longo do trabalho com os temas
membros mais velhos para a continui- modo como as famílias constroem nar- ESCOLA
sobre a cena retratada na imagem. Ao EM“Quem
BUSCA DESSAS
conta INFLUÊNCIAS.
as histórias?”; “Em quaisDE VOLTA À
e as seções. Por isso, é possível aprovei- ESSENCIAIS
COMPONENTES dade das tradições familiares e A. O QUE AS
comu- CRIANÇAS
rativas para ensinarESTÃO
às crianças aspec- expor um detalhe que algum colega não
tar o momento para realizar
PARA uma son-
A ALFABETIZAÇÃO SALA DE AULA, VOCÊ
momentos doEdia?”;
OS “Quais
COLEGAS são osVÃO
temasCOMPARTILHAR
nitárias e os diferentes papéis e funções tos importantes sobre o grupo familiar tenha observado ou destacado, o estu-
dagem sobre os conhecimentos prévios FAZENDO? das histórias?”; “Você gosta de ouvir his-

para a alfabetização
assumidos no âmbito da família. dante pode compreender que há AS DESCOBERTAS
muitos QUE FIZERAM. Atividade de pesquisa.
dos estudantes a respeito» Compreensão
do tema cen- de textos.
e sobre a comunidade como um todo. tórias?”; “Voce já contou alguma histó-
y Complementando a base de conheci-
» Produção de escrita. mentos já consolidada entre os estu-
tral, relacionado à família.
Elas estão fazendo origami (arte de
Roteiro de aula
pontos de vista sobre um mesmo acon-
ria?”; “Se sim, como foi?”.
tecimento ou fato. Se não for observa-
4 CADA POVO yTEM COSTUMES,
Atividade HÁBITOS,
3: Possivelmente FESTAS
os estudan-
y No volume 1 desta coleção, consideran- dantes, é possível salientar perspecti- y Leia
dobradura o texto didático para os estudantes
em papel).
do por nenhum estudante, ressalte que SABER
do as habilidades associadas ao 1º ano, vas relativas à história. e peça a eles que analisem em profun- a cena retrata uma mulherEmais
IDIOMAS
velha PRÓPRIOS.
tes retomarão conhecimentos
Respostas pessoais. prévios SER
os estudantes tiveram contato com didade a cena retratada na imagem. acompanhada por duas crianças, talvez sobre as diferentes formas de família.
y A análise da passagem do tempo pode A. COMO DEVEMOS
Reforce NOS
a COMPORTAR
importância EM aRELAÇÃO
do respeito to-

Relação dos componentes


da mesma família, que, provavelmente,
objetos de conhecimento importantes ser visualizada e abordada pelas dife- y Em seguida, leia cada uma das pergun- ouvem uma história contada por
para a compreensão do tema. rentes idades dos membros familiares e tas disparadoras da abertura e permita ÀSela. das as DE
DIFERENÇAS configurações
COSTUMES familiares.
DE CADA POVO?
B. QUAL É A ORIGEM DESSA ATIVIDADE? MARQUE COM UM X.
B. COMO VOCÊ ESPERA QUE AS PESSOAS SE COMPORTEM
 ITALIANA.  BRASILEIRA. X  JAPONESA.

essenciais para a alfabetização


EM RELAÇÃO A ALGUM COSTUME SEU E DE SUA FAMÍLIA?

70 SETENTA SETENTA E UM 71

trabalhados na seção. AJ_CH2_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 46


Orientações
y Essa
didáticas Roteiro de aula
AJ_CH2_PNLD23_C05_058a071_LA.indd 70

y Atividade 1: Leia o enunciado da ativi-


conheçam ou deem 7/31/21a 13:20 AJ_CH2_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd
ela outro nome 7/9/21 7:42 PM
(dobradura, por exemplo). Se for esse o
47 diversos povos.
AJ_CH2_PNLD23_C05_058a071_LA.indd 71 O objetivo da atividade
é promover o respeito e a valorização
tudantes experienciar na prática o que7/2/21
aprendido em sala de aula. Além disso,
é y Atividade 4: O7/31/21
11:49 AM 13:20da atividade é es-
objetivo
timular a reflexão dos estudantes sobre a

APOIO DIDÁTICO

APOIO DIDÁTICO
seção retoma alguns objetos de
dade com os estudantes, mas incenti- caso, apresente a técnica aos estudan- das diversas culturas existentes. facilita a identificação das fontes históri- importância das atitudes de respeito que
conhecimentos e habilidades aborda-
tes e proponha a sua aplicação em uma cas da comunidade nos lugares de vivên- devemos ter com as expressões cultu-
dos ao longo do capítulo; por isso, é um ve-os a identificar de forma autônoma
peça previamente selecionada. Para
y Atividade 3b: Para realizar essa ativida- cia, como construções, grupos sociais, rais diversas. Se necessário, reforce que
momento de avaliação, revisão e fixa- as origens das comidas, pois isso pode- de, organize previamente o estudo do
rá indicar como se apresenta o nível de isso, separe e prepare os papéis em di- entre outras. Peça aos estudantes que todas as culturas devem ser respeitadas.
ção da aprendizagem. meio. Verifique com a direção da escola A atividade também permite a mobili-
alfabetização deles. Ao final da ativida- mensões adequadas e oriente os estu- realizem os registros das características
o melhor horário para fazer o passeio
y Dois temas são retomados de forma de, pergunte à turma se costumam co- dantes a repetir o passo a passo.
no entorno da escola. Solicite aos res-
reconhecidas por meio de desenhos, fo- zação de lembranças e a expressão oral
mais marcante nessa seção: a identifi- tos, vídeos, entre outros, de acordo com dos estudantes na exemplificação de ca-
mer os alimentos retratados e, em caso y Atividade 3a: Leia o texto com os es-
ponsáveis a autorização prévia para sair os equipamentos disponíveis na escola. sos específicos, narrados em primeira ou
cação de características culturais a par- afirmativo, em quais momentos. tudantes e esclareça as dúvidas que
tir de fontes materiais, no caso a culiná- com os estudantes da escola. O trabalho Ao final, proponha o compartilhamento terceira pessoa.
y Atividade 2: Embora a prática do surgirem. É importante que eles identi-
de campo é uma relevante ferramenta das análises e das impressões realizando
ria e os alimentos, e a pluralidade que origami seja bastante disseminada no fiquem que as famílias podem ser com-
marca a origem das famílias. Brasil, talvez alguns estudantes a des- postas de indivíduos provenientes de de aprendizagem, pois permite aos es- uma roda de conversa.

AJ_CH2_PNLD23_C05_058Aa071A_MP.indd 70 7/31/21 13:32 AJ_CH2_PNLD23_C05_058Aa071A_MP.indd 71 7/31/21 13:32

Apoio didático
Orientações didáticas, propostas de roteiro de aula e
comentários que buscam subsidiar a prática didática
e a realização das atividades.
102 Capítulo 8 A vida no bairro A vida no bairro Capítulo 8
Convivência no bairro
HABILIDADES DESENVOLVIDAS
Ilustrações: Ilustra Cartoon/ID/BR

Quando vivemos algum


NO TEMA “CONVIVÊNCIA
NO BAIRRO” tempo na mesma rua ou
no mesmo bairro, é comum
» (EF02GE01) Descrever a história
das migrações no bairro ou co- conhecermos os vizinhos e
munidade em que vive. outros moradores. Também
» (EF02GE02) Comparar costu- é comum conhecermos as
mes e tradições de diferentes
populações inseridas no bairro
pessoas que trabalham nos

Atividade
ou comunidade em que vive, re- lugares que frequentamos,
conhecendo a importância do como a funcionária da padaria
respeito às diferenças.
Alex Rodrigues/ID/BR

e o atendente da banca de As famílias Capítulo 5 67


» (EF02GE06) Relacionar o dia e
jornal. São pessoas com quem MUDANÇAS brasileiras
Museu Histórico Professor Carlos da Silva Lacaz, Faculda de Medicina/
Universidade de São Paulo, São Paulo
a noite a diferentes tipos de ati-

complementar
vidades sociais (horário escolar, convivemos no dia a dia. HÁ CERCA DE CEM
comercial, sono etc.). Atividade complementar
Será que é sempre assim?

Saber Ser
» (EF02HI01) Reconhecer espa- ANOS, APÓS MUITA LUTA, AS y Se houver na comunidade uma
ços de sociabilidade e identificar Em algumas cidades instituição em que mulheres tra-
MULHERES COMEÇARAM A balhem ou, ainda, ocupem posi-
os motivos que aproximam e se- existem ruas ou bairros ções de liderança, verifique com
param as pessoas em diferentes
onde há muitos prédios de EXERCER PROFISSÕES MAIS a coordenação, tanto da escola
grupos sociais ou de parentesco.

Outras propostas
apartamentos. Às vezes, as VARIADAS. TAMBÉM FORAM quanto da instituição, se é pos-
» (EF02HI08) Compilar histórias sível organizar uma visita com a
da família e/ou da comunidade pessoas moram há muito tempo CONQUISTANDO O DIREITO turma a esse local para conhe-

Orientação para
registradas em diferentes fontes. em um apartamento, mas não conhecem os vizinhos. cer um ambiente de trabalho
DE CONTINUAR OS ESTUDOS
» (EF02HI10) Identificar diferen- da comunidade e as atividades

de atividades
tes formas de trabalho existen-
Também não é sempre que há lugar para as crianças brincarem. E DE EXERCER ALGUMAS desenvolvidas no espaço e para
tes na comunidade em que vive, Por isso, muitas delas ficam muito tempo dentro do apartamento e entrevistar essas profissionais.
PROFISSÕES QUE ANTES

o trabalho com
seus significados, suas especifi- Estabeleça os combinados em
quase não brincam com outras crianças. À ESQUERDA, ODETTE DOS SANTOS relação ao comportamento es-
cidades e importância. ERAM EXCLUSIVAS DOS NORÁ, ALUNA DA PRIMEIRA TURMA perado durante a visita e a entre-

complementares e
1 Pense em uma pessoa que trabalha perto de sua casa e HOMENS, COMO A DA FACULDADE DE MEDICINA DA vista. Se julgar conveniente, ela-
Saber Habilidades de converse sobre ela com um colega. O que essa pessoa faz? UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. FOTO bore previamente com a turma

as competências
Ser
relacionamento CARREIRA MÉDICA. DE CERCA DE 1915. as perguntas que pretendem fa-
Você acha que o trabalho dela é importante? Por quê? zer às entrevistadas e, também,
y Atividade 3: A proposta de Respostas pessoais.

preparatórias para
os pontos em que os estudantes
Arquivo Histórico José Ferreira da Silva/Fundação Cultural de Blumenau

identificar e elencar os pontos 2 Escreva o nome de alguém que você conheceu em um lugar que devem se atentar, como os no-
de importância para viver em você ou sua família costumam frequentar (padaria, banca de mes das profissionais, as princi-

socioemocionais.
comunidade favorece o desen- pais atividades realizadas pela
volvimento de competências jornal, papelaria, etc.). Depois, escreva onde aconteceu. GRUPO DE instituição, entre outros. O regis-

ampliação dos
socioemocionais voltadas à PROFESSORAS DA tro produzido pelos estudantes
solução de conflitos, ao esta- Resposta pessoal.
ESCOLA BÁSICA pode ser em forma de desenhos,
belecimento de relações de 3. Resposta pessoal. Pergunte aos estudantes sobre o comportamento deles na
92 Capítulo 7 Convivendo com MUNICIPAL MACHADO frases curtas, gravação de víde- Convivendo com Capítulo 7
cumplicidade, de solidariedade convivência em grupo. Peça-lhes que se coloquem no lugar do outro. Respeito,
DE ASSIS, DE os e/ou áudios e fotos, de acor-
colaboração,a solidariedade Vamos ler imagens!
vizinhança a vizinhança
e de empatia. e participação deverão ser mencionados.
BLUMENAU, SANTA do com os equipamentos dispo-

estudos.
3 O que é importante para conviver bem com as Saber CATARINA. FOTO DE nibilizados pela escola. Após a
HABILIDADE DESENVOLVIDA Ser
pessoas da vizinhança? Converse sobre isso com 1967. NA ÉPOCA, ESSA visita, esses registros devem ser
NA SEÇÃO VAMOS LER
Para complementar socializados com a comunidade
os colegas.
IMAGENS! Pintura e foto: ESCOLA SE CHAMAVA
COLÉGIO MUNICIPAL escolar.
Migração e deslocamento. Dispo­
102
» (EF02HI11)
cento e dois
Identificar impactos Vila Rica e Ouro Preto MACHADO DE ASSIS.
nível em: https://cnae.ibge.gov. no ambiente causados pelas dife-

Para comple-
b r/e n /co m p o n e n t /co n te n t / rentes formas de trabalho existen- Para casa
APESAR DE TODAS ESSAS CONQUISTAS, AS MULHERES
arti cl e/95­7a12 /7a12 vamos­ tes na comunidade em que vive.
c o n h e c e r ­ o ­ b ra s i l /n o s s o ­ Orientações didáticas
AJ_CH2_PNLD23_C08_096a109_LA.indd 102 pessoas possamComo você já estudou,
se encontrar e conviver as7/9/21
legendas
6:23 PM ajudam
AINDA a compreender
ENFRENTAM DIVERSAS DIFICULDADES. MUITAS DELAS y Atividade 2: Oriente os estu-
povo/1471­migracao­e­deslo. y Antes deVale
iniciar durantemelhor
o tempoaslivre.
imagens que observamos. Elas apresentam, por exemplo, dantes a entrevistar mulheres
dizer esse tema, converse
APOIO DIDÁTICO

que Ouro Preto foi a RECEBEM SALÁRIOS MAIS BAIXOS QUE OS DOS HOMENS,
Acesso em: 13 jul. 2021. y Reflita sobre a diversidade das pessoas com quem convivem diaria-
Nesse artigo, publicado com
com os estudantes
primeira cidadesobre
a seras relações
tombada node informações sobre o local representado.
que moram em um bairro, retomando a mente, sejam de sua família, co-
MESMO OCUPANDO O MESMO CARGO. ALÉM DISSO, É COMUM

mentar
amizade que oeles
Brasil, quetêm com os
equivale vizinhos.
a afirmar
base nos dados do Censo De-
Pergunte Observe
discussão sobre a pintura
as origens abaixo e leia a legenda.
de cada família, munidade, sejam da escola. No
que aesta
eles se costumam brincar
a serna

Para casa
mográfico 2010, o IBGE analisa o cidade foi a primeira já promovida no capítulo 5 deste volume. QUE AINDA TENHAM DE FAZER TODO O TRABALHO DE CASA. dia previamente combinado, a
rua com as criançasreconhecida
oficialmente da vizinhança; comocom turma deve apresentar e socia-
contexto dos deslocamentos no
Museu da Inconfidência, Ouro Preto. Fotografia: ID/BR

Brasil, indicando que 35,4% da quais adultos da vizinhança eles se re- Roteiro de aula lizar o resultado das entrevistas.
cidade histórica. Com efeito, Ouro 2 AS MULHERES QUE FAZEM PARTE DO SEU DIA A DIA
população não residia no muni- lacionam; se os pais se relacionam com Essa atividade pode favorecer
Preto serviu de paradigma aos tom- y Atividade 1: Incentive os estudantes a
cípio de nascimento. os vizinhos; se há festas que incluem a identificar os profissionais que trabalham COSTUMAM TRABALHAR FORA DE CASA? COMO É O a mobilização da habilidade
bamentos
comunidade do posteriores. As caracte-
local onde moram, etc. no bairro onde moram ou na vizinhança, EF02HI10.
rísticas estilísticas da cidade, seu TRABALHO DELAS? Respostas pessoais.

Indicações de leitura,
y Ressalte a importância dos espaços pú- em comércios e serviços essenciais para a
blicos estilo colonial e barroco, serviram

Comentários sobre
de lazer, como praças, parques comunidade. Ainda que eles não saibam,
de modelo
e centros para a constituição
de convivência, para que deas nominalmente, quem são esses profissio- SESSENTA E SETE 67
parâmetros que orientariam as
futuras ações preservacionistas e

sites, vídeos e outros estabeleceram um modelo de pa-


trimonialização a ser seguido. Ouro
as mulheres recebem remuneração in-
AJ_CH2_PNLD23_C05_058a071_LA.indd 67

ferior à dos homens, apesar de ambos


início do século XX. Dessa forma, eles
poderão inferir que se trata de uma con-
7/9/21
y Atividade 2: Após explicar sobre o pro-
2:40 PM

cesso de transformação da relação en-


as atividades que
APOIO DIDÁTICO

Preto surgiu como patrimônio na- desempenharem as mesmas funções. tinuidade histórica em relação ao traba- tre as mulheres e o mercado de traba-
Arnaud Julien
lho em sua comunidade e no Brasil. lho, há a proposta do reconhecimento
cional mesmo antes de existir uma Roteiro de aula Pallière. Detalhe

conteúdos para o instituição governamental que cui- de Vista de Vila y Se julgar conveniente, ao final do diálo- das trabalhadoras da comunidade. Caso

serão desenvolvidas
y
Leia com os estudantes
Rica, de ocerca
texto didático go proposto, peça aos estudantes que tenha realizado a ampliação da ativida-
dasse do assunto. Os critérios que indiquem os trabalhos da comunidade
e estimule-os a de
analisar
1820. as imagens. É de 1, proponha a retomada das listas
fizeram de Ouro Preto um monu- importante estimular que eles reconhecem e quais desses
AJ_CH2_PNLD23_C08_096Aa109A_MP.indd 102 7/31/21 13:50 Óleo o respeito
sobre tela. entre as elaboradas. Ressalte que o trabalho do-
mento nacional, que consolidaram trabalhos são desempenhados por mu-

aprofundamento dos
diferenças e promover a importância da méstico também é uma forma de traba-
seu qualificativo histórico […] foram lheres. Você pode anotar na lousa os
Essa pintura mostra parte da vizinhança de Vila
igualdade Rica
entre há cerca
os gêneros e as classes lho, caso isso não esteja claro entre eles.

pelos estudantes no
os mesmos que fundamentaram a trabalhos indicados por eles, criando
de duzentos anos. Essa vila deu origem aocomatual
relação à educação,
município deaoOuro
trabalho, etc. Também pode ser o momento de apro-
duas listas. A partir delas, é possível
criação de um órgão governamental y Atividade 1: As respostas podem variar fundar as reflexões sobre as mulheres
Preto, em Minas Gerais. problematizar, por exemplo, por que há
responsável pela escolha, salvaguar- de acordo com a realidade dos estudan- da comunidade, que realizam jornadas

debates sobre os
tipos de trabalho mais comuns às tra-
da e conservação dos bens transfor- tes. Por isso, converse com eles para balhadoras do que aos trabalhadores e duplas de trabalho, sendo responsáveis
Agora é a sua vez

lar, com o apoio dos


mados em monumentos nacionais. que percebam que, hoje, há trabalhado- até mesmo se na comunidade em que por todas as tarefas domésticas mesmo
Nesse sentido, Ouro Preto antecedeu ras tanto nos meios urbanos quanto nos moram há mais trabalhadoras do que trabalhando fora de casa, além de cui-
e serviu como paradigma à primeira 1 Em 1820, que tipos de construção havia nacomo
rurais, vizinhança de as imagens do
mostram trabalhadores. dar dos filhos.

temas e contextos
instituição federal de proteção patri- Vila Rica? Marque com um X.

pais ou responsáveis.
monial, que foi o Serviço do Patrimô- X igrejas supermercados
nio Histórico e Artístico Nacional, ou
SPHAN, criado em 1937 […]. X sobrados X casas térreas

propostos. […]
Tanto artística como historica-
mente, Ouro Preto torna-se refe-
prédios de apartamento
AJ_CH2_PNLD23_C05_058Aa071A_MP.indd 67
palafitas
7/31/21 13:32

rência para a instauração de uma 92 noventa e dois


tradição popular e de uma iden-
tidade nacional, pois ali se deram
feitos decisivos na conformação da Orientações didáticas
AJ_CH2_PNLD23_C07_084a095_LA.indd 92
y O contexto histórico relacionado na se- 7/3/21 12:10 PM

história pátria e, por consequência, ção também permite dialogar sobre a


y Nesta seção, o contexto da historicidade
APOIO DIDÁTICO

da nacionalidade. Ou seja, a nacio- das vizinhanças, expresso pela preserva- preservação do patrimônio histórico (os
ção de vestígios históricos, é usado para marcos de memória de um lugar e de
nalidade ancora-se, ou valida-se,
instrumentalizar os estudantes a reco- uma comunidade).
sobre a construção de uma história
heroica e sobre a confirmação dessa nhecer os diferentes suportes das ima- y Pela observação de cada uma das
gens, ou seja, a primeira imagem é uma imagens e a realização das ativida-
história nas provas ou vestígios pre- des propostas, os estudantes poderão
pintura (óleo sobre tela) e a segunda,
téritos que persistem no presente. uma fotografia. comparar as paisagens de Vila Rica e
O passado histórico é comprova- de Ouro Preto, em temporalidades dis-
do pela presença, ou resistências,
y Aproveite para explicar a eles as diferen-
ças entre fotografia e pintura. Comente tintas, verificando as permanências e
de artefatos que trazem marcas e que os processos de execução são par- as transformações que ocorreram ao
vestígios de outrora. Ouro Preto ticulares. No caso da fotografia, o artista longo do tempo.
ficará reconhecida como a cidade utiliza uma máquina fotográfica, lentes y A pintura de Arnaud Julien Pallière re-
que não mudou […], que manteve especiais e filmes ou cartão de memó- presenta o lugar quando este se chama-
suas feições barrocas, uma cidade ria. As pinturas são feitas em telas, e os va Vila Rica, enquanto a foto retrata uma
materiais são os pincéis e as tintas. paisagem contemporânea.

AJ_CH2_PNLD23_C07_084Aa095A_MP.indd 92 7/31/21 13:54

Leituras complementares
Textos localizados nas colunas laterais,
para ampliar a compreensão de
conceitos e a abordagem dos temas.

AJ_CH2_PNLD23_GERAL_IaXXII_MP.indd 19 8/2/21 11:31


XX Seção introdutória

BIBLIOGRAFIA COMENTADA
aSCenção, V. O. R. et al. Conhecimentos da geografia: basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_
percursos de formação docente e práticas na educação EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 27 maio 2021.
básica. Belo Horizonte: IGC, 2017. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento
A obra reúne textos de diferentes autores da área do ensino normativo que se propõe a equalizar o aprendizado, criando
de Geografia e tem como objetivo apresentar contribuições parâmetros para a aferição da qualidade da educação em
para promover reflexões e mudanças na concepção de ensi- todo o Brasil e padronizando os patamares de aprendiza-
no e de aprendizagem do objeto de conhecimento desse gem ao longo das etapas da Educação Básica em todas as
componente curricular. modalidades de conhecimento. Para isso, a BNCC estabelece
competências e habilidades que devem ser desenvolvidas
auSuBel, D. P.; novak, J. D.; haneSian, H. Psicologia educacional. por todos os estudantes.
Rio de Janeiro: Interamericana, 1980. E-book.
Trata-se de uma obra de referência sobre a psicologia edu- BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação
cacional que pode subsidiar os diálogos sobre o desenvolvi- Básica. Competências socioemocionais como fator de
mento emocional e cognitivo nos processos de ensino e de proteção à saúde mental e ao bullying. Brasília: MEC/
aprendizagem. SEB, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.
gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-praticas/
Bittar, E. C. B. Ética, educação, cidadania e direitos humanos. aprofundamentos/195-competencias-socioemocionais-
Barueri: Manole, 2004. como-fator-de-protecao-a-saude-mental-e-ao-bullying.
Acesso em: 6 maio 2021.
A obra apresenta reflexões filosóficas sobre o trabalho
na sala de aula com foco nas posturas e propostas éti- Como parte do material de apoio da BNCC, esse caderno
cas alinhadas aos direitos humanos. O ponto de partida traz importantes reflexões para compreender o conceito de
para os debates são as experiências selecionadas pelo competências socioemocionais, especialmente como fator
autor, enriquecendo as proposições que aliam filosofia de proteção à saúde mental e de prevenção ao bullying.
e direito.
BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação
Básica; Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização,
BittenCourt, C. (org.). O saber histórico na sala de aula. São
Diversidade e Inclusão; Secretaria da Educação Profissional
Paulo: Contexto, 1997.
e Tecnologia; Conselho Nacional de Educação; Câmara
A obra analisa algumas das possíveis ações que podem ser Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais
realizadas pelos docentes em suas práticas cotidianas, com Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC/SEB/DICEI,
destaque para o ensino de História. Apresenta, por exemplo, 2013. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.
como é possível perceber e estabelecer diferentes relações php?option=com_docman&view=download&alias=13448-
entre as facilidades e dificuldades de construção do saber diretrizes-curiculares-nacionais-2013-pdf&Itemid=30192.
histórico com os estudantes. Preocupada com a prática Acesso em: 2 jun. 2021.
escolar e tendo em foco o ensino de História, a autora busca Documento normativo que apresenta princípios, funda-
propostas para a redefinição de conteúdos e métodos de mentos e procedimentos que orientam o planejamen-
aprendizagem. O livro apresenta, de maneira geral, uma pre- to curricular das escolas e dos sistemas de ensino da
ocupação com os rumos da educação no Brasil, sendo de Educação Básica.
grande interesse para professores, estudantes de História e
público em geral. Bruening, P. A história, os pilares e os objetivos da educação
socioemocional. [Entrevista concedida a] Educação, ed.
BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. 251, ago. 2018. Disponível em: https://revistaeducacao.
PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília: MEC/ com.br/2018/08/01/historia-os-pilares-e-os-objetivos-da-
Sealf, 2019. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/ educacao-socioemocional/. Acesso em: 27 maio 2021.
images/banners/caderno_pna_final.pdf. Acesso em: 6 Entrevista com Pamela Bruening, professora doutora estadu-
maio 2021. nidense especialista em educação. Nesse artigo, são apresen-
A Política Nacional de Alfabetização (PNA) tem como prin- tados os principais conceitos da educação socioemocional,
cipal objetivo aprimorar a qualidade dos processos de alfa- além dos benefícios de sua implantação nas escolas como
betização em todo o território nacional, embasando-se em componente essencial dos currículos escolares e não apenas
estudos da ciência cognitiva da leitura, focado no método como um apêndice extracurricular.
fônico como metodologia de ensino.
Burke, P. (org.). A escrita da história: novas perspectivas. 2. ed.
BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação São Paulo: Ed. da Unesp, 2011.
Básica. Base nacional comum curricular: educação é a A obra propõe uma reflexão sobre o fazer histórico e
base. Brasília: MEC/SEB, 2018. Disponível em: http:// apresenta-se como uma base importante para os docentes

AJ_CH2_PNLD23_GERAL_IaXXII_MP.indd 20 8/2/21 11:31


Seção introdutória XXI

abordarem essa temática em sala de aula. O livro reúne uma assim como às possibilidades de observação sobre diferença,
série de textos com informações e análises sobre algumas corte e descontinuidade.
das mais significativas discussões sobre metodologia e
prática historiográfica. Ao apresentar as diversas tendên- Chartier, R. A história cultural: entre práticas e representações.
cias atuais sobre o fazer histórico, o livro permite que os Lisboa: Difel, 2002.
educadores reflitam sobre as formas pelas quais adquirem O livro desenvolve discussões sobre as propostas da história
e compartilham o conhecimento histórico. Os textos produ- cultural e do ofício do historiador. Composto de oito ensaios,
zidos por diversos intelectuais e historiadores aproximam as escritos entre 1982 e 1986, Chartier examina quais são as
pessoas do entendimento a respeito das diversas linhas de condições de produção, as práticas historiográficas, assim
reflexão histórica. como os conceitos e as formas discursivas que fundam a
prática do historiador. É possível notar duas importantes
CarloS, A. F. A. A condição espacial. São Paulo: Contexto, vertentes nesse trabalho: de um lado, um grande esforço
2011. em questionar a ideia de fonte enquanto testemunho de
O livro analisa como a intensidade relacionada aos proces- uma realidade; de outro, as diversas práticas sociais que não
sos e a acontecimentos marcam as relações dos homens podem ser reduzidas apenas a representações, pois pos-
entre si e as relações destes com o espaço no período suem uma lógica autônoma.
moderno. Nesse sentido, a sociedade torna-se alvo de
mudanças que alteram a rede de relações que a sustenta. A Coll, C. et al. O construtivismo na sala de aula. São Paulo:
autora analisa como a produção do espaço está relaciona- Ática, 1996.
da à sociedade em um movimento que pode ser compreen- Reúne artigos e discussões de importantes autores que
dido em seu aspecto histórico de sua reprodução. Busca-se abordam o emprego das teorias construtivistas na prática
compreender a produção do espaço em seus fundamentos docente. Nesses artigos, centrados no sentido do processo
sociais, ou seja, como a produção do espaço encontra-se de aprendizagem, discute-se com profundidade sobre os
inserida em um conjunto de produções que dão conteúdo elementos que podem favorecer a aprendizagem por meio
e sentido à vida humana. dos significados, a função dos conhecimentos prévios, entre
outros elementos fundamentais que caracterizam o constru-
CaStellar, S. M. V.; munhoz, G. B. (org). Conhecimentos tivismo como método de aprendizagem.
escolares e caminhos metodológicos. São Paulo: Xamã,
2012. Fazenda, I. (org.). Práticas interdisciplinares na escola. São
O livro promove reflexões sobre o ensino tradicional e inter- Paulo: Cortez, 2005.
disciplinar em sala de aula, destacando o discurso entre teo- A obra apresenta práticas docentes interdisciplinares varia-
ria, prática e metodologias a partir de vivências pedagógicas das e propostas relacionadas a situações reais. Por meio da
desenvolvidas em seus contextos diferenciados. apresentação de algumas análises, demonstra-se que é pos-
sível englobar as diferentes áreas do conhecimento em prol
CaStrogiovanni, A. C. (org.). Geografia em sala de aula: práticas de soluções para diversos desafios propostos.
e reflexões. Porto Alegre: Ed. da UFRGS-AGB, 2004.
A obra apresenta textos que abordam a experiência e Ferro, M.  Manipulação da história no ensino e nos meios de
reflexão de diversos professores sobre suas práticas em comunicação. São Paulo: Ibrasa, 1999.
sala de aula. O livro, importante referência para a prática De modo provocativo, o historiador francês Marc Ferro ana-
docente, apresenta textos nos quais encontramos regis- lisa diferentes discursos históricos e historiográficos, proble-
tros dos diversos desafios encontrados pelos educadores matizando as construções das versões oficiais da História, a
e geógrafos em sala de aula. Os autores fazem um convite criação de “vencedores” e os apagamentos de determinados
para que o ensino e a aprendizagem da Geografia em sala grupos sociais. De modo crítico, o autor traz reflexões sobre a
de aula se refaçam constantemente. Incentiva-se também importância do ensino de História nesse processo e de como
o aprendizado de educadores e educandos sobre as atuais ele pode servir para desconstruir estereótipos e incentivar a
transformações da sociedade. busca de diferentes pontos de vista.

Certeau, M. A escrita da história. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense FreitaS, M. C.; JaCoB, R. N. Inclusão educacional de crianças
Universitária, 2011. com deficiências: notas do chão da escola. Educação e
Obra que auxilia no processo de ensino de reflexão histórica, Pesquisa, São Paulo, v. 45, 2019. Disponível em: https://
que pode ser utilizado pelos docentes na abordagem em sala www.scielo.br/pdf/ep/v45/1517-9702-ep-45-e186303.pdf.
de aula. O autor busca identificar quais são as etapas con- Acesso em: 27 maio 2021.
sideradas fundamentais para a historiografia e aponta quais O artigo propõe uma análise crítica sobre a educação inclu-
foram as suas diversas abordagens sobre o tema desenvol- siva de crianças com deficiência nas escolas, segundo uma
vido ao longo do tempo. São analisadas como as diversas pesquisa de campo feita em 2014, com estudos de caso
áreas do conhecimento podem ser colocadas em diálogo, realizados em escolas públicas. Apoiados em situações coti-
tendo como objetivo ampliar a reflexão sobre o tema propos- dianas, os autores mostram que o acesso à educação nem
to. O autor recorre, por exemplo, à filosofia e à psicanálise, sempre resulta em inclusão.

AJ_CH2_PNLD23_GERAL_IaXXII_MP.indd 21 8/2/21 11:31


XXII Seção introdutória

leSann, J. Geografia no Ensino Fundamental I. Belo Horizonte: O texto parte da análise de conteúdos demasiadamente
Fino Traço, 2011. abstratos, desconexos e, portanto, incompreensíveis, que
A obra é composta de duas partes: a primeira apresenta as são comuns em muitos currículos escolares, para identifi-
questões teórico-metodológicas para a construção de um car a necessidade de um currículo integrado, interdiscipli-
método de ensino, e a segunda oferece sugestões de passo nar e que seja capaz de trabalhar com a transversalidade
a passo e ano a ano, para trabalhar o conteúdo de Geografia (educação; saúde; meio ambiente; pluralidade cultural;
em sala de aula. trabalho; etc).

Perrenoud, P. Avaliação: da excelência à regularização das SantoS, M. Técnica, espaço, tempo: a globalização e o meio
aprendizagens: entre duas lógicas. Porto Alegre, Artmed, técnico-científico-informacional. São Paulo: Edusp, 2008.
1998. Nessa obra que reúne ensaios de métodos voltados à com-
Nessa obra de referência sobre o tema de avaliação peda- preensão das novas dinâmicas da sociedade e do território,
gógica, o autor traz debates sobre os principais processos Santos consolida sua teoria acerca do espaço geográfico.
avaliativos e provoca o docente a observar os estudantes Destacam-se as reflexões sobre a relação entre sociedade,
como protagonistas da aprendizagem, demandando práticas tempo e espaço, especialmente no que se refere à coexis-
e perspectivas adequadas a cada caso. tência e ao conflito entre temporalidades divergentes em um
mesmo espaço.
Pinto, H. R.; riBeiro, M. T. Há festa na família…: contributos da
psicologia para o estudo de rotinas, tradições, celebrações Souza, R. F. Fotografias escolares: a leitura de imagens na
e rituais familiares. Comunicação & Cultura, Lisboa, história da escola primária. Educar em Revista, Curitiba,
Universidade Católica Portuguesa, n. 10, p. 73-86, jun. Ed. da UFPR, n. 18, 2001.
2010. Disponível em: https://revistas.ucp.pt/index.php/ A obra apresenta um estudo a respeito da leitura de fotogra-
comunicacaoecultura/article/view/544. Acesso em: 27 fias escolares, tendo como base a perspectiva da relevância
maio 2021. da análise da documentação iconográfica para o estudo da
Esse artigo traz, por meio da psicologia, uma reflexão acerca História da Educação e das instituições educativas.
das festas e celebrações, incluindo vivências familiares, e
como isso pode ser compreendido dentro do contexto das zaBala, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre:
multiplicidades do ciclo da vida. Penso, 2015.
A obra traz debates sobre diferentes metodologias de ensino,
PioSevan, F. Democracia, direitos humanos e globalização desafiando o professor a identificar as práticas educacionais
econômica: desafios e perspectivas para a construção da que mais se ajustam aos diferentes grupos de estudantes e
cidadania no Brasil. DHnet – Rede de Direitos Humanos & ao seu modo de trabalhar. Atitudes, procedimentos, méto-
Cultura, 2016. Disponível em: http://dhnet.org.br/direitos/ dos de avaliação e de amparo durante atividades distintas
militantes/flaviapiovesan/piovesan_democracia_dh_ são apresentados, analisados e problematizados, de modo a
global_economica_br.pdf. Acesso em: 11 jun. 2021. extrair os pontos fortes de cada prática.
O artigo desenvolve uma análise temática sobre o con-
ceito de democracia e as relações desse conceito com os zaBala, A.; Arnau, L. Como aprender e ensinar competências.
direitos humanos. Além disso, a autora reflete sobre os Porto Alegre: Penso, 2015.
principais impactos da globalização econômica no proces- Nessa obra, os pesquisadores da educação Antoni Zabala e
so de efetivação dos direitos humanos, com foco no caso Laia Arnau apresentam a abordagem da educação por meio
brasileiro. de competências, analisando desde a escolha delas para a
prática didática até seus impactos na construção de currícu-
rüSen, J. In: SChmidt, M. A.; BarCa, I.; martinS, E. R. (org.). Jörn los e projetos político-pedagógicos.
Rüsen e o ensino de história. Curitiba: Ed. da UFPR, 2011.
Nesse livro, são apresentados reflexões e conceitos funda- zanella, A. V. Escolarização formal e cidadania: possíveis rela-
mentais para a compreensão do pensamento ruseniano, ções, relações possíveis? In: Silveira, A. F. (org.). Cidadania
especialmente no que se refere ao processo de formação, ao e participação social. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de
aprendizado e à consciência histórica. A obra visa contribuir Pesquisas Sociais, 2008. Disponível em: http://books.scielo.
com o crescimento e a autonomia da ação crítica de quem org/id/hn3q6/pdf/silveira-9788599662885-09.pdf. Acesso
vive a história, de quem a investiga, de quem a ensina e de em: 11 jun. 2021.
quem a aprende. O artigo apresenta um debate interessante sobre as relações
entre a educação escolar e a formação cidadã, traçando,
Santomé, J. T. Os motivos do currículo integrado. In: Santomé, primeiro, um panorama histórico do debate e, depois, dia-
J. T. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo logando sobre as experiências de estudantes e de docentes
integrado. Porto Alegre: Artmed, 1998. por meio de abordagens pertinentes à filosofia da educação.

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1

LEDA LEONARDO DA SILVA


2 2o ANO

Bacharela e licenciada em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Letras


e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP).
Professora do Ensino Fundamental.
MÔNICA LUNGOV
GEOGRAFIA
Bacharela e licenciada em História pela FFLCH-USP.
Consultora pedagógica e professora de História no Ensino Fundamental
E HISTÓRIA
e no Ensino Médio.
RAQUEL DOS SANTOS FUNARI
Licenciada em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
Belo Horizonte.
Mestra e doutora em História pelo Instituto de Filosofia e Ciências ÁREA DO CONHECIMENTO:
Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
CIÊNCIAS HUMANAS
Pesquisadora-colaboradora do Departamento de História do Instituto de
Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp.
Professora de História e supervisora de área no Ensino Fundamental e no
Ensino Médio.

EDITORA RESPONSÁVEL: VALÉRIA VAZ


Licenciada em História pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de
ENSINO
Mesquita Filho” (Unesp). FUNDAMENTAL
Especialista em Linguagens Visuais e mestra em Artes Visuais pela
Faculdade Santa Marcelina (FASM). ANOS INICIAIS
Bacharela em Letras pela FFLCH-USP.
Editora de livros didáticos.

Organizadora: SM Educação
Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por SM Educação.

São Paulo, 1a edição, 2021

AJ_PNLD2023_FRONTS_2_CH_LA.indd 1 04/08/2021 10:15

AJ_CH2_PNLD23_INICIAIS_ESPECIFICO_001a007_MP.indd 1 8/13/21 17:58


2
Aprender Juntos Geografia e História 2o ano
© SM Educação
Todos os direitos reservados

Direção editorial Cláudia Carvalho Neves


Gerência editorial Lia Monguilhott Bezerra
Gerência de design e produção André Monteiro
Edição executiva Valéria Vaz
Edição: Gabriel Careta, Jéssica Vieira de Faria, Kenya Jeniffer Marcon, Mírian Cristina de
Moura Garrido
Suporte editorial: Fernanda de Araújo Fortunato
Coordenação de preparação e revisão Cláudia Rodrigues do Espírito Santo
Preparação: Rosinei Aparecida Rodrigues Araujo, Vera Lúcia Rocha
Revisão: Rosinei Aparecida Rodrigues Araujo, Vera Lúcia Rocha
Apoio de equipe: Beatriz Nascimento, Camila Durães Torres
Coordenação de design Gilciane Munhoz
Design: Thatiana Kalaes, Lissa Sakajiri
Coordenação de arte Andressa Fiorio
Edição de arte: João Negreiros
Assistência de arte: Gabriela Rodrigues Vieira
Assistência de produção: Leslie Morais
Coordenação de iconografia Josiane Laurentino
Pesquisa iconográfica: Mariana Sampaio
Tratamento de imagem: Marcelo Casaro
Capa APIS Design
Ilustração da capa: Henrique Mantovani Petrus
Projeto gráfico APIS Design
Editoração eletrônica Essencial Design
Cartografia João Miguel A. Moreira
Pré-impressão Américo Jesus
Fabricação Alexander Maeda
Impressão

Em respeito ao meio ambiente, as Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


folhas deste livro foram produzidas com (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
fibras obtidas de árvores de florestas
Silva, Leda Leonardo da
plantadas, com origem certificada.
Aprender juntos geografia e história, 2º ano : ensino
fundamental : anos iniciais / Leda Leonardo da
Silva, Mônica Lungov, Raquel dos Santos Funari ;
editora responsável Valéria Vaz ; organizadora SM
Educação ; obra coletiva concebida, desenvolvida
e produzida por SM Educação. – 1. ed. – São Paulo :
Edições SM, 2021. – (Aprender juntos)

“Área do conhecimento: Ciências humanas”


ISBN 978-65-5744-386-6 (aluno)
ISBN 978-65-5744-387-3 (professor)

1. Geografia (Ensino fundamental) 2. História (Ensino


fundamental) I. Lungov, Mônica. II. Funari, Raquel dos
Santos. III. Vaz, Valéria. IV. Título. V. Série.

21-69406 CDD-372.89

Índices para catálogo sistemático:


1. História e geografia : Ensino fundamental 372.89
Cibele Maria Dias — Bibliotecária — CRB-8/9427

1ª edição, 2021

SM Educação
Rua Cenno Sbrighi, 25 – Edifício West Tower n. 45 – 1o andar
Água Branca 05036-010 São Paulo SP Brasil
Tel. 11 2111-7400
atendimento@grupo-sm.com
www.grupo-sm.com/br

AJ_CH2_PNLD23_Iniciais_001a007_LA.indd 2 8/13/21 17:40 AJ_C

AJ_CH2_PNLD23_INICIAIS_ESPECIFICO_001a007_MP.indd 2 8/13/21 17:58


3

APRESENTAÇÃO
QUERIDO ESTUDANTE, QUERIDA ESTUDANTE,

ESTE LIVRO FOI CUIDADOSAMENTE PENSADO PARA


AJUDAR VOCÊ A CONSTRUIR UMA APRENDIZAGEM
CHEIA DE SIGNIFICADOS, QUE LHE SEJA ÚTIL NÃO
SOMENTE HOJE, MAS TAMBÉM NO FUTURO. NELE,
VOCÊ VAI ENCONTRAR INCENTIVO PARA CRIAR,
EXPRESSAR IDEIAS E PENSAMENTOS, REFLETIR
SOBRE O QUE APRENDE E TROCAR EXPERIÊNCIAS E
CONHECIMENTOS.
OS TEMAS, OS TEXTOS, AS IMAGENS E
AS ATIVIDADES PROPOSTOS POSSIBILITAM O
DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
FUNDAMENTAIS PARA VIVER EM SOCIEDADE. TAMBÉM
AJUDAM VOCÊ A LIDAR COM SUAS EMOÇÕES,
DEMONSTRAR EMPATIA, ALCANÇAR OBJETIVOS,
MANTER RELAÇÕES SOCIAIS POSITIVAS E TOMAR
DECISÕES DE MANEIRA RESPONSÁVEL. AQUI, VOCÊ
VAI ENCONTRAR OPORTUNIDADES VALIOSAS PARA SE
DESENVOLVER COMO CIDADÃO OU CIDADÃ.
ACREDITAMOS QUE É POR MEIO DE ATITUDES
POSITIVAS E CONSTRUTIVAS QUE SE CONQUISTAM
AUTONOMIA E CAPACIDADE PARA TOMAR DECISÕES
ACERTADAS, RESOLVER PROBLEMAS E SUPERAR
CONFLITOS.
ESPERAMOS QUE ESTE MATERIAL CONTRIBUA
PARA SEU DESENVOLVIMENTO E PARA SUA FORMAÇÃO.
BONS ESTUDOS!

EQUIPE EDITORIAL

:13 PM AJ_CH2_PNLD23_Iniciais_001a007_LA.indd 3 7/10/21 9:53 AM

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4 Conheça seu livro
CONHEÇA
SEU LIVRO
CONHECER SEU LIVRO DIDÁTICO VAI AJUDAR VOCÊ A APROVEITAR
MELHOR AS OPORTUNIDADES DE APRENDIZAGEM. ESTE VOLUME CONTÉM
DOZE CAPÍTULOS. VEJA COMO CADA CAPÍTULO ESTÁ ORGANIZADO.

O
? FAÇA UM DESENH
ONDE VOCÊ ESTUDA
8 COMO É A ESCOLA . LEMBRE-SE DE
INDICAR
NTAR SUA ESCOLA
PARA REPRESE
! SALA DE AULA.
AS ONDE FICA SUA
BOAS-VIND
BEM-VINDO! VOCÊ
FUNDAMENTAL!
VAI DAR INÍCIO
FAÇA AS ATIVIDAD
AO SEGUNDO ANO
ES A SEGUIR COM
LÁ!
DO ENSINO
A AJUDA DO Desenho do estudante. ABERTURA DO LIVRO
DE TURMA. VAMOS
DOS COLEGAS
PROFESSOR E

EM SEU DIA A DIA? O

BOAS-VINDAS!
S VOCÊ CONVIVE
1 COM QUAIS PESSOA
EM COMUM?
QUE VOCÊS TÊM ESCREVA
Respostas pessoais. VOCÊ ESTUDA?

Fotomontagem: ID/BR
stock.com/ID/BR;
ECE O DA ESCOLA ONDE
2 VOCÊ RECONH 9 QUAL É O NOME
SEGUIR.
NTADO NO QUADRO A

VAMOS VER O QUE VOCÊ JÁ CONHECE


OBJETO REPRESE

Resul Muslu/Bartkowski/Shutter
OPINIÃO,
AO LADO? EM SUA
QUAL
ELE É USADO PARA Resposta pessoal.
Usado
FINALIDADE? Calendário.
para indicar os dias,
as semanas e os
meses dos anos. 10 COMPLETE
OS QUADROS A
SEGUIR COM A
EXISTE EM SUA
QUANTIDADE DE
SALA DE AULA.
Resposta pessoal. SOBRE OS TEMAS QUE VÃO SER
O OU EVENTO CADA ITEM QUE

ESTUDADOS NESTE LIVRO.


DE ALGUM MOMENT D. JANELAS
3 VOCÊ SE LEMBRA COM SUA FAMÍLIA
OU COM
ESTUDANTES
TENHA VIVIDO A.
ESPECIAL QUE OU EVENTO FOI
ESSE? E. MESAS
QUE MOMENTO PROFES SOR
SUA COMUNIDADE? ELE É ESPECIA
L? B.
CADEIRAS
CONSIDERA QUE F.
POR QUE VOCÊ C. LOUSA
Respostas pessoais. M ALGUMA TIPO DE
COMUNIDADE REALIZA A ESCOLA? QUE
4 SUA FAMÍLIA
OU SUA
QUAL? DE FREQUENTAR
GOSTE MUITO? 11 VOCÊS GOSTAM E AS AULAS?
DA QUAL VOCÊ REALIZAM DURANT
COMEMORAÇÃO ESSA COMEMO RAÇÃO? ATIVIDADE VOCÊS
AM CELEBRAR Respostas pessoais. S
COMO VOCÊS COSTUM SÃO AS ATITUDE
POR QUÊ? DE VOCÊS, QUAIS DE AULA
Respostas pessoais. SUA VIZINHANÇA? 12 NA OPINIÃO NCIA EM SALA
MAIS GOSTA EM QUE A CONVIVÊ
5 DO QUE VOCÊ NECESSÁRIAS PARA PARA TODOS?
POR QUÊ?
Respostas pessoais. VOCÊ OU AS PESSOA
S DE E HARMÔNICA
DE TRANSPORTE SEJA AGRADÁVEL
6 QUAL MEIO UTILIZA M NO Respostas pessoais. JÁ FOI
DADE MAIS SOR DE VOCÊS
DE SUA COMUNI QUE O PROFES ERAM AS
SUA FAMÍLIA OU 13 VOCÊS SABIAM IMAGINAM QUE
COMO VOCÊS
DIA A DIA?
Respostas pessoais. UM ESTUDANTE? A? Respostas pessoais.
EM QUE ELE ESTUDAV
VOCÊ ESTUDA? ESCOLAS NA ÉPOCA
O DA ESCOLA ONDE NOVE 9
7 COMO É O ENTORN POR PERTO?
CONSTRUÇÕES
EXISTEM OUTRAS
Respostas pessoais. 7/10/21 9:22 AM

PÍTULO

2
8 OITO
CA
009_LA.indd All
Pages
OS LUGARES
DE BRINCAR
_BOASVINDAS_008a
AJ_CH2_LA_PNLD23

EXISTEM MUITA

ABERTURA DE CAPÍTULO
S
BRINCADEIR
AS E MUITO
E LUGARES S JEITOS
DE BRINCAR.
BRINCADEIR HÁ
AS REALIZADAS
EM CASA, NO
PARQUE OU
ESCOLA. O NA
IMPORTANTE

UMA DUPLA DE PÁGINAS MARCA O INÍCIO DIVERTIR! É SE


1. As crianças
estão brincando
PARA COMEÇO de fazer bolhas
de
sabão, castelo DE CONVERSA

DE CADA CAPÍTULO. NELA, IMAGENS


de areia e nos
brinquedos do
1 COMO AS CRIAN parque.
ÇAS
REPRESENTA
DAS NA
IMAGEM ESTÃO

VARIADAS E ATIVIDADES VÃO LEVAR VOCÊ


BRINCANDO?
2 QUAL É SUA
BRINCADEIRA
PREFERIDA?
Resposta pessoal.

A PENSAR E A CONVERSAR SOBRE OS


3 EM QUAL LUGAR
VOCÊ
MAIS GOSTA
DE BRINCAR?

ID/BR
POR QUÊ?

F/Shutterstock.com/
Respostas pessoais.

TEMAS QUE VÃO SER DESENVOLVIDOS AO


4 O QUE VOCÊ
PREFERE:
BRINCAR SOZINH

Victor Hugo K
O SABER
SER
OU BRINCAR
COM

LONGO DO CAPÍTULO.

Wu/ID/BR; fotografia:
OUTRAS CRIAN
ÇAS?
POR QUÊ?
Respostas pessoais.

Ilustrador: Daniel
20
CRIANÇAS BRINCAN
EM BRASÍLIA DO EM UM PARQUE
, DISTRITO FEDERA
AJ_CH2_PNLD2 FOTO DE 2019. L.
3_C02_020a033
_LA.indd 20-21

DESENVOLVIMENTO DO ASSUNTO
VINTE E UM
21

7/10/21 9:24
AM

OS TEXTOS, AS IMAGENS E AS ATIVIDADES DESTAS PÁGINAS PERMITIRÃO QUE VOCÊ


COMPREENDA O CONTEÚDO QUE ESTÁ SENDO APRESENTADO.
GLOSSÁRIO
MUITOS POVOS, MUITOS TIPOS DE FAMÍLIA
A FORMA COMO AS FAMÍLIAS DE DIVERSOS POVOS, EM AO LONGO DO LIVRO, VOCÊ VAI
ÉPOCAS DIFERENTES, SE ORGANIZAM É BASTANTE VARIADA.

REGISTROS REG
I ST R OS
O TEXTO A SEGUIR É
SOBRE AS FAMÍLIAS DE
KAINGANG: POVO INDÍGENA QUE VIVE
NOS ESTADOS DE SÃO PAULO, PARANÁ,
SANTA CATARINA E RIO GRANDE DO SUL.
ENCONTRAR BREVES
FOTOS DE FAMÍLIA
EXPLICAÇÕES SOBRE ALGUMAS
DOIS POVOS INDÍGENAS: OS TAPAYUNA: POVO INDÍGENA QUE VIVE

NESTA SEÇÃO, VOCÊ


NO ESTADO DO MATO GROSSO.
KAINGANG E OS TAPAYUNA.

PALAVRAS E EXPRESSÕES QUE


EM UMA CASAEM
É COMUM AS PESSOAS SEREM FOTOGRAFADAS REUNIÕES
KAINGANG […],

Gerson Gerloff/Pulsar Imagens


VAI IDENTIFICAR E
O NÚCLEO FAMILIAR É FORMADO
FAMILIARES, COMO CASAMENTOS, PASSEIOS, ETC.
POR “UMA ESSESQUE SERIA
MÃE VELHA”,
UMA ESPÉCIE DE MATRIARCA, E

ANALISAR DIFERENTES
MOMENTOS FICAM REGISTRADOS NAS FOTOS!
UMA REDE DE MULHERES: FILHAS,

ESSAS FOTOS GUARDAM A HISTÓRIANORAS, NETAS E AGREGADAS.


DA FAMÍLIA. ELAS
“ESSAS MULHERES SE CUIDAM
TALVEZ VOCÊ NÃO CONHEÇA.
TAMBÉM FORNECEM INFORMAÇÕES DE UMA ÉPOCA:
E SE APOIAM COMO
[…]”, CONTA A […] ERAM

TIPOS DE REGISTROS KAINGANG JOZILÉIA DANIZA


AS FAMÍLIAS E COMO VIVIAM, QUAIS ERAM AS DIVERSÕES,
JACODSEN COMO
(YAKIXO). ESSE APOIO
INCLUI IR PRA ROÇA, COZINHAR, PARA EXPLORAR
ERAM AS ROUPAS, ETC. MEMBROS DE UMA FAMÍLIA

HISTÓRICOS E
CUIDAR DAS CRIANÇAS E DA CASA, KAINGANG EM TENENTE
TEMPO E HISTÓRIA
OBSERVE AS FOTOS A SEGUIR. AMAMENTAR OS BEBÊS UMAS DAS PORTELA, RIO GRANDE DO

SUGESTÕES DE SITES,
SUL. FOTO DE 2014.
OUTRAS, PRODUZIR O ARTESANATO… PODEMOS PERCEBER TAMBÉM A PASSAGEM DO TEMPO
CONVERSAR.

REFLETIR SOBRE ELES.


PELOS E PELAS MUDANÇAS QUE ACONTECEM EM
FATOSMULHER
Ginasgalaxy/Dreamstime.com/ID/BR

Elenaray/Dreamstime.com/ID/BR

MATRIARCA:
[…] OS TAPAYUNA [...] RESPONSÁVEL POR UM GRUPO
NOSSA VIDA. OBSERVE AS FOTOS DE LUANA.

FILMES, LIVROS E
USAM A MESMA PALAVRA PARA DE PESSOAS.
AGREGADO: QUEM VIVE COM

andipantz/iStock/Getty Images
michaeljung/iStock/Getty Images
DENOMINAR “PAI” E “TIO” . É COMO UMA FAMÍLIA COMO SE FOSSE
SE AMBOS FOSSEM PAIS DA UM PARENTE PRÓXIMO.

CRIANÇA IGUALMENTE.
ANDRESSA DREHER. MATERNIDADE INDÍGENA: COMO AS INDÍGENAS VIVENCIAM O PARTO, A
AMAMENTAÇÃO E A CRIAÇÃO DOS FILHOS. REVISTA AZMINA, 28 NOV. 2016. DISPONÍVEL EM:
OUTRAS DICAS QUE
REPRESENTAÇÕES
http://azmina.com.br/2016/11/as-criancas-indigenas-que-sao-filhas-de-toda-uma-comunidade/.

RE
ACESSO EM: 1O MAR. 2021.

ES
PR
ESE
N TAÇÕ DENTRO, FORA, EM CIMA
CITADOS NOE EMBAIXO
TEXTO? MESES
ALGUM DELES
2 QUE COSTUMES DOS KAINGANG EM
COM
DEPOIS, JÁ CONSEGUIA
É PARECIDO FICAR
E DOS TAPAYUNA
2016, LUANA SÃO
NASCEU. ALGUNS EM 2017, COM 1 ANO, LUANA
APRENDEU A ANDAR, MAS AINDA NÃO
VÃO AMPLIAR E
COM OS TEXTOS E AS
SENTADA. FALAVA.

APROFUNDAR OS
UM COSTUME QUE VOCÊ TEM? QUAL?
Respostas pessoais.

FatCamera/iStock/Getty Images
skynesher/iStock/Getty Images

QUARENTA E NOVE 49
LUÍSAS PESSOAS,
E ANA OLIVEIRA, OBJETOS, AS CONSTRUÇÕES
OS 1915. E A 1935.
ATIVIDADES DESTA SEÇÃO,
FAMÍLIA OLIVEIRA,
VEGETAÇÃO SÃO EXEMPLOS DE ELEMENTOS QUE PODEM SER
CONTEÚDOS
AJ_CH2_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 49 7/10/21 9:30 AM

EM UMA IMAGEM. PARA IDENTIFICAR EM QUAL


1REPRESENTADOS
EM 1915, QUANTAS PESSOAS FORMAVAM A FAMÍLIA OLIVEIRA?
VOCÊ VAI APRENDER A LER, POSIÇÃO CADA ELEMENTO SE ENCONTRA, VOCÊ PODE UTILIZAR
NOÇÕES era formada
A famíliaQUE por duas pessoas.
JÁ CONHECE, COMO AS INDICADAS NO TÍTULO
EM 2020, AOS 4 ANOS, LUANA FOI EM 2023, LUANA TEM 7 ANOS. ELA
GOSTA MUITO DE JOGAR FUTEBOL
ESTUDADOS.
PARA A ESCOLA DE EDUCAÇÃO

A INTERPRETAR E A
INFANTIL. PRIMEIRO DIA DE AULA! COM OS COLEGAS DA ESCOLA.
ACIMA: DENTRO, FORA, EM CIMA E EMBAIXO.
2 E EM 1935? 1 QUAIS EXPERIÊNCIAS DE LUANA FORAM REGISTRADAS

1 OBSERVE A ILUSTRAÇÃO DO PÁTIO DE UMA ESCOLA. NESSAS FOTOS? VOCÊ JÁ PASSOU POR EXPERIÊNCIAS

ELABORAR A família era formada por sete pessoas e um cachorro.


DEPOIS, FAÇA O QUE SE PEDE.
PARECIDAS COM ESSAS? QUAIS?
Respostas pessoais.
PARA E
XPLO RAR
3 QUE DETALHES PODEM INDICAR QUE ESSAS FOTOS NÃO SÃO
REPRESENTAÇÕES DO AGORA, DE ALAIN SERRES. TRADUÇÃO DE MARCOS BAGNO. ILUSTRAÇÕES DE

ATUAIS? Além dos anos em que foram tiradas, os penteados, as roupas e


aparência das fotos revelam que elas são antigas, do passado.
a OLIVIER TALLEC. EDIÇÕES SM (COLEÇÃO BARCO A VAPOR).
O LIVRO REÚNE UMA SÉRIE DE HISTÓRIAS SOBRE ACONTECIMENTOS DO

MUNDO À SUA VOLTA. 


COTIDIANO E TRANSFORMAÇÕES QUE OCORREM AO LONGO DO TEMPO NA
4 EM SUA OPINIÃO, O QUE A FAMÍLIA OLIVEIRA ESTAVA VIDA DAS PESSOAS, SOB O PONTO DE VISTA DE UMA CRIANÇA.

FAZENDO NOS DIAS EM QUE FOI FOTOGRAFADA? 40 QUARENTA

ESCOLHA UMA DAS FOTOS E CRIE UMA PEQUENA HISTÓRIA


AJ_CH2_PNLD23_C03_034a045_LA.indd 40 7/10/21 9:26 AM

PARA ELA. DEPOIS, CONTE ESSA HISTÓRIA AOS COLEGAS.

4
Resposta pessoal.
QUATRO
CINQUENTA E TRÊS 53
Raíssa Bulhões/ID/BR

AJ_CH2_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 53 7/10/21 9:30 AM

A. PINTE DE AZUL A BERMUDA DO ESTUDANTE QUE ESTÁ


DENTRO DA QUADRA DE ESPORTES.

AJ_CH2_PNLD23_Iniciais_001a007_LA.indd 4 B. PINTE DE VERDE A CAMISA DA ESTUDANTE QUE ESTÁ FORA 7/10/21 9:53 AM AJ_C
DA QUADRA E ESTÁ VESTINDO BERMUDA VERMELHA.

C. PINTE DE VERMELHO A LANCHEIRA QUE ESTÁ EM CIMA


DA MESA.

D. PINTE DE LARANJA A BOLA QUE ESTÁ EMBAIXO DO PÉ


DA MENINA.
Veja comentário no Roteiro de aula.

DEZESSETE 17

AJ_CH2_PNLD23_C01_010a019_LA.indd 17 7/10/21 9:28 AM

CH2_PNLD23_INICIAIS_ESPECIFICO_001a007_MP.indd 4 7/31/21 14:50


Conheça seu livro 5
FINALIZANDO O CAPÍTULO
NO FIM DOS CAPÍTULOS, HÁ SEÇÕES QUE BUSCAM AMPLIAR SEUS CONHECIMENTOS SOBRE A
LEITURA DE IMAGENS E A DIVERSIDADE CULTURAL, ALÉM DE VERIFICAR OS CONTEÚDOS
ABORDADOS NO CAPÍTULO.
NA SEÇÃO PESSOAS E LUGARES VOCÊ VAI

Rosa Gauditano/StudioR
PESSOAS E LUGAR
ES CONHECER ALGUMAS CARACTERÍSTICAS
OS INY E AS BONEC
AS DE CERÂMICA CULTURAIS DE DIFERENTES COMUNIDADES.
ESTADOS DE
A QUE VIVE NOS
POVO INDÍGEN
OS INY SÃO UM INS.
, PARÁ E TOCANT
GOIÁS, MATO GROSSO COSTUME DESSE
POVO.
AS E
CONHECER UM EM VESTIMENT
AGORA, VOCÊ VAI IDADE, AS MENINAS
INYS
INY, NO TOCANTIN
S, 2013. OS DESENHOS
AS BONECAS TÊM
O
OITO ANOS DE MENINAS DO POVO DOS INY. POR ISSO,
ENTRE CINCO E BONECAS DE PARTE DA CULTURA O DIFERENTE.
AVÓS UM CONJUNTO DE NO CORPO SÃO TEM UM SIGNIFICAD
RECEBEM DE SUAS S KARAJÁS. CORPO PINTADO.
CADA DESENHO
AS DE BONECA
CERÂMICA, CHAMAD ADO, REPRESE
NTANDO
TEM UM SIGNIFIC
CADA BONECA E ELA MESMA,
EM VÁRIAS

do fotógrafo
DA MENINA
PESSOAS DA FAMÍLIA A A SEGUIR.
OBSERVE O ESQUEM

Fabio Colombini/Acervo
FASES DA VIDA. NTE DA
MENINO ADOLESCE FEITAS DE
SER UM IRMÃO AS BONECAS SÃO
AVÓ MATERNA AVÔ MÃE DA FAMÍLIA. PODE É MODELADO À
MENINA. CERÂMICA. O BARRO
DA MENINA. ELA MATERNO MENINA. OU UM PRIMO DA E, DEPOIS, COZIDO.
E MÃO PELAS AVÓS
CONFECCIONOU DA MENINA. KARAJÁS
NA FOTO, BONECAS
DEU AS BONECAS MENINO AS MÃES DE UMA
REPRESENTANDO
anterior 2013.
DE PRESENTE. ADULTO. da imagem da página ALDEIA INY NO
MATO GROSSO,
ões da legenda

A SEÇÃO VAMOS LER


2 Pinte as informaç
s cores:
com as seguinte  Data em que foi
feita
ns!
Vamos ler image  Nome do autor 1820
S PODEM AJUDARArnaud Julien Pallière  Técnica de pintura
do fotógrafo

IMAGENS! PROPÕE A ANÁLISE


, AS BONECAS KARAJÁ  Título da obra Óleo sobre tela
EM SUA OPINIÃO 1 FAMÍLIA INY? POR
QUÊ? a
UMA Vista de Vila Rica que
Pintura e foto:
DE saber
Wagner Souza e Silva/Acervo

A CONTAR A HISTÓRIA legenda é possível


S: informação da
• Por qual
e Ouro Preto Respostas pessoais. CIONAR DOIS BONECO Pelo título da obra.
Vila Rica 2 IMAGINE QUE
VOCÊ VAI CONFEC imagem retrata
NASCEU E OUTRO
Vila Rica?

DE UMA OU MAIS IMAGENS E


REPRESENTA VOCÊ ASSIM QUE leia a legenda.
UM QUE a nder COMO a foto abaixo e
ajudam compree JÁ NA IDADE ADULTA.3 Observe

BR
Luis War/Shutterstock.com/ID/
você já estudou,
as legendasQUE REPRESENTA VOCÊ exemplo, ÇÃO DO
Como apresentam, por S? COM A ORIENTA
A MENINA, MENINA MENINA
observamos. Elas ESSES BONECO
PAI DA as imagens que
melhorADULTA. VOCÊ IMAGINA DE MODELAR PARA

TRAZ ATIVIDADES QUE VÃO


QUANDO ADOLESCENTE. tado. ARGILA OU MASSA
CRIANÇA MENINA. o local represen PROFESSOR, USE
RECÉM-NASCIDA
GANHOU AS informações sobre
e leia a legenda. ESSAS REPRESENTAÇÕES.
DA FAMÍLIA.
BONECAS.
Observe a pintura abaixo
BONECAS FAZER
CAMPOS. Roteiro de aula.
TORRE LACERDA
Veja comentário no
ID/BR

CHRISTIANI DE LA 154 P. TESE (DOUTORAD


O
SANDRA MARIA O TRADIÇÕES. 2007.
FONTE DE PESQUISA: 69
Ouro Preto. Fotografia:

PAULO.
SÃO PAULO, SÃO

AJUDAR VOCÊ A
INOVAÇÕES, TRANSMITIND E CATÓLICA DE SESSENTA E NOVE
KARAJÁ: MODELANDO – PONTIFÍCIA UNIVERSIDAD
EM CIÊNCIAS SOCIAIS)

7/10/21 9:33 AM
Museu da Inconfidência,

COMPREENDER DIFERENTES
68 SESSENTA E OITO

68-69
05_058a071_LA.indd
AJ_CH2_PNLD23_C

Arnaud Julien
Pallière. Detalhe
de Vista de Vila
TIPOS DE IMAGEM.
Rica, de cerca
de 1820.
de 2020.
Óleo sobre tela. Minas Gerais. Foto
Vista de Ouro Preto,
há cerca se reunir para na imagem?
a de Vila Rica
onde é possível a. Que local é retratado
não é único lugar
parte da vizinhanç o de Ouro histórias existe na
Essa pintura mostra 3 A escola O costume de contar
ao atual municípi Gerais.
deu origem
conhecimentos. velhos Ouro Preto, em Minas
de duzentos anos.
Essa vila trocar maneira de os mais Contorne o quadro
re povos. Essa é uma
semp cultura de vários a seguir. usada nessa imagem?
Gerais. Observe as imagens
Aprender Preto, em Minas
ensinarem coisas
aos mais novos. b. Qual é a técnica
com o nome da
técnica correta.
é a sua vez
Fotografia: ID/BR

Agora
Saber
a de  Gravura
frases que se referem Ser A ão havia na vizinhanç Foto
os quadrinhos das tipos de construç Pintura
1 Pinte de roxo contribuir para o
aprendizado. 1 Em 1820, que
Coleção particular.

um X. entre a
a atitudes que podem Rica? Marque com supermercados e diferenças há
r com os colegas. Vila que semelhanças
de casa.   Colabora c. Em sua opinião, Qual das duas técnicas
 Não fazer a lição X igrejas e a foto de 2020?
aula limpa. X casas térreas pintura de 1820
 Manter a sala de quê? Respostas pessoais.
 Ser pontual e chegar
à
X sobrados você prefere? Por 93
noventa e três
das palafitas
escola no horário.  Não participar nto
atividades escolares
. prédios de apartame
falar.
 Pedir licença para , Lorenz Frölich.
7/10/21 9:36 AM

que você não assinalou A contadora de


histórias,
no caderno as frases 92 m e dois
noventa
• Agora, reescrevaelas passem a indicar atitudes que contribue
tela.
1843. Óleo sobre
de maneira que
do fotógrafo

ado. Saber
para o aprendizParticipar das atividades escolares. AJ_CH2_PNLD23_C Ser
07_084a095_LA.indd
92-93
B
Fazer a lição de casa. m às questões.
Fabio Colombini/Acervo

a seguir e responda
2 Leiam a tira

AS ATIVIDADES DA SEÇÃO APRENDER


do cartunista
Alexandre Beck/Acervo

da etnia

SEMPRE SÃO UMA OPORTUNIDADE PARA


Crianças indígenas
histórias
Kalapalo ouvem
da
contadas pelo cacique
Indígena
aldeia, no Parque
do Norte,
do Xingu. Gaúcha
p. 83. de 2018.

VOCÊ VERIFICAR O QUE APRENDEU,


Artes & Letras, 2015. Mato Grosso. Foto
Armandinho Sete.
Curitiba:
e qual é a
Alexandre Beck. de uma pintura
em um é a reprodução
palavra zoar? Procurem mais a. Qual imagem colunas.
o significado da foto? Associe as
a. Vocês sabem X a definição que reprodução de uma
marquem com um
dicionário. Depois,

ANALISAR OS ASSUNTOS ESTUDADOS EM


tira. foto
que foi usada na
se aproxima da imagem A
e ruídos.
 Fazer barulhos pintura
imagem B

CADA CAPÍTULO E REFLETIR SOBRE ELES.


X  Caçoar
de alguém. a história em cada
que está contando
pessoa. b. Quem é a pessoa da pintura; B: o cacique
 Atrapalhar uma A: a mulher no centro
parecida na escola? uma das imagens? afirmativo,
por alguma situação rodeado por crianças. velhos? Em caso
b. Vocês já passaram foi. histórias dos mais você aprendeu com
ela.
o, contem como c. Você já ouviu
Em caso afirmativ experiência e o que
cia conte como foi essa
Resposta pessoal. é boa para a convivên Resposta pessoal.
e cinco 145
zoar os colegas cento e quarenta
c. A atitude de
Respostas pessoais.
na escola? Por quê?
7/10/21 2:13 PM

e quatro
144 cento e quarenta

144-145
11_136a145_LA.indd
AJ_CH2_PNLD23_C

ATÉ BREVE!
6 Relacione
cada foto à descriç
A cada ano ão abaixo.
escolar, você
aprendizagen e os colegas A

FINALIZANDO O LIVRO
s. Você já parou vivenciam novos

Imagens
ano? Para saber para pensar desafios e B

Imagens
isso, realize a no quanto aprend C

Cadu De Castro/Pulsar
avaliação a seguir. eu neste

Imagens
Cadu De Castro/Pulsar

Cadu De Castro/Pulsar
1 As brincadeiras
mudam com
as semelhanças o passar do
e as diferenças tempo? Comen
brinca hoje e te

ATÉ BREVE!
entre o modo
o modo como como você Extração de
açaí em
sua comunidade seus pais Pescador em
brincavam quando ou as pessoas adultas
Mocajuba, Pará. Mocajuba,
Resposta pessoal. Foto de Garimpeiro em
2 No cadern eram criança de 2020. Pará. Foto de
2020. Amajari,
o, faça uma s. Roraima. Foto
de 2019.
ocorreram os linha do tempo A Extrativismo
seguintes aconte e indique o ano vegetal Extrativismo
você nasceu cimentos em em que C
mineral B Extrativismo

ATIVIDADES NO FINAL DO LIVRO


;
Resposta pessoal. quando você começ sua vida: quando 7 No espaço
ou a estudar a seguir, animal
3 Como é o e o ano atual. onde você estuda escreva o endereço comple
dia a dia de
atividades que sua família ou . Consulte seu to da escola
vocês realizam de sua comun professor se
que seus colega são idade? As Resposta pessoal. necessário.
s de turma realizamparecidas com as ativida

PARA VERIFICAR SUA


com as comun com as família des 8 Você vai
Respostas pessoais.idades deles? Por s deles ou identificar quanto
4 Faça um quê? são meninas s estudantes
desenho que e quantos são em sua sala
desenho, indique represente sua quadrinhos meninos. Para de aula
a localização vizinhança. Nesse a seguir com isso, preencha

APRENDIZAGEM E PARA VOCÊ


você frequen de sua casa estas inform os
ta todo dia. e os lugares a.  Número total ações: Resposta
que de estudantes. s pessoais.
b.  Número de
Desenho do estudante meninas entre
. os estudantes.

REFLETIR SOBRE OS TEMAS


c.  Número de
meninos entre
os estudantes.
9 Observando
o entorno da
identifiquem escola onde
os seguintes vocês estuda
itens: Resposta m,

ESTUDADOS AO LONGO DO ANO.


a. O que existe s pessoais.
na frente da
escola:
b. O que existe
atrás da escola:
c. O que existe
do lado direito
da escola:
5 Algumas d. O que existe
construções do lado esquer
ou alguns lugares

S U S A D O S N O LIV
características apresentam do da escola:
de outras épocas 10 Como vocês

NE
construção ou . Cite um exemp aprenderam
de algum lugar lo de alguma ao longo deste
apresenta caracte do município podem nos ano, alguns
ajudar a conhec

Í CO
rísticas do passad onde você vive

R
que um grupo de er a história objetos

O
158 o. Resposta pessoal. pessoas. Quais de um lugar
cento e cinquenta escola vocês objetos de sua ou de
e oito escolheriam sala de aula
do futuro pudess preservar para ou da
Respostas pessoais. em conhecer a que os pesqui
AJ_CH2_LA_PN história de vocês? sadores
Por quê?
LD23_ATEBREV
E_158a159_LA.i
ndd All Pages

cento e cinquenta
e nove
159

7/10/21 9:39
AM

ATIVIDADE EM DUPLA
SABER SER
SABER SINALIZA MOMENTOS PROPÍCIOS
ATIVIDADE EM GRUPO SER PARA O DESENVOLVIMENTO DE
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS.

ATIVIDADE ORAL E S-
OR
C REPRESENTAÇÃO
SEM PROPORÇÃO
DE TAMANHO E/OU
ATIVIDADE PARA CASA I DISTÂNCIA ENTRE
A

-FANTAS OS ELEMENTOS.

CINCO 5

:53 AM AJ_CH2_PNLD23_Iniciais_001a007_LA.indd 5 7/10/21 2:18 PM

CH2_PNLD23_INICIAIS_ESPECIFICO_001a007_MP.indd 5 7/31/21 14:50


TULO
6 Sumário PÍ

CA
SUMÁRIO 5 AS FAMÍLIAS BRASILEIRAS 58
OS COSTUMES DE CADA FAMÍLIA • 60
FAMÍLIAS DE DIFERENTES ORIGENS • 62
BOAS-VINDAS! • 8 FAMÍLIAS DIFERENTES,
COSTUMES DIFERENTES • 64

TULO O PAPEL DAS MULHERES • 66



PESSOAS E LUGARES:

CA
1 OS OUTROS E EU 10 OS INY E AS BONECAS DE CERÂMICA • 68
APRENDER SEMPRE • 70
VIVEMOS EM GRUPO • 12
O QUE UNE OS GRUPOS • 14
RESPEITO ÀS PESSOAS • 16 TULO

REPRESENTAÇÕES:

CA
DENTRO, FORA, EM CIMA E EMBAIXO • 17 6 AS DIFERENTES MORADIAS 72
APRENDER SEMPRE • 18
A IMPORTÂNCIA DAS MORADIAS • 74

TULO MORADIA E DIGNIDADE • 76



DIFERENTES POVOS, DIFERENTES

CA
2 OS LUGARES DE BRINCAR 20 MORADIAS • 78
MORADIAS DO PASSADO • 80
AS BRINCADEIRAS • 22
REPRESENTAÇÕES:
O DIREITO DE BRINCAR • 23 PONTOS DE VISTA • 81
DIFERENTES JEITOS DE BRINCAR • 24 APRENDER SEMPRE • 82
AS REGRAS NAS BRINCADEIRAS • 26
BRINCAR EM DIFERENTES LUGARES • 28
PESSOAS E LUGARES: TULO
PÍ CONVIVENDO COM
MANCALA, O JOGO DAS SEMENTES • 30

CA
APRENDER SEMPRE • 32
7 A VIZINHANÇA 84
CADA VIZINHANÇA É DE UM JEITO • 86
TULO
PÍ O ENDEREÇO • 88
CA

3 TODOS TEMOS HISTÓRIA 34 REGISTROS:


ENVELOPES DE CORRESPONDÊNCIA • 89
O ESTUDO DA HISTÓRIA • 36 SERVIÇOS PÚBLICOS: ONTEM E HOJE • 90
MEDINDO O TEMPO • 38 VAMOS LER IMAGENS!:
TEMPO E HISTÓRIA • 40 PINTURA E FOTO: VILA RICA E
OURO PRETO • 92
VOCÊ TEM HISTÓRIA • 42
APRENDER SEMPRE • 94
APRENDER SEMPRE • 44

TULO

MUITAS FAMÍLIAS,
CA

4 MUITAS HISTÓRIAS 46 Ilustrações: Daniel Wu/ID/BR

CADA FAMÍLIA TEM UM JEITO E UM


TAMANHO • 48
A FAMÍLIA NO TEMPO • 50
REGISTROS:
FOTOS DE FAMÍLIA • 53
VAMOS LER IMAGENS!:
FAMÍLIAS DE UM PASSADO DISTANTE • 54
APRENDER SEMPRE • 56

6 SEIS

AJ_CH2_PNLD23_Iniciais_001a007_LA.indd 6 7/10/21 9:53 AM AJ_C

CH2_PNLD23_INICIAIS_ESPECIFICO_001a007_MP.indd 6 7/31/21 14:50


TULO
PÍ Sumário 7

CA
10 A ESCOLA É DE TODOS 124
A ESCOLA É DIREITO DE TODOS • 126
AS ATIVIDADES ESCOLARES • 127
A COMUNIDADE ESCOLAR • 128
ESCOLA AMIGA DA NATUREZA • 130
VAMOS LER IMAGENS!:
ELEMENTOS VISÍVEIS E ELEMENTOS NÃO

Ilustrações: Daniel Wu/ID/BR


VISÍVEIS NAS FOTOGRAFIAS • 132
APRENDER SEMPRE • 134

TULO
TULO PÍ
PÍ A CONVIVÊNCIA

CA
11 136
CA

8 A VIDA NO BAIRRO 96 NA ESCOLA

COMO É O BAIRRO • 98 COLEGAS DE TURMA • 138


REPRESENTAÇÕES:
OS CAMINHOS DO DIA A DIA • 100
A MAQUETE • 139
REPRESENTAÇÕES:
MAPAS MENTAIS • 101 TODOS MERECEM RESPEITO • 140
PESSOAS E LUGARES:
CONVIVÊNCIA NO BAIRRO • 102
A ESCOLA DA COMUNIDADE CABECEIRA DO
PROBLEMAS NOS BAIRROS • 104 AMORIM • 142
PESSOAS E LUGARES: APRENDER SEMPRE • 144
A VIZINHANÇA DO BAIRRO DAS GRAÇAS E O
JARDIM DO BAOBÁ • 106
APRENDER SEMPRE • 108

TULO TULO
PÍ PÍ
AS TRANSFORMAÇÕES AS ESCOLAS DO BRASIL
CA

9 110
CA

DOS LUGARES 12 ONTEM E HOJE 146


OS LUGARES TÊM HISTÓRIA • 112 AS ESCOLAS MUDAM • 148
PRESERVAÇÃO DO PASSADO • 114 AS ESCOLAS INDÍGENAS • 150
REGISTROS: AS ESCOLAS NAS COMUNIDADES
ENTREVISTA • 115 QUILOMBOLAS • 152
MUDANÇAS NOS LUGARES DE VIVÊNCIA E NO VAMOS LER IMAGENS!:
MODO DE VIVER • 116 MONUMENTO ROMANO: PROFESSORES E
MEIOS DE TRANSPORTE ONTEM E HOJE • 118 ESTUDANTES • 154

O EXTRATIVISMO E A TRANSFORMAÇÃO NOS APRENDER SEMPRE • 156


LUGARES • 120
APRENDER SEMPRE • 122

ATÉ BREVE! • 158


Ilustrações: Daniel Wu/ID/BR

BIBLIOGRAFIA COMENTADA • 160

SETE 7

:53 AM AJ_CH2_PNLD23_Iniciais_001a007_LA.indd 7 7/10/21 9:53 AM

CH2_PNLD23_INICIAIS_ESPECIFICO_001a007_MP.indd 7 7/31/21 14:50


8 Boas-vindas!

S!
HABILIDADES AVALIADAS NA BOAS-VINDA
SEÇÃO BOAS-VINDAS!
» (EF02GE02) Comparar costu-
mes e tradições de diferentes BEM-VINDO! VOCÊ VAI DAR INÍCIO AO SEGUNDO ANO DO ENSINO
populações inseridas no bairro FUNDAMENTAL! FAÇA AS ATIVIDADES A SEGUIR COM A AJUDA DO
ou comunidade em que vive, re-
conhecendo a importância do PROFESSOR E DOS COLEGAS DE TURMA. VAMOS LÁ!
respeito às diferenças.
» (EF02GE03) Comparar diferen-
tes meios de transporte e de co- 1 COM QUAIS PESSOAS VOCÊ CONVIVE EM SEU DIA A DIA? O
municação, indicando o seu papel
na conexão entre lugares, e discu- QUE VOCÊS TÊM EM COMUM?
Respostas pessoais.
tir os riscos para a vida e para o
ambiente e seu uso responsável. 2 VOCÊ RECONHECE O

Resul Muslu/Bartkowski/Shutterstock.com/ID/BR;
Fotomontagem: ID/BR
» (EF02GE04) Reconhecer seme- OBJETO REPRESENTADO
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no AO LADO? EM SUA OPINIÃO,
modo de viver de pessoas em di- ELE É USADO PARA QUAL
ferentes lugares
FINALIDADE? Calendário. Usado
» (EF02GE08) Identificar e elabo- para indicar os dias,
rar diferentes formas de represen-
as semanas e os
tação (desenhos, mapas mentais,
maquetes) para representar com-
meses dos anos.
ponentes da paisagem dos luga-
res de vivência. 3 VOCÊ SE LEMBRA DE ALGUM MOMENTO OU EVENTO
» (EF02GE10) Aplicar princípios de ESPECIAL QUE TENHA VIVIDO COM SUA FAMÍLIA OU COM
localização e posição de objetos
(referenciais espaciais, como fren- SUA COMUNIDADE? QUE MOMENTO OU EVENTO FOI ESSE?
te e atrás, esquerda e direita, em POR QUE VOCÊ CONSIDERA QUE ELE É ESPECIAL?
cima e embaixo, dentro e fora) por
Respostas pessoais.
meio de representações espaciais
da sala de aula e da escola. 4 SUA FAMÍLIA OU SUA COMUNIDADE REALIZAM ALGUMA
» (EF02HI01) Reconhecer espa- COMEMORAÇÃO DA QUAL VOCÊ GOSTE MUITO? QUAL?
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se- COMO VOCÊS COSTUMAM CELEBRAR ESSA COMEMORAÇÃO?
param as pessoas em diferentes Respostas pessoais.
grupos sociais ou de parentesco. 5 DO QUE VOCÊ MAIS GOSTA EM SUA VIZINHANÇA? POR QUÊ?
» (EF02HI03) Selecionar situações Respostas pessoais.
cotidianas que remetam à per- 6 QUAL MEIO DE TRANSPORTE VOCÊ OU AS PESSOAS DE
cepção de mudança, pertenci-
mento e memória. SUA FAMÍLIA OU DE SUA COMUNIDADE MAIS UTILIZAM NO
DIA A DIA? Respostas pessoais.

7 COMO É O ENTORNO DA ESCOLA ONDE VOCÊ ESTUDA?


EXISTEM OUTRAS CONSTRUÇÕES POR PERTO?
Respostas pessoais.
8 OITO

Orientação didática outras. Espera-se que eles reconheçam


AJ_CH2_LA_PNLD23_BOASVINDAS_008a009_LA.indd 8 variar, depedendo da comunidade, do 7/10/21 8:39 AM

a si mesmos, bem como às pessoas local e até mesmo da época.


y Essa seção marca o início do trabalho
APOIO DIDÁTICO

com os temas propostos neste volume com as quais convivem como membros y Atividade 5: Caso os estudantes ainda
de um mesmo grupo. não tenham clareza sobre o que é uma
e tem por intenção promover uma son-
dagem prévia do desenvolvimento dos y Atividade 2: Caso deseje ampliar a dis- vizinhança, incentive-os a refletir sobre
cussão sobre os instrumentos de mar- os arredores do local onde moram e
estudantes em relação às competên-
cação de tempo, sugira aos estudantes a identificar coisas que lhes agradem
cias e às habilidades que serão mobi-
que mencionem outros marcadores nesse lugar.
lizadas ao longo do 2º ano do Ensino com os quais estejam familiarizados,
Fundamental. sejam eles analógicos ou digitais, como y Atividade 6: Incentive os estudantes
relógios, agendas, etc. a refletir sobre os diversos meios de
Roteiro de aula transporte existentes em sua comuni-
y Atividades 3 e 4: Cuide para que todos
dade, sejam eles motorizados ou não.
y Atividade 1: Nessa atividade, os estu- os estudantes possam se expressar e
dantes são convidados a reconhecer ser ouvidos de maneira respeitosa pe- y Atividades 7 e 8: Nessas atividades,
as pessoas com quem convivem diaria- los colegas. É importante que seja res- os estudantes deverão evidenciar suas
mente, sejam membros da família, da saltado que o que torna um momento, percepções acerca da escola e de seus
comunidade escolar, do bairro, entre evento ou comemoração especial pode arredores. Para auxiliá-los, pode ser

AJ_CH2_PNLD23_BOASVINDAS_008Aa009A_MP.indd 8 8/2/21 11:33


Boas-vindas! 9
8 COMO É A ESCOLA ONDE VOCÊ ESTUDA? FAÇA UM DESENHO
PARA REPRESENTAR SUA ESCOLA. LEMBRE-SE DE INDICAR
» (EF02HI04) Selecionar e com-
ONDE FICA SUA SALA DE AULA. preender o significado de ob-
jetos e documentos pessoais
como fontes de memórias e his-
tórias nos âmbitos pessoal, fami-
liar, escolar e comunitário.
Desenho do estudante.
» (EF02HI07) Identificar e utilizar
diferentes marcadores do tempo
presentes na comunidade, como
relógio e calendário.
» (EF02HI08) Compilar histórias
da família e/ou da comunidade
registradas em diferentes fontes.

COMPONENTE ESSENCIAL
9 QUAL É O NOME DA ESCOLA ONDE VOCÊ ESTUDA? ESCREVA PARA A ALFABETIZAÇÃO
NO QUADRO A SEGUIR. » Produção de escrita.

Resposta pessoal.

10 COMPLETE OS QUADROS A SEGUIR COM A QUANTIDADE DE


CADA ITEM QUE EXISTE EM SUA SALA DE AULA. Resposta pessoal.
A. ESTUDANTES D. JANELAS

B. PROFESSOR E. MESAS

C. LOUSA F. CADEIRAS

11 VOCÊS GOSTAM DE FREQUENTAR A ESCOLA? QUE TIPO DE


ATIVIDADE VOCÊS REALIZAM DURANTE AS AULAS?
Respostas pessoais.
12 NA OPINIÃO DE VOCÊS, QUAIS SÃO AS ATITUDES
NECESSÁRIAS PARA QUE A CONVIVÊNCIA EM SALA DE AULA
SEJA AGRADÁVEL E HARMÔNICA PARA TODOS? POR QUÊ?
Respostas pessoais.
13 VOCÊS SABIAM QUE O PROFESSOR DE VOCÊS JÁ FOI
UM ESTUDANTE? COMO VOCÊS IMAGINAM QUE ERAM AS
ESCOLAS NA ÉPOCA EM QUE ELE ESTUDAVA? Respostas pessoais.

NOVE 9

proposto um diálogo coletivo. Ao final,


AJ_CH2_LA_PNLD23_BOASVINDAS_008a009_LA.indd 9
y Atividades 11 a 13: Essas atividades ob-
7/10/21 8:39 AM

peça a cada estudante que mostre aos jetivam um trabalho prévio com conteú-
APOIO DIDÁTICO

colegas seu desenho. Solicite a eles que dos atitudinais e são orientadas para o
observem se todos possuem a mesma trabalho coletivo. Para melhor desenvol-
memória das semelhanças e das dife- ver essas atividades, promova a leitura
renças na percepção de cada um. em voz alta das questões. Valorize as
y Atividade 9: Essa atividade propicia manifestações dos estudantes, que de-
uma sondagem da habilidade dos estu- vem se expressar de forma oral, dada a
dantes em relação ao componente es- faixa etária do grupo.
sencial para alfabetização produção de y É fundamental que se construa um am-
escrita. biente de respeito e de acolhimento para
y Atividade 10: Auxilie os estudantes a essa interação realizada durante as res-
identificar e a contabilizar os elementos postas dos estudantes, de modo a traba-
indicados na atividade, avaliando, assim, lhar a capacidade de ouvir e ser ouvido,
suas habilidades prévias de numeracia bem como a importância da diversidade
relacionadas à contagem de elementos. de experiências.

AJ_CH2_PNLD23_BOASVINDAS_008Aa009A_MP.indd 9 8/2/21 11:33


9A Subsídios para a avaliação diagnóstica

SUBSÍDIOS PARA A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA


• Considerando a dinâmica que marca o início do ano letivo, o momento da avaliação diagnóstica provavelmente se
configura como um dos primeiros contatos com a turma. Por isso, se julgar conveniente, construa, com os estudantes,
uma dinâmica que favoreça a comunicação com eles e entre eles, diminuindo as interrupções e permitindo que todos
se expressem em momentos diversificados da aula. Leve-os a reconhecer a necessidade de cada um falar na sua vez
para que a comunicação seja efetiva e respeitosa. Explique-lhes que todas as respostas e todos os questionamentos
dos colegas devem ser considerados e respeitados, uma vez que todas as dúvidas são relevantes.
• As atividades da seção Boas-vindas! são disparadoras de vários temas que serão trabalhados ao longo do volume.
Por isso, incentive os estudantes a se expressar livremente sobre cada uma delas. Se preferir, agrupe uma ou mais
perguntas e deixe-os dar o tom da conversa. Nas Orientações didáticas e no Roteiro de aula são dispostos comen-
tários e sugestões para o desenvolvimento da avaliação inicial e como proceder em relação aos resultados dela.
• Na atividade 1, os estudantes são mobilizados a identificar quem são as pessoas com quem convivem diariamente,
bem como esboçar percepções iniciais a respeito dos grupos que integra. Nesse sentido, a percepção sobre as
similaridades entre eles e as pessoas com quem convivem pode evidenciar a existência do reconhecimento, mesmo
que introdutório, dos elementos que caracterizam os grupos do qual fazem parte, conforme a habilidade EF02HI01.
• A atividade 2 apresenta um calendário e solicita aos estudantes que identifiquem qual é o objeto em questão e
qual uso se faz dele. É provável que eles já tenham visto calendários, sejam eles impressos ou digitais. É no reco-
nhecimento da finalidade e do uso desse objeto, portanto, que se pode avaliar o desenvolvimento dos estudantes
em relação à habilidade EF02HI07.
• A percepção dos estudantes a respeito de vivências que compõem sua história familiar é mobilizada nas atividades
3 e 4, de forma a permitir a avaliação do desenvolvimento deles em relação às habilidades EF02GE02, EF02HI04
e EF02HI08. A habilidade de descrever lembranças relacionadas à vivência de momentos especiais com a família
ou a comunidade pode indicar o reconhecimento dessas lembranças como uma forma de registro de sua história.
• Na atividade 5, os estudantes são convidados a identificar aspectos que caracterizam a sua vizinhança. Por meio
dessa identificação, espera-se que eles percebam a vizinhança como um espaço caracterizado pela interação entre
diversos indivíduos (vizinhos), possibilitando, assim, a avaliação da habilidade EF02HI01.
• A atividade 6, por sua vez, visa identificar o reconhecimento por parte dos estudantes em relação aos meios de
transporte que utilizam em seu cotidiano, permitindo a avaliação inicial da habilidade EF02GE03.
• As atividades 7 e 8 relacionam-se à percepção dos estudantes acerca do espaço escolar e seus entornos, permi-
tindo a avaliação das habilidades EF02GE04, EF02GE08, EF02GE10 e EF02HI01.
• As atividades 9 e 10 têm por intenção avaliar o desenvolvimento dos estudantes em relação à produção de escrita
e a contagem de elementos por meio da identificação de elementos relacionados à escola (o nome da escola e a
quantidade de determinados objetos que existem na sala de aula).
• Nas atividades 11, 12 e 13, os estudantes são convidados a refletir sobre suas vivências conjuntas no ambiente es-
colar. Nessas questões, eles são questionados sobre o que pensam e sentem em relação às atividades escolares,
sobre as atitudes necessárias para uma boa convivência em grupo, sobre o espaço escolar e seus arredores, bem
como sobre como seria o cotidiano dos estudantes de outras épocas.

