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3o

ANO

3 3o ANO

GEOGRAFIA E HISTÓRIA
GEOGRAFIA
E HISTÓRIA
ÁREA DO CONHECIMENTO:

CIÊNCIAS HUMANAS
CIÊNCIAS HUMANAS

MANUAL DO
PROFESSOR

ENSINO

MANUAL DO
PROFESSOR
FUNDAMENTAL
LEDA LEONARDO DA SILVA
ANOS INICIAIS
MÔNICA LUNGOV
2 0 7 1 3 1 RAQUEL DOS SANTOS FUNARI
ISBN 978-65-5744-389-7

Editora responsável: Valéria Vaz


Organizadora: SM Educação
2 900002 071313 Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por SM Educação.

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LEDA LEONARDO DA SILVA
3 3o ANO

Bacharela e licenciada em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Letras


e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP).
Professora do Ensino Fundamental.
MÔNICA LUNGOV
GEOGRAFIA
Bacharela e licenciada em História pela FFLCH-USP.
Consultora pedagógica e professora de História no Ensino Fundamental
e no Ensino Médio.
E HISTÓRIA
RAQUEL DOS SANTOS FUNARI ÁREA DO CONHECIMENTO:
Licenciada em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
CIÊNCIAS HUMANAS
Belo Horizonte.
Mestra e doutora em História pelo Instituto de Filosofia e Ciências
Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Pesquisadora-colaboradora do Departamento de História do Instituto de MANUAL DO
Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp.
Professora de História e supervisora de área no Ensino Fundamental e no
PROFESSOR
Ensino Médio.

EDITORA RESPONSÁVEL: VALÉRIA VAZ


Licenciada em História pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de
ENSINO
Mesquita Filho” (Unesp). FUNDAMENTAL
Especialista em Linguagens Visuais e mestra em Artes Visuais pela
Faculdade Santa Marcelina (FASM). ANOS INICIAIS
Bacharela em Letras pela FFLCH-USP.
Editora de livros didáticos.

Organizadora: SM Educação
Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por SM Educação.

São Paulo, 1a edição, 2021

AJ_PNLD2023_FRONTS_3_CH_LP.indd 1 04/08/2021 10:23


Aprender Juntos Geografia e História 3o ano
© SM Educação
Todos os direitos reservados

Direção editorial Cláudia Carvalho Neves


Gerência editorial Lia Monguilhott Bezerra
Gerência de design e produção André Monteiro
Edição executiva Valéria Vaz
Edição: Gabriel Careta, Jéssica Vieira de Faria, Mateus Américo Gaiotto
Suporte editorial: Fernanda de Araújo Fortunato
Coordenação de preparação e revisão Cláudia Rodrigues do Espírito Santo
Preparação: Rosinei Aparecida Rodrigues Araujo, Vera Lúcia Rocha
Revisão: Fátima Valentina Cezare Pasculli, Rosinei Aparecida Rodrigues Araujo,
Vera Lúcia Rocha
Apoio de equipe: Beatriz Nascimento
Coordenação de design Gilciane Munhoz
Design: Thatiana Kalaes, Lissa Sakajiri
Coordenação de arte Andressa Fiorio
Edição de arte: João Negreiros
Assistência de arte: Gabriela Rodrigues Vieira
Assistência de produção: Leslie Morais
Coordenação de iconografia Josiane Laurentino
Pesquisa iconográfica: Mariana Sampaio
Tratamento de imagem: Marcelo Casaro
Capa APIS Design
Ilustração da capa: Henrique Mantovani Petrus
Projeto gráfico APIS Design
Editoração eletrônica Essencial Design
Cartografia João Miguel A. Moreira
Pré-impressão Américo Jesus
Fabricação Alexander Maeda
Impressão

Em respeito ao meio ambiente, as Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


folhas deste livro foram produzidas com (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
fibras obtidas de árvores de florestas
Silva, Leda Leonardo da
plantadas, com origem certificada.
Aprender juntos geografia e história, 3º ano : ensino
fundamental : anos iniciais / Leda Leonardo da
Silva, Mônica Lungov, Raquel dos Santos Funari ;
editora responsável Valéria Vaz ; organizadora SM
Educação ; obra coletiva concebida, desenvolvida
e produzida por SM Educação. – 1. ed. – São Paulo :
Edições SM, 2021. – (Aprender juntos)

“Área do conhecimento: Ciências humanas”


ISBN 978-65-5744-388-0 (aluno)
ISBN 978-65-5744-389-7 (professor)

1. História (Ensino fundamental) 2. Geografia (Ensino


fundamental) I. Lungov, Mônica. II. Funari, Raquel dos
Santos. III. Vaz, Valéria. IV. Título. V. Série.