Atividades de remediação
• Atividade 1:  Organize os estudantes em círculo e peça que observem o que eles têm em comum. Em um primeiro
momento, eles devem reconhecer as caraterísticas físicas, mas a seguir faça uma intervenção de modo que voltem
o olhar para a identificação das afinidades que possam existir entre eles, reconhecendo os gostos particulares e as
afinidades com atitudes e valores que tenham em comum, para além das características físicas. Diversas questões
podem auxiliar no estudo do tema, iniciando pela identificação das semelhanças aparentes como: altura, cor do
cabelo ou dos olhos, estatura, etc. Após relacionadas as características físicas, pode-se conduzir a reflexão para a
identificação dos interesses e dos gostos pessoais sobre os mais variados temas (cor preferida, time do coração,
tipos de desenhos animados ou filmes, esportes, brincadeiras, tipos de histórias, etc.).
• O espaço da sala de aula deve ser organizado com as carteiras dispostas nos cantos, representando os diferentes
grupos. A cada comando, serão definidas características para que cada estudante se movimente entre os grupos.
Os estudantes podem mudar de um grupo para o outro de acordo com as diferentes afinidades estabelecidas.
O principal objetivo dessa dinâmica é mostrar a eles que na vida em sociedade não pertencemos apenas a um
grupo social, mas a vários grupos ao mesmo tempo. A cada formação diferente, eles devem dizer em que grupo es-
tavam antes, para que percebam a relação entre o indivíduo e os muitos grupos sociais aos quais podem pertencer.

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Os outros e eu Capítulo 1 10A

CAPÍTULO 1 OS OUTROS E EU

Objetivos pedagógicos
1. Suscitar a reflexão sobre a importância de se valorizar 4. Promover o reconhecimento da diversidade, respeitando-a
como indivíduo e de respeitar os outros. e valorizando-a como elemento constituinte da convivên-
2. Promover situações que facilitem a identificação das se- cia em sociedade, pautando-a na tolerância e no respeito
melhanças e das diferenças entre os pares, tanto nos as- mútuo.
pectos físicos como no que tange às afinidades e aos in- 5. Fomentar atividades voltadas às habilidades de relaciona-
teresses comuns. mento e de consciência social, despertando os estudantes
3. Oportunizar o desenvolvimento de habilidades voltadas para a empatia e a cooperação, especialmente motivadas
ao reconhecimento de si como membro de um ou mais pela compreensão da vivência nos diferentes grupos so-
grupos sociais e da relação entre eles. ciais dos quais fazem parte.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Neste capítulo, os estudantes serão motivados a perceber como motivos que justificam o distanciamento entre as pes-
que fazem parte de uma sociedade constituída de diferentes soas, mas, sim, como o fio condutor para aprender a viver
grupos sociais. em sociedade.

O tema “Os outros e eu” apresenta o conceito de grupo Considerando que os grupos se formam com base em
social e suscita nos estudantes a percepção de que eles par- interesses comuns e afinidades, ao longo do capítulo, as ativi-
ticipam de diversos grupos e a identificação das origens e dades propostas reiteram que as pessoas são únicas, mesmo
das afinidades que possuem em relação aos demais indivíduos quando unidas por laços afetivos, com maior ou menor proxi-
que fazem parte dos referidos grupos. midade entre os pares e os participantes dos grupos.

Dessa forma, os estudantes compreenderão que cada Além disso, nas relações que são construídas na socie-
grupo tem uma dinâmica própria e que as afinidades entre dade, a diversidade não deve ser considerada um obstáculo,
seus participantes não é um impedimento para que surjam pois a convivência social se dá por meio do respeito e da
conflitos, afinal cada indivíduo é único, embora possa ter valorização das diferenças pessoais, sociais e culturais.
afinidades e interesses comuns aos de seus semelhantes. É O convívio social pautado no respeito e na valorização
essencial esclarecer que reconhecer as diferenças físicas, so- da diversidade tende a ser mais valioso, desperta a empatia
ciais e culturais é fundamental para a superação de conflitos e a cooperação e contribui, efetivamente, para a mudança
e a realização do objetivo comum de cada grupo. O normal da realidade em que vivemos, na busca pela superação dos
é ser diferente, mas as diferenças não devem ser concebidas preconceitos que geram e reforçam as desigualdades sociais.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 3, 6, 7, 8 e 9

Competências específicas de Ciências Humanas para o


1, 2, 4, 6 e 7
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Fundamental

Competência específica de História para o Ensino


4
Fundamental

Habilidades de Geografia EF02GE02, EF02GE04 e EF02GE10

Habilidades de História EF02HI01, EF02HI02 e EF02HI03

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10 Capítulo 1 Os outros e eu

Ilustrador: Lucas Reis Pereira/ID/BR; fotografia: ThiagoSantos/Shutterstock.com/ID/BR


HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF02GE04) Reconhecer seme-
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no
modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares.
» (EF02HI01) Reconhecer espa-
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se-
param as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco.
» (EF02HI03) Selecionar situa-
ções cotidianas que remetam à
percepção de mudança, perten-
cimento e memória.

SABER Habilidades de
SER
relacionamento
y Atividade 3: Nessa atividade,
os estudantes são convidados
a identificar características que
configuram grupos (família
ou amigos), incluindo o senti-
mento de pertencimento e os
demais elementos que unem
os indivíduos distintos que os
integram. Nesse sentido, a ati-
vidade pode contribuir para a
mobilização da competência
socioemocional habilidade de
relacionamento.

10

Orientações didáticas Roteiro de aula


AJ_CH2_PNLD23_C01_010a019_LA.indd 10 relação às análises pessoais, sugerimos 7/1/21 8:36 PM

que você trabalhe oralmente algumas


y Inicialmente, leia com os estudantes o
APOIO DIDÁTICO

y Nesta abertura de capítulo, os estu-


questões: “Quando você olha para essa
dantes são convidados a refletir sobre título “Os outros e eu”. Peça-lhes que
digam o que entendem dessa frase e imagem, o que sente?”; ”Você gosta do
as formas de interação entre os indiví- que vê? Por quê?”; “Ela faz você se lem-
opinem sobre o que acham que vão es-
duos, bem como sobre os fatores que tudar no capítulo. brar de algum lugar ou momento espe-
configuram a formações de grupos. cífico (algum lugar semelhante próximo
y Em seguida, solicite à turma que ob-
do lugar onde vive ou estuda)?”; “Você
y Essa reflexão visa, mesmo que de ma- serve a imagem apresentada na aber-
pode associar o lugar e a ação das pes-
neira introdutória, chamar a atenção dos tura e incentive-a a fazer uma análise
da imagem. Você pode listar algumas soas que observa nessa imagem com
estudantes para a experiência da alteri-
questões para que os estudantes res- alguma situação que já tenha vivencia-
dade, permitindo o reconhecimento de do? Se sim, qual?”.
pondam no caderno, por exemplo:
si e do outro como indivíduos distintos, “Que cena foi representada?”; “O que as y Após a análise da imagem, peça aos
cujas relações são permeadas, ora por pessoas estão fazendo?”; “Qual mensa- estudantes que conversem sobre as
aproximações, ora por distanciamentos. gem essa obra passa para você?”. Em questões da página de abertura.

AJ_CH2_PNLD23_C01_010Aa019A_MP.indd 10 7/31/21 13:17


Os outros e eu Capítulo 1 11

Para complementar
UL
APÍT O
OS OUTROS

1
C RibeiRo, Jonas. Eu, os outros e

E EU
todos nós. Campinas: Krauss
Editora, 2020.
Esse livro pode ser utilizado
para trabalhar o desenvolvimento
CONVIVEMOS COM MUITAS da empatia, pois leva o leitor a se
colocar no lugar das pessoas com
PESSOAS NO DIA A DIA. JUNTOS, as quais convive cotidianamente.
NÓS COMPARTILHAMOS
MOMENTOS IMPORTANTES DA
VIDA, APRENDEMOS MUITAS
COISAS NOVAS UNS COM OS
OUTROS E NOS DIVERTIMOS
BASTANTE.

PARA COMEÇO DE CONVERSA


1 O QUE AS PESSOAS
REPRESENTADAS NA
IMAGEM ESTÃO FAZENDO?
Veja comentário no Roteiro de aula.
2 VOCÊ JÁ PARTICIPOU DE
ATIVIDADES COMO ESSA
JUNTO DE SUA FAMÍLIA OU
DE AMIGOS?
Resposta pessoal.
3 EM SUA OPINIÃO, A
IMAGEM MOSTRA UM SABER
SER
GRUPO DE AMIGOS
OU PESSOAS QUE
NÃO SE CONHECEM? COMO
VOCÊ CHEGOU A ESSA
CONCLUSÃO? Respostas pessoais.

PARQUE DO INSTITUTO RICARDO


BRENNAND, NO MUNICÍPIO DO RECIFE,
PERNAMBUCO. FOTO DE 2019.
ONZE 11

y Atividade 1: A atividade mostra duas fa-


AJ_CH2_PNLD23_C01_010a019_LA.indd 11 essas atividades e o que é mostrado 7/9/21
na 9:10 AM

mílias que provavelmente se conhecem ilustração.


APOIO DIDÁTICO

interagindo em um espaço público. As y Atividade 3: Os estudantes poderão


crianças das duas famílias estão brin- fazer várias inferências, pela observa-
cando e se divertindo juntas. Os adultos ção, identificando que algumas per-
de uma das famílias estão sentados ao sonagens provavelmente têm relações
fundo, e os da outra estão em pé, mais de parentesco, e outras, de amizade.
próximos das crianças. Ambos obser- O importante é que percebam que,
vam as crianças brincando. de alguma forma, todos pertencem a
y Atividade 2: Estimule os estudantes a um grupo e se relacionam uns com os
pensar nas atividades que fazem ou já outros e com o ambiente. Solicite-lhes
fizeram com familiares e amigos, per- que justifiquem sua opinião com base
guntando-lhes se há semelhanças entre na leitura da imagem.

AJ_CH2_PNLD23_C01_010Aa019A_MP.indd 11 7/31/21 13:18


12 Capítulo 1 Os outros e eu
VIVEMOS EM GRUPO
HABILIDADES DESENVOLVIDAS UM DOS ASPECTOS QUE CARACTERIZAM OS SERES HUMANOS
NO TEMA “VIVEMOS EM
GRUPO” É A VIDA EM SOCIEDADE, OU SEJA, A VIDA EM GRUPO.
» (EF02GE04) Reconhecer seme- AO NASCERMOS, PRECISAMOS DE OUTRAS PESSOAS PARA
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no NOS ALIMENTAR, LIMPAR, PROTEGER, EDUCAR. SOZINHOS,
modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares.
NÃO PODERÍAMOS SOBREVIVER.
» (EF02HI01) Reconhecer espa- AO LONGO DA VIDA, PRECISAMOS

Sergio Pedreira/Pulsar Imagens


ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se-
DAS PESSOAS PARA CONVERSAR,
param as pessoas em diferentes TROCAR OPINIÕES, COMPARTILHAR
grupos sociais ou de parentesco.
SENTIMENTOS, PENSAR EM COMO
» (EF02HI03) Selecionar situações
cotidianas que remetam à per- SOLUCIONAR ALGUM PROBLEMA.
cepção de mudança, pertenci-
mento e memória. OUTRAS PESSOAS TAMBÉM
PODEM NOS AJUDAR EM ALGUMAS
COMPONENTE ESSENCIAL DE NOSSAS NECESSIDADES. VEJA ATENDIMENTO MÉDICO NO
PARA A ALFABETIZAÇÃO MUNICÍPIO DE ITAPARICA,
UM EXEMPLO NESTA FOTO. BAHIA. FOTO DE 2019.
» Conhecimento alfabético.
1 OBSERVE OUTROS EXEMPLOS DE PESSOAS QUE PODEM SER
IMPORTANTES PARA NOSSA VIDA:
• O PROFESSOR NOS AJUDA A ADQUIRIR CONHECIMENTOS.
• OS PAIS NOS PROTEGEM E NOS DÃO CARINHO.
• OS AMIGOS NOS ACOMPANHAM NAS CONVERSAS E
BRINCADEIRAS.
• ALÉM DESSAS, QUAIS PESSOAS SÃO IMPORTANTES
PARA VOCÊ? CONTE À TURMA E EXPLIQUE POR QUÊ.
Resposta pessoal.
PARA E
XPLORAR

SOMOS IGUAIS MESMO SENDO DIFERENTES!, DE MARCOS RIBEIRO.


ILUSTRAÇÕES DE ISABEL DE PAIVA. EDITORA MODERNA.
É POSSÍVEL SERMOS IGUAIS E SERMOS DIFERENTES AO MESMO TEMPO? DE
ACORDO COM ESSE LIVRO, SIM.
O AUTOR MOSTRA QUE RECONHECER E RESPEITAR AS DIFERENÇAS DE CADA
PESSOA É MUITO IMPORTANTE PARA FAZERMOS DO MUNDO UM LUGAR MAIS
JUSTO E FELIZ.

12 DOZE

Orientações didáticas cia em comunidade possibilitam identifi-


AJ_CH2_PNLD23_C01_010a019_LA.indd 12 leia o texto desse tema, procurando res- 7/1/21 8:36 PM

car as diferentes formas de ser e de viver saltar a necessidade da vida comunitária


y Neste tema, os estudantes são apresen-
APOIO DIDÁTICO

tados a uma das principais caracterís- em grupo, os diferentes tipos de pesso- desde o momento do nascimento. Enfa-
ticas da vida em sociedade, a vivência as e a diversidade que é comum entre tize a importância da vida em grupo e
em grupo. eles. Se possível, veja com os estudantes comente que é fundamental que haja o
o livro indicado no boxe Para explorar. reconhecimento das diferenças de há-
y Nesse sentido, é importante que eles
Nele, ressalta-se o reapeito à diversidade bitos, das histórias de vida e das identi-
sejam instrumentalizados a reconhe- como fundamental para a construção de
cer algumas formas de organização em dades dos diferentes sujeitos que fazem
uma sociedade mais justa e plural.
grupo que existem na sociedade. parte dos grupos sociais, respeitando-
Roteiro de aula -se, assim, a diversidade.
y O estudo desse tema possibilitará a
identificação dos diversos grupos dos y Inicie o estudo desse tema perguntan- y Atividade 1: Incentive os estudantes a
quais os estudantes fazem parte: fa- do aos estudantes se eles participam de falar de outras pessoas que tenham im-
mília, amigos que vivem na vizinhan- algum tipo de grupo fora da escola: de portância para eles, como irmãos, avós,
ça onde moram, amigos com os quais amigos que vivem na vizinhança onde etc. É importante que eles socializem
praticam esportes, etc. moram, de praticantes de esportes (na- com os colegas suas respostas, para
y A inserção na comunidade da qual per- tação, futebol, judô, etc.), do bairro, etc. que reconheçam a importância das re-
tencemos desde o nascimento e a vivên- Anote as respostas na lousa. A seguir, lações sociais para todas as pessoas.

AJ_CH2_PNLD23_C01_010Aa019A_MP.indd 12 7/31/21 13:18


Os outros e eu Capítulo 1 13
DIFERENTES GRUPOS
AS PESSOAS FAZEM PARTE DE DIFERENTES GRUPOS. Atividade complementar
ENTRE ELES, PODEMOS DESTACAR: y Desenvolva uma atividade lúdica
com os estudantes que lhes pos-
• GRUPOS FORMADOS POR PESSOAS BEM PRÓXIMAS, QUE sibilite reconhecer as diferentes
relações afetivas entre as pessoas
SE GOSTAM, SE IDENTIFICAM E ESTÃO SEMPRE JUNTAS; no convívio escolar. Para isso,
providencie um rolo de barbante
• GRUPOS FORMADOS POR PESSOAS QUE PODEM ATÉ NÃO e organize as carteiras dos estu-
dantes em forma de círculo. A se-
SE CONHECER MUITO BEM, MAS QUE TÊM UM OBJETIVO EM guir, pegue o rolo de barbante e
COMUM. POR ISSO, ELAS SE APROXIMAM. segure a ponta do fio. Explique à
turma você vai jogar o rolo para
2 OBSERVE AS FOTOS E LEIA AS LEGENDAS. um estudante. Ao jogá-lo, você
diz: “Eu gosto muito do(a)” e fala
o nome do estudante para quem

Luis Salvatore/Pulsar Imagens

Fernando Favoretto/Criar Imagem


jogou o rolo. O estudante que re-
B A
cebeu o rolo jogado por você, por
sua vez, deve segurar um pedaço
do barbante e jogar o rolo para
outro(a) colega, repetindo a frase,
agora com o nome desse colega,
e assim por diante. Conduza a ati-
vidade de modo que todos rece-
bam o rolo e segurem um pedaço
AULA DE MÚSICA EM PETROLINA, FAMÍLIA ALMOÇANDO EM SÃO de barbante em algum momento.
PERNAMBUCO. FOTO DE 2019. PAULO. FOTO DE 2017. Ao final, o barbante terá forma-
do uma espécie de teia. Quando
• AGORA, IDENTIFIQUE COM A LETRA A A IMAGEM DO a teia se formar, provoque os es-
tudantes a pensar no significado
GRUPO FORMADO POR PESSOAS QUE CONVIVEM DE dela e na importância de cada
MANEIRA MAIS PRÓXIMA E, COM A LETRA B, O GRUPO DE indivíduo para a formação dessa
teia, levando-os a perceber que
PESSOAS QUE SE REÚNEM POR UM OBJETIVO COMUM. todos foram fundamentais nessa
formação.
3 ALÉM DO GRUPO DA FAMÍLIA E DA ESCOLA, AS PESSOAS
PARTICIPAM DE VÁRIOS OUTROS GRUPOS.
A. MARQUE COM UM X OS GRUPOS DOS QUAIS VOCÊ PARTICIPA.
Resposta pessoal.
GRUPO DO BAIRRO GRUPO DE DANÇA

GRUPO DO FUTEBOL GRUPO RELIGIOSO

GRUPO DA NATAÇÃO GRUPO DE ESTUDOS

B. ESCREVA OUTRO GRUPO DO QUAL VOCÊ FAZ PARTE.


Resposta pessoal.

TREZE 13

y Atividade 2: Explique aos estudantes


AJ_CH2_PNLD23_C01_010a019_LA.indd 13
y Atividade 3: Após a realização da ati-
7/1/21 8:36 PM

que a foto A apresenta uma família que vidade do item a, peça aos estudantes
APOIO DIDÁTICO

está reunida para fazer uma refeição. que comentem com os colegas sobre os
O  vínculo familiar é de maior proximi- grupos dos quais fazem parte. No item b,
dade, pois são pessoas que apresentam avalie as respostas dos estudantes para
relações afetivas e convivência diária. Já verificar se aprenderam o que são gru-
a foto B apresenta um grupo de pessoas pos sociais. Esclareça dúvidas em rela-
que se reúnem com o objetivo de apren- ção ao termo grupo. Dê-lhes exemplos,
der música e, embora possam estabe- como: se o estudante frequenta aulas de
lecer vínculos de amizade, a principal natação, ele faz parte de um grupo (dos
motivação do grupo é a aula de música. estudantes daquela turma de natação);
y A classificação das fotos por letras do nesse grupo, ele pode fazer amizades,
alfabeto pode contribuir para que os es- conviver com os demais estudantes em
tudantes se familiarizem com o sistema harmonia, seguir regras, tornar-se mem-
alfabético. bro de uma equipe, competir, etc.

AJ_CH2_PNLD23_C01_010Aa019A_MP.indd 13 7/31/21 13:18


14 Capítulo 1 Os outros e eu
O QUE UNE OS GRUPOS
HABILIDADES DESENVOLVIDAS COMO VIMOS, EXISTEM MUITOS TIPOS DE GRUPO DE
NO TEMA “O QUE UNE
OS GRUPOS” PESSOAS NA COMUNIDADE EM QUE VIVEMOS. O QUE SERÁ
» (EF02GE02) Comparar costu- QUE UNE AS PESSOAS DESSES GRUPOS?
mes e tradições de diferentes
populações inseridas no bairro EXISTEM GRUPOS FORMADOS POR PESSOAS DE UMA
ou comunidade em que vive, re-
conhecendo a importância do
MESMA FAMÍLIA. ESSAS PESSOAS COMPARTILHAM LAÇOS
respeito às diferenças. AFETIVOS E, GERALMENTE, TÊM UM ANTEPASSADO EM
» (EF02GE04) Reconhecer seme- COMUM. ELAS PODEM VIVER OU NÃO NA MESMA CASA E TER
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no OU NÃO O MESMO SOBRENOME.
modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares. ALGUNS GRUPOS TÊM UMA ORIGEM CULTURAL COMUM,
» (EF02HI01) Reconhecer espa- COMO NO CASO DOS POVOS INDÍGENAS. AS PESSOAS DE
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se- UM MESMO POVO, EM GERAL, FALAM A MESMA LÍNGUA E
param as pessoas em diferentes
COMPARTILHAM AS MESMAS HISTÓRIAS, OS MESMOS HÁBITOS
grupos sociais ou de parentesco.
» (EF02HI03) Selecionar situações E COSTUMES.
cotidianas que remetam à per-
cepção de mudança, pertenci-
ASSIM COMO OS POVOS INDÍGENAS, AS COMUNIDADES
mento e memória. QUILOMBOLAS TAMBÉM SÃO GRUPOS FORMADOS POR
PESSOAS QUE TÊM UMA ORIGEM CULTURAL COMUM, ISTO É,
SÃO COMUNIDADES QUE, NO PASSADO, FORAM FORMADAS
POR AFRICANOS E SEUS DESCENDENTES QUE RESISTIRAM À
ESCRAVIDÃO.
OUTROS GRUPOS, COMO AQUELES FORMADOS
POR AMIGOS, REÚNEM PESSOAS QUE SE GOSTAM, QUE
COMPARTILHAM INTERESSES

Chico Ferreira/Pulsar Imagens


SEMELHANTES, QUE SE
DIVERTEM JUNTAS E SE
AJUDAM EM MOMENTOS DE
NECESSIDADE.

PESSOAS DA ETNIA INDÍGENA PATAXÓ


DURANTE FESTA EM PORTO SEGURO,
BAHIA. FOTO DE 2019.

14 CATORZE

Orientações didáticas grupos sociais, auxiliam os estudantes no


AJ_CH2_PNLD23_C01_010a019_LA.indd 14 volvimento da habilidade EF02GE02. A 7/1/21 8:37 PM AJ_C

próprio processo de formação humana. seguir, converse com os estudantes so-


y Dando prosseguimento à discussão ini-
APOIO DIDÁTICO

Fazendo parte dos grupos sociais, eles bre as atividades propostas, que permi-
ciada no tema anterior, os estudantes
aprendem a importância de respeitar tem explorar a habilidade EF02GE04.
serão agora convidados a reconhecer
as diferenças e valorizar a diversidade y Com base na definição de comunidade
as características que unem e singulari-
como um elemento fundamental para o quilombola, explique aos estudantes que,
zam os grupos, bem como identificar a
próprio desenvolvimento. no Brasil, a escravização de pessoas, es-
existência de semelhanças e diferenças
pecialmente as vindas da África, foi uma
entre alguns dos grupos existentes em Roteiro de aula prática permitida desde o início da colo-
nossa sociedade.
y Apresente as fotos da página para os nização do país até o ano de 1888, data
y O reconhecimento das semelhanças e estudantes, leia as legendas e peça a da abolição da escravatura. Isso trouxe
das diferenças entre os grupos, por meio eles que descrevam as ações que unem vários prejuízos ao Brasil, consolidando
da observação dos hábitos, dos costu- as pessoas nos grupos representados. aspectos racistas da sociedade. A es-
mes, dos valores, das histórias de vida e Registre as respostas para retomá-las cravidão acabou, mas a luta pela valo-
das identidades nas relações e nas inte- ao longo do capítulo. Essa problemati- rização dos negros e pela igualdade de
rações construídas entre as pessoas nos zação inicial dá subsídios para o desen- direitos continua.

AJ_CH2_PNLD23_C01_010Aa019A_MP.indd 14 7/31/21 13:18


Os outros e eu Capítulo 1 15
APESAR DE SEREM DIFERENTES, OS VÁRIOS GRUPOS DE
QUE AS PESSOAS FAZEM PARTE TÊM UMA SEMELHANÇA
Para casa
ENTRE SI: SEUS INTEGRANTES SE IDENTIFICAM, OU SEJA, ELES
TÊM ALGO EM COMUM E AJUDAM UNS AOS OUTROS. y Atividade 2: O reconhecimen-
to das características que com-
põem as comunidades das quais

Luciana Whitaker/Pulsar Imagens

Luciana Whitaker/Pulsar Imagens


os estudantes fazem parte per-
mite a identificação da diversi-
dade de comunidades que in-
tegram a sociedade, bem como
dos hábitos e dos costumes que
as particularizam, contribuindo
para a mobilização das habilida-
des EF02GE02 e EF02GE04.

GRUPO DE DANÇA EM COMUNIDADE MENINAS VESTIDAS PARA PARTICIPAR


QUILOMBOLA NO MUNICÍPIO DE DA DANÇA MANA-CHICA NO MUNICÍPIO
PRESIDENTE KENNEDY, ESPÍRITO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES, RIO DE
SANTO. FOTO DE 2019. JANEIRO. FOTO DE 2019.

1 VOCÊ PARTICIPA DE VÁRIOS GRUPOS. ESCOLHA UM DELES E


CRIE UM DESENHO QUE MOSTRE UMA ATIVIDADE QUE VOCÊ
E AS PESSOAS DESSE GRUPO COSTUMAM FAZER JUNTOS.
Resposta pessoal. Desenho do estudante.
2 COMO É A COMUNIDADE ONDE VOCÊ VIVE? QUAIS SÃO
AS ATIVIDADES QUE VOCÊS COSTUMAM FAZER JUNTOS?
Respostas pessoais.

3 PERTO DA CASA OU DO BAIRRO ONDE VOCÊ MORA, HÁ UM


CAMPO DE FUTEBOL OU UM OUTRO ESPAÇO PARA FAZER
ATIVIDADES ESPORTIVAS? VOCÊ COSTUMA SE REUNIR COM
GRUPOS DE AMIGOS PARA PRATICAR ESPORTES NESSE
LOCAL? SE SIM, QUAL ESPORTE?
Respostas pessoais.

QUINZE 15

37 PM Uma das formas de resistência dessas


AJ_CH2_PNLD23_C01_010a019_LA.indd 15 a ocupar as terras de seus antepassados7/9/21 licite-lhes que descrevam quem são as
9:11 AM

pessoas à escravidão foi a formação de e de reproduzir seus modos de vida. São pessoas que fazem parte desse grupo
APOIO DIDÁTICO
quilombos, comunidades organizadas as chamadas comunidades remanescen- e quais atividades eles realizam juntos.
por escravizados negros que fugiam do tes de quilombo ou quilombolas.
trabalho forçado para viver em liberdade
y Atividade 2: Solicite aos estudantes que

e de acordo com seus costumes. Um dos


y Atividade 1: Nessa atividade, os estu- descrevam a comunidade onde vivem,
dantes deverão escolher um dos gru- citando costumes e festas que ocorrem
quilombos mais famosos pelo tamanho
pos do qual participa (escola, família, nela, por exemplo.
e pela resistência foi o Quilombo de Pal-
comunidades religiosas, etc.) e identifi- y Atividade 3: Pergunte aos estudantes
mares, em Alagoas, que chegou a abrigar
cerca de 30 mil ex-escravizados que fugi- car os elementos que caracterizam esse quais espaços próximos de suas casas
ram e conquistaram a liberdade, além de grupo e que mobilizam o sentimento de são usados para praticar esportes, se es-
indígenas e colonos pobres. Atualmente, pertencimento a ele. ses espaços existirem. Solicite-lhes que
os descendentes dos escravizados que y Antes de iniciarem os desenhos, peça digam se costumam realizar outras ati-
se rebelaram formando quilombos têm o aos estudantes que evidenciem qual vidades em grupo nesses locais e peça-
direito reconhecido por lei de continuar grupo vão retratar e, na sequência, so- -lhes que especifiquem quais.

AJ_CH2_PNLD23_C01_010Aa019A_MP.indd 15 7/31/21 13:18


16 Capítulo 1 Os outros e eu
R
RESPEITO ÀS PESSOAS
HABILIDADES DESENVOLVIDAS AS PESSOAS DE UM GRUPO PODEM SE DESENTENDER DE
NO TEMA “RESPEITO ÀS
PESSOAS” VEZ EM QUANDO. PARA EVITAR QUE O DESENTENDIMENTO
» (EF02HI02) Identificar e descre- PROVOQUE CONFLITOS, É IMPORTANTE RESPEITAR AS
ver práticas e papéis sociais que
as pessoas exercem em diferen- PESSOAS EM QUALQUER SITUAÇÃO.
tes comunidades.
LEIA A SITUAÇÃO PROPOSTA NA HISTÓRIA EM QUADRINHOS.
» (EF02HI03) Selecionar situações
cotidianas que remetam à per-
cepção de mudança, pertenci- JÚLIO, MARCOS E VITÓRIA MORAM NA MESMA RUA, ONDE
mento e memória.
POSSO BRINCAR
COSTUMAM BRINCAR JUNTOS. UM DIA, PORÉM... COM VOCÊS?

COMPONENTE ESSENCIAL
PARA A ALFABETIZAÇÃO

André Aguiar/ID/BR
» Produção de escrita.

SABER
SER
Habilidades de
relacionamento
NÃO! ESTAMOS
y Atividade 1: Nessa atividade, BRINCANDO DE
os estudantes são convidados
a refletir sobre a importância VÔLEI E VOCÊ SÓ
do exercício da empatia, bem VAI ATRAPALHAR!
como a praticar a solução de
conflitos, competências essen-
ciais para uma vivência social
harmoniosa e que leve em con-
sideração o respeito para com
todos os indivíduos.

1 QUE FINAL VOCÊ DARIA A ESSA HISTÓRIA? ESCOLHA


SABER
UMA DAS OPÇÕES NOS QUADROS A SEGUIR E COPIE SER
O TEXTO NO ÚLTIMO BALÃO DE FALA DA HISTÓRIA
ACIMA. EXPLIQUE SUA ESCOLHA AOS COLEGAS.
Resposta pessoal.
NÃO, JÚLIO!
TEM RAZÃO, JÚLIO!
DÁ PARA BRINCAR COM
O MARCOS AQUI SÓ VAI
TRÊS PESSOAS. FICA MAIS
ATRAPALHAR!
DIVERTIDO!

16 DEZESSEIS

Orientações didáticas Roteiro de aula


AJ_CH2_PNLD23_C01_010a019_LA.indd 16 na brincadeira, como eles se sentiriam se 7/1/21 8:37 PM AJ_C

estivessem no lugar da pessoa excluída


y O exercício do respeito ao próximo no y Apresente a ilustração dessa página
APOIO DIDÁTICO

dia a dia é imprescindível para desen- aos estudantes e peça a eles que com- e o que poderiam fazer para que todos
volver nos estudantes ideais e atitudes pletem o diálogo. ficassem satisfeitos, valorizando sempre
de tolerância e valorização da diversi- o respeito ao outro e o direito de brincar
y Atividade 1: Espera-se que os estudan-
que todas as crianças têm. Se preferir, su-
dade. Isso é fundamental para o con- tes optem pela resposta conciliatória e
vívio harmônico com outras pessoas e respeitosa. No entanto, isso pode não gira aos estudantes que encenem a situ-
outros grupos sociais. ocorrer. Nesse caso, solicite aos estu- ação, substituindo o conflito proposto na
y A discussão apresentada nessa página dantes que optaram por excluir Marcos ilustração por outros que eles vivenciam
pode colaborar para a percepção de que da brincadeira que expliquem o motivo no dia a dia. Dessa forma, eles pode-
o respeito ao outro é muito importante e dessa escolha. Auxilie-os a refletir sobre rão refletir sobre esses conflitos e sobre
que ele deve ser praticado em todas as o assunto, perguntando-lhes, por exem- como solucioná-los de modo amigável e
instâncias da vida, inclusive na escola. plo, por que não incluir mais um amigo respeitoso.

AJ_CH2_PNLD23_C01_010Aa019A_MP.indd 16 7/31/21 13:18


RE R Os outros e eu Capítulo 1 17
PR EPR S S
ESE ESE ÕE ÕE
N TAÇN TAÇ DENTRO, FORA, EM CIMA E EMBAIXO HABILIDADE DESENVOLVIDA
NA SEÇÃO REPRESENTAÇÕES
AS PESSOAS, OS OBJETOS, AS CONSTRUÇÕES E A » (EF02GE10) Aplicar princípios de
localização e posição de objetos
VEGETAÇÃO SÃO EXEMPLOS DE ELEMENTOS QUE PODEM SER (referenciais espaciais, como fren-
REPRESENTADOS EM UMA IMAGEM. PARA IDENTIFICAR EM QUAL te e atrás, esquerda e direita, em
cima e embaixo, dentro e fora) por
POSIÇÃO CADA ELEMENTO SE ENCONTRA, VOCÊ PODE UTILIZAR meio de representações espaciais
NOÇÕES QUE JÁ CONHECE, COMO AS INDICADAS NO TÍTULO da sala de aula e da escola.

ACIMA: DENTRO, FORA, EM CIMA E EMBAIXO.

1 OBSERVE A ILUSTRAÇÃO DO PÁTIO DE UMA ESCOLA.


DEPOIS, FAÇA O QUE SE PEDE.

Raíssa Bulhões/ID/BR

A. PINTE DE AZUL A BERMUDA DO ESTUDANTE QUE ESTÁ


DENTRO DA QUADRA DE ESPORTES.

B. PINTE DE VERDE A CAMISA DA ESTUDANTE QUE ESTÁ FORA


DA QUADRA E ESTÁ VESTINDO BERMUDA VERMELHA.

C. PINTE DE VERMELHO A LANCHEIRA QUE ESTÁ EM CIMA


DA MESA.

D. PINTE DE LARANJA A BOLA QUE ESTÁ EMBAIXO DO PÉ


DA MENINA.
Veja comentário no Roteiro de aula.

DEZESSETE 17

37 PM Orientação didática
AJ_CH2_PNLD23_C01_010a019_LA.indd 17 vidade proposta. Aproveite o momen- 7/9/21 direita do menino de óculos?” (Uma
9:12 AM

to para reforçar as noções de dentro mureta.); “O que está à direita da da


yA proposta da seção é ampliar os es-
APOIO DIDÁTICO
tudos sobre os referenciais espaciais e fora, em cima e embaixo e explorar menina que está sentada lendo um li-
dos estudantes e fazê-los internalizar os mais elementos da ilustração. vro?” (Uma lancheira.). Para responder
conceitos: dentro, fora, em cima e embai- y Atividade 1: Peça aos estudantes que às perguntas corretamente, é necessá-
xo. Esse é um momento importante para observem a ilustração e se imaginem
rio que os estudantes entendam que os
que os referenciais de localização e posi- na posição de algumas personagens da
referenciais devem ser as personagens
ção de objetos sejam desenvolvidos, por imagem: o menino que usa óculos e a
menina que está sentada lendo um li- da ilustração (no lugar dos quais os
meio de representações espaciais.
vro, por exemplo. estudantes devem se imaginar), e não
Roteiro de aula y Em seguida, explore as noções de di- eles próprios olhando para o livro. Isso
y Solicite aos estudantes que observem reita e esquerda, frente e atrás e per- os ajudará a trabalhar com referenciais
a ilustração da página e realizem a ati- gunte aos estudantes: “O que há à e não apenas com o próprio corpo.

AJ_CH2_PNLD23_C01_010Aa019A_MP.indd 17 7/31/21 13:18


18 Capítulo 1 Os outros e eu

P RE
APRENDER SEM
HABILIDADES AVALIADAS
NA SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF02GE04) Reconhecer seme- 1 ÀS VEZES, FICAR SOZINHO É BOM. MAS NÃO SABER
lhanças e diferenças nos hábitos, SER
nas relações com a natureza e no CONSEGUIMOS FICAR SOZINHOS O TEMPO TODO.
modo de viver de pessoas em di- PENSANDO NISSO, RESPONDA:
ferentes lugares.
A. QUE ATIVIDADES VOCÊ GOSTA DE FAZER SOZINHO?
» (EF02HI01) Reconhecer espa-
ços de sociabilidade e identificar
Resposta pessoal. Os estudantes podem citar: tomar banho, ir ao banheiro e
os motivos que aproximam e se-
param as pessoas em diferentes
dormir, por exemplo.
grupos sociais ou de parentesco.
» (EF02HI03) Selecionar situações
B. QUE ATIVIDADES VOCÊ SÓ CONSEGUE FAZER EM GRUPO?
cotidianas que remetam à per-
cepção de mudança, pertenci-
mento e memória. Resposta pessoal. Os estudantes podem citar: frequentar a escola e praticar um

esporte coletivo, por exemplo.


COMPONENTES ESSENCIAIS
PARA A ALFABETIZAÇÃO
2 AGORA, CONVERSE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR.
» Compreensão de textos.
» Consciência fonológica e fonêmica. • PARA REALIZAR QUALQUER UMA DAS ATIVIDADES
» Produção de escrita. QUE VOCÊ CITOU NA PERGUNTA ANTERIOR, É
NECESSÁRIO O TRABALHO OU A AJUDA DE OUTRAS
PESSOAS? VOCÊ CONSEGUE REALIZÁ-LAS SEM A AJUDA
SABER Autoconsciência
SER DE ALGUÉM? EXPLIQUE.
y Atividade 1: Essa atividade Respostas pessoais.
tem o objetivo de provocar a 3 O TRECHO A SEGUIR É DE UMA HISTÓRIA QUE SE PASSA
reflexão sobre as forças e limi-
tações dos estudantes, expli- NO QUÊNIA, UM PAÍS DA ÁFRICA. APÓS ADIKA CONVIDAR
cando-lhes que, apesar das MUITOS AMIGOS PARA UMA REFEIÇÃO, A MÃE DO GAROTO,
características individuais de
cada um, nenhum ser humano MAMA PANYA, FICA PREOCUPADA EM NÃO TER COMIDA PARA
é completamente autossufi- TODOS. LEIA O TRECHO COM O PROFESSOR PARA SABER O
ciente e que a interação com
outras pessoas é fundamental QUE ACONTECEU. DEPOIS, RESPONDA ÀS QUESTÕES.
para uma vida saudável.

SAWANDI E NAIMAN FORAM OS PRIMEIROS A CHEGAR.


[...]
ELES TRAZIAM DUAS CABAÇAS CABAÇA: FRUTO DE
CASCA DURA QUE
CHEIAS DE LEITE E UM PEQUENO
PODE SER UTILIZADO
BALDE COM MANTEIGA. COMO RECIPIENTE.

18 DEZOITO

Roteiro de aula
AJ_CH2_PNLD23_C01_010a019_LA.indd 18 grandes cidades, seja em comunida- 7/9/21 9:13 AM AJ_C

des que vivem isoladas, as pessoas de-


y Atividade 1: A proposta dessa atividade
APOIO DIDÁTICO

é possibilitar que os estudantes reflitam pendem umas das outras para realizar
sobre as diferenças entre fazer atividades diversas atividades. Comente com os
sozinho e em grupo, consolidando ele- estudantes que, vivendo em grupos,
mentos trabalhados ao longo do capítulo. desenvolvemos laços importantes com
y Atividade 2: Deixe os estudantes res- outras pessoas, como a amizade. O re-
ponderem livremente, contando suas conhecimento e a reflexão sobre cos-
experiências pessoais. Ao final, eles de- tumes, hábitos e o modo de viver das
vem concluir que os seres humanos de- personagens da história, que se passa
pendem uns dos outros. no Quênia, possibilita aos estudantes
y Atividade 3: Viver em grupo é algo aprofundar o desenvolvimento da ha-
próprio dos seres humanos. Seja em bilidade EF02GE04.

AJ_CH2_PNLD23_C01_010Aa019A_MP.indd 18 7/31/21 13:18


Os outros e eu Capítulo 1 19
– MAMA, NOSSAS VACAS DERAM UM POUCO MAIS DE
LEITE HOJE. Atividade complementar
MZEE ODOLO APARECEU LOGO EM SEGUIDA. y Questione os estudantes sobre
quais situações podem gerar
– O VELHO RIO NOS DEU TRÊS PEIXES HOJE. conflitos entre colegas em sala
GAMILA CHEGOU EQUILIBRANDO UM CACHO DE de aula, bem como acerca das
possíveis formas de resolver es-
BANANAS NA CABEÇA. ses conflitos e evitar que voltem
– BANANAS FICAM ÓTIMAS COM PANQUECAS. a acontecer. Anote as respostas
na lousa e, se necessário, pontue
[…]
algumas situações como: estu-
E O BANQUETE COMEÇOU ASSIM QUE TODOS SE dantes conversando enquanto
SENTARAM DEBAIXO DO BAOBÁ PARA COMER AS outros tentam prestar atenção
à aula, estudantes que fazem
PANQUECAS DE MAMA PANYA. brincadeiras desrespeitosas com
BAOBÁ: ÁRVORE outros, estudantes que não con-
[…] GRANDE, TÍPICA tribuem para a conservação do
COM UM BRILHO NOS OLHOS E DA ÁFRICA. espaço e dos materiais de uso
SORRINDO, ADIKA COCHICHOU: comum, etc. Os conflitos podem
ser resolvidos quando as partes
– APOSTO QUE LOGO VOCÊ VAI FAZER PANQUECAS DE reconhecem os próprios erros e
NOVO, MAMA. se propõem a repará-los, além
de se desculparem uns com os
ELA SORRIU:
outros. Para evitar conflitos, é
– SIM, ADIKA, COMO SEMPRE, VOCÊ ADIVINHOU. necessário compreender que a
MARY E RICH CHAMBERLIN. AS PANQUECAS DE MAMA PANYA. vida em grupo, em sociedade,
SÃO PAULO: SM, 2005 (COLEÇÃO CANTOS DO MUNDO). não permite que cada um faça
exatamente o que quiser o tem-
po todo e, para isso, é necessário
A. POR QUE MAMA PANYA FICOU PREOCUPADA? ESSA ceder em determinados aspec-
tos, respeitar regras e agir sem-
PREOCUPAÇÃO SE CONFIRMOU? pre com bom senso, visando ao
bem-estar coletivo.
A preocupação de Mama Panya era não ter comida suficiente para oferecer a

todos os amigos de seu filho, Adika, caso todos comparecessem. No entanto, cada

um levou algum alimento para compartilhar.

B. LEIA NOVAMENTE O TEXTO E REFLITA: QUAL É A


IMPORTÂNCIA DE VIVER EM GRUPO?
Resposta pessoal.
Além do senso de coletividade e companheirismo entre as pessoas, que fizeram

questão de compartilhar alimentos e de desfrutar da companhia dos amigos, o

almoço coletivo revelou-se um momento muito agradável e divertido, demonstrando

que a vida em sociedade é vantajosa, não somente pela possibilidade de ajuda


mútua, mas também pelo prazer de conviver com pessoas de que gostamos.
DEZENOVE 19

13 AM AJ_CH2_PNLD23_C01_010a019_LA.indd 19 7/9/21 9:13 AM


APOIO DIDÁTICO

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19A Conclusão do capítulo 1

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 1
Sugestões para a avaliação formativa
1. Não poderia haver um título mais revelador da proposta que organiza este primeiro capítulo do volume do que
“Os outros e eu”. Além de trabalhar os objetos de conhecimento voltados ao reconhecimento do sujeito como
membro de uma comunidade, as discussões suscitam aspectos relacionados à convivência e às interações pes-
soais que marcam os grupos.
2. Ao entrar em contato com as unidades temáticas do capítulo, aprofundando-se nelas ao longo do capítulo, os
estudantes vão se compreender como parte de uma comunidade, unida por semelhanças e pelo respeito às
pessoas, consideradas em toda a sua diversidade.
3. A seção Aprender sempre é planejada como uma etapa voltada à sistematização dos objetos de conhecimento
trabalhados ao longo do capítulo e, ainda, como meio de verificação e qualificação da aprendizagem dos estu-
dantes. É importante que as atividades dessa seção sejam mediadas e orientadas pelo professor, mas, se possível,
deve ser um momento de protagonismo dos estudantes. Por isso, preparar a sala de aula para que melhor se
adeque aos objetivos da seção é essencial para promover a participação de todos os estudantes, de maneira
que esse momento revele as diversas formas de apreensão dos objetos de conhecimento abordados no capítulo.
4. Assim, a atividade 1 contribui para dimensionar a compreensão dos estudantes a respeito da comunidade como
espaço de sociabilidade fundamental. Para retomar ou reforçar a habilidade EF02HI01, é possível explorar, no
item b, como a convivência em grupo organiza os hábitos de seus integrantes e cria as justificativas que apro-
ximam e separam as pessoas. Essa atividade permite, ainda, evidenciar o desenvolvimento das competências
socioemocionais importantes para a manutenção da vida social, especialmente no que tange à empatia.
5. A atividade 2 tem o intuito de avaliar como os estudantes se percebem nas interações e nas relações de depen-
dência que estabelecem com outros membros da comunidade, a fim de sintetizar a importância da constituição
de grupos para a vida em sociedade.
6. Na atividade 3, além de ser possível avaliar a apreensão dos objetos de conhecimento que mobilizam as habi-
lidades EF02GE04 e EF02HI03, os estudantes devem ler e compreender o texto na íntegra, o que favorece a
avaliação das competências associadas à literacia.

Atividade de remediação
• Atividade 1: A fim de promover a assimilação da habilidade EF02HI01, é possível propor uma atividade de reflexão
por meio da constituição de dois times que vão se enfrentar em uma partida de futebol (ou outro esporte coletivo
que seja mais apropriado ao contexto da escola). Para a realização da atividade, organize a turma em dois grupos
distintos e oriente os estudantes a iniciar a partida. Não será necessário, dado o objetivo da atividade, criar regras
para a condução dos times, pois isso permitirá que, ao longo da partida, os próprios estudantes estabeleçam cri-
térios de organização, evidenciando a necessidade de estabelecer normas que padronizem os comportamentos
no grupo.
• Após a partida, faça uma roda de conversa com os estudantes e peça a eles que avaliem a atividade, identificando
os pontos que favoreceram a partida e aqueles que a dificultaram. Nesse caso, se julgar conveniente, proponha
questões para orientar os estudantes na reflexão sobre os pontos fundamentais da habilidade EF02HI01.
• Com base nas reflexões suscitadas pelos estudantes, sistematize os elementos que reforçam a importância dos
grupos e da comunidade como espaços de sociabilidade, orientados por regras e compostos de pessoas diversas
que, ora se assemelham, ora se diferenciam. Reforce a importância do respeito às normas e às pessoas para a boa
convivência e a interação social.

AJ_CH2_PNLD23_C01_010Aa019A_MP.indd 19 8/2/21 11:38


Os lugares de brincar Capítulo 2 20A

CAPÍTULO 2 OS LUGARES DE BRINCAR

Objetivos pedagógicos
1. Conceitualizar a brincadeira como lugar de sociabilidade, 5. Evidenciar a relação entre os tipos de brincadeira e o con-
que conjuga pessoas de diferentes origens, características texto de cada época, por meio da comparação de foto-
e hábitos. grafias que registram o mesmo lugar em momentos di-
2. Apresentar e aprofundar a perspectiva dos direitos das ferentes.
crianças, com enfoque no direito de brincar. 6. Reforçar a importância das normas que orientam a convi-
3. Demonstrar a diversidade nas formas, nos tipos e nos vência e a interação nos grupos sociais, especialmente em
nomes que caracterizam as brincadeiras. contextos de brincadeiras, com regras e objetivos previa-
mente definidos.
4. Apresentar a relação entre as formas de brincar e as ca-
racterísticas geográficas, históricas e sociais de diferentes
contextos de análise.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Neste capítulo, a discussão se organiza com base na ca- No que tange à compreensão da diversidade das formas,
racterização das brincadeiras como espaços de sociabilidade, dos tipos e dos nomes das brincadeiras, o capítulo discute a
constituídos por elementos fundamentais para a convivência intrínseca relação entre os contextos histórico, geográfico e
social, abordando as diferentes maneiras de brincar ao longo
e a interação pessoal. São abordados, nesse sentido, objetos
do tempo, assim como os lugares reservados às brincadei-
de conhecimento que salientam o respeito às diferenças, a ras. Dessa forma, o capítulo conjuga a passagem do tempo,
empatia, a importância das regras e de outros acordos cole- que pode ser observada em fotografias do mesmo lugar em
tivos que facilitam as brincadeiras, pensadas como uma refe- momentos diferentes, e as maneiras costumeiras de brincar.
rência para a compreensão da vida social.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 2, 3, 4, 5, 6, 9 e 10

Competências específicas de Ciências Humanas para o


1, 2, 4 e 5
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


1, 3 e 7
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


1e4
Fundamental

Habilidades de Geografia EF02GE02, EF02GE04, EF02GE05 e EF02GE08

Habilidades de História EF02HI01, EF02HI02 e EF02HI03

AJ_CH2_PNLD23_C02_020Aa033A_MP.indd 20 8/2/21 11:47


20 Capítulo 2 Os lugares de
brincar

HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF02GE02) Comparar costu-
mes e tradições de diferentes
populações inseridas no bairro
ou comunidade em que vive, re-
conhecendo a importância do
respeito às diferenças.
» (EF02GE04) Reconhecer seme-
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no
modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares.
» (EF02HI01) Reconhecer espa-
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se-
param as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco.

Ilustrador: Daniel Wu/ID/BR; fotografia: Victor Hugo K F/Shutterstock.com/ID/BR


20

Orientações didáticas atuam como estratégias para refletir


AJ_CH2_PNLD23_C02_020a033_LA.indd 20 Roteiro de aula 7/9/21 9:34 AM

sobre a concepção de brincadeira.


y Este capítulo propõe objetos de apren- y Leia o título do capítulo para os estu-
APOIO DIDÁTICO

dizagem que contextualizam a brinca- y No que tange às interações pessoais, se dantes, assim como o texto didático, e
deira como espaço de sociabilidade, julgar conveniente, quando despontar peça a eles que analisem a imagem, fo-
trabalhando na perspectiva do reco- a discussão sobre brincar sozinho ou calizando detalhes que digam respeito
nhecimento do “eu” e do “outro” como acompanhado, oriente os estudantes
ao título do capítulo e ao texto.
partes de uma mesma comunidade. a avaliar que algumas brincadeiras de-
y Para orientar os temas e as seções que pendem da interação com outras crian- y Estimule os estudantes a se expressar,
ças e até mesmo com adultos, como os favorecendo a fala individualizada de
compõem o capítulo, essa abertura
pode ser dividida em dois eixos princi- jogos, por exemplo. forma coordenada entre os colegas.
É  importante que eles desenvolvam
pais: conceito de brincadeira e intera- y Discuta com os estudantes o que pode
uma atenção para não interromper e
ções pessoais. ser considerado uma convivência ideal
não falar simultaneamente a um cole-
y Para abordar o conceito de brincadeira, e como as interações pessoais contri-
é importante estimular a reflexão sobre buem para isso. Aproveite o ensejo para ga. O cuidado com esse ponto permite
seus diferentes tipos e os lugares diver- tangenciar habilidades socioemocio- o desenvolvimento da empatia, da es-
sos nos quais as brincadeiras ocorrem. nais, que serão desenvolvidas em maior cuta interessada e da fala planejada no
A análise e a exploração da imagem profundidade ao longo do capítulo. seu momento.

AJ_CH2_PNLD23_C02_020Aa033A_MP.indd 20 7/31/21 13:26


Os lugares de Capítulo 2 21
brincar

Autoconsciência
UL
APÍT O OS LUGARES
SABER

2
SER
C y Atividade 4: A proposta des-
sa atividade é estimular a refle-

DE BRINCAR xão orientada pela perspectiva


da vida em comunidade. Assim,
a atividade favorece a mobiliza-
ção da autoconsciência. Dessa
EXISTEM MUITAS forma, despertar a atenção dos
BRINCADEIRAS E MUITOS JEITOS estudantes a respeito de limi-
tes – próprios e de terceiros – é
E LUGARES DE BRINCAR. HÁ um passo inicial para a discus-
são sobre empatia, direitos, im-
BRINCADEIRAS REALIZADAS portância das normas sociais e
EM CASA, NO PARQUE OU NA estímulo a uma postura indivi-
dual que seja marcada por pa-
ESCOLA. O IMPORTANTE É SE drões éticos da sociedade.

DIVERTIR!
1. As crianças estão brincando de fazer bolhas de
PARA COMEÇO DE CONVERSA
sabão, castelo de areia e nos brinquedos do parque.
1 COMO AS CRIANÇAS
REPRESENTADAS NA
IMAGEM ESTÃO BRINCANDO?

2 QUAL É SUA BRINCADEIRA


PREFERIDA?
Resposta pessoal.
3 EM QUAL LUGAR VOCÊ
MAIS GOSTA DE BRINCAR?
POR QUÊ?
Respostas pessoais.
4 O QUE VOCÊ PREFERE:
SABER
BRINCAR SOZINHO SER
OU BRINCAR COM
OUTRAS CRIANÇAS?
POR QUÊ?
Respostas pessoais.

CRIANÇAS BRINCANDO EM UM PARQUE


EM BRASÍLIA, DISTRITO FEDERAL.
FOTO DE 2019.

VINTE E UM 21

y Após a análise da imagem, oriente a exe-


AJ_CH2_PNLD23_C02_020a033_LA.indd 21 das diferenças que marcam os tipos 7/9/21
de 9:35 AM

cução das atividades pelos estudantes. brincadeira entre eles.


APOIO DIDÁTICO

y Atividade 1: A imagem apresenta di- y Atividade 3: Assim como na atividade 2,


versos tipos de brincadeira, com várias permita que cada estudante fale so-
configurações, sendo desenvolvidas por bre seu lugar preferido para brincar. Se
crianças de diferentes características. julgar conveniente, retome a noção de
Chame a atenção dos estudantes para espaço público trabalhada no volume 1
essa diversidade. desta coleção.
y Atividade 2: Permita que cada estudan- y Atividade 4: Brincar com outras crian-
te exponha a sua brincadeira favorita. ças implica habilidades de relaciona-
Se alguma das brincadeiras elencadas mento e o respeito ao outro, em suas
pelos estudantes for desconhecida pe- vontades, seus direitos e suas formas
los colegas, peça ao estudante que a de ser; por isso, aproveite a atividade
explique. Isso pode favorecer o desen- para desenvolver competências socio-
volvimento da capacidade narrativa e emocionais essenciais para a vida em
descritiva, bem como o reconhecimento comunidade.

AJ_CH2_PNLD23_C02_020Aa033A_MP.indd 21 7/31/21 13:26


22 Capítulo 2 Os lugares de
brincar
AS BRINCADEIRAS
HABILIDADES DESENVOLVIDAS BRINCAR É UMA DAS ATIVIDADES MAIS IMPORTANTES E
NO TEMA “AS BRINCADEIRAS”
PRAZEROSAS DA INFÂNCIA. BRINCAR SOZINHO, COM O IRMÃO,
» (EF02GE04) Reconhecer seme- COM A IRMÃ, COM OS COLEGAS... SEMPRE É MUITO DIVERTIDO.
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no COM O PROFESSOR, LEIA
modo de viver de pessoas em di- INFÂNCIA: FASE DA VIDA QUE VAI
ferentes lugares. EXEMPLOS DE BRINCADEIRAS NOS DO NASCIMENTO ATÉ O INÍCIO DA
ADOLESCÊNCIA.
» (EF02HI01) Reconhecer espa- VERSOS DO POEMA A SEGUIR.
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se-
param as pessoas em diferentes
[...]
grupos sociais ou de parentesco. NÃO EXISTE COISA MAIS LEGAL,

Raíssa Bulhões/ID/BR
GANHAR DO VOVÔ NO JOGO DO PIÃO!
SER CRAQUE NO JOGO;
FAZER O DANADO GIRAR NA MÃO!
[...]
PULEI AMARELINHA E JOGUEI BOLA DE GUDE;
PASSEI ANEL E CANTEI CIRANDA;
FIZ A DANÇA DAS CADEIRAS
E OUVI HISTÓRIAS NA VARANDA!
[...]
AH, COMO ERA BOM SER CRIANÇA!
QUE SAUDADE DE BRINCAR!
[...]

RENILDA D. VIANA. BRINCAR DE BRINCADEIRA. DISPONÍVEL EM:


http://www.recantodasletras.com.br/poesiasinfantis/1959110. ACESSO EM: 17 FEV. 2021.

1 QUAIS BRINCADEIRAS CITADAS NO POEMA VOCÊ CONHECE?


E QUAIS VOCÊ NÃO CONHECE?
Respostas pessoais.

2 DO QUE A AUTORA DO POEMA AFIRMA TER SAUDADE?


Ela tem saudade de brincar.

3 PENSE EM SUA BRINCADEIRA FAVORITA. CONTE AOS


COLEGAS O NOME DELA, COMO SE BRINCA E QUANTAS
PESSOAS PARTICIPAM.
Resposta pessoal.
22 VINTE E DOIS

Orientações didáticas y Explore, com base na fala dos estudan-


AJ_CH2_PNLD23_C02_020a033_LA.indd 22 os estudantes. Se for esse o caso, 7/1/21 9:55 PM

tes, os elementos da natureza com os avalie a necessidade de aprofundar o


y Nesse tema, a proposta é desenvolver
APOIO DIDÁTICO

habilidades associadas a dois enfoques: quais eles interagem nas brincadeiras sentido do termo.
que costumam praticar, como as árvo-
brincadeiras como espaços de sociabi-
res, a água e o vento. y Atividade 3: O objetivo dessa atividade
lidade e a a importância da comunidade é mostrar aos estudantes a importân-
para a constituição de práticas culturais y Aborde a palavra indicada no glossá- cia da socialização com outras pessoas.
– as brincadeiras – que ultrapassam as rio  – infância –, favorecendo a amplia-
Caso considere pertinente, registre na
gerações, ainda que marquem a passa- ção do repertório da fala e da escrita
dos estudantes. Discuta, se julgar rele- lousa as brincadeiras apontadas pelos
gem do tempo.
vante, as fases da vida e as mudanças estudantes, organizando-as em uma
y As atividades favorecem a reflexão so-
de responsabilidades e de perfis que tabela, para que eles as comparem e
bre o lugar de vivência como formas de
sociabilidade e as brincadeiras nele rea- cada fase implica. concluam quais foram as mais citadas,
lizadas. y Atividade 1: Os estudantes devem per- desenvolvendo também habilidades
ceber a diversidade de brincadeiras de Matemática. Ao compartilhar suas
Roteiro de aula que existem no universo lúdico das respostas, os estudantes poderão reco-
y Inicie lendo com os estudantes o poe- crianças. nhecer as diferenças e as semelhanças
ma da página e oriente-os a conversar y Atividade 2: Saudade talvez seja uma de hábitos das pessoas nas relações
sobre as questões propostas. palavra de significado superficial para entre si, com a natureza e com o lugar.

AJ_CH2_PNLD23_C02_020Aa033A_MP.indd 22 7/31/21 13:26


Os lugares de Capítulo 2 23
O DIREITO DE BRINCAR brincar

BRINCAR É FUNDAMENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO HABILIDADES DESENVOLVIDAS


NO TEMA “O DIREITO
DAS CRIANÇAS. BRINCANDO, AS CRIANÇAS APRENDEM COISAS DE BRINCAR”
NOVAS E FAZEM AMIGOS. TAMBÉM APRENDEM A RESPEITAR » (EF02GE04) Reconhecer seme-
lhanças e diferenças nos hábitos,
AS DIFERENÇAS E A RESOLVER CONFLITOS. nas relações com a natureza e no
modo de viver de pessoas em di-
POR SER TÃO IMPORTANTE, BRINCAR É UM DIREITO DA
ferentes lugares.
CRIANÇA. DIREITO É ALGO GARANTIDO POR LEI E QUE DEVE » (EF02HI03) Selecionar situa-
SER RESPEITADO POR TODOS. ções cotidianas que remetam à
percepção de mudança, perten-
CONHEÇA, NO QUADRINHO A SEGUIR, OUTROS DIREITOS cimento e memória.

DAS CRIANÇAS. Atividade complementar


y Organize a turma em cinco gru-
pos e proponha uma pesqui-

Mauricio de Sousa Editora Ltda./ID/BR


sa sobre os direitos da criança
e do adolescente. O tema de
cada grupo deverá ser refe-
rente aos capítulos do Estatu-
to da Criança e do Adolescen-
te, dividido da seguinte forma:
Grupo A
Do direito à vida e à saúde.
Grupo B
Do direito à liberdade, ao respei-
to e à dignidade.
Grupo C
Do direito à convivência familiar
e comunitária.
Grupo D
Do direito à educação, à cultura,
ao esporte e ao lazer.
Grupo E
Do direito à profissionalização e
à proteção no trabalho.
Após essa organização, apresente
MAURICIO DE SOUSA. A
aos estudantes a publicação Tur-
TURMA DA MÔNICA EM: O
ma da Mônica em: o Estatuto da
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE. SÃO PAULO:
Criança e do Adolescente, disponí-
MAURICIO DE SOUSA EDITORA, vel em: https://www.gov.br/mdh/
2004. DISPONÍVEL EM: https:// pt- br/ce ntrais- de - conte udo/
www.gov.br/mdh/pt-br/ crianca-e-adolescente/estatuto-
centrais-de-conteudo/crianca- da-crianca-e-adolescente-turma-
e-adolescente/estatuto-da- da-monica-2018.pdf/view (acesso
crianca-e-adolescente-turma-da- em: 17 jul. 2021).
monica-2018.pdf/view. ACESSO
Oriente cada grupo a acessar o
EM: 18 FEV. 2021.
documento, com o auxílio dos
responsáveis, e a ler o que ele
VINTE E TRÊS 23 contém sobre o tema de pesqui-
sa do seu grupo. Caso os estu-
dantes tenham dificuldades para
Orientações didáticas
AJ_CH2_PNLD23_C02_020a033_LA.indd 23 quais são os direitos das crianças. Se jul-
7/1/21 9:55 PM acessar a internet, selecione
gar necessário, enfatize que se trata de trechos do material da Unicef e
y Os direitos da criança são formas legais
APOIO DIDÁTICO

direitos comuns a todas as crianças. distribua aos grupos de acordo


importantes para garantir uma infância com o tema, para que discutam
em condições mínimas de desenvolvi- y Registre as contribuições dos estudantes
entre si. Posteriormente, cada
mento. e retome-as posteriormente na leitura da
ilustração da Turma da Mônica, que trata grupo deve fazer uma apresen-
y É importante discutir com os estudan-
dos diversos direitos da criança. tação oral, em sala de aula, so-
tes o caráter histórico dos direitos das bre os principais pontos de cada
crianças, pois a garantia da infância e y Promova a leitura compartilhada da ilus-
direito da criança. Se achar per-
o reconhecimento da criança como um tração e explique aos estudantes que
tinente, oriente os estudantes a
sujeito de direitos ocorreram há relativa- esses direitos foram construídos social-
montar um painel, destacando
mente pouco tempo. No Brasil, em 1990, mente, ou seja, foram sendo organiza-
os principais direitos, para ser
a criação do Estatuto da Criança e do dos na/pela sociedade e todos devem
afixado na sala de aula.
Adolescente foi um marco fundamental. respeitá-los.

Roteiro de aula
y Inicie o trabalho com esse tema per-
guntando aos estudantes se eles sabem

AJ_CH2_PNLD23_C02_020Aa033A_MP.indd 23 7/31/21 13:27


24 Capítulo 2 Os lugares de
brincar
DIFERENTES JEITOS DE BRINCAR
HABILIDADE DESENVOLVIDA HÁ VÁRIAS MANEIRAS DE BRINCAR. PODEMOS BRINCAR
NO TEMA “DIFERENTES JEITOS
DE BRINCAR” SOZINHOS OU ACOMPANHADOS. PODEMOS NOS DIVERTIR COM
» (EF02GE04) Reconhecer seme- BRINQUEDOS COMPRADOS EM LOJAS OU COM AQUELES QUE A
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no GENTE MESMO FAZ. HÁ AINDA BRINCADEIRAS QUE MEXEM COM
modo de viver de pessoas em di- A IMAGINAÇÃO E, ÀS VEZES, USAMOS A IMAGINAÇÃO PARA
ferentes lugares.
CRIAR NOVAS FORMAS DE DIVERSÃO. LEIA O TEXTO A SEGUIR
COMPONENTE ESSENCIAL COM O PROFESSOR.
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Compreensão de textos. AQUI, QUASE TUDO NA NATUREZA PODE VIRAR BRINQUEDO.
ARUMÃ VIRA ARCO E FLECHA, TALO DE BURITI VIRA BARCO
QUE FLUTUA, GRAVETOS E FOLHAS DE BACABA VIRAM
CASINHAS, […] FOLHA DE BANANEIRA VIRA BONECA, PAU DE
JUCAZEIRO VIRA TACO DE BILHARZINHO...
[…]
CONSTRUIR UM BRINQUEDO JÁ É UMA GRANDE BRINCADEIRA!
MARIE ANGE BORDAS. TUDO VIRA BRINQUEDO. EM: MANUAL DAS CRIANÇAS
DO BAIXO AMAZONAS. SÃO PAULO: LIVROS DA MATRIZ, 2015. P. 56.

Fernando Favoretto/Criar Imagem


Gerson Sobreira/Terrastock

CRIANÇA JOGANDO VIDEOGAME EM CRIANÇAS BRINCANDO DE IOIÔ EM


LONDRINA, PARANÁ. FOTO DE 2019. SÃO PAULO. FOTO DE 2019.

PARA E
XPLORAR

MAPA DO BRINCAR
DISPONÍVEL EM: http://mapadobrincar.folha.com.br/brincadeiras/regioes.shtml. ACESSO
EM: 18 FEV. 2021.
CONHEÇA BRINCADEIRAS TÍPICAS DE TODAS AS REGIÕES BRASILEIRAS, QUE
CONTRIBUEM PARA A DIVERSIDADE CULTURAL DO PAÍS.

24 VINTE E QUATRO

Orientações didáticas de brinquedos pelas crianças. Algumas


AJ_CH2_PNLD23_C02_020a033_LA.indd 24 gunte-lhes sobre as palavras das quais 7/9/21 9:36 AM AJ_C

delas, como o arumã e a bacaba, são eles desconhecem o significado.


yA região do Baixo Amazonas fica no
APOIO DIDÁTICO

noroeste do estado do Pará, sendo for- nativas da Amazônia; o jucazeiro ocorre y Destaque, durante a leitura, o modo
mada por diversas comunidades, mui- no Nordeste, no Espírito Santo e no Rio como alguns tipos de vegetação são
tas delas remanescentes de quilom- de Janeiro. O buriti ocorre em vários transformados em brinquedos pelas
bolas, como São José, Silêncio, Cuecé países da América do Sul, como Brasil, crianças do Baixo Amazonas.
e Mondongo (em Óbidos) e Cachoeira Bolívia e Argentina. Se possível, pesqui- y Caso os estudantes desconheçam as
Porteira (em Oriximiná). se fotos dessas plantas para mostrar espécies vegetais citadas no texto,
y Apesar de diferentes e distantes, es- aos estudantes e visite com eles o site apresente imagens com a vegetação
sas comunidades quilombolas mantêm indicada no boxe Para explorar, que originária e os brinquedos criados a
muitas das tradições de seus antepas- apresenta brincadeiras típicas de várias partir delas. Explore as imagens com
sados, que podem ser observadas nos regiões brasileiras. os estudantes e permita que eles ex-
objetos destinados às brincadeiras, que pressem suas observações, comparti-
ultrapassam as gerações. Roteiro de aula lhando-as com os colegas.
y Comente que buriti, arumã, bacaba e ju- y Leia o texto de apoio com os estudan- y Peça aos estudantes que observem as
cazeiro também são plantas utilizadas, tes. Em seguida, leia o trecho do texto fotos da dupla de páginas e façam uma
entre outras utilidades, na confecção de Marie Ange Bordas e, ao final, per- breve descrição de cada foto.

AJ_CH2_PNLD23_C02_020Aa033A_MP.indd 24 7/31/21 13:27


Os lugares de Capítulo 2 25
brincar

Cesar Diniz/Pulsar Imagens


SABER Tomada de decisão
SER
responsável
y Atividade 3: A possibilidade
CRIANÇAS de introduzir a questão dos re-
síduos sólidos com os estudan-
INDÍGENAS DA
tes, estimulando o reaproveita-
ETNIA XAVANTE
mento de materiais recicláveis,
BRINCANDO DE
propõe uma reflexão que inse-
ESCORREGAR NO re o comportamento individual
MUNICÍPIO DE em um espectro maior da vida
GENERAL social, pois envolve questões
CARNEIRO, MATO relativas ao meio ambiente e
GROSSO. FOTO DE à natureza. Se julgar conve-
2020. niente, reflita com os estudan-
tes o que aconteceria com os
materiais reutilizados nas con-
1 ESCOLHA DOIS DE SEUS BRINQUEDOS FAVORITOS fecções de brinquedos se eles
tivessem outro destino. Pro-
E FAÇA O QUE SE PEDE. Respostas pessoais.
blematize ainda o que os estu-
A. CONTE AOS COLEGAS QUAIS SÃO E DO QUE SÃO FEITOS dantes costumam fazer com os
brinquedos que já utilizam em
SEUS BRINQUEDOS FAVORITOS. suas brincadeiras. Jogam fora,
doam, repassam a crianças
B. COMPARE SEUS BRINQUEDOS COM OS BRINQUEDOS mais jovens da família?
DOS COLEGAS DE CLASSE. ELES SÃO PARECIDOS OU
SÃO DIFERENTES?

C. AGORA, COMPARE OS BRINQUEDOS DA TURMA COM


OS BRINQUEDOS MENCIONADOS NO TEXTO DA
PÁGINA ANTERIOR, DAS CRIANÇAS DO BAIXO AMAZONAS
(GRANDE ÁREA LOCALIZADA NA PARTE FINAL DO RIO
AMAZONAS, NO PARÁ). CONVERSE COM OS COLEGAS:
ESSES BRINQUEDOS SÃO PARECIDOS OU SÃO DIFERENTES
DOS QUE VOCÊS USAM? POR QUÊ?

2 VOCÊ JÁ FEZ ALGUM BRINQUEDO? EM CASO AFIRMATIVO,


CONTE QUAL FOI O BRINQUEDO, QUAIS MATERIAIS USOU E
COMO ELE FOI FEITO. Resposta pessoal.

3 EM SUA OPINIÃO, QUAL É A IMPORTÂNCIA


SABER
DE CONSTRUIR O PRÓPRIO BRINQUEDO COM SER
MATERIAIS DA NATUREZA OU COM SUCATA?
Resposta pessoal.
VINTE E CINCO 25

36 AM
y Atividade 1: Se possível, peça aos es-
AJ_CH2_PNLD23_C02_020a033_LA.indd 25 za. Exemplos: o plástico é feito a par- 7/1/21
y Atividade
9:55 PM 3: Caso julgue interessante,
tudantes que levem seus brinquedos tir do petróleo, extraído da natureza; proponha aos estudantes a confecção
APOIO DIDÁTICO
favoritos para a sala de aula, de modo o papelão é feito da celulose, retirada de algum brinquedo. É um momento im-
que possam observar qual é o princi- das árvores; o couro é retirado dos portante para valorizar a construção de
pal material de que são feitos. Algumas animais; e os tecidos são feitos princi- brinquedos reutilizando materiais que
possibilidades de materiais são: plásti- palmente dos vegetais. seriam descartados, como roupas e em-
balagens. Por exemplo, com jornal, fita
co, papelão, couro e tecido. y Ao desenvolver a atividade do item c,
adesiva e uma meia, é possível construir
y Caso julgue interessante, conte aos procure comparar os brinquedos dos
uma bola: o jornal e a fita adesiva são
estudantes que a maioria dos brin- estudantes com os das crianças do Bai-
utilizados para formar a bola, e a meia é
quedos atualmente, sobretudo das xo Amazonas, valorizando a diversida- utilizada para envolvê-la. A  construção
crianças que vivem nas cidades, é de cultural e o respeito às diferenças. de um brinquedo também é uma boa
produzida em indústrias, a partir de y Atividade 2: Permita que os estudantes oportunidade para desenvolver habi-
materiais transformados. Conte-lhes compartilhem suas experiências e valo- lidades de Arte, explorando diferentes
também que tudo o que é produzido, rize todos os exemplos citados, estimu- brinquedos e brincadeiras de matrizes
no entanto, tem sua origem na nature- lando o respeito mútuo entre os colegas. estéticas e culturais diversas.

AJ_CH2_PNLD23_C02_020Aa033A_MP.indd 25 7/31/21 13:27


26 Capítulo 2 Os lugares de
brincar
AS REGRAS NAS BRINCADEIRAS
HABILIDADES DESENVOLVIDAS MUITAS BRINCADEIRAS TÊM REGRAS. LEIA COM O
NO TEMA “AS REGRAS NAS
BRINCADEIRAS” PROFESSOR OUTRO TRECHO DO POEMA DO INÍCIO
» (EF02GE02) Comparar costu- DESTE CAPÍTULO.
mes e tradições de diferentes
populações inseridas no bairro
ou comunidade em que vive, re- […]
conhecendo a importância do BRINCAR DE PEGA-PEGA
respeito às diferenças.
FINGIR QUE É CABRA-CEGA,
» (EF02GE04) Reconhecer seme-
lhanças e diferenças nos hábitos, E ENTRAR NO JOGO DA VELHA!

Raíssa Bulhões/ID/BR
nas relações com a natureza e no
modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares. CORRER DE ESCONDE-ESCONDE,
» (EF02HI01) Reconhecer espa- BRINCAR DE CORRE-CUTIA,
ços de sociabilidade e identificar VIRAR ESTÁTUA!
os motivos que aproximam e se-
E VIVER A FANTASIA!
param as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco. […]

RENILDA D. VIANA. BRINCAR DE BRINCADEIRA. DISPONÍVEL EM:


COMPONENTE ESSENCIAL http://www.recantodasletras.com.br/poesiasinfantis/1959110. ACESSO EM: 18 FEV. 2021.
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Compreensão de textos.
1 CONTORNE NO POEMA OS NOMES DAS BRINCADEIRAS QUE
Atividade complementar VOCÊ CONHECE. Resposta pessoal.
y Pergunte aos estudantes quais
brincadeiras eles aprenderam 2 DOS NOMES QUE VOCÊ CONTORNOU, PINTE DE VERMELHO
com pessoas mais velhas, como
OS DAS BRINCADEIRAS QUE SÓ PODEM SER REALIZADAS
os avós ou os bisavós, por exem-
plo. Caso não se recordem ou COM OUTRAS PESSOAS. As brincadeiras que só podem ser feitas
não saibam responder, propo- coletivamente estão sublinhadas no poema.
nha uma atividade de pesquisa, 3 AGORA, REÚNA-SE COM UM COLEGA. ESCOLHAM UMA
como tarefa de casa, com um
parente mais velho. Espera-se DAS BRINCADEIRAS QUE VOCÊS DOIS PINTARAM DE
que os estudantes tragam infor- VERMELHO E FAÇAM O QUE SE PEDE.
mações de brincadeiras pouco
comuns entre eles, como car- A. ESCREVAM O NOME DESSA BRINCADEIRA.
rinho de rolimã, pião, bilboquê,
etc. Caso mencionem diferentes Resposta pessoal.
nomes para uma mesma brinca-
deira, comente as possíveis va- B. DIGAM COMO É QUE SE BRINCA, OU SEJA, QUAIS SÃO
riantes nos nomes das brincadei-
ras, apontando nomes regionais AS REGRAS DA BRINCADEIRA.
e tradicionais. Resposta pessoal.
C. AGORA, IMAGINEM QUE CADA UM QUEIRA BRINCAR DE UM
JEITO. SERÁ QUE VAI DAR CERTO? POR QUÊ? Respostas pessoais.

26 VINTE E SEIS

Orientações didáticas y É possível encontrar informações sobre


AJ_CH2_PNLD23_C02_020a033_LA.indd 26 tância das regras para o desenvolvi- 7/9/21 9:48 AM AJ_C

diferentes brincadeiras no Tesauro de mento da brincadeira.


y As brincadeiras se organizam com base
APOIO DIDÁTICO

Folclore e Cultura Popular Brasileira,


em regras e objetivos previamente de-
disponível em: http://www.cnfcp.gov.
y Leia o poema com os estudantes e co-
finidos. Destaque a importância de to- mente com a turma que a brincadeira
dos os participantes da brincadeira res- br/tesauro/apresentacao.html (acesso
“corre-cutia” citada no poema também
peitarem as regras estabelecidas para em: 17 jul. 2021).
é conhecida como “corre-cotia”, “pega-
que seja possível realizá-la. -lenço” ou “lenço atrás”. Se julgar perti-
Roteiro de aula
y Motive os estudantes a refletir sobre o nente, desenvolva a brincadeira com os
que pode acontecer caso algum partici- y Antes de ler o poema e discutir sobre as estudantes, para que conheçam suas
pante da brincadeira não siga as regras. regras das brincadeiras, peça aos estu-
dantes que citem algumas brincadeiras regras. Essa atividade poderá ser reali-
y O trabalho sobre a importância da
e listem as regras delas. zada no pátio da escola, no intervalo da
construção de regras que orientam o
aula, pois possibilita colocar em prática
comportamento dos participantes na y Se julgar conveniente, escolha uma das
brincadeira permite extrapolar essa dis- brincadeiras citadas pelo estudantes os conceitos de respeito às regras. An-
cussão, de modo a direcioná-la ao reco- para simular o que aconteceria caso tes de iniciar a brincadeira, retome com
nhecimento do papel das normas para a alguns participantes violassem as suas os estudantes as regras e a importância
convivência na comunidade. regras. Em seguida, evidencie a impor- de segui-las.

AJ_CH2_PNLD23_C02_020Aa033A_MP.indd 26 7/31/21 13:27


Os lugares de Capítulo 2 27
brincar
APRENDENDO COM AS REGRAS DE UM JOGO
ALÉM DE DIVERSÃO, OS JOGOS PODEM NOS TRAZER
Para complementar
ALGUMAS APRENDIZAGENS. COM O JOGO DA VELHA, POR
Orientações para a brincadeira
EXEMPLO, VOCÊ PODE APRENDER AS NOÇÕES DE VERTICAL, corre cutia
HORIZONTAL E DIAGONAL. Todos os participantes devem
estar sentados em círculo, e ao
O DESENHO DO JOGO PODE SER FEITO NA LOUSA, NO redor deles corre uma criança
com um lenço na mão, cantando
CADERNO OU NO CHÃO, TRAÇANDO UMA FIGURA COM ou dizendo versos de uma canti-
NOVE CASAS, COMO AS QUE SÃO MOSTRADAS MAIS ABAIXO. ga popular ou parlenda escolhi-
da pelo grupo, por exemplo:
NA BRINCADEIRA, CADA UM DOS PARTICIPANTES PREENCHE “Corre cutia/Na casa da tia/
Corre cipó/Na casa da avó/Len-
UMA CASA POR VEZ. CADA UM ESCOLHE UM DESENHO OU cinho na mão/Caiu no chão/Mo-
cinha bonita/Do meu coração.”
SÍMBOLO DIFERENTE.
Ao terminar a cantiga, o joga-
GANHA AQUELE QUE PREENCHER TRÊS CASAS EM dor (aquele que está correndo
ao redor do grupo) deixa cair o
SEQUÊNCIA. AS TRÊS CASAS PODEM SER PREENCHIDAS DA lenço atrás de uma criança e con-
tinua correndo, tentando dar a
SEGUINTE MANEIRA: volta completa na roda e voltar
ao posto daquele em que dei-
• NA VERTICAL: DE CIMA PARA BAIXO OU DE BAIXO PARA xou o lenço. Se conseguir fazer
isso, o “corredor” assume o pos-
CIMA, COMO NO JOGO A.
to daquele que não viu o lenço
• NA HORIZONTAL: DA DIREITA PARA A ESQUERDA OU DA atrás de si. Este será, então, o
novo “corredor”. No entanto, se
ESQUERDA PARA A DIREITA, COMO NO JOGO B. a criança perceber o lenço atrás
dela, deve correr e tentar pegar o
• NA DIAGONAL: DE MANEIRA INCLINADA, LIGANDO TRÊS “corredor” antes que ele chegue
ao seu posto. Se conseguir pegar,
SÍMBOLOS NOS CANTOS DA FIGURA, E SEMPRE PASSANDO ela não perde o posto e o “corre-
PELA CASA DO MEIO, COMO NO JOGO D. dor” deve tentar novamente.

JOGO A JOGO B JOGO C JOGO D

4 EM QUAL JOGO NÃO HOUVE VENCEDOR? POR QUÊ?


No jogo C. Porque não houve o preenchimento de 3 casas em sequência com o mesmo
símbolo.
VINTE E SETE 27

48 AM
y Atividade 1: Leia o enunciado da ati-
AJ_CH2_PNLD23_C02_020a033_LA.indd 27 cadeira que ambos conhecem. No item 7/1/21
y Faça a leitura do texto com os estudan-
9:55 PM

vidade com os estudantes e reserve b, enfatize a importância das regras de tes e explique-lhes o que é o jogo da
APOIO DIDÁTICO
um tempo para que eles contornem as convívio social, inclusive nas brincadei- velha. Reforce que essa brincadeira de-
brincadeiras conhecidas. Em seguida, ras. No item c, espera-se que os estu- senvolve o raciocínio lógico e o senso de
peça a eles que compartilhem com os dantes percebam que não é possível estratégia e permite aprimorar habilida-
colegas as brincadeiras identificadas. realizar a brincadeira se cada um seguir des relacionadas à coordenação motora,
uma regra diferente. Eles podem até
y Atividade 2: A proposta dessa atividade
mudar as regras da brincadeira, desde
ao senso de direção e ao planejamento.
é desenvolver as brincadeiras como es-
que seja combinado antes e com o con- y Atividade 4: Se julgar oportuno, incen-
paço de sociabilidade e convivência; por senso de todos os participantes. tive os estudantes a brincar de jogo da
isso, estimule os estudantes a avaliar a velha, na lousa ou em uma folha de pa-
relevância da interação pessoal nas brin- y As atividades do tópico “Aprendendo
pel avulsa, a fim de explorar com eles
com as regras de um jogo” visam orien-
cadeiras identificadas em vermelho. tar os estudantes sobre a importância as noções de vertical, horizontal e dia-
y Atividade 3: Em duplas, os estudan- de haver regras nos jogos e a necessi- gonal e avaliar a aprendizagem sobre o
tes devem ser convidados a responder dade de que sejam seguidas, além de objetivo do jogo (fazer uma sequência
mais autonomamente às questões. No destacar o fato de que as brincadeiras de três símbolos iguais em uma das três
item a, oriente-os a escolher uma brin- são orientadas por um objetivo. direções).

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28 Capítulo 2 Os lugares de
brincar
BRINCAR EM DIFERENTES LUGARES
HABILIDADES DESENVOLVIDAS AS BRINCADEIRAS QUE REALIZAMOS COM OS VÁRIOS
NO TEMA “BRINCAR EM
DIFERENTES LUGARES” GRUPOS DE NOSSA CONVIVÊNCIA ACONTECEM EM
» (EF02GE04) Reconhecer seme- DIFERENTES LUGARES.
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no NESSES LUGARES, CONVIVEMOS COM ADULTOS E OUTRAS
modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares.
CRIANÇAS, CONVERSAMOS, DAMOS RISADA, APRENDEMOS
» (EF02GE08) Identificar e ela- E TAMBÉM ENSINAMOS. É NOS LUGARES QUE CONSTRUÍMOS
borar diferentes formas de re- NOSSA HISTÓRIA DE VIDA.
presentação (desenhos, mapas
mentais, maquetes) para repre- OS LUGARES DE BRINCAR PODEM SER DIVERSOS. OBSERVE
sentar componentes da paisa-
gem dos lugares de vivência. ALGUNS EXEMPLOS.
» (EF02HI02) Identificar e descre-

Mauricio Simonetti/Pulsar Imagens


Luciana Whitaker/Pulsar Imagens
ver práticas e papéis sociais que A B
as pessoas exercem em diferen-
tes comunidades.

COMPONENTE ESSENCIAL
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Produção de escrita.

Para casa
CRIANÇAS BRINCANDO NA PRAIA EM PARQUE AQUÁTICO EM BARRA DO
y Atividade 4: Oriente o estu-
BÚZIOS, RIO DE JANEIRO. GARÇAS, MATO GROSSO.
dante a pedir ajuda de um mem-
FOTO DE 2019. FOTO DE 2019.
bro da família para elaborar o
desenho. Para isso, peça a ele
que descreva, primeiro, o lu- 1 EM DUPLA, OBSERVEM E COMPAREM AS FOTOS ACIMA.
gar onde mais gosta de brincar DEPOIS, NO CADERNO, COPIEM E PREENCHAM O
para a pessoa que o auxiliará.
Em seguida, estimule-o a de- QUADRO A SEGUIR.
senhar utilizando, se possível,
diferentes materiais (lápis, lápis PERGUNTA FOTO A FOTO B
de cor, giz de cera, canetinha,
adesivos…) e cores bastante va- Com areia, balde, Com água e
riadas para valorizar ao máximo COM O QUE AS CRIANÇAS BRINCAM? pá e outros brinquedos
o detalhamento. brinquedos. aquáticos.
Em uma piscina
ONDE ELAS BRINCAM? Na praia. de um parque
aquático.
Parecem Parecem
COMO ELAS PARECEM SE SENTIR? felizes e se felizes e se
divertindo. divertindo.

28 VINTE E OITO

Orientações didáticas y Espera-se, assim, que os estudantes


AJ_CH2_PNLD23_C02_020a033_LA.indd 28 rencia o conceito de lugar, importante 7/1/21 9:55 PM

percebam que os lugares de brincar e para a abordagem do tema proposto.


y Nesse tema, os estudantes serão leva-
APOIO DIDÁTICO

dos a analisar e a comparar os diversos os diferentes tipos de brincadeira são


consequência de vários fatores que de- Roteiro de aula
lugares onde as crianças brincam, para
que observem os diferentes hábitos e terminam o modo como as pessoas vi- y Depois da leitura do texto didático e
as relações com os lugares. vem, o que os ajudará a começar a com- da observação das fotos, oriente os
preender a própria posição no mundo. estudantes a realizar os exercícios
y A abordagem desse conteúdo é funda-
mental para que os estudantes come- y Além disso, esse tema favorece o reco- propostos.
cem a sistematizar o conceito de lugar. nhecimento, pelos estudantes, das di- y Atividade 1: O quadro da atividade é
Além disso, eles vão entrar em contato ferentes práticas sociais que marcam a apenas um modelo para os estudantes
com aspectos que levam ao desenvolvi- diversidade nas comunidades. replicarem no caderno, com espaço su-
mento da habilidade EF02GE04. y As atividades 1 e 2 são propostas para ficiente para preencher as lacunas com
y Estimule o olhar dos estudantes  para estimular a capacidade de compreen- as respostas das perguntas. Organiza-
os  diferentes tipos de brincadeira e são e leitura de imagens, mobilizando dos em duplas, os estudantes devem
para  os lugares onde elas ocorrem, habilidades de literacia e numeracia. ser capazes de ler as imagens e escre-
comparando-as com as do próprio co- y O texto sugerido na coluna da direita ver expressões e frases simples que
tidiano escolar. dessa dupla de páginas pauta e refe- ilustrem o nível de alfabetização.

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Os lugares de Capítulo 2 29
brincar
2 COMPAREM MAIS DUAS FOTOS.

kzww/Shutterstock.com/ID/BR

Cadu De Castro/Pulsar Imagens


A B Lugar
O lugar é um outro conceito […]
operacional em Geografia. Con-
sistiria, a partir da Cartografia, a
expressão do espaço geográfico na
escala local; a dimensão pontual.
Por muito tempo, a Geografia tratou
o lugar nesta perspectiva e conside-
rou-o como único e autoexplicável.
CRIANÇAS BRINCANDO NA NEVE CRIANÇAS INDÍGENAS DA ETNIA
Recentemente, o lugar é resgatado
NO CAZAQUISTÃO. FOTO DE 2019. GUARANI EM BERTIOGA, SÃO
na Geografia como conceito funda-
PAULO. FOTO DE 2021.
mental, passando a ser analisado de
• NO CADERNO, COPIEM E PREENCHAM O QUADRO forma mais abrangente. Lugar cons-
titui a dimensão da existência que se
A SEGUIR. manifesta através “de um cotidiano
compartido entre as mais diversas
PERGUNTA FOTO A FOTO B pessoas, firmas, instituições – coo-
peração e conflito são a base da vida
DO QUE AS em comum” (Milton Santos, 1997).
De escorregar na neve. De jogar peteca.
CRIANÇAS BRINCAM? Trata-se de um conceito que nos
remete a reflexão de nossa relação
ONDE ELAS No chão de terra, perto
Na neve. com o mundo. Para Milton Santos
BRINCAM? de algumas casas. (1997) resgatando Serres (1990),
esta relação era local-local, agora é
COMO ELAS Parecem felizes e se Parecem felizes e se local-global.
PARECEM SE SENTIR? divertindo. divertindo.
[…]
[…] o lugar pode também ser
3 VOCÊ JÁ BRINCOU EM LUGARES PARECIDOS COM trabalhado na perspectiva de um
OS LUGARES MOSTRADOS NAS FOTOS OBSERVADAS NAS mundo vivido, que leve em conta
outras dimensões do espaço geo-
ATIVIDADES ACIMA? Resposta pessoal. gráfico, conforme se refere Milton
Santos (1997), quais sejam os obje-
 SIM  NÃO
tos, as ações, a técnica, o tempo.
É nesta perspectiva que Milton
• SE AINDA NÃO BRINCOU, GOSTARIA DE BRINCAR? Santos (1997) se refere ao lugar,
Respostas pessoais. Ao responder às questões, os estudantes
POR QUÊ? vão perceber a existência de diferentes tipos de lugar e como o dizendo:
lugar pode influenciar a vida das pessoas. “no lugar, nosso próximo, se su-
4 EM CASA, EM UMA FOLHA DE PAPEL AVULSA, DESENHE
perpõe, dialeticamente ao eixo das
SEU LUGAR PREFERIDO DE BRINCAR. COLOQUE NO sucessões, que transmite os tempos
DESENHO O MAIOR NÚMERO DE ELEMENTOS POSSÍVEL. externos das escalas superiores e o
eixo dos tempos internos, que é o
DEPOIS, NA ESCOLA, MOSTRE O DESENHO AOS COLEGAS E eixo das coexistências, onde tudo se
DIGA POR QUE VOCÊ GOSTA DE BRINCAR NESSE LUGAR. funde, enlaçando definitivamente,
Desenho do estudante. as noções e as realidades de espaço
VINTE E NOVE 29 e tempo.”
Resulta daqui sua visão de mun-
do vivido local-global. Para o autor,
y Atividade 2: Se possível, utilize um pla-
AJ_CH2_PNLD23_C02_020a033_LA.indd 29 deira. Estimule a análise dos estudantes
7/9/21 9:48 AM o lugar expressa relações de ordem
nisfério ou globo terrestre para mostrar no sentido de evidenciar como as condi- objetiva em articulação com rela-
APOIO DIDÁTICO

aos estudantes onde se localiza o Casa- ções naturais impactam nas possibilida- ções subjetivas, relações verticais
quistão e compare com a localização do des de brincar. resultado do poder hegemônico,
Brasil. Se julgar conveniente, deixe que
eles explorem o planifério e desenvol- y Atividade 4: O estudante poderá fazer o imbricadas com relações horizon-
vam a curiosidade sobre a distribuição
desenho do lugar que citou na questão tais de coexistência e resistência.
dos países ao redor da Terra. Se neces- da abertura do capítulo. Ao representar Daí a força do lugar no contexto
sário, oriente-os a reproduzir e a preen- componentes da paisagem de um dos atual da Geografia.
cher a tabela no caderno. seus lugares de vivência, pode-se traba- […]
y Atividade 3: Nessa atividade, espera-se lhar a habilidade EF02GE08. Depois das
apresentações, se achar proveitoso, ex- Suertegaray, Dirce Maria Antunes. Espaço
que os estudantes percebam como os geográfico uno e múltiplo. Scripta Nova
diferentes lugares podem influenciar o ponha os desenhos dos estudantes no – Revista electrónica de Geografía y
surgimento de diversos tipos de brinca- mural da sala de aula. Ciencias Sociales, Barcelona, Universidad
de Barcelona, n. 93, jul. 2001. Disponível
em: http://www.ub.edu/geocrit/sn-93.
htm. Acesso em: 17 jul. 2021.

AJ_CH2_PNLD23_C02_020Aa033A_MP.indd 29 7/31/21 13:27


30 Capítulo 2 Os lugares de
brincar
PESSOAS E LUGARES
HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO PESSOAS E
LUGARES
» (EF02GE02) Comparar costu-
MANCALA, O JOGO DAS SEMENTES
mes e tradições de diferentes
populações inseridas no bairro
ou comunidade em que vive, re-
conhecendo a importância do VOCÊ JÁ PENSOU COMO SÃO AS BRINCADEIRAS DAS
respeito às diferenças.
CRIANÇAS QUE VIVEM EM OUTRAS PARTES DO MUNDO?
» (EF02GE04) Reconhecer seme-
lhanças e diferenças nos hábitos, VOCÊ JÁ PENSOU QUE
nas relações com a natureza e no

Oleksandr Tkachenko/Alamy/Fotoarena
modo de viver de pessoas em di- BRINCADEIRAS AS CRIANÇAS
ferentes lugares.
QUE VIVEM NA ÁFRICA
Para casa CONHECEM, POR EXEMPLO?

y Atividade 3: Por escrito, orien- A ÁFRICA É UM


te os responsáveis a escolher
uma brincadeira praticada em
CONTINENTE MUITO GRANDE
outro país. Peça a eles que auxi- E FORMADO POR MUITOS
liem os estudantes na busca em
livros, revistas e sites de descri- PAÍSES. NESSE CONTINENTE,
ções da brincadeira escolhida,
de acordo com o país. Como a SURGIRAM DIVERSOS TABULEIRO DE MANCALA, NA TANZÂNIA.
atividade continua na sala de FOTO DE 2020.
aula, com a apresentação das JOGOS E BRINCADEIRAS,
conclusões obtidas com a pes- ENTRE ELES A MANCALA.
quisa, incentive os responsáveis
a pedir aos estudantes que lhes AS PESSOAS JOGAM A MANCALA EM UM TABULEIRO DE
contem sobre o que aprenderam.
Se for necessário, ofereça um TRINTA CASAS, QUE PODE SER FEITO COM BURACOS NO CHÃO
modelo de ficha a ser preenchi-
da sobre a brincadeira, que con- OU UTILIZANDO CAIXAS DE OVOS.
tenha o nome, onde é praticada,
as principais regras e o objetivo SÃO NECESSÁRIOS DOIS JOGADORES PARA BRINCAR.
primordial.
E CADA UM DELES DEVE TER 12 SEMENTES. AS SEMENTES
PRECISAM SER DIFERENTES PARA CADA JOGADOR. POR
EXEMPLO, SE UM JOGA COM SEMENTES DE FEIJÃO, O OUTRO
PODE USAR SEMENTES DE MILHO.
A BRINCADEIRA TEM INÍCIO COM O TABULEIRO VAZIO.
CADA JOGADOR, NA SUA VEZ, COLOCA UMA SEMENTE EM
UMA CASA LIVRE OU DESLOCA UMA SEMENTE DE LUGAR.

30 TRINTA

Orientações didáticas y Chame a atenção deles para o con-


AJ_CH2_PNLD23_C02_020a033_LA.indd 30
y Peça aos estudantes que conversem 7/1/21 9:55 PM

tinente africano, formado por vários sobre as questões propostas.


y Antes de iniciar a apresentação e a dis-
APOIO DIDÁTICO

cussão da mancala, pergunte aos estu- países, entre os quais Gana e Uganda, y Atividades 1 e 2: Estimule os estudantes
dantes se eles conhecem algum tipo de dos quais vão conhecer um exemplo de a expressar seu entendimento sobre a
jogo que seja praticado em outro país brincadeira praticada pelas crianças e brincadeira e também o conhecimento
ou continente e se sabem as regras. também por adultos. que possam ter a respeito de brincadei-
Anote na lousa o que eles responderem. ras semelhantes que eles já conheciam.
y Em seguida, afixe um planisfério em um Roteiro de aula
local visível da sala de aula. Localize com y Atividade 3: Essa atividade possibilita
os estudantes o Brasil e mostre-lhes a
y Leia para os estudantes o texto da página, ampliar o repertório dos estudantes
que explica em que consiste a mancala. sobre brincadeiras ao redor do mundo.
região em que eles vivem. Depois, co-
mente sobre o grande número de paí- y Como o texto didático da seção é mais Se julgar necessário, proponha à turma
ses e que em em todos os continentes longo, se julgar apropriado, faça pau- a realização da atividade complemen-
vivem muitas pessoas, inclusive crianças sas ao longo da leitura para questionar tar, apresentada na coluna da direita,
como eles, que vão à escola e brincam, com os estudantes se eles estão com- também como forma de desenvolver e
de acordo com a cultura de cada lugar. preendendo o que está sendo lido. aprofundar a habilidade EF02GE04.

AJ_CH2_PNLD23_C02_020Aa033A_MP.indd 30 7/31/21 13:27


Os lugares de Capítulo 2 31
brincar
O OBJETIVO DO JOGO É RETIRAR TODAS AS SEMENTES
DO ADVERSÁRIO. PARA ISSO, O JOGADOR DEVE SALTAR Atividade complementar
SOBRE UMA SEMENTE DO OUTRO JOGADOR, SEGUINDO PARA y Com o intuito de ampliar o reper-
tório dos estudantes sobre os cos-
FRENTE OU PARA OS LADOS, E RETIRÁ-LA. tumes, as tradições e os hábitos
das pessoas de diferentes lugares,
além de aprofundar o entendi-
golero/iStock/Getty Images

mento sobre as relações sociais


entre as pessoas e o lugar, pro-
ponha uma atividade de pesqui-
sa. Em um planisfério afixado na
sala de aula, mostre aos estudan-
tes a localização dos continentes:
América (do Norte, Central e do
Sul), África, Europa, Ásia e Ocea-
nia. Depois, organize a turma em
sete grupos. Cada grupo deverá,
com o apoio dos responsáveis,
realizar uma pesquisa sobre brin-
cadeiras típicas dos países que
fazem parte desses continentes.
Você pode encontrar mais infor-
mações no site IBGE Educa do
Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, disponível em: https://
educa.ibge.gov.br/professores/
educaatividades/17600 -
brincadeiras- do - mundo. html
GRUPO DE PESSOAS JOGANDO MANCALA NO MALAUÍ. FOTO DE 2019.
(acesso em: 17 jul. 2021).
Os itens a serem pesquisados
são:
a) nome do jogo;
1 O QUE VOCÊ ACHOU DA MANCALA? b) continente e país onde é prati-
Resposta pessoal. cado;
2 VOCÊ CONHECE ALGUM JOGO PARECIDO COM ELA? c) número de jogadores;
SE SIM, QUAL? Respostas pessoais. d) materiais usados no jogo;
e) modo de jogar;
3 VOCÊ CONHECE BRINCADEIRAS DE OUTROS PAÍSES? f)  as regras do jogo.
Após a pesquisa, os grupos de-
A. EM CASO AFIRMATIVO, CONTE AOS COLEGAS E AO verão fazer a apresentação em
PROFESSOR O NOME DA BRINCADEIRA, COMO SE JOGA sala de aula e montar um painel
com imagens alusivas ao jogo
E EM QUE PAÍS ELA É PRATICADA. Resposta pessoal. pesquisado. Em seguida, peça
a eles que comparem as brinca-
B. SE NÃO CONHECE, COM O AUXÍLIO DE UM ADULTO, FAÇA deiras pesquisadas com as brin-
UMA PESQUISA EM LIVROS, REVISTAS OU NA INTERNET. cadeiras brasileiras regionais e
questione-os: “Há semelhanças
DEPOIS, CONTE À TURMA O QUE DESCOBRIU. e diferenças? Se sim, quais?”.
Atividade de pesquisa. Informe aos estudantes que a
influência entre culturas pode
gerar brincadeiras muito seme-
TRINTA E UM 31 lhantes, assim como o lugar e o
ambiente (com neve, gelo, areia,
água, etc.) dão origem a outras
AJ_CH2_PNLD23_C02_020a033_LA.indd 31 7/9/21 9:49 AM muito diferentes.
APOIO DIDÁTICO

AJ_CH2_PNLD23_C02_020Aa033A_MP.indd 31 7/31/21 13:27


32 Capítulo 2 Os lugares de
brincar
P RE
APRENDER SEM
HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF02GE04) Reconhecer seme- 1 LEIA COM O PROFESSOR O TRECHO DE POEMA SABER
lhanças e diferenças nos hábitos, SER
nas relações com a natureza e no A SEGUIR.
modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares.
[…]
» (EF02GE05) Analisar mudanças CRIANÇA TEM QUE TER NOME
e permanências, comparando
imagens de um mesmo lugar em CRIANÇA TEM QUE TER LAR
diferentes tempos. TER SAÚDE E NÃO TER FOME
» (EF02HI03) Selecionar situa- TER SEGURANÇA E ESTUDAR.
ções cotidianas que remetam à […]
percepção de mudança, perten-
cimento e memória. MAS CRIANÇA TAMBÉM TEM
O DIREITO DE SORRIR.
COMPONENTES ESSENCIAIS
CORRER NA BEIRA DO MAR,
PARA A ALFABETIZAÇÃO TER LÁPIS DE COLORIR...
» Compreensão de textos. […]
DESCER DO ESCORREGADOR,
» Consciência fonológica e fonêmica.
FAZER BOLHA DE SABÃO,
SABER Autoconsciência
SORVETE, SE FAZ CALOR,
SER
BRINCAR DE ADIVINHAÇÃO.

graphic-line/Shutterstock.com/ID/BR
y Atividade 1: Com a retomada
da discussão sobre direitos das MORANGO COM CHANTILLY,
crianças, a proposta é reforçar VER MÁGICO DE CARTOLA,
esse objeto de conhecimento
O CANTO DO BEM-TE-VI,
que está contextualizado no
âmbito do desenvolvimento BOLA, BOLA, BOLA, BOLA!
de competências socioemo- […]
cionais. Saber identificar os di-
reitos das crianças e os limites CARRINHO, JOGOS, BONECAS,
colocados pela constituição de MONTAR UM JOGO DE ARMAR,
normas é fundamental para a AMARELINHA, PETECAS,
vida comunitária.
E UMA CORDA DE PULAR.
RUTH ROCHA. OS DIREITOS DAS CRIANÇAS SEGUNDO RUTH ROCHA.
ILUSTRAÇÕES DE EDUARDO ROCHA. 2. ED. SÃO PAULO: SALAMANDRA, 2014. P. 6, 12, 16, 18 E 22.

A. CONTORNE NO POEMA OS DIREITOS DA CRIANÇA


CITADOS PELA AUTORA.
As respostas estão sublinhadas no texto.
B. AGORA, EXPLIQUE POR QUE O DIREITO DE BRINCAR
É IMPORTANTE. Porque o ato de brincar auxilia no desenvolvimento emocional das
crianças, ajudando-as a lidar com conflitos, a aprender novidades, a
respeitar regras, a fazer amigos e a desenvolver o corpo e a mente.
32 TRINTA E DOIS

Orientações didáticas y A proposta de analisar a passagem do


AJ_CH2_PNLD23_C02_020a033_LA.indd 32 de. Depois, oriente-os a responder às 7/2/21 9:27 AM

tempo, marcada pelas transformações atividades.


y Essa seção retoma alguns elementos
APOIO DIDÁTICO

trabalhados ao longo do capítulo, im- registradas nas fotografias, permite o y Atividade 1: Aproveite a atividade do
portantes para dar continuidade ao desenvolvimento do raciocínio geo- item a para valorizar e reforçar para os
processo de aprendizagem, pois atuam gráfico, especialmente no que tange estudantes o que é direito deles e que
como pré-requisitos. ao princípio de ordem, pois as fotogra- não pode nem deve lhes ser negado. No
y Aproveite o momento de trabalho com fias de um mesmo lugar em momentos item b, comente com eles que o direi-
essa seção para analisar e avaliar a históricos distintos evidenciam como o to de brincar é importante porque é na
apreensão dos objetos de conhecimen- espaço é estruturado socialmente, se- brincadeira que a criança se desenvolve
to e o impacto das discussões na con- gundo as regras de cada sociedade. como pessoa, cidadão e ser humano,
figuração das competências socioemo- além de desenvolver o raciocínio lógico
cionais dos estudantes. Roteiro de aula e a criatividade, aprender a se comunicar
y A apresentação de um poema um pou- y Leia com os estudantes o trecho do e a viver em sociedade com base em um
co mais longo favorece a consolidação poema. Se julgar pertinente, trabalhe conjunto de regras definidas.
de aspectos fundamentais para a alfa- habilidades de Língua Portuguesa, pe- y Atividade 2: Com essa atividade, os
betização, especiamente relacionados dindo a eles que leiam o poema em voz estudantes devem reconhecer que a
à compreensão de textos. alta, observando as rimas e a sonorida- brincadeira corre-cutia também existe

AJ_CH2_PNLD23_C02_020Aa033A_MP.indd 32 7/31/21 13:27


Os lugares de Capítulo 2 33
ANTOAKYIRE brincar
2 ESTA ILUSTRAÇÃO

Suryara Bernardi/ID/BR
MOSTRA UMA
Atividade complementar
BRINCADEIRA DE GANA, UM y Para ampliar a análise feita na ati-
PAÍS DA ÁFRICA. LEIA COM O vidade 3, solicite aos estudantes
que pesquisem na internet, em
PROFESSOR O NOME DESSA jornais, revistas e livros, com o au-
BRINCADEIRA. xílio de familiares ou responsáveis,
imagens de um mesmo lugar, em
• NO BRASIL, COMO A BRINCADEIRA PARECIDA COM O diferentes momentos históricos
(passado e presente). Eles deve-
ANTOAKYIRE É CONHECIDA? rão fazer uma análise dessas fotos
de acordo com o roteiro a seguir.
 PEGA-PEGA X  CORRE-CUTIA a) Identificar o local da imagem.
b) Descrever as características do
3 LEIA O TEXTO A SEGUIR COM O PROFESSOR. DEPOIS, local no momento mais antigo.
c) Descrever as características do
COMPARE AS FOTOS E FAÇA O QUE SE PEDE.
local no momento mais recente.
d) Apontar as principais transfor-
NO ANTIGO ITAIM BIBI PODÍAMOS EXPLORAR OS mações apresentadas no local.
CAMINHOS, FREQUENTAR AS CASAS E OS QUINTAIS DOS e) Apontar se o local representa-
do poderia ser utilizado para
AMIGOS E VIZINHOS, BRINCAR NA RUA, SUBIR EM ÁRVORES, brincadeiras infantis ou de rua,
DESCOBRIR A IMAGINAÇÃO […]. tanto no passado como no mo-
mento atual.
NEREIDE S. SANTA ROSA. ITAIM BIBI: MEU BAIRRO, MINHA HISTÓRIA. EM: JAILSON LIMA
DA SILVA (ORG.). CONCURSO LITERÁRIO: HISTÓRIA DO MEU BAIRRO, HISTÓRIA DO MEU Por fim, peça aos estudantes
MUNICÍPIO. SÃO PAULO: ARTE & CIÊNCIA, 2006. P. 116. que apresentem a pesquisa aos
colegas.
Uma sugestão de site para a rea-
Arquivo/Folhapress

Box Lab/Shutterstock.com/ID/BR
X lização dessa atividade comple-
mentar é o IBGE@Cidades, dis-
ponível em: https://cidades.ibge.
gov.br (acesso em: 17 jul. 2021).
Encontram-se nesse site diversas
informações sobre todos os muni-
cípios brasileiros. Na aba “História
e fotos”, é disponibilizada uma lis-
ta de fotografias antigas da cida-
BAIRRO DO ITAIM BIBI, NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, EM DUAS ÉPOCAS de brasileira selecionada.
DIFERENTES. À ESQUERDA, RUA HELOÍSA, EM 1951. À DIREITA, AVENIDA
BRIGADEIRO FARIA LIMA, EM 2019.

A. MARQUE COM UM X A FOTO QUE RETRATA O ITAIM BIBI NA


ÉPOCA EM QUE A AUTORA MOROU NO BAIRRO.

B. OBSERVE A FOTO DO ITAIM BIBI DE 2019. O JEITO DE


BRINCAR DESCRITO NO TEXTO SERIA POSSÍVEL HOJE
NESSE LUGAR? POR QUÊ?
Respostas pessoais.
TRINTA E TRÊS 33

em Gana, ainda que receba um nome


AJ_CH2_PNLD23_C02_020a033_LA.indd 33 EF02GE05. Se necessário, peça-lhes que 7/1/21 9:55 PM

diferente. Desse modo, é uma oportuni- indiquem os trechos do texto que com-
APOIO DIDÁTICO

dade de aprofundamento da habilidade provam suas respostas, confrontando-os


EF02GE04. com a primeira foto.
y Antes de solicitar aos estudantes que y Atividade 3b: Espera-se que os estudan-
respondam à atividade 3, leia para eles tes concluam que, do jeito que o bairro
o pequeno texto sobre o bairro do Itaim está atualmente, não seria possível brin-
car do mesmo modo descrito no texto.
Bibi e peça-lhes que descrevam e anali-
O bairro perdeu algumas características
sem as duas fotografias.
antigas: as ruas foram asfaltadas e torna-
y Atividade 3a: Ao analisar as imagens, dis- ram-se muito mais movimentadas, e as
tinguindo qual delas retrata o bairro no árvores deram lugar a mais construções.
passado e qual é a mais recente, os estu- Essas transformações não permitem que
dantes estarão adquirindo pré-requisitos as crianças continuem brincando da for-
para o desenvolvimento da habilidade ma descrita no texto.

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33A Conclusão do capítulo 2

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 2
Sugestões para a avaliação formativa
1. O capítulo 2, cujo título é “Os lugares de brincar”, apresenta diferentes brincadeiras em diversos lugares do
Brasil e do mundo. A proposta do capítulo é abordar as brincadeiras como formas de sociabilidade relacio-
nadas ao contexto de cada lugar, considerando a cultura e as condições naturais que delimitam a paisagem.
2. Nesse viés, o trabalho com objetos de conhecimento que destacam a importância das regras para a or-
ganização da sociedade evidencia que o bom funcionamento coletivo depende do respeito às normas. A
brincadeira, assim, é mobilizada como pano de fundo a partir do qual é possível desenvolver uma série de
competências essenciais para o convívio em comunidade.
3. Além da referência à importância das regras, a discussão sobre a consolidação dos direitos das crianças é
destacada em alguns momentos do capítulo, como na atividade 1 da seção Aprender sempre.
4. Como já explicitado, a seção Aprender sempre cumpre o objetivo de sistematizar os principais objetos de
conhecimento abordados ao longo do capítulo, assim como avaliar e qualificar o processo de aprendizagem
dos estudantes.
5. Na atividade 1, pode-se apreender como os estudantes compreenderam a perspectiva dos direitos das crian-
ças, com especial enfoque no direito de brincar. É importante avaliar se eles são capazes de reconhecer o
que está implicado nesse direito, que garante melhores condições de desenvolvimento emocional, corporal e
intelectual, bem como formas de inserção da criança na coletividade, por meio do respeito às regras.
6. Essa atividade é estratégica para avaliar o desenvolvimento e a assimilação das competências socioemocio-
nais e da compreensão de textos.
7. A habilidade EF02GE04 é retomada na atividade 2, que avalia se os estudantes são capazes de reconhecer,
embora nomeadas de forma diferente, a semelhança entre a brincadeira antoakyire, praticada em Gana, e a
brincadeira corre-cutia, muito comum no Brasil.
8. A atividade 3 propõe a análise comparativa de duas fotografias do mesmo contexto em momentos históricos
diferentes, retomando a habilidade EF02GE05. Com essa atividade, é possível avaliar alguns pontos funda-
mentais da aprendizagem, como análise de imagens e comparação, contextualização e percepção da passa-
gem do tempo. Esses conhecimentos podem ser sintetizados por meio da seguinte questão: Os estudantes
conseguem extrair da análise das imagens mudanças e permanências que indicam a passagem do tempo?
9. Se, ao realizar essa atividade, os estudantes forem capazes de perceber as mudanças por meio da análise
de situações cotidianas, como a possibilidade ou não de brincar nos lugares retratados nas fotos, é possível
concluir que, por ora, estão consolidados aspectos inerentes à habilidade EF02HI03.

Atividade de remediação
• Atividade 1: Se após a realização das atividades da seção Aprender sempre forem identificados pontos pen-
dentes em relação à consolidação das habilidades EF02GE05 e EF02HI03, sugira uma atividade que estimule
os estudantes a reconhecer, nos seus lugares de vivência, permanências e mudanças nos hábitos, nos lugares
ou nas paisagens.
• Solicite aos estudantes que procurem, em casa e auxiliados por membros mais velhos da família, uma foto-
grafia que registre um lugar do município onde moram. Peça que escolham, se possível, uma fotografia tirada
há pelo menos dez anos.
• Após a escolha da fotografia, acompanhados pelos responsáveis, os estudantes devem ir ao lugar registrado
para tirar uma nova foto no mesmo ângulo em que a foto selecionada foi tirada.
• Oriente os estudantes a levar as duas fotografias para a sala de aula. Eles deverão apresentar o lugar onde
elas foram tiradas e compartilhar com os colegas as mudanças e as permanências observadas nos registros
de dois períodos históricos diversos, indicando as transformações dos acontecimentos e dos hábitos que se
desenrolavam no lugar retratado, comparando-os com o que acontecia no local no período em que a primeira
fotografia foi tirada.
• Permita que os estudantes se expressem livremente e, se julgar conveniente, reserve um período da aula para
o compartilhamento e a discussão com eles.

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Todos temos história Capítulo 3 34A

CAPÍTULO 3 TODOS TEMOS HISTÓRIA

Objetivos pedagógicos
1. Apresentar o ofício do historiador e a importância da 4. Conceituar história de vida e apresentar a compreensão
História e das fontes e dos documentos históricos. cronológica dos acontecimentos, organizados na lógica
2. Relacionar o estudo da História à observação das transfor- da linha do tempo.
mações que marcam as sociedades ao longo do tempo e 5. Problematizar o fato de que nem todos os acontecimen-
que podem ser evidenciadas nos diferentes tipos de regis- tos da vida pessoal ganham destaque na composição das
tro, como fotografias, documentos e objetos. histórias de vida.
3. Apresentar os instrumentos e as formas de medição do 6. Discutir os significados dos objetos e dos documentos
tempo utilizados no passado e na contemporaneidade, pessoais como fontes de memórias e de histórias do in-
oferecendo oportunidade para que os estudantes apren- divíduo, dos grupos aos quais ele pertence e de toda a
dam como manuseá-los no cotidiano. comunidade.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


O título deste capítulo – “Todos temos história” – é bastan- e o presente, suscitados pela observação e pela análise de
te elucidativo dos objetos de conhecimento propostos para a fotografias de contextos histórico-sociais diferentes, assim
compreensão da história, como área de conhecimento e como como pela identificação de hábitos e objetos que foram se
registro da passagem do tempo no âmbito individual, familiar
transformando no decorrer do tempo.
e comunitário. Fundamentados no fio condutor que relaciona
lembrança, registro e formas de medição do tempo, as abor- Para atingir os objetivos do capítulo, são apresentados
dagens propostas incentivam os estudantes a se reconhecer instrumentos de medição do tempo (calendário, ampulheta,
no mundo como sujeitos históricos. relógio e relógio de sol) e formas de registrar os aconteci-
O intuito do capítulo é problematizar a passagem do mentos que marcam a história, especialmente pela análise
tempo por meio de enfoques comparativos entre o passado da construção de linhas do tempo.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 6, 7, 8 e 9

Competências específicas de Ciências Humanas para o


1, 2, 4, 5, 6 e 7
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


2e3
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


2, 4, 5, e 6
Fundamental

Habilidades de Geografia EF02GE04, EF02GE05, EF02GE06 e EF02GE08

EF02HI02, EF02HI03, EF02HI04, EF02HI05,


Habilidades de História EF02HI06, EF02HI07, EF02HI08, EF02HI09 e
EF02HI10

AJ_CH2_PNLD23_C03_034Aa045A_MP.indd 34 8/2/21 11:48


34 Capítulo 3 Todos temos história

Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo


HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF02GE08) Identificar e ela-
borar diferentes formas de re-
presentação (desenhos, mapas
mentais, maquetes) para repre-
sentar componentes da paisa-
gem dos lugares de vivência.
» (EF02HI03) Selecionar situa-
ções cotidianas que remetam à
percepção de mudança, perten-
cimento e memória.
» (EF02HI04) Selecionar e com-
preender o significado de ob-
jetos e documentos pessoais
como fontes de memórias e his-
tórias nos âmbitos pessoal, fami-
liar, escolar e comunitário.
» (EF02HI09) Identificar objetos e
documentos pessoais que reme-
tam à própria experiência no âm-
bito da família e/ou da comuni-
dade, discutindo as razões pelas
quais alguns objetos são preser-
vados e outros são descartados.

34

Orientações didáticas discussão permite acessar os conheci-


AJ_CH2_PNLD23_C03_034a045_LA.indd 34 que podem ser compartilhados no gru- 7/2/21 8:36 AM

yA abertura do capítulo propõe uma mentos prévios dos estudantes relati- po para possibilitar a fala de todos.
APOIO DIDÁTICO

discussão que inter-relaciona alguns vos ao tema. y Após essa discussão inicial, oriente os
objetos de conhecimento inerentes à estudantes a analisar e a descrever a
Roteiro de aula
percepção do ser no mundo. fotografia da página de abertura do
y Compreender que a passagem do tem-
y Inicie o estudo do capítulo com a leitura capítulo, destacando o que está acon-
do texto didático e, se achar convenien- tecendo e quem/como são as pessoas
po, na perspectiva do indivíduo, remete te, faça uma sondagem sobre os co-
à história de vida é um ponto de desta- na fotografia.
nhecimentos prévios dos estudantes a
que fundamental para o capítulo. respeito do conceito de história de vida. y Leia cada uma das propostas de ativi-
y O trabalho com o conceito de memó- y Questione os estudantes acerca de mo-
dade e organize as respostas das ati-
ria pode ser iniciado com a referência mentos já vivenciados por eles e que vidades 1 e 2 de maneira que todas as
à noção de lembrança, que implica a contam um pouco da história de vida observações dos estudantes sejam le-
discussão sobre as formas de registro de cada um. vadas em consideração.
dessa manifestação da memória que, y Permita que os estudantes se expres- y Atividade 1: Além da descrição da lem-
ao mesmo tempo, é individual e cole- sem livremente, mas, se julgar necessá- brança registrada na fotografia, incen-
tiva. Incitar, introdutoriamente, essa rio, especifique o máximo de momentos tive os estudantes a identificar a forma

AJ_CH2_PNLD23_C03_034Aa045A_MP.indd 34 7/31/21 13:26


Todos temos história Capítulo 3 35
1. Trata-se da lembrança de um momento de lazer, provavelmente
entre amigos ou parentes. Ela foi registrada em uma fotografia.

SABER Autoconsciência
UL
APÍT O
TODOS TEMOS

3
SER

C y Atividade 3: Em trios, os es-


tudantes deverão identificar

HISTÓRIA algum momento que tenham


compartilhado com os cole-
gas para representar no de-
senho. Lembrar do momento
DESDE QUE NASCEU, VOCÊ em que o fato aconteceu, em
qualquer tempo no passado,
JÁ VIVEU MUITOS MOMENTOS. favorece o desenvolvimento
TUDO O QUE VOCÊ APRENDEU de competências associadas
ao ser no mundo. É impor-
ATÉ AGORA FAZ PARTE DA tante que os estudantes se
percebam como indivíduos
SUA HISTÓRIA DE VIDA. ESSA e, ao mesmo tempo, como
HISTÓRIA PODE SER CONHECIDA componentes de grupos com
pessoas diversas, com as
DE DIVERSAS FORMAS. quais deve se relacionar com
empatia e respeito.
PARA COMEÇO DE CONVERSA
1 QUE LEMBRANÇA ESTÁ
SENDO RETRATADA
NESSA IMAGEM? COMO ESSE
MOMENTO FOI REGISTRADO?

2 COMO AS LEMBRANÇAS
AJUDAM A CONTAR A
HISTÓRIA DE ALGUÉM?
Resposta pessoal.
3 COM DOIS COLEGAS DE
TURMA, ESCOLHA UM SABER
SER
MOMENTO QUE VOCÊS
VIVERAM JUNTOS E FAÇA
UM DESENHO QUE
REPRESENTE ESSA
LEMBRANÇA. Resposta pessoal e
desenho do estudante.

CRIANÇAS INDÍGENAS DA ETNIA


GUARANI MBYA BRINCANDO EM UM RIO
EM SÃO PAULO, 2017.

TRINTA E CINCO 35

de registro dessa lembrança. Trabalhe a


AJ_CH2_PNLD23_C03_034a045_LA.indd 35 com base no contexto da história 7/2/21
de 8:36 AM

atividade com os estudantes de modo vida de cada indivíduo.


APOIO DIDÁTICO

que eles compreendam que uma foto- y Atividade 3: Em trios, os estudantes


grafia registra um acontecimento do devem ser motivados a registrar, por
passado e, por isso, refere-se a uma meio de um desenho, um momento
lembrança. vivenciado com os colegas. Como a
y Atividade 2: Contar a história de alguém fotografia já foi apresentada nas ques-
ou, inclusive, a própria história implica tões anteriores como uma das formas
revisitar lembranças. As lembranças, de registrar as lembranças, apresentar
por sua vez, configuram-se como mo- outras formas de registro também é im-
mentos vivenciados no passado e é im- portante.
portante para compreender a vida de y Além de estimular o exercício de resgate
cada indivíduo. Essa conexão entre pas- das lembranças, essa atividade permite
sagem do tempo, registro dessa passa- a retomada de objetos de conhecimento
gem, lembranças e, se possível, memó- abordados no capítulo 1 deste volume,
ria pode ser mais facilmente trabalhada intitulado “Os outros e eu”.

AJ_CH2_PNLD23_C03_034Aa045A_MP.indd 35 7/31/21 13:26


36 Capítulo 3 Todos temos história
O ESTUDO DA HISTÓRIA
HABILIDADES DESENVOLVIDAS OBSERVE A SALA DE AULA ONDE VOCÊ ESTÁ. NOTE COMO
NO TEMA “O ESTUDO
DA HISTÓRIA” AS MESAS ESTÃO ORGANIZADAS, QUEM DÁ AS AULAS, QUE
» (EF02GE04) Reconhecer seme- TIPO DE ROUPA VOCÊ E OS COLEGAS USAM.
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no HÁ CERCA DE CEM ANOS, AS ESCOLAS ERAM BEM
modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares.
DIFERENTES DAS ESCOLAS ATUAIS.
» (EF02GE05) Analisar mudanças OBSERVE ESTA FOTO E VEJA AS PISTAS QUE ELA FORNECE
e permanências, comparando
imagens de um mesmo lugar em
SOBRE UM DOS 

Museu Afro Digital do Mato Grosso, Cuiabá/Museu da Imagem e do Som, Rio de Janeiro.
diferentes tempos. TIPOS DE SALA DE
» (EF02HI02) Identificar e descre- AULA DO PASSADO.
ver práticas e papéis sociais que
as pessoas exercem em diferen-
tes comunidades.
» (EF02HI03) Selecionar situa-
ções cotidianas que remetam à
percepção de mudança, perten-
cimento e memória.
SALA DE AULA DA ESCOLA
» (EF02HI10) Identificar diferen-
JOSÉ PEDRO VARELA,
tes formas de trabalho existen-
NO MUNICÍPIO DO
tes na comunidade em que vive,
seus significados, suas especifi- RIO DE JANEIRO,
cidades e importância. POR VOLTA DE 1923.

1 AGORA, RESPONDA ÀS QUESTÕES SOBRE A FOTO.


COMPONENTES ESSENCIAIS
PARA A ALFABETIZAÇÃO A. O QUE MAIS CHAMOU SUA ATENÇÃO NELA?
Resposta pessoal.
» Conhecimento alfabético. B. QUE SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS  VOCÊ PERCEBE
» Produção de escrita. ENTRE A SALA DE AULA DA FOTO E A SUA SALA DE AULA?
Resposta pessoal.
2 COMPLETE AS FRASES COM UMA DAS INFORMAÇÕES
APRESENTADAS NOS QUADROS ABAIXO.

A. A SALA DE AULA DA FOTO ERA só de meninas .

MISTA SÓ DE MENINOS SÓ DE MENINAS

B. AS MESAS ESTÃO ORGANIZADAS EM fileiras .

CÍRCULO TRIÂNGULO FILEIRAS

36 TRINTA E SEIS

Orientações didáticas de identificação de mudanças e perma-


AJ_CH2_PNLD23_C03_034a045_LA.indd 36 y Comente que, no caso das escolas, nem 7/2/21 8:36 AM AJ_C

y Identificar rupturas e continuidades nências é fundamental para a assimila- sempre elas foram como são atual-
APOIO DIDÁTICO

com base na análise de diferentes do- ção dos aspectos relativos à passagem mente e, com certeza, modificaram-
cumentos históricos, incluindo objetos do tempo, marcada pelas transforma- -se, ao longo do tempo, em relação à
e memórias, é uma das principais atitu- ções sócio-históricas. Para o desenvolvi- estrutura, à organização e à maneira de
des do historiador. mento dessa proposta, se julgar conve- ensinar. Esses temas serão retomados
y Para aprofundar o diálogo sobre a im- niente, são dadas algumas orientações e aprofundados não só neste volume,
portância das transformações e das relativas à formação dos estudantes mas em toda a coleção. O texto repro-
permanências dos costumes para a antes do direcionamento das atividades. duzido na página seguinte deste ma-
análise histórica e historiográfica, leia y Converse com os estudantes sobre um nual aborda esse tipo de reflexão sobre
o texto reproduzido na página seguinte dos principais focos da análise históri- o estudo da História.
deste manual. ca, que é a compreensão de como as
Roteiro de aula
y A discussão proposta na página do Livro instituições, os costumes, as formas de
do Estudante, que trata da sala de aula vida, as organizações sociais, etc., que, y Se optar pelo aprofundamento da dis-
do passado, pode ser ampliada e apro- muitas vezes, parecem ter sido sempre cussão proposta nesse tema, solicite
fundada a partir do contexto vivenciado assim, na verdade são construções his- aos estudantes que observem a sala de
pelos estudantes na escola. O processo tóricas e culturais. aula onde estudam e façam uma descri-

AJ_CH2_PNLD23_C03_034Aa045A_MP.indd 36 7/31/21 13:26


Todos temos história Capítulo 3 37
HISTÓRIA E HISTORIADOR
ESTUDAR O PASSADO, OBSERVANDO O QUE MUDOU E
Do ponto de vista histórico, o
TAMBÉM O QUE SE MANTEVE AO LONGO DO  TEMPO, NOS termo ruptura pode ser entendido
AJUDA A ENTENDER O PRESENTE. como mudanças e transformações
que se dão de maneira abrupta ou
POR EXEMPLO, PARA COMPREENDER MELHOR AS ESCOLAS por processo mais longo. São as mo-
ATUAIS, PROCURAMOS SABER O QUE MUDOU E O QUE dificações que podemos observar
com relação ao passado, tanto do
PERMANECEU NELAS AO LONGO DOS ANOS. ponto de vista macro (questões po-
ESSE É O  TRABALHO DO HISTORIADOR. ELE É O líticas, econômicas, religiosas, etc.)
como do micro (modos de vida, pa-
PROFISSIONAL QUE PESQUISA E ANALISA AS SOCIEDADES DE drões de consumo, costumes, etc.).
DIFERENTES ÉPOCAS E LUGARES, ESTUDANDO AS DIVERSAS Ou seja, as rupturas na História são
os aspectos que findam ou que se
PISTAS DEIXADAS POR ESSAS SOCIEDADES. modificam radicalmente ao longo
de determinado período. […]
3 OBSERVE ESTAS IMAGENS.
Continuidades são aspectos,
usos, costumes, formas de viver e

Coleção particular. Fotografia: Bridgeman Images/Easypix


Adriano Kirihara/Pulsar Imagens

A B governar, atividades econômicas,


etc. que se constituíram no pas-
sado, mas continuam existindo
por determinado período de tem-
po, muitas vezes até o momento
presente.
Com relação às continuidades,
que podemos perceber em nosso
CRIANÇAS BRINCANDO NA PRAIA RAMSAY R. REINAGLE. CRIANÇAS dia a dia, é possível afirmarmos que
EM BALNEÁRIO CAMBORIÚ, SANTA BRINCANDO NA PRAIA, 1830. se certos hábitos e costumes duram
CATARINA. FOTO DE 2020. ÓLEO SOBRE TELA. longos períodos e existem até hoje
(com ou sem algumas modifica-
• PINTE DE AMARELO A FRASE CORRETA. ções) é porque, provavelmente,
A primeira frase é a correta.
ainda possuem utilidade e sentido
para nós no presente.
AS DUAS IMAGENS RETRATAM CRIANÇAS NA PRAIA.
Zucchi , Bianca B. O ensino de
História nos anos iniciais do Ensino
Fundamental: teoria, conceitos e uso de
AS DUAS IMAGENS SÃO DA MESMA ÉPOCA. fontes. São Paulo: SM, 2012. p. 77-79.

A IMAGEM B RETRATA A ÉPOCA MAIS ATUAL.

4 QUE PISTAS VOCÊ USOU PARA IDENTIFICAR A FRASE


CORRETA? Resposta pessoal.

TRINTA E SETE 37

36 AM ção dela, respondendo, entre outras, às


AJ_CH2_PNLD23_C03_034a045_LA.indd 37 identificar, previamente, o perfil de pro-
7/9/21 situações semelhantes em épocas di-
10:35 AM

perguntas: “Quais são os principais ele- fessores e estudantes no passado e no ferentes. O objetivo é fazer um levan-
APOIO DIDÁTICO
mentos da sala de aula?”; “Como ela está presente. Além disso, eles continuarão tamento inicial sobre as mudanças e
organizada?”; “As pessoas representadas o trabalho iniciado na abertura ao per- as permanências que caracterizam o
na fotografia apresentam alguma carac- ceber que seus objetos cotidianos e os processo histórico, de forma coletiva e
terística que chama a atenção de vocês?”. lugares que costumam frequentar têm oral. Após fazer a leitura das legendas
Deixe que os estudantes expressem suas uma função e podem ser historicizados das imagens, peça aos estudantes que
opiniões e suas análises livremente. a partir do recorte da lembrança. descrevam e comparem oralmente as
y Atividade 1: Faça uma análise conjunta y Atividade 2: Essa atividade, além de representações, incluindo, nessa obser-
da fotografia, pedindo aos estudantes envolver a compreensão da imagem, vação, elementos como suporte, perso-
que identifiquem elementos comuns e permite trabalhar habilidades de litera- nagens, atividades e paisagem. Por fim,
diferentes entre a sala representada na cia, principalmente relacionadas à pro- peça-lhes que mencionem os aspectos
foto e a sala de aula onde estudam. dução escrita e ao desenvolvimento de que indicam se tratar de imagens de
y Essa comparação permitirá aos estu- vocabulário. épocas distintas. Como exemplo, po-
dantes evidenciar mudanças e perma- y Atividades 3 e 4: Os estudantes devem dem ser citadas as roupas e até mesmo
nências no ambiente escolar, além de perceber que as imagens representam a data indicada nas legendas.

AJ_CH2_PNLD23_C03_034Aa045A_MP.indd 37 7/31/21 13:26


38 Capítulo 3 Todos temos história
MEDINDO O TEMPO
HABILIDADES DESENVOLVIDAS PARA MARCAR AS HORAS OU SABER QUANTO TEMPO
NO TEMA “MEDINDO O
TEMPO” FALTA PARA TERMINAR A AULA, USAMOS O RELÓGIO.
» (EF02GE06) Relacionar o dia e MAS, ANTES DA INVENÇÃO DO RELÓGIO, COMO ERA POSSÍVEL
a noite a diferentes tipos de ati- ACOMPANHAR A PASSAGEM DO TEMPO?
vidades sociais (horário escolar,
comercial, sono etc.). OBSERVANDO A NATUREZA, AS PESSOAS ENCONTRARAM
» (EF02HI03) Selecionar situa- MANEIRAS DE MARCAR A PASSAGEM DO TEMPO.
ções cotidianas que remetam à
percepção de mudança, perten- ELAS COMEÇARAM A OBSERVAR A POSIÇÃO DO SOL, AS
cimento e memória.
APARÊNCIAS DA LUA, A MUDANÇA DA PAISAGEM EM ÉPOCAS
» (EF02HI06) Identificar e organi-
zar, temporalmente, fatos da vida DE CALOR OU FRIO, ETC.
cotidiana, usando noções relacio-
nadas ao tempo (antes, durante, DEPOIS, DIVERSOS POVOS INVENTARAM INSTRUMENTOS
ao mesmo tempo e depois). PARA MEDIR A PASSAGEM DO TEMPO. VEJA ALGUMAS
» (EF02HI07) Identificar e utilizar DESSAS INVENÇÕES.
diferentes marcadores do tempo
presentes na comunidade, como

Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo


relógio e calendário.

Brand x Pictures/ID/BR
Atividade complementar
y Se julgar interessante e houver
possibilidade, construa com os
estudantes um relógio de sol em
alguma área ao ar livre da escola.
Para isso, você pode consultar a
indicação de site no boxe Para
complementar.

Para complementar

Como fazer um relógio de sol?


Disponível em: http://gaiaufvjm.
blogspot.com/2013/02/como-
AMPULHETA. MEDE
fazer-um-relogio-de-sol.html.
Acesso em: 17 maio 2021. CURTOS PERÍODOS DE RELÓGIO DE SOL. A LUZ DO SOL BATE NA
Confira, nesse link, do projeto TEMPO, INDICADOS PELA HASTE E PROJETA UMA SOMBRA QUE
Gaia, uma iniciativa conjunta da PASSAGEM DA AREIA DE INDICA A HORA DO DIA. O RELÓGIO DA
Universidade de Minas Gerais UM LADO PARA O OUTRO FOTO SE ENCONTRA EM BRASÍLIA, DISTRITO
(UFMG) e da Universidade Fede- DO RECIPIENTE. FEDERAL. FOTO DE 2019.
ral dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri (UFVJM), o passo a passo 1 EM UM DIA NUBLADO, É POSSÍVEL SABER AS HORAS
para a construção de um relógio
de sol feito de garrafa PET. UTILIZANDO UM RELÓGIO DE SOL? POR QUÊ?
Dificilmente, pois não há a luz do Sol para projetar a sombra da haste.
2 COMO VOCÊ MARCARIA O TEMPO SEM USAR O RELÓGIO?
Resposta pessoal.
38 TRINTA E OITO

Orientações didáticas pergunte se o tempo de recreio parece


AJ_CH2_PNLD23_C03_034a045_LA.indd 38 atualmente, como o calendário judeu e 7/9/21 10:29 AM AJ_C

y Os passar rápido ou devagar. o calendário chinês. O  calendário cris-


APOIO DIDÁTICO

estudantes devem compreender


que o tempo e sua passagem são muito y Entretanto, explique também que os se- tão, também conhecido como calendá-
res humanos começaram a medir a pas- rio gregoriano, é o mais utilizado, mas
importantes para os historiadores estu-
sagem do tempo com base na obser- não é o único. Sobre a importância e o
darem a história.
vação de fenômenos naturais (dias processo de consolidação do calendá-
y Há muitas formas de medir a passagem e noites, estações do ano, época de rio gregoriano, leia o texto reproduzido
do tempo, e a percepção sobre esse fe- plantio e colheita, mudança das marés, na página seguinte deste manual.
nômeno nem sempre é a mesma, ou seja, etc.), principalmente pela necessidade y Ao longo dos volumes desta coleção,
ela é subjetiva. Para abordar o assunto, e sobrevivência. Posteriormente, ao os estudantes vão conhecer outros ti-
é possível perguntar aos estudantes, por longo de um processo histórico, foram pos de calendário e de organização
exemplo, se já passaram por alguma ex- inventados os relógios e os calendários, temporal. Partindo da base explorada
periência de esperar em uma fila e se, presentes até hoje em nosso cotidiano. aqui, eles poderão comparar as dife-
nesse caso, o tempo pareceu passar mais y Explique aos estudantes que exis- rentes formas de marcar o tempo, de
rápido ou mais devagar. Em contraponto, tem vários tipos de calendário em uso acordo com as que serão abordadas.

AJ_CH2_PNLD23_C03_034Aa045A_MP.indd 38 7/31/21 13:26


Todos temos história Capítulo 3 39
CALENDÁRIOS
OS CALENDÁRIOS FORAM INVENTADOS PARA ATENDER
No mundo ocidental europeu,
À NECESSIDADE DO SER HUMANO DE MARCAR A PASSAGEM o calendário solar serviu de base
DO TEMPO. para a constituição do calendário
gregoriano, sistematizado no ponti-
AO LONGO DA HISTÓRIA, DIVERSOS POVOS CRIARAM ficado de Gregório XIII (1582), o qual
CALENDÁRIOS DE ACORDO COM AS OBSERVAÇÕES QUE acabou se impondo aos demais, à
FAZIAM DA NATUREZA E COM OS ACONTECIMENTOS medida que o cristianismo esten-
deu seu poder internacionalmente.
IMPORTANTES PARA ELES. A Igreja católica acabou por impor
O CALENDÁRIO CRISTÃO, POR EXEMPLO, SE BASEIA seu calendário, e, segundo Le Goff,
esse domínio foi possível por ela
NAS OBSERVAÇÕES DO SOL E DA LUA. O ANO 1 DESSE ter conseguido abranger três di-
CALENDÁRIO É O ANO EM QUE SE CALCULA QUE TENHA mensões temporais: o tempo cícli-
NASCIDO JESUS CRISTO. co – o ano litúrgico, que possibilita
retomar os acontecimentos da fé,
OBSERVE O CALENDÁRIO A SEGUIR. como a Páscoa, o Natal, as festas em
homenagem aos santos de junho
(festas juninas); o tempo evolutivo –
a contagem dos anos com base na
referência antes e depois de Cristo; o
tempo salvacionista – o tempo fu-

Bartkowski/Shutterstock.com/ID/BR
turo da ressurreição após a morte,
o qual fundamenta a fé cristã e cria
valores na relação presente-futuro.
Bittencourt, Circe M. F. Ensino de
História: fundamentos e métodos. São
Paulo: Cortez, 2008. p. 205.

CALENDÁRIO DO ANO DE 2023.

3 PINTE AS SEGUINTES DATAS NO CALENDÁRIO, DE ACORDO


COM AS CORES ABAIXO. Resposta pessoal.
 DATA DE HOJE.      DATA DE SEU ANIVERSÁRIO.

TRINTA E NOVE 39

:29 AM Roteiro de aula


AJ_CH2_PNLD23_C03_034a045_LA.indd 39 y Atividade 1: Incentive os estudantes a y Leia 7/9/21 10:30 AM o texto didático referente aos
y Após realizar a leitura coletiva do tema refletir coletivamente sobre a questão calendários e explique à turma o que
APOIO DIDÁTICO
“Medindo o tempo”, peça aos estudan- até que eles cheguem ao consenso observar e como identificar as datas
sobre a dificuldade de se adotar o re- no calendário da página do Livro do
tes que observem os instrumentos de
lógio solar em dias nublados, dada a Estudante.
marcação de tempo representados na
importância do Sol para essa medição.
página do Livro do Estudante.
y Atividade 2: Os estudantes podem citar
y Atividade 3: Certifique-se de que os
y Pergunte aos estudantes quais dos ob-
os eventos de suas rotinas. Por exemplo,
estudantes identificaram as cores soli-
jetos eles reconhecem e, depois, leia as citadas e encontraram no calendário as
a hora de entrada na escola, o momento
legendas. em que os adultos saem para trabalhar datas solicitadas. Se julgar conveniente
y Ajude os estudantes a identificar vários ou chegam do trabalho, entre outros e a escola dispuser de impressora, reali-
objetos que podem ser usados para eventos do cotidiano, que podem ser no- ze a atividade proposta em um calendá-
medir o tempo: agendas, calendários, tados pelos estudantes e indicar um ho- rio do ano vigente (caso o ano não seja
relógios e cronômetros presentes nos rário sem, necessariamente, consultar um 2023), tornando a atividade ainda mais
celulares, ampulhetas, clepsidras, etc. relógio ou outro instrumento de medição. significativa para os estudantes.

AJ_CH2_PNLD23_C03_034Aa045A_MP.indd 39 7/31/21 13:26


40 Capítulo 3 Todos temos história
TEMPO E HISTÓRIA
HABILIDADES DESENVOLVIDAS PODEMOS PERCEBER TAMBÉM A PASSAGEM DO TEMPO
NO TEMA “TEMPO E
HISTÓRIA” PELOS FATOS E PELAS MUDANÇAS QUE ACONTECEM EM
» (EF02HI03) Selecionar situações NOSSA VIDA. OBSERVE AS FOTOS DE LUANA.
cotidianas que remetam à per-
cepção de mudança, pertenci-

michaeljung/iStock/Getty Images

andipantz/iStock/Getty Images
mento e memória.
» (EF02HI06) Identificar e orga-
nizar, temporalmente, fatos da
vida cotidiana, usando noções
relacionadas ao tempo (antes,
durante, ao mesmo tempo e de-
pois).
» (EF02HI07) Identificar e utilizar
diferentes marcadores do tempo
presentes na comunidade, como EM 2016, LUANA NASCEU. ALGUNS EM 2017, COM 1 ANO, LUANA
relógio e calendário. MESES DEPOIS, JÁ CONSEGUIA FICAR APRENDEU A ANDAR, MAS AINDA NÃO
SENTADA. FALAVA.
» (EF02HI08) Compilar histórias
da família e/ou da comunidade

skynesher/iStock/Getty Images

FatCamera/iStock/Getty Images
registradas em diferentes fontes.

EM 2020, AOS 4 ANOS, LUANA FOI EM 2023, LUANA TEM 7 ANOS. ELA
PARA A ESCOLA DE EDUCAÇÃO GOSTA MUITO DE JOGAR FUTEBOL
INFANTIL. PRIMEIRO DIA DE AULA! COM OS COLEGAS DA ESCOLA.

1 QUAIS EXPERIÊNCIAS DE LUANA FORAM REGISTRADAS


NESSAS FOTOS? VOCÊ JÁ PASSOU POR EXPERIÊNCIAS
PARECIDAS COM ESSAS? QUAIS?
Respostas pessoais.
PARA E
XPLORAR

AGORA, DE ALAIN SERRES. TRADUÇÃO DE MARCOS BAGNO. ILUSTRAÇÕES DE


OLIVIER TALLEC. EDIÇÕES SM (COLEÇÃO BARCO A VAPOR).
O LIVRO REÚNE UMA SÉRIE DE HISTÓRIAS SOBRE ACONTECIMENTOS DO
COTIDIANO E TRANSFORMAÇÕES QUE OCORREM AO LONGO DO TEMPO NA
VIDA DAS PESSOAS, SOB O PONTO DE VISTA DE UMA CRIANÇA.

40 QUARENTA

Orientações didáticas des, simultaneidades e posterioridades,


AJ_CH2_PNLD23_C03_034a045_LA.indd 40 sobre as possibilidades didáticas das 7/9/21 10:30 AM

y O conceito de tempo, principalmente o além de mudanças em suas histórias, de linhas do tempo no texto reproduzido
APOIO DIDÁTICO

de tempo histórico, é bastante abstrato. acordo com o evento relatado. na página seguinte deste manual. Nele,
Por isso, é importante possibilitar expe- y Estudar o passado da própria vida pode a pedagoga portuguesa Maria Glória
riências e reflexões práticas e palpáveis auxiliar os estudantes, com base em in- Parra Santos Solé demonstra a versati-
para que os estudantes acompanhem formações concretas que os levarão, lidade e a relevância dessa ferramenta
as reflexões sobre as relações entre paulatinamente, ao desenvolvimen- didática não apenas para a disciplina
tempo e suas histórias. to de habilidades ligadas à abstração. de História, mas também para ou-
y Uma sugestão de trabalho é solicitar aos Conscientizar-se do próprio passado tros componentes curriculares, como
estudantes que relatem alguns aconte- e da própria história de vida pode ser Ciências da Natureza.
cimentos vividos por eles no último ano, uma das etapas desse processo.
perguntando-lhes por que se lembra- y A organização dos acontecimentos Roteiro de aula
ram desses acontecimentos. Sem solici- em uma linha do tempo traz ganhos y Peça aos estudantes que observem as
tar datas, peça que digam quais aconte- didáticos importantes no processo imagens e suas respectivas legendas,
cimentos são anteriores ou posteriores de percepção do tempo histórico, das para que possam perceber, na sequên-
ao evento relatado. A atividade permite relações entre os diferentes eventos e cia de fotos da personagem Luana, as
trabalhar a percepção de anteriorida- da organização temporal. Saiba mais formas de evidenciar a passagem do

AJ_CH2_PNLD23_C03_034Aa045A_MP.indd 40 7/31/21 13:26


Todos temos história Capítulo 3 41
LINHA DO TEMPO
A LINHA DO TEMPO É UMA MANEIRA DE ORGANIZAR OS
Vários autores têm referido as
ACONTECIMENTOS EM UMA SEQUÊNCIA DE DATAS. potencialidades da utilização de
ESSES ACONTECIMENTOS PODEM AJUDAR A CONTAR A linhas de tempo para o desenvol-
vimento de conceitos de tempo e
HISTÓRIA DE UMA PESSOA OU DE UM GRUPO DE PESSOAS, DE de compreensão temporal, mas
UM BAIRRO, ETC. VEJA A LINHA DO TEMPO DA VIDA DE LUANA. poucos estudos de investigação
têm sido realizados em salas de
LINHA DO TEMPO DA LUANA aula, mesmo depois de Thornton e
Vukelich (1988) se terem referido
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 ao assunto. Estes autores salienta-
ram ser possível ensinar conceitos
de tempo histórico em estudos so-
ciais através de linhas de tempo,
mas sem se saber no entanto qual
LUANA NASCEU LUANA TINHA LUANA TINHA LUANA TEM 7
o impacto que as linhas de tem-
E, ALGUNS 1 ANO E 4 ANOS E ANOS E GOSTA
po têm na compreensão do tempo
MESES DEPOIS, COMEÇOU A COMEÇOU A DE JOGAR
CONSEGUIU ANDAR. FREQUENTAR A FUTEBOL COM
histórico. Constataram que alguns
FICAR SENTADA. ESCOLA DE OS COLEGAS DA educadores dos estudos sociais
EDUCAÇÃO ESCOLA. afirmavam que as linhas de tem-
INFANTIL. po ajudam na sequencialização de
acontecimentos e de pessoas no
tempo. […]
2 AGORA, VOCÊ VAI FAZER A LINHA DO TEMPO DA SUA VIDA.
As linhas de tempo podem e de-
COM A ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR, SIGA AS ETAPAS ABAIXO. vem ser utilizadas também noutras
Atividade de pesquisa. Desenho do estudante.
áreas científicas em articulação
• CONVERSE COM OS ADULTOS QUE VIVEM COM VOCÊ com a História. É desse exemplo
SOBRE ACONTECIMENTOS IMPORTANTES DA SUA VIDA. o relato apresentado por Ornstein
ANOTE NO CADERNO PELO MENOS UM ACONTECIMENTO (2002) ao utilizar nas aulas de ciên-
PARA CADA ANO DE VIDA. cias linhas de tempo para os alunos
localizarem no tempo descobertas,
• EM UMA FOLHA DE PAPEL EM BRANCO, TRACE UMA invenções científicas, inventores,
etc. Refere que através desta estra-
LINHA RETA. DESENHE, NA PARTE SUPERIOR DA LINHA,
tégia os alunos aprendem não no
UM QUADRINHO PARA CADA ANO DE VIDA. ESCREVA O vazio, mas com uma perspectiva
NÚMERO DE CADA ANO NO RESPECTIVO QUADRINHO. histórica os acontecimentos e factos
científicos, contribuindo para que
• NA PARTE INFERIOR DA LINHA, DESENHE OS QUADROS estes percebam melhor os tópicos e
ONDE VOCÊ VAI ESCREVER OS ACONTECIMENTOS, conceitos específicos da disciplina
e como estes se relacionam entre
PASSANDO A LIMPO AS ANOTAÇÕES DO CADERNO.
si. Não pretende com isto que os
• AFIXE SUA LINHA DO TEMPO NO MURAL DA SALA DE AULA alunos simplesmente mencionem
e retenham os factos. Desenvolveu
E OBSERVE AS LINHAS DO TEMPO DOS COLEGAS.
um sistema para resolver este pro-
blema ao solicitar aos alunos que
QUARENTA E UM 41
investiguem sobre o inventor (a sua
nacionalidade, quando viveu), a in-
venção ou a descoberta a que está
tempo pela observação do crescimento
AJ_CH2_PNLD23_C03_034a045_LA.indd 41 y Atividade 2: A elaboração da linha 7/9/21
do 10:31 AM
associado. […]
físico, dos acontecimentos da vida e das tempo mobiliza diferentes habilidades.
APOIO DIDÁTICO

coisas aprendidas. Nessa atividade, os estudantes vão iden- Solé, Maria Glória Parra Santos. A história
y Atividade 1: Incentive os estudantes a tificar e selecionar situações e eventos no 1º ciclo do Ensino Básico: a concepção
importantes para suas histórias, seja por do tempo e a compreensão histórica
compartilhar percepções sobre a passa- das crianças e os contextos para o seu
gem do tempo observadas na vida de meio das próprias memórias, seja me- desenvolvimento. 2009. 876 p. Tese
cada um, tanto no desenvolvimento de diante as histórias de suas famílias. De- (Doutorado em Estudos da Criança, área
pois, eles vão organizar temporalmente de Estudo do Meio Social) – Universidade
habilidades quanto em marcos de cres-
esses fatos, utilizando as noções de tem- do Minho, Portugal. p. 119-127.
cimento físico e emocional.
poralidade. Auxilie-os na realização dessa
y Auxilie os estudantes a relacionar os atividade. Leia as instruções e verifique se
eventos da vida de Luana, apresenta- todos os estudantes compreenderam a
dos na linha do tempo, com as fotos proposta. Depois, peça-lhes que compar-
da página anterior. É importante que tilhem as linhas do tempo produzidas, es-
eles percebam que os eventos apre- timulando-os com perguntas como: “Há
sentados nas fotografias foram dispos- semelhanças entre os acontecimentos
tos em ordem cronológica na linha do na vida de vocês?”; “Em caso afirmativo,
tempo. quais são essas semelhanças?”.

AJ_CH2_PNLD23_C03_034Aa045A_MP.indd 41 7/31/21 13:26


42 Capítulo 3 Todos temos história
VOCÊ TEM HISTÓRIA
HABILIDADES DESENVOLVIDAS TUDO O QUE VOCÊ ANOTOU EM SUA LINHA DO TEMPO FAZ
NO TEMA “VOCÊ TEM
HISTÓRIA” PARTE DA SUA HISTÓRIA.
» (EF02HI03) Selecionar situações ELA TAMBÉM PODE SER CONTADA POR MEIO DE
cotidianas que remetam à per-
cepção de mudança, pertenci- DOCUMENTOS HISTÓRICOS, COMO FOTOS, VÍDEOS, ROUPAS,
mento e memória.
BRINQUEDOS, ENTRE OUTROS.
» (EF02HI04) Selecionar e com-
preender o significado de obje- HÁ, AINDA, OS

Fac-símile. Fotografia: ID/BR


tos e documentos pessoais como
fontes de memórias e histórias
DOCUMENTOS
nos âmbitos pessoal, familiar, es- OFICIAIS, COMO
colar e comunitário.
A CARTEIRA DE
» (EF02HI05) Selecionar objetos e
documentos pessoais e de gru- IDENTIDADE E
pos próximos ao seu convívio e
compreender sua função, seu A CERTIDÃO DE
uso e seu significado.
NASCIMENTO.
» (EF02HI08) Compilar histórias da
família e/ou da comunidade regis-
tradas em diferentes fontes.
» (EF02HI09) Identificar objetos DOCUMENTO OFICIAL:
e documentos pessoais que re- DOCUMENTO EMITIDO
metam à própria experiência no POR ÓRGÃOS COMO A
âmbito da família e/ou da comu- SECRETARIA DE SEGURANÇA
nidade, discutindo as razões pe- PÚBLICA, OS CARTÓRIOS DE
las quais alguns objetos são pre- REGISTROS, ENTRE OUTROS.
servados e outros, descartados.

REPRODUÇÃO DA FRENTE
DE UMA CERTIDÃO DE
NASCIMENTO.

1 OS NOMES DE QUAIS PARENTES APARECEM NA CERTIDÃO


DE NASCIMENTO? MARQUE COM UM X.
TIOS X PAIS X AVÓS PRIMOS

2 QUE OUTROS DOCUMENTOS OFICIAIS PODEM AJUDAR


A CONTAR SUA HISTÓRIA? Resposta pessoal.

42 QUARENTA E DOIS

Orientações didáticas no. Ao abordar as versões antigas de


AJ_CH2_PNLD23_C03_034a045_LA.indd 42 Roteiro de aula 7/2/21 8:37 AM AJ_C

y Retome com os estudantes a linha do objetos que são utilizados atualmente, y Após fazer a leitura coletiva do tema
APOIO DIDÁTICO

tempo produzida por eles nas pági- é possível evidenciar a permanência de “Você tem história”, aproveite para re-
nas precedentes. Esclareça que esse costumes cotidianos, ainda que guarde tomar a importância dos documentos
é um registro importante, pois mostra transformações, como tipos de mate- pessoais no processo de construção da
uma parte da história de vida de cada rial e formato. cidadania. Nesse tema, é apresentado o
um deles. y Os motivos que levaram a essas transfor- conceito de documentos oficiais.
y Questione os estudantes também so- mações são variados. Entre eles, é pos- y Atividade 1: Se julgar conveniente,
bre os motivos que os levaram a indicar sível citar o desenvolvimento de tecno- amplie o trabalho iniciado no volume
determinados eventos na linha do tem- logias mais eficientes e/ou econômicas. ante rior com o documento Certidão
po e outros, não. Essa reflexão pode ser Esses processos fazem parte da história de Nascimento. Você pode propor
retomada no sentido de ressaltar que das sociedades. aos estudantes que identifiquem ou-
os fatos históricos são culturalmente y O debate sobre a historicidade dos ob- tros itens presentes nesse documen-
construídos. jetos cotidianos favorece a percepção to, como as datas que aparecem nele
y O trabalho com a página posterior per- dos patrimônios culturais da comunida- (data de nascimento e data de regis-
mite explicitar as relações de perma- de e, novamente, reitera a importância tro) e os locais (local de nascimento e
nência e de transformação do cotidia- da história local. local de registro).

AJ_CH2_PNLD23_C03_034Aa045A_MP.indd 42 7/31/21 13:26


Todos temos história Capítulo 3 43
OBJETOS PESSOAIS
OS OBJETOS QUE VOCÊ USA NO DIA A DIA TAMBÉM
Para casa
AJUDAM A CONTAR A HISTÓRIA.
y Atividade 4: Se possível, orien-
A FORMA COMO ELES SÃO UTILIZADOS, OS MATERIAIS te os responsáveis a incentivar
USADOS PARA FAZÊ-LOS E O MODO COMO SÃO FEITOS VÃO os estudantes a refletir sobre a
permanência desses objetos em
MUDANDO COM O PASSAR DO TEMPO. seu cotidiano, ainda que eles as-
sumam formas e materiais dife-
rentes dos objetos encontrados
nas escavações. Se julgar conve-
Guito Moreto/Agência O Globo

ESTA MOEDA DE PRATA FOI niente e adequado ao perfil das


ENCONTRADA EM 2013 EM famílias dos estudantes, ofereça
ESCAVAÇÕES REALIZADAS NO alguns questionamentos de base
MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. ELA para a discussão a ser desenvol-
FOI FEITA HÁ QUASE 150 ANOS. vida em casa: “O que mudou na
fabricação desses objetos?”; “De
que material o objeto é feito?”;
ESTA GARRAFA DE ÁGUA FOI TRAZIDA AO BRASIL “Por que você acha que o mate-
POR VOLTA DE 1860. ELA É FEITA DE UM TIPO DE rial do passado não é mais usado
CERÂMICA MUITO RESISTENTE. ELA TAMBÉM FOI na confecção dos objetos utiliza-
ENCONTRADA POR PESQUISADORES NO
dos hoje?”.

Guito Moreto/Agência O Globo


MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO EM 2013.

ESTA ESCOVA DE DENTES ERA USADA HÁ MAIS


DE CENTO E CINQUENTA ANOS NO BRASIL. ELA
FOI ENCONTRADA POR PESQUISADORES EM
2013 NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO.
André Gomes de Melo/Governo do Rio de Janeiro

OS BURACOS NA PARTE DE CIMA SÃO OS


LOCAIS ONDE FICAVAM AS CERDAS, QUE ERAM
FEITAS DE PELO DE PORCO.

COM A ESCOVA, FOI ENCONTRADA ESSA


Guito Moreto/Agência O Globo
CAIXA DE PASTA DE DENTES. A CAIXA É DE
LOUÇA, E A PASTA ERA BEM DIFERENTE DO
CREME DENTAL QUE CONHECEMOS HOJE.
3. As escovas MAS OS SABORES NÃO DIFERIAM MUITO:
de dentes atuais CEREJA E HORTELÃ-PIMENTA.
são feitas, geralmente, de plástico, assim como as cerdas; os cremes dentais
são vendidos em tubos plásticos e é grande a variedade de cremes e sabores; as moedas em
circulação não são de prata, mas de outros metais, como aço, cobre, níquel e bronze;
3 COMO ESSES OBJETOS SÃO ATUALMENTE? as garrafas utilizadas hoje
são, geralmente, de vidro ou de plástico.
DESCREVA-OS.

4 VOCÊ E SUA FAMÍLIA COSTUMAM USAR OBJETOS


COMO ESSES? EM QUAIS SITUAÇÕES?
Respostas pessoais.
QUARENTA E TRÊS 43

37 AM AJ_CH2_PNLD23_C03_034a045_LA.indd 43 y Atividade 2: Aproveite a oportunidade nome completo, o ano em que estudam 7/2/21 ensão desses objetos como elementos
8:37 AM

para verificar se os estudantes apreen- e o nome dos professores poderão de registro e fonte histórica. Auxilie os
APOIO DIDÁTICO
deram o significado da categoria de ser identificados –, mas também nos estudantes a analisar os objetos repre-
documentos oficiais que podem servir aspectos subjetivos, como a cor prefe-
sentados no tópico “Objetos pessoais”.
como fontes históricas. rida, os nomes de amigos e de persona-
y É importante reforçar também o con- gens de que gostam, o(s) lápis de cor y Atividades 3 e 4: Os estudantes devem
ceito de fontes e documentos históri- que mais usam, entre outros. ser capazes de avaliar as transforma-
cos; para isso, fomente a discussão do y Caso considere interessante, algum(ns) ções nos objetos quanto à passagem
tópico “Objetos pessoais” pedindo aos desses materiais pode(m) ser trocado(s) do tempo e às mudanças tecnológicas
estudantes que observem seus cader- entre eles; dessa forma, cada estudante da sociedade. Por isso, as atividades es-
nos, o estojo ou a mochila: “O que um vai investigar o material de algum cole-
tão baseadas em uma análise compara-
historiador poderia saber sobre você ga e terá seu material investigado por
analisando seu material escolar?”. outro colega. tiva que permite a identificação, pelos
y Incentive os estudantes a pensar não só y Leia com os estudantes o texto didáti- estudantes, dos diferentes formatos e
nos aspectos formais desses objetos  – co e o texto que compõe cada legenda. materiais de que são feitos os objetos
provavelmente, informações como o Certifique-se, se possível, da compre- de uso cotidiano na família.

AJ_CH2_PNLD23_C03_034Aa045A_MP.indd 43 7/31/21 13:26


44 Capítulo 3 Todos temos história

P RE
APRENDER SEM
HABILIDADES AVALIADAS NA
SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF02GE06) Relacionar o dia e 1 ESTAS IMAGENS MOSTRAM MOMENTOS DA HISTÓRIA DE
a noite a diferentes tipos de ati-
vidades sociais (horário escolar, ALGUMAS PESSOAS. OBSERVE TODAS ELAS COM ATENÇÃO
comercial, sono etc.). E LEIA AS LEGENDAS.
» (EF02HI03) Selecionar situações

Fernando Favoretto/Criar Imagem

Everson Bressan/Fotoarena
cotidianas que remetam à per- A B
cepção de mudança, pertenci-
mento e memória.
» (EF02HI04) Selecionar e com-
preender o significado de obje-
tos e documentos pessoais como
fontes de memórias e histórias
nos âmbitos pessoal, familiar, es-
colar e comunitário.
» (EF02HI07) Identificar e utilizar
diferentes marcadores do tempo FAMÍLIA FAZENDO REFEIÇÃO NO ESTUDANTES PROTESTAM POR
presentes na comunidade, como MUNICÍPIO DE SÃO CAETANO DO SUL, MELHORIAS NA EDUCAÇÃO
relógio e calendário. SÃO PAULO. FOTO DE 2019. PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
CURITIBA, PARANÁ. FOTO DE 2019.
» (EF02HI09) Identificar objetos e
documentos pessoais que reme-
CERTIFICADO DE 1º LUGAR EM
Fac-símile. Fotografia: ID/BR

tam à própria experiência no âm-


bito da família e/ou da comuni- C UM CONCURSO ESCOLAR
dade, discutindo as razões pelas REALIZADO EM 2013 NO
quais alguns objetos são preser- MUNICÍPIO DE SANTA MARIA,
vados e outros são descartados. RIO GRANDE DO SUL.
» (EF02HI10) Identificar diferentes
formas de trabalho existentes na
comunidade em que vive, seus
significados, suas especificidades
e importância.

COMPONENTES ESSENCIAIS
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Conhecimento alfabético. CARTEIRA DE IDENTIDADE DO

Arquivo Nacional, Rio de Janeiro.


Fotografia: ID/BR
» Produção de escrita. IMIGRANTE ITALIANO GIOVANNI D
LANDI, EMITIDA EM 1926.

44 QUARENTA E QUATRO

Orientações didáticas Roteiro de aula


AJ_CH2_PNLD23_C03_034a045_LA.indd 44 zagem, oriente os estudantes a escrever 7/9/21 10:31 AM

y Essa seção é dedicada à retomada e à yA fim de garantir a compreensão dos as letras nos locais indicados.
APOIO DIDÁTICO

avaliação da aprendizagem dos princi- enunciados das atividades, leia, com a y Atividade 2: Como a proposta da seção
pais objetos de conhecimento aborda- turma, atividade por atividade, o enun- é avaliar a aprendizagem, para a reali-
dos ao longo do capítulo. Por isso, se ciado proposto e medeie a discussão zação dessa atividade, o ideal é não ex-
julgar necessário, reserve um tempo das atividades de base oral. plicar, previamente, o que seriam “ob-
maior para a realização das atividades. y Atividade 1: Solicite aos estudantes que jetos de medição de tempo”. Assim, é
y Cada uma das atividades propõe a re- observem as fotos e acompanhem com possível descobrir o que os estudantes
tomada de um tema diferente; ainda atenção a leitura das respectivas legen- compreenderam sobre o tema. Se, en-
que todos os temas estejam relaciona- das. Em seguida, leia as frases da ativi- tretanto, eles apresentarem dificulda-
dos, é possível fazer referência direta às dade e encoraje-os a dizer, primeiro oral- de, aproveite o momento para retomar
páginas nas quais cada tema foi discu- mente, a correspondência correta. Assim toda a discussão com eles.
tido, no intuito de dimensionar a apren- que a turma chegar a um consenso e for y Atividade 3: A partir dessa atividade, é
dizagem como um processo contínuo. possível julgar a assimilação da aprendi- possível trabalhar aspectos relacionados

AJ_CH2_PNLD23_C03_034Aa045A_MP.indd 44 7/31/21 13:26


Todos temos história Capítulo 3 45
• AGORA, RELACIONE CADA UMA DESSAS IMAGENS COM
UMA FRASE ABAIXO. PARA ISSO, ESCREVA NO QUADRINHO
AO LADO DA FRASE A LETRA QUE IDENTIFICA A FOTO. Para casa

C  REGISTRO DE UM ACONTECIMENTO DA VIDA ESCOLAR y Atividade 5: Oriente os estu-


dantes a pedir a ajuda dos res-
DE UMA PESSOA. ponsáveis para a realização dessa
atividade, especialmente consi-
D  REGISTRO DE IDENTIDADE DE UMA PESSOA. derando a natureza delicada e a
importância do documento Cer-
A  REGISTRO DO DIA A DIA DE UMA FAMÍLIA. tidão do Nascimento. O ideal se-
ria os estudantes manipularem,
com a supervisão de algum adul-
B  REGISTRO DE UM EVENTO EM GRUPO.
to, o documento e buscarem as
Espera-se que os alunos citem objetos como o relógio e o calendário. Há dispositivos que informações solicitadas por meio
2 QUE OBJETOS DE MEDIÇÃO DE TEMPO VOCÊ COSTUMA da análise do documento.
UTILIZAR EM SUA CASA? E NA ESCOLA? apresentam essas ferramentas
de medição de tempo em versão digital, como os celulares e os computadores.
3 QUANDO MARCAMOS UM COMPROMISSO COM ALGUÉM, É
COMUM COMBINAR TAMBÉM UM HORÁRIO. VOCÊ COSTUMA
CUMPRIR O HORÁRIO QUE FOI COMBINADO? VOCÊ É
PONTUAL OU DEIXA AS PESSOAS ESPERANDO? Respostas pessoais.

4 MUITAS COISAS ACONTECEM AO MESMO TEMPO. ENQUANTO


VOCÊ ESTÁ NA SALA DE AULA, O QUE ESTÃO FAZENDO:
Respostas pessoais.
A. OS FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA?

B. OS ADULTOS QUE MORAM COM VOCÊ?

5 PEÇA A UM ADULTO DE SUA FAMÍLIA QUE MOSTRE A


VOCÊ A SUA CERTIDÃO DE NASCIMENTO. COM CUIDADO,
ENCONTRE NESSE DOCUMENTO AS INFORMAÇÕES A SEGUIR.
DEPOIS, ANOTE O QUE É SOLICITADO.
A. SEU NOME COMPLETO.
Resposta pessoal.

B. LOCAL E HORÁRIO EM QUE VOCÊ NASCEU.


Resposta pessoal.

C. LOCAL E DIA EM QUE O REGISTRO DA CERTIDÃO FOI FEITO.


Resposta pessoal.

QUARENTA E CINCO 45

à empatia e à importância de se cumprir


AJ_CH2_PNLD23_C03_034a045_LA.indd 45 à história dele apresentam pontos nos 7/9/21 10:32 AM

os horários combinados para que se es- quais ele não figura, porque são histó-
APOIO DIDÁTICO

tabeleça boas relações interpessoais, rias que acontecem de forma paralela.


mobilizando o resgate das competências y Atividade 5: A proposta dessa atividade
socioemocionais. referenda o documento pessoal – Certi-
y Atividade 4: Essa atividade reitera a dis- dão de Nascimento – como forma de re-
cussão a respeito dos diferentes papéis gistro da história individual, tema já de-
e das diferentes funções exercidas pelas senvolvido no volume 1 desta coleção.
pessoas na comunidade, de forma con- Ao solicitar a identificação de informa-
comitante ao tempo que a criança está ções no documento, a atividade traba-
na escola. Os estudantes devem ser ca- lha o conceito de fonte, tão fundamental
pazes de compreender que as histórias para a História e para a atividade do his-
de vida das pessoas que se entrelaçam toriador, que são abordadas no capítulo.

AJ_CH2_PNLD23_C03_034Aa045A_MP.indd 45 7/31/21 13:26


45A Conclusão do capítulo 3

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 3
Sugestões para a avaliação formativa
1. O capítulo “Todos temos história” é voltado ao desenvolvimento de habilidades associadas à percepção da
passagem do tempo, às suas medições e às formas de registro das transformações históricas.
2. Para avaliar como se deu a assimilação dos conteúdos abordados ao longo do capítulo, a seção Aprender
sempre retoma, por meio do trabalho com as atividades, os objetos de conhecimento mais fundamentais e
que são pré-requisitos para a continuidade do desenvolvimento dos estudantes.
3. Ao propor a análise de diferentes tipos de imagem, a atividade 1 permite a avaliação da principal habilidade
norteadora do capítulo, EF02HI03, que aparece em todos os temas de trabalho.
4. Assim, essa atividade exemplifica situações cotidianas de diferentes tipos – refeição em família, protesto,
certificado em concurso escolar e carteira de identidade de imigrante – que visam problematizar o perten-
cimento e a memória.
5. As atividades 2 e 3 são especialmente orientada pela habilidade EF02HI07, pois possibilitam analisar se os
estudantes são capazes de compreender os usos e a importância dos marcadores de tempo na orientação
de suas atividades cotidianas.
6. Para a condução da atividade 3, pode-se optar por reforçar competências socioemocionais relativas à empatia,
quando atrelada ao horário de compromissos e ao respeito a acordos coletivos que orientam a pontualidade.
7. A atividade 4, ao retomar as habilidades EF04GE06 e EF02HI10, provoca os estudantes a expor como apreen-
deram a perspectiva que marca as diferentes formas de trabalho na comunidade, repercutindo na compreensão
de que as suas histórias de vida, embora se entrelacem em muitos pontos, se dão em paralelo às histórias de
vida das pessoas com as quais convive na família e na escola. Além disso, essa atividade proporciona a possi-
bilidade, também, do reforço a respeito da discussão sobre o ofício e a profissão de historiador, se assim julgar
conveniente.
8. A atividade 5 deve ser iniciada em casa, com o auxílio de algum adulto responsável, e discutida na sala de
aula. Os documentos pessoais também devem ser entendidos pelos estudantes como formas de registro da
história de vida e da inserção do indivíduo na comunidade, permitindo, assim, a avaliação de seu desenvolvi-
mento em relação às habilidades EF02HI04 e EF02HI09.

Atividade de remediação
• Atividade 1: Com o intuito de reforçar as habilidades EF02HI03, EF02HI04, EF02HI07, EF02HI08 e EF02HI09,
proponha aos estudantes uma atividade de linha do tempo que reúna aspectos da história de vida de um
membro da família, objetos que marcam o desenvolvimento/crescimento dessa pessoa e acontecimentos no
âmbito da coletividade, podendo ser o bairro, a cidade ou o país.
• Peça aos estudantes que escolham um membro familiar para realizar uma pesquisa sobre a sua história de
vida. Depois de eleita a pessoa, eles devem solicitar a algum responsável que o acompanhe na coleta das in-
formações e dos materiais (fotografias) que vão compor a linha do tempo.
• A pessoa escolhida para ser representada na linha do tempo deve fornecer ao estudante, se possível, fotogra-
fias que possam ser reproduzidas ou coladas em cartolina (ou outro papel de maiores dimensões, que permita
a construção de uma linha do tempo).
• Os responsáveis que acompanharão a atividade deverão ser orientados a definir a escala a ser utilizada para a
construção da linha do tempo, pois, quanto mais velha a pessoa escolhida pelo estudante, maior o período de
tempo a ser demarcado por cada fotografia. Por exemplo, um irmão ou primo de 15 anos, pode ter sua linha
do tempo estruturada em períodos de 3 ou 5 anos; já uma pessoa com mais de 60, o ideal é ter sua linha do
tempo organizada em períodos de 10 anos ou mais.
• Com cada momento marcado por uma foto, a pessoa escolhida deve contar ao estudante qual objeto foi mais
significativo para aquela etapa da vida dela. Outro ponto fundamental é o contexto mais amplo da comunida-
de, que deve ser relacionado com cada etapa da vida. Por exemplo, uma pessoa que tenha nascido em 1984
teve o seu nascimento marcado pelo Movimento das Diretas Já!, que reivindicava aspectos mais democráticos
no Brasil; ou, ainda, em 2005 houve o asfaltamento das ruas do bairro onde a família mora; ou, também, no
ano X houve a eleição do atual prefeito da cidade.
• Após reunir todo o material necessário, o estudante deve compor uma linha do tempo, que será apresentada
aos colegas em sala de aula.

AJ_CH2_PNLD23_C03_034Aa045A_MP.indd 45 8/2/21 11:48


Muitas famílias, muitas histórias Capítulo 4 46A

MUITAS FAMÍLIAS, MUITAS


CAPÍTULO 4
HISTÓRIAS
Objetivos pedagógicos
1. Problematizar os diferentes formatos e tamanhos das fa- 4. Favorecer a atitude investigativa e historiadora por meio
mílias, a fim de abordar aspectos relativos à empatia e ao de estratégias que incentivem a compilação de objetos, in-
respeito às diferenças, noções fundamentais para que os formações e dados históricos sobre o contexto da própria
estudantes se reconheçam na diversidade. família do estudante.
2. Promover o reconhecimento sobre as semelhanças e as
5. Apresentar os monumentos como formas de registro de
diferenças em relação aos hábitos e às formas de orga-
acontecimentos e fatos do passado e, portanto, como fon-
nização familiar de lugares, culturas e tempo históricos
diversos. tes históricas.

3. Apresentar as possibilidades de fonte e de registro das 6. Desenvolver habilidades associadas à leitura e à inter-
mudanças observadas em relação às configurações fami- pretação de imagens, por meio do estímulo à análise das
liares ao longo do tempo. legendas.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Este capítulo dedica-se à compreensão da pluralidade nas Há um forte investimento no desenvolvimento de habili-
configurações familiares, em relação ao formato, ao tamanho dades associadas à análise de imagens e à compreensão das
ou às variações de base cultural ou histórica. Para compreen- legendas que as acompanham. Alguns componentes asso-
der a historicidade da discussão, os estudantes são apresen- ciados à literacia são apresentados aos estudantes, especial-
tados a distintas formas de registros familiares ao longo do mente no que tange ao desenvolvimento do vocabulário, à
tempo (fotografias, monumentos, relatos orais), que visam compreensão textual e à produção escrita.
incentivar o reconhecimento de fontes históricas e favorecer
uma postura investigativa baseada na atitude historiadora.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 2, 4, 8 e 9

Competências específicas de Ciências Humanas para o


1, 2, 4 e 5
Ensino Fundamental

Competência específica de Geografia para o Ensino


7
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


1, 2, 3, 4 e 6
Fundamental

Habilidade de Geografia EF02GE04

EF02HI01, EF02HI02, EF02HI03, EF02HI04,


Habilidades de História
EF02HI05, EF02HI08 e EF02HI09

AJ_CH2_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 46 8/2/21 11:52


46 Capítulo 4 Muitas famílias,
muitas histórias

Lucas Reis Pereira/ID/BR


HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF02HI01) Reconhecer espa-
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se-
param as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco.
» (EF02HI03) Selecionar situações
cotidianas que remetam à per-
cepção de mudança, pertenci-
mento e memória.

46

Orientações didáticas y Se julgar relevante, retome a aborda-


AJ_CH2_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 46 por objetos e imagens que registram o 7/2/21 10:33 AM

gem de temas relativos à família, com próprio crescimento do estudante.


y A abertura do capítulo problematiza al-
APOIO DIDÁTICO

destaque para a diversidade das confi- y Outro ponto de interesse a se explorar,


gumas questões que serão desenvolvi-
gurações familiares, a importância dos ainda que de forma introdutória, é o
das ao longo do trabalho com os temas
membros mais velhos para a continui- modo como as famílias constroem nar-
e as seções. Por isso, é possível aprovei-
dade das tradições familiares e comu- rativas para ensinar às crianças aspec-
tar o momento para realizar uma son- nitárias e os diferentes papéis e funções tos importantes sobre o grupo familiar
dagem sobre os conhecimentos prévios assumidos no âmbito da família. e sobre a comunidade como um todo.
dos estudantes a respeito do tema cen-
tral, relacionado à família.
y Complementando a base de conheci-
Roteiro de aula
mentos já consolidada entre os estu-
y No volume 1 desta coleção, consideran- dantes, é possível salientar perspecti- y Leia o texto didático para os estudantes
do as habilidades associadas ao 1º ano, vas relativas à história. e peça a eles que analisem em profun-
os estudantes tiveram contato com y A análise da passagem do tempo pode didade a cena retratada na imagem.
objetos de conhecimento importantes ser visualizada e abordada pelas dife- y Em seguida, leia cada uma das pergun-
para a compreensão do tema. rentes idades dos membros familiares e tas disparadoras da abertura e permita

AJ_CH2_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 46 7/31/21 13:20


1. Espera-se que os estudantes respondam que na cena há uma
senhora sentada em uma poltrona conversando com duas crianças. Muitas famílias, Capítulo 4 47
muitas histórias

MUITAS Consciência social

FAMÍLIAS,
SABER

UL
APÍT O
SER

4
y Atividade 3: A proposta de
C compreender as diferentes

MUITAS configurações familiares fa-


vorece o desenvolvimento da

HISTÓRIAS consciência social, uma vez


que estimula a empatia e o re-
conhecimento de modelos fa-
miliares distintos, promovendo
CADA FAMÍLIA TEM UM o respeito à diversidade.

JEITO, UMA FORMA DE SE


ORGANIZAR E DE FAZER AS
ATIVIDADES DO DIA A DIA.
ESSES HÁBITOS E COSTUMES,
ASSIM COMO AS HISTÓRIAS
DOS MEMBROS DA FAMÍLIA,
GERALMENTE SÃO ENSINADOS
DOS MAIS VELHOS PARA OS
MAIS NOVOS.

PARA COMEÇO DE CONVERSA


1 O QUE ESTÁ
ACONTECENDO NESSA
CENA?

2 EM SUA FAMÍLIA, EXISTE


ALGUÉM QUE GOSTA DE
CONTAR HISTÓRIAS?
Resposta pessoal.
3 AS FAMÍLIAS SE ORGANIZAM
DE DIFERENTES
SABER
FORMAS. COMO É A SER
DA SUA FAMÍLIA?
Resposta pessoal.

MULHER CONTANDO HISTÓRIAS


PARA CRIANÇAS.

QUARENTA E SETE 47

que os estudantes se expressem livre-


AJ_CH2_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 47
y Atividade 2: Estimule os estudantes a
7/2/21 10:33 AM

mente sobre elas. se expressar livremente, solicitando-


APOIO DIDÁTICO

y Atividade 1: Promova, se possível, o -lhes que contem como se organizam


compartilhamento de visões diferentes os momentos de contação de história:
sobre a cena retratada na imagem. Ao “Quem conta as histórias?”; “Em quais
expor um detalhe que algum colega não momentos do dia?”; “Quais são os temas
tenha observado ou destacado, o estu- das histórias?”; “Você gosta de ouvir his-
dante pode compreender que há muitos tórias?”; “Voce já contou alguma histó-
pontos de vista sobre um mesmo acon-
ria?”; “Se sim, como foi?”.
tecimento ou fato. Se não for observa-
do por nenhum estudante, ressalte que y Atividade 3: Possivelmente os estudan-
a cena retrata uma mulher mais velha tes retomarão conhecimentos prévios
acompanhada por duas crianças, talvez sobre as diferentes formas de família.
da mesma família, que, provavelmente, Reforce a importância do respeito a to-
ouvem uma história contada por ela. das as configurações familiares.

AJ_CH2_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 47 7/31/21 13:20


48 Capítulo 4 Muitas famílias,
muitas histórias
CADA FAMÍLIA TEM UM JEITO E UM TAMANHO
HABILIDADES DESENVOLVIDAS AS FAMÍLIAS PODEM SER PARECIDAS, MAS SE ORGANIZAM
NO TEMA “CADA FAMÍLIA TEM
UM JEITO E UM TAMANHO” DE DIFERENTES FORMAS. OBSERVE AS FOTOS ABAIXO.
» (EF02GE04) Reconhecer seme-

Martin Novak/iStock/Thinkstock/Getty Images

Stockbyte/Thinkstock/Getty Images

FG Trade/iStock/Getty Images
lhanças e diferenças nos hábitos, A B C
nas relações com a natureza e no
modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares.
» (EF02HI01) Reconhecer espa-
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se-
param as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco.
» (EF02HI02) Identificar e descre-

franckreporter/iStock/Getty Images
Monkey Business Images/Thinkstock/Getty Images

Cineberg/Shutterstock.com/ID/BR
ver práticas e papéis sociais que D E F
as pessoas exercem em diferen-
tes comunidades.

COMPONENTES ESSENCIAIS
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Conhecimento alfabético.
» Compreensão de textos.
» Desenvolvimento de vocabulário. 1 CADA FRASE A SEGUIR ESTÁ RELACIONADA A UMA DAS
FOTOS. ESCREVA A LETRA DA FOTO AO LADO DA FRASE
CORRESPONDENTE.

B  EXISTEM FAMÍLIAS FORMADAS POR PAI, MÃE E FILHOS.

E  HÁ FAMÍLIAS EM QUE OS FILHOS TÊM DOIS PAIS OU


DUAS MÃES.
A  EXISTEM FAMÍLIAS SÓ COM PAI E FILHOS OU SÓ COM
MÃE E FILHOS.
F  EXISTEM FAMÍLIAS QUE NÃO TÊM FILHOS.

D  TAMBÉM EXISTEM FAMÍLIAS EM QUE OS NETOS E AS


NETAS VIVEM COM OS AVÓS.
C  EXISTEM FAMÍLIAS EM QUE AVÓS, NETOS, TIOS E PRIMOS
VIVEM JUNTOS.

48 QUARENTA E OITO

Orientações didáticas adotivos, padrastos, madrastas, meios-


AJ_CH2_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 48 dos. Além disso, a escolha do contexto 7/9/21 1:56 PM AJ_C

-irmãos, famílias formadas por mães e indígena favorece a valorização da di-


yÉ importante que os estudantes com-
APOIO DIDÁTICO

preendam que o conceito de família e filhos, avós e netos, tios e sobrinhos, versidade de povos e de suas expres-
a organização familiar são muito variá- etc., devem ser valorizados, tendo em sões culturais.
veis de acordo com o tempo e a cultura. vista outros valores que não a consan- y Ao iniciar o trabalho com esse tema,
guinidade. cuide para que as falas equivocadas ou
y O modelo  de família formado por pai,
que reproduzam estereótipos sobre os
mãe e filhos é uma construção históri- y O estudo do tema é propício para pro-
povos indígenas, se houver, sejam pro-
ca. Ele não é o único e, como se trata mover atitudes ligadas ao respeito à
blematizadas e desconstruídas. Procu-
de uma expressão cultural, no campo diversidade e a valorização do multicul- re orientar os estudantes em relação ao
da análise das ciências humanas, não turalismo. respeito aos diferentes povos, valori-
pode ser considerado “melhor” do que y O contexto familiar de dois povos indí- zando a pluralidade cultural.
as outras configurações familiares. genas, os Kaingang e os Tapayuna, fa-
y Atualmente, entende-se que os laços vorece a flexibilização do conceito de Roteiro de aula
que unem as pessoas a seus grupos fa- família na medida em que apresenta y Faça uma análise conjunta das fotogra-
miliares são muito mais de afeto do que configurações familiares distintas e, no fias pedindo aos estudantes que iden-
consanguíneos. Nesse sentido, filhos interior delas, papéis sociais diversifica- tifiquem os membros de cada família

AJ_CH2_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 48 7/31/21 13:20


Muitas famílias, Capítulo 4 49
muitas histórias
MUITOS POVOS, MUITOS TIPOS DE FAMÍLIA
A FORMA COMO AS FAMÍLIAS DE DIVERSOS POVOS, EM
Para complementar
ÉPOCAS DIFERENTES, SE ORGANIZAM É BASTANTE VARIADA.
Os tipos de família nos contos
O TEXTO A SEGUIR É KAINGANG: POVO INDÍGENA QUE VIVE de fadas. Disponível em: https://
SOBRE AS FAMÍLIAS DE NOS ESTADOS DE SÃO PAULO, PARANÁ, educa.ibge.gov.br/professores/
SANTA CATARINA E RIO GRANDE DO SUL. educa-atividades/17608-os-
DOIS POVOS INDÍGENAS: OS TAPAYUNA: POVO INDÍGENA QUE VIVE tipos-de-familia-nos-contos-de-
NO ESTADO DO MATO GROSSO. fadas.html. Acesso em: 9 jul. 2021.
KAINGANG E OS TAPAYUNA. No portal IBGE Educa, dispo-
nibilizado pelo Instituto Brasi-
leiro de Geografia e Estatística
EM UMA CASA KAINGANG […],

Gerson Gerloff/Pulsar Imagens


(IBGE), há diferentes propostas
O NÚCLEO FAMILIAR É FORMADO didáticas para a Educação Infan-
til e o Ensino Fundamental. No
POR “UMA MÃE VELHA”, QUE SERIA link acima, você vai encontrar o
UMA ESPÉCIE DE MATRIARCA, E planejamento de uma proposta
sobre a diversidade de configu-
UMA REDE DE MULHERES: FILHAS,
rações familiares no Brasil.
NORAS, NETAS E AGREGADAS.
“ESSAS MULHERES SE CUIDAM
E SE APOIAM […]”, CONTA A […]
KAINGANG JOZILÉIA DANIZA
JACODSEN (YAKIXO). ESSE APOIO
INCLUI IR PRA ROÇA, COZINHAR,
MEMBROS DE UMA FAMÍLIA
CUIDAR DAS CRIANÇAS E DA CASA, KAINGANG EM TENENTE
AMAMENTAR OS BEBÊS UMAS DAS PORTELA, RIO GRANDE DO
SUL. FOTO DE 2014.
OUTRAS, PRODUZIR O ARTESANATO…
CONVERSAR.
MATRIARCA: MULHER
[…] OS TAPAYUNA [...] RESPONSÁVEL POR UM GRUPO
USAM A MESMA PALAVRA PARA DE PESSOAS.
AGREGADO: QUEM VIVE COM
DENOMINAR “PAI” E “TIO” . É COMO UMA FAMÍLIA COMO SE FOSSE
SE AMBOS FOSSEM PAIS DA UM PARENTE PRÓXIMO.

CRIANÇA IGUALMENTE.
ANDRESSA DREHER. MATERNIDADE INDÍGENA: COMO AS INDÍGENAS VIVENCIAM O PARTO, A
AMAMENTAÇÃO E A CRIAÇÃO DOS FILHOS. REVISTA AZMINA, 28 NOV. 2016. DISPONÍVEL EM:
http://azmina.com.br/2016/11/as-criancas-indigenas-que-sao-filhas-de-toda-uma-comunidade/.
ACESSO EM: 1O MAR. 2021.