21-69411 CDD-372.89

Índices para catálogo sistemático:

1. Geografia e história : Ensino fundamental 372.89


Cibele Maria Dias — Bibliotecária — CRB-8/9427

1ª edição, 2021

SM Educação
Rua Cenno Sbrighi, 25 – Edifício West Tower n. 45 – 1o andar
Água Branca 05036-010 São Paulo SP Brasil
Tel. 11 2111-7400
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APRESENTAÇÃO
Prezado professor, prezada professora,

O mundo contemporâneo apresenta uma série de desafios para


quem discute e educa. Praticar educação, nos dias de hoje, exige
que formar os estudantes não se restrinja apenas aos conteúdos
ensinados, pois a escola é um espaço de convivência e de troca de
saberes.
Nesse sentido, este material didático foi cuidadosamente
pensado para auxiliar seu trabalho e garantir aos estudantes a
construção de uma aprendizagem consistente, gradual e significativa
nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A seleção dos conteúdos
contribui para a criatividade e o desenvolvimento integral do
estudante, oferecendo oportunidades para que ele expresse seus
pensamentos, reflita sobre o que está aprendendo e compartilhe
seu conhecimento de mundo com os demais. Assim, o professor
alcança os objetivos almejados e o estudante avança no processo
de formação como cidadão pensante e atuante na resolução de
problemas.
Os textos, as imagens, as atividades e os temas propostos,
além de permitirem o desenvolvimento das habilidades e das
competências específicas da área de Ciências Humanas previstas
na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), também contribuem
para que os estudantes se tornem indivíduos capazes de lidar com
as próprias emoções, aprendam a demonstrar empatia, a manter
relações sociais positivas e a tomar decisões de maneira responsável.
Desejamos que este material facilite a condução de suas aulas,
auxilie no trabalho com esta coleção e possa contribuir para sua
formação como docente.

Bom trabalho!

As autoras

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SUMÁRIO

Seção introdutória

O ensino de Geografia e História no Ensino Fundamental . . . . . . . . . . V


A interdisciplinaridade no Ensino Fundamental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VI
Objetivos gerais da coleção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VII
Proposta pedagógica da coleção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . X
Avaliação e aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIII
Organização e estrutura da coleção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIV
Organização dos conceitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIV
Estrutura da coleção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIV
O uso das letras de imprensa maiúsculas e minúsculas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XV
Códigos alfanuméricos das habilidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XV
Distribuição anual de conteúdos do volume . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVI
Organização do Manual do Professor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVIII
Bibliografia comentada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XX

Início da reprodução do Livro do Estudante

Sumário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Boas-vindas! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Capítulo 1 – Reconhecendo as paisagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Capítulo 2 – O relevo e a vegetação nas paisagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Capítulo 3 – A ação humana sobre a paisagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Capítulo 4 – O surgimento das vilas e das capitais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Capítulo 5 – O crescimento das cidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Capítulo 6 – O campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Capítulo 7 – A cidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
Capítulo 8 – O município é de todos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
Capítulo 9 – Diversidade cultural no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
Capítulo 10 – Povos indígenas no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
Capítulo 11 – Povos africanos no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134
Capítulo 12 – Comunidades ribeirinhas e caiçaras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
Até breve! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158
Bibliografia comentada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160