2 QUE COSTUMES DOS KAINGANG E DOS TAPAYUNA SÃO


CITADOS NO TEXTO? ALGUM DELES É PARECIDO COM
UM COSTUME QUE VOCÊ TEM? QUAL?
Respostas pessoais.
QUARENTA E NOVE 49

56 PM retratada e, caso julgue interessante,


AJ_CH2_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 49
y Após a conversa inicial, verifique se os y Aproveite o momento para trabalhar os
7/2/21 10:33 AM

proponha que estabeleçam relações de estudantes compreenderam que cada termos “matriarca” e “agregadas”, que
APOIO DIDÁTICO
comparação com as próprias famílias. povo indígena possui costumes pró- podem passar a constituir o vocabulá-
y Outro aspecto importante que pode ser prios. Durante a leitura do texto da jor- rio do estudantes. Explore também a
ressaltado é a diversidade étnica pre- nalista Andressa Dreher, chame a aten- denominação dos povos indígenas que
sente nas fotos e, muito possivelmente, ção deles para a organização familiar tematizam o texto.
na própria família dos estudantes. dos dois povos indígenas destacados.
y Auxilie os estudantes na construção da
y Atividade 1: Chame a atenção dos estu- y Atividade 2: De forma coletiva, os es-
ideia de pluralidade das organizações fa-
dantes para o número de pessoas pre- tudantes devem ser levados a refletir
miliares, que devem ser compreendidas
sentes em cada família, ou seja, quan- e a compartilhar as semelhanças e as
tos homens e quantas mulheres há em dentro de suas culturas. Para isso, não
diferenças identificadas. Vale ressaltar
cada uma, se há crianças, qual é a idade o protagonismo feminino, no caso dos devem ser feitos juízos de valor, tendo
das pessoas, etc. Kaingang, chamando a atenção dos es- em vista que não existem manifestações
culturais “melhores” ou “piores” do que
y Leia com os estudantes o texto que in- tudantes para a importância do papel
outras, mas apenas diferentes.
tegra o tópico “Muitos povos, muitos exercido pelas mulheres nessa nação
tipos de família”. indígena.

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50 Capítulo 4 Muitas famílias,
muitas histórias
A FAMÍLIA NO TEMPO
HABILIDADES DESENVOLVIDAS PARA OS ROMANOS ANTIGOS, QUE VIVERAM HÁ CERCA DE
NO TEMA “A FAMÍLIA NO
TEMPO” DOIS MIL ANOS, A PALAVRA FAMÍLIA SIGNIFICAVA UM GRUPO
» (EF02GE04) Reconhecer seme- FORMADO POR UM HOMEM, O CHEFE DA FAMÍLIA, POR TODAS
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no AS PESSOAS QUE DEPENDIAM DELE E POR SEUS BENS.
modo de viver de pessoas em di- ESPOSA, FILHOS, TRABALHADORES DE SUAS TERRAS, ANIMAIS
ferentes lugares.
(CACHORROS, BOIS, CAVALOS), MÓVEIS, CASA E CARROÇAS
» (EF02HI01) Reconhecer espa-
ços de sociabilidade e identificar FAZIAM PARTE DA FAMÍLIA.

De Agostini /Getty Images


os motivos que aproximam e se-
param as pessoas em diferentes HOJE, EXISTEM MUITOS
grupos sociais ou de parentesco.
TIPOS DE FAMÍLIA. NÃO É
» (EF02HI02) Identificar e descre-
ver práticas e papéis sociais que APENAS O PARENTESCO QUE
as pessoas exercem em diferen-
tes comunidades.
UNE AS PESSOAS DE UMA
» (EF02HI03) Selecionar situações FAMÍLIA. AFETO, CARINHO,
cotidianas que remetam à per-
COSTUMES E HISTÓRIAS
cepção de mudança, pertenci-
mento e memória. EM COMUM TAMBÉM SÃO
» (EF02HI05) Selecionar objetos e ELEMENTOS DE UNIÃO.
documentos pessoais e de gru-
pos próximos ao seu convívio e
compreender sua função, seu DETALHE DE UMA SEPULTURA
uso e seu significado. ROMANA FEITA HÁ CERCA DE
» (EF02HI08) Compilar histórias DOIS MIL ANOS. ELA RETRATA
da família e/ou da comunidade UMA FAMÍLIA ROMANA.
registradas em diferentes fontes.
» (EF02HI09) Identificar objetos e 1 PINTE DE LARANJA OS QUADRINHOS DAS FRASES QUE
documentos pessoais que reme- ESTÃO DE ACORDO COM O TEXTO.
tam à própria experiência no âm-
bito da família e/ou da comuni-  AFETO E CARINHO TAMBÉM UNEM AS PESSOAS DE UMA
dade, discutindo as razões pelas
quais alguns objetos são preser- FAMÍLIA.
vados e outros são descartados.
 AS FAMÍLIAS SE ORGANIZAM DE DIFERENTES MODOS.
COMPONENTES ESSENCIAIS  A FORMA DE ORGANIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS SEMPRE FOI
PARA A ALFABETIZAÇÃO
A MESMA.
» Compreensão de textos.
» Produção de escrita. 2 NA OPINIÃO DE VOCÊS, QUE DIFERENÇAS HÁ ENTRE
A IDEIA DE FAMÍLIA PARA OS ROMANOS ANTIGOS E A
Tal definição se refere eviden- IDEIA ATUAL DE FAMÍLIA? Resposta pessoal.
temente a famílias abastadas, com
muitos bens e propriedades. Os es-
50 CINQUENTA
cravos, propriedades de uma famí-
lia – no sentido romano da palavra
–, não podiam sequer se casar, o Orientações didáticas
AJ_CH2_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 50 de uma pessoa idosa. Além disso, o con- 7/9/21 2:01 PM AJ_C
que não significa, no entanto, que texto promove reflexões sobre como os
y Se, no tema anterior, os estudantes re-
APOIO DIDÁTICO

eles não pudessem, na prática, for- conheceram características de famílias costumes são transmitidos e por que
mar casais e, caso fossem alforriados, de comunidades diversas e contempo- alguns deles permanecem e outros são
contar com certo reconhecimento de râneas, agora eles vão reconhecer ele- modificados, mobilizando, especialmen-
seus laços matrimoniais. Os pobres mentos que caracterizaram o conceito te, as habilidades EF02HI03, EF02HI08
só podiam formar famílias peque- de família na longa duração, por meio e EF02GE04.
nas, em geral compostas de pais e do contexto da Roma Antiga.
Roteiro de aula
filhos e poucos bens. y Sobre o conceito de família da Antigui-
dade romana apresentado no Livro do y Faça a leitura compartilhada do texto
Funari, Pedro Paulo Abreu. Império e didático e promova uma conversa sobre
Estudante, leia o texto reproduzido nes-
família em Roma: o cotidiano da família
ta página do manual. a organização familiar romana. Verifique
romana. São Paulo: Atual, 2000. p. 10.
o  que os estudantes compreenderam
y Depois de explorar uma configuração
sobre o assunto.
familiar da Antiguidade, os estudantes
vão reconhecer aspectos de configu- y Solicite aos estudantes que obser-
rações familiares diversas em outras vem a  imagem retratada e pergunte-
temporalidades, por meio do relato oral -lhes: “Este é um documento histórico

AJ_CH2_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 50 7/31/21 13:20


Muitas famílias, Capítulo 4 51
muitas histórias
CADA FAMÍLIA TEM UMA HISTÓRIA
OS ACONTECIMENTOS E OS COSTUMES DAS FAMÍLIAS Atividade complementar
FAZEM PARTE DA HISTÓRIA DELAS. ELES PODEM SER yO texto da página é um relato
de memória de Messias Andra-
LEMBRADOS E TRANSMITIDOS POR VÁRIAS GERAÇÕES. de de Jesus. Peça aos estudan-
tes que perguntem a um fami-
3 LEIA UM TRECHO DO RELATO DE DONA MESSIAS ANDRADE liar que lembrança ele tem da
infância. Oriente-os a registrar
DE JESUS, QUE NASCEU EM CURUÇÁ, NA BAHIA, EM 1930. as informações no caderno ou
a guardá-las na memória para
que possam compartilhá-las em
MEU PAI ERA PESCADOR [...] MAS A GENTE FOI MAIS NA um momento oportuno em sala
ROÇA. ALI ELE PLANTAVA MANDIOCA, A GENTE AJUDAVA. de aula. A atividade permite aos
TUDO QUE PLANTAVA ALI, A GENTE AJUDAVA. VIVIA DE ROÇA estudantes compilar histórias da
família e/ou da comunidade.
E DE PESCARIA. AÍ A GENTE TOCAVA OS BOIS NO PÉ DO Se julgar apropriado ao contexto
ENGENHO PRA PODER MOER A CANA […]. dos estudantes, peça a eles que
[…] DE MANHÃ VINHA TIRAR gravem vídeos curtos ou façam
gravações de áudio para regis-

Alex Rodrigues/ID/BR
LEITE PARA O POVO TOMAR trar os relatos colhidos sobre a
CAFÉ […]. EU GOSTAVA MUITO infância desse familiar.
DESSES TRABALHOS.

RELATO DE MESSIAS ANDRADE DE JESUS. MUSEU DA PESSOA, 26 OUT. 2014.


DISPONÍVEL EM: http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/historia/dona-messias-
precisava-subir-num-caixote-para-botar-a-panela-no-fogo-95598.
ACESSO EM: 19 MAIO 2021.

A. SOBRE QUAL PARENTE DONA MESSIAS FALA NO


INÍCIO DO RELATO? Dona Messias fala sobre o pai.

B. QUE ATIVIDADES ELA REALIZAVA PARA AJUDAR O PAI?


Ela o ajudava na roça, tocava os bois no engenho para moer a cana e tirava o leite
para servir no café da manhã.
PARA E
XPLORAR

VIVA: A VIDA É UMA FESTA. DIREÇÃO: LEE UNKRICH. ESTADOS UNIDOS, 2017
(105 MIN).
PARA SE TORNAR UM GRANDE MÚSICO, MIGUEL EMBARCA EM UMA JORNADA
PARA CONHECER AS HISTÓRIAS E OS COSTUMES DE SUA FAMÍLIA.

CINQUENTA E UM 51

01 PM escrito ou não escrito?”; “Que outros


AJ_CH2_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 51 guns elementos de suas relações fami-
7/2/21 10:33 AM

documento históricos poderiam trazer liares em uma época passada (início do


APOIO DIDÁTICO

informações sobre a organização fami- século XX). A atividade permite traba-


liar romana?”. lhar o conceito de família e retomar ao
y Atividades 1 e 2: Espera-se que os estu- mesmo tempo os conceitos de fonte e
dantes percebam que o significado de de tempo históricos.
família, para os romanos, não se limitava y No boxe Para explorar, há a indicação
somente aos seres humanos e aos laços do filme Viva: a vida é uma festa, que
consanguíneos e/ou afetivos. Ele tam- permite abordar com os estudantes as
bém englobava animais domésticos e histórias que compõem a narrativa so-
bens como imóveis e objetos de valor. bre a família de Miguel, o protagonista.
Trace um paralelo com os dias atuais. Por meio do filme, é possível provocar
Essas atividades favorecem o desenvol- a reflexão dos estudantes a respeito
vimento das habilidades de literacia, es- dos laços de sociabilidade que mantêm
pecialmente a compreensão de textos. as pessoas, parentes ou não, próximas
y Atividade 3: O depoimento de dona ou distantes, mobilzando a habilidade
Messias Andrade de Jesus evidencia al- EF02HI01.

AJ_CH2_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 51 7/31/21 13:20


52 Capítulo 4 Muitas famílias,
muitas histórias
OS SOBRENOMES
AO NASCER, RECEBEMOS O SOBRENOME DA FAMÍLIA.
Para casa
MAS NEM SEMPRE FOI ASSIM. NO PASSADO, ERA COMUM
y Atividade 4: Comente com os TERMOS APENAS O PRIMEIRO NOME. AO LONGO DO TEMPO,
estudantes que, muitas vezes,
é difícil saber a origem de um AS FAMÍLIAS COMEÇARAM A SER IDENTIFICADAS PELOS
sobrenome. No Brasil, há vá- SOBRENOMES.
rios sobrenomes que vêm de
outras línguas, provenientes de EXISTEM SOBRENOMES DE VÁRIAS ORIGENS. HÁ AQUELES
países onde não se fala o idio- QUE SÃO NOMES DE ÁRVORES, COMO PEREIRA E OLIVEIRA.
ma português.
HÁ TAMBÉM NOMES DE LUGARES, COMO BRAGA, QUE É UMA
CIDADE DE PORTUGAL. PORÉM, MUITAS VEZES, É DIFÍCIL
SABER A ORIGEM DE UM SOBRENOME.

Fundo: s_maria/Shutterstock.com/ID/BR
Ilustrações: Ilustra Cartoon/ID/BR
4 VOCÊ SABE DE ONDE VEIO SEU SOBRENOME? RESPONDA
ÀS QUESTÕES A SEGUIR. SE VOCÊ NÃO SOUBER AS
RESPOSTAS, PERGUNTE A UM ADULTO DE SUA FAMÍLIA.
Respostas pessoais.
A. QUAL É SEU SOBRENOME?

B. NO GRUPO DE PESSOAS COM QUEM VOCÊ VIVE, QUE


PESSOAS MAIS VELHAS TÊM O SOBRENOME IGUAL AO SEU?

C. PERGUNTE ÀS PESSOAS MAIS VELHAS QUE MORAM


COM VOCÊ SE ELAS CONHECEM A ORIGEM DO SEU
SOBRENOME. COMPARTILHE SUAS DESCOBERTAS COM
OS COLEGAS DE TURMA.

52 CINQUENTA E DOIS

Orientações didáticas
AJ_CH2_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 52 inclusive no contexto geral da história 7/2/21 10:33 AM

da comunidade.
yO contexto dos sobrenomes retoma e
APOIO DIDÁTICO

aprofunda os diálogos sobre o sujeito no


Roteiro de aula
âmbito dos grupos sociais. Ele evidencia
a relação entre os sobrenomes e os gru- y Atividade 4: Cuide para que não ocor-
pos sociais identificados, nesse caso, os ram constrangimentos durante a reali-
grupos familiares. zação da atividade. Se achar convenien-
y Abordar o tema relativo aos sobreno- te, compartilhe com os estudantes a
mes permite também incitar os estu- história de seu sobrenome, promovendo
dantes a reconhecer elementos funda- um momento descontraído de troca de
mentais da história da própria família, informações.

AJ_CH2_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 52 7/31/21 13:20


Muitas famílias, Capítulo 4 53
muitas histórias
REG S
I ST R O FOTOS DE FAMÍLIA HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO REGISTROS
É COMUM AS PESSOAS SEREM FOTOGRAFADAS EM REUNIÕES » (EF02HI03) Selecionar situa-
ções cotidianas que remetam à
FAMILIARES, COMO CASAMENTOS, PASSEIOS, ETC. ESSES percepção de mudança, perten-
MOMENTOS FICAM REGISTRADOS NAS FOTOS! cimento e memória.
ESSAS FOTOS GUARDAM A HISTÓRIA DA FAMÍLIA. ELAS » (EF02HI04) Selecionar e com-
preender o significado de ob-
TAMBÉM FORNECEM INFORMAÇÕES DE UMA ÉPOCA: COMO ERAM jetos e documentos pessoais
AS FAMÍLIAS E COMO VIVIAM, QUAIS ERAM AS DIVERSÕES, COMO como fontes de memórias e his-
tórias nos âmbitos pessoal, fami-
ERAM AS ROUPAS, ETC. liar, escolar e comunitário.
OBSERVE AS FOTOS A SEGUIR.
Atividade complementar
y Em
Ginasgalaxy/Dreamstime.com/ID/BR

uma data combinada, peça

Elenaray/Dreamstime.com/ID/BR
aos estudantes que tragam có-
pias de duas fotos de suas fa-
mílias: uma do passado e outra
atual. Eles devem identificar as
transformações e as permanên-
cias que ocorreram ao longo do
tempo nas famílias. Oriente-os
a pedir permissão aos respon-
sáveis para trazer esse tipo de
material para a escola e a ter cui-
dado com os documentos histó-
LUÍS E ANA OLIVEIRA, 1915. FAMÍLIA OLIVEIRA, 1935. ricos (como manuseá-los com as
mãos limpas, deixá-los apenas
sobre superfícies higienizadas,
1 EM 1915, QUANTAS PESSOAS FORMAVAM A FAMÍLIA OLIVEIRA? etc.). Lembre-os de que a data
de cada foto também é impor-
A família era formada por duas pessoas. tante. Elas podem ser anotadas
no caderno. Acompanhe a rea-
lização individual da atividade
2 E EM 1935? de comparação e identificação
das situações retratadas nas
A família era formada por sete pessoas e um cachorro.
duas temporalidades da própria
história. Por fim, promova uma
3 QUE DETALHES PODEM INDICAR QUE ESSAS FOTOS NÃO SÃO roda de conversa para o com-
partilhamento das percepções
ATUAIS? Além dos anos em que foram tiradas, os penteados, as roupas e a
aparência das fotos revelam que elas são antigas, do passado. individuais.
4 EM SUA OPINIÃO, O QUE A FAMÍLIA OLIVEIRA ESTAVA
FAZENDO NOS DIAS EM QUE FOI FOTOGRAFADA?
ESCOLHA UMA DAS FOTOS E CRIE UMA PEQUENA HISTÓRIA
PARA ELA. DEPOIS, CONTE ESSA HISTÓRIA AOS COLEGAS.
Resposta pessoal.

CINQUENTA E TRÊS 53

Orientações didáticas
AJ_CH2_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 53 vivência. É necessário estar atento para
7/9/21 atuais com a mesma aparência que as
2:08 PM

que as desigualdades entre eles não se fotos reproduzidas nessa seção. Por
y Nessa seção, as fotografias são analisa-
APOIO DIDÁTICO
tornem motivo de exclusão. isso, este não pode ser o único critério
das como documentos históricos. Elas
aparecem com caráter análogo em todos adotado na análise da idade das fotos.
Roteiro de aula
os livros da coleção e já foram abordadas
y Atividades 1 e 2: A análise permite a
y Atividade 4: A proposta permite aos es-
dessa forma anteriormente. Explicite aos tudantes levantar hipóteses sobre o co-
percepção de transformações (o au-
estudantes essa forma de compreensão tidiano da família Oliveira, com base em
mento do número de membros da fa-
da fotografia, de modo a evidenciar a mília) e permanências (os adultos Luís elementos da fotografia e nos conheci-
importância desse tipo de fonte para o e Ana Oliveira) na configuração familiar. mentos que eventualmente têm sobre
estudo da história das famílias. esse período histórico (coletados, por
y Atividade 3: Espera-se que os estudan-
y Em conversa com os estudantes, verifi- tes notem detalhes como penteados, exemplo, nas histórias de pessoas mais
que se eles sabem o que é um álbum de roupas e postura das pessoas, entre velhas de suas famílias e em estudos an-
fotografias e se a família deles tem um. outros elementos. Sobre o aspecto en- teriores). A investigação e a elaboração
Se houver alguém na turma que não velhecido das imagens, faça a ressalva de hipóteses com base na análise das
conheça esse objeto, peça a um dos co- de que, atualmente, existem filtros fo- fontes históricas são ações que favore-
legas que explique, compartilhando sua tográficos que podem deixar as fotos cem as atitudes historiadoras.

AJ_CH2_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 53 7/31/21 13:20


54 Capítulo 4 Muitas famílias,
muitas histórias
VAMOS LER IMAGENS!
HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO VAMOS LER
IMAGENS! FAMÍLIAS DE UM PASSADO
» (EF02HI02) Identificar e descre-
ver práticas e papéis sociais que
DISTANTE
as pessoas exercem em diferen-
tes comunidades.
VOCÊ JÁ SABE QUE AS LEGENDAS TRAZEM IMPORTANTES
» (EF02HI04) Selecionar e com-
preender o significado de ob- INFORMAÇÕES SOBRE AS IMAGENS. AGORA, VAMOS
jetos e documentos pessoais
como fontes de memórias e his- EXPLORAR UMA DESSAS INFORMAÇÕES: AS DATAS.
tórias nos âmbitos pessoal, fami-
liar, escolar e comunitário.
A IMAGEM ABAIXO MOSTRA UMA FAMÍLIA EGÍPCIA QUE
» (EF02HI08) Compilar histórias VIVEU HÁ MUITO TEMPO. O POVO DO EGITO ANTIGO HABITAVA
da família e/ou da comunidade TERRITÓRIOS DO NORTE DA ÁFRICA.
registradas em diferentes fontes.

Prisma/UIG/Getty Images
A
COMPONENTE ESSENCIAL
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Desenvolvimento de vocabulário.
MONUMENTO DE
PEDRA FEITO HÁ
MAIS DE QUATRO
MIL ANOS. ELE
REPRESENTA A
FAMÍLIA DO FARAÓ
AKHENATON, DO
EGITO ANTIGO.
ATUALMENTE,
ESSE MONUMENTO
SE ENCONTRA NO
MUSEU EGÍPCIO,
EM BERLIM, NA
ALEMANHA.

A LEGENDA DESSA FOTO MONUMENTO: OBRA, COMO


INFORMA QUANDO O MONUMENTO UMA ESCULTURA, FEITA EM
HOMENAGEM A UMA PESSOA, A UM
DE PEDRA FOI FEITO (HÁ QUATRO GRUPO OU A UM ACONTECIMENTO.
GERALMENTE, O MONUMENTO É
MIL ANOS) E EM QUAL PAÍS ELE COLOCADO EM LOCAIS PÚBLICOS.
SE ENCONTRA ATUALMENTE FARAÓ: COMO ERA CHAMADO O
REI NO EGITO ANTIGO.
(ALEMANHA).

54 CINQUENTA E QUATRO

Orientações didáticas y Ao longo dos volumes da coleção, as


AJ_CH2_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 54 Roteiro de aula 7/2/21 10:33 AM AJ_C

imagens são comumente acompanha-


yO contexto da formação familiar em y Atividade prévia: Antes de ler o texto
APOIO DIDÁTICO

uma temporalidade da longa duração, das por datas que constam nas legen- da seção, peça aos estudantes que ob-
de modo análogo ao estudo conduzido das. Nesse momento, elas serão clara- servem atentamente a imagem. Depois,
sobre a família romana antiga, foi mo- mente identificadas e problematizadas, pergunte a eles o que viram nessa re-
bilizado para remeter aos processos de permitindo aos estudantes uma leitura presentação, estimulando-os a se ex-
formação dos costumes, à plasticidade mais aprofundada da imagem, com pressar livremente.
do conceito de família e às transforma- base em sua contextualização histórica,
ainda que inicial.
y Para favorecer a análise da imagem,
ções e permanências das estruturas ao você pode fazer perguntas como: “O
longo do tempo. Além disso, a seção y Esse trabalho pautado na análise das que foi representado na imagem?”;
propõe a leitura das datas apresenta- imagens e suas respectivas legendas “Em qual material foi feita a represen-
das nas imagens. será retomado em outros momentos da tação?”; “A imagem parece recente ou
y Analisar as informações contidas na coleção. Sobre o uso das imagens no antiga?”. Anote na lousa as hipóteses
legenda ajudará os estudantes a com- ensino de História, veja a sugestão de levantadas pelos estudantes. Essa ati-
preender as imagens apresentadas, fa- leitura indicada na página seguinte des- vidade contribuirá para a realização do
vorecendo a aprendizagem. te manual. estudo proposto na seção.

AJ_CH2_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 54 7/31/21 13:20


Muitas famílias, Capítulo 4 55
muitas histórias
AGORA É A SUA VEZ

1 DE ACORDO COM A IMAGEM, QUANTAS CRIANÇAS FAZIAM Para complementar


PARTE DA FAMÍLIA DO FARAÓ AKHENATON? E QUANTOS
Litz, Valesca Giordano. O uso da
ADULTOS? ANOTE AS QUANTIDADES NOS QUADRINHOS. imagem no ensino de História.
Disponível em: http://www.
3  CRIANÇAS 2  ADULTOS d i a a d i a e d u c a c a o. p r.g ov. b r/
portals/pde/arquivos/1402-6.
2 O MONUMENTO EM QUE FOI REPRESENTADA A FAMÍLIA DE pdf. Acesso em: 9 jul. 2021.
Aprofunde seus conhecimentos
AKHENATON É ANTIGO OU É RECENTE? E A FOTO DESSE sobre o uso de imagens nas aulas
MONUMENTO? RESPONDA LIGANDO OS QUADROS. de História lendo o documento
produzido pela professora Vales-
ca Giordano Litz especialmente
MONUMENTO DE PEDRA RECENTE para o Programa de Desenvolvi-
mento Educacional do Estado do
Paraná.
FOTO ANTIGO

3 OBSERVE ESTA OBRA. ELA RETRATA UMA FAMÍLIA DA ROMA


ANTIGA.

Lanmas/Alamy/Fotoarena
B

DETALHE DE UM ALTAR
ROMANO FEITO HÁ
MAIS DE DOIS MIL
ANOS. ELE MOSTRA
PARTE DA FAMÍLIA DO
IMPERADOR ROMANO
AUGUSTO.
ATUALMENTE, ESSE
ALTAR SE ENCONTRA
NO MUSEU ARA PACIS,
EM ROMA, NA ITÁLIA.

A. QUANDO O ALTAR FOI CONSTRUÍDO? Há mais de dois mil anos.

B. EM QUAL PAÍS ELE SE ENCONTRA ATUALMENTE? Itália.

4 COMPARE AS IMAGENS A E B. QUAL FAMÍLIA ANTIGA,


APARENTEMENTE, ERA MAIS NUMEROSA, A EGÍPCIA OU
A ROMANA? EXPLIQUE.
A família romana, porque, no monumento mostrado na foto, contam-se dez membros.
CINQUENTA E CINCO 55

:33 AM
y Proceda, então, à leitura coletiva do
AJ_CH2_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 55 dendo que às crianças são destinados7/2/21 10:33 AMa identificação correta das informações
texto didático, explorando com os estu- certos cuidados que implicam uma po- solicitadas. Se necessário, repita a lei-
APOIO DIDÁTICO
dantes as informações da legenda. Peça sição diferente na cena retratada em tura da legenda ao longo do preenchi-
a eles, por exemplo, que contornem comparação com os adultos. mento das respostas da atividade.
as datas que aparecem na legenda. y Atividade 2: Verifique se os estudan- y Atividade 4: Espera-se que os es-
y Explique e aprofunde os termos des- tes conseguiram distinguir as duas tudantes façam uma contagem da
tacados no glossário e qualquer outra datações das legendas e, com base quantidade de membros da família
palavra que seja desconhecida pelos nelas, inferir que a foto é atual, mas romana e comparem-na com a da fa-
estudantes, promovendo a ampliação o objeto retratado foi confeccionado mília egípcia, ambas pertencentes à
do vocabulário. Se julgar adequado, há muito tempo. Esse tipo de identifi- Antiguidade. Ao comparar grandezas,
após a leitura do glossário, pergunte cação é importante para que a leitura eles desenvolvem habilidades relacio-
aos estudantes se há monumentos no das informações da legenda não indu- nadas à numeracia. Ajude-os a reto-
lugar onde vivem, garantindo a apreen- za ao erro de que as datas das fotos mar os resultados obtidos na ativida-
são inicial desse conceito. representam as idades dos objetos de 1. Se julgar conveniente, relembre o
y Atividade 1: Os estudantes devem retratados. conceito de família de acordo com os
identificar os diferentes papéis etários y Atividade 3: A proposta é estimular a romanos antigos, já trabalhado neste
retratados no monumento, compreen- leitura e a compreensão da legenda e capítulo.

AJ_CH2_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 55 7/31/21 13:20


56 Capítulo 4 Muitas famílias,
muitas histórias
P RE
APRENDER SEM
HABILIDADES AVALIADAS
NA SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF02HI04) Selecionar e com- 1 COMPLETE O DIAGRAMA COM OS PARENTESCOS CORRETOS.
preender o significado de ob-
jetos e documentos pessoais PARA ISSO, LEIA AS DICAS ANTES DE RESPONDER.
como fontes de memórias e his- A. ESPOSA DO IRMÃO DO D. MÃE DA MINHA MÃE
tórias nos âmbitos pessoal, fami-
liar, escolar e comunitário. MEU PAI.
E. OUTRO FILHO DO MEU PAI.
» (EF02HI05) Selecionar objetos e B. FILHO DO IRMÃO DA
documentos pessoais e de gru- F. MARIDO DA MINHA IRMÃ.
pos próximos ao seu convívio e MINHA MÃE.
compreender sua função, seu G. FILHA DO IRMÃO DO
uso e seu significado. C. PAI DA MINHA PRIMA.
MEU PAI.
» (EF02HI08) Compilar histórias
da família e/ou da comunidade
registradas em diferentes fontes. A. T I A
» (EF02HI09) Identificar objetos e
documentos pessoais que reme- B. P R I M O
tam à própria experiência no âm-
bito da família e/ou da comuni- C. T I O
dade, discutindo as razões pelas
quais alguns objetos são preser- D. A V Ó
vados e outros são descartados.
E. I R M Ã O

COMPONENTES ESSENCIAIS F. C U N H A D O
PARA A ALFABETIZAÇÃO
G. P R I M A
» Conhecimento alfabético.
» Produção de escrita.
2 O GRUPO DE PESSOAS QUE VIVE COM VOCÊ
É DIFERENTE DO GRUPO QUE VIVE COM SEU SABER
SER
COLEGA. E CADA PESSOA DA FAMÍLIA É DE UM
JEITO. SOBRE ISSO, RESPONDA: Respostas pessoais.
A. EM SUA OPINIÃO, ESSAS DIFERENÇAS PODEM DIFICULTAR
O RELACIONAMENTO ENTRE PESSOAS DE UMA FAMÍLIA E
DE OUTRA? POR QUÊ?

B. AS PESSOAS QUE FAZEM PARTE DE UMA MESMA FAMÍLIA


OU DE UM MESMO GRUPO SÃO DIFERENTES ENTRE SI.
CADA UMA TEM GOSTOS, OPINIÕES E MODOS DE PENSAR
PRÓPRIOS. ISSO PODE GERAR CONFLITOS. EM SUA OPINIÃO,
COMO ESSES CONFLITOS PODEM SER RESOLVIDOS?

56 CINQUENTA E SEIS

Orientações didáticas Roteiro de aula


AJ_CH2_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 56 lousa. Número de pessoas, composi- 7/2/21 10:33 AM

ção, origens e costumes são algumas


y Mais y Atividade 1: Leia o enunciado aos es-
APOIO DIDÁTICO

uma vez, é importante conscien-


tudantes e explique o que deve ser fei- das respostas que podem ser mencio-
tizar os estudantes da diversidade de
to, pois a forma de apresentação do nadas. Em seguida, peça aos estudan-
modelos familiares e da importância da
diagrama de palavras pode ser des- tes que imaginem como seria se todas
valorização da diversidade.
conhecida para alguns deles. Se julgar as famílias fossem iguais, tivessem as
y A seção Aprender sempre propõe uma
necessário, reproduza o diagrama na mesmas opiniões e os mesmos hábi-
atividade de produção escrita por meio lousa e proponha aos estudantes que o tos ou a mesma cultura. Depois, solicite
de um diagrama de palavras. Aprovei- completem coletivamente primeiro e só que respondam ao item a e justifiquem
te o momento para avaliar como está a depois o copiem no livro. suas respostas. Ao se manifestar, os es-
compreensão de texto dos estudantes, y Atividade 2: Para dar início à conversa, tudantes exercitam a expressão oral e
que deverão identificar o parente des- faça com os estudantes um levanta- iniciam a prática de organizar e articu-
crito e escrever o termo corretamente mento sobre as diferenças que podem lar ideias com coerência. Faça o mesmo
nos respectivos quadradinhos. existir entre as famílias e registre-as na com o item b. Com base nas respostas,

AJ_CH2_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 56 7/31/21 13:20


Muitas famílias, Capítulo 4 57
muitas histórias
3 AGORA, VOCÊ VAI REPRESENTAR SUA FAMÍLIA OU O GRUPO
DE PESSOAS COM QUEM VIVE EM UM PAINEL DE IMAGENS.
SABER
SER
Habilidades de
PARA ISSO, SIGA AS ETAPAS ABAIXO. relacionamento

• PEÇA AOS ADULTOS COM QUEM VOCÊ VIVE UMA FOTO y Atividade 2: Ao refletir so-
bre a diversidade, essa ativida-
SUA E UMA FOTO DE CADA PESSOA DA FAMÍLIA. SE NÃO de promove o reconhecimen-
to das diferenças pessoais e
CONSEGUIR NENHUMA, FAÇA UM DESENHO. familiares em um cenário que
exige uma postura empática
• ORGANIZE AS IMAGENS DAS PESSOAS EM ORDEM e que respeite as diferenças
DECRESCENTE DE IDADE (DO MAIS VELHO PARA individuais e a observância
dos direitos e dos cuidados
O MAIS NOVO). necessários à boa convivência
social. Assim, a proposta didá-
• COLE AS IMAGENS EM UMA CARTOLINA OU EM UMA FOLHA tica favorece a mobilização da
competência socioemocional
DE PAPEL PARDO, SEGUINDO A ORDEM DE IDADE. e incentiva a autonomia in-
telectual dos estudantes por
• EMBAIXO DE CADA FOTO, ESCREVA O NOME DA PESSOA E meio da promoção da expres-
O GRAU DE PARENTESCO DELA COM VOCÊ, SE HOUVER. são oral.

• ENFEITE SEU PAINEL DO JEITO QUE QUISER.


• MOSTRE SEU PAINEL AOS COLEGAS.

Ilustração: Ilustra Cartoon/ID/BR. Fotografias (da esquerda para a direita, de cima para baixo): Barsik/Dreamstime.com/ID/BR;
Elenathewise/Dreamstime.com/ID/BR; Andres Rodriguez/Dreamstime.com/ID/BR; Jason Stitt/Dreamstime.com/ID/BR; Galina
Barskaya Dreamstime.com/ID/BR; José Wilson Araújo/Shutterstock.com/ID/BR; Peteralbrektsen/Dreamstime.com/ID/BR;
Auremar/Shutterstock.com/ID/BR; AVAVA/Shutterstock.com/ID/BR; Bobby Deal/Shutterstock.com/ID/BR; Photobank.ch/
Shutterstock.com/ID/BR.

PAINEL DA FAMÍLIA DE PEDRO.

CINQUENTA E SETE 57

estimule a reflexão sobre o respeito e


AJ_CH2_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 57 zar, a selecionar e a disponibilizar fotos
7/9/21 2:09 PM

a tolerância nos relacionamentos. Essa de familiares e/ou a produzir desenhos


APOIO DIDÁTICO

atividade desenvolve habilidades rela- de membros da família que, eventual-


cionadas à numeracia. Se considerar ne- mente, não possuam fotos. Ajude-os a
cessário, informe aos familiares ou res- organizar as fotografias e os desenhos.
ponsáveis pelos estudantes que a turma A produção dos painéis pode ser uma
está organizando um painel de fotos da oportunidade para conhecer mais as fa-
família. Isso poderá auxliar na condução mílias de cada um deles. Incentive-os a
da atividade 3. falar sobre os costumes e os hábitos da
y Atividade 3: Para a realização dessa família, a contar o que fazem quando se
atividade, mediante o suporte dos res- reúnem, a compartilhar as memórias en-
ponsáveis, ajude os estudantes a locali- graçadas, etc.

AJ_CH2_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 57 7/31/21 13:20


57A Conclusão do capítulo 4

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 4
Sugestões para a avaliação formativa
1. Este capítulo, “Muitas famílias, muitas histórias”, é dedicado à retomada da discussão sobre a pluralidade que
caracteriza os grupos familiares, já trabalhada no volume 1. Neste volume, no entanto, a proposta é ampliar a
reflexão e suscitar objetos de conhecimento relativos às formas históricas assumidas pelas famílias no decor-
rer do tempo, mediante o trabalho com distintos registros que evidenciam as mudanças e as permanências
no conceito de família.
2. A seção Aprender sempre pode atuar como estratégia de avaliação do processo de aprendizagem delineado
ao longo do capítulo, pois retoma algumas das habilidades fundamentais da abordagem proposta.
3. Com a atividade 1, é possível compreender como estão as habilidades dos estudantes em relação à alfabetiza-
ção, pois permite avaliar a compreensão dos textos que compõem as expressões descritivas das relações de
parentesco. Além disso, a escrita de cada termo de parentesco também pode atuar como forma de avaliação
do processo de alfabetização.
4. A atividade 2 retoma principalmente aspectos que tangenciam competências socioemocionais referendadas
pela empatia, pelo respeito à diferença e por habilidades sociais que favorecem a convivência comunitária.
5. Ainda na atividade 2, é possível também julgar como os estudantes são capazes de sistematizar as continui-
dades e as rupturas entre a própria identidade e as características que definem as identidades dos colegas,
que favorecem o reconhecimento de si como sujeito no mundo.
6. A atividade 3 é uma proposta didática de base investigativa que visa avaliar como os estudantes se apre-
sentam no que tange à postura e à atitude historiadora. Por isso, é importante considerar as habilidades
EF02HI04, EF02HI05, EF02HI08 e EF02HI09.
7. Por seus objetivos, a atividade 3 permite analisar como está consolidada a perspectiva dos distintos registros
históricos e a percepção dos estudantes a respeito da importância das fontes.

Atividade de remediação
• Atividade 1: Com o intuito de reforçar as habilidades EF02HI03, EF02HI04, EF02HI06 e EF02HI09, proponha
uma atividade sobre os brinquedos antigos e atuais dos estudantes. Para isso, oriente-os a conversar com os
responsáveis, investigando a lembrança sobre o primeiro brinquedo que a criança ganhou. Se esse brinquedo
ainda for presente na vida do estudante, peça a ele que o leve à escola no dia da apresentação. Se, no entanto,
esse brinquedo não estiver mais em posse da família, oriente-o a buscar uma fotografia dele com o brinquedo
ou, pelo menos, uma imagem do brinquedo disponível na internet.
• Os estudantes devem ser orientados a escolher apenas um entre os brinquedos com os quais se divertem na
fase da vida na qual desenvolverá a atividade (no hoje/atualmente). Como esse é um brinquedo atual na vida
do estudante, se possível, peça a ele que o leve para escola ou, se for um objeto de muito valor, delicado ou
de difícil transporte, solicite ao estudante que leve uma fotografia recente na qual apareça com o brinquedo.
• A partir dos dois brinquedos identificados – o primeiro brinquedo da infância e o brinquedo de que mais gosta
na atualidade –, o estudante deverá justificar o porquê de o brinquedo “de antes” ter sido divertido e já não o
ser, comparando-o com o brinquedo “de hoje”.
• Em data previamente agendada, os estudantes deverão apresentar as conclusões sobre os brinquedos, bem
como as fontes materiais de pesquisa, sejam elas os próprios brinquedos ou fotografias que registram a crian-
ça com os brinquedos. Dessa forma, eles serão levados a compreender, na prática, como os objetos podem
ser lidos como fontes materiais que registram a história pessoal.

AJ_CH2_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 57 8/2/21 11:52


As famílias brasileiras Capítulo 5 58A

CAPÍTULO 5 AS FAMÍLIAS BRASILEIRAS

Objetivos pedagógicos
1. Instigar o reconhecimento da variabilidade de costumes 5. Promover a compreensão a respeito da intrínseca relação
familiares, que devem ser compreendidos como resultado entre a história do sujeito, da família, da comunidade e
de interações cultural, social, regional e ambiental. da própria nação, considerando elementos fundamentais
2. Discutir a importância do conhecimento da origem fami- da historicidade da nação brasileira e da formação de
liar, contextualizando aspectos relativos à identidade, ao seu povo.
pertencimento e à memória. 6. Contextualizar as mudanças observadas em relação ao
3. Contextualizar os objetos como fontes materiais impor- papel e às funções exercidas pelas mulheres ao longo do
tantes para a análise da história familiar e da comunidade, tempo, promovendo a compreensão dos avanços que
a respeito da relevância da manutenção das tradições e ainda se mostram necessários no que tange à igualdade
dos costumes a eles associados. de gênero na educação, nas oportunidades de trabalho,
no cuidado com a casa e com as crianças.
4. Favorecer o desenvolvimento da empatia, promovendo a
valorização da diversidade cultural com base na apresen-
tação de exemplos de diferentes povos.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Em continuidade ao desenvolvimento de habilidades im- caracterizam a história de uma família, de uma comunidade
plicadas no reconhecimento das diferentes configurações ou mesmo de uma nação inteira. Assim, identidade, pertenci-
familiares e seus respectivos costumes, que marcam as mu- mento e memória são elementos presentes em vários temas
danças e as permanências históricas, este capítulo propõe a
do capítulo.
discussão sobre as diferentes origens familiares. Assim, serão
tangenciados aspectos relativos aos processos migratórios e É apresentada, ainda, a contextualização sobre o papel e
à formação do povo brasileiro em decorrência da interação as funções das mulheres ao longo do percurso histórico, de-
entre indígenas, europeus e africanos. lineando alguns dos avanços obtidos em relação à igualdade
No trabalho com a origem familiar, será discutida a forma de gênero e propondo reflexões sobre os aspectos que ainda
como os objetos podem atuar como fontes materiais que precisam ser melhorados.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 2, 3, 6, 8 e 9

Competências específicas de Ciências Humanas para o


1, 2, 3, 4, 5 e 6
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


6e7
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


1, 2, 3, 4, 5 e 6
Fundamental

Habilidades de Geografia EF02GE01, EF02GE02 e EF02GE04

EF02HI01, EF02HI02, EF02HI03, EF02HI04,


Habilidades de História
EF02HI05, EF02HI06, EF02HI08 e EF02HI10

AJ_CH2_PNLD23_C05_058Aa071A_MP.indd 58 8/2/21 11:54


58 Capítulo 5 As famílias
brasileiras

Daniel Wu/ID/BR
HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF02GE01) Descrever a história
das migrações no bairro ou co-
munidade em que vive.
» (EF02HI01) Reconhecer espaços
de sociabilidade e identificar os
motivos que aproximam e sepa-
ram as pessoas em diferentes gru-
pos sociais ou de parentesco.
» (EF02HI08) Compilar histórias da
família e/ou da comunidade regis-
tradas em diferentes fontes.

58

Orientações didáticas Roteiro de aula


AJ_CH2_PNLD23_C05_058a071_LA.indd 58 carregando algumas malas. Eles devem 7/9/21 2:48 PM

ser capazes de inferir que a imagem re-


y Partindo y Leia o texto didático com os estudantes
APOIO DIDÁTICO

da discussão empreendida no
trata um momento do passado, especial-
capítulo anterior, a proposta agora é re- e solicite a eles que analisem e descre-
mente pelo uso de navio (menos comum
fletir sobre a origem das famílias, soman- vam a imagem.
para transporte de passageiros hoje) e
do esse aspecto à historicidade inerente y Após a exploração inicial do contexto pelo vestuário das pessoas retratadas na
ao conceito de família, já abordado. retratado na imagem, medeie a reflexão imagem.
y Como o contexto da abertura do capí- dos estudantes, motivada pelas questões
y Atividade 2: Fomente a memória dos
tulo baseia-se nas origens das famílias norteadoras, que podem ser trabalhadas estudantes a fim de que eles compar-
brasileiras, aproveite o momento para e discutidas coletivamente. tilhem com os colegas as histórias das
questionar os estudantes sobre o que y Atividade 1: Incentive os estudantes a famílias deles. Talvez algum estudante
sabem a respeito da história da família elaborar hipóteses que expliquem as rou- conte fatos e compartilhe informações
deles e, se julgar conveniente, da histó- pas de época e a cena, que retrata uma sobre processos migratórios que mar-
ria do Brasil. família desembarcando em um porto e cam a história da família. É possível,

AJ_CH2_PNLD23_C05_058Aa071A_MP.indd 58 7/31/21 13:32


As famílias Capítulo 5 59
brasileiras

SABER Autoconsciência
UL
APÍT O
SER

AS FAMÍLIAS

5
y Atividade 3: Considerando
C que a proposta dessa ativida-

BRASILEIRAS de é refletir sobre um passado


em comum e a importância de
conhecer a origem da família,
é possível mobilizar a compe-
VOCÊ JÁ VIU QUE CADA tência voltada ao conhecimen-
to de si, em uma perspectiva
FAMÍLIA TEM SUA HISTÓRIA. que motive a busca de infor-
mações que agreguem signi-
ALÉM DISSO, AS FAMÍLIAS ficado às histórias pessoais,
TAMBÉM PODEM TER ORIGENS familiares e da comunidade.

DIFERENTES: MUITAS FAMÍLIAS


BRASILEIRAS SÃO FORMADAS
POR PESSOAS QUE VIERAM
DE DIFERENTES LUGARES DO
BRASIL E DE OUTROS PAÍSES.

PARA COMEÇO DE CONVERSA


1 POR QUE VOCÊ ACHA
QUE AS PESSOAS
RETRATADAS NESSA IMAGEM
ESTÃO NESSE LUGAR E
VESTIDAS DESSA FORMA?
Resposta pessoal.
2 VOCÊ CONHECE ALGUMA
HISTÓRIA DO PASSADO DE
SEUS FAMILIARES? SE SIM,
CONTE-A AOS COLEGAS.
Resposta pessoal.
3 VOCÊ CONSIDERA
SABER
ESSAS HISTÓRIAS SER
IMPORTANTES?
POR QUÊ? Respostas pessoais.

IMIGRANTES CHEGANDO AO BRASIL NO


INÍCIO DOS ANOS 1900.

CINQUENTA E NOVE 59

também, que algum estudante eviden-


AJ_CH2_PNLD23_C05_058a071_LA.indd 59 7/9/21 2:49 PM

cie o fato de morar em um lugar (cida-


APOIO DIDÁTICO

de, estado ou país) diferente da maio-


ria dos parentes, informação essa que
pode pautar a análise dos processos
migratórios.
y Atividade 3: Os estudantes devem ser
orientados a valorizar a origem familiar
e as histórias que a evidenciam, uma
vez que isso contribuirá para a percep-
ção de pertencimento dos estudantes a
uma comunidade com um passado em
comum.

AJ_CH2_PNLD23_C05_058Aa071A_MP.indd 59 7/31/21 13:32


60 Capítulo 5 As famílias
brasileiras
OS COSTUMES DE CADA FAMÍLIA
HABILIDADES DESENVOLVIDAS CADA FAMÍLIA TEM SUAS HISTÓRIAS, SEUS GOSTOS E SEUS
NO TEMA “OS COSTUMES
DE CADA FAMÍLIA” COSTUMES. ELES SÃO PASSADOS DOS MAIS VELHOS AOS MAIS
» (EF02GE04) Reconhecer seme- NOVOS. OBSERVE ALGUNS COSTUMES.
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no

Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

Cesar Diniz/Pulsar Imagens


modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares.
» (EF02HI01) Reconhecer espa-
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se-
param as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco.
» (EF02HI02) Identificar e descre-
ver práticas e papéis sociais que
as pessoas exercem em diferen-
tes comunidades. FAMÍLIA FAZENDO CHURRASCO EM FAMÍLIA NO CAMPO EM PONTA PORÃ,
SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL. MATO GROSSO DO SUL. FOTO DE 2018.
» (EF02HI03) Selecionar situações
FOTO DE 2019.
cotidianas que remetam à per-
cepção de mudança, pertenci-

Luciola Zvarick/Pulsar Imagens


mento e memória.
» (EF02HI08) Compilar histórias
da família e/ou da comunidade
registradas em diferentes fontes.
FAMÍLIA INDÍGENA
WAUJÁ NA ALDEIA
PIYULAGA, EM
GAÚCHA DO
NORTE, MATO
GROSSO.
FOTO DE 2019.

1 SUA FAMÍLIA COSTUMA FAZER ALGO ESPECIAL, DE QUE


TODOS GOSTAM MUITO? EM CASO AFIRMATIVO, O QUÊ?
Respostas pessoais.
PARA E
XPLORAR

É TUDO FAMÍLIA!, DE ALEXANDRA MAXEINER. TRADUÇÃO DE HEDI


GNÄDINGER. ILUSTRAÇÕES DE ANKE KUHL. L&PM EDITORES.
AS FAMÍLIAS SÃO DIFERENTES E CADA PESSOA QUE FAZ PARTE DELAS TEM UM
JEITO. NESSE LIVRO, CONHEÇA A HISTÓRIA DE UMA FAMÍLIA MUITO GRANDE
EM QUE TODOS VÃO TER DE APRENDER A LIDAR COM A DIVERSIDADE.

60 SESSENTA

Orientações didáticas y O diálogo sobre a diversidade cultural


AJ_CH2_PNLD23_C05_058a071_LA.indd 60 costumam realizá-lo, em quais espaços 7/9/21 2:39 PM AJ_C

é  aprofundado por meio da descrição domésticos, com qual frequência, se há


y Retome com os estudantes os conteú-
APOIO DIDÁTICO

dos costumes observados nas imagens, o uso de objetos específicos, etc.


dos trabalhados em capítulos ou volu-
me anteriores sobre a importância dos
pois os estudantes poderão identificar y Essa pode ser uma oportunidade para
práticas e papéis sociais de diferentes sensibilizar os estudantes sobre as re-
costumes, das brincadeiras e das festas
povos, comparando-os com os da co- lações de afeto e os processos identi-
de cada família. Lembre-os de que es-
munidade em que vivem. tários presentes nas ações cotidianas e
ses elementos são construídos histori-
coletivas das famílias.
camente e estão ligados à cultura e ao Roteiro de aula
momento histórico em que ocorrem. y Atividade 2: Por meio da pesquisa com
y Atividade 1: Promova o compartilha- os responsáveis, os estudantes vão co-
y Incentive os estudantes a descrever as mento de experiências de modo que os letar e compilar histórias que revelam
imagens dessa página. O objetivo des- estudantes possam reconhecer os cos- costumes familiares. Até o momento,
se conjunto de fotos é propor um painel tumes que consideram especiais. Peça- eles discutiram diversos costumes das
de diversidade familiar e de costumes -lhes que descrevam o costume esco- comunidades apresentadas. Agora, o
familiares contemporâneos do Brasil. lhido, dizendo quais pessoas da família contexto será constituído pelos pró-

AJ_CH2_PNLD23_C05_058Aa071A_MP.indd 60 7/31/21 13:32


As famílias Capítulo 5 61
brasileiras
RECONHECENDO OS COSTUMES
AS FESTAS, O MODO DE ORGANIZAR A MORADIA, AS Atividade complementar
BRINCADEIRAS, OS JOGOS E OS PRATOS TÍPICOS SÃO ALGUNS y Ao final do trabalho com essa
página, você pode solicitar aos
DOS ASPECTOS QUE VARIAM DE FAMÍLIA PARA FAMÍLIA. estudantes que contem se há
algum costume de que não gos-
2 VOCÊ VAI IDENTIFICAR ALGUNS COSTUMES DA SUA FAMÍLIA tam em suas famílias. O diálogo,
conduzido com sensibilidade,
E REALIZAR DOIS REGISTROS SOBRE ELES: ESCREVER UMA pode complementar o reconhe-
FRASE E FAZER UM DESENHO. CASO NÃO SAIBA OS COSTUMES cimento, pelos estudantes, da
própria identidade e das rela-
A SEGUIR, PERGUNTE A UM ADULTO DE SUA FAMÍLIA. ções que estabelecem com seus
grupos familiares.
A. QUAL É A SUA COMEMORAÇÃO FAVORITA EM FAMÍLIA?
Resposta pessoal.

Desenho do estudante.

B. QUAIS ALIMENTOS COSTUMAM SER SERVIDOS DURANTE


AS REFEIÇÕES COM SUA FAMÍLIA?
Resposta pessoal.

Desenho do estudante.

3 AGORA, TROQUE DE LIVRO COM UM COLEGA E CONHEÇA


OS COSTUMES DA FAMÍLIA DELE. Resposta pessoal.

SESSENTA E UM 61

39 PM prios costumes familiares, pelos cos-


AJ_CH2_PNLD23_C05_058a071_LA.indd 61 Negra, etc.), entre outras possibilidades
7/2/21 bam que as festas e as comemorações
11:49 AM

tumes da comunidade em que vivem e de datas comemorativas. têm importâncias diferentes em cada
APOIO DIDÁTICO
pela diversidade cultural no grupo es- comunidade e em cada família, e essa
colar. Ao propor a construção de frases
y Atividade 2b: Peça aos estudantes que
falem das refeições no dia a dia e das diversidade deve ser estimulada e res-
simples, essa atividade permite avaliar refeições em dias festivos, identifican- peitada, pois ela representa um dos valo-
a produção escrita dos estudantes. res da nossa constituição cultural como
do as possíveis diferenças. Questione-
y Atividade 2a: Caso os estudantes não -os sobre quem faz as refeições e quais brasileiros.
identifiquem prontamente comemora-
ções familiares significativas, auxilie-os
são as predileções de sua família e as y O livro É tudo família!, de Alexandra Ma-
comidas de que eles mais gostam. xeiner, indicado no boxe Para explorar,
questionando sobre festas religiosas (Na-
tal, Ano-Novo, Páscoa, Hanuká, dias em y Atividade 3: Por meio das comparações, é uma ótima maneira de sistematizar os
comemoração aos santos, entidades ou os estudantes perceberão a diversidade diferentes papéis e funções assumidos
orixás, etc.), aniversários (dos membros de fontes de memória, reconhecendo pelos membros da família, assim como
da família e de amigos, de casamento, a historicidade dos próprios registros. para consolidar a pluralidade relativa às
etc.), festas cívicas (Dia da Consciência Além disso, espera-se que eles perce- configurações familiares.

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62 Capítulo 5 As famílias
brasileiras
FAMÍLIAS DE DIFERENTES ORIGENS
HABILIDADES DESENVOLVIDAS AS FAMÍLIAS DO BRASIL TÊM DIFERENTES HISTÓRIAS E
NO TEMA “FAMÍLIAS DE
DIFERENTES ORIGENS” ORIGENS. OS POVOS INDÍGENAS FORAM OS PRIMEIROS A MORAR
» (EF02GE01) Descrever a história NESTA TERRA. DEPOIS DELES, MUITAS OUTRAS PESSOAS DE
das migrações no bairro ou co-
munidade em que vive. DIFERENTES LUGARES DO MUNDO VIERAM VIVER AQUI.
» (EF02GE02) Comparar costumes PRIMEIRO, VIERAM OS PORTUGUESES. DEPOIS, OS
e tradições de diferentes popula-
ções inseridas no bairro ou comu- AFRICANOS FORAM TRAZIDOS À FORÇA PARA TRABALHAR.
nidade em que vive, reconhecen- SÉCULOS MAIS TARDE, CHEGARAM OS ITALIANOS, ALEMÃES,
do a importância do respeito às
diferenças. JAPONESES, ÁRABES, ETC. TODOS ELES CONTRIBUÍRAM PARA A
» (EF02GE04) Reconhecer seme- FORMAÇÃO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS. OBSERVE AS FOTOS.
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no

FG Trade/iStock/Getty Images

Fernando Favoretto/Criar Imagem


modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares.
» (EF02HI03) Selecionar situações
cotidianas que remetam à per-
cepção de mudança, pertenci-
mento e memória.
» (EF02HI08) Compilar histórias
da família e/ou da comunidade
registradas em diferentes fontes. FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DO RIO DE
JANEIRO. FOTO DE 2020.

COMPONENTE ESSENCIAL

Mitsu Shimosakai/Arquivo pessoal


PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Produção de escrita. FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE SÃO
PAULO. FOTO DE 2019.

FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE ILHABELA, SÃO


PAULO. FOTO DE 2021.

1 PINTE DE AMARELO O QUADRINHO DA FRASE QUE ESTÁ DE


ACORDO COM ESSAS FOTOS.
 TODAS AS FAMÍLIAS BRASILEIRAS TÊM A MESMA
ORIGEM.

 CADA FAMÍLIA ESTÁ ORGANIZADA À SUA MANEIRA E


PODE TER ORIGENS DIFERENTES.

62 SESSENTA E DOIS

Orientações didáticas
AJ_CH2_PNLD23_C05_058a071_LA.indd 62 a refletir sobre as origens de seus costu- 7/2/21 11:49 AM AJ

mes familiares.
yO conjunto de imagens apresentado
APOIO DIDÁTICO

nessa página tem o objetivo de expres-


sar a diversidade étnica das famílias bra- Roteiro de aula
sileiras, apresentando diferentes fenóti- y Leia o texto didático com os estudantes
pos e configurações familiares. e solicite-lhes que descrevam as imagens.
y Ao trabalhar com os estudantes o tema Incentive-os na identificação das paisa-
“Uma mistura de costumes”, retome a gens, das características físicas das per-
conversa sobre a origem das famílias e sonagens e das poses e atividades em
dos grupos que vieram de países distin-
que foram retratadas.
tos, abordando a diversidade de identi-
dades e culturas presentes na formação y Depois, leia também as legendas com
cultural brasileira. a turma. A análise inicial das imagens
y O contexto permite historicizar os hábi- como fontes visuais poderá facilitar a
tos alimentares e convida os estudantes realização da atividade 1.

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As famílias Capítulo 5 63
brasileiras
UMA MISTURA DE COSTUMES
AS DIFERENTES ORIGENS CONTRIBUÍRAM PARA A GRANDE Atividade complementar
DIVERSIDADE DE COSTUMES DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS. y Se julgar conveniente, identifique,
com os estudantes, um prato típi-
NA RUA, NA ESCOLA, NO TRABALHO, AS PESSOAS SE co da comunidade deles e propo-
nha a investigação sobre o modo
ENCONTRAM E CONVIVEM. E, NESSA CONVIVÊNCIA, CADA UMA como esse alimento é preparado.
A pesquisa pode ser feita por
APRENDE ALGO DOS COSTUMES DA OUTRA.
meio de entrevista com os adultos
POR EXEMPLO, MUITA GENTE TEM O HÁBITO DE COMER da família deles e/ou da comuni-
dade escolar. Outra possibilidade
MANDIOCA, QUE É DE ORIGEM INDÍGENA. OU DE COMER de estimular a atitude historia-
dora é propor a investigação das
CARNE COZIDA COM INHAME, UM LEGUME TRAZIDO PELOS origens de algum prato que seja
POVOS AFRICANOS. E, DE VEZ EM QUANDO, É MUITO BOM comum na merenda escolar. Essa
atividade permite aos estudantes
TOMAR SOPA, COMO FAZEM OS PORTUGUESES. VOCÊ GOSTA reconhecer aspectos identitários
de suas culturas locais e com-
DE ALGUM DESSES ALIMENTOS? partilhar lembranças familiares
e/ou escolares em relação à ali-
2 COMPLETE AS FRASES COM OS NOMES DOS PRATOS mentação. Ela também favorece
a reflexão sobre as relações entre
RETRATADOS NESTAS FOTOS. passado e presente, identifican-
do permanências e transforma-

jirkaejc/iStock/Getty Images
B ções no cotidiano da comunidade
CarlaNichiata/iStock/Getty Images

A
quanto aos hábitos alimentares.
Getty Images/iStockphoto

vtupinamba/iStock/Getty Images
C

A. A tapioca É FEITA DE FARINHA DE MANDIOCA.


A ORIGEM DESSE ALIMENTO É INDÍGENA.

B. O COSTUME DE TOMAR sopa FOI TRAZIDO PELOS


PORTUGUESES.

C. O quibe É UM PRATO DE ORIGEM ÁRABE.

D. O acarajé FOI TRAZIDO AO BRASIL PELOS POVOS


AFRICANOS.

SESSENTA E TRÊS 63

11:49 AM
y Atividade 1: Leia o enunciado da ativi-
AJ_CH2_PNLD23_C05_058a071_LA.indd 63
y Atividade 2: Pergunte aos estudantes7/9/21 2:39 PM

dade e certifique-se de que os estudan- quais alimentos representados nas fotos


APOIO DIDÁTICO

tes identificaram a cor solicitada. eles já comeram, se gostaram ou não


deles ou se têm vontade de prová-los.
y Depois, faça a leitura das frases e veri-
Caso esses alimentos sejam consumidos
fique se eles conseguiram apreender as
pela família, pergunte sobre os ingre-
informações do texto didático e da aná-
dientes e o modo de preparo, chaman-
lise das imagens. A proposta retoma os
do a atenção dos estudantes para o fato
diálogos sobre a diversidade familiar e
de que o mesmo prato pode ser feito
apresenta como evidências as famílias
de várias maneiras, de acordo com os
retratadas nas imagens. costumes de cada família. Auxilie-os na
y Leia o texto didático do tema “Uma mis- identificação dos alimentos retratados e
tura de costumes” com os estudantes e no processo de escrita do nome de cada
questione-os sobre os hábitos alimenta- prato, mobilizando a habilidade de lite-
res das família deles. racia relacionada à produção de escrita.

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64 Capítulo 5 As famílias
brasileiras
FAMÍLIAS DIFERENTES, COSTUMES DIFERENTES
HABILIDADES DESENVOLVIDAS AS DIFERENÇAS DE COSTUMES SÃO MAIS EVIDENTES
NO TEMA “FAMÍLIAS
DIFERENTES, COSTUMES QUANDO COMPARAMOS OS COSTUMES DE FAMÍLIAS DE
DIFERENTES”
POVOS OU DE ÉPOCAS DIFERENTES. O TEXTO A SEGUIR É
» (EF02GE04) Reconhecer seme- SOBRE ALGUNS COSTUMES DO POVO SATERÉ-MAWÉ, DO
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no AMAZONAS. VOCÊ JÁ OUVIU FALAR DESSE POVO?
modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares.
» (EF02HI02) Identificar e descre- NA COMUNIDADE INDÍGENA RURAL SAHÚ-APÉ, […] AS
ver práticas e papéis sociais que CRIANÇAS VIVEM NUM CENÁRIO BASTANTE NATURAL,
as pessoas exercem em diferen-
tes comunidades.
PRÓXIMO DE SUAS TRADIÇÕES E COSTUMES, ISTO É,
» (EF02HI04) Selecionar e com-
RODEADAS POR RIOS […] E MATAS. CAÇAM E PESCAM COM
preender o significado de obje- OS MAIS VELHOS, O QUE A NATUREZA […] OFERECE, COMO
tos e documentos pessoais como
JACARÉ, CUTIA, PEIXES, ENTRE OUTROS [ANIMAIS]. […]
fontes de memórias e histórias
nos âmbitos pessoal, familiar, es- ELAS PARTICIPAM

Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo


colar e comunitário. DA COLHEITA DE
» (EF02HI08) Compilar histórias da MILHO, MANDIOCA
família e/ou da comunidade regis-
tradas em diferentes fontes. E DO PREPARO DA
» (EF02HI10) Identificar diferentes FARINHA. ELAS SABEM
formas de trabalho existentes na IDENTIFICAR AS FRUTAS
comunidade em que vive, seus
significados, suas especificidades DA NATUREZA E
e importância. AQUELAS CULTIVADAS.
APRENDEM A ARTE DE
COMPONENTE ESSENCIAL ANDAR DE CANOA E
PARA A ALFABETIZAÇÃO [A] ORIENTAR-SE PELO
» Compreensão de textos. CAMINHO DO MATO.
CRIANÇAS DO POVO SATERÉ-MAWÉ
CUTIA: ESPÉCIE DE FAZENDO ARTESANATO COM LINHAS E
ANIMAL ROEDOR. SEMENTES NO MUNICÍPIO DE MANAUS,
AMAZONAS. FOTO DE 2018.

JOÃO LUIZ DA COSTA BARROS. BRINCADEIRAS E RELAÇÕES INTERCULTURAIS NA ESCOLA


INDÍGENA: UM ESTUDO DE CASO NA ETNIA SATERÉ-MAWÉ. 2012. 133 P. TESE (DOUTORADO
EM EDUCAÇÃO) – UNIMEP, PIRACICABA.

1 O QUE MAIS CHAMOU SUA ATENÇÃO NO MODO DE


VIDA DA COMUNIDADE SAHÚ-APÉ? VOCÊ E SUA FAMÍLIA
REALIZAM MUITAS ATIVIDADES JUNTOS? QUAIS?
Respostas pessoais.
64 SESSENTA E QUATRO

Orientações didáticas a fotografia era um artigo caro e so-


AJ_CH2_PNLD23_C05_058a071_LA.indd 64 pressas, pois grande parte desses arqui- 7/2/21 11:49 AM

mente as famílias mais abastadas ti- vos existe apenas em meio digital.
y Como parte da estratégia de valorizar a
APOIO DIDÁTICO

diversidade cultural em uma perspectiva nham acesso a esse tipo de registro.


Além disso, os fotógrafos eram profis- Roteiro de aula
histórica que reconhece na formação do
povo brasileiro diferentes origens étnico- sionais especializados, isto  é, o costu- y Faça a leitura compartilhada do texto
-culturais, são apresentados ao longo do me de fazer fotos não era popularizado. de João Luiz da Costa Barros e, se jul-
volume vários casos exemplares de po- Como havia a chance de a foto não ficar gar conveniente, peça aos estudantes
vos indígenas. “boa”, as pessoas costumavam montar que circulem o nome da comunidade
y Explique aos estudantes que o Brasil uma pose para não estragar a foto. indígena sobre a qual o texto fala. Para
possui muitas etnias (povos) indígenas y Estabeleça uma comparação com os aprofundar seus conhecimentos sobre os
e que um povo pode estar distribuído dias atuais: existem diversos disposi- Sateré-Mawé, leia o texto reproduzido na
em diferentes comunidades, isto é, eles tivos que substituíram a antiga câme- página seguinte deste manual.
podem ser constituídos por comunida- ra, como os aplicativos para celulares, y Atividade 1: É importante estimular os
des de diferentes aldeias. tablets, computadores, etc., o que po- estudantes a apreciar as diferenças cul-
y Em relação ao trabalho com a fotogra- pularizou esse tipo de registro. Por esse turais, ligadas aos costumes, sem atri-
fia da página posterior, explique aos es- motivo, não é tão comum que as pes- buir juízos de valor. Se julgar convenien-
tudantes que, até meados do século XX, soas tenham muitas fotos em papel, im- te, pergunte a eles o que já aprenderam

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As famílias Capítulo 5 65
brasileiras
OS COSTUMES NAS FAMÍLIAS DO PASSADO
NO PASSADO, HÁ POUCO MAIS DE CEM ANOS, AS FAMÍLIAS
Os Sateré-Mawé habitam a Terra
BRASILEIRAS ERAM DIFERENTES DAS FAMÍLIAS ATUAIS. Indígena Andirá-Marau, localizada
ELAS ERAM, GERALMENTE, MAIS NUMEROSAS. OS RAPAZES na região do médio rio Amazonas,
entre os estados do Amazonas e
E, PRINCIPALMENTE, AS MOÇAS SE CASAVAM MUITO JOVENS E Pará. Ocupam também uma peque-
TINHAM MUITOS FILHOS. na área dentro da Terra Indígena
Koatá-Laranjal junto com o povo
NESSA ÉPOCA, APENAS OS HOMENS DE FAMÍLIAS RICAS Munduruku.
ERAM EDUCADOS PARA TER UMA PROFISSÃO E CONTINUAR O primeiro nome, Sateré, signi-
fica “lagarta de fogo’’ e é referência
ESTUDANDO ATÉ A
ao clã mais importante dentre os

Coleção José Ariodante Mattana/Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, Caxias do Sul
UNIVERSIDADE. que compõem esta sociedade, o que
AS TAREFAS indica tracionalmente a linha su-
cessória dos chefes políticos. O se-
DA CASA ERAM gundo nome, Mawé, quer dizer “pa-
OBRIGAÇÃO pagaio inteligente e curioso’’ […].
Esse povo é originário de uma
APENAS DAS
vasta área entre os rios Tapajós e
MULHERES. Madeira, delimitada ao norte pe-
las Ilhas Tupinambaranas (no rio
Amazonas) e ao sul pelas cabecei-
ras do rio Tapajós. […]
FAMÍLIA FOTOGRAFADA
O processo de demarcação foi
EM CAXIAS DO SUL, RIO
GRANDE DO SUL, EM
iniciado em 1978, quando foi rea-
CERCA DE 1915. lizada a delimitação da área por
técnicos da Fundação Nacional do
2 OBSERVE ESSA FOTO E RESPONDA ÀS QUESTÕES. Índio (Funai), sob orientação dos
líderes indígenas […]. No entanto,
A. QUANDO E ONDE ESSA FOTO FOI TIRADA? durante dois anos, os trabalhos fo-
ram interrompidos, período em que
Em cerca de 1915, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul.
os Sateré sofreram várias ameaças
de invasão do seu território. […]
B. QUANTOS ADULTOS FAZEM PARTE DESSA FAMÍLIA? E
2c. Crianças: os meninos usam terno, camisa e gravata; a No início de 1981, o processo de
QUANTAS CRIANÇAS? menina sentada usa saia, colete, camisa e gravata e uma
demarcação foi retomado devido às
fita no cabelo; a menina ao centro e o bebê usam roupas
Dois adultos e cinco crianças. com golas e mangas grandes; o bebê usa touca. Adultos: o cobranças constantes dos Sateré-
homem usa terno, gravata e camisa, como os meninos. A -Mawé junto à Funai […]. Assim, a
C. COMO AS CRIANÇAS ESTÃO VESTIDAS? E OS ADULTOS? Terra Indígena do Andirá-Marau
mulher usa uma roupa branca, com amarração na frente e babados nas mangas. compreende atualmente uma área de
D. AS ROUPAS DAS PESSOAS DESSA FAMÍLIA SÃO 788 528 ha e perímetro de 477,7 km.
[…]
DIFERENTES DAS ROUPAS QUE VOCÊ E OS COLEGAS
Os principais rios da área são o
USAM? EXPLIQUE. Resposta pessoal.
Marau, o Miriti, o Urupadi, o Man-
juru, o Andirá e o Uaicurapá, com-
SESSENTA E CINCO 65
preendendo, apenas, uma pequena
extensão do território tradicional.
No entanto, segundo o ponto de
com os adultos de suas famílias e de sua
AJ_CH2_PNLD23_C05_058a071_LA.indd 65 detalhes presentes nela e na legenda. 7/9/21 7:39 PM

comunidade, traçando um paralelo com Permita que eles se expressem livre- vista dos Sateré-Mawé, o que con-
APOIO DIDÁTICO

os aprendizados das crianças indígenas mente, compartilhando com os colegas seguiram preservar constitui uma
registrados no texto e na imagem. as observações. No item d, auxilie os es- área privilegiada do território an-
y Após a leitura do tema “Os costumes tudantes a identificar as diferenças entre cestral. Por se caracterizarem como
nas famílias do passado”, faça uma aná- o modo como as pessoas da família da índios da floresta, do centro, até
lise conjunta da fotografia dessa página. foto estão vestidas e o modo como as início do século XX escolhiam para
Peça aos estudantes que falem sobre os pessoas da comunidade dos estudantes estabelecer suas aldeias as regiões
aspectos que mais chamaram a aten- se vestem. Essa observação permite a
ção deles na foto, perguntando-lhes se
mais centrais da mata, próximas às
historicização da vestimenta e a busca
a imagem parece ter sido feita em am- por elementos históricos com base na nascentes dos rios. […]
biente interno ou externo, se as pessoas fonte visual. As roupas, como objetos Teixeira, Pery (org.). Sateré-Mawé:
estão posando ou não para a foto, etc. do cotidiano, também são vestígios de retrato de um povo indígena. Manaus:
Universidade Federal do Amazonas,
y Atividade 2: Incentive os estudantes a costumes e podem indicar as origens de
2005. p. 21-23.
fazer a leitura da imagem a partir dos uma família, entre outras características.

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66 Capítulo 5 As famílias
brasileiras
O PAPEL DAS MULHERES
HABILIDADES DESENVOLVIDAS HÁ CERCA DE CEM ANOS, NAS FAMÍLIAS RICAS DO BRASIL,
NO TEMA “O PAPEL DAS
MULHERES” AS MULHERES ERAM EDUCADAS PARA CUIDAR DA CASA.
» (EF02HI02) Identificar e descre- POUCAS TRABALHAVAM FORA OU CONTINUAVAM A ESTUDAR
ver práticas e papéis sociais que
as pessoas exercem em diferen- DEPOIS DE CONCLUIR A FORMAÇÃO BÁSICA.
tes comunidades.
NAS FAMÍLIAS MAIS POBRES, MUITAS MULHERES
» (EF02HI06) Identificar e orga-
nizar, temporalmente, fatos da TRABALHAVAM FORA DE CASA. ERAM OPERÁRIAS,
vida cotidiana, usando noções COSTUREIRAS, BALCONISTAS, EMPREGADAS DOMÉSTICAS.
relacionadas ao tempo (antes,
durante, ao mesmo tempo e de- ELAS TAMBÉM CUIDAVAM DA CASA, FAZENDO AS TAREFAS
pois).
DOMÉSTICAS BEM CEDO, ANTES DE IR TRABALHAR, OU À
» (EF02HI10) Identificar diferen-
tes formas de trabalho existen- NOITE E NOS DIAS DE FOLGA. OBSERVE AS FOTOS ABAIXO.
tes na comunidade em que vive,
seus significados, suas especifi- OPERÁRIAS
cidades e importância. Coleção particular. Fotografia: ID/BR A TRABALHANDO EM
FÁBRICA DE TECIDOS
Para complementar EM CAMPINAS, SÃO
PAULO. FOTO DE 1923.
Mulher, mercado de trabalho
e as configurações familiares
do século XX. Disponível em:
h t t p : //s i t e . u f v j m . e d u . b r /
r e v i s t a m u l t i d i s c i p l i n a r/
files/2011/09/Mulher-
m e rc a d o - d e - t ra b a l h o - e - a s -
configura%C3%A7%C3%B5es-
familiares-do-s%C3%A9culo-XX_
fatima.pdf. Acesso em: 9 jul. 2021.

Fotógrafo não identificado/Memorial do Imigrante, São Paulo


B
No site da revista Vozes dos Va-
les, da Universidade Federal dos
Vales do Jequitinhonha e Mucuri,
você tem acesso ao texto do arti-
go da pesquisadora Fátima Itsue
Watanabe Simões, no qual ela
aborda a relação entre a inserção
das mulheres no mercado de tra-
balho e as transformações ocor-
COLHEITA DE CAFÉ NO
ridas nas dinâmicas familiares no
ESTADO DE SÃO PAULO.
século XX.
FOTO DE CERCA DE 1920.

1 QUE TRABALHOS AS MULHERES ESTÃO REALIZANDO EM


CADA FOTO? ATUALMENTE, AS MULHERES REALIZAM OS
TRABALHOS RETRATADOS? Foto A: Mulheres trabalhando na produção de
tecido. Foto B: Mulheres trabalhando na colheita de café. Espera-se que os estudantes
66 SESSENTA E SEIS respondam afirmativamente.

Orientações didáticas
AJ_CH2_PNLD23_C05_058a071_LA.indd 66 mais pobres nos dias de hoje, principal- 7/2/21 11:49 AM

mente na comunidade em que os es-


y O contexto apresentado nessa dupla de
APOIO DIDÁTICO

páginas permite aos estudantes refletir tudantes vivem. Sobre essas relações,
sobre as diferentes formas de trabalho, aprofunde seus conhecimentos com a
tanto no passado quanto no presente, leitura do texto indicado no boxe Para
com foco sobre as atividades desenvol- complementar.
vidas pelas mulheres. y Comente com os estudantes que, no iní-
y Ao trabalhar esse tema, chame a atenção cio do tema “Mudanças”, a palavra “luta”
dos estudantes para o fato de que, no se refere a reivindicações, manifestações,
passado, havia muitas diferenças entre a protestos e negociações. Explique a eles,
vida de homens e de mulheres e, também, se necessário, que no Brasil, em diversas
entre a vida de mulheres de diferentes comunidades, essas ações foram neces-
classes sociais. sárias para que a força de trabalho das
y Converse com os estudantes sobre as mulheres fosse reconhecida e valorizada.
rupturas e as continuidades relaciona- y É importante lembrar que, atualmente,
das às funções de homens e mulheres essas ainda são questões em debate,
e de mulheres das classes mais ricas e já que, em muitos campos de trabalho,

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As famílias Capítulo 5 67
MUDANÇAS brasileiras

Museu Histórico Professor Carlos da Silva Lacaz, Faculda de Medicina/


Universidade de São Paulo, São Paulo
HÁ CERCA DE CEM Atividade complementar
ANOS, APÓS MUITA LUTA, AS y Se houver na comunidade uma
instituição em que mulheres tra-
MULHERES COMEÇARAM A balhem ou, ainda, ocupem posi-
ções de liderança, verifique com
EXERCER PROFISSÕES MAIS a coordenação, tanto da escola
VARIADAS. TAMBÉM FORAM quanto da instituição, se é pos-
sível organizar uma visita com a
CONQUISTANDO O DIREITO turma a esse local para conhe-
cer um ambiente de trabalho
DE CONTINUAR OS ESTUDOS da comunidade e as atividades
E DE EXERCER ALGUMAS desenvolvidas no espaço e para
entrevistar essas profissionais.
PROFISSÕES QUE ANTES Estabeleça os combinados em
À ESQUERDA, ODETTE DOS SANTOS relação ao comportamento es-
ERAM EXCLUSIVAS DOS NORÁ, ALUNA DA PRIMEIRA TURMA perado durante a visita e a entre-
DA FACULDADE DE MEDICINA DA
HOMENS, COMO A vista. Se julgar conveniente, ela-
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. FOTO bore previamente com a turma
CARREIRA MÉDICA. DE CERCA DE 1915. as perguntas que pretendem fa-
zer às entrevistadas e, também,
os pontos em que os estudantes

Arquivo Histórico José Ferreira da Silva/Fundação Cultural de Blumenau


devem se atentar, como os no-
mes das profissionais, as princi-
pais atividades realizadas pela
GRUPO DE instituição, entre outros. O regis-
PROFESSORAS DA tro produzido pelos estudantes
ESCOLA BÁSICA pode ser em forma de desenhos,
MUNICIPAL MACHADO frases curtas, gravação de víde-
DE ASSIS, DE os e/ou áudios e fotos, de acor-
BLUMENAU, SANTA do com os equipamentos dispo-
CATARINA. FOTO DE nibilizados pela escola. Após a
1967. NA ÉPOCA, ESSA visita, esses registros devem ser
ESCOLA SE CHAMAVA socializados com a comunidade
COLÉGIO MUNICIPAL escolar.
MACHADO DE ASSIS.

Para casa
APESAR DE TODAS ESSAS CONQUISTAS, AS MULHERES
AINDA ENFRENTAM DIVERSAS DIFICULDADES. MUITAS DELAS y Atividade 2: Oriente os estu-
dantes a entrevistar mulheres
RECEBEM SALÁRIOS MAIS BAIXOS QUE OS DOS HOMENS, com quem convivem diaria-
mente, sejam de sua família, co-
MESMO OCUPANDO O MESMO CARGO. ALÉM DISSO, É COMUM munidade, sejam da escola. No
QUE AINDA TENHAM DE FAZER TODO O TRABALHO DE CASA. dia previamente combinado, a
turma deve apresentar e socia-
lizar o resultado das entrevistas.
2 AS MULHERES QUE FAZEM PARTE DO SEU DIA A DIA Essa atividade pode favorecer
COSTUMAM TRABALHAR FORA DE CASA? COMO É O a mobilização da habilidade
EF02HI10.
TRABALHO DELAS? Respostas pessoais.

SESSENTA E SETE 67

as mulheres recebem remuneração in-


AJ_CH2_PNLD23_C05_058a071_LA.indd 67 início do século XX. Dessa forma, eles 7/9/21
y Atividade 2: Após explicar sobre o pro-
2:40 PM

ferior à dos homens, apesar de ambos poderão inferir que se trata de uma con- cesso de transformação da relação en-
APOIO DIDÁTICO
desempenharem as mesmas funções. tinuidade histórica em relação ao traba- tre as mulheres e o mercado de traba-
lho em sua comunidade e no Brasil. lho, há a proposta do reconhecimento
Roteiro de aula y Se julgar conveniente, ao final do diálo- das trabalhadoras da comunidade. Caso
y Leia com os estudantes o texto didático go proposto, peça aos estudantes que tenha realizado a ampliação da ativida-
e estimule-os a analisar as imagens. É indiquem os trabalhos da comunidade de 1, proponha a retomada das listas
importante estimular o respeito entre as que eles reconhecem e quais desses elaboradas. Ressalte que o trabalho do-
diferenças e promover a importância da trabalhos são desempenhados por mu-
méstico também é uma forma de traba-
lheres. Você pode anotar na lousa os
igualdade entre os gêneros e as classes lho, caso isso não esteja claro entre eles.
trabalhos indicados por eles, criando
com relação à educação, ao trabalho, etc. Também pode ser o momento de apro-
duas listas. A partir delas, é possível
y Atividade 1: As respostas podem variar problematizar, por exemplo, por que há fundar as reflexões sobre as mulheres
de acordo com a realidade dos estudan- tipos de trabalho mais comuns às tra- da comunidade, que realizam jornadas
tes. Por isso, converse com eles para balhadoras do que aos trabalhadores e duplas de trabalho, sendo responsáveis
que percebam que, hoje, há trabalhado- até mesmo se na comunidade em que por todas as tarefas domésticas mesmo
ras tanto nos meios urbanos quanto nos moram há mais trabalhadoras do que trabalhando fora de casa, além de cui-
rurais, como mostram as imagens do trabalhadores. dar dos filhos.

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68 Capítulo 5 As famílias
brasileiras
PESSOAS E LUGARES
HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO PESSOAS E
LUGARES
» (EF02HI01) Reconhecer espa-
OS INY E AS BONECAS DE CERÂMICA
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se-
param as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco.
» (EF02HI02) Identificar e descre- OS INY SÃO UM POVO INDÍGENA QUE VIVE NOS ESTADOS DE
ver práticas e papéis sociais que GOIÁS, MATO GROSSO, PARÁ E TOCANTINS.
as pessoas exercem em diferen-
tes comunidades. AGORA, VOCÊ VAI CONHECER UM COSTUME DESSE POVO.
» (EF02HI04) Selecionar e com- ENTRE CINCO E OITO ANOS DE IDADE, AS MENINAS INYS
preender o significado de obje- RECEBEM DE SUAS AVÓS UM CONJUNTO DE BONECAS DE
tos e documentos pessoais como
CERÂMICA, CHAMADAS DE BONECAS KARAJÁS.
fontes de memórias e histórias
nos âmbitos pessoal, familiar, es- CADA BONECA TEM UM SIGNIFICADO, REPRESENTANDO
colar e comunitário. PESSOAS DA FAMÍLIA DA MENINA E ELA MESMA, EM VÁRIAS
» (EF02HI08) Compilar histórias FASES DA VIDA. OBSERVE O ESQUEMA A SEGUIR.
da família e/ou da comunidade
registradas em diferentes fontes. AVÓ MATERNA MENINO ADOLESCENTE DA
AVÔ MÃE DA
DA MENINA. ELA MATERNO FAMÍLIA. PODE SER UM IRMÃO
MENINA.
CONFECCIONOU E DA MENINA. OU UM PRIMO DA MENINA.
DEU AS BONECAS
DE PRESENTE. MENINO
ADULTO.
Wagner Souza e Silva/Acervo do fotógrafo

A MENINA,
CRIANÇA QUANDO PAI DA MENINA MENINA
RECÉM-NASCIDA GANHOU AS MENINA. ADOLESCENTE. ADULTA.
DA FAMÍLIA. BONECAS.

FONTE DE PESQUISA: SANDRA MARIA CHRISTIANI DE LA TORRE LACERDA CAMPOS. BONECAS


KARAJÁ: MODELANDO INOVAÇÕES, TRANSMITINDO TRADIÇÕES. 2007. 154 P. TESE (DOUTORADO
EM CIÊNCIAS SOCIAIS) – PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO, SÃO PAULO.

68 SESSENTA E OITO

Orientações didáticas cos culturais de uma comunidade. Se


AJ_CH2_PNLD23_C05_058a071_LA.indd 68 preenderam o significado das bonecas 7/9/21 2:41 PM

julgar conveniente, reforce com os es- para esse povo e as tradições que fa-
y Nessa seção, é apresentado um dos cos-
APOIO DIDÁTICO

tudantes as funções das bonecas na zem parte da confecção dos objetos.


tumes do povo autodenominado Iny.
comunidade em que vivem e os mate- Para isso, você pode incentivá-los a re-
Essa etnia é conhecida também como
riais dos quais esses objetos são feitos. contar as informações e a utilizar como
Karajá, mas este é um termo cunhado fontes as fotos da seção.
Isso permitirá o reconhecimento de
pelos não indígenas. Por isso, optou-se
por utilizar a expressão pela qual esse
características culturais e históricas da y É importante que os estudantes per-
própria comunidade e da comunidade cebam que as bonecas estão relacio-
povo se reconhece, respeitando, dessa dos Iny. nadas aos vínculos familiares e tam-
forma, o princípio da autodeterminação bém ao desenvolvimento das próprias
dos povos. Roteiro de aula meninas Iny.
y O contexto permite a abordagem das y Após fazer a leitura compartilhada do y Atividade 1: Os estudantes devem ser
bonecas como fontes históricas e mar- texto, verifique se os estudantes com- capazes de reconhecer os objetos, no

AJ_CH2_PNLD23_C05_058Aa071A_MP.indd 68 7/31/21 13:32


As famílias Capítulo 5 69
brasileiras

Rosa Gauditano/StudioR
MENINAS DO POVO INY, NO TOCANTINS, 2013. OS DESENHOS EM VESTIMENTAS E
NO CORPO SÃO PARTE DA CULTURA DOS INY. POR ISSO, AS BONECAS TÊM O
CORPO PINTADO. CADA DESENHO TEM UM SIGNIFICADO DIFERENTE.
Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo

AS BONECAS SÃO FEITAS DE


CERÂMICA. O BARRO É MODELADO À
MÃO PELAS AVÓS E, DEPOIS, COZIDO.
NA FOTO, BONECAS KARAJÁS
REPRESENTANDO AS MÃES DE UMA
ALDEIA INY NO MATO GROSSO, 2013.

1 EM SUA OPINIÃO, AS BONECAS KARAJÁS PODEM AJUDAR


A CONTAR A HISTÓRIA DE UMA FAMÍLIA INY? POR QUÊ?
Respostas pessoais.
2 IMAGINE QUE VOCÊ VAI CONFECCIONAR DOIS BONECOS:
UM QUE REPRESENTA VOCÊ ASSIM QUE NASCEU E OUTRO
QUE REPRESENTA VOCÊ JÁ NA IDADE ADULTA. COMO
VOCÊ IMAGINA ESSES BONECOS? COM A ORIENTAÇÃO DO
PROFESSOR, USE ARGILA OU MASSA DE MODELAR PARA
FAZER ESSAS REPRESENTAÇÕES.
Veja comentário no Roteiro de aula.

SESSENTA E NOVE 69

caso a boneca, como fonte de memória


AJ_CH2_PNLD23_C05_058a071_LA.indd 69 realize uma oficina com massa de mo-7/2/21 11:49 AM

que guardam a possibilidade de recon- delar ou argila para que os estudantes


APOIO DIDÁTICO

tar a história da própria família ou da possam experienciar a confecção dos


comunidade. bonecos indicados na atividade 2. O re-
sultado dos trabalhos pode ser exposto
y Atividade 2: Estimule a ludicidade dos
para a comunidade escolar.
estudantes. O objetivo é aproximá-los da
cultura de outros povos, promovendo o y Outra possibilidade é perguntar aos es-
tudantes se, na comunidade em que vi-
respeito e a valorização ao diferente, além
vem, há alguma tradição parecida com a
do reconhecimento das próprias transfor-
retratada na seção, em que os mais ve-
mações pelas quais seu corpo passou ao lhos compartilham objetos com os mais
longo do tempo. novos, a fim de promover a manutenção
y Se julgar conveniente, integre saberes das tradições e dos significados a elas
com o componente curricular Arte e associados.

AJ_CH2_PNLD23_C05_058Aa071A_MP.indd 69 7/31/21 13:32


70 Capítulo 5 As famílias
brasileiras
P RE
APRENDER SEM
HABILIDADES AVALIADAS
NA SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF02GE02) Comparar costumes 1 OBSERVE AS FOTOS DAS COMIDAS ABAIXO. VOCÊ GOSTA
e tradições de diferentes popula-
ções inseridas no bairro ou comu- DE ALGUMA DELAS? SABE QUAL É A ORIGEM DELAS?
nidade em que vive, reconhecen- DESEMBARALHE AS LETRAS DA PALAVRA DESTACADA
do a importância do respeito às
diferenças. EM CADA FRASE. DEPOIS, ESCREVA ESSA PALAVRA
» (EF02HI01) Reconhecer espa- CORRETAMENTE.
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se- A B C

Paulo Vilela/Shutterstock.com/ID/BR
param as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco.

bonchan/Shutterstock.com/ID/BR

gbh007/iStock/Getty Images
» (EF02HI03) Selecionar situações
cotidianas que remetam à per-
cepção de mudança, pertenci-
mento e memória.
» (EF02HI04) Selecionar e com-
preender o significado de obje- ESFIRRA FECHADA. FAROFA FEITA DE MACARRONADA.
tos e documentos pessoais como FARINHA DE MANDIOCA.
fontes de memórias e histórias
nos âmbitos pessoal, familiar, es- A. A ESFIRRA É DE ORIGEM RABEÁ árabe .
colar e comunitário.
» (EF02HI05) Selecionar objetos e B. A FARINHA DE MANDIOCA É DE ORIGEM
documentos pessoais e de grupos
próximos ao seu convívio e com- DÍNAGEIN indígena .
preender sua função, seu uso e
seu significado.
C. A MACARRONADA É DE ORIGEM ATILANIA italiana .
» (EF02HI08) Compilar histórias da
família e/ou da comunidade regis-
2 OBSERVE A ILUSTRAÇÃO E

Ilustra Cartoon/ID/BR
tradas em diferentes fontes.
RESPONDA ÀS QUESTÕES.
COMPONENTES ESSENCIAIS A. O QUE AS CRIANÇAS ESTÃO
PARA A ALFABETIZAÇÃO
FAZENDO?
» Compreensão de textos.
Elas estão fazendo origami (arte de
» Produção de escrita.
dobradura em papel).

B. QUAL É A ORIGEM DESSA ATIVIDADE? MARQUE COM UM X.

 ITALIANA.  BRASILEIRA. X  JAPONESA.

70 SETENTA

Orientações didáticas Roteiro de aula


AJ_CH2_PNLD23_C05_058a071_LA.indd 70 conheçam ou deem a ela outro nome 7/9/21 7:42 PM AJ_C

(dobradura, por exemplo). Se for esse o


y Essa y Atividade 1: Leia o enunciado da ativi-
APOIO DIDÁTICO

seção retoma alguns objetos de


dade com os estudantes, mas incenti- caso, apresente a técnica aos estudan-
conhecimentos e habilidades aborda-
ve-os a identificar de forma autônoma tes e proponha a sua aplicação em uma
dos ao longo do capítulo; por isso, é um
as origens das comidas, pois isso pode- peça previamente selecionada. Para
momento de avaliação, revisão e fixa-
rá indicar como se apresenta o nível de isso, separe e prepare os papéis em di-
ção da aprendizagem. mensões adequadas e oriente os estu-
alfabetização deles. Ao final da ativida-
y Dois temas são retomados de forma de, pergunte à turma se costumam co- dantes a repetir o passo a passo.
mais marcante nessa seção: a identifi- mer os alimentos retratados e, em caso y Atividade 3a: Leia o texto com os es-
cação de características culturais a par- afirmativo, em quais momentos. tudantes e esclareça as dúvidas que
tir de fontes materiais, no caso a culiná- y Atividade 2: Embora a prática do surgirem. É importante que eles identi-
ria e os alimentos, e a pluralidade que origami seja bastante disseminada no fiquem que as famílias podem ser com-
marca a origem das famílias. Brasil, talvez alguns estudantes a des- postas de indivíduos provenientes de

AJ_CH2_PNLD23_C05_058Aa071A_MP.indd 70 7/31/21 13:32


As famílias Capítulo 5 71
brasileiras
3 LEIA O TEXTO E RESPONDA ÀS QUESTÕES.

[…] MUITAS CRIANÇAS TÊM BISAVÓS, AVÓS E ATÉ SABER


SER Consciência social
MESMO PAIS QUE VIERAM DE OUTRAS PARTES DO MUNDO. y Atividade 4: Como a pro-
TEM GENTE DE PORTUGAL, DA ESPANHA, DO JAPÃO, DO posta dessa atividade se
orienta pelo estímulo à em-
LÍBANO, DA ÁFRICA, DA ITÁLIA, DA ALEMANHA, DA COREIA patia e pela valorização da di-
E DE VÁRIOS OUTROS LUGARES. COM ESSA GRANDE versidade cultural, ela permite
aprofundar vários elementos

Bruna Ishihara/ID/BR
MISTURA, TEM CRIANÇA associados às competências
COM UM AVÔ PORTUGUÊS socioemocionais. O reconhe-
cimento do multiculturalismo
E UMA AVÓ ALEMÃ. e das variabilidades em rela-
OUTRA QUE É FILHA DE ção aos costumes estimulam
o respeito às diferenças e aos
MÃE JAPONESA E PAI
pensamentos altruístas, que
LIBANÊS. favorecem uma conduta cal-
cada na ética e na boa convi-
vência interpessoal.

ANA BUSCH E CAIO VILELA. UM MUNDO DE CRIANÇAS.


SÃO PAULO: PANDA BOOKS, 2007. P. 62.

A. DO QUE O TEXTO TRATA? Trata das diversas origens das famílias.

B. NO MUNICÍPIO ONDE SUA ESCOLA ESTÁ LOCALIZADA,


HÁ INFLUÊNCIAS CULTURAIS DE OUTROS POVOS? EM UM
PASSEIO COM O PROFESSOR, OBSERVE O ENTORNO DA
ESCOLA EM BUSCA DESSAS INFLUÊNCIAS. DE VOLTA À
SALA DE AULA, VOCÊ E OS COLEGAS VÃO COMPARTILHAR
AS DESCOBERTAS QUE FIZERAM. Atividade de pesquisa.

4 CADA POVO TEM COSTUMES, HÁBITOS, FESTAS


SABER
E IDIOMAS PRÓPRIOS. Respostas pessoais. SER
A. COMO DEVEMOS NOS COMPORTAR EM RELAÇÃO
ÀS DIFERENÇAS DE COSTUMES DE CADA POVO?

B. COMO VOCÊ ESPERA QUE AS PESSOAS SE COMPORTEM


EM RELAÇÃO A ALGUM COSTUME SEU E DE SUA FAMÍLIA?

SETENTA E UM 71

42 PM diversos povos. O objetivo da atividade


AJ_CH2_PNLD23_C05_058a071_LA.indd 71 tudantes experienciar na prática o que7/2/21
é y Atividade 4: O objetivo da atividade é es-
11:49 AM

é promover o respeito e a valorização aprendido em sala de aula. Além disso, timular a reflexão dos estudantes sobre a
APOIO DIDÁTICO
das diversas culturas existentes. facilita a identificação das fontes históri- importância das atitudes de respeito que
cas da comunidade nos lugares de vivên- devemos ter com as expressões cultu-
y Atividade 3b: Para realizar essa ativida-
cia, como construções, grupos sociais, rais diversas. Se necessário, reforce que
de, organize previamente o estudo do
entre outras. Peça aos estudantes que todas as culturas devem ser respeitadas.
meio. Verifique com a direção da escola A atividade também permite a mobili-
realizem os registros das características
o melhor horário para fazer o passeio reconhecidas por meio de desenhos, fo- zação de lembranças e a expressão oral
no entorno da escola. Solicite aos res- tos, vídeos, entre outros, de acordo com dos estudantes na exemplificação de ca-
ponsáveis a autorização prévia para sair os equipamentos disponíveis na escola. sos específicos, narrados em primeira ou
com os estudantes da escola. O trabalho Ao final, proponha o compartilhamento terceira pessoa.
de campo é uma relevante ferramenta das análises e das impressões realizando
de aprendizagem, pois permite aos es- uma roda de conversa.

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71A Conclusão do capítulo 5

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 5
Sugestões para a avaliação formativa
1. O capítulo 5, intitulado “As famílias brasileiras”, dá continuidade à discussão referente à diversidade nas con-
figurações familiares, já iniciada em outros capítulos deste volume, mas agora o enfoque está nas diferentes
origens familiares, tema que é reforçado na seção Aprender sempre.
2. Para avaliar e sistematizar os objetos de conhecimentos apresentados ao longo do capítulo, bem como as
habilidades promovidas, a seção Aprender sempre propõe atividades que retomam os principais pontos de
abordagem.
3. A atividade 1 reforça o desenvolvimento das habilidades EF02HI04 e EF02HI05, pois permite avaliar se os
estudantes são capazes de reconhecer os objetos como fontes materiais e que, portanto, registram a história
pessoal, familiar e da comunidade.
4. Como essa atividade solicita aos estudantes que reorganizem as letras para identificar a origem dos pratos
culinários, ela permite avaliar como está o processo de alfabetização, especialmente em relação ao conheci-
mento alfabético e à consciência fonológica e fonêmica.
5. A atividade 2 propicia a avaliação das habilidades EF02HI04 e EF02HI05, além de retomar o desenvolvi-
mento das habilidades EF02HI01 e EF02HI03, ao propor aos estudantes que identifiquem uma atividade
cotidiana como espaço de memória, pertencimento e identidade.
6. A atividade 3 propõe um estudo de campo, o que impulsiona o interesse pela investigação e a curiosidade
que move a atitude pesquisadora e historiadora, permitindo a avaliação das habilidades EF02HI01, EF02HI08
e EF02GE02. É possível, então, aproveitar o momento de condução da atividade para explorar o entorno
da escola e motivar os estudantes a reproduzir a aprendizagem em relação à historicidade dos prédios, da
comunidade e de suas origens, que podem ser observadas ao longo da atividade.
7. A atividade 4 aborda aspectos da habilidade EF02HI01 e retoma elementos associados à avaliação de como
se deu o desenvolvimento das competências socioemocionais mobilizadas ao longo do processo de apren-
dizagem. Para isso, a atividade dialoga com a empatia, o respeito às diferenças culturais e individuais e a
necessidade do desenvolvimento de estratégias que favoreçam a interação pessoal e o altruísmo.

Atividade de remediação
• Atividade 1: Para retomar e reforçar as habilidades EF02HI04 e EF02HI05, proponha uma atividade de pes-
quisa com fotografias da família para que o estudante apreenda as variações ao longo do tempo, especial-
mente em relação ao tamanho das famílias ao longo das gerações. Solicite aos estudantes que, com a ajuda
dos responsáveis, procurem fotografias de toda a família em diferentes momentos da história familiar. O ideal
é que sejam, ao menos, três fotografias, para que eles possam identificar as mudanças registradas nas fontes
de pesquisa.
• Peça aos responsáveis que orientem a análise das fotografias, de modo a provocar a reflexão dos estudantes.
Em seguida, oriente os estudantes a compor um painel com as fotografias e o registro das principais mudan-
ças. Para inserir as fotografias no painel, alerte-os sobre a necessidade de pedir autorização dos responsáveis
e, se possível, usar uma estratégia que permita a extração das fotos após a exposição do painel na sala de aula.
• Em data previamente agendada, os estudantes deverão levar os painéis para a sala de aula, compartilhando
as conclusões com os colegas.

AJ_CH2_PNLD23_C05_058Aa071A_MP.indd 71 8/2/21 11:54


As diferentes moradias Capítulo 6 72A

CAPÍTULO 6 AS DIFERENTES MORADIAS

Objetivos pedagógicos
1. Apresentar os diferentes tipos de moradia, justificando 4. Relacionar as diferentes moradias às características cultu-
que essa diversidade é orientada por questões naturais, rais dos povos, reforçando a necessidade de respeitar as
culturais, históricas, sociais e técnicas. diferenças étnicas e as diversas origens que influenciam
a opção pelas formas de moradia no âmbito de cada co-
2. Conceituar moradia digna e contextualizar a discussão na
munidade.
óptica dos direitos sociais, que devem ser garantidos a
5. Problematizar que as técnicas e os materiais utilizados nas
todos os brasileiros.
construções das moradias também possuem um caráter
3. Favorecer o reconhecimento das especificidades do con- histórico, o que permite compreender as moradias como
texto brasileiro, problematizando a responsabilidade go- fontes históricas importantes sobre a comunidade.
vernamental no planejamento e na implementação de pro- 6. Dar continuidade ao processo de alfabetização de base
gramas de habitação, a fim de minimizar o problema da cartográfica, pela exploração de diferentes pontos de
falta de acesso à moradia digna. vista, como frontal, oblíquo e vertical.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Neste capítulo, será trabalhado o conceito de moradia Em relação à diversidade das formas de moradia, refle-
como lugar de proteção, abrigo e convivência. Pretende-se te-se sobre aspectos como origem familiar e questões de
levar os estudantes a perceber que nem todas as pessoas ordem social, cultural, ambiental e histórica para explicar as
têm uma moradia digna e adequada, apesar de isso ser um diferenças observadas nas casas de uma mesma comunidade
direito de todo cidadão brasileiro. Nesse sentido, são abor- ou de lugares diferentes, em uma perspectiva comparativa,
dadas as responsabilidades do Estado no que se refere ao pautada no respeito e não orientada por juízo de valor. Além
planejamento de políticas públicas de habitação, incluindo os disso, o trabalho com a alfabetização cartográfica é retoma-
programas sociais de habitação popular. do, introduzindo o conceito de pontos de vista.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 3, 6, 7, 8, 9 e 10

Competências específicas de Ciências Humanas para o


1, 2, 3, 4, 6 e 7
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


1, 2, 4 e 6
Fundamental

EF02GE01, EF02GE02, EF02GE04, EF04GE08,


Habilidades de Geografia
EF02GE09 e EF04GE11

Habilidades de História EF02HI01, EF02HI02, EF02HI03 e EF02HI06

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72 Capítulo 6 As diferentes
moradias

Zig Koch/Tyba
HABILIDADE DESENVOLVIDA
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF02GE04) Reconhecer seme-
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no
modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares.

72

Orientações didáticas cas das moradias estão relacionadas


AJ_CH2_PNLD23_C06_072a083_LA.indd 72 estudantes em relação à moradia dig- 7/2/21 5:23 PM AJ_C

às condições naturais dos lugares, bem na como um direito universal dos ci-
y Essas páginas de abertura do capítulo
APOIO DIDÁTICO

podem ser utilizadas como sondagem como às questões sociais e culturais, dadãos brasileiros.
dos conhecimentos prévios dos es- pontos que explicam a diversidade nas y No caso de os estudantes não apre-
tudantes, pois, ao introduzir um novo formas de moradia. sentarem os requisitos mínimos para a
tema, é importante conhecer o reper- y Como a proposta deste capítulo é abor- continuidade do processo de aprendi-
tório assimilado em outros contextos dar os objetos de conhecimento se- zagem, indique, de forma introdutória,
de aprendizagem que já tangenciaram guindo o viés relativo à percepção da a noção de direito e de dignidade. Ao
a questão. moradia como direito social, será impor- longo do capítulo, esse conceito pode-
y É fundamental, dessa forma, incentivar tante, ao longo do capítulo, fortalecer rá ser aprofundado.
os estudantes a analisar a imagem, pois, essa perspectiva voltada à compreensão
mediante a observação e a descrição, dos direitos dos cidadãos. Roteiro de aula
será possível acessar o que eles já con- y Se julgar conveniente, aproveite a y Motive os estudantes a analisar a ima-
seguiram apreender do tema proposto. ideia de “moradia digna” que aparece gem, a descrever o que observam e a
y Com base na imagem, os estudantes na discussão da abertura para deter- levantar hipóteses para explicar a forma
poderão ressaltar que as característi- minar os conhecimentos prévios dos como se apresentam essas moradias.

AJ_CH2_PNLD23_C06_072Aa083A_MP.indd 72 7/31/21 14:04


As diferentes Capítulo 6 73
moradias

SABER
Consciência social
UL
APÍT O AS DIFERENTES
SER

66
C y Atividade 3: A proposta
dessa atividade é retomar um

MORADIAS objeto de conhecimento já de-


senvolvido no volume 1 desta
coleção, quando se trabalhou
a moradia como um direito so-
AS MORADIAS PODEM cial e universal. Abordar a no-
ção de dignidade atrelada ao
VARIAR EM RELAÇÃO AO direito à moradia favorece a
TAMANHO E AOS MATERIAIS mobilização de competências
pautadas na empatia, que pre-
UTILIZADOS EM SUA conizam determinadas postu-
ras no contexto de uma so-
CONSTRUÇÃO. EXISTEM ciedade ética e justa. Assim, é
MORADIAS QUE SÃO MAIS importante que os estudantes
se apropriem dessa discussão
COMUNS EM UMA REGIÃO DO para desenvolver ações que
contribuam para uma socieda-
QUE EM OUTRAS REGIÕES. de mais plural, tolerante e que
garanta os direitos a todos.
1 COMO SÃO AS CASAS
RETRATADAS NESSA
FOTO? ELAS SÃO PARECIDAS
COM A CASA ONDE VOCÊ
MORA?

2 A FORMA DE AS PESSOAS
MORAREM SEMPRE FOI
IGUAL? EXPLIQUE SUA
RESPOSTA.
Resposta pessoal.
3 EM SUA OPINIÃO, SABER
TODAS AS PESSOAS SER
TÊM UMA MORADIA
DIGNA NO BRASIL?
Resposta pessoal.

1. São casas de um andar, feitas de madeira, suspensas


sobre palafitas em um rio. Resposta pessoal.
CASAS DE PALAFITA NO MUNICÍPIO
DE LARANJAL DO JARI, AMAPÁ.
FOTO DE 2017.

SETENTA E TRÊS 73

23 PM
y Se a ideia de casas de palafita for mui-
AJ_CH2_PNLD23_C06_072a083_LA.indd 73
y Atividade 1: Considerando a análise e não existisse: Como será que as casas
7/9/21 3:03 PM

to distante da realidade dos estudantes, a descrição prévia da imagem, permi- seriam feitas? No caso de estudantes,
APOIO DIDÁTICO
talvez seja necessário evidenciar que a ta que a turma se expresse livremente, por exemplo, que vivem em moradias
imagem apresenta um tipo específico a fim de construir uma resposta cole- verticais (prédios), seria possível esse
de casa e que, em virtude de questões tiva que evidencie o quanto as casas tipo de construção sem uma estrutura
socioambientais, as pessoas precisam de palafita são próximas ou distantes de ferros, blocos ou concreto?
adaptar as construções. dos tipos de moradia comuns entre os y Atividade 3: Para que expressem suas
estudantes. opiniões, é importante que todos os
y Leve os estudantes a refletir sobre as
y Atividade 2: Os estudantes devem estudantes compreendam o que se de-
características observadas nas casas
compreender que as formas de mora- fine como uma moradia digna. Assim,
de palafita, ressaltando pontos de apro-
dia variam ao longo da história, pois os reforce o tema com os estudantes que
ximação e de diferença em relação às materiais e as técnicas empregados em já possuem esse conhecimento e o
próprias moradias. suas construções também variam. Se apresente àqueles que ainda não o co-
y Em seguida, leia o texto didático e julgar relevante, peça a eles que refli- nhecem. Apenas pela compreensão do
oriente a discussão sobre as questões tam sobre um contexto hipotético no conceito é que eles poderão analisar o
norteadoras. qual o principal material das suas casas contexto e exprimir suas impressões.

AJ_CH2_PNLD23_C06_072Aa083A_MP.indd 73 7/31/21 14:04


74 Capítulo 6 As diferentes
moradias
A IMPORTÂNCIA DAS MORADIAS
HABILIDADES DESENVOLVIDAS AO LONGO DA HISTÓRIA, A MORADIA SEMPRE FOI UMA
NO TEMA “A IMPORTÂNCIA
DAS MORADIAS” NECESSIDADE HUMANA.
» (EF02GE04) Reconhecer seme- UMA PRÁTICA ADOTADA AINDA HOJE É A CONSTRUÇÃO
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no DE MORADIAS POR MUTIRÕES. NO SISTEMA DE MUTIRÃO,
modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares.
AS PESSOAS SE UNEM PARA CONSTRUIR AS MORADIAS DOS
» (EF02GE08) Identificar e elabo- INTEGRANTES DE SUA COMUNIDADE, COMO FAZ O GRUPO
rar diferentes formas de represen- RETRATADO NA FOTO A SEGUIR.
tação (desenhos, mapas mentais,
maquetes) para representar com-

Delfim Martins/Pulsar Imagens


ponentes da paisagem dos luga-
res de vivência.
» (EF02HI01) Reconhecer espa-
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se-
param as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco.

COMUNIDADE INDÍGENA CAATINGA GRANDE, DA ETNIA TRUKÁ, CONSTRUINDO


MORADIAS NO MUNICÍPIO DE CABROBÓ, PERNAMBUCO. FOTO DE 2018.

1 QUAL É A IMPORTÂNCIA DE TER UM LUGAR PARA


MORAR? Resposta pessoal.

2 O QUE LEVA AS PESSOAS A SE ORGANIZAR EM MUTIRÕES?


A necessidade de unir forças para conseguir atingir um objetivo comum.
3 OBSERVEM A CONSTRUÇÃO DA MORADIA DA ETNIA TRUKÁ.
VOCÊS SABEM DIZER POR QUE EXISTEM TANTOS TIPOS
DIFERENTES DE MORADIA? Resposta pessoal.

74 SETENTA E QUATRO

Orientações didáticas consulte o site do Catálogo das Ar-


AJ_CH2_PNLD23_C06_072a083_LA.indd 74
y Atividade 1: Espera-se que os estu- 7/9/21 3:07 PM AJ_C

y Compreender a comunidade em seus tes, disponível em: https://www.cata dantes reforcem a importância de as
APOIO DIDÁTICO

espaços de sociabilidade mobiliza ob- logodasartes.com.br/artista/Ana%20 pessoas terem uma moradia, um lugar
jetos de conhecimento e temas que Maria%20Dias%20-%20Ana%20Maria para viver com dignidade e acomodar
favorecem o desenvolvimento de com- %20Dia/ (acesso em: 19 jul. 2021). a família, bens e objetos pessoais. Além
petências socioemocionais importan- disso, a casa é, para o ser humano, a
tes, pois o estudante se percebe como Roteiro de aula possibilidade de proteção das condi-
sujeito no mundo.
y Peça aos estudantes que descrevam a ções do tempo atmosférico, como bai-
y Aproveite esse tema para discutir com fotografia que reproduz um mutirão e xas e altas temperaturas, chuva, etc.
os estudantes que nem todas as pes- registre os elementos citados. Leia, en-
soas têm uma moradia digna, visto y Atividade 2: Comente com os estu-
tão, o texto da página para eles. Em se- dantes que o mutirão tem como objeti-
que nas cidades, principalmente em
guida, definam juntos os conceitos de vo unir os esforços de uma comunida-
grandes centros urbanos, há pessoas
moradia e de mutirão. de em prol de um objetivo comum. Em
em situação de rua, morando embaixo
de pontes, em praças e nas calçadas. y A seguir, oriente os estudantes a res- geral, as pessoas se organizam em mu-
Para conhecer um pouco mais sobre a ponder às questões propostas, que tirões para diminuir os custos da cons-
artista Ana Maria Dias, autora da obra possibilitam a reflexão sobre a função trução de uma casa. Neles, um vizinho
Manacá, suporte para a atividade 4, da moradia para os seres humanos. ajuda o outro a fazer a moradia e em

AJ_CH2_PNLD23_C06_072Aa083A_MP.indd 74 7/31/21 14:04


As diferentes Capítulo 6 75
moradias
AS MORADIAS SÃO IMPORTANTES PORQUE PROTEGEM AS
PESSOAS DO FRIO, DA CHUVA E DO SOL FORTE, POR EXEMPLO.
Para casa
NAS MORADIAS, AS PESSOAS PODEM DESCANSAR,
y Atividade 4b: Oriente os es-
ENCONTRAR CONFORTO E REALIZAR DIVERSAS ATIVIDADES tudantes a, sem desconsiderar
DO DIA A DIA. É TAMBÉM NAS MORADIAS QUE AS PESSOAS a segurança, desenhar a parte
frontal da própria casa, consi-
CONVIVEM COM SEUS FAMILIARES E AMIGOS. derando o maior detalhamento
possível. Oriente-os a solicitar a
ajuda e o acompanhamento de
4 OBSERVE A IMAGEM A SEGUIR. DEPOIS, FAÇA O QUE SE PEDE.
um adulto para essa tarefa. Peça
a eles que pintem os desenhos,

Galeria Jacques Ardies. Fotografia: Jacques Ardies


reproduzindo as cores observa-
das em suas casas. Além disso,
estimule-os a identificar marcas
do tempo, que podem ser evi-
denciadas no desenho, permitin-
do o trabalho sobre a casa como
registro de história.

ANA MARIA
DIAS. MANACÁ,
2017. ÓLEO
SOBRE TELA.

A. ASSINALE OS ITENS ABAIXO QUE CORRESPONDEM AO


QUE VOCÊ SENTE EM RELAÇÃO À SUA MORADIA. SE
ACHAR NECESSÁRIO, COMPLETE COM OUTROS ITENS.
Resposta pessoal.
 PROTEÇÃO  TRANQUILIDADE  AMOR

 SEGURANÇA  CONFORTO  FELICIDADE

OUTROS:

B. COMO LIÇÃO DE CASA, EM UMA FOLHA AVULSA


DE PAPEL, DESENHE A PARTE DA FRENTE DE SUA
MORADIA VISTA DO LADO DE FORA. DEPOIS, MOSTRE
SEU DESENHO AOS COLEGAS E AO PROFESSOR.
Desenho do estudante.
SETENTA E CINCO 75

07 PM troca ele pode contar com a ajuda da


AJ_CH2_PNLD23_C06_072a083_LA.indd 75 terísticas representadas nessa obra. 7/2/21 como violência ou abuso, encaminhe o
5:24 PM

comunidade na construção da própria Esclareça que as obras da artista Ana caso à direção da escola para discutir a
APOIO DIDÁTICO
casa, sem precisar pagar pelo serviço. Maria Dias são voltadas para a evoca- melhor forma de lidar com a questão.
ção dos dias felizes da infância, tornan- y Atividade 4b: Explique aos estudantes
y Atividade 3: Abordar a forma dos muti-
do-se, assim, elementos documentais
rões permite reforçar a importância dos que eles devem desenhar a fachada
vínculos coletivos para formação de re- da época. frontal da própria moradia. Em segui-
des de apoio e ajuda mútua. y Atividade 4a: Essa atividade possibilita- da, você pode pedir a todos que fixem
-lhe compreender melhor a realidade de suas produções (devidamente identi-
y Leia com os estudantes o texto didáti-
cada estudante. É possível que alguns ficadas) no mural da sala de aula, de
co e reforce, retomando as discussões
estudantes expressem também senti- modo que todos os estudantes possam
feitas na abertura do capítulo, a impor-
mentos negativos, como os gerados por observar os desenhos dos colegas. Se
tância da moradia. conflitos que, eventualmente, ocorram achar conveniente, aproveite para con-
y Em seguida, peça aos estudantes que na própria moradia. Respeite todos os versar com eles sobre a diversidade de
observem a pintura Manacá, de Ana sentimentos e explique que há conflitos moradias representadas. Com essa ati-
Maria Dias, e pergunte se eles conhe- que fazem parte da convivência. Mas, vidade, o estudante estará desenvol-
cem alguma moradia com as carac- caso detecte algum problema grave, vendo a habilidade EF02GE08.

AJ_CH2_PNLD23_C06_072Aa083A_MP.indd 75 7/31/21 14:04


76 Capítulo 6 As diferentes
moradias
MORADIA E DIGNIDADE
HABILIDADES DESENVOLVIDAS NÃO BASTA TER UM LUGAR PARA MORAR. AS PESSOAS
NO TEMA “MORADIA E
DIGNIDADE” PRECISAM TER UMA MORADIA DIGNA. ISSO SIGNIFICA QUE
» (EF02GE04) Reconhecer seme- A MORADIA PRECISA APRESENTAR BOAS CONDIÇÕES DE
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no CONSERVAÇÃO E HIGIENE, ALÉM DE OFERECER SEGURANÇA
modo de viver de pessoas em di- E CONFORTO AOS MORADORES.
ferentes lugares.
» (EF02GE11) Reconhecer a im- UMA MORADIA DIGNA PRECISA, POR EXEMPLO, TER UM
portância do solo e da água TAMANHO ADEQUADO AO NÚMERO DE MORADORES. ELA
para a vida, identificando seus
diferentes usos (plantação e ex- TAMBÉM PRECISA SER ABASTECIDA COM ÁGUA POTÁVEL, E O
tração de materiais, entre outras LOCAL ONDE ELA ESTÁ DEVE RECEBER ATENDIMENTO DOS
possibilidades) e os impactos
desses usos no cotidiano da ci- SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS, COMO REDE DE ESGOTO E DE
dade e do campo.
ENERGIA ELÉTRICA, COLETA DE LIXO E OFERTA DE TRANSPORTE
PÚBLICO, DE ESCOLAS, DE POSTOS DE
Para casa ÁGUA POTÁVEL: ÁGUA
SAÚDE, ENTRE OUTROS. LIMPA, ADEQUADA
y Atividade 4: Oriente os res- PARA O CONSUMO
ponsáveis a discutir a questão da OBSERVE A IMAGEM ABAIXO. HUMANO.
falta de moradia no contexto da
cidade onde moram. Estimule a
pesquisa sobre programas go-

André Aguiar/ID/BR
vernamentais com iniciativas de
acesso a casas populares, cujo in-
tuito é atender pessoas em situa-
ção de alta vulnerabilidade social
(pessoas em situação de miséria
ou baixa renda, moradores de
áreas ocupadas irregularmente,
habitações em áreas ambiental-
mente inseguras). Por isso, é im-
portante a relevância dos progra-
mas habitacionais, pois todas as
pessoas têm o direito de morar
sob mínimas condições de segu-
rança, conforto e acolhimento.

1 CONTORNE, NA ILUSTRAÇÃO, OS PROBLEMAS QUE A


MORADIA APRESENTA.

2 EM SUA OPINIÃO, COMO ESSES PROBLEMAS ATRAPALHAM


A VIDA DOS MORADORES DESSA CASA? O QUE PODERIA
SER FEITO PARA RESOLVER ESSES PROBLEMAS?
Respostas pessoais.
76 SETENTA E SEIS

Orientações didáticas vernos em garantir programas de ha-


AJ_CH2_PNLD23_C06_072a083_LA.indd 76 Roteiro de aula 7/2/21 5:24 PM

bitação e condições de infraestrutura


y Favorecer a compreensão sobre moradia y Solicite aos estudantes que observem o
APOIO DIDÁTICO

digna implica discutir com os estudantes (energia elétrica, água encanada, tra- percurso que fazem entre a casa e a es-
as características dessas construções e tamento de esgoto, pavimentação das cola. Peça-lhes que descrevam as carac-
quais são as responsabilidades individu- ruas, etc.) para a população em geral. terísticas das moradias que eles  veem
ais e governamentais no que se refere à y Com o intuito de pautar a abordagem nesse percurso e pergunte se eles en-
aquisição ou manutenção de uma casa sobre os programas habitacionais, faça contram pessoas morando na rua.
com condições adequadas de moradia. uma pesquisa sobre o tema na internet
e, se julgar apropriado, apresente algu- y Atividades 1 e 2: Com base na análise da
y Em relação à responsabilidade indivi- mas das iniciativas aos estudantes. ilustração, os estudantes devem iden-
dual, é possível abordar questões rela- tificar os problemas e perceber que al-
cionadas à organização e à limpeza da
y É fundamental que os estudantes re-
guns deles podem ser resolvidos pelos
conheçam os programas de habitação
casa para que esse seja um ambiente fa- como políticas públicas necessárias e próprios moradores, como a limpeza
vorável à convivência coletiva e ao con- obrigatórias à garantia da dignidade do do quintal e a troca da janela quebrada.
forto de todos os membros da família. cidadão, sendo, portanto, formas de via- Pergunte-lhes o que eles e os familiares
y Cabe uma reflexão mais profunda a bilização de direitos, e não uma gentileza fariam para resolver esses problemas.
respeito das responsabilidades dos go- ou favor prestado pelos governantes. Outras soluções, no entanto, são de res-

AJ_CH2_PNLD23_C06_072Aa083A_MP.indd 76 7/31/21 14:04


As diferentes Capítulo 6 77
O DIREITO À MORADIA moradias

TODAS AS PESSOAS TÊM DIREITO A UMA MORADIA. MAS Atividade complementar


SERÁ QUE ESSE DIREITO É SEMPRE RESPEITADO? y Organize com os estudantes uma
pesquisa sobre as moradias do
ATUALMENTE, HÁ MUITOS CIDADÃOS QUE NÃO TÊM município onde vivem. Oriente-
-os a pesquisar em jornais locais,
ACESSO A MORADIAS DIGNAS. ALGUNS DELES VIVEM EM revistas e internet (com o auxílio
SITUAÇÃO DE RUA, OCUPANDO PRAÇAS, RUAS E OUTROS dos responsáveis) imagens de di-
ferentes moradias do município
ESPAÇOS PÚBLICOS QUE NÃO OFERECEM CONDIÇÕES DIGNAS onde a escola está localizada. Eles
devem levar essas imagens para a
DE MORADIA. sala de aula (cada estudante deve
levar uma imagem de moradia).
NO BRASIL, UMA DAS SOLUÇÕES PROPOSTAS PELO Na escola, eles deverão fazer uma
GOVERNO FOI A CRIAÇÃO DE PROGRAMAS HABITACIONAIS. descrição oral da imagem escolhi-
da e explicar por que a escolheu.
POR MEIO DELES, SÃO CONSTRUÍDAS MORADIAS POPULARES, A seguir, auxilie-os a montar um
painel com as imagens das mo-
COM PREÇOS MAIS BAIXOS E PAGAMENTO FACILITADO. ESSE radias. Peça-lhes, então, que ob-
TIPO DE INICIATIVA TORNA servem as imagens e identifiquem

Rubens Chaves/Pulsar Imagens


possíveis problemas nas moradias
AS MORADIAS DIGNAS pesquisadas, como ausência de
energia elétrica, iluminação inade-
MAIS ACESSÍVEIS AOS quada, calçadas esburacadas, au-
CIDADÃOS E COLABORA sência de calçada, etc. Finalmen-
te, peça a eles que digam se há
PARA O CUMPRIMENTO moradias entre as representadas
que não são adequadas e por quê.
DO DIREITO À MORADIA.

CONJUNTO DE MORADIAS NO
SABER
SER
Consciência social
MUNICÍPIO DE SANTARÉM, PARÁ. y Atividade 4: A discussão so-
FOTO DE 2019. bre a importância de progra-
mas habitacionais (além de
3 AS MORADIAS SÃO UM DIREITO DE TODAS AS PESSOAS. outros programas sociais) pa-
ra atender às necessidades da
POR QUE É TÃO IMPORTANTE TER UMA MORADIA DIGNA? população, principalmente a
parcela mais vulnerável, é de
Ter uma moradia digna significa ter onde se proteger, descansar e conviver com os fundamental importância para
a construção de uma socieda-
familiares e amigos. de mais justa e democrática.

4 COM A ORIENTAÇÃO DE UM ADULTO, PESQUISE SE


NO MUNICÍPIO ONDE VOCÊ VIVE HÁ PROGRAMAS SABER
HABITACIONAIS PARA ATENDER ÀS FAMÍLIAS QUE NÃO SER
TÊM MORADIA DIGNA. ESCREVA NO CADERNO O QUE
DESCOBRIR E, DEPOIS, COMPARTILHE COM A TURMA.
Atividade de pesquisa.
SETENTA E SETE 77

ponsabilidade do governo, como o asfal-


AJ_CH2_PNLD23_C06_072a083_LA.indd 77 “O direito à moradia”. A seguir, reforce
7/2/21 5:24 PM

tamento e a manutenção da rua e o for- que a moradia digna é um direito de to-


APOIO DIDÁTICO

necimento de luz elétrica (percebida pela dos os cidadãos.


falta de poste de iluminação na rua e pela y Atividade 4: Como sensibilização para o
presença do lampião na porta da casa). tema, é importante pontuar que, apesar
y Leia com os estudantes o tópico “O direito das condições precárias, muitas pes-
à moradia”, ressaltando a importância da soas sem moradia buscam dar aos espa-
moradia e suas principais funções, como ços improvisados que ocupam (tendas,
proteção, descanso e convívio social. barracos ou outros tipos de abrigo em
y Atividade 3: Solicite aos estudantes que espaços públicos, como vãos de pontes
façam uma comparação entre o que ob- e viadutos ou marquises) o sentido de
servaram no percurso de casa até a es- lar, cuidando do lugar onde buscam pro-
cola e a imagem apresentada no tópico teção e descanso.

AJ_CH2_PNLD23_C06_072Aa083A_MP.indd 77 7/31/21 14:04


78 Capítulo 6 As diferentes
moradias
DIFERENTES POVOS, DIFERENTES MORADIAS
HABILIDADES DESENVOLVIDAS ASSIM COMO HÁ DIVERSOS TIPOS DE FAMÍLIA, HÁ
NO TEMA “DIFERENTES
POVOS, DIFERENTES DIVERSOS TIPOS DE MORADIA. ENTRE OS POVOS INDÍGENAS,
MORADIAS” AS MORADIAS VARIAM DE UM POVO PARA OUTRO. VEJA
» (EF02GE02) Comparar costumes ALGUNS EXEMPLOS NAS FOTOS A SEGUIR.
e tradições de diferentes popula-
ções inseridas no bairro ou comu-

Cassandra Cury/Pulsar Imagens


nidade em que vive, reconhecen- A
do a importância do respeito às
diferenças.

Andre Dib/Pulsar Imagens


» (EF02GE04) Reconhecer seme- B
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no
modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares.
» (EF02HI02) Identificar e descre- MORADIA EM ALDEIA INDÍGENA
ver práticas e papéis sociais que KAMAYURÁ NO PARQUE INDÍGENA DO
as pessoas exercem em diferen- XINGU, NO MUNICÍPIO DE GAÚCHA DO
tes comunidades. NORTE, MATO GROSSO. FOTO DE 2021.
MORADIA TRADICIONAL DA ETNIA
INDÍGENA MUNDURUKU NO MUNICÍPIO
Cesar Diniz/Pulsar Imagens

C DE JACAREACANGA, PARÁ. FOTO DE


2020.

MORADIAS DA ETNIA
XAVANTE NO MUNICÍPIO DE
GENERAL CARNEIRO, MATO
GROSSO. FOTO DE 2020.

A FOTO A MOSTRA UMA MORADIA TRADICIONAL DOS


INDÍGENAS KAMAYURÁ. EM CADA CASA VIVEM VÁRIAS
FAMÍLIAS QUE SÃO PARENTES UMAS DAS OUTRAS.
NA FOTO B, OBSERVAMOS MORADIAS TRADICIONAIS DOS
INDÍGENAS MUNDURUKU. AS MORADIAS SÃO COBERTAS COM
PALHA.
NA FOTO C É RETRATADA UMA MORADIA DOS INDÍGENAS
XAVANTE. NESTE CASO, AS CASAS SÃO FEITAS DE TIJOLOS,
CIMENTO E TELHAS, ENTRE OUTROS ELEMENTOS QUE,
ORIGINALMENTE, NÃO FAZIAM PARTE DAS CONSTRUÇÕES
INDÍGENAS.

78 SETENTA E OITO

Orientações didáticas lho e com elementos de suas culturas


AJ_CH2_PNLD23_C06_072a083_LA.indd 78 gunte se os estudantes conhecem 7/2/21 5:24 PM AJ_C

de origem, desenvolvendo nos estu- algum grupo social em que o modo


y Inicie o trabalho com esse tema expli-
APOIO DIDÁTICO

cando aos estudantes que são vários dantes a habilidade de identificar téc- de construir moradias seja diferente
os fatores que influenciam o modo de nicas e ações que caracterizam a mo- daquele majoritariamente praticado
construir moradias: as condições natu- dificação da natureza pelo ser humano. na comunidade onde a escola está
rais do ambiente, as características re- y Aproveite os diversos exemplos sobre localizada.
lativas às classes sociais, as técnicas e povos indígenas distintos para explicar y Em seguida, peça aos estudantes que
os materiais de construção disponíveis aos estudantes que não há apenas um identifiquem os aspectos culturais rela-
na localidade. modo de ser indígena, uma vez que não cionados a essas diferenças. Promova
y Outro fator extremamente relevante existe unidade étnico-cultural entre os a reflexão sobre modos de vida e a re-
para orientar os tipos de moradia é a povos. Só no Brasil, por exemplo, exis- lação com a natureza das pessoas em
cultura de um povo, que dá significado tem centenas de etnias, com traços cul- diferentes lugares.
às vivências coletivas e organiza a vida turais bastante diferentes entre si. y Solicite aos estudantes que elaborem
social da comunidade. um desenho que represente pelo me-
Roteiro de aula
y Procure destacar as diferentes técni- nos uma das culturas citadas na abor-
cas que os grupos sociais utilizam para y Antes de proceder com a leitura do dagem inicial. Eles poderão apresentar
transformar a natureza com seu traba- texto e a análise das imagens, per- seus desenhos para os colegas.

AJ_CH2_PNLD23_C06_072Aa083A_MP.indd 78 7/31/21 14:04


As diferentes Capítulo 6 79
moradias
PARA ERGUER QUALQUER TIPO DE MORADIA, OS SERES
HUMANOS EMPREGAM TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO, ISTO Atividade complementar
É, UM CONJUNTO DE HABILIDADES E CONHECIMENTOS y Proponha aos estudantes uma
atividade de pesquisa sobre al-
NECESSÁRIOS PARA PLANEJAR E EXECUTAR A OBRA. EXISTEM guns povos que vivem no Brasil
VÁRIAS TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO. e como os respectivos aspec-
tos culturais influenciam seus
AS FOTOS ABAIXO RETRATAM EDIFICAÇÕES CONSTRUÍDAS estilos de moradia. Eles devem
se organizar em duplas e, com
COM A TÉCNICA DO ENXAIMEL, TRAZIDA AO BRASIL POR o auxílio dos responsáveis, pes-
quisar em jornais, revistas e na
IMIGRANTES ALEMÃES. A FOTO A RETRATA UMA EDIFICAÇÃO internet imagens que retratem
NO BRASIL, E A FOTO B, NA ALEMANHA. OBSERVE AS FOTOS. os diferentes tipos de moradia
existentes no território brasilei-
ro e que tenham relação com
as diferentes culturas presentes

Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

Marc Venema/Shutterstock.com/ID/BR
A B no local. Informe aos estudantes
que eles deverão anotar as fon-
tes das imagens.
Organize uma apresentação das
imagens pesquisadas em sala de
aula, com a descrição das carac-
terísticas observadas em cada
uma. Em seguida, sugira à turma
a montagem de um mural para
AS CONSTRUÇÕES RETRATADAS NESSAS FOTOS FORAM FEITAS USANDO O expor a diversidade de moradias
ENXAIMEL, UMA TÉCNICA EM QUE SE USA UM CONJUNTO DE PEÇAS DE MADEIRA e as influências culturais presen-
ENCAIXADAS PARA SUSTENTAR A CONSTRUÇÃO. A FOTO A É DE POMERODE, tes em sua construção. É impor-
SANTA CATARINA, 2019. A FOTO B É DE FREUDENBERG, ALEMANHA, 2019. tante que, durante a montagem
do mural, você auxilie os estu-
dantes a classificar as moradias
1 COMPARE AS FOTOS A E B E RESPONDA ÀS QUESTÕES. de acordo com os materiais usa-
A. QUAIS SEMELHANÇAS VOCÊ IDENTIFICOU ENTRE AS dos, o tipo de estrutura e outros
critérios que possam ser identi-
EDIFICAÇÕES? ficados. Eles deverão produzir
também legendas para as fotos,
B. O QUE TORNOU POSSÍVEL A EXISTÊNCIA DESSAS identificando o lugar e as carac-
terísticas das construções, e dar
SEMELHANÇAS?
O emprego de técnicas de construção semelhantes. um título ao mural. Sugira que,
ao longo do ano letivo, a turma
C. VOCÊ CONHECE AS TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO QUE complemente o mural, amplian-
FORAM UTILIZADAS PARA FAZER SUA CASA? do, assim, o repertório sobre os
Resposta pessoal. diferentes tipos de moradia.
PARA E
XPLORAR

A CASA NO MEIO DO MATO, DE LUÍS PIMENTEL. ILUSTRAÇÕES DE EDINEUSA


BEZERRIL. EDITORA PRUMO.
NESSE LIVRO, O AUTOR EXPLORA AS BELEZAS DO DIA A DIA NAS PAISAGENS
RURAIS E A VIDA NO CAMPO.
1a. Ambas têm madeiras aparentes na estrutura das paredes e apresentam telhados com
algumas partes em formato triangular. SETENTA E NOVE 79

24 PM
y Observe as fotos das páginas com os
AJ_CH2_PNLD23_C06_072a083_LA.indd 79 quele país neva bastante durante parte 7/9/21 observar as moradias que existem em
3:08 PM

estudantes. Peça-lhes que analisem as do ano. Já no Brasil, como esse fenôme- suas vizinhanças, permitindo que eles
APOIO DIDÁTICO
semelhanças e as diferenças entre as no natural ocorre raramente e em poucas relacionem aspectos culturais de suas
moradias retratadas. Na sequência, leia áreas, os telhados não precisam necessa- comunidades (como preferência pelo
com eles o texto do tema “Diferentes riamente ter esse formato. Contudo, ob- uso de determinados materiais em detri-
povos, diferentes moradias”. serva-se essa influência nos telhados de mentos de outros; a disposição das mo-
construções em Blumenau, onde há mui-
y Questione os estudantes sobre o en-
tos descendentes de alemães. Comente
radias; o modo como as moradias são
tendimento do texto com a análise organizadas; entre outros) com as ex-
com os estudantes que os descendentes
das imagens e das legendas que as pressões feitas com base nas moradias.
de alemães que moram em Blumenau
acompanham. conservam muitos traços e tradições da y Se julgar conveniente, apresente aos es-
y Atividade 1: Chame a atenção dos estu- cultura alemã, como a gastronomia e a tudantes o livro A casa no meio do mato,
dantes para o tipo de telhado observado arquitetura. No item c, solicite aos estu- de Luís Pimentel. Se optar por ler e explo-
nas construções de influência alemã. Os dantes que, além das técnicas, digam de rar a obra em sala de aula, será pertinen-
telhados em forma de V invertido, muito que materiais são feitas as casas deles. te conduzir a discussão para elementos
comuns nas moradias alemãs, são feitos y Após promover esse tipo de reflexão, comparativos entre as moradias e a vida
para evitar o acúmulo de neve, já que na- você pode estimular os estudantes a no campo em relação à cidade.

AJ_CH2_PNLD23_C06_072Aa083A_MP.indd 79 7/31/21 14:04


80 Capítulo 6 As diferentes
R
moradias
MORADIAS DO PASSADO
HABILIDADES DESENVOLVIDAS NO BRASIL, ALGUNS TIPOS DE MORADIA FORAM SE
NO TEMA “MORADIAS DO
PASSADO” TRANSFORMANDO AO LONGO DO TEMPO. OUTROS PASSARAM
» (EF02GE02) Comparar costu- POR POUCAS MUDANÇAS.
mes e tradições de diferentes
populações inseridas no bairro O TEXTO A SEGUIR TRATA DE DOIS TIPOS DE MORADIA QUE
ou comunidade em que vive, re-
conhecendo a importância do
ERAM MUITO COMUNS EM SÃO PAULO HÁ CERCA DE TREZENTOS
respeito às diferenças. ANOS. ACOMPANHE A LEITURA DO PROFESSOR.
» (EF02GE04) Reconhecer seme-
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no […] A PRIMEIRA DELAS [TAIPA DE PILÃO] CONSISTIA
modo de viver de pessoas em di- EM SOCAR TERRA COM PILÕES DE MADEIRA DENTRO DE
ferentes lugares.
FÔRMAS, EM CAMADAS SUPERPOSTAS, ATÉ A FORMAÇÃO
» (EF02HI03) Selecionar situa-
DE UMA PAREDE. DURÍSSIMA QUANDO BEM EXECUTADA,
ções cotidianas que remetam à
percepção de mudança, perten- PRECISAVA APENAS SER PROTEGIDA DAS CHUVAS, QUE
cimento e memória. TINHAM O PODER DE DISSOLVÊ-LA LENTAMENTE. […]
» (EF02HI06) Identificar e organi- JÁ O PAU-A-PIQUE, TAMBÉM CHAMADO DE TAIPA DE
zar, temporalmente, fatos da vida
cotidiana, usando noções relacio- MÃO, OU DE SOPAPO, CONSISTIA BASICAMENTE EM UM
nadas ao tempo (antes, durante, ENTRECRUZAMENTO DE PAUS ROLIÇOS OU CORTADOS,
ao mesmo tempo e depois).
FORMANDO UMA

Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.


Fotografia: ID/BR
Para complementar SUPERFÍCIE DEPOIS
PREENCHIDA COM
Museu da Casa Brasileira. Dis-
ponível em: https://mcb.org.br/ BARRO. A TÉCNICA,
pt/educativo/blog_educado QUE PROPICIAVA
res/. Acesso em: 19 jul. 2021.
No site do Museu da Casa Bra- CONSTRUÇÕES BEM
sileira (MCB), há diversos vídeos MAIS FRÁGEIS QUE AS
que apresentam propostas didáti-
DE TAIPA DE PILÃO,
cas desenvolvidas pelos educado- ALMEIDA JÚNIOR. RUA DA CONSOLAÇÃO
res que fazem parte da curadoria ERA A MAIS UTILIZADA NO SÉCULO XIX. SEM DATA. ÓLEO SOBRE
do museu. A maioria delas apre- NAS CASAS POPULARES. MADEIRA.
senta possibilidades de reflexão
sobre a questão da moradia rela- CENPEC. MORADIAS DOS PAULISTAS: DAS FAZENDAS ÀS VILAS OPERÁRIAS.
cionadas à memória, aos papéis SÃO PAULO: CENPEC, 2004. P. 13.
sociais e à diversidade cultural,
além da valorização das tradições
populares. 1 DE ACORDO COM O TEXTO, QUAIS ERAM OS TIPOS DE
MORADIA MAIS COMUNS EM SÃO PAULO ANTIGAMENTE?
As moradias de taipa de pilão e as de pau-a-pique.
2 NO MUNICÍPIO ONDE VOCÊ MORA, HÁ CONSTRUÇÕES
COMO AS CITADAS NO TEXTO? COMO ELAS SÃO?
Respostas pessoais.
80 OITENTA

Orientações didáticas Roteiro de aula


AJ_CH2_PNLD23_C06_072a083_LA.indd 80 fundamentais. Estimule os estudantes 7/9/21 3:09 PM AJ_C

a reconhecer que, assim como ocorre


y Promova reflexões sobre a relação entre y Leia os textos desse tema com os estu-
APOIO DIDÁTICO

atualmente, no passado também havia


o modo como as moradias são construí- dantes e questione-os sobre o entendi-
grande diversidade de moradias.
das e seus diferentes aspectos e a comu- mento das técnicas apresentadas. Além
nidade responsável por sua construção. disso, tente apreender o que eles con- y Atividade 2: Faça uma pesquisa prévia
de fotos e informações sobre algumas
y Nesse ponto, as moradias são tam- cluíram sobre as mudanças nas técnicas
residências que se adequem às descri-
bém fontes históricas de um indivíduo mais comuns hoje, quando comparadas ções do texto e apresente-as caso os
e de uma comunidade. Por isso, o lu- às técnicas mais comuns do passado. estudantes não se recordem de cons-
gar que ela ocupa se relaciona com os y Atividade 1: A proposta dessa atividade truções antigas no município onde mo-
hábitos e os costumes de determina- é voltada à compreensão do texto e à ram e que usem as técnicas exemplifi-
da sociedade. avaliação sobre a assimilação de pontos cadas no texto.

AJ_CH2_PNLD23_C06_072Aa083A_MP.indd 80 7/31/21 14:04


RE R As diferentes Capítulo 6 81
PR EPR S S moradias
ESE ESE ÕE ÕE
N TAÇN TAÇ PONTOS DE VISTA HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO REPRESENTAÇÕES
PODEMOS OBSERVAR UM OBJETO OU OS ELEMENTOS DE » (EF02GE08) Identificar e elabo-
rar diferentes formas de represen-
UMA PAISAGEM DE VÁRIOS PONTOS DE VISTA. DEPENDENDO tação (desenhos, mapas mentais,
DA POSIÇÃO EM QUE OBSERVAMOS UM OBJETO, CONSEGUIMOS maquetes) para representar com-
ponentes da paisagem dos luga-
VISUALIZAR CERTOS DETALHES, E OUTROS NÃO. res de vivência.
VEJA ABAIXO QUE CADA UMA DAS FOTOS RETRATA A » (EF02GE09) Identificar objetos e
MESMA CASA DE UM PONTO DE VISTA DIFERENTE. lugares de vivência (escola e mo-
radia) em imagens aéreas e ma-
pas (visão vertical) e fotografias
Gerson Sobreira/Terrastock

Gerson Sobreira/Terrastock

Gerson Sobreira/Terrastock
(visão oblíqua).

CASA VISTA DE CASA VISTA DO ALTO, CASA VISTA DO ALTO,


FRENTE. DE MODO INCLINADO. DE CIMA PARA BAIXO.

1 ELABORE UM MODELO QUE REPRESENTE SUA

Fernando Favoretto/Criar Imagem


CASA. DEPOIS, OBSERVE ESSE MODELO, DE
ACORDO COM AS ORIENTAÇÕES A SEGUIR.
ANOTE SUAS OBSERVAÇÕES A CADA ETAPA.

• OBSERVE O MODELO DE FRENTE: COLOQUE-O SOBRE


UMA MESA COM A FRENTE DELE VOLTADA PARA VOCÊ.
POSICIONE-SE COM OS OLHOS ALINHADOS NO CENTRO
DO MODELO.

• OBSERVE O MODELO DO ALTO E DE MODO INCLINADO:


MANTENHA-O NO CHÃO, PERMANEÇA EM PÉ E FAÇA A
OBSERVAÇÃO A DOIS PASSOS DE DISTÂNCIA DELE. MIRE
NO CENTRO DO TELHADO.

• OBSERVE O MODELO EXATAMENTE DE CIMA PARA BAIXO:


COLOQUE-O NO CHÃO E FIQUE EM PÉ BEM PERTO DELE.
FIXE OS OLHOS NO CENTRO DO TELHADO.
Resposta pessoal.

OITENTA E UM 81

09 PM Orientações didáticas
AJ_CH2_PNLD23_C06_072a083_LA.indd 81 Roteiro de aula yA
7/2/21 5:24 PM construção da maquete possibi-
litará aos estudantes desenvolver a
y Nessa seção, a alfabetização cartográ- y Antes de orientar os estudantes sobre
APOIO DIDÁTICO
a atividade, conduza-os para que ob- habilidade EF02GE08. Depois de pro-
fica é retomada, apresentando aos es-
servem as imagens e concluam que se duzida a maquete, peça a eles que a
tudantes os diferentes pontos de vista
trata da mesma moradia, registrada, no observem conforme orientações do
(frontal, oblíquo e vertical).
entanto, sob perspectivas diferentes. Livro do Estudante. Ao final, solicite-
y Esse conceito é importante, pois leva em -lhes que leiam para os colegas as ob-
conta o fato de que as paisagens são car- y Atividade 1: Para trabalhar os diferentes
servações anotadas.
pontos de vista, os estudantes deverão
tografadas com base na posição de um
observador em relação ao que está sen-
construir uma maquete da própria mo- y A atividade também pode ser feita uti-
radia. Assim, solicite-lhes previamente lizando outros materiais, como aqueles
do representado, ou seja, em um ponto os materiais necessários: caixa de sapa- mais comuns em ambientes escolares,
de vista. tos (de papelão); materiais para a deco- como borracha, livro, mochila, tubo de
y O trabalho com os diferentes pontos de ração da parte externa da casa (papéis, cola, etc., ou ainda outros objetos dis-
vista dará pré-requisitos ao desenvolvi- canetas e lápis de diversas cores, pali- poníveis na sala de aula, como cadeira,
mento da habilidade EF02GE09. tos, entre outros). carteira, cesto de lixo, apagador, etc.

AJ_CH2_PNLD23_C06_072Aa083A_MP.indd 81 7/31/21 14:04


82 Capítulo 6 As diferentes
moradias
P RE
APRENDER SEM
2a. Resposta pessoal. As características
das moradias resultam do modo como
HABILIDADES AVALIADAS cada povo as constrói e as organiza; isso
NA SEÇÃO APRENDER SEMPRE faz parte da cultura desse povo.
» (EF02GE02) Comparar costu- 1 MARÍLIA FOTOGRAFOU UMA CASA DE DIFERENTES PONTOS
mes e tradições de diferentes DE VISTA. LIGUE CADA IMAGEM DA CASA AO MOMENTO EM
populações inseridas no bairro
ou comunidade em que vive, re-
QUE ELA FOI REGISTRADA POR MARÍLIA.
conhecendo a importância do

Ilustrações: André Aguiar/ID/BR


respeito às diferenças.
» (EF02GE04) Reconhecer seme-
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no
modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares.
» (EF02GE11) Reconhecer a impor-
tância do solo e da água para a
vida, identificando seus diferen-
tes usos (plantação e extração de
materiais, entre outras possibilida-
des) e os impactos desses usos no
cotidiano da cidade e do campo.

2 AS MORADIAS REFLETEM A CULTURA DE UM POVO.


SABER
CADA POVO TEM UM JEITO DE SE RELACIONAR COM SER
O AMBIENTE EM QUE VIVE PARA TER UMA VIDA
DIGNA. SOBRE ISSO, RESPONDA ÀS QUESTÕES.
A. O QUE SIGNIFICA DIZER QUE A MORADIA FAZ PARTE DA
CULTURA DE UM POVO?

B. EM SUA OPINIÃO, POR QUE TER UMA MORADIA DIGNA É


UM DIREITO DE TODAS AS PESSOAS?
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes comentem que a
82 OITENTA E DOIS
necessidade de uma moradia digna está relacionada à conquista de uma
boa qualidade de vida.

Orientações didáticas tudante. Se julgar necessário, organize


AJ_CH2_PNLD23_C06_072a083_LA.indd 82 traçando um paralelo com a casa que 7/9/21 3:10 PM AJ_C

uma dinâmica de falas para que todos está sendo observada.


y Essa seção retoma, como revisão e ava-
APOIO DIDÁTICO

os estudantes possam se expressar. y Atividade 2a: Os estudantes devem


liação, pontos importantes trabalhados
ao longo do capítulo. Por isso, reforce y Atividade 1: A proposta dessa ativida- ser capazes de informar a respeito do
de é avaliar como os estudantes apre- fato de que as casas são adaptadas ao
alguns temas com os estudantes.
enderam as noções de cartografia re- contexto de significados que orientam
y Evidencie a relação entre moradia e cul- lativas aos diferentes pontos de vista. a vida coletiva de um povo.
tura, bem como entre moradia e condi-
ções naturais e sociais (distribuição das
Reforce que a forma de registro da casa y Atividade 2b: Converse com os estudan-
vai depender da posição assumida pela tes sobre as pessoas em situação de rua
pessoas em classes sociais). fotógrafa. Caso os estudantes tenham e comente que muitos motivos podem
dificuldade de relacionar as ilustrações levar as pessoas a viver nas ruas: po-
Roteiro de aula
das fotos tiradas da casa e as ilustra- dem ter se perdido de suas famílias, ter
y Oriente a execução das atividades de ções que mostram o ponto de vista da problemas de saúde que as impedem
modo a favorecer a expressão sobre o personagem obtendo as fotos, retome de trabalhar ou não ter condições de
processo de aprendizagem de cada es- a atividade de observação da maquete, pagar aluguel, etc. Leve os estudantes a

AJ_CH2_PNLD23_C06_072Aa083A_MP.indd 82 7/31/21 14:04


As diferentes Capítulo 6 83
moradias
3 OBSERVE AS FOTOS. DEPOIS, RESPONDA ÀS QUESTÕES
A SEGUIR.
SABER Consciência social
SER

Gerson Sobreira/Terrastock

Konstantin Tronin/Shutterstock.com/ID/BR
A B y Atividade 2b: A proposta
dessa atividade pode ser uti-
lizada para aprofundar a dis-
cussão sobre as pessoas em
situação de rua. Comente com
os estudantes que essas pes-
soas, assim como quaisquer
outras, têm direito à moradia
adequada. Nesse sentido, é
papel do Estado, representa-
CASAS EM PASSO FUNDO, RIO CASA NA POLÔNIA. FOTO DE
GRANDE DO SUL. FOTO DE 2020. 2019.
do pelos governantes, garan-
tir a elas esse direito. Promo-
ver a discussão sobre pessoas

Marcio Masulino/Shutterstock.com/ID/BR
Hans Von Manteuffel/Pulsar Imagens
C D em situação de rua favorece o
desenvolvimento da empatia,
do respeito às pessoas e suas
condições de vida. Além dis-
so, por meio dessa atividade,
é possível retomar a ideia de
dignidade, de direitos e do pa-
pel do Estado para favorecer
uma sociedade mais justa, éti-
PRÉDIOS EM RECIFE, CASAS EM MANAUS, AMAZONAS. ca e igualitária.
PERNAMBUCO. FOTO DE 2020. FOTO DE 2020.

A. EM SUA OPINIÃO, QUAIS MORADIAS RETRATADAS


NESSAS FOTOS FORAM ADAPTADAS DE ACORDO COM AS
CONDIÇÕES NATURAIS DO LOCAL?
Resposta pessoal.

B. CONTE AOS COLEGAS E AO PROFESSOR QUAIS


ADAPTAÇÕES VOCÊ ACHA QUE FORAM FEITAS
NESSAS MORADIAS E POR QUÊ. Resposta pessoal.

C. A CASA ONDE VOCÊ MORA FOI ADAPTADA A ALGUMA


CARACTERÍSTICA NATURAL? EXPLIQUE SUA RESPOSTA. SE
NECESSÁRIO, PEÇA AJUDA A ALGUM ADULTO QUE VIVE
COM VOCÊ.
Resposta pessoal.

OITENTA E TRÊS 83

10 PM refletir sobre as dificuldades enfrentadas


AJ_CH2_PNLD23_C06_072a083_LA.indd 83 do que está sendo retratado em cada 7/9/21 sobre grandes troncos de madeira, são
3:11 PM

pelas pessoas sem moradia, impedidas uma delas. Enfatize que os seres huma- adaptadas às áreas que inundam em
APOIO DIDÁTICO
de realizar atividades cotidianas como nos se relacionam de diversas formas épocas de excesso de chuvas e cheias
cozinhar, descansar e cuidar da higiene com a natureza, procurando sempre se dos rios. É um momento importante,
pessoal. Ao promover o respeito às dife- adaptar a ela e transformá-la, conforme também, para explorar a habilidade
renças e a boa convivência com pessoas seus interesses e suas necessidades. EF02GE11, discutindo com os estudan-
em situação de rua, essa atividade traba- y Atividade 3b: Os estudantes devem tes as diferentes formas como a socie-
lha a habilidade EF02GE02. perceber os materiais de que as mo- dade se apropria da água em diferentes
y Atividade 3: Ao favorecer a compara- radias são feitas e o modo como são
estados físicos. Essa apropriação vai
ção de costumes e as relações da so- erguidas as construções, inclusive as
desde o uso desse recurso como local
ciedade com a natureza, essa atividade adaptações feitas em cada uma delas.
contribui para o trabalho com as habili- Explique-lhes que as casas com telhado de instalação de moradias até o uso
dades EF02GE02 e EF02GE04. Assim, em V invertido (foto B) são assim proje- como meio de transporte.
solicite aos estudantes que observem tadas para evitar o acúmulo de neve. As y Atividade 3c: Incentive os estudantes a
as fotos e descrevam as características casas flutuantes (foto D), construídas contar sobre as próprias moradias.

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83A Conclusão do capítulo 6

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 6
Sugestões para avaliação formativa
1. Este capítulo, “As diferentes moradias”, discute o caráter cultural, social, histórico e natural que justifica
a pluralidade nas formas de moradia. Além disso, retoma a discussão sobre o direito universal à moradia
digna no contexto brasileiro, bem como as responsabilidades inerentes ao Estado para garantir a efetivação
desse direito.
2. Com o intuito de avaliar e, se necessário, rever alguns dos objetos de conhecimentos abordados no capítulo,
de acordo com o grau de assimilação observado no processo de desenvolvimento dos estudantes, a seção
Aprender sempre apresenta atividades que podem ser utilizadas como forma de verificação da aprendiza-
gem, uma vez que retomam pontos fundamentais dos temas do capítulo.
3. A atividade 1 recupera os conceitos relativos à alfabetização cartográfica e permite, assim, avaliar como os es-
tudantes apreenderam as noções de pontos de vista. Se julgar necessário, quando constatada defasagem no
processo de aquisição desses conhecimentos, proponha a retomada da seção Representações e a reprodu-
ção da atividade da maquete com objetos que estejam na sala de aula. Sempre que possível, propicie formas
mais concretas de internalização dos conceitos, especialmente aqueles relativos ao pensamento geográfico.
4. Na atividade 2, é possível sistematizar duas discussões fundamentais do capítulo: “a diversidade nas formas
de moradia pode ser explicada por fatores culturais” e “moradia digna é um direito de todos”.
5. No item a dessa atividade, incentive os estudantes a explicar a relação entre a cultura de um povo e as formas
de moradia. Se possível, reflita com eles sobre o fato de que, mesmo no interior de uma mesma cultura, há
mudanças significativas em relação às casas das pessoas, pois os materiais e as técnicas empregadas em suas
construções dependem também de aspectos socioeconômicos.
6. Já no item b, avalie se os estudantes são capazes de compreender a moradia como um espaço de segurança,
conforto, afeto e convivência que não pode ser negado a nenhum cidadão. Se julgar conveniente, retome
ainda a responsabilidade do Estado em efetivar esse direito, especialmente a partir do planejamento de po-
líticas públicas que prevejam programas de moradia popular.
7. Com a atividade 3, é possível compreender como os estudantes percebem a inerente necessidade de adaptar
as moradias às condições naturais. Em continuidade à retomada já iniciada com o item a da atividade 2, essa
atividade permite intensificar o trabalho com as habilidades EF02GE02 e EF02GE04.
8. Se julgar relevante, aproveite o ensejo dessa atividade para trabalhar a importância da água para a sociedade
e, especialmente, para comunidades que vivem em torno de rios e mares, que devem adaptar suas moradias
às condições de alta e baixa da maré, reforçando a habilidade EF02GE11.

Atividade de remediação
• Atividade 1: Proponha uma atividade para observar uma construção antiga, se possível uma moradia que
tenha sido adaptada para um museu, um prédio público ou algo assim. Oriente os responsáveis pelos estu-
dantes a acompanhá-los durante a visita de campo, produzindo um breve relatório que ressalte as mudanças
identificadas entre essa moradia/construção antiga e a própria casa.
• Após a visita de campo, os estudantes devem reproduzir as mudanças em um desenho que apresente a pró-
pria casa ao lado da construção/moradia investigada.
• Os estudantes deverão apresentar seus desenhos para os colegas de turma, salientando como foi realizada a
atividade e detalhando as sensações que vivenciaram ao entrar em um prédio antigo. Espera-se que eles sin-
tam certo estranhamento, pois, em geral, as construções antigas são mais suntuosas, maiores e com recursos
de construção diferentes. A proposta visa intensificar o desenvolvimento da perspectiva histórica mediante
a análise temporal e comparativa das construções, mobilizando ainda as habilidades EF02GE02, EF02GE04
e EF02GE05.

AJ_CH2_PNLD23_C06_072Aa083A_MP.indd 83 7/31/21 14:04


Convivendo com a vizinhança Capítulo 7 84A

CAPÍTULO 7 CONVIVENDO COM A VIZINHANÇA

Objetivos pedagógicos
1. Construir, com os estudantes, o conceito de vizinhança tantes informações pessoais e sociais sobre a passagem
com base no reconhecimento dos laços de sociabilida- do tempo. Para isso, você deve apresentar os elementos
de e dos tipos de relação estabelecido entre pessoas que necessários ao envio desse tipo de comunicação: nome e
moram próximas. endereço completo do remetente e do destinatário.
2. Apreender, de diferentes formas e representações, como 5. Conceituar e explicar os serviços públicos com base em
a vizinhança está organizada espacialmente e quais os um recorte histórico que visibiliza as mudanças e as con-
elementos que a compõem, no intuito de desenvolver ha- quistas relativas ao acesso da população brasileira a água
bilidades associadas ao pensamento geográfico e à alfa- encanada, tratamento de esgoto, iluminação pública, aten-
betização cartográfica. dimento médico, coleta de resíduos, etc.
3. Apresentar o endereço e os elementos que o compõem 6. Problematizar, motivada pela análise do cotidiano dos
como forma de identificação espacial das moradias, da estudantes, a falta de acesso a alguns serviços públicos
escola e dos demais tipos de construção no âmbito da por parte da população brasileira, ainda que essa pague
cidade, do estado e do país. impostos e devesse ter seus direitos efetivados, uma vez
4. Incentivar os estudantes a reconhecer o valor histórico as- que são responsabilidades dos governos municipal, esta-
sociado à correspondência como objeto que revela impor- dual e federal.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Neste capítulo, será revisitado o tema da convivência, Outro enfoque importante, neste capítulo, é dado à oferta
agora na perspectiva da vizinhança. Os estudantes serão de serviços públicos e à caracterização desses como direitos
convidados a refletir sobre os laços de sociabilidade e sobre de todos os cidadãos, mediante a contribuição de impostos,
as habilidades de relacionamento necessárias à boa convi- que devem ser utilizados pelo Estado para a implementação
vência. Dessa forma, o pensamento geográfico e a alfabeti- dos serviços de limpeza urbana, iluminação, tratamento de
zação cartográfica serão estratégias importantes para reco- água e esgoto, pavimentação das ruas, entre outros.
nhecer os elementos constituintes da vizinhança, assim como
os diferentes tipos de construção.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 2, 4, 5, 7, 8, 9 e 10

Competências específicas de Ciências Humanas


1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
para o Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia


1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
para o Ensino Fundamental

Competências específicas de História


1, 2, 3, 4, 6 e 7
para o Ensino Fundamental

EF02GE02, EF02GE03, EF02GE04, EF02GE08 e


Habilidades de Geografia
EF02GE11

EF02HI01, EF02HI02, EF02HI03, EF02HI05,


Habilidades de História
EF02HI10 e EF02HI11

AJ_CH2_PNLD23_C07_084Aa095A_MP.indd 84 7/31/21 13:54


84 Capítulo 7 Convivendo com
a vizinhança

Lucas Reis/ID/BR
HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF02GE02) Comparar costu-
mes e tradições de diferentes
populações inseridas no bairro
ou comunidade em que vive, re-
conhecendo a importância do
respeito às diferenças.
» (EF02HI01) Reconhecer espa-
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se-
param as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco.

84

Orientações didáticas gar apropriado, estabeleça normas que


AJ_CH2_PNLD23_C07_084a095_LA.indd 84
y Quando em caixa-alta, as letras têm um 7/3/21 12:10 PM AJ_C

orientem a participação de todos e uti- papel importante no início da alfabeti-


y A abertura do capítulo favorece a reto-
APOIO DIDÁTICO

mada dos conhecimentos prévios dos lize essa estratégia para desenvolver a zação, pois, além de serem mais fáceis
estudantes e a identificação dos pontos importância dos limites entre o eu e o de compreender, são apresentadas de
de defasagem no processo de aprendi- outro. forma separada na composição de cada
zagem que se iniciou no ano anterior. y A partir deste capítulo, no Livro do Es- palavra, e seu uso, em geral, auxilia o
tudante, haverá outra forma de apre- estudante no alcance da compreensão
y A percepção sobre a vizinhança con-
e da aquisição da base alfabética.
tribui para o reconhecimento do estu- sentação dos textos, sendo, a partir de
dante como sujeito e de seu lugar no agora, em letras maiúsculas e minúscu- y Essa mudança na forma de apresentar
mundo, estimulando reflexões sobre a las de imprensa, não apenas em caixa- o texto vem ao encontro da proposta
convivência e as interações na comuni- -alta (tipo bastão). alfabetizadora da coleção, que preten-
dade, identificando os limites e as rela- y A maior parte dos portadores textuais de estimular a autonomia do estudante
ções entre o eu e o outro. que são apresentados aos estudantes, na escrita e na leitura.
y A análise da imagem oportuniza a ex- não apenas na escola, faz uso desse y Assim, ao demonstrar autonomia na
pressão mais livre dos estudantes. Per- tipo de letra (bastão) na apresentação leitura e na escrita, pode-se começar a
mita que todos encontrem espaço para e na exploração dos diferentes gêneros, incentivar os estudantes a desenvolver
falar e ser ouvido pelos colegas. Se jul- sendo importante diversificar. o raciocínio, a organização maior das

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Convivendo com Capítulo 7 85
a vizinhança

UL
APÍT O
Convivendo Saber
Ser
Consciência social

77
C
com a
y Atividade 4: A proposta
dessa atividade possibilita
aos estudantes refletir sobre

vizinhança empatia, respeito ao próximo,


limites e normas para a ação
individual no âmbito da convi-
vência coletiva. É importante
As pessoas que vivem em abordar a atividade pela ótica
da reciprocidade, pois o estu-
moradias próximas umas das dante deve compreender que
outras formam a vizinhança. o seu bem-estar está relacio-
Geralmente, convivemos com as nado, também, ao bem-estar
das pessoas com as quais
pessoas da vizinhança durante convive, exatamente na lógica
algumas das atividades que de não reproduzir comporta-
realizamos diariamente. mentos que não esperam que
sejam praticados com eles.
Elabore, na lousa, uma lista co-
Para começo de conversa letiva das atitudes que promo-
vam o respeito e a solidarie-
1 Você acha que as pessoas dade na vizinhança, segundo
a perspectiva dos estudantes,
representadas nessa imagem por exemplo: cumprimentar
se conhecem? Como você sempre as pessoas, tratá-las
chegou a essa conclusão? com respeito e educação, ser
Veja comentário no Roteiro de aulas. solidário, etc. Incentive os es-
2 Você conhece todas as tudantes a compartilhar suas
experiências.
famílias que moram perto
de sua casa?
Resposta pessoal.
3 Alguma vez você teve de
mudar de casa?
Resposta pessoal.
4 Em sua opinião,
como é uma boa Saber
Ser
vizinhança? Que
características ela
precisa ter para que todos os
moradores se sintam bem e
tenham uma boa
convivência? Respostas pessoais.

Vizinhança em
um bairro.

oitenta e cinco 85

:10 PM ideias e a coordenação motora fina, ha-


AJ_CH2_PNLD23_C07_084a095_LA.indd 85 cluir que as pessoas da imagem se co- 7/9/21 à vizinhança. Pergunte aos estudantes
5:45 PM

bilidades associadas à letra cursiva, que nhecem e interagem umas com as ou- que não tiveram de mudar de casa se
APOIO DIDÁTICO
poderá ser introduzida nesse momento tras. eles gostariam de morar em outro lu-
do processo de alfabetização. y Atividade 2: Faça uma sondagem so- gar. Incentive-os a refletir sobre onde
bre as relações que os estudantes e as gostariam de morar, os motivos para
Roteiro de aula respectivas famílias estabelecem na essa mudança e se sentiriam falta
y Comece o trabalho da abertura do capí- comunidade onde vivem e sobre os pa- dos vizinhos.
tulo propondo uma discussão sobre duas péis sociais desempenhados por eles,
noções: vizinhança e convivência. Auxilie como: se há laços de amizade e/ou de y Atividade 4: Incentive os estudantes a
os estudantes a exprimir os conhecimen- parentesco, se a convivência entre eles refletir sobre as atitudes que promovem
tos já apreendidos sobre o tema. é pacífica ou não. Essa sondagem con- o respeito e a solidariedade em uma vi-
y Em seguida, oriente os estudantes na tribui para garantir que a abordagem zinhança. Se julgar oportuno, trabalhe
realização das atividades e faça a me- do tema ocorra de maneira sensível também a noção de empatia e de de-
diação das perguntas norteadoras, au- e empática. ver. Pergunte a eles, por exemplo, como
xiliando-os na análise da imagem. y Atividade 3: Pergunte aos estudantes se sentiriam caso estivessem lendo um
y Atividade 1: Os estudantes deverão que já tiveram de mudar de casa se livro, em casa, e um dos vizinhos resol-
expor os elementos que permitem con- houve também mudança em relação vesse ouvir música em volume alto.

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86 Capítulo 7 Convivendo com
a vizinhança
Cada vizinhança é de um jeito
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Várias moradias habitadas por diferentes famílias formam uma
NO TEMA “CADA VIZINHANÇA
É DE UM JEITO” vizinhança. Os vizinhos são aquelas pessoas que moram próximas, na
mesma rua, no mesmo quarteirão, na mesma vila, no mesmo bairro...
» (EF02GE04) Reconhecer seme-
lhanças e diferenças nos hábitos, Observe a vizinhança representada na pintura abaixo.
nas relações com a natureza e no
modo de viver de pessoas em di-

Galeria Jacques Ardies. Fotografia: Jacques Ardies


ferentes lugares.
» (EF02GE08) Identificar e elabo-
rar diferentes formas de represen-
tação (desenhos, mapas mentais,
maquetes) para representar com-
ponentes da paisagem dos luga-
res de vivência.
» (EF02HI01) Reconhecer espa-
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se-
param as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco.
» (EF02HI02) Identificar e descre- Helena Coelho. A feira dos pescadores, 2013. Óleo sobre tela.
ver práticas e papéis sociais que
as pessoas exercem em diferen-
tes comunidades. 1 Marque com um X as frases corretas sobre a vizinhança
» (EF02HI03) Selecionar situações representada nessa imagem.
cotidianas que remetam à per- X Essa vizinhança é formada por famílias que moram
cepção de mudança, pertenci-
mento e memória. em uma praia.

Essa vizinhança é formada apenas por crianças.


COMPONENTE ESSENCIAL
PARA A ALFABETIZAÇÃO X Essa vizinhança é formada por famílias variadas.
» Conhecimento alfabético.
2 Em uma folha avulsa de papel, faça um desenho para mostrar como
é sua vizinhança. Lembre-se de anotar seu nome na folha. Afixe sua
obra de arte no mural da sala de aula. Desenho do estudante.
Para explorar
a. Quais são as diferenças e as
semelhanças entre sua vizinhança e Meu vizinho Totoro.
a vizinhança retratada na pintura de Direção: Hayao Miyazaki.
Japão, 1988 (86 min).
Helena Coelho? Resposta pessoal. Nessa animação, um pai
e duas filhas se mudam
b. Observe as vizinhanças retratadas para uma nova casa,
nos desenhos dos colegas. Elas onde conhecerão novas
paisagens e, novos vizinhos
são parecidas ou são diferentes da sua? e viverão novas aventuras.
Por quê? Respostas pessoais.

86 oitenta e seis

Orientações didáticas ou no mesmo condomínio, na mesma


AJ_CH2_PNLD23_C07_084a095_LA.indd 86 Roteiro de aula 7/10/21 10:22 AM AJ_C

rua, no mesmo quarteirão, na mesma co-


y Neste momento, é importante que os y Atividade 1: Antes de realizar a ati-
APOIO DIDÁTICO

estudantes reconheçam as pessoas munidade (principalmente no caso das


vidade, reserve alguns minutos para
comunidades tradicionais, como ribei-
que ocupam as moradias e os estabe- que os estudantes analisem e descre-
rinhos, indígenas e remanescentes qui-
lecimentos próximos à residência deles vam oralmente a pintura de Helena
lombolas), no mesmo bairro (nos casos
como seus vizinhos. Coelho. Acompanhe a identificação
em que a divisão de bairros extrapola o
y Ao longo deste capítulo, o conceito de âmbito institucional e é apropriada pela das frases corretas. O objetivo é que
vizinhança não será abordado de ma- comunidade). eles percebam que a vizinhança é for-
neira inflexível, já que a realidade das mada por um conjunto heterogêneo
vizinhanças no Brasil é bastante hete-
y A abordagem favorece o reconhecimen-
de famílias.
to dos espaços de sociabilidade da co-
rogênea, sendo esta mais uma marca munidade e dos laços que aproximam as y Atividade 2: Se considerar oportuno,
de nossa diversidade cultural. diferentes famílias e que permite identifi- disponibilize materiais variados (tinta
y A ideia de vizinhança carrega certa sub- car e descrever práticas e papéis sociais guache, giz de cera, revistas e jornais
jetividade, podendo ser considerados vi- que as pessoas da comunidade exercem para recortar, cola, tesoura com pontas
zinhos os que moram no mesmo prédio em diferentes contextos. arredondadas, etc.) para que os estu-

AJ_CH2_PNLD23_C07_084Aa095A_MP.indd 86 7/31/21 13:54


Convivendo com Capítulo 7 87
a vizinhança
Os bairros
Muitas vizinhanças estão organizadas em bairros.
Nos bairros, podemos encontrar casas, escolas, igrejas,
hospitais, bancos, farmácias, padarias, mercados, lojas, fábricas,
restaurantes, sorveterias e muitos outros estabelecimentos.
Mas todos os bairros são iguais? E em todos eles encontramos
tudo isso? Veja as fotos a seguir.

Cabral Correia/Shutterstock.com/ID/BR

James Davis Photography/Shutterstock.com/ID/BR


A B

João Prudente/Pulsar Imagens

Gerson Gerloff/Pulsar Imagens


C D

3 Observe novamente as fotos e leia as frases a seguir. Depois,


escreva a letra de cada foto ao lado da frase correspondente.
B  Lojas em uma rua de Belém, Pará, 2019.

A  Moradias em rua arborizada de Guaramiranga, Ceará, 2020.

D  Rua com praça em Bagé, Rio Grande do Sul, 2020.

C  Moradia no campo em Juruaia, Minas Gerais, 2020.

oitenta e sete 87

:22 AM dantes façam representações artísticas


AJ_CH2_PNLD23_C07_084a095_LA.indd 87 gunte a eles: “Onde vocês costumam 7/3/21
ir 12:10 PMesses elementos são importantes para
de suas vizinhanças. quando estão na vizinhança?”; “Que es- a qualidade de vida de seus moradores.
APOIO DIDÁTICO
Após a confecção dos desenhos, solici- paços vocês compartilham com os vizi- y Atividade 3: Com os estudantes, faça
te a cada estudante que fale um pouco nhos?”; “Vocês acham que falta alguma a leitura das imagens e das frases. Au-
do local em que mora e de seus vizi- coisa na vizinhança?”; “Há algo que po- xilie-os a perceber as características
nhos. Questione-os sobre as relações deria ser melhorado?”. Essas reflexões de cada localidade e a relacionar cada
de amizade que eles têm (ou não) com iniciais podem ser retomadas ao longo imagem com a respectiva frase.
os vizinhos e as formas de se relacionar do estudo desse tema. y A animação Meu vizinho Tororo, indica-
com eles. Aspectos ligados às diferen- y Após ler o texto didático, pergunte aos da no boxe Para explorar, aborda com
ças entre as moradias também podem estudantes quais dos elementos ci- sensibilidade a relação construída entre
ser ressaltados: estudantes que moram tados existem na vizinhança de onde uma criança e um espírito da floresta,
em casas, apartamentos, moradias co- eles moram e se há outros tipos de es- que se localiza próxima de sua casa.
letivas, etc., tema que será desenvolvi- tabelecimento ou construção que não Se julgar apropriado, assista ao filme
do a seguir. foram citados no texto, como parques, antes e, em seguida, reproduza-o para
y Antes de orientar a próxima atividade, praças e outros espaços de lazer, esta- os estudantes, motivando uma roda de
converse com os estudantes sobre a vi- ções de trem ou metrô, terminais rodo- conversa sobre o filme e as relações ca-
zinhança do local em que moram. Per- viários, etc. Questione-os sobre como racterísticas da vizinhança.

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88 Capítulo 7 Convivendo com
a vizinhança
O endereço
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Para localizar uma moradia nas cidades, utilizamos o endereço:
NO TEMA “O ENDEREÇO”
nome da rua, número da casa, nome do bairro, nome do município...
» (EF02HI03) Selecionar situações Mas será que sempre foi assim?
cotidianas que remetam à per-
cepção de mudança, pertenci- No Brasil, há pouco mais de cem anos, muitas ruas eram
mento e memória. conhecidas pelo nome de um morador ou de um lugar importante.
» (EF02HI05) Selecionar objetos e Por exemplo, a “rua do João” , a “rua do Colégio”, entre outros.
documentos pessoais e de grupos
próximos ao seu convívio e com- As construções não eram identificadas por números.
preender sua função, seu uso e A localização era feita por uma referência, como “fica em frente
seu significado.
da padaria” ou “está perto do correio”.
Com o crescimento da população, os População: conjunto
COMPONENTE ESSENCIAL de pessoas que
PARA A ALFABETIZAÇÃO
municípios começaram a identificar as ruas vivem em um lugar.
com nomes e as construções com números.
» Produção de escrita.
O nome dado a ruas, praças e avenidas pode homenagear
Para casa pessoas, acontecimentos históricos, países, povos indígenas,
profissões, entre outros.
y Atividade 1: Oriente os estu-
Na placa azul desta foto,

Roberto Casimiro/Fotoarena
dantes a questionar sobre refe-
rências do seu endereço com os há uma sequência de números
responsáveis. Se julgar necessá-
rio, ofereça aos estudantes ca-
abaixo do nome do bairro.
minhos para identificar o CEP, se Esses números formam o
essa informação for desconhe- Código de Endereçamento
cida pelas famílias. Uma possi-
bilidade é acessar o serviço dos Postal (CEP). Esse tipo de
Correios no site disponível em código está em vigor desde
https://buscacepinter.correios. maio de 1971 e é usado por
com.br/app/localidade_logra-
douro/index.php (acesso em: 13 serviços, como o dos correios,
jul. 2021). Dependendo das con- para identificar uma rua. Placa da Rua Anita Malfatti, com CEP, em
dições de acesso à internet na
São Paulo. Foto de 2021.
escola, é possível mostrar aos
estudantes como realizar a pes-
quisa, partindo, por exemplo, do 1 Escreva seu endereço completo, incluindo o CEP.
endereço da escola.
Resposta pessoal.

2 Observe o nome da rua na placa retratada na foto acima.


Com a ajuda de um adulto, faça uma pesquisa em livros ou sites
da internet e descubra quem foi a pessoa homenageada nessa
placa de rua. Atividade de pesquisa. Anita Malfatti (1889-1964) foi uma importante
pintora brasileira do período modernista, do início do século XX.
88 oitenta e oito

Orientações didáticas o endereço de suas moradias, o da es-


AJ_CH2_PNLD23_C07_084a095_LA.indd 88 sem utilizar o nome das ruas e o núme- 7/3/21 12:10 PM AJ_C

cola e o processo histórico que levou a ro das moradias.


y No contexto apresentado, os nomes
APOIO DIDÁTICO

das ruas são historicizados, e a função essa condição. y Atividade 1: Oriente os estudantes a iden-
da identificação do endereço é ressal- tificar as informações solicitadas com a
Roteiro de aula ajuda dos familiares. Dependendo da rea-
tada, permitindo que o tema seja abor-
dado de acordo com a faixa etária. y Converse com os estudantes sobre a lidade escolar, se o estudante não conse-
importância do endereço. Pergunte a guir essa informação, busque os dados na
y Há localidades do Brasil em que nem
eles: “É importante identificar as ruas? secretaria da escola. Eles, em geral, são in-
todas as ruas são nomeadas ou as mo-
radias são numeradas. Nesses casos, Por quê?”; “De que maneira as ruas po- formados pelos responsáveis no momen-
outras estratégias de localização das dem ser identificadas?”; “Que tipo de to da matrícula dos estudantes.
moradias são utilizadas. Por isso, aborde identificação é mais usado no local em y Atividade 2: A proposta privilegia a ati-
o tema com sensibilidade, realizando a que se encontra a escola?”. tude historiadora, promovendo a leitura
sondagem da situação da comunidade y Após a leitura do texto didático, você da fonte apresentada e demonstrando
em relação a esse tema. Busque condu- pode perguntar aos estudantes se se- que os nomes das ruas (bem como as
zir os trabalhos de modo que os estu- ria possível localizar a casa onde mo- placas institucionais) também expressam
dantes se tornem capazes de identificar ram ou outros locais, como a escola, funções sociais e têm significado para as

AJ_CH2_PNLD23_C07_084Aa095A_MP.indd 88 7/31/21 13:54


Convivendo com Capítulo 7 89
a vizinhança
RegisRte
rogsistros Envelopes de correspondência HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO REGISTROS
Durante muito tempo, a comunicação entre as pessoas que estavam » (EF02GE03) Comparar diferen-
distantes umas das outras ocorria por meio de cartas. Dependendo da tes meios de transporte e de co-
municação, indicando o seu papel
distância, as cartas demoravam semanas, e até meses, para chegar. na conexão entre lugares, e discu-
Você sabe o que é necessário para enviar uma carta? tir os riscos para a vida e para o
ambiente e seu uso responsável.
No envelope da carta, devem aparecer algumas informações
básicas: o nome da pessoa que a receberá (destinatário) e o endereço » (EF02HI05) Selecionar objetos e
documentos pessoais e de grupos
dela – rua, número da casa, bairro (se houver), município, estado e CEP. próximos ao seu convívio e com-
Também é preciso informar o nome e o endereço de quem está preender sua função, seu uso e
enviando a carta (remetente), comprar e colar o selo postal e levar a seu significado.
carta a um dos postos de atendimento ou caixa de coleta dos correios.
Por causa de todas essas informações, com o passar do tempo, as COMPONENTE ESSENCIAL
cartas se tornaram importantes documentos históricos. Nelas, podemos PARA A ALFABETIZAÇÃO
encontrar pistas para conhecer a história das pessoas e dos lugares. » Produção de escrita.
Atividade complementar

Fotomontagem: ID/BR
y Proponha aos estudantes que
troquem correspondências entre
si. Para isso, defina quem deverá
escrever para quem, pois isso ga-
rantirá que todos sejam incluídos
na atividade. Em seguida, expli-
que-lhes que as cartas podem
Envelope postal conter frases, desenhos, adesivos
utilizado no Brasil ou letras de música. Reserve um
em 1949. Nessa tempo na sala de aula para que
época, ainda não as cartas sejam elaboradas. Em
existia o CEP. seguida, oriente os estudantes
no preenchimento do envelope.
1 Localize nesse envelope as seguintes informações: Se possível, reúna todas as cartas
e peça à escola que providencie
a. Nome da pessoa que receberá a carta. o endereçamento na modalida-
Caio Manoel dos Reis. de Carta Social, regulamentada
em todo o Brasil. Se isso não for
possível, peça a ajuda dos res-
b. Endereço completo do destinatário. ponsáveis para que isso se reali-
Rua das Nações, 1 535, bairro São Lourenço. São Paulo – SP. ze. O envio de correspondência
na modalidade Carta Social custa
apenas R$0,01, e deve respeitar
c. Data de envio da carta. alguns critérios, que podem ser
23 de agosto de 1949. Essa informação está no carimbo sobre os selos postais. consultados no site disponível
em: https://www.correios.com.br/
enviar/correspondencia/saiba-
mais-nacional (acesso em: 13 jul.
2021).
oitenta e nove 89

:10 PM comunidades. Organize um momento de


AJ_CH2_PNLD23_C07_084a095_LA.indd 89 comunidades que os produziram, como 7/3/21 12:10 PMdo que a oferecida pela ilustração da
troca para e os estudantes compartilha- a seção busca evidenciar. página.
y APOIO DIDÁTICO
rem as informações da pesquisa. y Apesar de as correspondências im- Trabalhe os novos termos – destinatá-
pressas não serem mais o principal rio e remetente – de forma a contribuir
Orientações didáticas meio de comunicação interpessoal, para o desenvolvimento do vocabulá-
y Esta seção permite a historicização de elas ainda pautam os contatos oficiais rio dos estudantes e a ampliação de
mais um objeto pessoal: os envelopes entre indivíduos e instituições, como seu repertório.
de correspondência. Esses objetos são as contas de água e de energia elétri- y Atividade 1: Auxilie os estudantes a
importantes formas de registro da his- ca, por exemplo. identificar as informações disponíveis
tória, especialmente no contexto duran- na fonte histórica e a registrar suas des-
Roteiro de aula cobertas. Se houver na escola alguns
te o qual era o principal modo de comu-
nicação interpessoal. y Leia o texto didático com os estu- envelopes de correspondência antigos,
dantes e, se possível, traga uma carta você pode realizar uma atividade aná-
y Sendo um importante meio de comuni- como exemplo para que eles possam, loga à proposta nessa seção, mas com
cação do passado, os envelopes guar- ao manuseá-la, apreender as informa- documentos que fazem parte da histó-
dam informações relevantes sobre as ções de maneira ainda mais concreta ria da escola.

AJ_CH2_PNLD23_C07_084Aa095A_MP.indd 89 7/31/21 13:54


90 Capítulo 7 Convivendo com
a vizinhança
Serviços públicos: ontem e hoje
HABILIDADES DESENVOLVIDAS É importante que a vizinhança tenha
NO TEMA “SERVIÇOS Rede de esgoto: sistema de
PÚBLICOS: ONTEM E HOJE” energia elétrica, água encanada, rede de canos que leva a água usada
esgoto, coleta de lixo, serviços de correio das casas e dos prédios até
» (EF02GE04) Reconhecer seme- um mar, lago ou rio. Antes de
lhanças e diferenças nos hábitos, e segurança, etc. Mas será que esses descartar o esgoto, ele deve
nas relações com a natureza e no serviços sempre existiram? ser tratado para não poluir
modo de viver de pessoas em di- as águas. Porém, em muitos
ferentes lugares. lugares do Brasil, isso ainda
Serviços públicos no passado não acontece e o esgoto é
» (EF02GE11) Reconhecer a impor- despejado sem tratamento.
tância do solo e da água para a Há pouco mais de cem anos, na Pavimentado: que tem
vida, identificando seus diferen- maioria dos municípios do Brasil, poucas algum revestimento, por
tes usos (plantação e extração de exemplo, asfalto.
materiais, entre outras possibilida- ruas eram pavimentadas e não havia água
des) e os impactos desses usos no encanada, rede de esgoto ou distribuição
cotidiano da cidade e do campo.

Biblioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Fotografia: ID/BR


de energia elétrica. Além disso, o B
» (EF02HI01) Reconhecer espa- transporte público ficava concentrado no
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se- centro das cidades.
param as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco. 1 Observe as imagens a seguir e
» (EF02HI02) Identificar e descre- responda às questões.
ver práticas e papéis sociais que

Henry Chamberlain/Bibllioteca da Universidade da Flórida, Gainesville


as pessoas exercem em diferen-
A
tes comunidades.
» (EF02HI03) Selecionar situações
cotidianas que remetam à per-
cepção de mudança, pertenci-
mento e memória.
» (EF02HI10) Identificar diferen-
tes formas de trabalho existen-
tes na comunidade em que vive,
seus significados, suas especifi-
cidades e importância.

COMPONENTE ESSENCIAL
PARA A ALFABETIZAÇÃO
Henry Chamberlain. Pretos de ganho, cerca de 1820. Antigamente, os lampiões
» Desenvolvimento de vocabulário. Gravura. Para ter água em casa, era necessário eram as fontes de iluminação
buscá-la nas fontes conhecidas como chafarizes. Em pública no Brasil. Eles eram
geral, esse trabalho era realizado por escravizados, acesos e apagados, um a um,
que utilizavam grandes barris, chamados de pipas, pelo acendedor de lampiões.
para transportar a água pela cidade. Foto de cerca de 1900.

a. Quais serviços públicos estão representados nelas?


A: Distribuição de água; B: Iluminação pública.
b. Como esses serviços eram realizados? A água vinha de
chafarizes e era transportada em pipas por escravizados. A iluminação das
ruas era feita por lampiões, que eram acesos e apagados todos os dias.
90 noventa

Orientações didáticas que os serviços públicos são aqueles


AJ_CH2_PNLD23_C07_084a095_LA.indd 90 quais têm acesso e também àqueles 7/3/21 12:10 PM AJ_C

organizados e fornecidos pelos pode- que, eventualmente, não sejam disponi-


y A proposta desse tema permite aos es-
APOIO DIDÁTICO

res públicos (municipal, estadual e fe- bilizados na região onde vivem.


tudantes refletir sobre a realidade de
suas vizinhanças, estimulando a atitude deral), tendo em vista que são finan- y Dessa forma, é importante conhecer a
cidadã e a historicização da conquista de ciados com o dinheiro recolhido de comunidade escolar e também os ser-
direitos associados aos serviços públi- impostos pagos por todos os cidadãos. viços públicos oferecidos, assim como
aqueles aos quais todos os cidadãos
cos. Além disso, problematiza, de modo y Ainda que seja dever das diferentes ins-
têm direito. Em vista disso, amplie seus
introdutório, as desigualdades sociais. tâncias do poder público ofertar esses
conhecimentos sobre as diferentes rea-
y O tema proposto também aborda tra- serviços com qualidade, uma parte sig-
lidades brasileiras com a leitura do tex-
balhos realizados pelas comunidades nificativa da população brasileira, ape-
to indicado no boxe Para complementar
no passado e no presente, discutindo a sar de pagar seus impostos, não tem
neste manual.
relevância e a especificidade deles. Por acesso a todos os serviços públicos a
fim, permite também dialogar sobre os que tem direito. Roteiro de aula
impactos da presença humana no meio y A proposta de apresentar alguns ser- y Após a leitura do texto didático com os
ambiente e sobre a necessária valoriza- viços públicos atuais permite que os estudantes, ajude-os a refletir sobre os
ção dos recursos naturais, como a água. estudantes possam identificar, em sua serviços públicos, especialmente sobre
É importante explicar aos estudantes vizinhança, os serviços públicos aos aqueles citados no texto.

AJ_CH2_PNLD23_C07_084Aa095A_MP.indd 90 7/31/21 13:54


Convivendo com Capítulo 7 91
a vizinhança
Serviços públicos no presente
Atualmente, muitas vizinhanças brasileiras contam com
importantes serviços públicos, como iluminação pública, Para complementar
distribuição de água Pesquisa Nacional por Amostra de

Alexandre Tokitaka/Pulsar Imagens


encanada e de luz elétrica, A Domicílios: síntese de indicadores
rede de esgoto, postos de 2015. Rio de Janeiro: IBGE, 2016.
Disponível em: https://biblioteca.
saúde, escolas públicas, etc. ibge.gov.br/visualizacao/livros/
liv98887.pdf. Acesso em: 13 jul.
2021.
Nesse documento produzido
pelo Instituto Brasileiro de Geo-
grafia e Estatística (IBGE), há
Vacinação de criança em posto definições sobre os principais
de saúde de São Paulo. Foto de serviços públicos brasileiros e as
2020. O sistema público de informações sobre a oferta deles
saúde oferece atendimento para nos municípios, estados e regiões
crianças, jovens, adultos e idosos. do Brasil. A obra apresenta ou-
tras informações sobre as famí-
lias e os domicílios brasileiros,
Além desses serviços, há algumas inovações, como a coleta traçando perfis históricos e con-
seletiva de lixo. Porém, essa não é a realidade de todos os temporâneos das moradias e da
população brasileira.
municípios do Brasil.
Trabalhadores separando materiais
Sergio Ranalli/Pulsar Imagens

B recicláveis em Londrina, Paraná. Saber Tomada de decisão


Ser
Foto de 2020. A coleta seletiva de responsável
lixo é muito importante para
preservar o meio ambiente, pois
y Atividade 3: Ao reconhecer
diminui a quantidade de lixo
a importância dos serviços
despejada nos aterros. públicos para a qualidade de
vida e bem-estar dos cidadãos,
os estudantes poderão refle-
tir sobre as próprias decisões
Coleta seletiva de lixo: serviço de e comportamentos, reconhe-
coleta de lixo em que os materiais cendo seu papel em relação à
que jogamos fora são recolhidos manutenção, à reivindicação e
separadamente, de acordo com o à transformação dos serviços
tipo, para serem reciclados. públicos a que têm direito.
Despejar: descarregar, esvaziar.