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Seção introdutória V

O ENSINO DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA


NO ENSINO FUNDAMENTAL
Nesta coleção, a interdisciplinaridade é privilegiada com momento, o ponto de partida é a sociedade humana reali-
a integração dos componentes curriculares Geografia e zando-se. Essa realização dá-se sobre uma base material:
História, da área de Ciências Humanas, levando-se em consi- o espaço e seu uso, o tempo e seu uso; a materialidade e
deração que o ser humano e suas ações estão relacionados suas diferenças formas, as ações e suas diversas feições
e integrados à realidade social e cultural. Além disso, o diálo- [...]. Assim, empiricizamos o tempo tornando-o material
go fluente, que ocorre entre esses componentes curriculares, e o assimilamos, desse modo, ao espaço, que não existe
possibilita que o trabalho com o todo, e não com as partes, sem a materialidade. A técnica entra aqui como um traço
seja mais adequado às crianças dessa faixa etária. Ao integrar de união, histórica e epistemologicamente. [...]1
conteúdos e relacionar conceitos de modo interdisciplinar,
procuramos sempre nos basear na curiosidade e na inquie- O trabalho com os conceitos de espaço e tempo, per-
tude das crianças, estimulando ainda mais o interesse e a cebidos como categorias indissociáveis, permite-nos uma
admiração delas pelo mundo do qual fazem parte, um mundo reflexão sobre a possibilidade de coexistência de tempos di-
repleto de problemas, mas também de soluções a serem bus- ferentes, sendo o espaço atual o resultado de distintas ações
cadas. Assim, apresentando aos estudantes temas familiares, passadas que se manifestam desigualmente e que continuam
cotidianos e relevantes, esperamos que eles comecem a ter a exercer força nas configurações do presente. Nesse sentido,
um pensamento geográfico e histórico da realidade que os o espaço geográfico deve ser entendido como historicamen-
rodeia. te produzido pelo ser humano, à medida que este se organiza
Ao longo das últimas décadas, o ensino de Geografia e socialmente e interage com o meio.
História tem passado por transformações significativas. Essas A partir dessa perspectiva, os estudantes poderão reco-
transformações no ensino refletem um mundo em constante nhecer as motivações e as ações dos diferentes grupos hu-
mudança, onde a emergência e a atuação de novos agen- manos, que, ao longo do tempo, vêm moldando o espaço da
tes sociais, bem como o emprego de novas tecnologias re- forma como ele é hoje e contribuindo para a continuidade
configuram as relações estabelecidas entre os diversos gru- de sua transformação no futuro. E, ao conhecerem as dife-
pos e indivíduos que compõem a sociedade, o espaço que rentes realidades resultantes das ações humanas no tempo
ocupam, onde interagem e o conhecimento que produzem. e no espaço e se identificarem como parte da sociedade, os
Na Geografia, por exemplo, criticou-se o modelo de ensino estudantes poderão refletir sobre as próprias relações inter-
de caráter meramente descritivo dos fenômenos geográficos pessoais e com o meio em que vivem, ampliando, assim, as
(físicos e humanos), e as novas correntes teóricas passaram possibilidades de participação social. Dessa forma, com esta
a objetivar uma Geografia crítica, pautada na compreensão coleção interdisciplinar, pretendemos que os estudantes te-
do espaço geográfico em suas múltiplas relações, visando nham condições de perceber e compreender as relações es-
compreender o papel da sociedade e sua relação com a natu- tabelecidas pelos seres humanos no tempo e no espaço, e de
reza na produção e na organização do espaço com base nas refletir sobre os significados dessas relações. Com base nessa
dinâmicas do território, da paisagem e do lugar. compreensão, visamos que eles reconheçam os seres huma-
nos como agentes transformadores do lugar onde vivem, to-
Em História, buscou-se a desconstrução de um modelo
mando a consciência da importância e da necessidade dos
de ensino que enfatizava exclusivamente os ditos heróis ou
cuidados que devem ter com a natureza e com tudo que
grandes personagens, uma noção de progresso abstrata e
dela faz parte.
uma concepção exclusivamente cronológica do tempo. Em
seu lugar, propôs-se a consideração de diferentes temporali- Partindo de uma perspectiva humanista de respeito à plu-
dades, a denúncia das desigualdades sociais e das violações ralidade cultural, social e política, esperamos que cada estu-
de direitos, a busca pela compreensão dos conflitos, e, por dante comece a se reconhecer como ser individual, que deve
fim, a valorização da diversidade cultural e étnica, como o cuidar de si mesmo, da própria saúde e da própria higiene,
acolhimento da diferença e a educação em direitos humanos. além de se identificar como ser social, percebendo que são
Em síntese, a construção de identidades e da cidadania e a inúmeras as situações de convivência com outras pessoas,
formação ética tornaram-se os eixos norteadores da seleção diferentes em suas origens, suas culturas, hábitos e vivências,
de conteúdos, dos métodos de ensino e dos objetivos defi- com as quais pode partilhar experiências, saberes e conheci-
nidos pelos professores de História para o desenvolvimento mentos. Sendo assim, espera-se que o estudante reconheça
de seu trabalho. que a valorização e o respeito às diferenças entre as pessoas
e à diversidade devem fazer parte de suas atitudes e da con-
Nesse sentido, as relações estabelecidas entre sociedade,
duta de todos, de maneira que o convívio em sociedade seja
espaço e tempo despontam como um dos principais eixos
pautado pela educação e pela tolerância.
estruturantes do ensino integrado de História e Geografia.
Nas escolas brasileiras, o ensino de Geografia e História
Como nos lembra Milton Santos:
realizado na infância ocorre principalmente durante o seg-
Tempo, espaço e mundo são realidades históricas, que mento do Ensino Fundamental. A palavra ensino tem em sua
devem ser intelectualmente reconstruídas em termos de
sistema, isto é, como mutuamente conversíveis, se a nossa 1 SantoS, M. Técnica, espaço, tempo: a globalização e o meio técnico-
preocupação epistemológica é totalizadora. Em qualquer científico-informacional. São Paulo: Edusp, 2008. p. 39.