2 Sobre os serviços mostrados nas fotos A e B, pesquise:


No município onde você mora, onde é possível ter acesso
a esses serviços? Que profissionais trabalham nessas
atividades? Atividade de pesquisa.
Saber
3 Na opinião de vocês, por que esses serviços são ser
importantes? Resposta pessoal.

noventa e um 91

:10 PM AJ_CH2_PNLD23_C07_084a095_LA.indd 91
y Atividade 1: Peça aos estudantes que ob- que descrevam as imagens e identifi- 7/9/21 conhecimentos com o componente
5:47 PM

servem as duas imagens. Pergunte-lhes quem os trabalhadores nelas represen- curricular Ciências.
APOIO DIDÁTICO
se reconhecem os tipos de serviço pú- tados. Pergunte a eles se já estiveram Sobre a coleta seletiva, se julgar con-
blico representados. Informe-os de que, em lugares e/ou situações semelhan- veniente, explique aos estudantes que
antigamente, esses serviços eram precá- tes e peça-lhes que compartilhem suas os resíduos, quando separados, se-
rios e estavam disponíveis apenas nas re- experiências.
guem para reciclagem em vez de se-
giões centrais das cidades maiores, não y Atividades 2 e 3: Espera-se que os es- rem lançados ao meio ambiente sem
atendendo, assim, todos os brasileiros. tudantes reconheçam a importância
Se considerar oportuno, comente que, o tratamento adequado. Nem todas as
dos postos de saúde e de seus pro-
hoje, a distribuição de energia elétrica, o comunidades contam com esse tipo de
fissionais. O mesmo vale para a coleta
fornecimento de água e a instalação de serviço e, principalmente nos meios ur-
seletiva de lixo e a atuação dos coleto-
rede de esgoto são alguns dos serviços res e separadores de resíduos. Esses banos, onde o descarte de lixo costu-
públicos básicos a que todos os cidadãos serviços procuram atender a neces- ma ser maior (já que há mais pessoas),
têm direito. Contudo, muitas pessoas, sidades fundamentais dos cidadãos, o impacto do descarte inadequado de
em diferentes localidades, ainda não têm garantindo a saúde e o bem-estar da lixo causa poluição do solo, do ar e das
acesso a esses serviços. população e a diminuição do impac- águas, além de afetar a vida de ou-
y Após a leitura do texto didático e das le- to do lixo no meio ambiente. Os dois tros seres vivos, como as plantas, por
gendas das fotos, peça aos estudantes serviços favorecem a integração de exemplo.

AJ_CH2_PNLD23_C07_084Aa095A_MP.indd 91 7/31/21 13:54


92 Capítulo 7 Convivendo com

Vamos ler imagens!


a vizinhança

HABILIDADE DESENVOLVIDA
NA SEÇÃO VAMOS LER
IMAGENS! Pintura e foto:
» (EF02HI11) Identificar impactos
no ambiente causados pelas dife-
Vila Rica e Ouro Preto
rentes formas de trabalho existen-
tes na comunidade em que vive.
Como você já estudou, as legendas ajudam a compreender
Vale dizer que Ouro Preto foi a melhor as imagens que observamos. Elas apresentam, por exemplo,
primeira cidade a ser tombada no informações sobre o local representado.
Brasil, o que equivale a afirmar Observe a pintura abaixo e leia a legenda.
que esta cidade foi a primeira a ser
oficialmente reconhecida como

Museu da Inconfidência, Ouro Preto. Fotografia: ID/BR


cidade histórica. Com efeito, Ouro
Preto serviu de paradigma aos tom-
bamentos posteriores. As caracte-
rísticas estilísticas da cidade, seu
estilo colonial e barroco, serviram
de modelo para a constituição de
parâmetros que orientariam as
futuras ações preservacionistas e
estabeleceram um modelo de pa-
trimonialização a ser seguido. Ouro
Preto surgiu como patrimônio na- Arnaud Julien
cional mesmo antes de existir uma Pallière. Detalhe
instituição governamental que cui- de Vista de Vila
dasse do assunto. Os critérios que Rica, de cerca
de 1820.
fizeram de Ouro Preto um monu-
Óleo sobre tela.
mento nacional, que consolidaram
seu qualificativo histórico […] foram Essa pintura mostra parte da vizinhança de Vila Rica há cerca
os mesmos que fundamentaram a
de duzentos anos. Essa vila deu origem ao atual município de Ouro
criação de um órgão governamental
responsável pela escolha, salvaguar- Preto, em Minas Gerais.
da e conservação dos bens transfor-
mados em monumentos nacionais.
Agora é a sua vez
Nesse sentido, Ouro Preto antecedeu
e serviu como paradigma à primeira 1 Em 1820, que tipos de construção havia na vizinhança de 
instituição federal de proteção patri- Vila Rica? Marque com um X.
monial, que foi o Serviço do Patrimô- X igrejas supermercados
nio Histórico e Artístico Nacional, ou
SPHAN, criado em 1937 […]. X sobrados X casas térreas
[…]
prédios de apartamento palafitas
Tanto artística como historica-
mente, Ouro Preto torna-se refe-
rência para a instauração de uma 92 noventa e dois
tradição popular e de uma iden-
tidade nacional, pois ali se deram
feitos decisivos na conformação da Orientações didáticas
AJ_CH2_PNLD23_C07_084a095_LA.indd 92
y O contexto histórico relacionado na se- 7/3/21 12:10 PM

história pátria e, por consequência, ção também permite dialogar sobre a


y Nesta seção, o contexto da historicidade
APOIO DIDÁTICO

da nacionalidade. Ou seja, a nacio- das vizinhanças, expresso pela preserva- preservação do patrimônio histórico (os
ção de vestígios históricos, é usado para marcos de memória de um lugar e de
nalidade ancora-se, ou valida-se,
instrumentalizar os estudantes a reco- uma comunidade).
sobre a construção de uma história
heroica e sobre a confirmação dessa nhecer os diferentes suportes das ima- y Pela observação de cada uma das
gens, ou seja, a primeira imagem é uma imagens e a realização das ativida-
história nas provas ou vestígios pre- des propostas, os estudantes poderão
pintura (óleo sobre tela) e a segunda,
téritos que persistem no presente. uma fotografia. comparar as paisagens de Vila Rica e
O passado histórico é comprova- de Ouro Preto, em temporalidades dis-
do pela presença, ou resistências,
y Aproveite para explicar a eles as diferen-
ças entre fotografia e pintura. Comente tintas, verificando as permanências e
de artefatos que trazem marcas e que os processos de execução são par- as transformações que ocorreram ao
vestígios de outrora. Ouro Preto ticulares. No caso da fotografia, o artista longo do tempo.
ficará reconhecida como a cidade utiliza uma máquina fotográfica, lentes y A pintura de Arnaud Julien Pallière re-
que não mudou […], que manteve especiais e filmes ou cartão de memó- presenta o lugar quando este se chama-
suas feições barrocas, uma cidade ria. As pinturas são feitas em telas, e os va Vila Rica, enquanto a foto retrata uma
materiais são os pincéis e as tintas. paisagem contemporânea.

AJ_CH2_PNLD23_C07_084Aa095A_MP.indd 92 7/31/21 13:54


Convivendo com Capítulo 7 93
2 Pinte as informações da legenda da imagem da página anterior a vizinhança

com as seguintes cores:


 Nome do autor  Data em que foi feita cujas características arquitetônicas
Arnaud Julien Pallière 1820 originais mantiveram-se ao longo
 Título da obra  Técnica de pintura do tempo, uma cidade, enfim, que
Vista de Vila Rica Óleo sobre tela não sofreu as mudanças e trans-
• Por qual informação da legenda é possível saber que a formações da sociedade moderna
imagem retrata Vila Rica? Pelo título da obra. […]. Ouro Preto torna-se a cidade
histórica por possuir a visibilida-
3 Observe a foto abaixo e leia a legenda. de, as características estéticas e vi-
suais, que demarcam um período

Luis War/Shutterstock.com/ID/BR
de tempo tido como referencial para
a composição do quadro histórico,
identitário e artístico da nação […].
Por ter vencido as contingências
do tempo, a ex-capital de Minas
Gerais, a Vila Rica de outrora, con-
solida seu papel de testemunha da
história e acaba por divulgar e ins-
tituir uma imagem cristalizada de
si mesma. Esta imagem não poderá,
a partir de então, ser modificada já
que ela representa a própria pro-
va de um passado histórico que se
quer imortal. A cidade torna-se,
com efeito, um emblema imune às
vicissitudes temporais, e assim ela
deve permanecer no porvir.
Natal, Caion Meneguello. Ouro Preto:
a construção de uma cidade histórica,
Vista de Ouro Preto, Minas Gerais. Foto de 2020. 1891-1933. 2007. 239 p. Dissertação
(Mestrado em História) – Universidade
Estadual de Campinas, Instituto de
a. Que local é retratado na imagem? Filosofia e Ciências Humanas, Campinas,
2007. Disponível em: http://repositorio.
Ouro Preto, em Minas Gerais. unicamp.br/handle/REPOSIP/279438.
Acesso em: 13 jul. 2021.

b. Qual é a técnica usada nessa imagem? Contorne o quadro


com o nome da técnica correta.

Pintura Foto Gravura

c. Em sua opinião, que semelhanças e diferenças há entre a


pintura de 1820 e a foto de 2020? Qual das duas técnicas
você prefere? Por quê? Respostas pessoais.

noventa e três 93

y Ressalta-se, nesse momento, a relevân-


AJ_CH2_PNLD23_C07_084a095_LA.indd 93
y Atividade 1: Os estudantes devem 7/3/21
y Atividade
12:10 PM 2: Oriente os estudantes a
cia da historicidade de Ouro Preto não só ser capazes de identificar os diferen- realizar a atividade e certifique-se de
APOIO DIDÁTICO
para a comunidade que habita a região, tes tipos de construção presentes na que todos selecionaram corretamente
mas, também, para a população brasi- imagem. Dado o caráter processual da as cores que deverão utilizar. Incen-
leira, como marco histórico e identitário. aprendizagem, essa atividade retoma tive a resposta em voz alta, antes de
Para alguns especialistas, essa importân- conhecimentos obtidos em outros mo- proceder com o destaque no texto da
cia do local pode justificar a preservação mentos do volume e da coleção. Reto- legenda; assim, é possível identificar
de seus patrimônios históricos e, por isso, me com os estudantes, se necessário, possíveis equívocos e corrigi-los.
há tantas permanências na paisagem. os tipos de moradia. Leia com eles os y Atividade 3: A proposta é consolidar os
Sobre o tema, leia o texto reproduzido tipos de construção escritos nos qua- elementos constituintes de uma legen-
nesta dupla de páginas deste manual. drinhos e acompanhe-os na realiza- da e a correta identificação deles. No
ção da atividade, verificando se eles item c, motive os estudantes a expres-
Roteiro de aula conseguiram reconhecer as diferentes sar suas opiniões, detalhando as razões
y Caso julgue relevante para a leitura das construções representadas nas duas que justificam a preferência pela pintu-
imagens, retome com os estudantes o imagens e relacioná-las às caracterís- ra ou pela fotografia.
que são as legendas e os tipos de infor- ticas culturais presentes tanto nas fra-
mação que elas contêm. ses quanto nas ilustrações.

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94 Capítulo 7 Convivendo com
a vizinhança
re
Aprender semp
HABILIDADES AVALIADAS
NA SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF02GE04) Reconhecer seme- 1 Você conhece seus vizinhos? Costuma conviver com eles?
lhanças e diferenças nos hábitos, Marque com um X as atividades que você realiza ou gostaria de
nas relações com a natureza e no realizar com eles. Respostas pessoais.
modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares.
» (EF02HI01) Reconhecer espa- Estudar. Ver um filme.
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se-
param as pessoas em diferentes
Brincar. Contar piadas.
grupos sociais ou de parentesco.
» (EF02HI02) Identificar e descre- Tomar lanche. Jogar videogame.
ver práticas e papéis sociais que
as pessoas exercem em diferen- Passear com o cachorro. Praticar esportes.
tes comunidades.
» (EF02HI11) Identificar impactos Ler um livro. Assistir a séries.
no ambiente causados pelas dife-
rentes formas de trabalho existen-
tes na comunidade em que vive. Ouvir música. Caminhar pelo bairro.

COMPONENTE ESSENCIAL 2 Leiam a tira abaixo e respondam às questões a Saber


PARA A ALFABETIZAÇÃO ser
seguir.
» Compreensão de textos.

Alexandre Beck/Acervo do cartunista


Alexandre Beck. Armandinho Três. Curitiba: Arte & Letras, 2014. p. 6.

a. O que Armandinho está fazendo?


Está ouvindo música em um volume muito alto.
b. Na opinião de vocês, essa atitude pode incomodar os
vizinhos? Por quê? Respostas pessoais.
c. Imaginem que vocês são vizinhos de Armandinho. O que
vocês fariam nessa situação? Resposta pessoal.
d. Por que é importante manter uma boa convivência com a
vizinhança? Converse com os colegas e o professor.
Resposta pessoal.
94 noventa e quatro

Orientações didáticas que as ideias delas podem exercer so-


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y Atividade 2: Espera-se que os estudan- 7/3/21 12:10 PM AJ_C

bre o grupo social do qual fazem parte. tes reflitam que, em locais em que  os
y Nesta seção, aproveite para revisar, re-
APOIO DIDÁTICO

forçar e avaliar os objetos de conheci- Problematize com os estudantes que vizinhos moram muito próximos uns dos
isso só é possível porque cada pessoa outros, como prédios e casas gemina-
mento trabalhados no capítulo.
cumpre um papel diferente, que implica das, ouvir música em volume alto pode
y Consolide a necessidade de normas funções e responsabilidades também incomodar. Em muitas vizinhanças, há
de conduta individuais e coletivas que diferentes. regras em relação ao barulho, como não
favoreçam uma boa convivência com permitir música alta após determinado
a vizinhança. Roteiro de aula horário. Em muitos municípios, há lei es-
y O trecho de texto apresentado na ati- y Atividade 1: Nessa proposta, os estu- pecífica para essa questão, geralmente
vidade 3, do escritor venezuelano Ku- dantes devem identificar as atividades chamada de “lei do silêncio”. No item b,
rusa, destaca as ideias de um grupo de realizadas por todos da vizinhança, re- trabalhe com os estudantes as noções
crianças para solucionar um problema conhecendo a importância dos laços de empatia. Peça a eles que se colo-
da comunidade e exemplifica o impacto sociais e afetivos. quem no lugar dos vizinhos e, depois,

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Convivendo com Capítulo 7 95
3 Carlitos, Camila e Alex moram em uma rua onde há um terreno a vizinhança

abandonado. Nesse local, as pessoas jogam muito lixo. Leia um


trecho da história deles a seguir. Saber Habilidades de
Ser
relacionamento
y Atividade 2: A proposta
O tempo passou e o […] terreno foi ficando cheio de lixo […]. favorece a compreensão dos
Carlitos, Camila e Alex não se conformaram. Lá de cima, olhavam pro pontos que devem ser obser-
terreno […] e pensavam numa solução. Uma tarde, Carlitos disse: vados no comportamento in-
– Será que nós mesmos não podemos fazer um parque? dividual para que se crie uma
boa convivência na vizinhan-
– Você tá louco! Isso é muito difícil! ça. Aproveite a atividade
– Mas se todos ajudarem, talvez... para estimular o exercício da
Era uma ideia louca. […] As crianças a contaram aos seus amigos, aos empatia, da cooperação e do
respeito ao outro, posturas
seus irmãos mais velhos e às suas mães […]. que favorecem o desenvol-
Com o tempo, mais e mais pessoas falavam no assunto. vimento da competência so-
Kurusa. A rua é livre. Ilustrações de Monika Doppert. São Paulo: Callis, 2002. p. 41 e 43. cioemocional voltada às ha-
bilidades de relacionamento.

a. Qual foi a solução sugerida por Carlitos para resolver o


problema do terreno abandonado?
Ele sugeriu que todos poderiam fazer um parque no lugar.
b. Em sua opinião, essa solução será boa para a vizinhança?
Por quê? Respostas pessoais.
c. Como você acha que essa história termina? Com a orientação
do professor, você e os colegas vão criar um final feliz para ela.
Resposta pessoal.
4 Forme um grupo com dois colegas. Vocês vão descobrir se há
problemas que afetam o meio ambiente na vizinhança de vocês.
• Perguntem às pessoas mais velhas da família de vocês
se elas reconhecem problemas ambientais no bairro.
• Escolham uma das questões ambientais identificadas e,
com a orientação do professor, pesquisem as seguintes
informações: onde isso ocorre, quais são seus impactos
no meio ambiente, quais profissionais poderiam trabalhar
para solucionar esse problema e como a população poderia
contribuir para resolvê-lo. Busquem também informações em
jornais do município e em portais de notícias na internet.
• Registrem essas informações no caderno. Em uma data
combinada com o professor, compartilhem os resultados
da pesquisa com os colegas e conheçam os problemas
ambientais e as soluções que os outros grupos apontaram.
Atividade de pesquisa.

noventa e cinco 95

:10 PM no lugar de Armandinho. Diga-lhes que,


AJ_CH2_PNLD23_C07_084a095_LA.indd 95 bém a organizar as etapas dessa histó- 7/3/21 reza pelas ações humanas, de forma que
12:10 PM

em situações de conflito parecidas com ria, instigando-os a pensar, por exem- reconheçam os esforços de profissionais
APOIO DIDÁTICO
essa, é importante promover um diálo- plo, como foi a reunião da Associação para diminuir esses impactos. Você pode
go amistoso, evitando que o conflito se de Moradores, se a ideia do parque foi realizar a atividade em três etapas. Orien-
prolongue e se intensifique. aceita, como cada morador ajudou a te os estudantes na escolha do problema.
solucionar o problema, se a prefeitura Depois, direcione a pesquisa no laborató-
y Atividade 3: Faça a leitura dramatizada
rio de informática ou na biblioteca da es-
do texto, para facilitar a compreensão participou ou não, etc. Escreva a histó-
cola, de acordo com a realidade escolar,
dos diálogos propostos. Os estudan- ria na lousa. Se julgar adequado, peça
e, por fim, promova o debate em sala de
tes devem analisar o contexto sugerido aos estudantes que registrem a história
aula. Se julgar conveniente, elabore com a
exercitando a empatia. No item c, você coletiva no caderno. Também é possível turma um roteiro de perguntas. Ele tam-
pode ser o escriba da turma. Oriente os solicitar-lhes um desenho que a ilustre. bém pode ser utilizado na pesquisa. Fina-
estudantes, lembrando-os de que se y Atividade 4: Incentive os estudantes a lize a atividade de escrita na sala de aula,
trata de um final feliz. Ajude-os tam- identificar os impactos causados na natu- sanando possíveis dúvidas.

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95A Conclusão do capítulo 7

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 7
Sugestões para a avaliação formativa
1. O capítulo retoma a análise do sujeito como ser no mundo, motivada pela compreensão dos elementos cons-
tituintes da vizinhança, bem como das relações interpessoais inerentes a esse tipo de convivência.
2. A seção Aprender sempre, do Livro do Estudante, retoma o trabalho com alguns temas que favorecem a ve-
rificação de aprendizagem dos objetos de conhecimento trabalhados no capítulo, além de permitir ponderar
a respeito do desenvolvimento dos estudantes no que tange às habilidades associadas.
3. Na atividade 1, pode ser retomada a habilidade EF02HI01, mediante a percepção dos estudantes a respeito
dos laços que unem as pessoas na vizinhança. Os estudantes devem reconhecer que os hábitos constituídos
e compartilhados com pessoas que moram próximas a eles dependem da manutenção do respeito ao outro,
que garante a construção e a manutenção de uma boa relação de convivência.
4. A atividade 2 dá continuidade à avaliação da habilidade EF02HI01, bem como permite a avaliação de aspec-
tos da habilidade EF02HI02, além de permitir compreender como está a promoção de algumas competências
socioemocionais importantes para a organização da coletividade. Nessa atividade, os estudantes podem ser
avaliados, portanto, em relação ao desenvolvimento da empatia e do respeito aos limites individuais e alheios.
5. Como essa atividade propõe a análise de uma tira, permite averiguar como está o nível de compreensão dos
estudantes, não apenas em relação à linguagem textual, mas a outras formas de expressão. Além disso, a
atividade favorece a avaliação das habilidades de expressão oral dos estudantes, pois eles são convidados a
construir hipóteses explicativas com base nas habilidades já consolidadas em seu processo de aprendizagem.
6. As atividades 3 e 4, ao enfocarem a revisão e a sistematização das habilidades EF02HI11 e EF02GE04, per-
mitem que os estudantes sejam avaliados na forma como compreendem as relações entre ser humano e
natureza, os impactos dessa relação e as diferentes maneiras como ela se constitui.
7. Na atividade 3, os estudantes podem ser avaliados em competências que transportam os conhecimentos
geográficos e históricos para a análise de situações do cotidiano, permitindo, assim, verificar como eles se
apropriam desses conhecimentos.
8. A atividade 4 coloca em evidência a postura investigadora dos estudantes, que devem ser motivados a reco-
nhecer, no contexto da própria realidade, problemas ambientais que impactam negativamente a vida na vizi-
nhança. Após o reconhecimento desses problemas, os estudantes devem escolher um deles para uma análise
mais profunda. A pesquisa decorrente dessa etapa permite avaliar os estudantes em relação à atitude cientí-
fica, especialmente no que se refere ao uso de tecnologias de informação e outras formas de acesso a fontes.

Atividade de remediação
• Atividade 1: A partir da revisitação das atividades inseridas no tema “O endereço”, é possível propor uma ativi-
dade de retomada do conteúdo trabalhado, que contribuirá para a sistematização das habilidades EF02HI03
e EF02GE09, com o uso e a exploração de ferramentas de georreferenciamento. Ao longo do trabalho com
esse tema, os estudantes registram, com a ajuda dos pais ou responsáveis, o endereço da própria moradia, e
este será o ponto de partida dessa proposta.
• Avalie, no contexto da escola, se é possível acessar a internet em tempo real, demonstrando aos estudantes
como identificar a localização da própria moradia em mapas interativos. Se isso não for possível, colete ante-
cipadamente os endereços dos estudantes e produza um mapa no qual seja possível reconhecer a localização
de suas moradias. Esse tipo de atividade favorece o conhecimento de ferramentas e tecnologias de georrefe-
renciamento e consolida o conceito de vizinhança, pois é provável que muitos dos endereços dos estudantes
sejam próximos uns dos outros.

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A vida no bairro Capítulo 8 96A

CAPÍTULO 8 A VIDA NO BAIRRO

Objetivos pedagógicos
1. Apresentar os bairros como lugares formados por cons- vem na comunidade: pela origem (imigrantes, migrantes),
truções diversas que atendem a diferentes propósitos: por papéis desempenhados no bairro (comerciantes, mo-
moradias, escolas, comércio, serviços. radores, prestadores de serviço) e por contribuições para
a história e a cultura do lugar.
2. Favorecer a alfabetização cartográfica e o pensamento geo-
gráfico pelo estímulo a algumas formas de representação, 5. Incentivar os estudantes a reconhecer problemas do bair-
distintas entre si na técnica, como mapas afetivos, mapas ro onde vivem, identificando as ações de melhoria que po-
aéreos, mapas mentais, fotografias, plantas e desenhos. deriam ser implementadas pelo poder público, pela socie-
dade civil organizada (associação de moradores de bairro,
3. Desenvolver o pensamento geográfico com base no tra-
ONGs e movimentos sociais) ou pelos próprios cidadãos,
balho com princípios de localização. em uma perspectiva de responsabilidade compartilhada
4. Promover a empatia e o respeito à diversidade, incenti- no que tange à manutenção do bem-estar e da qualidade
vando o reconhecimento de diferentes pessoas que convi- de vida da comunidade.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Nos capítulos anteriores, foram abordados vários aspec- nhecendo as diferenças de costumes e desenvolvendo hábi-
tos da convivência familiar, que se dá, em grande medida, tos de convívio respeitoso.
no ambiente doméstico ou a partir dele, como a vizinhança. O capítulo visa, ainda, intensificar a reflexão, já iniciada no
Neste capítulo, serão trabalhados aspectos que vão além do capítulo anterior, sobre os serviços públicos essenciais para a
âmbito familiar e da moradia, abrangendo o bairro e outros população e a necessidade da participação da comunidade
espaços de vivência a ele associados. O bairro é estudado na busca de soluções para seus problemas. Nesse sentido,
como um espaço diverso, com construções variadas (edi- promove a percepção de que as responsabilidades para man-
fícios, ruas, etc.) e muitas atividades. O objetivo é levar os ter a qualidade de vida no bairro devem ser compartilhadas
estudantes a refletir sobre a convivência na vizinhança, reco- entre diferentes sujeitos e instituições com distintos papéis.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 2, 4, 6, 7, 8, 9 e 10

Competências específicas de Ciências Humanas para o


1, 2, 3, 6 e 7
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


3, 4 e 5
Fundamental

EF02GE01, EF02GE02, EF02GE04, EF02GE06,


Habilidades de Geografia
EF02GE08, EF02GE09 e EF02GE10

EF02HI01, EF02HI02, EF02HI03, EF02HI08 e


Habilidades de História
EF02HI10

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96 Capítulo 8 A vida no bairro

Mario Friedlande/Pulsar Imagens


HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF02GE02) Comparar costu-
mes e tradições de diferentes
populações inseridas no bairro
ou comunidade em que vive, re-
conhecendo a importância do
respeito às diferenças.
» (EF02GE08) Identificar e ela-
borar diferentes formas de re-
presentação (desenhos, mapas
mentais, maquetes) para repre-
sentar componentes da paisa-
gem dos lugares de vivência.
» (EF02GE09) Identificar objetos
e lugares de vivência (escola e
moradia) em imagens aéreas e
mapas (visão vertical) e fotogra-
fias (visão oblíqua).
» (EF02HI01) Reconhecer espa-
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se-
param as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco.
» (EF02HI03) Selecionar situa-
ções cotidianas que remetam à
percepção de mudança, perten-
cimento e memória.

96

Orientações didáticas como o primeiro grupo de convivência;


AJ_CH2_PNLD23_C08_096a109_LA.indd 96 y Em seguida, oriente a discussão do 7/3/21 1:30 PM

y A abertura do capítulo, ao propor a em seguida, o foco foi o trabalho com tema com as perguntas norteadoras
APOIO DIDÁTICO

foto aérea de um bairro, convida os a vizinhança; e, agora, é dado um pas- propostas na abertura.
estudantes a expor seus conhecimen- so a mais nesse reconhecimento de si y Atividade 1: Os estudantes devem pro-
tos prévios sobre o tema, no caso, o como sujeito no mundo, ao caracteri- curar as informações e localizá-las na
bairro. zar o bairro. legenda que acompanha a foto. Como
y É importante avaliar, já nesse mo- eles já foram expostos a essa aprendi-
Roteiro de aula zagem, é um bom momento para avaliar
mento de sondagem, como os estu-
dantes compreendem a ampliação y Inicie o trabalho com o capítulo, solici- a apreensão e o uso do conhecimento.
dos laços de sociabilidade conforme tando aos estudantes que observem e Se, no entanto, os estudantes tiverem di-
são alargados os grupos sociais de analisem a foto da página. ficuldade de fazer a leitura da legenda,
convivência. y Peça aos estudantes que descrevam o auxilie-os retomando a importância dela
y O volume iniciou o trabalho localizan- que observam e como é possível identi- e o que ela informa sobre a foto.
do o indivíduo em relação aos outros, ficar os temas já trabalhados com base y Atividade 2: Motive os estudantes a
passando pela compreensão da família nessa foto. expressar livremente os pontos de se-

AJ_CH2_PNLD23_C08_096Aa109A_MP.indd 96 7/31/21 13:50


A vida no bairro Capítulo 8 97
1. O bairro se chama Centro e fica no município de Campo
Verde. Essas informações estão disponíveis na legenda da foto.
Tomada de decisão
UL
APÍT O
A vida no
Saber

8
Ser
responsável
C
y Atividade 4: A proposta mo-

bairro biliza a percepção dos estu-


dantes a respeito das respon-
sabilidades individuais para
a manutenção de uma boa
Como você estudou, em convivência e qualidade de
muitas localidades do Brasil, o vida no bairro. Ao reconhe-
cer a importância de alguns
conjunto de ruas com casas e cuidados individuais e coleti-
variadas construções recebe o vos e das normas que organi-
nome de bairro. Um município zam o cotidiano no bairro, os
estudantes são motivados a
pode ter muitos bairros diferentes. desenvolver mecanismos de
Cada bairro tem sua história. E o decisão levando em conside-
ração a coletividade, uma vez
nome do bairro, muitas vezes, está que são sujeitos sociais.
associado a essa história.

Para começo de conversa


1 Qual é o nome do bairro
retratado nessa foto e em
qual município ele fica?
Como você chegou a essas
conclusões?
2 Esse bairro é semelhante ao
lugar onde você mora?
Por quê?
Respostas pessoais.
3 Como você imagina que seja
o dia a dia das pessoas que
moram nesse bairro?
Resposta pessoal.
4 Em sua opinião,
como as pessoas que Saber
Ser
moram em um bairro
podem contribuir
para preservá-lo?
Resposta pessoal.

Vista do bairro Centro, no município de Campo


Verde, Mato Grosso. Foto de 2021.

noventa e sete 97

melhança e de diferença em relação ao


AJ_CH2_PNLD23_C08_096a109_LA.indd 97 y Atividade 4: A discussão sobre as res-
7/9/21 6:19 PM

bairro onde moram e àquele retratado ponsabilidades compartilhadas entre


APOIO DIDÁTICO

na foto. Para que possam estabelecer os membros de uma comunidade já


essa comparação, contudo, é funda- foi feita em capítulos anteriores des-
mental que o conceito de bairro já tenha te volume. Aproveite o momento para
sido apresentado a eles, ainda que de verificar os conhecimentos apreendi-
maneira introdutória. dos pelos estudantes e os pontos ne-
y Atividade 3: Favoreça o exercício da ima- cessários para o aprofundamento ao
ginação, orientada por conhecimentos já longo dos temas do capítulo. É im-
sedimentados em relação à convivência portante que eles reconheçam a res-
na vizinhança. Permita que os estudantes ponsabilidade que cada morador do
compartilhem suas hipóteses com os cole- bairro tem de zelar pelo lugar onde
gas e, se achar conveniente, problematize vive, deixá-lo mais limpo, organizado,
a maior ou menor probabilidade de acon- harmonioso para uma boa qualidade
tecer as atividades sugeridas por eles. de vida.

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98 Capítulo 8 A vida no bairro
Como é o bairro
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Observe a ilustração a seguir. Ela representa o bairro do Glicério,
NO TEMA “COMO É O BAIRRO”
no município de São Paulo. Essa representação foi feita com base
» (EF02GE09) Identificar objetos nos desenhos de várias crianças do bairro, que indicaram o que
e lugares de vivência (escola e
moradia) em imagens aéreas e consideravam mais importante no lugar. Por isso, a ilustração tem o
mapas (visão vertical) e fotogra- nome de “Mapa afetivo do Glicério”.
fias (visão oblíqua).
» (EF02HI01)

Rodrigo de Moura/CriaCidade
Reconhecer espa-
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se-
param as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco.

COMPONENTE ESSENCIAL
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Produção de escrita.

Mapa afetivo do Glicério. Desenho feito por Rodrigo Moura com base em relatos e
desenhos de crianças moradoras do bairro do Glicério em São Paulo, 2015.

1 Identifique algumas construções Para explorar


representadas na ilustração.
Meu bairro é assim, de
Resposta pessoal. Sugestão: fábrica, moradias, viaduto, César Obeid. Ilustrações
de Jana Glatt. Editora
Moderna.
igreja, campo de futebol.
Quais são seus lugares
favoritos na vizinhança?
Nesse livro, o autor
apresenta as diferenças
2 Como é o bairro onde fica a escola em entre os bairros, as
que você estuda? Ele se parece com o características das ruas
de um bairro e algumas
da ilustração ou é diferente? Tem muitas curiosidades sobre os
árvores? Tem indústrias? Tem lojas? nomes deles.
Respostas pessoais.
98 noventa e oito

Orientações didáticas y Incentive os estudantes a reconhecer a


AJ_CH2_PNLD23_C08_096a109_LA.indd 98 e Adolescentes), o Cantinho das crian- 7/3/21 1:30 PM AJ_C

y Esse tema é dedicado à compreen- importância dos lugares de convivência ças, o estacionamento (amplo espaço
APOIO DIDÁTICO

são dos elementos que estão presen- no bairro, pois, neles, as pessoas costu- no qual as crianças costumam brincar),
tes no bairro para além das moradias mam realizar inúmeras atividades diárias, o posto de gasolina, a fábrica, a escola
e da escola, os quais já são reconhe- interagem com outras pessoas e obtêm de boxe, o viaduto, a Baixada (região
cidos com mais facilidade pelos es- aquilo de que necessitam (no caso de de várzea do rio Tamanduateí, próximo
tudantes. espaços comerciais ou de serviços), etc. do qual o bairro se localiza), a igreja e
y Se julgar oportuno, promova uma o Duque (escola em que as crianças
Roteiro de aula estudam). Explique-lhes que nessa re-
conversa com os estudantes sobre as
diversas formas de organização dos y Inicie o estudo do capítulo com a lei- presentação não aparece tudo o que
bairros. Comente, por exemplo, que tura do texto de abertura. Em seguida, existe no bairro, mas o que as crianças
há bairros que concentram indústrias analise detalhadamente a ilustração do pensavam sobre o lugar e o que consi-
e outros que concentram residências bairro do Glicério com os estudantes. deravam importante melhorar nele; por
ou estabelecimentos comerciais, e y Atividade 1: Auxilie os estudantes a isso, trata-se de um mapa afetivo.
isso vai impactar nos tipos de relação identificar os espaços representados: y Atividade 2: Converse sobre o lugar
estabelecidos nesses locais. a creche, o CCA (Centro para Crianças em que a escola está localizada, to-

AJ_CH2_PNLD23_C08_096Aa109A_MP.indd 98 7/31/21 13:50


A vida no bairro Capítulo 8 99
Comércio e serviços
Além de moradias, em muitos bairros é possível encontrar
estabelecimentos de comércio e de serviços destinados às
pessoas que moram ali. Nesses lugares, elas conhecem outras
pessoas e convivem com a vizinhança e com os amigos.

3 Observe esta representação e faça o que se pede a seguir.

Ilustra Cartoon/ID/BR
a. Contorne de vermelho as construções que podem ser usadas
como moradia, e, de verde, os estabelecimentos que prestam
serviços às pessoas que moram no bairro.
Vermelho: prédios e casas; verde: mercado, padaria, farmácia, escola, papelaria.
b. Quais dessas construções existem no bairro onde você mora?
Existem outras que não aparecem nessa representação? Quais?
Respostas pessoais.

noventa e nove 99

30 PM mando por base a representação do


AJ_CH2_PNLD23_C08_096a109_LA.indd 99 tipos de estabelecimento ou de cons- clube, padaria, mercado, igreja, praça,
7/3/21 1:30 PM

bairro do Glicério. Explore a memória trução, como parques, praças, outros etc. Motive os estudantes a reconhecer
APOIO DIDÁTICO
e a percepção dos estudantes sobre o espaços de lazer, estações de trem ou a importância desses lugares para a
espaço de vivência deles, incentivan- de metrô, terminais rodoviários, entre manutenção de hábitos coletivos, que
do-os a dizer do que gostam e o que outros elementos. favoreçam momentos de interação, tro-
desejariam mudar. y Se julgar relevante, faça um levanta- ca de experiências e acesso a serviços.
y Converse com os estudantes sobre a mento das condições que os estudan- y A obra de César Obeid, Meu bairro é as-
vizinhança do lugar onde moram. Per- tes julgam essenciais para garantir a sim, indicada no boxe Para explorar, do
gunte a eles: “O que há na vizinhança?”; qualidade de vida das pessoas em uma Livro do Estudante, é uma ótima ferra-
“O que falta nela?”; “O que pode ser vizinhança. Peça a eles que expliquem menta para impulsionar a discussão so-
melhorado?”. suas opiniões. bre a pluralidade de pessoas, constru-
y Atividade 3: Leia com os estudantes o y Pergunte aos estudantes quais lugares ções, serviços e experiências presentes
texto do tópico “Comércio e serviços”. eles costumam frequentar na vizinhan- em um bairro. Se não for possível o
Pergunte-lhes quais dos elementos re- ça ou no bairro onde moram e anote na acesso direto a esse livro, há vídeos na
presentados na imagem existem no lousa o que disserem. São muitos os lu- internet que apresentam as ilustrações
lugar onde eles moram e se há outros gares de convívio: casa, parque, escola, acompanhadas da narração do livro.

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100 Capítulo 8 A vida no bairro
Os caminhos do dia a dia
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Todo mundo precisa percorrer caminhos entre a casa em que
NO TEMA “OS CAMINHOS DO
DIA A DIA” mora e os outros lugares onde realiza as atividades do dia a dia.
Alguns caminhos são longos, outros são curtos; alguns passam por
» (EF02GE08) Identificar e ela-
borar diferentes formas de re- estradas arborizadas; outros, por ruas ladeadas por prédios.
presentação (desenhos, mapas Esta foto aérea retrata a

Andre Dib/Pulsar Imagens


mentais, maquetes) para repre-
sentar componentes da paisa- vizinhança de Marcela. Veja Escola
gem dos lugares de vivência. que, entre os quarteirões com
» (EF02GE09) Identificar objetos árvores e edificações, há ruas
e lugares de vivência (escola e que servem de caminho para as
moradia) em imagens aéreas e
mapas (visão vertical) e fotogra- pessoas que moram na região
Casa da
fias (visão oblíqua). ou que passam por ali. Marcela
» (EF02HI03) Selecionar situa-
ções cotidianas que remetam à Foto aérea do bairro onde se localiza a
percepção de mudança, perten- Escola Estadual Euclides da Cunha, em
cimento e memória. Boa Vista, Roraima. Foto de 2020.

1 Na foto, estão localizadas a casa de Marcela e a escola onde ela


estuda. O caminho entre esses locais:
 é longo.   só pode ser percorrido de carro.  X  é curto.

2 Por meio de um mapa, também é possível representar um lugar.


Observe a seguir uma planta, que é um tipo de mapa. Nessa
planta, é fácil visualizar as ruas da vizinhança de Marcela.

Boa Vista, Roraima: Entorno da Escola • Trace na planta um


Estadual Euclides da Cunha - 2021 caminho que Marcela
poderia fazer entre
João Miguel A. Moreira/ID/BR

a casa dela (ponto


R.

A) e a praça onde
In
ác

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costuma brincar com


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os amigos (ponto B).


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Sugestão na planta.
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Fonte de pesquisa:
R.
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Google Maps.
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Disponível em:
B
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B
Legenda https://goo.gl/maps/
rm
o

Rua Escola
Edificações
0 32 m JgANXe5Gb628e7Yo8.
Acesso em: 12 mar. 2021.

100 cem

Orientações didáticas longo, que apenas pode ser percorrido


AJ_CH2_PNLD23_C08_096a109_LA.indd 100 e os caminhos pelos quais é possível ir 7/9/21 6:20 PM

y Para iniciar o estudo desse tema, con- por carro ou com o auxílio de animais, de um lugar a outro. Ressalte que, as-
APOIO DIDÁTICO

verse com os estudantes sobre os per- por exemplo, é fundamental introduzir sim como a foto da abertura do capítu-
cursos diários que todos nós costuma- a discussão. Assim, ainda que de for- lo, a foto é aérea e foi tirada do ponto
mos fazer: entre a casa e a escola, entre ma tangencial, a habilidade EF02GE03 de vista oblíquo.
a casa e o local de trabalho, entre o lo- pode ser mobilizada no trabalho com y Atividade 2: Explore as discussões so-
cal de trabalho e a escola, entre outros. esse tema. bre pontos de vista chamando a aten-
y Considerando os diferentes tipos de ção dos estudantes para o uso da visão
Roteiro de aula vertical no mapa da atividade. Esse é
percurso, converse com os estudantes
sobre os meios de transporte que po- y Leia o texto didático com os estudantes um momento propício para estabele-
dem favorecer a locação, dependendo e, em seguida, peça a eles que obser- cer comparações entre o que pode ser
das condições naturais, sociais e cultu- vem a foto aérea que mostra a casa de visto na visão oblíqua (foto aérea) e na
rais. Ainda que esse não seja o foco do Marcela e a escola onde ela estuda. visão vertical (planta) e entre o que é
tema, para que os estudantes compre- y Atividade 1: Oriente os estudantes a retratado na foto aérea e o que é repre-
endam o que seria um caminho curto, avaliar a distância entre os dois lugares sentado na planta do bairro.

AJ_CH2_PNLD23_C08_096Aa109A_MP.indd 100 7/31/21 13:50


A vida no bairro Capítulo 8 101
Re
pre
sen ta ç ões Mapas mentais HABILIDADE DESENVOLVIDA
NA SEÇÃO REPRESENTAÇÕES
Quanto mais frequentamos um lugar ou mais tempo vivemos nele, » (EF02GE08) Identificar e ela-
mais o conhecemos. Aprendemos a reconhecer os detalhes desse borar diferentes formas de re-
presentação (desenhos, mapas
lugar e formamos uma memória da sua paisagem. mentais, maquetes) para repre-
Quando usamos essa memória para desenhar um lugar sentar componentes da paisa-
que conhecemos, elaboramos um mapa mental. Esse tipo de gem dos lugares de vivência.
representação é muito usado para indicar a alguém um caminho que
conhecemos bem. Uma atividade muito comum
Veja o exemplo a seguir: uma aluna representou, em um mapa entre as práticas escolares é o de-
mental, o caminho que ela faz da casa onde ela mora até a escola. senho do trajeto que a criança faz
de sua casa à escola. Geralmente,
as crianças desenham a casa em

Malu Valente/ID/BR
um canto do papel e a escola em
outro, ligando-as com uma rua, na
qual acrescentam alguns detalhes
como outras edificações, árvores
etc. A solicitação feita às crianças
pode direcionar a resposta que elas
apresentam no desenho. Muitas
vezes, desenham poucos detalhes
nesse trajeto por terem entendido
que isso é suficiente para indicar o
caminho percorrido. Nesta ativida-
de, é possível estabelecer relações
mais estreitas entre o desenho e o
mapa.
Uma discussão com as crianças
levanta questionamentos que as
levam a perceber que os desenhos
podem ter finalidades mais especí-
ficas: o desenho que você fez serve
para indicar como chegar em sua
casa? Um colega que não saiba onde
você mora pode usar o desenho que
1 Agora é a sua vez de fazer um mapa mental. Em uma folha de você fez para ir da escola para sua
papel avulsa, desenhe o caminho que você faz para ir de sua casa? O caminho que você faz para
casa até a escola. Tente representar o máximo de elementos vir de sua casa para a escola é o
que lembrar, como o traçado das ruas, os tipos de construção mesmo para ir da escola para sua
e outros elementos existentes (árvores, semáforos, rio). casa?
Desenho do estudante. […]
É importante ter sempre em
mente que é desejável, nas práticas
cento e um 101
escolares, incluir diferentes lingua-
gens. Assim, falar sobre o desenho
(ou escrever) amplia as possibilida-
Orientações didáticas
AJ_CH2_PNLD23_C08_096a109_LA.indd 101 no entanto, valorizar os conhecimentos 7/9/21 6:38 PM

prévios deles. des de construção de conhecimento


y Inicie o estudo da seção Representações
APOIO DIDÁTICO

y Com o objetivo de introduzir noções de pela criança.


dizendo que existem diversas maneiras
de representar a realidade de um lugar. localização, distância, escala e pontos de […]
vista, pergunte aos estudantes: “Em seu
y No tema anterior, foram apresentadas desenho do mapa mental, quais elemen- AlmeidA, Rosângela Doin de. O desenho
aos estudantes uma foto aérea e uma e o mapa. Boletim Cartografia na
tos estão mais próximos da casa em que
planta. Agora, eles serão estimulados mora?”; “Quais elementos estão a meia
Escola, TV Escola, Projeto Salto para o
e elaborar um mapa com base em seus Futuro, p. 11 e 12, jun. 2003.
distância?”; “E quais estão mais próximos
conhecimentos e lembranças. da escola?”; “Quais são os maiores ele-
mentos visíveis no desenho?”; “Que ele-
Roteiro de aula
mentos têm um tamanho médio?”; “Que
y Atividade 1: Motive os estudantes a se elementos são pequenos?”; “Como você
expressar livremente, utilizando os ele- faria para desenhar as casas, a escola,
mentos que julgarem mais adequados etc. vistas de cima, como se estivesse
para a composição do mapa. Nessa fai- sobrevoando o caminho?” . Sobre esse
xa etária, é possível que confundam a tema, leia o trecho do texto reproduzido
visão vertical com a frontal; o objetivo é, nesta página do manual.

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102 Capítulo 8 A vida no bairro
Convivência no bairro
HABILIDADES DESENVOLVIDAS

Ilustrações: Ilustra Cartoon/ID/BR


Quando vivemos algum
NO TEMA “CONVIVÊNCIA
NO BAIRRO” tempo na mesma rua ou
no mesmo bairro, é comum
» (EF02GE01) Descrever a história
das migrações no bairro ou co- conhecermos os vizinhos e
munidade em que vive. outros moradores. Também
» (EF02GE02) Comparar costu- é comum conhecermos as
mes e tradições de diferentes
populações inseridas no bairro
pessoas que trabalham nos
ou comunidade em que vive, re- lugares que frequentamos,
conhecendo a importância do como a funcionária da padaria
respeito às diferenças.

Alex Rodrigues/ID/BR
e o atendente da banca de
» (EF02GE06) Relacionar o dia e
a noite a diferentes tipos de ati- jornal. São pessoas com quem
vidades sociais (horário escolar, convivemos no dia a dia.
comercial, sono etc.).
Será que é sempre assim?
» (EF02HI01) Reconhecer espa-
ços de sociabilidade e identificar Em algumas cidades
os motivos que aproximam e se- existem ruas ou bairros
param as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco. onde há muitos prédios de
» (EF02HI08) Compilar histórias
apartamentos. Às vezes, as
da família e/ou da comunidade pessoas moram há muito tempo
registradas em diferentes fontes. em um apartamento, mas não conhecem os vizinhos.
» (EF02HI10) Identificar diferen-
Também não é sempre que há lugar para as crianças brincarem.
tes formas de trabalho existen-
tes na comunidade em que vive, Por isso, muitas delas ficam muito tempo dentro do apartamento e
seus significados, suas especifi- quase não brincam com outras crianças.
cidades e importância.
1 Pense em uma pessoa que trabalha perto de sua casa e
Saber
Ser
Habilidades de converse sobre ela com um colega. O que essa pessoa faz?
relacionamento
Você acha que o trabalho dela é importante? Por quê?
y Atividade 3: A proposta de Respostas pessoais.
identificar e elencar os pontos 2 Escreva o nome de alguém que você conheceu em um lugar que
de importância para viver em você ou sua família costumam frequentar (padaria, banca de
comunidade favorece o desen-
volvimento de competências jornal, papelaria, etc.). Depois, escreva onde aconteceu.
socioemocionais voltadas à
solução de conflitos, ao esta- Resposta pessoal.
belecimento de relações de 3. Resposta pessoal. Pergunte aos estudantes sobre o comportamento deles na
cumplicidade, de solidariedade convivência em grupo. Peça-lhes que se coloquem no lugar do outro. Respeito,
e de empatia. colaboração, solidariedade e participação deverão ser mencionados.
3 O que é importante para conviver bem com as Saber
pessoas da vizinhança? Converse sobre isso com Ser
Para complementar os colegas.
Migração e deslocamento. Dispo­
102 cento e dois
nível em: https://cnae.ibge.gov.
b r/e n /co m p o n e n t /co n te n t /
ar ticle/95­7 a12 /7 a12 vam os­
c o n h e c e r ­ o ­ b ra s i l /n o s s o ­ Orientações didáticas
AJ_CH2_PNLD23_C08_096a109_LA.indd 102 pessoas possam se encontrar e conviver 7/9/21 6:23 PM

povo/1471­migracao­e­deslo. y Antes de iniciar esse tema, converse durante o tempo livre.


APOIO DIDÁTICO

Acesso em: 13 jul. 2021. com os estudantes sobre as relações de y Reflita sobre a diversidade das pessoas
Nesse artigo, publicado com que moram em um bairro, retomando a
amizade que eles têm com os vizinhos.
base nos dados do Censo De- discussão sobre as origens de cada família,
Pergunte a eles se costumam brincar na
mográfico 2010, o IBGE analisa o já promovida no capítulo 5 deste volume.
rua com as crianças da vizinhança; com
contexto dos deslocamentos no
Brasil, indicando que 35,4% da quais adultos da vizinhança eles se re- Roteiro de aula
população não residia no muni- lacionam; se os pais se relacionam com
y Atividade 1: Incentive os estudantes a
cípio de nascimento. os vizinhos; se há festas que incluem a identificar os profissionais que trabalham
comunidade do local onde moram, etc. no bairro onde moram ou na vizinhança,
y Ressalte a importância dos espaços pú- em comércios e serviços essenciais para a
blicos de lazer, como praças, parques comunidade. Ainda que eles não saibam,
e centros de convivência, para que as nominalmente, quem são esses profissio-

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A vida no bairro Capítulo 8 103
Diferentes costumes no bairro
Em um bairro, podem morar pessoas e famílias que vieram de Atividade complementar
outra parte do Brasil e até de outra parte do mundo. Por isso, é y Peça aos estudantes que com-
possível que essas pessoas tenham hábitos e costumes diversos. partilhem uma experiência com
a vizinhança em que ajudaram a
As pessoas podem falar outra língua, usar roupas características comunidade ou foram ajudados
do país delas, comer alimentos aos quais você não está por ela. Se eles não tiverem lem-
acostumado. Em alguns casos, podem ter uma religião diferente da branças de fatos assim, peça a
eles que entrevistem os adultos
que você e sua família praticam. de suas famílias sobre o tema e le-
Essas diferenças não devem impedir que as pessoas se vem, para a sala de aula, os resul-
tados da pesquisa em uma data
respeitem e se tratem com atenção e cordialidade. Qualquer que combinada. Oriente-os quanto
seja o jeito de viver, todas as pessoas podem conviver com respeito. aos registros dessas memórias,
indicando que eles podem levar
4 Observe a foto e converse com os colegas sobre ela. um desenho, uma foto, um objeto
pessoal, entre outros, que repre-
sentem essa lembrança. No dia

Cadu De Castro/Pulsar Imagens


combinado, organize uma roda de
conversa para o compartilhamen-
to das lembranças. A atividade
permite retomar os procedimen-
tos de pesquisa e de construção
de conhecimento histórico traba-
lhados até o momento.

Saber
Ser
Consciência social
y Atividade 4: O trabalho mo-
tivado pelas diferentes origens
das pessoas que vivem na co-
munidade é importante para o
desenvolvimento da empatia e
do reconhecimento da diversi-
dade. Assim, a proposta dessa
atividade contribui para o de-
senvolvimento da competência
socioemocional consciência
social, estimulando o respeito
Crianças venezuelanas em aula de canto no município de Pacaraima, Roraima.
entre as pessoas.
Foto de 2019.

a. Qual é o país de origem dessas pessoas?


Venezuela. Saber
b. Em seu bairro existem famílias que vieram de outro Ser
lugar do Brasil ou de outra parte do mundo? Em caso
afirmativo, de onde elas vieram? Respostas pessoais.
c. Comparando o modo de vida das famílias que você conhece
com o da sua família, quais diferenças você pode notar?
Resposta pessoal.
cento e três 103

nais, é importante que reconheçam o pa-


AJ_CH2_PNLD23_C08_096a109_LA.indd 103 nhança. Caso julgue pertinente, escre- y PMAtividade 4: Converse com os estudan-
7/3/21 1:30

pel desempenhado por eles e a relevân- va na lousa as atitudes citadas por eles. tes sobre a presença de imigrantes no
APOIO DIDÁTICO
cia do trabalho deles para o bem-estar e Exemplos: sempre cumprimentar as lugar em que moram. Pergunte-lhes
a qualidade de vida da comunidade. pessoas, tratá-las com educação, cor- se conhecem essas pessoas e se per-
dialidade, etc. Incentive-os a comparti- cebem costumes diferentes dos cos-
y Atividade 2: Estimule os estudantes a
lhar as experiências de boa vizinhança.
buscar na memória alguém que tenham tumes da família deles. Faça algumas
conhecido nos espaços de convivência
y Se possível, solicite a um estudante que perguntas como: “De que país essas
leia o texto do tópico “Diferentes costu-
no bairro. Em seguida, auxilie-os a es- pessoas vieram?”; “Elas falam uma lín-
mes no bairro”. Em seguida, questione a
crever o nome da pessoa e um breve gua estrangeira? Se sim, qual?”; “Usam
turma sobre o que compreenderam do
relato sobre como foi esse momento. texto. Sempre que julgar conveniente, roupas diferentes das que você e sua
y Atividade 3: Converse com os estudan- incentive a autonomia leitora dos es- família usam?”. Aproveite e valorize as
tes sobre as atitudes que promovem o tudantes, pois isso é fundamental para atitudes de acolhimento e de respeito à
respeito e a solidariedade em uma vizi- consolidar o processo de alfabetização. diversidade cultural.

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104 Capítulo 8 A vida no bairro
Problemas nos bairros
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Nem sempre existem, nos bairros, todos os serviços essenciais
NO TEMA “PROBLEMAS
NOS BAIRROS” de que as pessoas precisam.
» (EF02GE04) Reconhecer seme- Observe estas fotos e faça o que se pede a seguir.
lhanças e diferenças nos hábitos,

Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

Cris Faga/Zuma Press/Fotoarena


nas relações com a natureza e no
modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares.
» (EF02HI02) Identificar e descre-
ver práticas e papéis sociais que
as pessoas exercem em diferen-
tes comunidades.
» (EF02HI03) Selecionar situa-
ções cotidianas que remetam à
percepção de mudança, perten-
cimento e memória.

Rua esburacada e alagada, em Santa Plataforma cheia de passageiros em estação


Maria, Rio Grande do Sul. Foto de 2019. do metrô em São Paulo. Foto de 2019.

Vitor Marigo / Tyba

A.PAES/Shutterstock.com/ID/BR
Esgoto a céu aberto, no município de Lixo exposto no município do Rio de
Pancas, Espírito Santo. Foto de 2019. Janeiro. Foto de 2020.

1 Junte-se a um colega e escolham uma dessas fotos.


Conversem a respeito do problema mostrado na foto
e proponham soluções para ele. Registrem suas conclusões
no caderno. Resposta pessoal.

104 cento e quatro

Orientações didáticas devem decidir, elaborar e implementar


AJ_CH2_PNLD23_C08_096a109_LA.indd 104 calizar os serviços e a gestão da cidade 7/9/21 6:24 PM AJ_C

y No desenvolvimento do estudo desse políticas públicas que resolvam os pro- (por exemplo, frequentando audiên-
APOIO DIDÁTICO

tema, retome a noção de que a distri- blemas da população. Quando isso não cias públicas para discussão do Plano
buição de energia elétrica, a captação ocorre, os cidadãos podem mobilizar- Diretor do município). Explique a eles
e o tratamento de esgoto e de lixo, o -se e exigir das autoridades as provi- que esse tipo de ação conjunta dos ci-
transporte público e o tratamento e dências necessárias. dadãos, além de melhorar a qualidade
abastecimento de água são alguns dos y Se julgar relevante, apresente as ma- dos serviços e do ambiente urbano, aju-
serviços públicos a que todos os cida- neiras pelas quais as pessoas podem da as pessoas a valorizar e a preservar
dãos têm direito. Acrescente que nem se organizar, na comunidade, para solu- o patrimônio público.
sempre esses direitos são devidamente cionar ou minimizar problemas que são y A população também pode adotar ati-
atendidos. negligenciados pelo poder público. tudes cotidianas que contribuem para
y Aproveite o momento para aprofun- y Converse com os estudantes sobre for- o bem-estar da comunidade. Não da-
dar o tema em estudo. Comente com mas de organização (associações de nificar os bens públicos, jogar o lixo em
os estudantes que os representantes bairro e/ou militância em movimentos locais adequados e preservar a nature-
do povo (prefeitos, governadores, etc.) sociais) para denunciar problemas, fis- za são exemplos dessas atitudes.

AJ_CH2_PNLD23_C08_096Aa109A_MP.indd 104 7/31/21 13:50


A vida no bairro Capítulo 8 105
É possível mudar
Em lugares que não recebem os serviços essenciais, muitas
Para casa
vezes as pessoas se organizam para resolver os problemas que a
falta desses serviços provoca em uma rua, um bairro ou uma cidade. y Atividade 2: Oriente os estu-
Elas podem formar associações de moradores, ONGs (Organizações dantes a separar o caderno e o
lápis antes de proceder com a
Não Governamentais) ou ter algum incentivo do governo. pesquisa. Esse tipo de estratégia
favorece o reconhecimento da
importância da postura investi-

Paulo H Carvalho/Agência Brasília


gativa, criando uma atmosfera
propícia ao registro das obser-
vações e das falas dos entrevis-
tados, fontes orais na atividade.
Peça aos pais ou responsáveis
que sejam, dentro das possibi-
lidades familiares, solícitos com
os estudantes e estejam dispos-
tos a indicar os problemas viven-
ciados na comunidade e auxiliá-
Horta comunitária -los no processo de escrita, a fim
organizada por moradores de registrar as informações, que
no município de São serão compartilhadas com os
Sebastião, São Paulo. colegas da turma e com o pro-
Foto de 2021. fessor.

Tom Vieira Freitas/Fotoarena


Saber Tomada de decisão
Ser
responsável
y Atividade 3: A proposta per-
mite a mobilização da compe-
tência socioemocional relacio-
nada ao reconhecimento da
responsabilidade de cada um
para a construção de uma so-
ciedade mais organizada, ética
Crianças em aula de jiu-jítsu e segura.
organizada pela ONG
“Instituição Casa do Zezinho”
no bairro Capão Redondo,
em São Paulo, 2017.

2 Quais são os principais problemas do bairro onde você mora?


Pergunte aos adultos de sua casa e anote-os no caderno.
Resposta pessoal.
3 Na sala de aula, compartilhe com os colegas os problemas
Saber
que você anotou. Com a ajuda do professor, verifique Ser
os problemas mais citados pela turma e conversem sobre
possíveis soluções para eles.
Respostas pessoais.
cento e cinco 105

24 PM y Como o tema faz referência às Organi-


AJ_CH2_PNLD23_C08_096a109_LA.indd 105 coletivamente, leiam as respectivas vestigação e de acesso a fontes orais.
7/3/21 1:30 PM

zações não Governamentais (ONGs), ex- legendas, enfatizando quais serviços Além disso, a atividade também esti-
APOIO DIDÁTICO
plique aos estudantes que essa forma de básicos não estão sendo geridos cor- mula o processo de alfabetização e a
mobilização da sociedade não é vinculada retamente pelo poder público: no pri- produção escrita, já que solicita aos es-
a governos. Justifique ainda que as ONGs meiro caso, a pavimentação precária; tudantes que registrem no caderno os
se diferenciam das empresas porque os no segundo, o fornecimento de trans- problemas que identificarem.
voluntários e os profissionais que nela porte público inadequado à deman- y Atividade 3: Incentive os estudantes
atuam não visam ganhar dinheiro com da; no terceiro, o esgoto a céu aberto a propor soluções para os problemas
suas atividades. Para introduzir a questão, que pode provocar doenças; e, no apontados nas pesquisas. Oriente-os a
considere a faixa etária e o nível de ama- quarto, a coleta de lixo ineficiente e o divulgar coletivamente essas soluções
durecimento intelectual dos estudantes. descuido da população em jogar lixo com a elaboração de cartazes. Explique
na rua. a eles a importância das associações e
Roteiro de aula y Atividade 2: Oriente os estudantes a dos movimentos organizados para co-
y Atividade 1: Peça aos estudantes buscar informações com os membros brar do poder público as soluções para
que observem as fotos da página e, da família, estimulando a postura de in- os problemas da cidade.

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106 Capítulo 8 A vida no bairro

Pessoas e lugares
HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO PESSOAS E
LUGARES A vizinhança do bairro das Graças
» (EF02HI01) Reconhecer espa-
ços de sociabilidade e identificar
e o Jardim do Baobá
os motivos que aproximam e se-
param as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco.
Na vizinhança de seu bairro, há espaços de lazer, isto é, áreas
» (EF02HI03) Selecionar situa-
onde a comunidade pode se divertir, como parques e praças?
ções cotidianas que remetam à
percepção de mudança, perten- Em 2016, a vizinhança do bairro das Graças, no Recife,
cimento e memória.
Pernambuco, conquistou um importante espaço de lazer.
» (EF02HI08) Compilar histórias
Trata-se do Jardim do Baobá, um parque que fica às margens do
da família e/ou da comunidade
registradas em diferentes fontes. rio Capibaribe.
Ele recebeu esse nome por Baobá : árvore gigantesca, de tronco
grosso e de origem africana. Em muitos
Saber
Ser
Tomada de decisão causa do baobá que está no países da África, ela é considerada sagrada.
responsável local há mais de cem anos. Entre alguns povos africanos, era costume
y Atividade 2: A proposta de se reunir debaixo de um baobá para contar
A árvore é tão importante para histórias. No Recife, há outros doze baobás
reconhecer a importância da
preservação das árvores per- o município do Recife que foi tombados. De acordo com o calendário
municipal, em 19 de junho comemora-se o
mite mobilizar aspectos asso- tombada como patrimônio Dia do Baobá.
ciados à competência socio- em 1988.
emocional que edifica uma
postura orientada a acatar os O Jardim do Baobá tem mesas para piqueniques coletivos e
valores da coletividade, visan- oferece passeios de barco pelo rio Capibaribe, além de contar com
do à construção de uma socie-
dade melhor. muitos espaços para as famílias se divertirem em contato com a
natureza.

Wesley D’Almeida/Acervo do fotógrafo

Wesley D’Almeida/Acervo do fotógrafo


Em vários pontos do parque, há mesas que Nos fins de semana, as pessoas que
ficam à sombra das árvores do Jardim do visitam o Jardim do Baobá podem
Baobá. Muitas famílias aproveitam esses passear de barco pelo rio Capibaribe.
locais para compartilhar refeições e se Foto de 2020.
divertir. Foto de 2021.

106 cento e seis

Orientações didáticas y Você pode comentar que em Pernam-


AJ_CH2_PNLD23_C08_096a109_LA.indd 106 seção. Peça aos estudantes que com- 7/9/21 6:25 PM

y Explore com os estudantes os es- buco, em regiões dos antigos engenhos parem o Jardim do Baobá com os rela-
APOIO DIDÁTICO

de açúcar, há a presença marcante de tos dos espaços de lazer que eles cos-
paços de lazer que eles conhecem.
baobás. Muitos especulam que as se- tumam visitar.
Pergunte-lhes, por exemplo: “Como
mentes delas foram trazidas pelos afri- y Atividade 1: Permita que os estudan-
é esse espaço?”; “Onde fica?”; “Com
canos escravizados. Saiba mais sobre tes expressem o conhecimento que
quem vocês costumam visitá-lo?”; a importância do baobá na cultura dos têm sobre o assunto e comentem
“O que fazem nesse lugar para se Iorubá no texto reproduzido na página quais são as árvores e onde elas se lo-
divertir?”. seguinte deste manual. calizam. Considerando que esse tipo
y Comente que os espaços de lazer e cul- de informação possa ser desconheci-
tura são essenciais em todos os lugares. Roteiro de aula da pelos estudantes, faça uma pesqui-
Eles propiciam momentos de interação y Após a conversa inicial sobre os espa- sa prévia antes de realizar a atividade
e de diversão. ços de lazer, faça a leitura do texto da e mapeie as árvores no entorno da es-

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A vida no bairro Capítulo 8 107

Wesley D’Almeida/Acervo do fotógrafo


A árvore é um dos símbolos fun-
damentais das culturas africanas
tradicionais. Os velhos baobás afri-
canos de troncos enormes suscitam
a impressão de serem testemunhas
dos tempos imemoriais. Os mitos
e o pensamento mágico-religioso
yorubá têm na simbologia da árvo-
re um de seus temas recorrentes.
Na sua cosmogonia, a árvore surge
como o princípio da conexão entre
o mundo sobrenatural e o mundo
material. […]
Uma das versões do mito cos-
mogônico relata que foi através do
Òpó-orun-oún-àiyé – o pilar que
une o mundo transcendente ao ima-
nente – que os deuses primordiais
chegaram ao local aonde deveriam
proceder o início do processo de
criação do espaço material. Este pi-
lar – muitas vezes simbolizado pela
árvore ou por seu tronco – é uma
figura de origem, é um signo do
fundamento, do princípio de todas
as coisas, elemento de conexão entre
a multiplicidade dos “mundos”. Mir-
cea Eliade vai chamá-la de “Árvore
do Mundo”, “Axis Mundi”, “Árvore
Baobá do bairro das Graças, no Recife, Pernambuco. Foto de 2021. A árvore tem
15 metros de altura e suas folhas e galhos projetam no chão uma sombra de até 10 metros.
Cósmica”, cuja função é a de elidir as
diversas regiões do cosmo. […]
[…]
1 No município onde você mora, há árvores antigas que são No Candomblé encontramos
importantes para a comunidade? Em caso afirmativo, você uma importante manifestação
sabe o nome delas? Respostas pessoais. da fitolatria. Em vários terreiros
da Bahia encontramos grandes e
2 Em sua opinião, qual é a importância de preservar Saber
imponentes árvores Iròkò plan-
Ser
as árvores da vizinhança, do ponto de vista ambiental? tadas no espaço sagrado. Deve-se
Resposta pessoal. observar que a árvore em si não é
3 Que outros espaços de lazer uma vizinhança pode ter? Quais o deus. Para tornar-se sagrada, é
desses espaços você conhece? Os estudantes podem citar praças, ciclovias, preciso cumprir os rituais para que
museus, bibliotecas, espaços para a prática de esportes, etc. Resposta pessoal.
o deus encarne na planta. Após as
oferendas e sacrifícios, a árvore dei-
cento e sete 107 xa de ser um simples vegetal e pas-
sa a ser a morada-templo do deus
Iròkò. Como um local santo, passa
cola e na região central do município,
AJ_CH2_PNLD23_C08_096a109_LA.indd 107 y Atividade 3: Auxilie os estudantes7/9/21
a 6:25 PM a ser ornamentado como tal: com
pois ambas são áreas frequentadas pe- identificar os espaços de lazer na co- grandes laços de panos brancos
APOIO DIDÁTICO

los estudantes. munidade onde vivem. Nem sempre amarrados em seus galhos. Junto a
y Atividade 2: Ao realizar o diá logo eles são evidentes aos estudantes, suas gigantescas raízes expostas,
proposto, mobilize reflexões feitas que podem não perceber ainda a dife- são colocadas oferendas: alimentos,
com base em conteúdos de Ciências e rença dos usos sociais dos diferentes recipientes com água, sacrifícios
de Geografia sobre preservação am- espaços. Nesse caso, dê-lhes alguns votivos são realizados; enfim, tudo
biental e importância das áreas ver- exemplos e solicite que reflitam com o que é consagrado ao deus.
des nos espaços urbanos tanto para base neles.
Baobá: árvore símbolo fundamental das
o equilíbrio ecológico quanto para o culturas africanas tradicionais. Portal
bem-estar das pes soas que ocupam Geledés, 15 jul. 2011. Disponível em:
esses espaços. https://www.geledes.org.br/baoba-
arvore-simbolo-fundamental-das-
culturas-africanas-tradicionais/. Acesso
em: 13 jul. 2021.

AJ_CH2_PNLD23_C08_096Aa109A_MP.indd 107 7/31/21 13:50


108 Capítulo 8 A vida no bairro

re
Aprender semp
HABILIDADES AVALIADAS
NA SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF02GE08) Identificar e ela- 1 Marque com um X o que caracteriza o seu bairro. Resposta pessoal.
borar diferentes formas de re-
Muitas moradias. 2c. Espera-se que os estudantes
presentação (desenhos, mapas
comentem a importância de
mentais, maquetes) para repre- uma convivência respeitosa
sentar componentes da paisa- Muitos estabelecimentos comerciais. e solidária. Ao justificar suas
gem dos lugares de vivência. respostas, peça-lhes que deem
» (EF02GE09) Identificar objetos Muitas indústrias. exemplos de sua realidade.
e lugares de vivência (escola e
Respostas pessoais.
moradia) em imagens aéreas e Poucas moradias, estabelecimentos comerciais e indústrias.
mapas (visão vertical) e fotogra-
fias (visão oblíqua). Poucas moradias, bastante vegetação, rios e matas.
» (EF02GE10) Aplicar princípios
de localização e posição de 2 Leia a seguir um trecho do poema “Palavras mágicas”, Saber
objetos (referenciais espaciais, Ser
de Pedro Bandeira. Depois, responda às questões.
como frente e atrás, esquerda e
direita, em cima e embaixo, den-
tro e fora) por meio de represen- […] Diga sempre a sorrir,
tações espaciais da sala de aula
e da escola.
Use sempre essas palavras, pra não ser mal-educado:
delas nunca tenha medo, com licença, me desculpe,
pois eu quero ajudar, por favor e obrigado!
COMPONENTE ESSENCIAL vou contar o meu segredo: […]
PARA A ALFABETIZAÇÃO
Pedro Bandeira. Palavras mágicas. Em: Obrigado, mamãe!: o livro do amor
» Compreensão de textos. pela mulher mais importante do mundo. São Paulo: Moderna, 2002. p. 25
(Coleção Girassol).

Saber
Ser
Habilidade de
relacionamento a. No dia a dia, ao se relacionar com seus vizinhos e com outras
y Atividade 2: A proposta des- pessoas, você costuma usar as palavras mágicas mencionadas
sa atividade visa consolidar, no texto? Por quê?
entre os estudantes, compe-
tências voltadas para a boa Respostas pessoais. Enfatize para os estudantes a importância de uma convivência
comunicação verbal, elabora-
da com palavras que indiquem harmoniosa e pacífica.
respeito às normas morais e
éticas da sociedade.
b. Que outras palavras mágicas você considera adequadas para
utilizar na convivência com as pessoas?
Resposta pessoal. Sugestões: Bom dia, boa tarde, boa noite, como vai?.

c. É importante ter uma boa convivência com os vizinhos?


Por quê? Converse com os colegas e o professor.

108 cento e oito

Orientação didática mentos da paisagem que estão próxi-


AJ_CH2_PNLD23_C08_096a109_LA.indd 108 y Atividade 2c: Espera-se que os estu- 7/9/21 6:27 PM

y Essa seção deve ser vista como mo- mos ao local de moradia deles, o que dantes respondam que sim, justifican-
APOIO DIDÁTICO

mento de revisão, reforço e avaliação contribui para desenvolver a habilidade do, por exemplo, que é importante as
dos objetos de conhecimento mobiliza- EF02GE10. pessoas se respeitarem e manterem
dos no capítulo. Ainda que nem todas y Atividade 2: Leia o trecho do poema de uma relação harmoniosa e solidária.
as habilidades sejam, pontualmente, Pedro Bandeira e permita que os estu- y Atividade 3: Leia, quantas vezes forem
retomadas na seção, é possível rever dantes se expressem livremente sobre a necessárias, o texto que ilustra a rotina
os pontos essenciais abordados nos te- ideia principal que ele transmite. A pro- de Marcos. Como nele há pontos funda-
mas, que contribuem para a consolida- posta visa valorizar a importância da mentais para realizar a atividade, talvez
ção das habilidades mobilizadas tanto convivência respeitosa e solidária com seja necessário pedir aos estudantes
em História quanto em Geografia. as pessoas com quem nos relaciona- que sublinhem, no texto, as partes re-
mos no cotidiano. Incentive os estudan- levantes para responder às questões. A
Roteiro de aula tes a dar exemplos de boa convivência atividade permite explorar a habilidade
y Atividade 1: Essa atividade tem como no cotidiano e proponha uma reflexão EF02GE09, levando os estudantes a
objetivo explorar o conhecimento dos sobre as formas de solucionar os even- observar uma representação em visão
estudantes sobre os objetos e os ele- tuais conflitos que possam surgir. oblíqua.

AJ_CH2_PNLD23_C08_096Aa109A_MP.indd 108 7/31/21 13:50


A vida no bairro Capítulo 8 109
3 Com a ajuda do professor, leia o texto a seguir, que conta um dia
da rotina de Marcos. Depois, observe a imagem e responda
Atividade complementar
às questões.
y Aproveite a imagem da página
que ilustra a vizinhança de Mar-
Marcos tem uma rotina com várias atividades. De segunda a sexta-feira, cos para pedir aos estudantes
que localizem alguns pontos de
ele passa as manhãs na escola, que fica na mesma avenida da casa onde
referência, de forma a ampliar
mora. Nas tardes de terça e quinta-feira, Marcos joga futebol com os amigos o trabalho com a habilidade
no parque, que fica no mesmo quarteirão de sua casa. Nas tardes de quarta EF02GE10. Pergunte-lhes, por
e sexta-feira, ele vai à biblioteca ao lado da escola ler seus livros prediletos. exemplo: “A biblioteca está à es-
querda ou à direita da escola?”
Aos sábados, Marcos costuma visitar seu amigo, que mora na rua Violeta, (R.: Está à esquerda); “O homem
esquina com a avenida das Bromélias. E os domingos são reservados para o de gravata vermelha está na
almoço na casa dos avós, que moram ao lado do supermercado. frente ou atrás do telefone públi-
co amarelo (orelhão)?” (R.: Está
Texto para fins didáticos.
na frente). Atente-se ao fato de
que o referencial não é o próprio
estudante, que está observando
o desenho de uma perspectiva,
mas, sim, os referenciais do pró-
prio desenho. Para usar outros

Vanessa Alexandre/ID/BR
recursos e não apenas ativida-
des orais, peça aos estudantes
que contornem o carro que está
ao lado do parque onde Marcos
joga bola (R.: Carro vermelho) e
que marquem com um X a casa
que está atrás da biblioteca (R.:
Casa com paredes amarelas e
telhado vermelho, localizada na
rua Violeta).

a. Escreva o nome da avenida onde Marcos mora.


Avenida das Margaridas.

b. Trace, na representação, um caminho entre a casa de Marcos


e a casa dos avós dele.
c. Qual é a cor das paredes e do telhado da casa onde mora
o amigo que Marcos costuma visitar aos sábados?
Contorne essa casa.
Paredes rosa e telhado azul.

cento e nove 109

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APOIO DIDÁTICO

AJ_CH2_PNLD23_C08_096Aa109A_MP.indd 109 7/31/21 13:50


109A Conclusão do capítulo 8

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 8
Sugestões para a avaliação formativa
1. Este capítulo apresenta os aspectos concernentes à vida no bairro e, para isso, traz à tona temas e objetos
de conhecimento que desenvolvem habilidades e competências relativas ao ser no mundo, com foco na
análise da comunidade do bairro, considerada no âmbito da convivência, da interação, da cooperação e das
responsabilidades compartilhadas.
2. A seção Aprender sempre começa propondo uma atividade que retoma a compreensão do bairro como es-
paço de sociabilidade marcado por diferentes formas de construção e apropriação do meio pelo ser humano.
Na atividade 1, os estudantes devem ser analisar o próprio bairro de moradia, identificando as características
que se aplicam a seu contexto.
3. Na atividade 2, propõe-se a retomada das habilidades de relacionamento interpessoal, competência funda-
mental a ser desenvolvida para uma boa convivência na comunidade. Assim, os estudantes devem ser capa-
zes de demonstrar se valorizam uma comunicação orientada pela empatia e pelo respeito.
4. Na atividade 3, são mobilizadas, conjuntamente, as habilidades EF02GE08, EF02GE09 e EF02GE10, pois
a proposta espera que os estudantes consigam compreender e utilizar a forma de representação sugerida.
Nesse sentido, cabe avaliar as facilidades ou as dificuldades encontradas por eles na identificação dos pontos
de referência para resolver a atividade. O raciocínio geográfico pode ser avaliado também, pois eles devem
estar aptos a reconhecer comandos de localização como esquerda e direita.
5. Ao longo dos volumes que organizam esta coleção, o processo de alfabetização se apresenta de forma
contínua, exigindo habilidades de forma gradual. Por isso, a seção Aprender sempre apresenta, ao longo dos
volumes, estratégias para avaliar as habilidades de leitura e de escrita dos estudantes. Neste capítulo, será
mais exigida a produção de escrita, especialmente na atividade 2 desta seção.

Atividade de remediação
• Atividade 1: A fim de consolidar as habilidades EF02HI03, EF02GE02, EF02GE04 e EF02GE08, proponha
uma atividade aos estudantes que começará em casa e terminará na escola. Em casa, se possível com o au-
xílio dos pais ou responsáveis, para que possam explorar o contexto da rua, passeando por ela, devidamente
acompanhados por um familiar, os estudantes devem desenhar um mapa mental da rua onde se localiza sua
moradia, identificando, com destaque, a localização da casa onde mora na representação da rua.
• Para orientar o nível de detalhamento do desenho a ser elaborado pelos estudantes, proponha algumas per-
guntas, cujas respostas deverão constar na composição do desenho: “Quais construções existem na rua onde
você mora?”; “Se você mora em prédio, quantos apartamentos têm o edifício?”; “Se mora em casa, como são
as casas dos vizinhos? E a sua casa?”; “As casas são térreas ou sobrados?”; Elas são grandes ou pequenas?”;
“Há algum comércio na rua? Se sim, qual?”; “Você consegue identificar algum elemento na rua que precise de
melhorias (buracos, calçamento, pavimentação, terrenos abandonados, etc.)?”. Oriente os estudantes a levar
nesse passeio de reconhecimento lápis e um bloco para desenho, para anotar os principais pontos a serem
observados. Eles podem também tirar fotos para facilitar o desenho.
• Em data previamente agendada, os estudantes deverão trazer o desenho para a escola, identificando o nome
da rua e o bairro onde se localiza. Essas informações podem constar na legenda do desenho, retomando a
importância desse elemento no desenho.
• Cada estudante deverá mostrar seu desenho aos colegas e apresentar a eles a rua onde mora. Nessa apre-
sentação, ele deverá responder às perguntas norteadoras da atividade. Além dessa descrição, ele deverá
comentar o que sentiu ao observar com mais rigor e detalhamento um percurso que faz quase todos os dias,
às vezes, mais de uma vez por dia.
• Após a apresentação de todos os desenhos, os estudantes devem identificar as diferenças e as semelhanças
encontradas em relação às ruas dos colegas de turma. Nesse momento, o professor pode ser o escriba da
turma e registrar os tópicos salientados pelos estudantes.

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As transformações dos lugares Capítulo 9 110A

AS TRANSFORMAÇÕES DOS
CAPÍTULO 9
LUGARES
Objetivos pedagógicos
1. Caracterizar os lugares como espaços de memória coleti- 4. Introduzir os aspectos gerais do extrativismo e problema-
va, que evidenciam a passagem do tempo e são marcados tizar as formas pelas quais os seres humanos se valem dos
pela forma como as pessoas estabelecem relações com a recursos naturais para satisfazer suas necessidades.
natureza e com outras pessoas e grupos sociais.
5. Orientar, propor e fomentar formas de utilização de fontes
2. Apresentar o conceito de patrimônio histórico e proble- de pesquisa materiais e orais, assim como o registro das
matizar as razões que levam à preservação de algumas informações coletadas, com o intuito de estimular a curio-
construções ou alguns objetos como parte da identidade
sidade intelectual.
e da história da comunidade.
6. Discutir as diferentes formas de intervenção do ser huma-
3. Discutir as mudanças nas formas de locomoção e mobi-
no na natureza e na sociedade, registradas em fontes di-
lidade urbana, bem como as maneiras como elas estão
versas, que evidenciam as marcas da passagem do tempo
intrinsecamente relacionadas às inovações tecnológicas,
e as mudanças ocorridas ao longo dessas intervenções.
aos problemas ambientais e aos usos dos meios de trans-
porte em cada comunidade.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Este capítulo, intitulado “As transformações dos lugares”, e interpretação de imagens e formas de coleta de informação
tem como eixo o estudo das marcas do tempo no espaço. em pesquisas, sempre com foco nas transformações da pai-
Dessa forma, os estudantes serão convidados a observar as sagem ocorridas ao longo do tempo.
transformações ao longo do tempo em diferentes lugares, Entre os temas mobilizados para o desenvolvimento da
bem como a relacioná-las com a vida da população que ali proposta do capítulo estão os meios de transporte, as dife-
reside. Para isso, além da leitura de textos informativos, deba- rentes formas de extrativismo e o impulso para o fomento de
tes e atividades, eles vão estudar estratégias de identificação uma consciência ambiental.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 2, 5, 7 e 10

Competências específicas de Ciências Humanas para o


2, 3, 5, 6 e 7
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


1, 2, 3, 5, 6 e 7
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


1, 2, 3, 6 e 7
Fundamental

EF02GE03, EF02GE04, EF02GE05, EF02GE07 e


Habilidades de Geografia
EF02GE08

EF02HI02, EF02HI03, EF02HI04, EF02HI06,


Habilidades de História
EF02HI08, EF02HI09 e EF02HI11

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110 Capítulo 9 As transformações
dos lugares

Ilustrador: Daniel Wu/ID/BR; Fotografia: Munique Bassoli/Pulsar Imagens/ID/BR


HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF02HI03) Selecionar situa-
ções cotidianas que remetam à
percepção de mudança, perten-
cimento e memória.
» (EF02HI06) Identificar e orga-
nizar, temporalmente, fatos da
vida cotidiana, usando noções
relacionadas ao tempo (antes,
durante, ao mesmo tempo e
depois).

110

Orientações didáticas era o lugar antigamente. Durante a con-


AJ_CH2_PNLD23_C09_110a123_LA.indd 110 gem natural, com os serviços públicos 7/9/21 7:03 PM AJ_C

versa, verifique se eles conseguem ima- e até mesmo entre elas.


yO trabalho com esse tema possibilita
APOIO DIDÁTICO

comparar eventos ocorridos no mesmo ginar por que a escola está naquele lu- y Atividade 2: Se julgar necessário, ques-
espaço em tempos diferentes. gar: “É um local de fácil acesso?; “Ela está tione os estudantes sobre as mudanças
localizada em uma área residencial?; “Há na natureza causadas pela construção de
y Abordar as transformações nos luga-
outras escolas na vizinhança?” . Ajude-os sua moradia. Depois, questione-os sobre
res permite consolidar a perspectiva as mudanças na vida da população como
histórica, introduzindo elementos que a pensar sobre as possíveis justificativas
dessa localização. um todo decorrentes do mesmo fato.
traduzem a passagem do tempo, como
a noção de antes referindo-se a um mo- y Atividade 1: Solicite aos estudantes y Atividade 3: Espera-se que os estu-
dantes reflitam sobre a importância
mento no passado. que analisem a ilustração em detalhes
social da moradia, reconhecendo que
e descrevam o que está acontecendo. ela atende a uma necessidade e um
Roteiro de aula É importante que eles percebam que direito das famílias. Entretanto, mes-
y Inicie o estudo do capítulo com uma con- as alterações nos lugares, ainda que mo sendo necessárias, as construções
versa sobre a escola e o lugar em que ela sejam necessárias, envolvem a recon- impactam, em geral negativamente, a
está instalada. Pergunte aos estudantes figuração de uma série de relações. As natureza. Estimule os estudantes a re-
se eles sabem há quanto tempo a escola transformações impactam nas formas fletir sobre formas de analisar e qualifi-
existe ali e se conseguem imaginar como de relação das pessoas com a paisa- car esse impacto.

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1. Espera-se que os estudantes indiquem a construção de As transformações Capítulo 9 111
casas populares por trabalhadores da construção civil. dos lugares

UL
APÍT O
As Saber Tomada de decisão

99
Ser
responsável
C
transformações y Atividade 3: Ao propor a re-
flexão sobre os impactos na

dos lugares natureza decorrentes da cons-


trução de moradias, a ativida-
de incentiva o desenvolvimen-
to de competências relativas à
Os municípios, as moradias, as tomada de decisão responsá-
construções, todos esses lugares vel. Ao compreender os possí-
veis impactos da ação humana
podem passar por transformações no meio ambiente, os estudan-
ao longo do tempo. tes podem criar hipóteses que
prevejam uma relação mais
Essas mudanças fazem parte harmoniosa com a natureza,
da história dos lugares e das desenvolvendo a consciência
pessoas que neles vivem. Mas ambiental.
como as mudanças influenciam a
natureza e a vida das pessoas?

Para começo de conversa


1 O que está acontecendo
nessa imagem?
2 Como você imagina que era
o lugar onde fica sua casa
antes de ela e as demais
casas da vizinhança serem
construídas? Havia vegetação
natural? Uma parte dessa
vegetação ainda existe?
Respostas pessoais.
3 Você considera que
Saber
todas as transformações Ser
que acontecem nos
lugares são boas para a
natureza? Por quê?
Respostas pessoais.

Construção de casas populares no


município de Taquaritinga, São Paulo.
Foto de 2018.

cento e onze 111

03 PM AJ_CH2_PNLD23_C09_110a123_LA.indd 111 7/9/21 7:08 PM

APOIO DIDÁTICO

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112 Capítulo 9 As transformações
dos lugares
Os lugares têm história
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Cada lugar tem sua história. Ela pode começar com uma
NO TEMA “OS LUGARES
TÊM HISTÓRIA” fazenda e as pessoas que vivem lá. Ou com a construção de
algumas casas e lojas, depois com ruas e mais casas.
» (EF02GE05) Analisar mudanças
e permanências, comparando O nome de um lugar pode estar associado à história dele.
imagens de um mesmo lugar em
diferentes tempos.
Há mais de duzentos anos, na praça principal de algumas
vilas e cidades, havia uma coluna de madeira ou pedra chamada
» (EF02HI03) Selecionar situa-
ções cotidianas que remetam à pelourinho. Nela, avisos eram afixados e trabalhadores escravizados
percepção de mudança, perten- eram castigados.
cimento e memória.
Em Salvador, na Bahia, o pelourinho deu origem a um bairro de
mesmo nome. Observe as fotos.
COMPONENTE ESSENCIAL
PARA A ALFABETIZAÇÃO

Benjamin Mulock/Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro

Bernard Barros/Shutterstock.com/ID/BR
A B
» Produção escrita.

Saber Tomada de decisão


Ser
responsável
y Atividade 3: Nessa atividade,
é retomado o desenvolvimento
da competência que insere as
decisões individuais na ótica
do bem coletivo, especialmen-
te no contexto da consciência
socioambiental.

O bairro do Pelourinho em Salvador, O mesmo bairro em Salvador, Bahia, em


Bahia, por volta de 1910. 2020.

1 Comparando as fotos do bairro do Pelourinho, que mudanças


você observa de uma época para a outra? Há muitas ou poucas
mudanças? Explique.
Na foto B, de 2020, observam-se elementos que não aparecem na foto A (antiga),

como placas ao lado de algumas portas e pessoas transitando. Parece não haver

muitas mudanças, principalmente nas construções e no traçado da rua, porque as

construções foram preservadas ao longo do tempo.

112 cento e doze

Orientações didáticas yO conceito de patrimônio ainda não


AJ_CH2_PNLD23_C09_110a123_LA.indd 112 finindo um ponto de referência para a 7/3/21 2:48 PM AJ_C

será apresentado aos estudantes, mas comparação. Peça a eles que, oralmen-
y Reflita com os estudantes, se possí-
APOIO DIDÁTICO

vel com base em seus conhecimentos é possível discutir a importância dos te, apontem as mudanças e as perma-
lugares com valor histórico para o reco- nências ocorridas ao longo do tempo
prévios, sobre as cidades históricas:
nhecimento da identidade das pessoas na paisagem registrada, o que os aju-
elas costumam ter lugares com ca-
e das cidades, ressaltando quanto é im- dará a realizar a atividade 1.
racterísticas diferentes das cidades
portante preservá-los para garantir a
atuais, com casas bem antigas e, em
manutenção da memória coletiva. y Atividade 1: Converse com os estu-
alguns casos, ruas com calçamento de dantes sobre os aspectos que indicam
pedra. Roteiro de aula mudanças no lugar. Pergunte a eles:
y Ressalte que algumas cidades preser- “Como podemos perceber que um lu-
y Depois de ler o texto com os estudan- gar mudou?”. Fale sobre as alterações
varam construções antigas e outras tes, observem juntos as fotos. Chame
modificaram a paisagem com o passar a atenção deles para a legenda, lem- que podem ocorrer em um local, como
do tempo (esclareça que nem todas as brando que ela completa a leitura das a construção de edifícios altos onde
cidades foram fundadas há muito tem- imagens. Permita que façam as apro- antes havia somente casas térreas. Se
po e que, mesmo sem bairros históri- ximações entre os dois registros. Se possível, mostre outras imagens que
cos, toda cidade tem história). necessário, ajude-os nessa tarefa de- permitam comparações similares.

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As transformações Capítulo 9 113
dos lugares
A história de um bairro
O bairro mais antigo do Recife, em Pernambuco, também
se chama Recife. Ele surgiu ao redor de um porto criado pelos Será que o bairro existe? Esta
seria uma questão que buscamos
portugueses há cerca de 500 anos.
responder e que proporcionou uma
Por volta de 1630, foram erguidos nesse local armazéns, uma instigante pesquisa acerca do con-
ponte e outras construções. teúdo teórico já construído sobre
Trezentos anos depois, o porto do Recife se tornou menos o tema. Algumas fontes básicas,
como Lefebvre (1975), tiveram um
importante do que outros portos brasileiros, e o bairro empobreceu.
impulso fundamental no estudo do
Em 1994, começou um programa de renovação do local. Prédios conceito de bairro […].
antigos foram reformados e surgiram lojas, restaurantes e outros A reunião destas leituras equa-
estabelecimentos. ciona o bairro como sendo inter-
Hoje, o bairro é conhecido como Recife Antigo e recebe a visita mediário entre as três escalas bá-
sicas que compõem uma cidade
de muitos turistas.
que, presumidamente, elencamos
como sendo:

Nigro Ricardo/Shutterstock.com/ID/BR
Porto: lugar próximo • A escala da rua: apresentada
à costa, próprio para como elemento fundamental
o embarque e o
desembarque de pessoas da paisagem urbana que abriga
e de mercadorias de os imóveis de habitação;
navios e de outros tipos
de embarcação.
• A escala de bairro: formada
pela reunião de quarteirões
com características comuns;
• A escala da cidade: composta
por um conjunto de bairros.
[…]
Vista do Recife Antigo, no Tratado anteriormente por al-
município de Recife,
guns dicionários da língua por-
Pernambuco. Foto de 2019.
tuguesa, bairro é a denominação
2 Como e quando surgiu o bairro do Recife? de cada uma das partes em que se
costuma dividir uma cidade, defi-
Surgiu ao redor de um porto criado pelos portugueses assim que chegaram à região, nição justificada na promoção da
operacionalização das pessoas e do
há cerca de 500 anos. controle administrativo dos servi-
ços públicos, como os correios, te-
lefonia e limpeza. […]
Bezerra, Josué Alencar. Como definir
3 A área do porto do Recife passou por um o bairro? Uma breve revisão. Revista
processo de renovação que recuperou locais Saber Geotemas, v. 1, n. 1, 2011. Disponível
Ser em: http://natal.uern.br/periodicos/
antes abandonados e malcuidados. Você conhece index.php/GEOTemas/article/view/310.
um bairro que está malcuidado? Se sim, o que seria Acesso em: 21 jul. 2021.

necessário fazer para recuperá-lo? Converse com os colegas.


Respostas pessoais.
cento e treze 113

48 PM y Antes de iniciar o trabalho com o tópico


AJ_CH2_PNLD23_C09_110a123_LA.indd 113 com eles sobre o fato de prédios novos7/3/21 com prédios abandonados, em situa-
2:48 PM

“A história de um bairro” , pergunte aos e antigos dividirem a mesma paisagem. ção de risco. Faça com eles uma análise
APOIO DIDÁTICO
estudantes se eles conhecem os nomes Observando a foto, pergunte a eles se do que precisa ser melhorado nesses
de alguns bairros da cidade. Pergunte- reconhecem os prédios reformados. locais: “Existem neles prédios que se
-lhes também: “O nome de um bairro Pergunte, ainda: “Será que é mais fácil
pode estar relacionado com a história candidatariam à recuperação por seu
realizar a manutenção de um prédio em
dele?”; “Todos os bairros têm história valor arquitetônico e/ou histórico?”.
uso ou de um prédio abandonado?”.
ou só os antigos?”; “Como podemos
y Atividade 2: Para ampliar o assunto, y Ressalte a importância de cada um se
conhecer a história de um bairro?”. engajar na preservação e qualificação
pergunte aos estudantes se eles sabem
y Ao trabalhar o texto sobre o bairro do
o ano de fundação do bairro onde mo- dos ambientes urbanos, por exemplo
Recife Antigo com os estudantes, res- descartando o lixo de maneira ade-
salte a importância dos portos para ram. Se possível, proponha-lhes uma
pesquisa sobre o assunto e, depois, quada e zelando pelos equipamentos
as trocas comerciais do país. Chame a
atenção para as datas, indicando que compartilhe com a turma os resultados. de uso coletivo. Os cidadãos podem se
entre 1630 e 1994 passou muito tempo. y Atividade 3: Procure fazer, com a ajuda mobilizar para exigir das autoridades
Pergunte: “Será que todas as constru- dos estudantes, um levantamento de as providências necessárias à melhoria
ções foram preservadas?”. Converse locais economicamente degradados, dos equipamentos e serviços da cidade.

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114 Capítulo 9 As transformações
dos lugares
Preservação do passado
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Alguns lugares conservam elementos de
NO TEMA “PRESERVAÇÃO Centenário: que
DO PASSADO” outras épocas, que ajudam a contar a história completou 100 anos
desses locais. Pode ser uma construção antiga, de idade ou mais.
» (EF02HI04) Selecionar e com-
preender o significado de ob- uma árvore centenária ou uma rua calçada com
jetos e documentos pessoais pedras há muito tempo.
como fontes de memórias e his-
tórias nos âmbitos pessoal, fami- Como importantes registros da história, esses elementos
liar, escolar e comunitário. geralmente fazem parte do patrimônio histórico, que é o conjunto
» (EF02HI09) Identificar objetos e de bens com valor histórico que devem ser preservados.
documentos pessoais que reme-
tam à própria experiência no âm-

Antonio Salaverry/Shutterstock.com/ID/BR
bito da família e/ou da comuni-
dade, discutindo as razões pelas
quais alguns objetos são preser-
vados e outros são descartados.

Para casa

y Atividade 1: Estimule entre os


estudantes a curiosidade e o in-
teresse por conhecer elementos
da história do bairro, da comuni-
dade e da família. Compreender-
-se como sujeito no mundo pas-
sa pela valorização do percurso
histórico que orienta o que cada
indivíduo é no presente.

Centro histórico do município de Paraty, no Rio de Janeiro. Foto de 2019.

1 Peça ajuda a uma pessoa de sua casa para fazer a pesquisa


a seguir. Depois, conte à turma o que descobriu.
a. Em seu bairro, existe alguma construção antiga? O que
ela significa para a história local?
Respostas pessoais.
b. Em sua família existe algum objeto, uma construção ou outro
elemento que é preservado como lembrança de outra época?
Se sim, o que é? Respostas pessoais.

114 cento e catorze

Orientações didáticas
AJ_CH2_PNLD23_C09_110a123_LA.indd 114 vem. Pergunte, ainda: “Esse elemento 7/3/21 2:48 PM

y Esse tema propõe a reflexão sobre pa- está conservado?”; “O Estado se encar-
APOIO DIDÁTICO

trimônio histórico material, uma forma rega devidamente de sua preservação?”;


de preservar a memória coletiva e con- “Vocês já visitaram o local?”; “Quais são
tar a história dos lugares e das pessoas. suas características?”; “Esse bem tem
y Os bens caracterizados como patrimô- valor histórico para um grupo pequeno
nio histórico nacional são comuns a to- de pessoas ou guarda a história de uma
dos os brasileiros. Cuidar desses bens sociedade?” .
é dever de todos, e não apenas dos ór-
gãos governamentais. y Atividade 1: Incentive os estudantes a
compartilhar informações sobre cons-
Roteiro de aula truções ou objetos que guardem algum
y Para iniciar o trabalho com esse tema , sentido atrelado à história do bairro ou
observe com os estudantes a imagem da família. É importante que eles reco-
apresentada e leia o texto. nheçam que a opção por preservar esse
y Pergunte a eles se reconhecem algum item é coletiva e está relacionada à me-
elemento histórico no lugar em que vi- mória do grupo.

AJ_CH2_PNLD23_C09_110Aa123A_MP.indd 114 7/31/21 16:44


As transformações Capítulo 9 115
dos lugares
Registros
Entrevista HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO REGISTROS
As pessoas mais velhas podem contar histórias muito » (EF02HI02) Identificar e descre-
interessantes. São relatos de outras épocas, cheios de informações ver práticas e papéis sociais que
as pessoas exercem em diferen-
sobre a história dos lugares e das pessoas. tes comunidades.
Que tal entrevistar uma pessoa idosa para descobrir informações » (EF02HI08) Compilar histórias
sobre o lugar onde você mora ou onde fica a escola? O registro da da família e/ou da comunidade
entrevista pode ser feito com um gravador, registradas em diferentes fontes.
um celular, uma câmera de vídeo

Ilustra Cartoon/ID/BR
ou com anotações. Para complementar

Tavares, Sebastiana Aparecida.


A história oral como estratégia
no ensino de História. Anais da
Jornada de Estudos Antigos
e Medievais. Disponível em:
http://www.ppe.uem.br/jeam/
anais/2013/pdf/53.pdf. Acesso
em: 22 jul. 2021.
Nesse artigo, há o relato de
uma experiência educacional
sobre o uso da história oral para
fins didáticos, mostrando como a
prática favorece a valorização da
história local.
1 Formem grupos e escolham uma pessoa idosa que more
perto da escola ou da casa de vocês. Marquem o dia e o
horário da entrevista. Preparem um roteiro com perguntas.
Vejam alguns exemplos e conversem com o professor sobre
outras perguntas. Atividade de pesquisa.
a. Desde quando a senhora (ou o senhor) mora aqui?
b. A senhora (ou o senhor) sabe dizer se a rua (ou o bairro)
sempre teve esse nome?
c. Como eram as moradias? Que outras construções existiam
no local?
d. Havia muitas plantas? E animais?
2 Anotem as respostas em uma folha avulsa de papel ou no
caderno, numerando-as conforme o roteiro.
Resposta pessoal.
3 Conversem com a turma sobre a entrevista que fizeram.
Resposta pessoal.

cento e quinze 115

Orientações didáticas
AJ_CH2_PNLD23_C09_110a123_LA.indd 115 tado, perguntas que devem ser respon- 7/3/21 o uso de câmeras, celulares ou grava-
2:48 PM

didas, o registro das respostas e a for- dores para que tenham contato com o
y Essa seção tem como principal objeti-
APOIO DIDÁTICO
vo evidenciar o uso da entrevista como ma como isso pode ser feito. uso não recreativo dessas ferramentas,
fonte histórica. Comente com os estu- y Atividade 1: Ajude os estudantes a mostrando que elas têm também uma
dantes que a entrevista é um importan- preparar a entrevista. Na sala de aula, função didática e voltada à pesquisa.
te documento de registro oral. oriente-os na escolha do entrevista- Oriente os estudantes, em sala de aula,
do, conversando sobre os diferentes a separar a folha com as perguntas e
y Como recurso, a entrevista permite
perfis de pessoas que podem ser en- os demais materiais necessários para a
aproximações com o cotidiano dos
estudantes, na medida em que há um trevistadas. Além disso, oriente-os a condução e o registro da entrevista.
indivíduo expressando suas memórias pensar na postura que devem ter du- y Atividade 3: Antes do compartilha-
e experiências. No estudo de História, rante a entrevista e a elaborar um ro- mento dos relatos e das informações
eles são convidados a realizar essa ati- teiro de perguntas. levantadas, reserve um momento para
vidade em muitos momentos. y Atividade 2: Auxilie os estudantes na que os grupos preparem uma peque-
escolha mais adequada de registro, na apresentação aos demais colegas.
Roteiro de aula dependendo do perfil da turma e dos Após cada apresentação, abra espaço
y Explique aos estudantes o que compõe equipamentos à disposição dos estu- para uma conversa sobre as informa-
uma entrevista: entrevistador, entrevis- dantes em casa. Se possível, incentive ções relatadas.

AJ_CH2_PNLD23_C09_110Aa123A_MP.indd 115 7/31/21 16:44


116 Capítulo 9 As transformações
dos lugares
Mudanças nos lugares de vivência e no modo de viver
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Com o passar

Paul Popper/Popperfoto/Getty Images


NO TEMA “MUDANÇAS NOS A
LUGARES DE VIVÊNCIA E NO do tempo, os seres
MODO DE VIVER” humanos continuam
» (EF02GE05) Analisar mudanças transformando os
e permanências, comparando lugares em que vivem.
imagens de um mesmo lugar em Terrenos vazios são
diferentes tempos.
ocupados com novas
» (EF02HI03) Selecionar situa-
ções cotidianas que remetam à edificações, ruas de terra
percepção de mudança, perten- são asfaltadas, casas
cimento e memória. antigas são reformadas
ou derrubadas para a
COMPONENTE ESSENCIAL construção de novas
PARA A ALFABETIZAÇÃO casas ou prédios.
» Produção escrita.

Marcos Amend/Pulsar Imagens


Veja, nestas fotos, B
o exemplo de um local
em dois momentos
diferentes.

Teatro Amazonas,
em Manaus,
Amazonas. A foto A
foi obtida em 1920, e
a foto B, em 2019.

1 Compare a foto A com a foto B. Depois, responda:


a. Descreva as transformações pelas quais o lugar retratado passou.
O lugar passou por intensa transformação. As casas e os sobrados, ao fundo da foto A,

foram substituídos por outros edifícios, entre eles prédios altos. As vias junto ao Teatro

Amazonas foram pavimentadas.

b. Você consegue identificar algum elemento que tenha


permanecido na paisagem no período entre as duas fotos?
Se a resposta for afirmativa, contorne esse elemento nas fotos
A e B. O Teatro Amazonas é o elemento de destaque que permaneceu nas
paisagens retratadas nas fotos A e B. A arquitetura de escadas e muretas
116 cento e dezesseis no entorno do teatro também foi preservada.

Orientação didática Roteiro de aula


AJ_CH2_PNLD23_C09_110a123_LA.indd 116 destaquem as mudanças que ocorre- 7/3/21 2:48 PM AJ_C

y A análise de fotografias, pinturas, ma- y Inicie a atividade dessa página pergun- ram na paisagem e o que permanece
APOIO DIDÁTICO

pas e outras formas de imagens com- tando aos estudantes se eles sabem de nos dias atuais.
parativas motivam o reconhecimento transformações que ocorreram no bair- y Atividade 2: Apresente as imagens
das transformações nos lugares e de ro ou na cidade onde vivem. A seguir, aos estudantes e peça-lhes que façam
seus usos ao longo do tempo. peça-lhes que observem atentamen- uma descrição de cada uma. Registre
y Para mobilizar esse reconhecimento, as te as fotos, destacando o período que essas descrições e, a seguir, solicite
legendas são essenciais. Por isso, sem- cada uma delas está retratando.
pre oriente os estudantes a ler a legenda que comparem as imagens e desta-
que acompanha cada imagem para que y Estimule os estudantes a expressar li-
quem as principais transformações
haja total compreensão. vremente suas percepções sobre a pai-
ocorridas no lugar. A atividade visa
sagem observada. Se julgar necessário,
y Incentive os estudantes a consolidar a
estabeleça uma dinâmica que garanta a ampliar a habilidade EF02GE05. Como
aprendizagem relativa ao caráter histó- complemento, peça aos estudantes
rico das construções e dos bens como participação e a contribuição de todos
na discussão. que pontuem não só as mudanças,
forma de evidenciar as mudanças ob-
servadas em seu cotidiano, quando y Atividade 1: Para desenvolver a habili- mas também as permanências (ainda
comparado com o cotidiano de familia- dade EF02GE05, oriente os estudantes há pessoas na calçada, ainda existe
res mais velhos. a fazer a atividade. Espera-se que eles uma rua no local).

AJ_CH2_PNLD23_C09_110Aa123A_MP.indd 116 7/31/21 16:44


As transformações Capítulo 9 117
dos lugares
Ao mesmo tempo que as características de um lugar vão se
transformando, o modo de vida de quem vive nele também vai
Atividade complementar
mudando.
y Organize a turma em quatro gru-
Nestas imagens, que representam o mesmo lugar em momentos pos. Cada grupo ficará respon-
diferentes, observe que ocorreram transformações não apenas no sável por pesquisar as mudanças
e as permanências na paisagem
espaço físico, mas também na forma como as pessoas usam o lugar. de quatro cidades brasileiras,
que devem ser escolhidas pelos
Antes Depois grupos. Com o auxílio dos res-

Ilustrações:Reddragon/ID/BR
ponsáveis, eles devem procurar
em revistas, livros, jornais e inter-
net duas fotos que representem
a área central dessas cidades
em diferentes momentos (no iní-
cio do século XX e no início do
século XXI). As imagens devem
retratar o mesmo lugar nesses
dois períodos distintos. Os es-
tudantes deverão identificar nas
fotos as mudanças ocorridas, as-
sim como estabelecer hipóteses
sobre a alteração do modo de
vida naquelas cidades. Após a
análise das imagens, eles deve-
rão montar um painel ou álbum
e apresentar para a turma. É im-
portante que as imagens mos-
trem situações da vida cotidiana
que mudaram ou permaneceram
ao longo do tempo, para que os
estudantes reflitam sobre as mu-
Perceba, também, que não há uma transformação completa no danças do modo de vida. Esta
atividade permite explorar a
modo de vida das pessoas. Ainda há quem circule de bicicleta e habilidade EF02GE05 e desen-
pessoas que se encontram na calçada. volver um trabalho que envolva
também habilidades de História.
2 Compare novamente as imagens acima e descreva as
transformações que você identifica nas características físicas do
lugar e no modo de vida das pessoas.
Mudanças no espaço físico: a rua, antes de paralelepípedo, foi asfaltada; foi construída

uma ciclovia; uma das casas passou por reformas e outra deu lugar a um mercado. Também

foram construídos edifícios, um deles no lugar da padaria. Mudanças no modo de vida das

pessoas: não há mais crianças brincando na rua, pois agora há um trânsito intenso

de automóveis. Os vizinhos não ficam mais conversando em frente de casa.

cento e dezessete 117

48 PM AJ_CH2_PNLD23_C09_110a123_LA.indd 117 7/9/21 7:09 PM

APOIO DIDÁTICO

AJ_CH2_PNLD23_C09_110Aa123A_MP.indd 117 7/31/21 16:44


118 Capítulo 9 As transformações
dos lugares
Meios de transporte ontem e hoje
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Os meios de transporte são usados para levar as pessoas e os
NO TEMA “MEIOS DE
TRANSPORTE ONTEM objetos de um lugar para outro.
E HOJE” Atualmente, ônibus, automóveis, motocicletas, bicicletas e
» (EF02GE03) Comparar dife- outros veículos circulam pelas ruas. Mas será que sempre foi assim?
rentes meios de transporte e de
Até cerca de cem anos atrás, era comum
comunicação, indicando o seu Charrete: veículo de
papel na conexão entre lugares, as pessoas andarem a cavalo ou usarem duas rodas puxado por
e discutir os riscos para a vida e carroças, charretes e bondes puxados um cavalo ou burro.
para o ambiente e seu uso res-
ponsável.
por burros.
» (EF02HI03) Selecionar situa- Com a invenção de veículos motorizados, aos poucos os bondes
ções cotidianas que remetam à elétricos, os automóveis, os ônibus e outros veículos passaram a
percepção de mudança, perten- fazer parte do dia a dia das pessoas.
cimento e memória.

Autoria desconhecida. In: Consuelo Novais Sampaio. 50 anos de urbanização.


Rio de Janeiro: Versal, 2005, p. 241

Guilherme Gaensly/Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro


Para casa

y Atividade 1: Como os estu-


dantes já tiverem contato com
a ferramenta de entrevista, su-
gira a eles que desenvolvam
uma breve entrevista com a
pessoa escolhida e que regis-
trem, como puderem e quise-
rem, os relatos a respeito da
existência de bondes na cidade.
Se os estudantes encontrarem
respostas negativas à pergunta,
oriente-os a questionar sobre
as mudanças que o entrevista- Bonde puxado por burros em Salvador, Inauguração da primeira linha de bonde
do nota nos meios de transpor- Bahia. Foto do final dos anos 1800. elétrico no município de São Paulo. Foto
te atualmente em comparação de 1900.
com a época de sua infância.
1 Pergunte a uma pessoa idosa se na sua cidade existiam
bondes. Em caso positivo, pergunte-lhe como era andar
de bonde. Depois, converse com os colegas sobre o
que descobriu. Resposta pessoal. Comente com os estudantes que os bondes eram
movidos a eletricidade ou puxados por animais, então, não soltavam fumaça e, assim, não
Parcausavam
a explo r
poluição do ar.
ra

Museu Virtual do Transporte.


Disponível em: https://www.sptrans.com.br/museu-virtual?p=98. Acesso em: 17 mar. 2021.
O site, organizado pelo Museu SPTrans dos Transportes, disponibiliza um acervo de
imagens históricas de diversos tipos de meios de transporte urbanos.

118 cento e dezoito

Orientações didáticas y É possível discutir com os estudantes


AJ_CH2_PNLD23_C09_110a123_LA.indd 118 Roteiro de aula 7/9/21 7:09 PM AJ_C

as implicações de usar o transporte


y Antes de iniciar a abordagem desse y Leia os dois primeiros parágrafos do
APOIO DIDÁTICO

tema , é importante levantar os conhe- público e o individual no contexto da texto didático e levante hipóteses sobre
cimentos prévios dos estudantes em mobilidade urbana. Além do núme- o assunto com os estudantes: “Quais
relação aos meios de transporte. ro de passageiros que cada um deles meios de transporte eram utilizados an-
comporta, há importantes questões tigamente no município onde vocês vi-
y Como as formas de locomoção estão
ambientais que podem ser trabalha- vem?”; “Alguém já viu vestígios da exis-
atreladas a condições naturais, sociais
e culturais, é possível encontrar diferen- das, pois alguns meios de transporte tência desse meio de transporte, como
tes meios de transporte utilizados pelos são mais poluentes do que outros. trilhos de bonde em ruas da cidade ou
estudantes. Uma forma de identificar y Converse com os estudantes sobre alguma carroça antiga ainda em uso?”.
semelhanças e diferenças é perguntar a como o avanço da tecnologia permi- y Continue a leitura e destaque a diferen-
eles como vão à escola. Faça um levanta- tiu às pessoas percorrer espaços mais ça entre os meios de transporte moto-
mento de quantos utilizam o transporte longos em menos tempo, aumentan- rizados e os puxados por animais, pro-
público e quantos usam o transporte in- do, porém, os níveis de poluição com a blematizando essa questão.
dividual. Registre esses dados no mural emissão de gases tóxicos como o mo- y Organize os exemplos de meios de
da sala de aula e retome-os durante os nóxido de carbono, gerado pela com- transporte apresentados nos parágra-
debates propostos no tema. bustão da gasolina. fos, separando veículos com tração ani-

AJ_CH2_PNLD23_C09_110Aa123A_MP.indd 118 7/31/21 16:44


As transformações Capítulo 9 119
dos lugares
O transporte coletivo
Atualmente, muitas pessoas utilizam meios de transporte Atividades complementares
coletivo, como ônibus, metrô e trem. y Organize com os estudantes
uma pesquisa sobre os meios
Joa Souza/Shutterstock.com/ID/BR

de transporte utilizados no lu-


gar em que vivem. Separe-os em
grupos e solicite que busquem
informações sobre esses meios
de transporte, bem como ima-
gens e mapas (mapa das linhas
de metrô, por exemplo). Ao final
da pesquisa, oriente-os a orga-
nizar as informações e os dados
Ônibus municipal em coletados em um cartaz, que de-
Salvador, Bahia. verá ser apresentado pelo grupo
Foto de 2021. ao restante da sala. Exponha os
cartazes em um mural da escola

Joel Rodrigues/Agência Brasília


para que a pesquisa dos estu-
dantes seja compartilhada com
a comunidade escolar.
y Peça aos estudantes que refli-
tam sobre a poluição causada
por alguns meios de transporte
e comente que podemos reduzir
a emissão de poluentes por meio
de pequenas atitudes em nosso
Ciclista em estação do cotidiano. Em seguida, organize-
metrô em Brasília, Distrito -os em grupos e proponha a cria-
Federal. Foto de 2020. ção de cartazes sugerindo ações
cotidianas de responsabilidade
Em 1974, na cidade de São Paulo, foi inaugurado o primeiro ambiental, como o uso do trans-
metrô do Brasil. O metrô muitas vezes é subterrâneo, e os trens se porte coletivo ou da bicicleta para
ir à escola ou mesmo a organiza-
movimentam sobre trilhos. ção de carona entre estudantes
O metrô é muito adequado às grandes cidades. Por ser movido que moram perto. Ao comparti-
lhar os cartazes, converse com a
a eletricidade, ele não causa poluição do ar, como acontece com turma sobre as possibilidades e as
os carros e os ônibus. Além disso, tem capacidade de transportar dificuldades inerentes a cada es-
muitos passageiros de uma vez. tratégia de conscientização.

2 Quais são os meios de transporte mais usados no lugar onde


você mora? Se precisar, pergunte a um adulto de sua casa.
Resposta pessoal.

3 Converse com os colegas e o professor: O sistema de


transporte público de sua cidade funciona bem?
Resposta pessoal.
cento e dezenove 119

09 PM AJ_CH2_PNLD23_C09_110a123_LA.indd 119 mal de veículos motorizados. Depois, y Atividade 1: Oriente os estudantes 7/9/21
a vivem. Pergunte ainda se alguém já uti-
7:10 PM

organize-os em veículos que poluem e entrevistar alguém de idade compatível lizou algum desses meios de transporte
APOIO DIDÁTICO
veículos que não poluem. com o período em que os bondes eram e como foi a experiência.
comuns. Além disso, esclareça que os
y Analise as imagens com os estudan-
bondes não poluíam o ambiente, por
y Atividade 2: Solicite à turma que realize
tes, retomando as características dos essa atividade em casa, entrevistando
serem movidos a eletricidade (como
meios de transporte nelas retratados: seus familiares. Na sala de aula, retome
alguns ônibus ainda hoje). Caso o en-
“De que época são?”; “Como se mo- os meios de transporte mais comuns no
trevistado escolhido não tenha andado
vem?”; “Esses meios de transporte município e aproveite para relacioná-
de bonde, oriente os estudantes a ob-
poluem o ar?” . Aproveite para intro- ter informações sobre outros meios de -los ao cotidiano dos estudantes.
duzir a ideia do conceito de transpor- transporte mais antigos que não eram y Atividade 3: Ajude os estudantes a pen-
te coletivo, perguntando aos estudan- movidos a gasolina. sar nos aspectos que envolvem a efici-
tes se esses veículos levam poucas ou ência do transporte público: usuário,
y Converse com os estudantes sobre as
muitas pessoas. Pergunte também se características dos meios de transporte valor cobrado da passagem, os lugares
eles conhecem meios de transporte citados no tópico “O transporte coleti- que cada tipo de transporte percorre,
contemporâneos capazes de trans- vo” . Pergunte se algum desses veículos tempo de percurso, etc. Permita que os
portar muitas pessoas. também é usado no lugar em que eles estudantes expressem suas opiniões.

AJ_CH2_PNLD23_C09_110Aa123A_MP.indd 119 7/31/21 16:44


120 Capítulo 9 As transformações
dos lugares
O extrativismo e a transformação nos lugares
HABILIDADES DESENVOLVIDAS O extrativismo é a atividade em que os seres humanos retiram
NO TEMA “O EXTRATIVISMO
E A TRANSFORMAÇÃO NOS da natureza produtos de origem animal, vegetal ou mineral.
LUGARES” Esses produtos podem ser consumidos da forma como foram
» (EF02GE04) Reconhecer seme- retirados ou usados para fabricar outros produtos.
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e no
modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares.

Ilustrações: Vanessa Alexandre/ID/BR


» (EF02GE07) Descrever as ativi-
dades extrativas (minerais, agro-
pecuárias e industriais) de dife-
rentes lugares, identificando os
impactos ambientais.
» (EF02HI11) Identificar impactos
no ambiente causados pelas
diferentes formas de trabalho
existentes na comunidade em
que vive. Extrativismo animal: atividades de caça e pesca de animais.

Extrativismo vegetal: extração de Extrativismo mineral: extração de


madeira, frutos, folhas ou outra parte minerais como ouro, ferro, carvão
das plantas existentes no ambiente mineral, sal, petróleo e outros.
natural.

1 Dê exemplos de produtos que você conhece e que se originam


de cada tipo de extrativismo.
Resposta pessoal. Sugestões: peixe (extrativismo animal); açaí, madeira, castanha-do-pará,

coco-babaçu, látex (extrativismo vegetal); joias de ouro, utensílios de cozinha de alumínio, sal

de cozinha, vigas de ferro para construção, areia para construção (extrativismo mineral).

120 cento e vinte

Orientações didáticas o assunto, qual é a relação entre o ex-


AJ_CH2_PNLD23_C09_110a123_LA.indd 120 muitas alterações no ambiente e as que 7/3/21 2:48 PM

trativismo e o consumo. Embora essa causam poucas alterações. Pergunte a


yO trabalho com esse tema favorece o
APOIO DIDÁTICO

desenvolvimento da consciência am- relação não seja evidenciada no traba- eles se conseguem pensar em outros
biental e de habilidades e competên- lho com o tema, é possível introduzir a exemplos de atividades extrativistas
cias associadas à relação entre ser hu- questão ao discutir as responsabilida- que modificam o ambiente.
mano e natureza. des individuais, como o desperdício. y Aproveite para debater com a turma:
y Embora o extrativismo seja uma prática “Os impactos causados pelo desmata-
Roteiro de aula mento e pelo extrativismo mineral são
bastante antiga e difundida, explique aos
estudantes que os recursos naturais (ani- y Inicie a leitura do tema e, com base nas reversíveis?”; “Quais medidas devería-
mais, vegetais e minerais) não são infini- imagens apresentadas, converse com mos adotar para preservar o ambiente
tos. Isso exige que nós, como sociedade, os estudantes sobre o que são ativi- nesses casos?” .
ao longo dos processos de extração, se- dades extrativistas. Chame a atenção y Atividade 1: Ajude os estudantes a
jamos conscientes dos potenciais impac- deles para as legendas e incentive-os a pensar em alguns exemplos antes de
tos sobre o meio e de nossas responsabi- relacionar os materiais/produtos extraí- realizar a atividade. Para isso, você
lidades para minimizar esses problemas. dos com os de seu dia a dia. pode dar exemplos de materiais ex-
y Discuta com os estudantes, com base y Continue a leitura, destacando a dife- traídos da natureza e deixar que eles
nos conhecimentos prévios deles sobre rença entre as atividades que causam os relacionem com os produtos usa-

AJ_CH2_PNLD23_C09_110Aa123A_MP.indd 120 7/31/21 16:44


As transformações Capítulo 9 121
dos lugares
O extrativismo mineral costuma causar grandes mudanças nos
lugares. Muitas vezes, são abertos enormes buracos, destruindo
Atividade complementar
toda a vegetação e alterando completamente o ambiente.
y Organize com a turma um pique-
nique no qual sejam consumidos

Adriano Kirihara/Pulsar Imagens


produtos de atividades extrati-
vistas. Peça aos estudantes que
levem também caderno, lápis
e borracha e coloque sobre a
toalha outros objetos relaciona-
dos ao extrativismo. Oriente-os
a anotar a origem desses mate-
Mineração no município riais, tanto dos alimentos quan-
de Itaoca, São Paulo. to dos demais objetos, incluindo
Foto de 2020. os usados para registro (lápis,
borracha e caderno). Solicite
A extração de madeira (extrativismo vegetal) pode causar o que organizem uma lista com o
desmatamento de grandes áreas de floresta. nome do material e sua origem.
Essa atividade pode ser feita em
grupos.

Marcos Amend/Pulsar Imagens


y Depois, organize com os estu-
dantes um material para expor o
que aprenderam com a ativida-
de. Ajude-os a elaborar um in-
fográfico. Para isso, eles podem
fazer um desenho da toalha do
Extração de madeira
piquenique representando os ali-
no município de
Itacoatiara, Amazonas.
mentos e os objetos analisados
Foto de 2019.
e de cada um deles puxar uma
seta para apresentar as informa-
ções sobre a origem do material
Em alguns casos, porém, a atividade extrativista gera poucos e a relação com o extrativismo.
impactos no ambiente. Um exemplo é a extração de látex, usado Oriente-os a não esquecer de
para fabricar borracha. Não é necessário derrubar a seringueira para criar um título para o infográfico.
Esse material pode ser exposto
extrair o látex. na sala de aula.
Andre Dib/Pulsar Imagens

Extração de látex no
município de Novo Aripuanã,
Amazonas. Foto de 2020.

2 No lugar onde você vive é feita alguma atividade


extrativista? Se sim, qual? Converse com os colegas
e o professor. Respostas pessoais.

cento e vinte e um 121

dos no dia a dia. Durante a correção,


AJ_CH2_PNLD23_C09_110a123_LA.indd 121 7/9/21 7:12 PM

apresente outros exemplos e, se pos-


APOIO DIDÁTICO

sível, leve algum produto para a sala


de aula, para que os estudantes o re-
conheçam.
y Atividade 2: Você pode pedir aos estu-
dantes que façam a pesquisa em casa,
com a ajuda de adultos, ou fornecer o
material em sala de aula e organizar a
turma em grupos de pesquisa. É impor-
tante que eles realizem essa atividade
com a ajuda de alguém e que possam
conversar, previamente, sobre suas
ideias e hipóteses acerca do assunto.
Ao final, reúna os estudantes para que
compartilhem a pesquisa e conversem
sobre o trabalho feito.

AJ_CH2_PNLD23_C09_110Aa123A_MP.indd 121 7/31/21 16:44


122 Capítulo 9 As transformações
dos lugares
re
Aprender semp
HABILIDADES AVALIADAS
NA SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF02GE04) Reconhecer seme- 1 Compare as duas fotos. Elas retratam paisagens de um mesmo
lhanças e diferenças nos hábitos, lugar registradas em dois momentos diferentes.
nas relações com a natureza e no
modo de viver de pessoas em di-

Autor desconhecido/Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami

Miriam Cardoso de Souza/Fotoarena


ferentes lugares. A B
» (EF02GE05) Analisar mudanças
e permanências, comparando
imagens de um mesmo lugar em
diferentes tempos.
» (EF02GE08) Identificar e ela-
borar diferentes formas de re-
presentação (desenhos, mapas
mentais, maquetes) para repre-
sentar componentes da paisa-
gem dos lugares de vivência.
» (EF02HI03) Selecionar situa-
ções cotidianas que remetam à
percepção de mudança, perten- Rua Sinimbu, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. A foto A foi obtida entre
cimento e memória. 1935 e 1947. A foto B é de 2017. Ambas foram tiradas aproximadamente do
mesmo ponto de observação.

COMPONENTES ESSENCIAIS a. Que lugar foi retratado em ambas as fotos?


PARA A ALFABETIZAÇÃO
A rua Sinimbu, que fica em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul.
» Compreensão de textos.
» Produção escrita.
b. Descreva as mudanças que você consegue identificar na
paisagem desse lugar.
A rua foi asfaltada. A maioria das edificações foi substituída. Antes, existiam edificações

de madeira, que deram lugar às construções de alvenaria. Também foram construídos

alguns prédios de vários andares.

c. Em sua opinião, o que você acha que mudou na vida das


pessoas que habitam ou frequentam esse lugar?
Resposta pessoal.

122 cento e vinte e dois

Orientações didáticas y Considerando o desenvolvimento apre-


AJ_CH2_PNLD23_C09_110a123_LA.indd 122 consolidar, visualmente, o processo de 7/3/21 2:48 PM AJ_C

sentado pelos estudantes, se julgar que aprendizagem.


yA
APOIO DIDÁTICO

proposta dessa seção é retomar os


objetos de conhecimento abordados essas atividades podem gerar algum y A seguir, apresente-lhes as imagens A
tipo de constrangimento para aqueles e B da atividade 1 e peça-lhes que fa-
nos temas, assim como as habilidades e
que ainda não têm certa fluência na çam uma breve descrição das fotos.
as competências a eles associadas.
escrita, auxilie individualmente na cons- Posteriormente, oriente-os na realiza-
y É possíveI, assim, usar as atividades da trução das atividades, de modo a evi- ção de cada item da atividade.
seção para avaliar a aprendizagem dos denciar as habilidades já desenvolvidas,
estudantes e identificar os pontos que y Atividade 1: Essa atividade visa con-
e não aquelas que ainda precisam ser solidar a habilidade EF02GE05, com
necessitam de retomada mais detalha- aprimoradas. base na comparação de fotos de di-
da e aprofundamento. ferentes momentos históricos, des-
y As atividades foram planejadas para que Roteiro de aula tacando permanências e mudanças
o estudante demonstre como está seu y Inicie a seção perguntando aos estu- no espaço. Assim, espera-se que, ao
processo de alfabetização, especialmen- dantes o que aprenderam neste capítu- analisarem as imagens, os estudan-
te no que se refere à habilidade escritora. lo. Registre o que eles relatarem para tes consolidem as noções de tempo

AJ_CH2_PNLD23_C09_110Aa123A_MP.indd 122 7/31/21 16:44


As transformações Capítulo 9 123
dos lugares
2 Leia este trecho de uma notícia. Depois, responda às questões.

Atividade complementar
Uma casa ecológica está em fase de construção no município de
y Para consolidar os estudos so-
Joanópolis, no estado de São Paulo. Para construí-la serão reutilizados cerca bre permanências e mudan-
de sete mil pneus. Também foram utilizadas três mil garrafas PET [um tipo ças, explorando a habilidade
de plástico] e cinco mil latinhas de alumínio. EF02GE05, proponha aos es-
tudantes um jogo da memória
Mayra Rosa. Casa ecológica feita com 7 mil pneus é construída em São Paulo. Ciclo do tempo. Primeiro, providencie
Vivo, 23 out. 2013. Disponível em: http://ciclovivo.com.br/noticia/casa_ecologica_
feita_com_4_mil_pneus_e_construida_em_sao_paulo_/. Acesso em: 23 mar. 2021. fotos de cidades no passado e
atualmente. O site IBGE Cidades,
disponível em: https://cidades.
a. De que materiais estava sendo construída a casa citada ibge.gov.br/ (acesso em: 22 jul.
2021), apresenta uma série de
na notícia? fotografias antigas de cidades
brasileiras. Imprima as fotos e
De pneus usados, garrafas de plástico (PET) e latas de alumínio. leve-as para a sala de aula. Os
estudantes poderão jogar o jogo
da memória com essas imagens,
em que cada par será formado
b. De que maneira construir moradias com materiais Saber
por uma imagem antiga e uma
que seriam descartados como lixo contribui para a Ser imagem atual do mesmo local.
Caso haja dificuldade, apresente
preservação da natureza? os pares de fotos antigas e atuais
aos estudantes antes de come-
A construção de moradias com materiais que iriam para o lixo preserva a natureza e çar a brincadeira. A atividade
visa incentivar o desenvolvimen-
os recursos naturais, pois, assim, eles serão menos explorados, contribuindo para a to da interpretação de imagens e
a observação da paisagem. As-
preservação do meio ambiente. segure-se de que as paisagens
retratadas nas imagens tenham
elementos marcantes e perma-
3 Você aprendeu neste capítulo que as paisagens se transformam nentes, para facilitar a identifica-
com o tempo. Agora, pense na paisagem que você observa ção dos estudantes.
quando sai de sua casa. Faça um desenho no espaço abaixo para
demonstrar como você imagina essa paisagem daqui a 10 anos. Saber Tomada de decisão
Ser
responsável
y Atividade 2b: A reflexão so-
Desenho do estudante.
bre a reutilização ou recicla-
gem de resíduos que seriam
descartados como lixo impul-
siona a conformação de uma
consciência ambiental, parâ-
metro de ação importante para
a tomada de decisão dos indi-
víduos. Dessa forma, a ativida-
de incentiva os estudantes a
reconhecer as potencialidades
dos materiais, cujo reaprovei-
tamento evita a intensificação
de atividades extrativistas que
retiram da natureza mais maté-
cento e vinte e três 123 ria-prima.

48 PM e de processo histórico, fundamen-


AJ_CH2_PNLD23_C09_110a123_LA.indd 123
y Atividade 1c: Espera-se que os estu-
7/3/21 Com isso, estimula-se o reconhecimen-
2:48 PM

tais para o estudo de Geografia e de dantes associem as mudanças ocorri- to e a valorização de atitudes susten-
APOIO DIDÁTICO
História. das na paisagem (registradas no Livro táveis na relação entre sociedade e
do Estudante e na lousa) às mudanças natureza.
y Atividade 1b: Incentive os estudantes a
no modo de vida das pessoas.
explorar a análise comparativa das ima- y Atividade 3: Essa atividade estimula os
gens, de modo que possam identificar y Atividade 2: Essa atividade é uma opor- estudantes a refletir sobre o futuro do
tunidade de consolidar a habilidade lugar de vivência, com base nas impres-
as mudanças na paisagem. Seja o es-
EF03GE04, pois propicia aos estudan- sões e nos conhecimentos que eles têm
criba da turma, registrando as mudan-
tes conhecer diferentes hábitos e for- do presente. Solicite que comparem os
ças identificadas. Essa estratégia tem mas de as pessoas se relacionarem com desenhos e justifiquem as mudanças
duas finalidades: oferecer modelos de a natureza. Espera-se que eles perce- que previram para as paisagens dese-
escrita que possam orientar o registro bam que novos hábitos estão sendo nhadas. Incentive entre eles o respeito
das respostas no Livro do Estudante e introduzidos na sociedade, como a uti- e o diálogo durante a comparação das
pautar a realização do próximo item da lização, na construção de uma moradia, produções artísticas, desenvolvendo
atividade 1. de materiais que seriam descartados. habilidades de Arte.

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123A Conclusão do capítulo 9

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 9
Sugestões para a avaliação formativa
1. O capítulo explora as transformações das paisagens como resultado das ações humanas. Os eventos são explo-
rados dentro das permanências e das mudanças possíveis, o que permite aos estudantes compreender a cons-
trução dos espaços como parte da ação coletiva, que deve ser tema de discussão.
2. A seção Aprender sempre do Livro do Estudante recupera e aprofunda o conteúdo trabalhado ao longo do ca-
pítulo, favorecendo a verificação da aprendizagem e das estratégias de recuperação de defasagens.
3. A atividade 1 dessa seção apresenta duas imagens da mesma rua, mas em temporalidades distintas, levando os
estudantes a compreender as mudanças e as permanências do lugar ao longo do tempo, permitindo a avaliação
de aspectos das habilidades EF02GE05 e EF02HI03.
4. Já na atividade 2 dessa seção resgata-se o trabalho com a habilidade EF02GE04 por meio da discussão sobre
a construção de casas ecológicas. Essa atividade permite ainda a mobilização de competências socioemocio-
nais no que se refere à tomada de decisões responsáveis na escolha e no uso de materiais para a construção de
moradias.
5. A atividade 3 dessa seção desenvolve a percepção dos estudantes quanto ao espaço de sua convivência, no caso
o entorno de sua casa, e a expectativa em relação a esse mesmo espaço em dez anos. A análise da projeção feita
pelos estudantes, por meio de um desenho sobre como imaginam essa paisagem no futuro, permite a avaliação
de seu desenvolvimento em relação às habilidades EF02GE05 e EF02GE08.

Atividades de remediação
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no desenvolvimento das habilidades EF02GE04 e EF02GE05,
verifique a possibilidade de obter fotografias da escola para análise dos estudantes. De posse dessas fotos, eles
devem fotografar os mesmos espaços como hoje se apresentam e, em seguida, apontar as semelhanças e as
permanências observadas entre essas fontes. Para tornar a atividade mais completa, auxilie os estudantes na
produção de um varal em que se alinhem os espaços e as fotos antigas e novas enfileiradas, o que favorece a
identificação visual desses espaços, apesar das mudanças efetuadas. A exposição pode ser integrada de forma
fixa na biblioteca da escola, uma vez que registra a memória desse espaço.
• Atividade 2: Para aprofundar e remediar o trabalho com a habilidade EF02HI03, peça aos estudantes que entre-
vistem um funcionário antigo da escola, alguém que possa contar sobre as transformações ocorridas no espaço
escolar e no entorno da instituição. Antes da entrevista, prepare com eles uma lista de perguntas que podem ser
feitas e explique que, caso surjam dúvidas ou curiosidades durante a conversa, eles podem acrescentar novas
questões. É importante também conversar com os estudantes sobre a postura deles durante a entrevista, assina-
lando a necessidade do respeito ao entrevistado. Sugere-se ainda que o entrevistado seja avisado da entrevista
com antecedência, a fim de garantir que ele esteja disponível no dia programado. Outro cuidado importante é
a forma de registro da entrevista – se for gravada em áudio e vídeo, é fundamental que o entrevistado autorize a
gravação. Isso permite abordar com os estudantes a questão da privacidade, mostrando que não se pode fazer
uso de voz e imagem sem a autorização da pessoa, favorecendo, assim, o uso adequado de ferramentas tecnoló-
gicas de comunicação e registro.

AJ_CH2_PNLD23_C09_110Aa123A_MP.indd 123 7/31/21 16:44


A escola é de todos Capítulo 10 124A

CAPÍTULO 10 A ESCOLA É DE TODOS

Objetivos pedagógicos
1. Identificar a educação como direito social assegurado pela 4. Identificar o trabalho e o papel desempenhado pelos di-
Constituição federal a todas crianças do Brasil e estimular versos indivíduos que compõem a comunidade escolar.
a reflexão sobre o acesso a esse direito. 5. Compreender a importância da preservação da natureza
2. Reconhecer o papel da instituição escolar como espaço pri- e identificar hábitos cotidianos que podem contribuir para
vilegiado para o desenvolvimento de aprendizagens formais. preservá-la.
3. Reconhecer a escola como instituição de ensino e espaço
de convivência e sociabilidade, no qual diferentes indiví-
duos atuam e interagem.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Este capítulo apresenta a escola como espaço de ensino O capítulo desenvolve os objetos de conhecimento rela-
e de socialização, os agentes envolvidos no bom andamento cionados à compreensão das experiências na comunidade e
da instituição e o papel exercidos por eles, em diálogo com à representação espacial e contempla, também, a noção do
a comunidade. Explora, ainda, a importância do reconheci- “outro” e do “eu”, refletindo sobre as interações do espaço
mento da educação como um direito legal e a necessidade escolar e a comunidade e sobre a relação dos estudantes com
de reflexão sobre a população que não usufrui desse direito. a preservação da natureza. Como em outros momentos da co-
leção, a literacia familiar é explorada em atividades entre os es-
O diálogo acerca de questões atuais não se restringe ao tudantes e os pais ou responsáveis, momentos imprescindíveis
direito à educação, visto que o capítulo favorece também a à construção do conhecimento continuado e ao envolvimento
reflexão sobre os hábitos de consumo dos estudantes, os dos familiares no percurso escolar dos educandos. Além disso,
quais são incentivados a adotar práticas mais conscientes em desenvolve o vocabulário e a interpretação de textos, essen-
relação ao meio ambiente. ciais para a consolidação da habilidade leitora.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 2, 6, 7, 8 e 9

Competências específicas de Ciências Humanas para o


2, 3, 4, 6 e 7
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


1, 2 e 7
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


2e4
Fundamental

EF02GE04, EF02GE06, EF02GE07, EF02GE08 e


Habilidades de Geografia
EF02GE11

EF02HI01, EF02HI02, EF02HI03, EF02HI10 e


Habilidades de História
EF02HI11

AJ_CH2_PNLD23_C10_124Aa135A_MP.indd 124 8/2/21 12:00


124 Capítulo 10 A escola é de todos

Lucas Reis Pereira/ID/BR


HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF02HI01) Reconhecer espaços
de sociabilidade e identificar os
motivos que aproximam e sepa-
ram as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco.
» (EF02HI03) Selecionar situações
cotidianas que remetam à per-
cepção de mudança, pertenci-
mento e memória.

124

Orientações didáticas Roteiro de aula


AJ_CH2_PNLD23_C10_124a135_LA.indd 124
y Atividade 2: Valorize as manifestações 7/3/21 5:58 PM AJ_C

dos estudantes e, ao mesmo tempo, au-


y Neste capítulo, são trabalhados os su- y Antes de iniciar as atividades, oriente
APOIO DIDÁTICO

a observação da ilustração que abre o xilie-os na compreensão de que a escola


jeitos da comunidade escolar, em espe-
capítulo, chamando a atenção dos es- é um espaço de aprendizagem de com-
cial os estudantes e os professores.
tudantes para os detalhes. Pretende-se ponentes curriculares, como Matemá-
y Partindo da identificação das rela-
que eles identifiquem na escolarização tica, História, Geografia e Ciências, mas
ções escolares atuais e de sua impor- também é um local onde eles aprendem
um processo histórico e que compreen-
tância do ponto de vista da cidada- convivendo com os colegas e observan-
dam as mudanças que ocorreram ao
nia, professores e estudantes serão longo do tempo, com a conquista de do hábitos e valores partilhados.
problematizados historicamente, em
momentos temporais e espaciais se-
direitos e novos paradigmas. y Atividade 3: Acolha as diferentes narra-

lecionados para que os estudantes


y Atividade 1: Os estudantes devem re- tivas dos estudantes. Deixe-os se mani-
conhecer a entrada de uma escola. Se festar respondendo à pergunta propos-
consigam historicizar os papéis so- achar conveniente, peça a eles que ta e incentive-os a refletir sobre o fato
ciais indicados e identificar perma- comparem o desenho com o espaço de que as mudanças, em geral, desper-
nências e transformações ao longo escolar e a forma como eles chegam tam curiosidade, anseios, expectativas
do tempo. à escola. e felicidade em qualquer idade.

AJ_CH2_PNLD23_C10_124Aa135A_MP.indd 124 7/31/21 12:42


A escola é de todos Capítulo 10 125
1. Ver comentários no Roteiro de aula.

Autogestão
UL
APÍT O
A escola é

1100
Saber
Ser

C y Atividade 3: A proposta per-


mite que os estudantes com-

de todos preendam a importância do


gerenciamento do estresse,
dos medos e dos desafios, a
fim de que vivenciem um fato
Já vimos alguns tipos de importante na vida deles, no
moradia e o funcionamento dos caso o ingresso na educação
escolar.
bairros. Aprendemos também
que os lugares passam por
transformações ao longo do
tempo. Agora, vamos falar de
um outro lugar importante que
todas as crianças têm o direito de
frequentar. Passamos bastante
tempo nesse lugar e nele fazemos
muitas descobertas e amizades.
Observe a ilustração.

Para começo de conversa


1 Você sabe que lugar essa
ilustração está mostrando?
2 O que você faz e aprende
nesse lugar?
Resposta pessoal.
3 Você se lembra do seu
Saber
primeiro dia nesse lugar? Ser
Conte aos colegas de
turma como foi.
Resposta pessoal.

Crianças chegando à escola.

cento e vinte e cinco 125

58 PM AJ_CH2_PNLD23_C10_124a135_LA.indd 125 7/10/21 7:59 AM

APOIO DIDÁTICO

AJ_CH2_PNLD23_C10_124Aa135A_MP.indd 125 7/31/21 12:42


126 Capítulo 10 A escola é de todos
A escola é direito de todos
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Todos os brasileiros e brasileiras, de qualquer parte do país, têm
NO TEMA “A ESCOLA É
DIREITO DE TODOS” o direito de frequentar a escola. Desde 1934, esse direito é garantido
no Brasil pela Constituição.
» (EF02HI01) Reconhecer espa-
ços de sociabilidade e identificar Atualmente, é dever do governo criar e manter
os motivos que aproximam e se- Constituição:
escolas e garantir vagas para todas as crianças. E é principal conjunto
param as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco. responsabilidade dos adultos das famílias matricular de leis do país.

» (EF02HI03) Selecionar situações


as crianças nas escolas e enviá-las às aulas.
cotidianas que remetam à per-

Jorge Pinho/Secom Cuiabá


cepção de mudança, pertenci-
mento e memória.

Para casa

y Atividade 1: Caso considere


oportuno, informe os estudantes
que, segundo o levantamento
realizado pelo movimento Todos
pela Educação, em 2017, cer-
ca de 2,5 milhões de crianças e
adolescentes não frequentavam
a escola. Veja mais informações
na sugestão de site da seção Para
complementar.

Para complementar

Todos pela Educação.


Disponível em: https://www.
todospelaeducacao.org.br/. Estudante de uma escola do município de São Paulo chegando à escola. Note que a
Acesso em: 13 jul. 2021. guia da calçada é rebaixada. Isso facilita a circulação da cadeira de rodas usada pelo
No portal da Organização da estudante. Foto de 2017.
Sociedade Civil de Interesse Pú-
blico (Oscip) Todos pela Educa- 1 Em sua vizinhança, todas as crianças frequentam
ção, são disponibilizadas várias
a escola? Em caso negativo, responda: Saber
informações sobre a educação Ser
brasileira, como indicadores so- Você conhece essas crianças que não vão à escola?
ciais e metas para garantir o Sabe por que elas não podem ir? Respostas pessoais.
acesso universal à educação
básica. Há diversos materiais 2 Em sua opinião, por que é importante ir à escola? Escreva uma
interativos sobre práticas peda-
frase sobre isso. Depois, leia sua frase para a turma.
gógicas e reflexões acerca da
importância da educação como Resposta pessoal.
mecanismo de diminuição das
desigualdades sociais.

Saber Consciência social 126 cento e vinte e seis


Ser
y Atividade 1: Ao propor a re-
flexão sobre as crianças que
estão excluídas dos processos Orientações didáticas
AJ_CH2_PNLD23_C10_124a135_LA.indd 126 mas e princípios legais no qual todas as 7/3/21 5:59 PM

leis do país (federais, estaduais e muni-


de escolarização, a atividade y Desde a Constituição de 1834, a edu-
APOIO DIDÁTICO

favorece a empatia e o posicio- cação é um direito dos cidadãos brasi- cipais) devem se basear.
namento a respeito das normas leiros, assegurado também pela atual y Atividade 1: Cuide para que o assunto
sociais estabelecidas por lei. Constituição, promulgada em 1988. seja tratado com respeito. Se não hou-
ver relatos sobre os casos de crianças
y É importante que os estudantes saibam
que não frequentam a escola, comente
que o acesso à educação permite que
os cidadãos se tornem cada vez mais com os estudantes que no Brasil mui-
conscientes de seus direitos e da sua im- tas crianças e adolescentes estão fora
portância na sociedade, além de ser re- da escola. Isso acontece por diferentes
levante no processo de reconhecimento motivos, entre eles a necessidade de
de seu papel como sujeito histórico. trabalhar para complementar a renda
da família.
Roteiro de aula y Atividade 2: Oriente os estudantes a
y Após a leitura do texto didático, expli- compartilhar suas frases com os colegas
que aos estudantes que a Constituição da turma, incentivando-os a respeitar
é um documento com uma série de nor- todas as falas e ideias expostas.

AJ_CH2_PNLD23_C10_124Aa135A_MP.indd 126 7/31/21 12:42


A escola é de todos Capítulo 10 127
As atividades escolares
Na escola, as crianças podem usar o que já sabem para explorar HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NO TEMA “AS ATIVIDADES
conhecimentos novos e desenvolver habilidades. Também podem ESCOLARES”
aprender a conviver com pessoas e com ideias diferentes e pensar
» (EF02GE06) Relacionar o dia e
em maneiras de melhorar o mundo. Novos amigos surgem na escola a noite a diferentes tipos de ati-
e, com eles, as pessoas constroem parte de sua própria história. vidades sociais (horário escolar,
comercial, sono etc.).
1 Marque com um X as atividades que você realiza na escola. » (EF02HI02) Identificar e descre-
Resposta pessoal. ver práticas e papéis sociais que
 Adquire conhecimentos.  Convive com diversas pessoas. as pessoas exercem em diferen-
tes comunidades.
 Brinca com os colegas.  Respeita regras.

 Pratica esportes.  Aprende a encontrar solução COMPONENTE ESSENCIAL


para os problemas. PARA A ALFABETIZAÇÃO
 Faz amizades.
» Produção de escrita.
a. Desenhe, em uma folha avulsa de papel, a atividade escolar
que você mais gosta de realizar. Para casa
Desenho do estudante.
b. Por qual motivo você prefere essa atividade? y Atividade 2: A proposta pro-
Resposta pessoal. move a literacia familiar, mo-
mento em que os estudos são
2 Todos os dias você faz diversas atividades na escola, ou seja, retomados e aprofundados na
você tem uma rotina. companhia dos pais ou adultos
responsáveis.
• Faça uma lista das atividades de sua rotina escolar. Escreva
essas atividades na ordem em que elas acontecem em cada
dia da semana. Resposta pessoal.

Dia da semana Atividades realizadas

Segunda-feira

Terça-feira

Quarta-feira

Quinta-feira

Sexta-feira

cento e vinte e sete 127

Orientação didática
AJ_CH2_PNLD23_C10_124a135_LA.indd 127 belecimento de regras para o convívio 7/3/21 e procure identificar as razões que os
5:59 PM

coletivo, uma rotina diária, entre outros. levaram a escolhê-las. Essa reflexão
y O trabalho desenvolvido nessa página
APOIO DIDÁTICO
Assim, auxilie-os a responder às ativida- possibilitará a eles reconhecer a rotina
tem a intenção de provocar a reflexão
des da página, valorizando o respeito escolar e as relações que são construí-
dos estudantes acerca das atividades
às regras de convivência, fundamentais das nesse ambiente.
que realizam na escola, bem como do para o bom andamento da aula.
papel que desempenham no espaço y Atividade 2: Nessa atividade, que favo-
escolar.
y Atividade 1: Estimule os estudantes a rece habilidades de numeracia relacio-
refletir sobre as atividades que reali- nadas à ordenação cronológica de ati-
zam na escola, para que possam ele- vidades e ao preenchimento de tabelas,
Roteiro de aula
ger aquela que será representada no espera-se que os estudantes consigam
y Explique aos estudantes que a escola desenho. Durante a socialização dos organizar e sistematizar o conjunto de
reflete diferentes aspectos da vida em desenhos, converse com eles sobre as atividades que faz parte da rotina se-
sociedade: diversidade cultural, esta- atividades mais destacadas pela turma manal de cada um deles.

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128 Capítulo 10 A escola é de todos
A comunidade escolar
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Nas escolas atuais, não há apenas estudantes e professores.
NO TEMA “A COMUNIDADE
ESCOLAR” Para que a escola funcione, há muitas pessoas trabalhando.
» (EF02HI02) Identificar e descre- As fotos a seguir mostram algumas dessas pessoas.
ver práticas e papéis sociais que

Luciana Whitaker/Pulsar Imagens


as pessoas exercem em diferen-
tes comunidades.
» (EF02HI10) Identificar diferen-
tes formas de trabalho existen-
tes na comunidade em que vive,
seus significados, suas especifi- Merendeiras, no município
cidades e importância. de Iconha, Espírito Santo.
A comida dos estudantes é
preparada por merendeiras. Em
alguns lugares do Brasil, essas
profissionais são chamadas de
cozinheiras ou de cantineiras.
Foto de 2019.

Fernando Favoretto/Criar Imagem

Fernando Favoretto/Criar Imagem


Os diretores e os coordenadores Na secretaria da escola, trabalham os
pedagógicos administram a escola e profissionais responsáveis por organizar
organizam estudantes, professores e demais toda a documentação da comunidade
funcionários, para que tudo corra bem escolar. Geralmente, eles são chamados
durante as aulas. Conselho de classe no de secretários. Funcionária, no município
município de São Paulo. Foto de 2018. de São Paulo. Foto de 2018.

1 Na escola onde você estuda, há funcionários como os


citados acima? Em caso afirmativo, quais são os
nomes deles? Respostas pessoais.
2 Além desses funcionários, há outros profissionais que
trabalham na escola? Qual é a importância do trabalho
deles para o dia a dia na escola? O que eles fazem enquanto
vocês estão estudando? Respostas pessoais.

128 cento e vinte e oito

Orientação didática y Explique a eles que todos os funcioná-


AJ_CH2_PNLD23_C10_124a135_LA.indd 128 Essa reflexão foi iniciada no volume 1 7/3/21 5:59 PM

rios da escola participam do processo e, agora, é aprofundada para que os


yO objetivo da proposta desse tema
APOIO DIDÁTICO

é que os estudantes reflitam sobre a educativo e que, sem a presença deles, estudantes, além de reconhecerem es-
constituição da comunidade escolar, de seria muito mais difícil para os profes- ses trabalhadores, reflitam sobre a im-
modo a identificar pontos de integração sores e os estudantes realizarem suas portância deles na comunidade. Apro-
entre o grupo social da escola e o grupo atividades escolares. Essa é uma boa veite a oportunidade para promover
social da família. Dessa forma, a aborda- oportunidade para trabalhar conteú- atitudes de respeito e de solidariedade
gem privilegia o reconhecimento dos di- dos atitudinais de respeito e senso co- para com o trabalho de todos os fun-
ferentes papéis sociais desempenhados munitário. cionários, evidenciando que essas ati-
pelas pessoas da comunidade. y Atividades 1 e 2: O objetivo das ativida- tudes são fundamentais tanto nas prá-
des é mostrar aos estudantes que mui- ticas públicas quanto na esfera privada.
Roteiro de aula tas pessoas participam da comunidade Após a leitura do texto, explique aos
y Pergunte aos estudantes quem são os escolar. É importante que eles identi- estudantes que os pais ou responsáveis
funcionários da escola em que estu- fiquem os diversos trabalhadores que também participam da comunidade
dam, seus nomes e suas funções. Se compõem o corpo de funcionários da escolar, pois têm o direito e o dever de
necessário, auxilie-os para que nenhum escola, como: professores, coordenado- acompanhar o desenvolvimento social,
funcionário seja esquecido. res, zeladores, porteiros, faxineiros, etc. cognitivo, emocional e físico deles.

AJ_CH2_PNLD23_C10_124Aa135A_MP.indd 128 7/31/21 12:42


A escola é de todos Capítulo 10 129
As famílias na escola
As famílias dos estudantes também fazem parte da comunidade
escolar. Há lugares em que as famílias que moram na vizinhança
das escolas participam das atividades escolares.
Os adultos das famílias que têm crianças na escola
participam de reuniões com os professores para acompanhar o
desenvolvimento dos estudantes. Também podem participar das
comemorações realizadas pela escola e ajudar em excursões e em
outras atividades.
Há casos em que as famílias se organizam em associações de
pais e responsáveis. Veja as fotos e leia as legendas.

Arquivo/Folhapress

Cesar Diniz/Pulsar Imagens


Reunião da Associação de Pais e Mestres Reunião da associação de mulheres
(APM) em escola pública do município líderes quilombolas na E. E. Quilombola
de São Paulo. Foto de 1980. Ainda hoje, Professora Tereza Conceição de Arruda,
é comum a organização de grupos no município Nossa Senhora do
formados por pais e professores. Livramento, Mato Grosso. Foto de 2020.

3 Na escola onde você estuda:


a. Há atividades que possibilitam a participação das famílias?
Em caso afirmativo, dê exemplos.
Resposta pessoal.

b. Há algum tipo de associação de pais e responsáveis? Em caso


afirmativo, anote o nome dessa associação.
Resposta pessoal.

cento e vinte e nove 129

y Peça aos estudantes que descrevam


AJ_CH2_PNLD23_C10_124a135_LA.indd 129 escolares, destacando a importância 7/10/21 8:00 AM

as fotos da página, que mostram conti- dessa interação.


APOIO DIDÁTICO

nuidades ou transformações (de acor- y Atividade 3: O objetivo dessa atividade


do com a realidade escolar) na relação é estimular os estudantes a reconhecer
entre família e escola. Para que os es- os momentos de integração entre os dois
tudantes possam identificar essa histo- grupos sociais apresentados e identificar
ricidade, oriente-os a comparar as situa- as atitudes cidadãs resultantes dessa
ções retratadas com o cotidiano escolar relação. Se houver associação de pais e
que vivenciam. mestres organizada na escola, verifique
y Converse com eles sobre a participa- a possibilidade de a turma acompanhar
ção dos pais ou responsáveis nas reu- uma de suas reuniões, para explorar as
niões com os professores e coorde- funções dela e os impactos que as ações
nadores, nas festas e outros eventos propostas têm no cotidiano escolar.

AJ_CH2_PNLD23_C10_124Aa135A_MP.indd 129 7/31/21 12:42


130 Capítulo 10 A escola é de todos
Escola amiga da natureza
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Não importa o tipo da escola: todas elas devem ensinar valores
NO TEMA “ESCOLA AMIGA DA
NATUREZA” e conteúdos essenciais à formação de seres humanos capazes de
construir um mundo melhor.
» (EF02GE07) Descrever as ativi-
dades extrativas (minerais, agro- Um dos muitos aprendizados importantes que podemos
pecuárias e industriais) de dife- receber na escola é a educação ambiental, que ensina meios para
rentes lugares, identificando os
impactos ambientais. cuidar bem dos lugares onde vivemos.
» (EF02GE11) Reconhecer a impor- A educação ambiental ensina alternativas para atender às
tância do solo e da água para a necessidades humanas no presente, reduzindo os problemas que
vida, identificando seus diferen-
tes usos (plantação e extração de
afetam a natureza e que podem prejudicar as condições de vida da
materiais, entre outras possibilida- população atual e a do futuro.
des) e os impactos desses usos no
Acompanhe a leitura do texto abaixo que será feita pelo
cotidiano da cidade e do campo.
professor. Ele apresenta o exemplo do Colégio Estadual Olinda
» (EF02HI11) Identificar impactos
no ambiente causados pelas dife- Truffa de Carvalho, em Cascavel, Paraná. Nessa escola, os estudantes
rentes formas de trabalho existen- colocam em prática aprendizados de educação ambiental.
tes na comunidade em que vive.

[…]

Hedeson Alves/Arquivo Seed/Agência de Notícias do Paraná


COMPONENTES ESSENCIAIS Estudantes e professores
PARA A ALFABETIZAÇÃO
desenvolveram um sistema
» Compreensão de textos. de captação de água da chuva,
» Consciência fonológica e fonêmica. por meio de uma cisterna e um
» Desenvolvimento de vocabulário. sistema de calhas, para irrigação
da horta da escola e também para
limpeza das calçadas e ginásio de
esporte.
“Iniciativas como essa são Cisterna utilizada na captação de água
fundamentais para promover a das chuvas no Colégio Estadual Olinda
Truffa de Carvalho, no município de
conscientização dos estudantes, além Cascavel, Paraná. Foto de 2014.
de servir de incentivo e exemplo à
comunidade escolar. Ações simples Reciclável: que pode ser transformado
como não desperdiçar água, cultivar em um novo objeto.

áreas verdes, preferir produtos


recicláveis podem fazer a diferença. A mudança de atitudes em relação ao
planeta começa em cada um de nós”, lembrou a diretora Sandra Bolzon.
Escolas estaduais dão lição de sustentabilidade. Agência de Notícias do Paraná,
10 abr. 2017. Disponível em: http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.
php?storyid=93436&tit=Escolas-estaduais-dao-licao-de-sustentabilidade.
Acesso em: 17 mar. 2021.

130 cento e trinta

Orientação didática Roteiro de aula


AJ_CH2_PNLD23_C10_124a135_LA.indd 130 caixas-d’água, por sua vez, são reserva- 7/10/21 8:00 AM AJ_C

tórios para guardar a água proveniente


yA temática da educação ambiental y Inicie o estudo do tema perguntando
APOIO DIDÁTICO

perpassa diferentes documentos nor- aos estudantes o que eles acham que é da rede pública ou de outras fontes de
mativos sobre a Educação no Brasil. A uma escola amiga da natureza. Em se- abastecimento.
lei n. 9 795, de 1999, define a educação guida, leia o texto da página, que explica y Atividade 2: Ao dar um exemplo con-
ambiental como “os processos por meio a importância da educação ambiental creto, espera-se levar os estudantes a
dos quais o indivíduo e a coletividade nas escolas. Esse tema permitirá que os refletir sobre as medidas que podem
constroem valores sociais, conheci- estudantes reflitam sobre os impactos ser tomadas na escola para reduzir os
mentos, habilidades, atitudes e com- das atividades humanas no ambiente e o impactos negativos no meio ambiente
petências voltadas para a conservação papel da escola na formação do cidadão (como a produção de lixo, o desperdí-
do meio ambiente, bem de uso comum consciente das questões ambientais. cio de água, entre outros). Valorize as
do povo, essencial à sadia qualidade de y Atividade 1: Auxilie os estudantes a en- práticas e os hábitos que visem à pre-
vida e sua sustentabilidade” e seu texto contrar, no texto, as ações para cuidar servação do meio ambiente.
pode ser consultado na íntegra no site da natureza. Comente com eles que y Atividade 3: Deixe que os estudantes
disponível em: http://www.planalto.gov. cisternas são reservatórios (construí- manifestem suas opiniões com relação
br/ccivil_03/leis/l9795.htm (acesso em: dos ou comprados) para armazenar ao uso, ao desperdício e à economia de
13 jul. 2021). a água captada das chuvas e que as água. Em seguida, reforce a necessidade

AJ_CH2_PNLD23_C10_124Aa135A_MP.indd 130 7/31/21 12:42


3. Integre conhecimentos de Ciências, mostrando aos estudantes que, embora seja um recurso
natural renovável, a água deve ser usada com consciência. A escola é de todos Capítulo 10 131
1 O texto da página anterior aponta quais ações para cuidar
da natureza?
Atividade complementar
Aproveitar a água da chuva, não desperdiçar água, cultivar áreas verdes, preferir y Pergunte aos estudantes quais
são os hábitos de consumo de-
produtos recicláveis. les, de seus pais ou responsáveis
ou de seus familiares fora da es-
2 Na escola onde você estuda, são praticadas algumas dessas cola. Estimule-os a refletir sobre
quais medidas podem ser toma-
ações? Em caso afirmativo, dê exemplos. das em casa e na vizinhança vi-
sando contribuir para a preser-
Resposta pessoal.
vação da natureza.

Saber
Ser
Autoconsciência
3 Em sua opinião, qual é a importância de aproveitar a água da y Atividade 4b: A reflexão so-
chuva para irrigar hortas ou limpar calçadas, por exemplo? bre o uso racional dos materiais
escolares, em vista da necessá-
4 Analise esta sequência de imagens com o auxílio do ria preservação ambiental, per-
mite aos estudantes compreen-
professor. der normas e valores e adotar
atitudes otimistas em relação

Ilustrações: Vanessa Alexandre/ID/BR


aos próprios hábitos.

4a. A sequência de imagens mostra a extração de madeira que será usada como
a. O que você entendeu dela? matéria-prima na fabricação de lápis e cadernos.
b. Como é possível usar os materiais escolares de uma
Saber
maneira que evite o corte excessivo de árvores? Ser
Utilizando-os com consciência, evitando o desperdício.
Para e
xplorar

Ensinar e Aprender. Educação ambiental essencial. Direção: Antonio Gonzalez. Brasil,


MultiRio, 2015 (14 min 30 s). Disponível em: http://www.multirio.rj.gov.br/assista/index.
php/163-educacao-ambiental-essencial. Acesso em: 9 jul. 2021.
Nesse vídeo, o professor Lúcio Teixeira, do Ciep Francisco Cavalcante Pontes de Miranda,
em Campo Grande, Rio de Janeiro, mostra o trabalho que desenvolve com os estudantes
sobre noções de reciclagem, economia de energia e reaproveitamento de água da chuva.

cento e trinta e um 131

:00 AM de implementar ações para evitar a es-


AJ_CH2_PNLD23_C10_124a135_LA.indd 131 7/10/21 8:01 AM

cassez de água potável.


y Atividade 4: O objetivo dessa atividade APOIO DIDÁTICO
é estimular a observação e a leitura de
imagem e valorizar as ações voltadas
para a preservação do meio ambiente.
Espera-se que os estudantes compre-
endam que a sequência de imagens
mostra o processo produtivo de alguns
materiais escolares, desde a extração
da madeira, passando pela transfor-
mação industrial, até a sua forma final.
Espera-se, que eles se sensibilizem para
a importância do reaproveitamento dos
materiais escolares ao longo dos anos,
evitando, assim, o desperdício dos re-
cursos naturais.

AJ_CH2_PNLD23_C10_124Aa135A_MP.indd 131 7/31/21 12:42


132 Capítulo 10 A escola é de todos

Vamos ler imagens!


HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO VAMOS LER
IMAGENS! Elementos visíveis e elementos não
» (EF02GE04) Reconhecer seme-
lhanças e diferenças nos hábitos,
visíveis nas fotografias
nas relações com a natureza e no
modo de viver de pessoas em di-
ferentes lugares. Nas fotografias, podemos ver retratados vários elementos,
» (EF02GE06) Relacionar o dia e como prédios, casas, matas, porteiras, lagos, pessoas e animais.
a noite a diferentes tipos de ati- Esses são os elementos visíveis da imagem. Ao visualizar esses
vidades sociais (horário escolar,
comercial, sono etc.).
elementos em uma fotografia, podemos usar a imaginação ou a
memória e associá-los a sons e cheiros, por exemplo. Por meio de
» (EF02GE08) Identificar e ela-
borar diferentes formas de re- uma fotografia, também podemos fazer suposições sobre o modo
presentação (desenhos, mapas de vida de quem mora no lugar retratado.
mentais, maquetes) para repre-
sentar componentes da paisa- Observe nesta foto alguns elementos visíveis identificados.
gem dos lugares de vivência.
» (EF02HI11) Identificar impactos A
no ambiente causados pelas di-
ferentes formas de trabalho exis- casas
tentes na comunidade em que
vive.
árvore

escola

carros

Rubens Chaves/Pulsar Imagens


pessoas

avenida
Escola de Educação de Tempo Integral Tarsila do Amaral
no município de Itapevi, São Paulo. Foto de 2020.

Além dos elementos visíveis, podemos ainda supor informações


que não vemos na fotografia:
• o grande número de pessoas que trabalham ou vivem em
prédios;
• os diversos sons – de motores e buzinas de veículos ou de
pessoas conversando, por exemplo;
• os cheiros – como o cheiro de fumaça do escapamento dos
veículos;

132 cento e trinta e dois

Orientação didática y Atividade 1: Espera-se que os estudan-


AJ_CH2_PNLD23_C10_124a135_LA.indd 132 lugar, destacam-se o cheiro dos animais 7/3/21 5:59 PM AJ_C

tes identifiquem que o lugar retratado se (localizados próximos e na própria es-


y Nessa seção, o objetivo é exercitar a
APOIO DIDÁTICO

localiza na área rural, onde há muita ve- trada de terra, por exemplo), das flores
observação dos estudantes de ele-
getação, provavelmente animais no pas- e do mato, entre outros. Por fim, os es-
mentos presentes em fotos de paisa-
to, entre outros aspectos. Há uma escola tudantes poderão mencionar o pouco
gens dos lugares de vivência. Ao mes-
rural, com um pátio ao redor, enquanto movimento de pessoas e veículos, o tra-
mo tempo, busca-se levá-los a supor
não é possível saber exatamente como balho no campo, a proximidade com a
a existência de outros elementos que é a vizinhança do local. Os estudantes
não estão ou que não são visíveis nes- natureza e o convívio com os vizinhos.
poderão mencionar, ainda, alguns sons
se tipo de fotografia. possíveis de ouvir no espaço mostrado: y Atividade 2: Caso os estudantes mo-
o som de pássaros e de outros animais, rem em uma área urbana, o lugar onde
Roteiro de aula vivem será mais parecido com o mos-
do vento nas árvores, eventualmente o
y Promova a leitura em voz alta do texto; som do motor de algum automóvel e trado na foto A, ou seja, um espaço ur-
em seguida, auxilie a turma a compreen- de algumas pessoas conversando ao bano. Se viverem em área rural, o lugar
der as marcações realizadas na análise passar pela estrada. Além disso, entre será mais parecido com o da foto B,
da imagem. os cheiros que podem ser sentidos no que mostra um espaço rural.

AJ_CH2_PNLD23_C10_124Aa135A_MP.indd 132 7/31/21 12:42


A escola é de todos Capítulo 10 133
• o uso do transporte coletivo para o deslocamento das pessoas;
• a importância da energia elétrica para a vida urbana – o que se Atividade complementar
concluir pelos postes, pelas fiações e pelos sinais de trânsito; y Leia com os estudantes o texto
• a existência de pessoas que trabalham em lojas e em outros que vem a seguir e, depois, peça
a eles que desenhem, em uma
estabelecimentos comerciais locais retratados e de pessoas folha de papel avulsa, a paisa-
que prestam serviços para atender à vizinhança, como gem descrita no texto (o sítio da
avó da personagem). Com base
professores, taxistas, médicos, dentistas e guardas de trânsito.
nos desenhos, discuta quais são
os elementos visíveis da paisa-
Agora é a sua vez gem que foram extraídos do
texto e transpostos para os de-
1 Observe esta foto e, depois, responda às questões a seguir. senhos. Em seguida, converse
com os estudantes sobre os ele-
mentos descritos no texto que

Luciano Queiroz/Pulsar Imagens


B não puderam ser representados
no desenho (odores, sons, sen-
sações). Essa atividade trabalha
o conteúdo da seção e permite
que os estudantes desenvolvam
a habilidade EF02GE08, além de
auxiliar no desenvolvimento de
habilidades de Arte e de Língua
Portuguesa.
Texto para a atividade: Todo
início de férias é a mesma coisa:
enchemos o carro com as malas,
pegamos a estrada e, aos pou-
cos, a cidade vai ficando para
Escola Rural Municipal Bela Vista no município de São Félix do Tocantins, trás. Ao chegar ao sítio da minha
Tocantins. Foto de 2019. avó, vou correndo ver se meu lu-
1a. É um lugar com vegetação nas proximidades da escola, a área em volta da gar preferido continua como era
a. Como é o lugar retratado nessa foto? construção é de terra batida e no ano anterior. E todo ano está
há um calçamento que leva à igualzinho! Lá do alto do morro
b. O que há ao redor da escola? entrada da escola. consigo ver o caminho de terra
Árvores, área com vegetação, chão de terra e caminhos. que desce até o riacho. Ao lon-
c. Como você imagina que é a via de circulação do lugar? go desse caminho, dá para sentir
Resposta pessoal. o cheiro das mangas já madu-
d. As pessoas que estudam ou trabalham nessa escola ras, do pé de limão e da grama
provavelmente ouvem quais sons? pisoteada. Lá embaixo, o riacho
cheio de peixinhos com a água
e. E quais cheiros elas devem sentir? Os estudantes podem mencionar o cheiro bem gelada! Sento na beira, re-
de grama, de frutos das árvores, de terra, entre outros. fresco meus pés, e fico ouvindo
f. Como você imagina que é a rotina das pessoas que vivem em os passarinhos e o barulho das
folhas das árvores balançando.
um lugar como esse? Que delícia de verão! (Texto para
Resposta pessoal.
fins didáticos.)
2 Agora, pense na escola onde você estuda. Ela é mais parecida
com o lugar retratado na foto A ou com o lugar retratado na
foto B? Por quê? Respostas pessoais.
1d. Os estudantes podem mencionar o som de pássaros e de outros animais, o som do vento
passando pelas árvores e, eventualmente, o som do motor de algum veículo. cento e trinta e três 133

59 PM AJ_CH2_PNLD23_C10_124a135_LA.indd 133 7/10/21 8:01 AM

APOIO DIDÁTICO

AJ_CH2_PNLD23_C10_124Aa135A_MP.indd 133 7/31/21 12:42


134 Capítulo 10 A escola é de todos

re
Aprender semp
HABILIDADES AVALIADAS NA
SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF02HI02) Identificar e descre- 1 Leia o trecho do texto a seguir, sobre os direitos das crianças.
ver práticas e papéis sociais que
as pessoas exercem em diferen-
tes comunidades. […]
» (EF02HI03) Selecionar situações O Estatuto da Criança e do Adolescente é a lei que garante a proteção
cotidianas que remetam à per- integral à criança e ao adolescente. Ela considera criança a pessoa com até 12
cepção de mudança, pertenci-
mento e memória. anos incompletos, e adolescente aquela entre 12 e 18 anos. Apenas em casos
» (EF02HI10) Identificar diferen- excepcionais essa lei se aplica às pessoas entre 18 e 21 anos.
tes formas de trabalho existen- De acordo como o ECA, todas as
tes na comunidade em que vive,
seus significados, suas especifi-
crianças e adolescentes
cidades e importância. têm os seguintes direitos

Alex Rodrigues/ID/BR
fundamentais: à vida e
COMPONENTES ESSENCIAIS à saúde, à liberdade, ao
PARA A ALFABETIZAÇÃO respeito e à dignidade,
» Compreensão de textos. à convivência familiar
» Consciência fonológica e fonêmica. e comunitária, à
» Produção de escrita. educação, à cultura,
ao esporte e ao lazer,
Saber
Ser
Consciência social à profissionalização e à
y Atividade 1b: O item b per- proteção no trabalho.
mite a turma se colocar no
lugar do outro, observar com
empatia a restrição de direi- 13 de julho: aniversário do ECA. Turminha do MPF – Ministério Público Federal.
tos de outras crianças e po- Disponível em: http://turminha.mpf.mp.br/explore/direitos-das-criancas/20-anos-do-
sicionar-se de forma a criar eca/eca-aniversario. Acesso em: 17 maio 2021.
possíveis soluções. 1a. Direito à vida e à saúde, à liberdade, ao respeito e à dignidade, à convivência familiar e comunitária,
à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer, à profissionalização e à proteção no trabalho.
a. Quais são os direitos fundamentais das crianças e dos
adolescentes de acordo com o ECA? Converse com os
colegas e o professor e compartilhem suas respostas.
Saber
b. Os direitos das crianças são sempre respeitados? Ser
Explique sua resposta com exemplos. Resposta pessoal.

2 Infelizmente, nem todas as crianças do Brasil frequentam


a escola. O que você pensa a respeito disso? Quais são as
consequências de uma criança não frequentar a escola? Como
essa situação poderia ser resolvida? Respostas pessoais.

134 cento e trinta e quatro

Roteiro de aula
AJ_CH2_PNLD23_C10_124a135_LA.indd 134
yO ECA reflete os mesmos pontos que 7/10/21 8:02 AM

foram discutidos nessa declaração. Diga


y Atividade 1: Comente com os estudan-
APOIO DIDÁTICO

tes que, em 1959, durante a Assembleia aos estudantes que, ainda assim, muitas
Geral das Nações Unidas, representan- crianças não têm acesso a todos esses
tes de diversos países aprovaram a De- direitos.
claração dos Direitos da Criança, cujo y Atividade 2: Estimule os estudantes a
objetivo é assegurar a todas as crianças pensar em alternativas que possibilitem
direitos como: acesso à educação de a todos o acesso à educação. Promova
qualidade, à moradia, à saúde, ao lazer também a reflexão sobre o papel dos
e à cultura, entre outros. governos em garantir esse acesso.

AJ_CH2_PNLD23_C10_124Aa135A_MP.indd 134 7/31/21 12:42


A escola é de todos Capítulo 10 135
3 Vocês vão conhecer melhor a escola onde estudam.
a. Com a orientação do professor, conversem com os
funcionários da escola para completar a ficha abaixo. Saber Autogestão
Ser
Respostas pessoais. y Atividade 4: A proposta per-
mite aos estudantes compreen-

ID/BR
Nome completo da escola. der a importância de gerenciar
o estresse, os medos e os de-
safios, bem como de praticar a
empatia, colocando-se no lugar
do outro em mesma situação.
Endereço da escola.

Ano de fundação da escola.

Número atual de estudantes.

Número atual de professores.

b. Como era a escola no passado? Pesquisem fotos antigas da


escola onde vocês estudam, na biblioteca ou na secretaria da
escola. Anotem a data de cada foto. Se não for possível fazer
cópias das imagens, observem cada uma e façam um desenho
que represente a escola no passado. Atividade de pesquisa.

• Afixem as fotos ou os desenhos no mural da sala de aula


e observem as imagens que as outras duplas trouxeram.
Compartilhem os resultados da pesquisa em uma roda
de conversa.
4 Chegar a uma nova escola, onde não conhecemos Saber
ninguém, pode provocar alguns sentimentos. Ser
a. Você se lembra de seu primeiro dia de aula? Como
você se sentiu? Você conversou com algum colega?
Respostas pessoais.
b. Imagine que um novo estudante, que não conhece ninguém,
começou a estudar em sua sala. Você faria algo para ajudá-lo
a se enturmar? O quê? Respostas pessoais.

cento e trinta e cinco 135

y Atividade 3: Sugere-se consultar a co-


AJ_CH2_PNLD23_C10_124a135_LA.indd 135
y Atividade 4: Incentive os estudantes
7/10/21 8:02 AM

ordenação escolar previamente para a refletir sobre como gostariam de ser


APOIO DIDÁTICO
verificar a existência e a disponibilida- recebidos pelos colegas em uma nova
de de registros, como fotografias, livros escola. Questione-os como podem,
ata, etc., que possam fornecer subsídios após a atividade, recepcionar os novos
para a realização da atividade. No dia da colegas, apresentando-lhes os profes-
realização da atividade, auxilie os estu- sores, os funcionários, os colegas, os
dantes a identificar as informações soli- locais importantes da escola, para que
citadas e a produzir as cópias ou os de- possam se sentir bem-vindos.
senhos relacionados à história da escola.

AJ_CH2_PNLD23_C10_124Aa135A_MP.indd 135 7/31/21 12:42


135A Conclusão do capítulo 10

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 10
Sugestões para a avaliação formativa
1. Este capítulo tem como tema central a escola e a educação. Vistos como organismos plurais, que envolvem apren-
dizagem, socialização, direitos constitucionais e profissionais, o tema possibilita aos estudantes refletir sobre as
próprias experiências, além de se posicionar positivamente na reversão da desigualdade de acesso à educação.
2. A seção Aprender sempre, do Livro do Estudante, recupera e aprofunda o conteúdo trabalhado ao longo do capí-
tulo e favorece, portanto, a verificação da aprendizagem e as estratégias de recuperação de defasagens.
3. A atividade 1 dessa seção apresenta um texto sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e trabalha os
direitos das crianças previstos nesse documento. Nesse sentido, o reconhecimento desses direitos pode propiciar
a avaliação de aspectos da habilidade EF02HI02. Além disso, o texto permite a avaliação da habilidade de literacia
relacionada à compreensão de textos.
4. Na atividade 2, retoma-se a discussão sobre a escola e o acesso à educação, tangenciando aspectos da habilidade
EF02HI01 relacionados ao reconhecimento da escola como instituição e espaço de aprendizagens e sociabilidade,
além de destacar a importância da inclusão de grupos e indivíduos historicamente marginalizados.
5. A atividade 3 trabalha com a identificação de informações relativas à instituição e à comunidade escolar, permitindo
a avaliação da habilidade EF02HI02, bem como com uma pesquisa da história da escola, mobilizando, assim, as
habilidades EF02HI03, EF02HI04 e EF02HI05.
6. Para reforçar o trabalho com as habilidades EF02HI01 e EF02HI02, a atividade 4 propõe como situação-problema
a chegada de um novo estudante à sala de aula, para que os estudantes reflitam acerca das dinâmicas de socia-
bilidade características do espaço escolar e exercitem a empatia.

Atividade de remediação
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no desenvolvimento das habilidades EF02HI02 e EF02HI03, bem
como ampliar a discussão proposta na atividade 4, sugira aos estudantes a produção de cartazes de acolhimento
a novos membros da comunidade escolar.
• Antes da atividade, faça uma roda de conversa com os estudantes retomando os conteúdos trabalhados: quem
são os membros da comunidade escolar e quais são os papéis que desempenham na escola. A seguir, converse
com eles sobre quais seriam as atitudes que poderiam contribuir para o acolhimento dos novos membros da co-
munidade escolar e quais as que poderiam prejudicar esse acolhimento.
• Os cartazes devem ser produzidos com textos explicativos sobre os espaços da escola, a quem os novos estu-
dantes podem recorrer para resolver dúvidas, e as características mais marcantes dos colegas de sala de aula.
O objetivo da atividade é perceber as mudanças inerentes ao processo de crescimento, identificar os papéis e os
trabalhos exercidos por aqueles que são responsáveis pela escola, além de estimular atitudes empáticas.
• Auxilie os estudantes na elaboração desses cartazes e, após a confecção deles, verifique com a coordenação
escolar a possibilidade de expor esses cartazes em espaços comuns da escola, onde possam ser vistos por todos
os membros da comunidade escolar.

AJ_CH2_PNLD23_C10_124Aa135A_MP.indd 135 8/2/21 12:00


A convivência na escola Capítulo 11 136A

CAPÍTULO 11 A CONVIVÊNCIA NA ESCOLA

Objetivos pedagógicos
1. Aprofundar a discussão sobre a escola como um espaço de aprendizagem e de sociabilização.
2. Discutir os papéis desempenhados pelos diferentes indivíduos que compõem a comunidade escolar.
3. Discutir as normas de convivência que regem o espaço escolar e o cotidiano dos indivíduos que o compõem.
4. Enfatizar a importância do respeito na interação entre grupos e indivíduos, incentivando a adoção de posturas éticas, res-
ponsáveis e construtivas nas relações interpessoais.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Neste capítulo, os estudantes vão aprofundar suas reflexões sobre a convivência escolar de modo a identificar a escola
como espaço de convívio público, no qual lhes serão apresentados papéis sociais diferentes daqueles relacionados ao grupo
doméstico. Esse trabalho foi iniciado no volume 1 e é retomado, continuamente, ao longo deste volume, cada vez que a escola
se apresentar como objeto de análise, porém a questão da convivência será o contexto condutor da análise, e as relações es-
tabelecidas entre os diferentes sujeitos da comunidade escolar serão identificadas e problematizadas, com foco na formação
cidadã.

O capítulo desenvolve os objetos de conhecimento relacionados à compreensão das experiências na comunidade e à re-
presentação espacial; contempla, também, a noção do “outro” e do “eu, ao conduzir à reflexão sobre as interações do espaço
escolar e a comunidade, sobre o tempo como medida e sobre a relação dos estudantes com a natureza.

Como em outros momentos da coleção, o capítulo explora a literacia familiar, o vocabulário e a interpretação de textos,
essenciais para a consolidação da habilidade leitora.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 6, 8, 9 e 10

Competências específicas de Ciências Humanas para o


2, 6 e 7
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


1, 2, 3, 5, 6 e 7
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


3e4
Fundamental

Habilidades de Geografia EF02GE02, EF02GE08 e EF02GE10

Habilidades de História EF02HI01, EF02HI02, EF02HI03 e EF02HI10

AJ_CH2_PNLD23_C11_136Aa145A_MP.indd 136 8/2/21 12:02


136 Capítulo 11 A convivência
na escola

Ilustrador: Daniel Wu/ID/BR; fotografias: Istock/ID/BR


HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF02HI01) Reconhecer espa-
ços de sociabilidade e identificar
os motivos que aproximam e se-
param as pessoas em diferentes
grupos sociais ou de parentesco.
» (EF02HI02) Identificar e descre-
ver práticas e papéis sociais que
as pessoas exercem em diferen-
tes comunidades.
» (EF02HI03) Selecionar situações
cotidianas que remetam à per-
cepção de mudança, pertenci-
mento e memória.

Atividade complementar
y Se julgar oportuno, peça aos
estudantes que façam um dese-
nho sobre o cotidiano deles na
escola. Depois, solicite-lhes que
compartilhem com a turma os
eventos representados no dese-
nho. Os aspectos levantados por
eles, nesse momento, podem ser
retomados ao longo do capítulo
sempre que julgar pertinente.

136

Orientação didática abertura do capítulo antes de iniciar as


AJ_CH2_PNLD23_C11_136a145_LA.indd 136
y Atividade 3: Crie um ambiente acolhe- 7/10/21 8:16 AM AJ_C

atividades propostas. dor para que os estudantes expressem


y Ao
APOIO DIDÁTICO

longo do capítulo, os estudantes


livremente seus pensamentos e senti-
terão a oportunidade de aprofundar a y Atividade 1: A interpretação de ima-
mentos em relação à escola. Tanto os
compreensão sobre o espaço escolar e gens passa pelo levantamento de hi-
póteses. Assim, nessa atividade, os aspectos positivos como os negativos
as funções desse ambiente em sua vida
devem ser acolhidos e problematiza-
e sobre as relações que devem ser cul- estudantes são levados a praticar suas
dos com os estudantes. Espera-se que
tivadas nesse contexto com seus dife- habilidades de interpretação de fontes.
eles percebam que, na escola, ocorre
rentes atores. y Atividade 2: Se considerar necessá- a aprendizagem de conhecimentos de
rio, auxilie os estudantes a identificar diferentes áreas do saber, assim como
Roteiro de aula os aspectos da rotina escolar deles e a as aprendizagens de valores humanos,
y Peça aos estudantes que observem compará-los com as atividades repre- como o respeito, a solidariedade, a em-
com atenção a imagem das páginas de sentadas na ilustração. patia, a amizade, a justiça, entre outros.

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A convivência Capítulo 11 137
na escola

Saber Autoconsciência
UL

111
APÍT O
A convivência
Ser

C y Atividade 3: A reflexão sobre


o espaço escolar permite aos

na escola estudantes o conhecimento de


si mesmos, suas limitações e
suas possibilidades e a adoção
de uma perspectiva otimista.
Ao longo de nossa vida,
fazemos parte de muitos grupos: a
família e a comunidade, os amigos,
os vizinhos, entre outros. Na escola
também fazemos parte de um
grupo: o grupo da comunidade
escolar. Colegas de turma,
professores, funcionários da escola,
pais e familiares são pessoas que
também fazem parte desse grupo.

Para começo de conversa


Respostas pessoais.
1 Você sabe dizer o que essa
ilustração está mostrando?
Como você chegou a essa
conclusão?
2 Como é seu cotidiano na
escola? É parecido com o que
está representado nessa cena?
3 Do que você mais gosta
na escola? E do que você Saber
Ser
menos gosta? Por quê?

Crianças em sala de aula.

cento e trinta e sete 137

:16 AM AJ_CH2_PNLD23_C11_136a145_LA.indd 137 7/3/21 6:45 PM

APOIO DIDÁTICO

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138 Capítulo 11 A convivência
na escola
Colegas de turma
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Na maior parte do tempo em que está na escola, você
NO TEMA “COLEGAS
DE TURMA” convive com os colegas da sala de aula. Cada um deles
tem gostos, opiniões, vontades, atitudes e comportamentos
» (EF02HI01) Reconhecer espaços
de sociabilidade e identificar os próprios.
motivos que aproximam e sepa- Porém, o que cada colega faz na sala de aula, como se
ram as pessoas em diferentes gru-
pos sociais ou de parentesco. comporta e como participa das atividades pode contribuir para o
» (EF02HI03) Selecionar situa-
aprendizado de todos ou pode atrapalhar esse aprendizado.
ções cotidianas que remetam à A tira a seguir mostra uma situação na sala de aula onde
percepção de mudança, perten-
cimento e memória.
estudam as personagens Calvin e Susie. Leia-a.

Calvin & Hobbes, Bill Watterson © 1986 Watterson / Dist. by


Andrews McMeel Syndication
Saber Habilidades de
Ser
relacionamento
y Atividade 2: A proposta fa-
vorece a compreensão das li-
mitações e potencialidades de
cada estudante, bem como o
uso de habilidades para o de-
senvolvimento das relações in-
terpessoais no espaço da sala
de aula.
Bill Watterson. Calvin & Haroldo, 1986.

1 Agora, responda às questões.


a. Qual é a situação retratada nessa tira?
Calvin está pedindo as respostas de uma atividade individual para Susie.
b. Em sua opinião, a atitude de Calvin é correta? Por quê?
Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes respondam que não.
c. Você sabe os resultados das operações que Calvin deveria
fazer individualmente? Tente resolvê-las.
Integre essa atividade com a disciplina de Matemática, auxiliando os estudantes a

realizar as adições. Os resultados são, respectivamente, 19 e 7.

2 Na sala de aula, os estudantes são diferentes uns Saber


dos outros. Mas, juntos, formam um grupo único. Ser
Dê sua opinião sobre as questões a seguir. Respostas pessoais.
a. Qual é o objetivo de todos os estudantes na sala de aula?
b. O que é preciso para que esse objetivo seja alcançado?
c. Ao realizar trabalhos em grupo, há divisão das tarefas?

138 cento e trinta e oito

Roteiro de aula ser pautada por valores como respei-


AJ_CH2_PNLD23_C11_136a145_LA.indd 138 os assuntos estudados. O item c pode ser 7/10/21 8:16 AM AJ_C

to às regras e aos colegas. No item b, realizado de modo integrado com Mate-


y Peça aos estudantes que deem exem-
APOIO DIDÁTICO

plos de atitudes de desrespeito que, é importante que a turma avalie que mática. Para isso, retome com a turma as
a atitude de pedir respostas aos co- orientações sobre a operação de adição.
possivelmente, possam ocorrer na sala
legas durante uma avaliação indivi-
de aula e de atitudes que auxiliam no
dual prejudica tanto o desempenho do
y Atividade 2: Espera-se que os estu-
processo de ensino e aprendizagem. dantes identifiquem a aprendizagem
estudante que solicita a “cola” quanto o
Pergunte a eles se alguma vez a dúvida como o objetivo comum a ser alcança-
desempenho do colega solicitado. Essa
de um colega os ajudou a entender de- do. Além disso, é importante que eles
atitude burla os combinados estabele-
terminado conteúdo, se já aprenderam percebam o ambiente escolar como
cidos para a atividade de avaliação em
com os colegas nos debates conjuntos questão. Aproveite o momento para dia- espaço de sociabilidade. Nele, são de-
ou nos trabalhos em grupo, etc. logar com a turma sobre a importância senvolvidos laços de cooperação e de
y Atividade 1: Leia a tira e pergunte aos das avaliações durante o processo de respeito mútuo. No item c, trabalhe
estudantes se a atitude de Calvin é aprendizagem. Deve ficar claro para eles com o valor cooperação. Explique-lhes
adequada para a boa convivência em que as avaliações não pretendem ser que a cooperação é um ato de intera-
sala de aula. Comente que a manu- punitivas, mas, sim, um meio de verificar ção humana em que os indivíduos, em
tenção da boa convivência, tanto na quais conteúdos foram aprendidos e de um grupo, realizam ações para alcançar
escola como em outros lugares, deve que forma cada estudante compreendeu um objetivo comum.

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A convivência Capítulo 11 139
Re R na escola
pre epre
sentasçeõnetsações A maquete HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO REPRESENTAÇÕES
Maquete é a representação » (EF02GE08) Identificar e elabo-
de um lugar ou objeto feita em rar diferentes formas de represen-
tação (desenhos, mapas mentais,
tamanho menor que a realidade. maquetes) para representar com-
Observe a foto da maquete de uma ponentes da paisagem dos luga-
sala de aula. res de vivência.

Fernando Favoretto/Criar Imagem


» (EF02GE10) Aplicar princípios de
localização e posição de objetos
(referenciais espaciais, como fren-
te e atrás, esquerda e direita, em
cima e embaixo, dentro e fora) por
meio de representações espaciais
da sala de aula e da escola.
A base da maquete da sala de aula foi » (EF02HI01) Reconhecer espaços
montada com uma caixa de papelão. de sociabilidade e identificar os
Tampinhas de plástico representam as motivos que aproximam e sepa-
cadeiras, e caixas de fósforo vazias ram as pessoas em diferentes gru-
representam as carteiras e a mesa do pos sociais ou de parentesco.
professor. Os recortes na lateral
representam as janelas e a porta. Atividade complementar
y Separe previamente diferentes
Agora, em grupos, você e seus colegas vão construir a maquete tamanhos de caixas de papelão
da sala de aula. Vocês vão precisar de: caixa de papelão, canetas e, na sala de aula, entregue uma
hidrográficas, lápis de cor, tampas plásticas, caixas de fósforo vazias, caixa a cada grupo de estudan-
te. Explique a eles que deverão
massa de modelar, cola, tesoura de pontas arredondadas. pensar na melhor maneira de
representar as carteiras e os de-
1 Observem a sala de aula e a disposição dos móveis e dos
mais elementos da sala de aula,
objetos que há nela. levando em conta o tamanho da
caixa que receberam. Faça algu-
2 Recortem a caixa de papelão. Façam os buracos na lateral para mas perguntas, como: “Caixas
indicar a posição das janelas e da porta. de fósforo e tampas de garrafa
são bons materiais para todos os
3 Usando o material disponível, criem as cadeiras, as mesas ou tamanhos de maquete?”; “O que
carteiras dos estudantes, a mesa do professor, a lousa, o cesto representará melhor a propor-
de lixo, os armários e outros objetos, se houver. ção de tamanho entre a sala e as
carteiras, a lousa e as janelas?” .
4 Disponham os elementos representados de acordo com a Concluída a atividade, faça uma
posição deles na sala real. Por exemplo: se o armário fica perto exposição das maquetes e con-
verse com a turma sobre como
da porta, na maquete ele também deverá ficar nessa posição. cada grupo resolveu o problema
do tamanho da representação.
5 Quando a maquete estiver pronta, os grupos vão expor
os trabalhos e conversar sobre as representações.
Veja comentários no Roteiro de aula.

cento e trinta e nove 139

:16 AM Orientação didática


AJ_CH2_PNLD23_C11_136a145_LA.indd 139 bem o que são maquetes: “Alguém já 7/3/21 nadas a formas geométricas e propor-
6:45 PM

viu maquetes em museus, na escola, cionalidade.


y Ao trabalhar o conteúdo da seção, leia
APOIO DIDÁTICO
as instruções com os estudantes e orga- em empreendimentos imobiliários?”; y Durante a exposição e o compartilha-
nize-os em grupos. Peça a eles, então, “Como elas eram?” . Essa representa- mento de experiências, converse com
que planejem suas maquetes definindo o ção tridimensional demandará dos es- os estudantes sobre o trabalho em
que cada um deverá trazer de casa para tudantes senso de observação, levanta- grupo, as dificuldades e os desafios
ajudar na montagem. Essa atividade é mento de dados, noções de proporção enfrentados e os benefícios de rece-
importante não apenas para conversar e tipos de visão. ber a ajuda de um colega e também
sobre planejamento, mas para mostrar y Oriente os estudantes na confecção da de oferecê-la. Chame a atenção deles
a importância de cada integrante do maquete, instruindo-os a analisar esse para as diferenças entre as represen-
grupo, como todos devem participar, tipo de representação mediante o exa- tações e as várias maneiras de repre-
responsabilizando-se igualmente pelo me de outros modelos. Leia com eles as sentar um mesmo espaço e para o
resultado do trabalho. instruções da atividade, assegurando- fato de que certas características de
-se de que todos os grupos compreen- representação (posição, proporção
Roteiro de aula deram os passos a serem seguidos. entre os elementos, etc.) não podem
y Depois de ler com os estudantes o pri- y Nessa atividade, é possível desenvol- ser alteradas arbitrariamente, pois
meiro parágrafo, verifique se eles sa- ver habilidades de numeracia relacio- têm funções determinadas.

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140 Capítulo 11 A convivência
na escola
Todos merecem respeito
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Atitudes de respeito com os colegas da sala de aula, os
NO TEMA “TODOS MERECEM
RESPEITO” professores e outros funcionários da escola contribuem para que
todos possam realizar as atividades durante o tempo que passam
» (EF02HI01) Reconhecer espaços
de sociabilidade e identificar os na escola. Isso torna a convivência escolar saudável. O texto a seguir
motivos que aproximam e sepa- é sobre uma situação que ocorreu em uma sala de aula. Leia-o.
ram as pessoas em diferentes gru-
pos sociais ou de parentesco.
A Laura, que é a professora, pediu pra gente desenhar os melhores
» (EF02HI02) Identificar e descre-
ver práticas e papéis sociais que amigos. Eu desenhei: o André jogando bola, a Paula brincando na areia,
as pessoas exercem em diferen- a Lucinha na gangorra e eu tirando foto dela. Todo mundo do mesmo
tes comunidades.
tamanho.
» (EF02HI10) Identificar diferen- Mas a Lucinha ficou irada. Correu para minha mesa, pegou meu
tes formas de trabalho existen-
tes na comunidade em que vive, desenho, rabiscou inteiro, depois rasgou, picou e jogou no lixo. Isso porque,
seus significados, suas especifi- no desenho dela, eu era a principal. E no
cidades e importância. desenho do André, a Paula era a principal. E, no
desenho da Paula, a principal era ela mesma.
COMPONENTES ESSENCIAIS A Laura tinha saído pra pegar tinta. Toda a
PARA A ALFABETIZAÇÃO classe veio me defender.
» Compreensão de textos. O André berrou, a Paula empurrou a
» Consciência fonológica e fonêmica. Lucinha, que caiu perto do armário onde ficam
as mochilas. Joana, a orientadora, entrou por

Janaína Tokitaka/Edições SM
causa da gritaria. […]
Para casa
A Laura, nossa professora, entrou,
y Atividade 3: Antes de solici- escorregou, caiu sentada na tinta […].
tar a realização dessa atividade, Heloísa Prieto. A vida é um palco. Ilustrações de
converse com os estudantes e Janaína Tokitaka. São Paulo: SM, 2006. p. 32-41.
incentive-os a pensar nas qua-
lidades que eles mais apreciam
nos amigos. Pergunte-lhes: “Por 1 Nessa história, quais personagens da comunidade escolar
que seu amigo é especial?”. Esse aparecem? Marque com um X.
é um momento de interação e de
fortalecimento dos vínculos en- X  professora X  orientadora
tre o grupo. Cuide para que to-
dos participem e que não ocor- X  estudantes  diretora
ram atitudes de exclusão.
 cozinheiro  coordenador

2 Em sua opinião, a atitude de Lucinha e dos colegas foi


respeitosa? Quais foram as consequências?
Respostas pessoais.
3 Em uma folha avulsa de papel, desenhe seus amigos da escola.
Lembre-se de anotar os nomes deles.
Desenho do estudante.
140 cento e quarenta

Orientação didática y Atividades 1 e 2: Anote na lousa as per-


AJ_CH2_PNLD23_C11_136a145_LA.indd 140 gativamente o dia da orientadora Joana 7/10/21 8:17 AM AJ_C

sonagens mencionadas na história e as e da professora Laura. As atitudes das


y O conteúdo do tema aprofunda o tra-
APOIO DIDÁTICO

balho com as habilidades EF02HI01 e principais consequências: Lucinha des- outras personagens, como gritar na sala
EF02HI02, direcionando esse trabalho truiu o trabalho de uma colega; a turma de aula e empurrar os colegas, também
para uma discussão sobre conteúdos parou de fazer a atividade para defen- demonstram desrespeito.
atitudinais como respeito, responsabili- der a colega; André gritou na sala de
dade e cooperação. aula; a própria Lucinha foi empurrada
y Atividade 3: Durante a atividade, tra-
balhe com os estudantes os valores da
por Paula e caiu perto do armário; a gri-
Roteiro de aula amizade, da cooperação, do respeito e
taria chamou a atenção da orientadora
y Após a leitura conjunta do texto de in- da escola, Joana, que entrou na sala de do companheirismo. Ao final, se julgar
trodução e do fragmento do livro de aula; a professora Laura escorregou e oportuno, exponha os trabalhos no va-
Heloísa Pietro, pergunte aos estudan- ral ou no mural da sala de aula.
caiu no chão.
tes de que forma os desentendimen-
tos narrados pela autora poderiam ser y Espera-se que os estudantes percebam y Antes da leitura do tópico “Direitos e
evitados. Incentive-os a sugerir formas que a reação de Lucinha, desencadeada deveres na escola” e da análise da ilus-
de evitar esse tipo de conflito, como o por sentimentos como raiva e ciúmes, tração, retome com os estudantes os
diálogo e o respeito pelas ações e pelos trouxe várias consequências negativas conceitos de direitos e deveres no que
sentimentos do próximo. para ela e para os colegas e afetou ne- diz respeito à convivência na escola.

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4. Colaboração: Estudantes brincando de pular corda e de futebol; menina ajudando um colega que
caiu a se levantar; menina ajudando professora a recolher materiais que caíram no chão; menino A convivência Capítulo 11 141
Direitos e deveres na escola conduzindo a cadeira de rodas da colega com
deficiência. Desrespeito: Menina e menino discutindo
na escola

Na escola, todos têm o direito de ser respeitados e o dever de


respeitar. Para garantir esse respeito, a escola estabelece algumas
regras de convívio. Elas são válidas para estudantes, professores e
outros funcionários da escola. em voz alta e se agredindo; menina jogando papel no
chão; menino deixando a torneira aberta.
4 Durante o recreio, os estudantes se encontram, conversam,
brincam e se alimentam. Observe a cena.

Ilustra Cartoon/ID/BR
• Contorne de vermelho uma situação de colaboração entre
colegas, e de azul uma situação de desrespeito.
5 Você conhece seus direitos e deveres na escola? Classifique
cada frase a seguir de acordo com as cores.
 Direitos  Deveres

 Ter carteiras adequadas para estudar. laranja

 Cuidar das carteiras e demais materiais da escola. roxo

 Ser respeitado por professores e funcionários. laranja

 Tratar os colegas com educação. roxo


Para explorar

 Receber cuidados quando se


A menina que esquecia
machuca. laranja de levar a fala para a
escola, de Marciano
 Prestar atenção às aulas e fazer Vasques. São Paulo:
Noovha América.
as lições. roxo
Escola é lugar de
aprender, trocar ideias e
6 Com a orientação do professor, anote no fazer amigos. Mas e se a
timidez impedir tudo isso?
caderno as principais regras de convívio Descubra lendo esse livro!
da escola onde você estuda.
Resposta pessoal.
cento e quarenta e um 141

:17 AM
y Atividade 4: Antes de realizar essa ati-
AJ_CH2_PNLD23_C11_136a145_LA.indd 141 respeitadas, pois elas têm o mesmo 7/10/21 de atitudes e comportamentos assimi-
8:17 AM

vidade, peça aos estudantes que identi- direito de jogar e não ser excluídas ou lados, sem que necessitem ser sempre
APOIO DIDÁTICO
fiquem as situações de desrespeito que agredidas. Chame a atenção dos estu- cobrados. Converse com os estudan-
aparecem na ilustração. Eles devem dantes para a gravidade da agressão às tes sobre a necessidade de normas na
mencionar: menina jogando papel no mulheres, em qualquer circunstância. sala de aula e na escola, considerando
chão, menino deixando torneira aber- Converse com a turma sobre as atitudes a convivência em grupo e os objetivos
ta, menino excluindo menina de jogo que devemos ter quando vemos algo ina- almejados por todos.
de futebol. Sobre esse último detalhe, dequado ocorrendo na escola. Incentive- y Atividade 6: Retome com os estudan-
procure aprofundar, de acordo com o -os a pensar em formas criativas e ade- tes a reflexão sobre valores. Comente
nível de compreensão dos estudantes, quadas para evitar que as situações de que a educação baseada em valores é
o aspecto da igualdade de direitos das desrespeito representadas na ilustração fundamental em uma sociedade mais
mulheres em relação aos homens. Re- não ocorram no ambiente escolar. justa e tolerante. Diga-lhes que, por
tome com eles a mudança de costumes y Atividade 5: As noções de direitos e de- meio dos valores, estabelecemos re-
ao longo do tempo. Comente que antes veres são quase sempre tratadas como gras de boa convivência tanto na escola
o futebol era um jogo quase só de me- obrigações que devem ser cumpridas como em outros locais. Se julgar opor-
ninos, mas hoje é jogado também por de ambos os lados. O assunto pode ser tuno, faça a atividade oralmente e, em
meninas. Por isso, é importante que as abordado de outro modo, com maior seguida, solicite a eles que anotem no
meninas que gostem de futebol sejam naturalidade, ou seja, do ponto de vista caderno as regras citadas.

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142 Capítulo 11 A convivência
na escola
Pessoas e lugares
HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO PESSOAS E
LUGARES A escola da comunidade
» (EF02GE02) Comparar costumes
e tradições de diferentes popula-
Cabeceira do Amorim
ções inseridas no bairro ou comu-
nidade em que vive, reconhecen-
do a importância do respeito às Você sabia que as comunidades que moram em regiões
diferenças. próximas às margens dos rios são chamadas de ribeirinhas?
» (EF02HI01) Reconhecer espaços Os costumes das famílias ribeirinhas estão muito ligados às águas
de sociabilidade e identificar os
motivos que aproximam e sepa- dos rios e das chuvas. E como são as escolas nessas comunidades?
ram as pessoas em diferentes gru- Vamos conhecer a escola da comunidade ribeirinha Cabeceira do
pos sociais ou de parentesco.
Amorim, às margens do rio Tapajós, no município de Santarém, Pará.
Com cerca de noventa estudantes, a Escola Municipal Luiz
Para casa Antonio de Almeida tem quatro salas de aula e as turmas são
y Atividade 3: Oriente os es- multisseriadas, isto é, são formadas por estudantes de várias idades
tudantes a realizar a pesquisa e em diferentes anos do Ensino Fundamental.
em casa com a ajuda de um
adulto. Caso realizem a busca O calendário escolar acompanha as cheias e as secas do rio.
na internet, explique que eles O período em que chove menos concentra o maior número de
deverão fazer a busca em sites aulas. Por isso, geralmente, as aulas ocorrem de agosto a abril,
confiáveis. Se julgar pertinente,
indique alguns sites para a pes- com recesso em dezembro. Já as férias escolares ocorrem entre os
quisa, como o Portal Ypade, da meses de maio e julho, no período em que chove mais.
Comissão Nacional para o De-
senvolvimento Sustentável dos

Luciana Whitaker/Pulsar Imagens


Povos e Comunidades Tradi-
cionais – CNPCT, disponível em:
http://portalypade.mma.gov.
br/ (acesso em: 21 jul. 2021).

Entrada da Escola Municipal Luiz Antonio de Almeida, em Santarém, Pará. A escola


também recebe estudantes de outras duas comunidades ribeirinhas: Pajurá e Sítio Boa
Sorte. Foto de 2017.

142 cento e quarenta e dois

Orientações didáticas rios. O ano letivo se inicia e termina an-


AJ_CH2_PNLD23_C11_136a145_LA.indd 142
y Caso considere oportuno, diga aos 7/3/21 6:45 PM AJ_C

tes do ano letivo de escolas fora des- estudantes que, após cursar o Ensino
y Nessa seção, são apresentados cos-
APOIO DIDÁTICO

sa região. Também é comum existirem Fundamental, os jovens da Escola Mu-


tumes escolares de uma comunida-
classes multisseriadas. Nelas, o profes- nicipal Luiz Antonio de Almeida que de-
de ribeirinha da região amazônica. De
sor trabalha na mesma sala de aula com sejam continuar os estudos precisam se
acordo com a realidade escolar, esse
estudantes de diferentes anos. deslocar para municípios maiores, pois
contexto pode ser mais próximo ou
não há infraestrutura suficiente nessa
mais distante do cotidiano dos estu- Roteiro de aula escola para atender os estudantes do
dantes. A questão da proximidade com
os rios e a influência deles na rotina da
y Evidencie esses aspectos, se for conve- Ensino Médio. Problematize essa ques-
niente, comentando que as diferentes tão retomando o tema do direito à edu-
comunidade escolar é marcante, assim comunidades desenvolvem dinâmicas cação assegurado a todos os cidadãos.
como a interferência das chuvas. Am-
bos determinam, por exemplo, os perío-
sociais próprias. No caso das popula- y Atividades 1 e 3: Explore com os es-
ções ribeirinhas, é fundamental obser- tudantes os aspectos da natureza da
dos letivos e os momentos de recesso. var os ciclos da natureza, pois eles são comunidade Cabeceira do Amorim,
y Nas escolas ribeirinhas, o calendário determinantes para a produção alimen- comparando-os à realidade local. Nes-
escolar é determinado pelo regime dos tar, o calendário escolar, etc. se momento, é importante que eles

AJ_CH2_PNLD23_C11_136Aa145A_MP.indd 142 7/31/21 12:54


A convivência Capítulo 11 143
na escola

Luciana Whitaker/Pulsar Imagens


Para complementar

Prazer em conhecer: comuni


dades do polo Rio Amorim –
Reserva extrativista Tapajós/
Arapiuns – Resex. Disponível em:
https://saudeealegria.org.br/
wp-content/uploads/2020/01/
Cartilha-Amorim-1.pdf. Acesso em:
14 jul. 2021.
Saiba mais sobre as comuni-
dades ribeirinhas que vivem às
margens do rio Amorim, entre

s
Luciana Whitaker/Pulsar Imagen
elas, a comunidade abordada
nessa seção. Essa cartilha foi
elaborada pelo Projeto Saúde e
Alegria (PSA), que atua em pro-
cessos de desenvolvimento co-
A comunidade Cabeceira do munitário na região amazônica.
Amorim costuma participar de Nela, é possível conhecer diver-
diversas atividades da escola. sos aspectos sociais e econômi-
Acima, estudantes e professores cos dessas comunidades, além
celebram a instalação de sistema de elementos culturais que ex-
de abastecimento de água na pressam suas identidades.
comunidade, com o plantio de
mudas nativas. Ao lado, líderes
da comunidade participam de
festa na escola. Fotos de 2017.

1 Os períodos de aulas e de férias dos estudantes da


comunidade Cabeceira do Amorim são diferentes dos
períodos da escola onde você estuda ou são semelhantes?
Por quê?
Respostas pessoais.
2 Há algum rio perto de onde você mora? Os períodos de muita
chuva interferem no modo como você vai à escola?
Respostas pessoais.
3 Você conhece alguma comunidade ribeirinha ou faz parte de
uma comunidade desse tipo? Caso não conheça, com o auxílio
de um adulto, faça uma pesquisa em livros, revistas ou sites
para conhecer mais o cotidiano dessas comunidades. Depois,
compartilhe o resultado de sua pesquisa com a turma.
Atividade de pesquisa.

cento e quarenta e três 143

45 PM observem as semelhanças e as diferen-


AJ_CH2_PNLD23_C11_136a145_LA.indd 143 7/3/21 6:45 PM

ças entre o cotidiano deles e o cotidia-


APOIO DIDÁTICO
no das crianças ribeirinhas. Cuide para
que, durante o diálogo, não ocorram
falas preconceituosas.
y Atividade 2: É possível integrar essa
atividade com a área de Ciências da
Natureza, promovendo a pesquisa em
fontes impressas ou digitais sobre os
rios que fazem parte da região onde
os estudantes moram, qual seria a si-
tuação atual desses rios, de que modo
suas águas são utilizadas pela comuni-
dade, se há projetos de preservação,
entre outras informações que julgar
pertinentes.

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144 Capítulo 11 A convivência
na escola
re
Aprender semp
HABILIDADES AVALIADAS NA
SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF02GE02) Comparar costumes 1 Pinte de roxo os quadrinhos das frases que se referem Saber
Ser
e tradições de diferentes popula- a atitudes que podem contribuir para o aprendizado.
ções inseridas no bairro ou comu-
nidade em que vive, reconhecen-  Não fazer a lição de casa.  Colaborar com os colegas.
do a importância do respeito às
diferenças.
 Ser pontual e chegar à  Manter a sala de aula limpa.
» (EF02HI01) Reconhecer espaços escola no horário.
de sociabilidade e identificar os  Não participar das
motivos que aproximam e sepa-
ram as pessoas em diferentes gru-
 Pedir licença para falar. atividades escolares.
pos sociais ou de parentesco.
» (EF02HI02) Identificar e descre- • Agora, reescreva no caderno as frases que você não assinalou,
ver práticas e papéis sociais que de maneira que elas passem a indicar atitudes que contribuem
as pessoas exercem em diferen- para o aprendizado.
tes comunidades. Fazer a lição de casa. Participar das atividades escolares. Saber
» (EF02HI03) Selecionar situações
2 Leiam a tira a seguir e respondam às questões. Ser
cotidianas que remetam à per-
cepção de mudança, pertenci-

Alexandre Beck/Acervo do cartunista


mento e memória.
» (EF02HI10) Identificar diferen-
tes formas de trabalho existen-
tes na comunidade em que vive,
seus significados, suas especifi-
cidades e importância.

COMPONENTE ESSENCIAL
PARA A ALFABETIZAÇÃO Alexandre Beck. Armandinho Sete. Curitiba: Artes & Letras, 2015. p. 83.

» Conhecimento alfabético. a. Vocês sabem o significado da palavra zoar? Procurem em um


dicionário. Depois, marquem com um X a definição que mais
se aproxima da que foi usada na tira.

 Fazer barulhos e ruídos.

X  Caçoar de alguém.

 Atrapalhar uma pessoa.


b. Vocês já passaram por alguma situação parecida na escola?
Em caso afirmativo, contem como foi.
Resposta pessoal.
c. A atitude de zoar os colegas é boa para a convivência
na escola? Por quê? Respostas pessoais.

144 cento e quarenta e quatro

Roteiro de aula te com a turma um exemplo de prática


AJ_CH2_PNLD23_C11_136a145_LA.indd 144 te as tradições aos mais jovens, como 7/3/21 6:45 PM AJ_C

desrespeitosa, o bullying. Essa prática meio de preservá-las. Nas sociedades


y Atividade 1: Incentive os estudantes a
APOIO DIDÁTICO

refletir sobre as atitudes e os deveres é caracterizada por agressões (verbais não indígenas também existe transmis-
deles na escola. Comente que o res- e/ou físicas) que promovem a intimi- são oral, representada pelas histórias
peito e o comprometimento criam um dação e humilhação de um indivíduo e, contadas pelos mais velhos, pelas tradi-
ambiente propício para o aprendizado, geralmente, está pautada em precon- ções de cada família, pelas brincadeiras
fortalecendo os vínculos entre todos. ceitos. Esse tipo de  atitude deve ser que as crianças ensinam umas às ou-
combatido, pois, além de causar sérios tras. Na escola, os professores também
y Atividade 2: Reforce com os estudan-
danos emocionais à pessoa que sofre
tes que o respeito é fundamental para fazem exposições orais para explicar os
a boa convivência. Além disso, a coo- as humilhações, promove a intolerância. conteúdos aos estudantes. O item c fa-
peração e a solidariedade devem fazer y Atividade 3: Ao comentar as respostas vorece o reconhecimento da oralidade
parte das práticas cotidianas de crian- dos estudantes, explique a eles que a como fonte histórica da comunidade.
ças e adultos. Enfatize que as diferen- transmissão oral existe ainda hoje, e sua Se julgar conveniente, retome com eles
ças não podem ser motivo de exclusão frequência depende do grupo cultural. os momentos em que isso ocorreu na
ou discriminação, pois todos são iguais Entre os povos indígenas, por exemplo, escola, buscando pontos em comum
em direitos. Se julgar oportuno, comen- é comum que sejam ensinadas oralmen- nas lembranças da turma.

AJ_CH2_PNLD23_C11_136Aa145A_MP.indd 144 7/31/21 12:54


A convivência Capítulo 11 145
na escola
3 A escola não é único lugar onde é possível se reunir para
trocar conhecimentos. O costume de contar histórias existe na
cultura de vários povos. Essa é uma maneira de os mais velhos Saber Tomada de decisão
Ser
responsável
ensinarem coisas aos mais novos. Observe as imagens a seguir.
y Atividade 1: A proposta des-
sa atividade possibilita aos

Coleção particular. Fotografia: ID/BR


A estudantes retomar a impor-
tância de cumprir acordos
preestabelecidos no contexto
escolar, para o bom andamen-
to da própria aprendizagem e
a de todos os colegas.

Saber Habilidades de
Ser
relacionamento
Lorenz Frölich.
y Atividade 2: A atividade per-
A contadora de histórias,
mite aos estudantes retomar
1843. Óleo sobre tela.
a importância da empatia, do
entendimento mútuo e da re-

Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo


B solução de conflitos de forma
respeitosa e construtiva.

Crianças indígenas da etnia


Kalapalo ouvem histórias
contadas pelo cacique da
aldeia, no Parque Indígena
do Xingu. Gaúcha do Norte,
Mato Grosso. Foto de 2018.

a. Qual imagem é a reprodução de uma pintura e qual é a


reprodução de uma foto? Associe as colunas.

imagem A foto

imagem B pintura

b. Quem é a pessoa que está contando a história em cada


uma das imagens? A: a mulher no centro da pintura; B: o cacique
rodeado por crianças.
c. Você já ouviu histórias dos mais velhos? Em caso afirmativo,
conte como foi essa experiência e o que você aprendeu com ela.
Resposta pessoal.
cento e quarenta e cinco 145

45 PM AJ_CH2_PNLD23_C11_136a145_LA.indd 145 7/10/21 10:28 AM

APOIO DIDÁTICO

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145A Conclusão do capítulo 11

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 11
Sugestões para a avaliação formativa
1. Este capítulo tem como tema central a escola, pela perspectiva da convivência dos diferentes sujeitos que nela
interagem. A abordagem favorece a compreensão da multiplicidade que se manifesta no espaço escolar e a im-
portância da adoção de normas e atitudes necessárias para uma boa convivência.
2. A seção Aprender sempre, do Livro do Estudante, recupera e aprofunda o conteúdo trabalhado no capítulo,
favorecendo a verificação da aprendizagem e as estratégias de recuperação de defasagens.
3. A atividade 1 retoma o trabalho com as habilidades EF02HI01, EF02HI02 e EF02HI03, ao solicitar aos estudantes
que percebam o espaço escolar como um espaço de sociabilidade, no qual diversos indivíduos convivem e inte-
ragem no processo de aprendizagem, e ao identificar posturas e ações necessárias para a melhor aprendizagem
e a harmonia entre os diversos indivíduos que compõem a comunidade escolar.
4. De forma semelhante, a atividade 2, ao abordar a temática do bullying e consequentes danos que acarreta, chama
a atenção dos estudantes para o respeito necessário para com os colegas e demais membros da comunidade.
5. Na atividade 3, os estudantes são incentivados a refletir sobre as diferentes formas de trocar conhecimentos.
Desse modo, são incentivados a reconhecer os costumes relacionados ao ensino e à aprendizagem existentes
na comunidade onde vivem e a compará-los com os apresentados nas imagens. Essa comparação, bem como o
reconhecimento de quem são os indivíduos responsáveis pela educação, por sua vez, pode propiciar a avaliação
das habilidades EF02GE02 e EF02HI10.

Atividade de remediação
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no desenvolvimento das habilidades EF02GE02, EF02HI01,
EF02HI02, EF02HI03 e EF02HI10, solicite aos estudantes que realizem uma entrevista com uma pessoa adulta
de seu convívio, buscando identificar como eram a escola onde essa pessoa estudou e seu cotidiano escolar.
• Auxilie-os a elaborar algumas questões norteadoras para a entrevista, como: “Quantos anos de estudo a escola
oferecia?”; “As salas eram divididas por idade ou o professor atendia várias turmas ao mesmo tempo?”; “Como era
o espaço físico da escola?”; “Nessa escola, era exigido o uso de uniforme escolar?”; “Os estudantes tinham livros
didáticos?”; “Os materiais eram comprados pelas famílias dos estudantes ou oferecidos pela escola?”; “Quais fun-
cionários trabalhavam na escola?”; “Como era a convivência entre a turma e os demais membros da comunidade
escolar?”; entre outras.
• Além da entrevista, os estudantes também deverão realizar um desenho representando a escola da pessoa
entrevistada.
• Em um dia previamente combinado com todos, os estudantes deverão apresentar o resultado das entrevistas,
bem como os desenhos. Oriente-os a ouvir atentamente as informações partilhadas com os colegas e, se necessá-
rio, sistematize na lousa as informações apresentadas por eles. Se possível, exponha os desenhos dos estudantes
no mural da sala de aula.
• Ao término da atividade, faça uma comparação entre as características das escolas apresentadas pelos estudan-
tes e a escola onde estudam, evidenciando semelhanças e diferenças.

AJ_CH2_PNLD23_C11_136Aa145A_MP.indd 145 8/2/21 12:02


As escolas do Brasil ontem e hoje Capítulo 12 146A

AS ESCOLAS DO BRASIL ONTEM E


CAPÍTULO 12
HOJE
Objetivos pedagógicos
1. Identificar mudanças e permanências no espaço escolar em diferentes temporalidades.
2. Compreender e valorizar a multiplicidade de contextos escolares por meio do trabalho com as comunidades ribeirinhas,
quilombolas e indígenas.
3. Reconhecer o espaço escolar como instituição de ensino, de normas, de sociabilidade e de preservação da cultura e dos
valores de grupos.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Neste capítulo, são apresentadas as mudanças e as permanências no espaço escolar ao longo do tempo, com foco na rea-
lidade brasileira. Para isso, são mobilizados contextos escolares de comunidades distintas que compõem a diversidade popula-
cional do Brasil. Escolas de comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas são abordadas na temporalidade contemporânea.
Apresentam-se também elementos de escolas brasileiras do passado, estabelecendo-se semelhanças e diferenças entre essas
escolas e a realidade dos estudantes.

O capítulo desenvolve os objetos de conhecimento relacionados à noção do “outro” e do “eu”, refletindo sobre convivên-
cia no espaço escolar e interação de sua comunidade e promovendo a observação e a análise de fontes para a compreensão
dessa convivência.

Assim como em outros momentos da coleção, o capítulo explora a literacia familiar, desenvolvida em conversas entre o
estudante e os adultos por ele responsáveis, o que é importante para a construção de um conhecimento continuado e o en-
volvimento dos responsáveis pela criança nesse percurso. O capítulo desenvolve também o vocabulário, a interpretação e a
construção de textos em situações compatíveis com a faixa etária dos estudantes.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 2 e 3

Competências específicas de Ciências Humanas para o


2, 3, 5 e 7
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


1, 2, 3, 5 e 6
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


1, 2, 3 e 6
Fundamental

Habilidade de Geografia EF02GE06

EF02HI01, EF02HI03, EF02HI04 e


Habilidades de História
EF02HI09

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146 Capítulo 12 As escolas do Brasil
ontem e hoje

Arquivo Público do Estado de São Paulo/Fotografia: Coleção Secretaria do Interior


HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF02HI03) Selecionar situações
cotidianas que remetam à per-
cepção de mudança, pertenci-
mento e memória.
» (EF02HI04) Selecionar e com-
preender o significado de obje-
tos e documentos pessoais como
fontes de memórias e histórias
nos âmbitos pessoal, familiar, es-
colar e comunitário.
» (EF02HI09) Identificar objetos e
documentos pessoais que reme-
tam à própria experiência no âm-
bito da família e/ou da comuni-
dade, discutindo as razões pelas
quais alguns objetos são preser-
vados e outros são descartados.

146

Orientação didática y Atividade 1: Incentive os estudantes a


AJ_CH2_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 146 tir das crianças e dos adultos nas duas 7/3/21 7:28 PM AJ_C

identificar o mobiliário, as vestimentas imagens.


y Este capítulo explora as mudanças e
APOIO DIDÁTICO

as permanências, características do e a organização da sala de aula. y Atividade 3: Estimule os estudantes a


processo histórico. Apresenta tam- y Atividade 2: Analise com os estudan- refletir sobre os comportamentos atual-
bém os sujeitos históricos em sua mul- tes a foto e peça a eles que indiquem mente esperados e confrontá-los com
tiplicidade, favorecendo o desenvolvi- as semelhanças e as diferenças exis- os comportamentos característicos do
mento da compreensão e valorização tentes entre ela e o espaço de sala passado, alguns elementos como o res-
da diversidade. de aula da turma. É provável que eles peito aos colegas devem ser vistos como
indiquem como semelhanças: as duas continuidades, mas, se achar convenien-
Roteiro de aula salas têm carteiras, lousa e materiais te, comente que a escola hoje é vista não
y Leia o título do capítulo e pergunte aos afixados na parede. Com relação às apenas como espaço de aprendizagem
estudantes o que imaginam que vão es- diferenças entre os dois momentos, é de matérias escolares, mas de sociali-
tudar. Questione-os sobre as mudanças possível que a organização das cartei- zação e construção de identidades; por
que podem ter ocorrido nas escolas ao ras na sala deles não esteja diferente, isso, é incentivado o diálogo e uma con-
longo do tempo. além das diferenças no modo de ves- vivência mais próxima.

AJ_CH2_PNLD23_C12_146Aa157A_MP.indd 146 7/31/21 17:32


As escolas do Brasil Capítulo 12 147
1. Veja comentário no Roteiro de aula. ontem e hoje

UL
APÍT O
As escolas do Saber Habilidades de

1122
Ser
relacionamento
C
Brasil ontem y Atividade 3: Ao serem ques-
tionados sobre as formas de

e hoje
se relacionar da escola do pas-
sado, em paralelo com as re-
lações presentes, a atividade
permite aos estudantes reto-
Assim como os bairros e as mar a importância da empatia,
do entendimento mútuo e da
moradias, os espaços escolares resolução de conflitos de for-
também podem passar por várias ma respeitosa e construtiva.
transformações ao longo do
tempo. Como você imagina que
eram as escolas onde seus avós
estudaram quando eles tinham a
mesma idade que você? Será que
a escola deles se parecia com a
escola onde você estuda hoje?

Para começo de conversa


1 Essa foto mostra uma sala
de aula do presente ou
do passado? Como você
percebeu isso?
2 Sua sala de aula se parece
com a sala retratada nessa
foto? Converse com os
colegas sobre as diferenças
e as semelhanças que você
percebe entre a sua sala de
aula e a da foto. Resposta pessoal.
3 Como você imagina que
era o convívio entre os Saber
Ser
colegas de turma na
escola retratada nessa
foto? Converse com os
colegas sobre isso. Resposta pessoal.
Escola Caetano de Campos, no município de
São Paulo. Foto de 1908.

cento e quarenta e sete 147

28 PM AJ_CH2_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 147 7/3/21 7:28 PM

APOIO DIDÁTICO

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148 Capítulo 12 As escolas do Brasil
ontem e hoje
As escolas mudam
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Há cem anos, as escolas no Brasil eram muito diferentes do que
NO TEMA “AS ESCOLAS
MUDAM” são hoje. Havia diferenças não só nos prédios e nas salas de aula,
mas também no ensino.
» (EF02HI03) Selecionar situações
cotidianas que remetam à per- Nessa época, poucas crianças iam à escola. Dessas crianças, os
cepção de mudança, pertenci- meninos eram a maioria. Os estudantes aprendiam a ler, a escrever
mento e memória.
e a fazer cálculos (somar, subtrair, dividir e multiplicar). As poucas
» (EF02HI04) Selecionar e com-
meninas que frequentavam a escola tinham também aulas de
preender o significado de obje-
tos e documentos pessoais como costura e de bordado.
fontes de memórias e histórias
nos âmbitos pessoal, familiar, es-
Existiam escolas onde somente meninos podiam estudar e
colar e comunitário. outras, somente para meninas. Havia também escolas mistas, mas,
mesmo nessas, os estudantes eram separados em salas ou espaços
diferentes para meninas e meninos. Observe as fotos a seguir.

Colecão particular. Fotografia: ID/BR


Colecão particular. Fotografia: ID/BR
Meninas em aula de trabalhos manuais Meninos em aula de alfaiataria no
no município do Rio de Janeiro em 1922. município do Rio de Janeiro em 1915.

1 Pinte de verde o quadrinho que acompanha a frase referente à


realidade das escolas de antigamente.
 Não havia diferenças entre o ensino de meninos e o de
meninas.

 Havia aulas específicas para meninos e aulas específicas


para meninas.

2 De acordo com o que você estudou até agora, por que


havia poucas meninas na escola? Resposta pessoal.

148 cento e quarenta e oito

Orientação didática gunte também se já observaram quan-


AJ_CH2_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 148
y Atividade 1: Verifique se os estudantes 7/3/21 7:28 PM AJ_C

tas mulheres trabalham na escola e que identificaram corretamente a cor soli-


y Nesse tema, são abordadas rupturas e
APOIO DIDÁTICO

continuidades observadas entre a edu- funções elas exercem. Comente sobre citada. Leia as frases e, se necessário,
cação e o espaço escolar no Brasil. Essa a atuação da mulher na sociedade, no auxilie-os a relacionar os contextos às
abordagem visa contribuir para uma passado e no presente, observando imagens da página.
percepção historicizada não só da es- que hoje é comum as mulheres estuda- y Atividade 2: Registre na lousa as hi-
cola, mas também dos estudantes e de- rem, terem as mais diversas profissões póteses levantadas pelos estudan-
mais membros da comunidade escolar, e exercerem diferentes funções. tes. Depois, converse sobre as mu-
considerados sujeitos históricos. y Durante a análise documental do boletim danças que ocorreram ao longo do
escolar, além das diferenças quanto às tempo quanto ao papel exercido pe-
Roteiro de aula disciplinas escolares, questione a turma las mulheres na sociedade. Somente
y Antes da leitura do texto didático, con- quanto a outras informações: “Como as no século XX, por meio de lutas em
verse com os estudantes sobre o papel notas dos estudantes são registradas na diferentes partes do mundo, as mu-
da mulher na sociedade atual. Pergun- escola em que vocês estudam?”; “Como lheres conquistaram alguns direitos,
te-lhes se as mulheres de suas famílias vocês e seus pais têm acesso a esse tipo como o direito ao voto e o acesso
trabalham fora de casa e, em caso afir- de informação?”; “O que mudou e o que pleno ao mercado de trabalho. Se
mativo, qual é a profissão delas. Per- permanece semelhante?”. julgar conveniente, retome os diálo-

AJ_CH2_PNLD23_C12_146Aa157A_MP.indd 148 7/31/21 17:32


As escolas do Brasil Capítulo 12 149
ontem e hoje
A escola hoje
Hoje, todas as crianças e todos os jovens, tanto meninos como
meninas, devem ir à escola. Em geral, meninos e meninas estudam
na mesma sala e as aulas são as mesmas para todos.
Além dessas mudanças, outras coisas se transformaram na escola
ao longo do tempo. Até mesmo os assuntos estudados e a forma de
organizar os anos e as séries escolares mudaram. Observe o boletim
escolar a seguir. Você sabe para que serve esse documento?

Arquivo pessoal. Fac-símile: ID/BR


Boletim
escolar, de 1962,
de estudante do 1o
ano do curso
primário, que hoje
corresponde ao
2o ano do Ensino
Fundamental.
No boletim, eram
indicadas as notas
e a frequência do
estudante às aulas,
entre outras
informações.

3 Que informações podem ser encontradas nesse boletim escolar?


Marque com um X.
X  nome do estudante X  nomes das disciplinas

 endereço do estudante X  ano do boletim

X  nome da escola X  notas do estudante

X  ano em que o estudante  data de nascimento


estudou

4 Compare as disciplinas que você tem na escola com as


desse boletim. Quais disciplinas você não tem? E quais
você tem e não estão no boletim? Respostas pessoais.

cento e quarenta e nove 149

28 PM gos sobre o tema realizados ao longo


AJ_CH2_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 149 enfatizando que as mudanças ocorrem 7/3/21 7:28 PM

do volume. gradativamente.
y Atividade 3: A abordagem favorece Se julgar conveniente, ao explorar essas APOIO DIDÁTICO
a atitude historiadora, retomando o informações, explique a eles que apenas
trabalho com objetos e documentos os seguintes itens que aparecem no do-
pessoais e estimulando os estudantes cumento eram considerados disciplinas:
a buscar informações históricas nas Português, Aritmética, História, Geogra-
fontes que fazem parte do cotidiano fia, Leituras e Canto. “Comportamento”
(“Comport.”) se referia à avaliação de
deles.
como o estudante havia se portado nas
y Atividade 4: Peça aos estudantes que aulas; “Asseio” indicava a nota aos seus
observem atentamente o boletim. Re- hábitos de higiene; “Média” indicava a
gistre na lousa os nomes das disciplinas média aritmética mensal das notas dis-
e leia cada um com eles. Pergunte-lhes ciplinares; “Classificação” (“Classifc.”)
quais disciplinas eles não conhecem. era referente à classificação do estudan-
Com base nas respostas, procure tra- te em relação à turma, após o cálculo
balhar a noção de processo histórico, das médias gerais no fim do ano letivo.

AJ_CH2_PNLD23_C12_146Aa157A_MP.indd 149 7/31/21 17:32


150 Capítulo 12 As escolas do Brasil
ontem e hoje
As escolas indígenas
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Os povos indígenas não educavam suas crianças em escolas.
NO TEMA “AS ESCOLAS
INDÍGENAS” Elas aprendiam observando os adultos. Foram os jesuítas, há mais
de quatrocentos e setenta anos, que criaram as primeiras escolas
» (EF02HI01) Reconhecer espaços
de sociabilidade e identificar os para ensinar aos indígenas a língua portuguesa, os costumes e as
motivos que aproximam e sepa- crenças religiosas dos europeus.
ram as pessoas em diferentes gru-
pos sociais ou de parentesco. Há aproximadamente cinquenta anos, o ensino na maioria
» (EF02HI04) Selecionar e com-
das escolas indígenas era como o ensino dos não indígenas. A
preender o significado de ob- língua e os costumes dos povos indígenas não eram levados em
jetos e documentos pessoais consideração.
como fontes de memórias e his-
tórias nos âmbitos pessoal, fami- E hoje, como são as escolas indígenas? Em muitas escolas
liar, escolar e comunitário. localizadas nas aldeias, as crianças indígenas têm aulas na língua de
seu povo, com professores indígenas.
Os anos 1970 são marcados por Elas aprendem Português, Matemática e outras disciplinas
um movimento de luta pela demar- ensinadas às crianças não indígenas. Mas também têm aulas sobre
cação das terras indígenas e pelo o modo de vida, a cultura
Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

reconhecimento e preservação das


e os conhecimentos do
diferenças étnicas. Inserida nesse
movimento, a educação escolar povo ao qual pertencem.
indígena passou a ser tema de en-
contros e discussões que sistema-
tizaram o que viria a constar futu-
ramente na legislação específica
referente à escola indígena […]. Foi Estudantes da etnia Guarani em
esse momento de intensos debates, escola indígena no município de
São Miguel das Missões, Rio
ao final da ditadura militar, que
Grande do Sul. Foto de 2019.
possibilitou a forte atuação dos in-
dígenas na Assembleia Constituin- 1 Pinte de vermelho o quadrinho que melhor completa a frase
te e abriu uma nova fase também
a seguir.
para a educação escolar indígena,
com a aprovação da Constituição
de 1988. […] Hoje, nas escolas indígenas do Brasil, as crianças aprendem

Em 1991, as escolas indígenas,


que até então estavam vinculadas  somente Português e Matemática.
à Funai e, portanto, ao Ministério
do Interior, passaram para o Mi-  apenas Filosofia europeia.
nistério da Educação. A partir daí
desencadeou-se um movimento
 a valorizar e a preservar o modo de vida de seu povo.
forte de afirmação da educação es-
colar indígena, por meio de leis, da
 a cantar somente as canções de seu povo de origem.
criação de setores específicos para a
gestão dessa modalidade de escola e
do envolvimento de lideranças, pro- 150 cento e cinquenta
fessores e intelectuais indígenas na
condução desse processo. […]
Segundo este novo modelo de Orientação didática
AJ_CH2_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 150 Roteiro de aula 7/3/21 7:28 PM

y No trabalho com os textos da dupla de y Retome com os estudantes a diversidade


APOIO DIDÁTICO

educação escolar indígena, a escola


deve ser comunitária, intercultu- páginas, os estudantes vão reconhecer dos povos indígenas existentes no Brasil.
ral, bilíngue, específica e diferen- características das escolas indígenas, Ressalte que cada povo tem sua própria lín-
ciada […]. Comunitária porque a identificando aspectos que levam os di- gua, seus costumes, suas tradições, sua cul-
ferentes povos indígenas a reivindicar o tura. Pergunte-lhes o que sabem sobre es-
participação da comunidade em
reconhecimento de suas terras e a pre- colas indígenas: “São iguais às escolas que
todo o processo pedagógico é fun-
servação de sua cultura, valorizando-a vocês conhecem?”; “Nelas são ministradas
damental para a construção da mediante, por exemplo, a fundação de as mesmas disciplinas?”; “Quem são os
escola […]. Intercultural pois a es- escolas indígenas. Explique a eles que professores?”. Se julgar interessante, com-
cola deve reconhecer e manter a di- essa é uma importante forma de man- partilhe com a turma algumas informações
versidade cultural e linguística de ter as origens culturais, já que na escola sobre as lutas pela formação das escolas
sua comunidade, além de promo- aprendemos também os costumes de indígenas, abordadas no texto reproduzido
ver uma situação de comunicação nossa comunidade. nesta dupla de páginas deste manual.
entre experiências socioculturais,

AJ_CH2_PNLD23_C12_146Aa157A_MP.indd 150 7/31/21 17:32


As escolas do Brasil Capítulo 12 151
ontem e hoje
Aprendendo as tradições de seu povo
Nas escolas indígenas, os estudantes aprendem a língua, as
histórias, os costumes, a culinária e o modo de trabalhar do povo de linguísticas e históricas diferentes.
Bilíngue visto que deve ensinar o
que fazem parte.
português, para possibilitar o diá-
Em algumas aldeias, as pessoas mais velhas vão à escola para logo com o mundo não indígena
ensinar seus conhecimentos sobre plantas medicinais e levam que os rodeia, mas, principalmen-
os meninos e as meninas à mata para colher essas plantas. Elas te, a língua materna da comunida-
também ensinam as crianças a fazer cestos, cerâmica, enfeites e de indígena – para garantir a sua
manutenção e, sobretudo, porque
outros objetos de acordo com a tradição do povo a que pertencem.
é por meio da língua originária
Os professores indígenas elaboram livros e outros materiais que se expressa e se manifesta a
especiais para os estudantes indígenas aprenderem melhor. Nesses cultura. Específica e diferenciada
livros, escritos nas várias línguas indígenas, fala-se da vida e da porque deve ser concebida e plane-
jada como reflexo das aspirações
cultura desses povos.
particulares de cada povo indíge-
na e com autonomia em relação à

Gerson Gerloff/Pulsar Imagens


Luciola Zvarick/Pulsar Imagens

A B construção de sua escola. Seguindo


este raciocínio, se existem mais de
200 etnias indígenas no Brasil, com
línguas, culturas, modos de pen-
sar e viver diferentes, não há como
criar um modelo único de escola.
[…] Cada povo deve ter o direito de
pensar a sua escola. […]
Medeiros, Juliana Schneider. Educação
escolar indígena específica e
diferenciada: o estudo da língua
kaingang e do artesanato na escola. In:
IX Anped Sul – Seminário de pesquisa
em educação da Região Sul, 2012,
Caxias do Sul. Disponível em: http://
www.ucs.br/etc/conferencias/index.
php/anpedsul/9anpedsul/paper/
viewFile/2218/403. Acesso em: 22 jul.
2021.

Escola indígena na aldeia Piyulaga, da Estudantes indígenas, da etnia Guarani,


etnia Waujá, em Gaúcha do Norte, Mato na horta da escola, em São Miguel das
Grosso. Foto de 2019. Missões, Rio Grande do Sul. Foto de 2019. Saber
Ser
Consciência social
y Atividade 3: Essa atividade
2 Vocês já fizeram algum trabalho escolar como o da foto A? permite aos estudantes desen-
E já participaram de alguma atividade parecida com a volver a empatia e o respeito à
retratada na foto B? Respostas pessoais. diversidade.

3 Na opinião de vocês, as atividades escolares mostradas


nas fotos A e B ajudam a preservar a cultura indígena? Saber
Ser
Por quê? Respostas pessoais.

cento e cinquenta e um 151

y Se julgar adequado, peça aos estudan-


AJ_CH2_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 151 frases e apreenderam que, nas escolas 7/3/21
y Atividades 2 e 3: Retome o diálogo so-
7:28 PM

tes que descrevam a sala de aula da indígenas, há conteúdos em comum com bre a importância da valorização das
APOIO DIDÁTICO
imagem dessa página e comparem as as escolas não indígenas e conteúdos culturas nativas, principalmente nos
características do lugar e das pessoas específicos do povo indígena ao qual ambientes formais de educação, como
retratadas na foto com a situação da elas pertencem. a escola. Esse tipo de iniciativa permi-
sala de aula onde estão. Peça a eles te que as novas gerações de indígenas
que identifiquem os objetos e outros y Após a leitura compartilhada do tópico
apreendam e registrem aspectos de
elementos que podem indicar que o es- “Aprendendo as tradições de seu povo”,
sua cultura. Historicamente, as tradi-
paço retratado é uma escola indígena. peça aos estudantes que descrevam as ções indígenas no Brasil foram opri-
atividades representadas nas fotos. Isso
y Atividade 1: Leia o início da frase, em
pode auxiliar na realização das ativida-
midas e sofreram com o “apagamen-
destaque, e peça aos estudantes que to histórico”. A conquista de ter seus
leiam as alternativas possíveis. A leitura des. Dependendo do andamento do diá- direitos, bem como seus patrimônios
em voz alta auxilia no desenvolvimen- logo, mostre em um mapa político do culturais, reconhecidos e resguarda-
to das habilidades leitoras. Verifique se Brasil o município onde ficam as esco- dos deve ser valorizada por toda a so-
todos compreenderam os sentidos das las indígenas retratadas. ciedade brasileira.

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152 Capítulo 12 As escolas do Brasil
ontem e hoje
As escolas nas comunidades quilombolas
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Durante mais de trezentos anos, muitos grupos de africanos
NO TEMA “AS ESCOLAS
NAS COMUNIDADES foram trazidos escravizados para o Brasil. Eles e seus descendentes
QUILOMBOLAS” lutaram de várias formas contra essa situação e vários deles
» (EF02HI01) Reconhecer espa- conseguiram fugir dela.
ços de sociabilidade e identificar Alguns desses grupos criaram povoados chamados de
os motivos que aproximam e se-
param as pessoas em diferentes quilombos. Quem vivia nos quilombos era chamado de quilombola.
grupos sociais ou de parentesco. Lá, essas pessoas eram livres para formar suas famílias e viver de
» (EF02HI04) Selecionar e com- acordo com seus costumes.
preender o significado de obje-
O tempo passou e as tradições dos quilombos podem ser
tos e documentos pessoais como
fontes de memórias e histórias encontradas ainda hoje. Os descendentes dessas comunidades são
nos âmbitos pessoal, familiar,  es- chamados de remanescentes quilombolas ou remanescentes de
colar e comunitário.
quilombos.
Atualmente, também há escolas nessas Remanescente: aquele
COMPONENTE ESSENCIAL
comunidades. Nelas, as crianças aprendem que restou.
PARA A ALFABETIZAÇÃO
as disciplinas escolares
» Desenvolvimento de vocabulário. comuns e os costumes e

Cesar Diniz/Pulsar Imagens


conhecimentos de seus
Para complementar antepassados quilombolas.
Educação, Quilombos e Ensino de
História: paradigmas e propostas. Sala de aula na Escola Estadual
Revista da ABPN. Disponível em: Quilombola Professora Tereza Conceição
https://abpnrevista.org.br/index. de Arruda, no Quilombo Mata Cavalo,
php/site/issue/view/3. Acesso em: em Nossa Senhora do Livramento, Mato
22 jul. 2021. Grosso. Foto de 2020.
Nesse dossiê temático da Re-
vista da Associação Brasileira de 1 Você faz parte de alguma comunidade de remanescentes
Pesquisadores Negros são apre-
quilombolas? Em caso afirmativo, responda às questões a seguir
sentados diversos artigos que
discutem o ensino em comuni- sobre sua comunidade. Em caso negativo, pesquise informações
dades quilombolas, bem como sobre a comunidade de remanescentes quilombolas mais
temáticas relacionadas à educa-
próxima de onde você mora. Respostas pessoais.
ção étnico-racial.
a. Qual é o nome dessa comunidade?

b. Há escola nessa comunidade? Se sim, qual é o nome dela?

152 cento e cinquenta e dois

Orientações didáticas Roteiro de aula


AJ_CH2_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 152 lhimento e valorização das narrativas. No 7/3/21 7:28 PM

caso de não existir na turma nenhum es-


y Os quilombos são considerados uma y Converse com os estudantes sobre as
APOIO DIDÁTICO

das principais formas de resistência comunidades de remanescentes de qui- tudante quilombola, a atividade pode ser
da população afrodescendente contra realizada por meio de pesquisas on-line.
lombolas. Os quilombos eram locais para
a escravidão. Outras formas de resis- onde africanos e afrodescendentes es- y Atividade 2: Aproveite esse momen-
tência foram o sincretismo religioso, a cravizados se dirigiam, fugindo da vio- to para promover a reflexão sobre o
capoeira e a preservação de costumes lência do trabalho escravo. Nos quilom- respeito ao idoso e sua valorização.
dos antepassados africanos. Comente com os estudantes que en-
bos, homens e mulheres trabalhavam e
y Atualmente, os descendentes dos qui- velhecer é um processo natural e que
buscavam se manter escondidos daque-
lombolas lutam pelo direito à posse da consiste em uma etapa da vida de to-
les que acreditavam ser seus donos.
terra de seus antepassados e pela pre- das as pessoas. É importante que os fa-
servação de sua cultura. O texto indi- y Explique aos estudantes que as comu- miliares deem atenção e prestem os de-
cado no boxe Para complementar nesta nidades quilombolas devem ser reco- vidos cuidados aos idosos. Valorizá-los
página do manual amplia o conheci- nhecidas como comunidades com ca- é fundamental para que eles tenham
mento sobre o tema. O assunto será racterísticas próprias. uma vida digna. Ressalte aos estudan-
retomado e aprofundado nos próximos y Atividade 1: Os estudantes devem ser tes que o respeito ao idoso é um valor
volumes da coleção, de modo adequa- estimulados a se manifestar de forma que deve estar presente no cotidiano
do à faixa etária dos estudantes. espontânea e em um ambiente de aco- das pessoas.

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As escolas do Brasil Capítulo 12 153
ontem e hoje
A importância dos antepassados
Os homens e as mulheres remanescentes quilombolas guardam
Saber Autoconsciência
tradições próprias, como práticas religiosas, danças, cantos e Ser
y Atividade 2: A proposta
modos de cozinhar, de plantar e de viver.
dessa atividade favorece a re-
Essas tradições vêm de seus antepassados e são transmitidas flexão sobre as atitudes em
dos mais velhos aos mais novos até hoje. Boa parte dos costumes relação aos familiares mais
idosos e incentiva a percepção
foi ensinada por antepassados africanos, mas também há costumes dos ganhos nessa convivência,
de antepassados indígenas e europeus entre esses remanescentes. bem como o desenvolvimento
da empatia e do respeito com
Nessas comunidades, o conhecimento dos mais velhos é muito os idosos.
valorizado. Observe as fotos a seguir.
Para casa

Luciana Whitaker/Pulsar Imagens

Adriano Kirihara/Pulsar Imagens


y Atividade 2: Nessa atividade,
os estudantes deverão identifi-
car e compilar ensinamentos ou
aprendizados que tenham vindo
de pessoas mais velhas da famí-
lia ou comunidade. Oriente-os a
solicitar o auxílio dos pais ou res-
ponsáveis para realizá-la.

Jongo em quilombo. Presidente Reisado em comunidade quilombola em


Kennedy, Espírito Santo. Foto de 2019. Santa Maria da Boa Vista, Pernambuco.
Foto de 2019.

2 O que você aprende com as pessoas mais velhas de sua


família? No caderno, anote quatro ensinamentos que Saber
Ser
você aprendeu com elas. Escreva também o nome
dessas pessoas e o grau de parentesco com elas.
Respostas pessoais.
Para ex
plorar

Disque quilombola. Direção: David Reeks. Brasil: 2012 (13 min).


Nesse curta-metragem, crianças quilombolas e crianças que vivem em uma comunidade
num morro no município de Vitória, no Espírito Santo, conversam sobre a vida nas
comunidades onde vivem, suas atividades do dia a dia e sobre seus gostos.

cento e cinquenta e três 153

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APOIO DIDÁTICO

AJ_CH2_PNLD23_C12_146Aa157A_MP.indd 153 7/31/21 17:32


154 Capítulo 12 As escolas do Brasil

Vamos ler imagens!


ontem e hoje

HABILIDADE DESENVOLVIDA
NA SEÇÃO VAMOS LER
IMAGENS! Monumento romano: professores
» (EF02HI04) Selecionar e com-
preender o significado de obje-
e estudantes
tos e documentos pessoais como
fontes de memórias e histórias
nos âmbitos pessoal, familiar, es- Ao observar uma imagem, é importante prestar atenção na
colar e comunitário. posição dos elementos, como objetos e personagens. Isso pode
ajudar a compreender melhor a obra.
COMPONENTE ESSENCIAL Observe, a seguir, uma cena escolar retratada pelos romanos
PARA A ALFABETIZAÇÃO
antigos.
» Conhecimento alfabético.
E P E E

Bettmann Archive/Getty Images


Detalhe de monumento romano feito há mais de dois mil anos. Atualmente, ele é chamado
de O mestre e seus discípulos. Esse monumento se encontra no museu Rheinisches
Landesmuseum, em Trier, na Alemanha, e é um importante documento histórico.

Agora é a sua vez

1 Nesse monumento, quem possivelmente seria o mestre ou


professor? E quem possivelmente seriam os discípulos ou
estudantes? Preencha os quadrinhos de cada personagem
de acordo com a legenda a seguir.
P  professor E  estudante

• Que pistas da imagem você usou para descobrir quem


é o professor e quem são os estudantes? Resposta pessoal.

154 cento e cinquenta e quatro

Orientações didáticas
AJ_CH2_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 154 e retomar o trabalho feito no capítulo 10 7/10/21 8:28 AM AJ_C

sobre os objetos escolares. O texto pre-


y Nessa seção, a longa temporalidade é re-
APOIO DIDÁTICO

sente na página seguinte deste manual


tomada, apresentando-se uma imagem
amplia os conhecimentos sobre o tema.
referente ao cotidiano dos romanos anti-
gos. O foco da análise proposta é a iden- Roteiro de aula
tificação das personagens e das relações
que elas estabelecem entre si, favore- y Faça a leitura coletiva do texto de
introdução e, se julgar convenien-
cendo o reconhecimento das relações te, oriente os estudantes a observar
sociais representadas em uma imagem. atentamente os detalhes do monu-
y A seção também permite aos estudan- mento. Peça a eles que descrevam o
tes identificar permanências e transfor- que veem. Esse exercício promove a
mações na relação entre mestres e dis- identificação e a interpretação dos
cípulos e entre professores e estudantes detalhes da imagem, e as observa-

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As escolas do Brasil Capítulo 12 155
ontem e hoje
2 Esse monumento romano é antigo ou é atual? Há quanto tempo
ele foi feito?
[…] Roma teve como texto-base
É antigo. Foi feito há quase dois mil anos.
da educação as Doze Tábuas, escri-
3 Observe os objetos que as personagens estão utilizando. Você to em bronze e exposto, publica-
mente, no fórum no ano de 451 a.C.
sabe os nomes deles? Marque com um X o material a seguir que
Os estudantes podem relacionar a volumina ao livro; a Nela destacava-se o valor da tradi-
aparece na imagem. ção que compreende o espírito, os
capsa à mochila, à lancheira ou a outros tipos de bolsa;
o styllus ao estilete ou à caneta. costumes, a disciplina dos pais. As
Ilustrações: Carlos Caminha/ID/BR

X O objetivo é que consigam tábuas traziam uma educação vol-


relacionar a função dos objetos tada para a dignidade, a coragem, a
na Antiguidade com a função dos firmeza como valores máximos. No
objetos escolares na atualidade. centro deste processo Catão colocou
a família, o papel prioritário do pai
e sua função de guia e de exemplo.
Os ensinamentos dos
mestres estavam escritos Na Roma arcaica a educação teve
nas volumina, antigos caráter prático, familiar e civil. Na
manuscritos que tinham o vida familiar o papel central era do
formato de rolo.
pai, responsável por formar o civis
romanus. A mãe também partici-
pava dessa educação, ela tomava
conta da criança tanto no aspecto
espiritual como material.
Em Roma, é a mãe quem edu-
ca seu filho, ela seria responsável
pelo crescimento físico e moral da
Para carregar a volumina, criança desde a nutrição à criação,
os romanos costumavam à instrução, ao sustento. Marrou
utilizar a capsa, um tipo de (1971 […]) explica que a educação
bolsa de madeira. da criança caberia à mãe até aos
sete anos de idade, após a educa-
ção seria exclusividade do pai, por
ele ser considerado o verdadeiro
educador. Acrescenta, ainda, que,
enquanto existirem mestres, a ação
destes será sempre considerada se-
melhante à autoridade paterna.
Costa, Leila Pessôa da; Santa Bárbara,
Para treinar a escrita, os
Rubiano Brasílio. A educação da criança
romanos escreviam em uma na Idade Antiga e Média. In: VII Jornada
tábua de cera com o styllus, de Estudos Antigos e Medievais, 2008,
instrumento de ponta afiada. Maringá. Disponível em: http://www.
ppe.uem.br/jeam/anais/2008/pdf/c008.

• Alguns desses objetos se parecem com os objetos escolares


pdf. Acesso em: 22 jul. 2021.

utilizados atualmente? Em caso afirmativo, cite alguns.

cento e cinquenta e cinco 155

:28 AM ções podem ser retomadas na realiza-


AJ_CH2_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 155
y Atividade 2: O objetivo é retomar com 7/10/21 8:28 AM

ção das atividades. os estudantes a exploração da identifi-


APOIO DIDÁTICO

y Atividade 1: A proposta privilegia a ati- cação da legenda e da temporalidade.


tude historiadora, ao estimular os estu- Se julgar conveniente, antes da escrita
dantes a buscar elementos da fonte his- peça a eles que contornem a informa-
tórica para identificar as personagens ção solicitada no texto da legenda.
representadas e os papéis sociais esta- y Atividade 3: Após identificar os mate-
belecidos entre elas. Eles podem apon- riais que aparecem no monumento, leia
tar os seguintes elementos: os objetos com os estudantes as legendas e esti-
semelhantes aos materiais escolares mule-os a comparar esses objetos do
que conhecem; o fato de haver apenas passado com aqueles utilizados por eles
um adulto, ao centro, e crianças ao re- no presente. Peça-lhes que apontem as
dor, voltadas para ele; entre outros. semelhanças e as diferenças entre eles.

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156 Capítulo 12 As escolas do Brasil
ontem e hoje
re
Aprender semp
HABILIDADES AVALIADAS
NA SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF02GE06) Relacionar o dia e 1 Leia o relato de dona Tereza, de 67 anos, sobre a escola onde
a noite a diferentes tipos de ati- ela estudou.
vidades sociais (horário escolar,
comercial, sono etc.).
» (EF02HI03) Selecionar situações Eu entrei com 7 anos e estudava o dia inteiro. Eu lembro que no
cotidianas que remetam à per- primário eu estudava Matemática, Português, História, das 9 h da manhã às
cepção de mudança, pertenci- 5 h da tarde, com intervalo de uma hora para o almoço. […] tinha também
mento e memória.
trabalhos manuais, a gente levava um bordadinho para fazer, uma costura
» (EF02HI04) Selecionar e com-
[…] . Aos sábados era o dia que a gente fazia esses trabalhos. Sábado era só
preender o significado de obje-
tos e documentos pessoais como meio dia. […] A escola […] tinha sala só de meninas e só de meninos.
fontes de memórias e histórias Relato de dona Tereza recolhido e publicado por Magda Sarat. Memórias da infância
nos âmbitos pessoal, familiar, es- e histórias da educação de imigrantes estrangeiros no Brasil. Em: VI Congresso
colar e comunitário. Luso-brasileiro de História da Educação, abr. 2006, Uberlândia, Minas Gerais.

» (EF02HI09) Identificar objetos e


documentos pessoais que reme- a. Algumas pessoas mais velhas, como dona Tereza, ao falar
tam à própria experiência no âm-
bito da família e/ou da comuni- sobre a escola, usam palavras como primário e ginásio. Você
dade, discutindo as razões pelas sabe o que elas significam? Pergunte aos adultos de sua
quais alguns objetos são preser- família para descobrir o significado delas e anote no caderno.
vados e outros são descartados. Veja comentário no Roteiro de aula.
b. O quadro a seguir traz algumas características da escola
COMPONENTES ESSENCIAIS onde dona Tereza estudou. Mas estão faltando informações.
PARA A ALFABETIZAÇÃO Complete-o.
» Compreensão de textos.
Características Escola onde dona Tereza estudou
» Produção de escrita.
Qual era o horário
Das 9 horas da manhã às 5 horas da tarde.
das aulas?
Para casa

y Atividade 1a: A proposta pro- Quais eram as Matemática, Português, História e trabalhos
move a literacia familiar, mo- disciplinas estudadas?
mento em que os estudos são manuais, como bordado e costura.
retomados e aprofundados na
companhia dos responsáveis. Os estudantes
Nesse caso, instrua os estudan- almoçavam
tes a obter informações sobre na escola? Sim.
o processo escolar dos adultos,
ampliando a identificação das Havia aulas aos
semelhanças e das diferenças sábados? Sim.
inerentes ao processo histórico.
As turmas eram
mistas? Não, as turmas eram só de meninos e só de meninas.

156 cento e cinquenta e seis

Roteiro de aula de Língua Portuguesa, ao mobilizar ha-


AJ_CH2_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 156 valorização dessas e de outras culturas 7/3/21 7:29 PM AJ_C

bilidades relacionadas à oralidade e à e do respeito a todas elas. Diga-lhes


y Atividade 1: O relato sobre a esco-
APOIO DIDÁTICO

la do início do século XX auxilia na organização de informações. Auxilie-os que os diferentes saberes e conheci-
compreensão das noções de tempo e no preenchimento da tabela e, no mo- mentos são fundamentais para a for-
das mudanças e permanências de cos- mento dos relatos, organize uma roda mação da identidade de um grupo ou
tumes nesse espaço. Ao ler o relato, os de conversa, favorecendo as expres- comunidade.
estudantes vão coletar informações so- sões de cada um. Auxilie os estudantes na escrita das fra-
bre o cotidiano escolar do passado, o y Atividade 3: A questão permite reto- ses e promova o compartilhamento de-
que estimula a atitude historiadora. mar os conteúdos estudados no capí- las em uma roda de conversa. Se julgar
y Atividade 2: Os estudantes vão sele- tulo. Se julgar oportuno, proponha um oportuno, proponha que as frases sejam
cionar aspectos de seu cotidiano esco- debate com os estudantes antes de escritas em papéis coloridos e que estes
lar para produzir um relato oral sobre iniciar a atividade. Verifique o que eles sejam fixados no mural da sala de aula,
ele, fazendo o trajeto oposto ao que foi compreenderam sobre essas culturas. criando um mosaico de frases sobre a di-
solicitado no item anterior. A atividade Nesse momento, aproveite para esti- versidade escolar das comunidades tra-
proporciona a integração com a área mular a reflexão sobre a importância da dicionais brasileiras.

AJ_CH2_PNLD23_C12_146Aa157A_MP.indd 156 7/31/21 17:32


As escolas do Brasil Capítulo 12 157
ontem e hoje
2 Agora, complete o quadro a seguir com as características da
escola onde você estuda. Respostas pessoais.
Saber
Ser
Consciência social
Características Escola onde você estuda y Atividade 3: Ao propor a re-
flexão sobre a importância de
Qual é o horário
preservar a cultura de comuni-
das aulas? dades ribeirinhas e quilombo-
las, o que pode ser expandido
para os povos indígenas, a ati-
Quais são as disciplinas vidade favorece o desenvolvi-
estudadas? mento da empatia, o respeito
e a valorização da diversidade.

Os estudantes
almoçam na escola?

Há aulas aos sábados?

As turmas são mistas?

3 As escolas de comunidades ribeirinhas e de


remanescentes de quilombos são muito importantes para Saber
Ser
a preservação da cultura desses grupos e para a educação
dessas comunidades. Observem estas fotos e escrevam,
no caderno, uma frase sobre isso para cada caso.
Resposta pessoal.
Andre Dib/Pulsar Imagens

Estudantes chegando de barco à


Escola Municipal Lago do Catalão,
uma escola flutuante no município
de Iranduba, Amazonas.
Foto de 2020.
Cesar Diniz/Pulsar Imagens

Estudantes durante aula na Escola


Estadual Quilombola Professora Tereza
Conceição de Arruda, do Quilombo
Mata Cavalo, no município de Nossa
Senhora do Livramento, Mato Grosso.
Foto de 2020.

cento e cinquenta e sete 157

29 PM AJ_CH2_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 157 8/2/21 12:04

APOIO DIDÁTICO

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157A Conclusão do capítulo 12

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 12
Sugestões para a avaliação formativa
1. Este capítulo tem como tema central as mudanças e as permanências no espaço escolar. O desenvolvimento se
concretiza levando em consideração a multiplicidade da realidade brasileira, contemplando, assim, as comunidades
ribeirinhas, quilombolas e indígenas, em diálogo com a comunidade dos estudantes, sejam elas integrantes desses
universos ou não.
2. A seção Aprender sempre, do Livro do Estudante, recupera e aprofunda o conteúdo trabalhado ao longo do capítulo,
favorecendo a verificação da aprendizagem e oferecendo estratégias de recuperação de defasagens.
3. As atividades 1 e 2 abordam, por meio do trabalho com o registro de um relato oral, aspectos das habilidades
EF2HI03 e EF02HI09. Nesse sentido, é importante que os estudantes reconheçam o relato oral como uma fonte
documental e que identifiquem, por meio desse relato, bem como pelo reconhecimento de suas experiências no
presente, as mudanças e as permanências ocorridas no espaço escolar.
4. A identificação da rotina escolar em diferentes temporalidades permite ainda a mobilização e a avaliação do desen-
volvimento dos estudantes em relação à habilidade EF02GE06.
5. Na atividade 3, os estudantes são mobilizados a analisar duas fontes documentais sobre escolas: uma situada em
uma comunidade quilombola e outra em uma comunidade ribeirinha. Ao serem incentivados a comentar as fontes
apresentadas, levando em consideração a preservação cultural das comunidade que elas retratam, os estudantes
mobilizam aspectos das habilidades EF02HI03 e EF02HI04.

Atividades de remediação
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no desenvolvimento das habilidades EF02HI03 e EF02HI09, sugira
aos estudantes a retomada da atividade 1a. Quando interrogados sobre a diferença entre primário e ginásio e as
denominações atuais, Ensino Fundamental e Ensino Médio, os estudantes foram incentivados a conversar com um
adulto por ele responsável para reconhecer esses significados. Assim, proponha a eles que retomem esse diálogo com
esse adulto da família, solicitando a ele que construa uma narrativa semelhante à de dona Tereza. Em aula, os estu-
dantes devem compartilhar os relatos com os colegas, observando as diferenças e as semelhanças entre as narrativas.
• Atividade 2: Caso seja necessário retomar o desenvolvimento das habilidades EF02HI03, EF02HI04 e EF02HI09,
faça com os estudantes uma visita virtual guiada a uma aldeia. Se houver laboratório de informática disponível na
escola, reserve um horário para que a turma possa acessar o site Aldeia 360, disponível em: https://www.aldeia360.
art.br/ (acesso em: 22 jul. 2021). A plataforma possibilita uma visita à aldeia Tekoa Itakupe, terra indígena localizada
no Pico do Jaraguá, no município de São Paulo. Além do espaço físico, os estudantes podem observar, por meio de
vídeos, a organização dessa comunidade. A atividade recupera e aprofunda conhecimentos explorados ao longo do
volume, em especial o reconhecimento da diversidade e a necessária valorização das mais diferentes culturas.

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Subsídios para a avaliação de resultado 158A

SUBSÍDIOS PARA A AVALIAÇÃO DE RESULTADO


• Essa seção é dedicada à revisão, à retomada sistemática características de outras temporalidades, os estudantes
e à avaliação de resultado do processo de aprendizagem demonstram desenvolvimento em relação à habilidade
conduzido ao longo do volume. Dada a importância desse EF02HI03.
momento, reserve um tempo para mediar a discussão das • Na atividade 6, os estudantes devem identificar as carac-
atividades, que devem ser respondidas pelos estudantes, terísticas das atividades extrativistas em cada foto. O re-
seguindo a proposta de avaliar a assimilação dos objetos conhecimento dessas características é indicativo do de-
de conhecimento abordados no volume. senvolvimento da habilidade EF02GE07.
• Um passo importante é avaliar os objetos de conhecimen- • As atividades 7 e 8 têm como principal objetivo a son-
to que não foram bem assimilados por alguns estudantes.
dagem do desenvolvimento dos estudantes em relação à
Nesse caso, é fundamental retomar o capítulo no qual es-
produção de escrita e à contagem de elementos, mas tam-
ses objetos tenham sido abordados ou, ainda, mais espe-
bém podem ser indicativas do desenvolvimento das ha-
cificamente, as páginas em que foram trabalhados. Assim,
bildiades EF02GE09, EF02HI01, EF02HI04 e EF02HI09.
esse momento também se configura como uma retomada
e revisão. • A atividade 9 avalia se os estudantes conseguem identifi-
car a posição de construções e objetos levando em consi-
• É essencial orientar a mediação das atividades conside-
deração diferentes pontos de referência da escola, propi-
rando o contexto do desenvolvimento das habilidades.
ciando, assim, a avaliação da habilidade EF02GE10.
Por isso, se julgar conveniente, com base na identificação
das habilidades na coluna da página, mapeie como está • Por fim, na atividade 10 verifica-se a compreensão dos es-
o desenvolvimento dos estudantes. Se for apropriado ao tudantes em relação à historicidade de objetos que fazem
tamanho e às características da turma, componha uma fi- parte de seu cotidiano escolar, propiciando a avaliação das
cha por estudante que permita avaliar todas as habilidades habilidades EF02HI04 e EF02HI05.
mapeadas.
• A seção Até breve! permite identificar se esses conheci-
mentos, habilidades e competências foram concretizados Atividades de remediação
por meio de atividades, bem como detectar possíveis de- • Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no de-
fasagens para que se construam estratégias de recupera- senvolvimento das habilidades EF0GE02, EF02GE04,
ção. Nas Orientações didáticas e no Roteiro de aula são EF02GE08, EF02GE09, EF02HI01 e EF02HI08, peça aos
dispostos comentários e sugestões para o desenvolvimen- estudantes que troquem de livros e analisem os desenhos
to da avaliação de resultado e como proceder em relação realizados pelos colegas na atividade 4. O estudante que
aos resultados dela. vai analisar a atividade do colega deve compreender o de-
• Na atividade 1, os estudantes são mobilizados a identificar senho como documento que informa sobre parte da vida
semelhanças e diferenças entre brincadeiras do passado do colega. Com base nessa observação, eles devem levan-
(realizadas por seus pais ou por adultos da comunidade tar hipóteses e informações sobre o lugar onde mora o
da qual faz parte) e do presente (realizadas por eles mes- colega e suas atividades favoritas, que devem ser confir-
mos). Desse modo, a seleção de memórias relacionadas a madas ou retificadas pelo autor do desenho.
essas brincadeiras pode ser indicativa do desenvolvimento
• Atividade 2: Para o aprofundamento e a recuperação
das habilidades EF02HI03, EF02HI05 e EF02HI08.
das habilidades EF0GEI02, EF02GE09, EF02HI02 e
• De forma semelhante, o trabalho com o resgate e a orde- EF02HI10, proponha uma atividade de retomada de con-
nação de memórias relacionadas a diferentes momentos teúdo e análise de novos dados. Se houver laboratório de
de sua história de vida, proposto na atividade 2, é indi- informática na escola, reserve uma aula no espaço e orien-
cativo do desenvolvimento das habilidades EF02HI03 e te os estudantes a explorar o site do Instituto Socioam-
EF02HI06.
biental a respeito da Rede de Cantinas da Terra do Meio,
• A atividade 3 mobiliza os estudantes a evidenciar e a com- no Pará, disponível em: https://www.socioambiental.org/
parar atividades cotidianas realizadas pelos indivíduos de pt-br/noticias-socioambientais/semana-do-extrativismo-
sua família e comunidade. Em decorrência disso, trata-se mostra-expansao-da-rede-de-cantinas-da-terra-do-meio-
de um momento oportuno para a avaliação dos estudan- no-para (acesso em: 4 jun. 2021). Pergunte à turma qual é
tes em relação às habilidades EF02GE02, EF02GE04, o tema central da reportagem, a identificação e a locali-
EF02GE06, EF02HI02 e EF02HI10. zação dos grupos envolvidos na organização da extração
• Na atividade 4, os estudantes são mobilizados a elabo- das castanhas, dos óleos e das farinhas e a relação que se
rar um mapa mental de sua vizinhança, configurando-se estabeleceu com o meio ambiente, se atenta ou não à pre-
como um momento oportuno para verificação das habili- servação da natureza e aos respeito à cultura local dessas
dades EF02GE08 e EF02GE10. comunidades. A atividade permite aos estudantes perce-
• A atividade 5 avalia a percepção dos estudantes em rela- ber que a produção de recursos naturais não significa ne-
ção às transformações nas formas de construir em cada cessariamente prejuízo à natureza. Quando feita de forma
época. Ao reconhecer construções em seu município com racional, permite a sobrevivência humana e do ambiente.

AJ_CH2_PNLD23_ATEBREVE_158Aa159A_MP.indd 158 8/2/21 12:07


158 Até breve!

HABILIDADES AVALIADAS NA ATÉ BREVE!


SEÇÃO ATÉ BREVE!
» (EF02GE02) Comparar costumes A cada ano escolar, você e os colegas vivenciam novos desafios e
e tradições de diferentes popula- aprendizagens. Você já parou para pensar no quanto aprendeu neste
ções inseridas no bairro ou comu-
nidade em que vive, reconhecen- ano? Para saber isso, realize a avaliação a seguir.
do a importância do respeito às
diferenças.
» (EF02GE04) Reconhecer seme-
lhanças e diferenças nos hábitos, 1 As brincadeiras mudam com o passar do tempo? Comente
nas relações com a natureza e no as semelhanças e as diferenças entre o modo como você
modo de viver de pessoas em di- brinca hoje e o modo como seus pais ou as pessoas adultas de
ferentes lugares.
sua comunidade brincavam quando eram crianças.
» (EF02GE06) Descrever a histó- Resposta pessoal.
ria das migrações no bairro ou 2 No caderno, faça uma linha do tempo e indique o ano em que
comunidade em que vive.
ocorreram os seguintes acontecimentos em sua vida: quando
» (EF02GE07) Descrever as ativi- você nasceu; quando você começou a estudar e o ano atual.
dades extrativas (minerais, agro- Resposta pessoal.
pecuárias e industriais) de dife- 3 Como é o dia a dia de sua família ou de sua comunidade? As
rentes lugares, identificando os
impactos ambientais. atividades que vocês realizam são parecidas com as atividades
» (EF02GE08) Identificar e ela-
que seus colegas de turma realizam com as famílias deles ou
borar diferentes formas de re- com as comunidades deles? Por quê?
presentação (desenhos, mapas Respostas pessoais.
mentais, maquetes) para repre- 4 Faça um desenho que represente sua vizinhança. Nesse
sentar componentes da paisa- desenho, indique a localização de sua casa e os lugares que
gem dos lugares de vivência. você frequenta todo dia.
» (EF02GE09) Identificar objetos
e lugares de vivência (escola e
moradia) em imagens aéreas e Desenho do estudante.
mapas (visão vertical) e fotogra-
fias (visão oblíqua).
» (EF02GE10) Aplicar princípios de
localização e posição de objetos
(referenciais espaciais, como fren-
te e atrás, esquerda e direita, em
cima e embaixo, dentro e fora) por
meio de representações espaciais
da sala de aula e da escola.
» (EF02HI01) Reconhecer espaços
de sociabilidade e identificar os
motivos que aproximam e sepa- 5 Algumas construções ou alguns lugares apresentam
ram as pessoas em diferentes gru- características de outras épocas. Cite um exemplo de alguma
pos sociais ou de parentesco.
construção ou de algum lugar do município onde você vive que
» (EF02HI02) Identificar e descre- apresenta características do passado. Resposta pessoal.
ver práticas e papéis sociais que
as pessoas exercem em diferen-
tes comunidades. 158 cento e cinquenta e oito

» (EF02HI03) Selecionar situações


cotidianas que remetam à per-
cepção de mudança, pertenci- Orientações Didáticas
AJ_CH2_LA_PNLD23_ATEBREVE_158a159_LA.indd 158 festações dos estudantes, que devem 7/4/21 10:41 AM

mento e memória. se expressar de forma oral, dada a faixa


y Na seção Até breve!, retomam-se con-
APOIO DIDÁTICO

etária do grupo.
» (EF02HI04) Selecionar e com- cepções de espaço público e privado,
preender o significado de obje- papéis sociais desempenhados, normas y Atividade 1: Espera-se que os estu-
tos e documentos pessoais como e atitudes, representações das vivências dantes identifiquem que as brincadei-
fontes de memórias e histórias e do espaço que foram desenvolvidos ras e os jeitos de brincar mudam com
nos âmbitos pessoal, familiar, es- ao longo de todo o volume do Livro do o passar do tempo e até mesmo uma
colar e comunitário. Estudante. mesma brincadeira pode possuir dife-
rentes variações.
» (EF02HI05) Selecionar objetos e y Assim, o conteúdo dessa seção possibilita
documentos pessoais e de gru- a avaliação do desenvolvimento dos estu- y Atividade 2: Se achar conveniente, utilize
pos próximos ao seu convívio e dantes em relação a essas temáticas. as linhas do tempo como instrumento de
compreender sua função, seu troca de informações entre a turma, que
uso e seu significado.
Roteiro de aula deve observar a proximidade dos even-
y Para melhor desenvolver as ativida- tos ocorridos e as possíveis diferenças de
des, promova a leitura em voz alta das percurso. Insista na importância de valo-
questões da seção. Valorize as mani- rizar cada trajetória como singular.

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Até breve! 159
6 Relacione cada foto à descrição abaixo.

» (EF02HI06)

Cadu De Castro/Pulsar Imagens

Cadu De Castro/Pulsar Imagens

Cadu De Castro/Pulsar Imagens


A B C Identificar e organi-
zar, temporalmente, fatos da vida
cotidiana, usando noções relacio-
nadas ao tempo (antes, durante,
ao mesmo tempo e depois).
» (EF02HI08) Compilar histórias
da família e/ou da comunidade
registradas em diferentes fontes.

Extração de açaí em Pescador em Mocajuba, Garimpeiro em Amajari, » (EF02HI09) Identificar objetos


Mocajuba, Pará. Foto de Pará. Foto de 2020. Roraima. Foto de 2019. e documentos pessoais que re-
metam à própria experiência
2020.
no âmbito da família e/ou da
A Extrativismo C Extrativismo B Extrativismo comunidade, discutindo as razões
vegetal mineral animal pelas quais alguns objetos são
preservados e outros são descar-
7 No espaço a seguir, escreva o endereço completo da escola tados.
onde você estuda. Consulte seu professor se necessário. » (EF02HI10) Identificar diferen-
tes formas de trabalho existen-
Resposta pessoal. tes na comunidade em que vive,
seus significados, suas especifi-
8 Você vai identificar quantos estudantes em sua sala de aula cidades e importância.
são meninas e quantos são meninos. Para isso, preencha os
quadrinhos a seguir com estas informações: Respostas pessoais. COMPONENTE ESSENCIAL
a.  Número total de estudantes. PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Produção de escrita.
b.  Número de meninas entre os estudantes.

c.  Número de meninos entre os estudantes.

9 Observando o entorno da escola onde vocês estudam,


identifiquem os seguintes itens: Respostas pessoais.
a. O que existe na frente da escola:

b. O que existe atrás da escola:

c. O que existe do lado direito da escola:

d. O que existe do lado esquerdo da escola:

10 Como vocês aprenderam ao longo deste ano, alguns objetos


podem nos ajudar a conhecer a história de um lugar ou de
um grupo de pessoas. Quais objetos de sua sala de aula ou da
escola vocês escolheriam preservar para que os pesquisadores
do futuro pudessem conhecer a história de vocês? Por quê?
Respostas pessoais.
cento e cinquenta e nove 159

y Atividade 3: Nessa atividade, os estu-


AJ_CH2_LA_PNLD23_ATEBREVE_158a159_LA.indd 159 temporalidades que podem existir no 7/10/21
y Atividade 9: Se julgar relevante, realize
9:00 AM

dantes são mobilizados a identificar as município onde vivem. essa atividade coletivamente, de modo
APOIO DIDÁTICO
atividades cotidianas de sua família ou que cada estudante possa complemen-
comunidade e compará-las com as ati-
y Atividade 6: As fotografias devem ser
trabalhadas como fontes de informa- tar as informações solicitadas.
vidades realizadas pelas famílias e co-
munidades dos colegas, reconhecendo
ção, podendo a atividade ser conduzi- y Atividade 10: Ao realizar essa ativida-
da de forma coletiva, a fim de que os de, os estudantes devem indicar obje-
semelhanças e diferenças no cotidiano
estudantes possam complementar as tos cujo uso e valor sejam significativos
de cada grupo ou comunidade.
respostas uns dos outros. para entender a organização deles em
y Atividade 4: Verifique, por meio dos
desenhos dos estudantes, se eles con- y Atividades 7 e 8: Essas atividades pos- contexto escolar. Mencione, por exem-
seguiram elaborar um mapa mental de sibilitam a observação do desenvolvi- plo, que os livros didáticos são utiliza-
suas vizinhanças, indicando os lugares mento dos estudantes em relação ao dos pelos historiadores para acessar
que frequentam diariamente. componente essencial para a alfabeti- os conteúdos valorizados ao longo do
y Atividade 5: Nessa atividade, espera- zação produção de escrita, bem como tempo, a forma como são abordados,
-se que os estudantes sejam capazes da habilidade de numeracia relaciona- as linguagens textuais e iconográficas
de identificar elementos de diferentes da à contagem de elementos. e seus usos, entre outras possibilidades.

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160 Bibliografia comentada

BIBLIOGRAFIA COMENTADA
ArAnhA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação Alessandri Carlos, é uma coletânea de artigos de
e da pedagogia. São Paulo: Moderna, 1996. diversos geógrafos sobre práticas escolares para
O livro propõe práticas que priorizam as diferentes trabalhar a Geografia na sala de aula.
realidades e contextos escolares durante o pro-
cesso de aprendizagem, considerando o contexto cArvAlho, José Sérgio F. Educação, cidadania e
histórico algo primordial para a aprendizagem. direitos humanos. São Paulo: Vozes, 2004.
A obra de José Sérgio Carvalho faz uma reflexão
Ariès, Philippe. História social da criança e da sobre a formação de professores à luz dos direi-
família. Rio de Janeiro: LTC, 1981. tos humanos e sobre as relações na instituição
Nesse livro, o medievalista Philippe Ariès analisa escolar, inclusive sobre os conflitos presentes no
transformações sociais e comportamentais rela- cotidiano escolar.
cionadas à família, especialmente no que se refere
ao desenvolvimento do conceito de infância como certeAu, Michel de. A escrita da história. 3. ed. Rio
categoria distinta dos adultos. de Janeiro: Forense Universitária, 2011.
Nesse livro, Michel Certeau propõe uma reflexão
Bittencourt, Circe. Livros didáticos: entre textos e sobre o fazer historiográfico e sobre as diver-
imagens. In: Bittencourt, Circe (org.). O saber sas abordagens possíveis para a construção do
histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1996. conhecimento histórico.
O texto da autora Circe Bittencourt se debruça
sobre a importância das imagens e das ilustrações cunhA, Manuela Carneiro da. História dos índios no
nos livros didáticos tanto no Ensino Fundamental Brasil: história, direitos e cidadania. São Paulo:
1 quanto no Ensino Fundamental 2. A proposta da Claro Enigma, 2013 (Coleção Agenda Brasileira).
historiadora é compreender como a relação entre A obra apresenta um panorama sobre os direitos dos
imagens e textos escritos pode auxiliar no proces- indígenas brasileiros e a forma como sua cidadania foi
so de aprendizagem dos estudantes. construída ao longo dos anos.

BrAsil. [Constituição (1988)]. Constituição instituto BrAsileiro de GeoGrAfiA e estAtísticA (IBGE).


da República Federativa do Brasil de 1988. Meu 1º atlas. 4. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.
Brasília, DF: Presidência da República [2016]. Esse atlas do IBGE é destinado ao Ensino
Disponível em: https://www2.senado.leg.br/ Fundamental I e apresenta atividades e práticas que
bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_ auxiliam os estudantes a desenvolver o raciocínio
EC91_2016.pdf. Acesso em: 5 abr. 2021. geográfico e as noções de lateralidade e cartografia.
Site com a íntegra do texto da Constituição
brasileira, um marco legislativo que estrutura luckesi, Cipriano. Avaliação da aprendizagem
as bases constitucionais no Brasil, aprovada escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
pela  Assembleia Nacional Constituinte  e promul- Nesse livro, o autor defende a perspectiva das
gada  em 1988. avaliações diagnósticas, ou seja, que as práticas
de avaliação escolar devem ser pautadas no diag-
BrAsil Ministério da Educação. Secretaria de Educação nóstico do aprendizado dos estudantes, e não em
Básica. Base nacional comum curricular: educação sua classificação.
é a base. Brasília: MEC/SEB, 2018. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso oliveirA, Lívia de. Percepção do meio ambiente
em: 5 abr. 2021. e geografia: estudos humanistas do espaço,
Um dos principais documentos de caráter nor- da paisagem e do lugar. São Paulo: Cultura
mativo que regulam a Educação Básica no país, a Acadêmica, 2017.
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define Nessa obra, a geógrafa Lívia de Oliveira traça
e uniformiza as aprendizagens essenciais que um paralelo entre a Geografia e a vida cotidiana,
devem ser desenvolvidas por todos os componen- evidenciando como os conceitos geográficos per-
tes curriculares em todas as escolas do país. meiam o dia a dia de todos.

Burke, Peter (org.). A escrita da história: novas PiAGet, Jean; inhelder, Barbel. A representação do
perspectivas. São Paulo: Ed. da Unesp, 2011. espaço na criança. Porto Alegre: Artmed, 1993.
Organizada por Peter Burke, a obra reúne artigos Nesse livro, os autores discutem como a represen-
de historiadoras e historiadores de grande desta- tação do espaço se desenvolve na criança, à luz
que em suas linhas de pesquisa, que apresentam de conceitos desenvolvidos pela teoria de Piaget.
as mais significativas tendências historiográficas
da atualidade. tufAno, Douglas. Dicionário infantil ilustrado. São
Paulo: Moderna, 2011.
cArlos, Ana Fani Alessandri (org.). Geografia na Dicionário voltado ao público infantil do Ensino
sala de aula. São Paulo: Contexto, 2007. Fundamental I com o objetivo de auxiliar os estu-
Esse livro, organizado pela geógrafa Ana Fani dantes a ampliar seu vocabulário.

160 cento e sessenta

AJ_CH2_PNLD23_Bibliografia_160_LA.indd 160 7/4/21 11:34 AM

AJ_CH2_PNLD23_FINAIS_ESPECIFICO_160_MP.indd 160 7/31/21 15:35


2o
ANO

2 2o ANO

GEOGRAFIA E HISTÓRIA
GEOGRAFIA
E HISTÓRIA
ÁREA DO CONHECIMENTO:

CIÊNCIAS HUMANAS
CIÊNCIAS HUMANAS

MANUAL DO
PROFESSOR

ENSINO

MANUAL DO
PROFESSOR
FUNDAMENTAL
LEDA LEONARDO DA SILVA
ANOS INICIAIS
MÔNICA LUNGOV
2 0 7 1 3 0 RAQUEL DOS SANTOS FUNARI
ISBN 978-65-5744-387-3

Editora responsável: Valéria Vaz


Organizadora: SM Educação
2 900002 071306 Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por SM Educação.

AJ_CIENCIAS HUMANAS_2_PNLD23_CAPA_LP.indd 1 8/5/21 10:30 AM

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