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VI Seção introdutória

origem o termo latino signo, que, no sentido original, se refe- de outra disciplina também se compromete com seu próprio
re a sinal, marca. O ensino seria, então, o compartilhamento objeto. Concomitantemente, os dois professores, cada qual
de sinais e marcas de uma sociedade. Algo que, em si, marca em sua aula, remetem-se aos componentes curriculares re-
os indivíduos por toda a vida, como afirma o historiador Marc lacionados.
Ferro2. A palavra fundamental, por sua vez, evoca aquilo que Quando a definição de objetivos e temas específicos de
há de fundo, a base que sustenta algo. Assim, o nome do seg- cada área é feita em primeiro lugar, e só depois ocorre a jun-
mento, pelos seus próprios termos e significados, já entrega ção do grupo, em geral, cada um faz uma parte, e o todo
seu principal sentido: fornecer o fundamento cultural, a base, acaba não sendo contemplado. Sendo assim, reforça-se a
para formar cidadãos, indivíduos capazes de compreender o fragmentação do conhecimento, que é um enfoque contra-
mundo e agir nele. riado pela interdisciplinaridade.
Além dos impactos que a formação escolar traz para os Na interdisciplinaridade, os professores, cada qual com
indivíduos, há também a influência do aprendizado que cada
seus saberes, tentam responder a uma questão complexa,
criança traz consigo antes de ingressar na educação básica: a
que certamente apresentará falhas e incompletudes caso
educação familiar. Essa dimensão educativa marcante é espe-
seja abordada apenas por uma das áreas de conhecimento.
cialmente reconhecida na Política Nacional de Alfabetização
Nesse caso, o grupo de professores deve se reunir em torno
(PNA)3, que denomina esse processo de literacia familiar.
de um ou mais objetivos em comum.
Tomando como base pesquisas científicas sobre os proces-
sos cognitivos relativos ao aprendizado, o documento aponta Por que entender e praticar a interdisciplinaridade é im-
que as primeiras experiências infantis com relatos do pas- portante?
sado ocorrem nas fases de literacia emergente e literacia Para muitos autores, essa relevância está na necessidade
básica, fases consideradas essenciais para a aquisição das de olharmos o todo, e não apenas as partes. Olhar apenas um
habilidades que levam à alfabetização. aspecto nos leva, muitas vezes, a não entendermos os meca-
Já adentrando os anos iniciais do Ensino Fundamental, nismos complexos da totalidade, interpretando a realidade
as crianças passam a ter contato com habilidades que se de forma ingênua.
tornam mais complexas, como a fluência em leitura oral e as Um dos argumentos mais fortes para trabalharmos com
estratégias de compreensão de textos. Esse momento é de- base no modelo interdisciplinar é o crescente aumento da
nominado literacia intermediária e compreende o incentivo complexidade dos problemas enfrentados pela sociedade.
aos hábitos de leitura e à produção de escrita. Na prática, deveríamos olhar para a realidade complexa com
A área de Ciências Humanas permite o desenvolvimento cada um dos profissionais, colaborando, com suas compe-
de procedimentos de investigação, pesquisa e registro em tências específicas, em prol da resolução do problema.
diferentes fontes documentais, como paisagens, fatos e de- Ser interdisciplinar é ter predisposição para descobrir-se
poimentos. Tais ações se tornam um meio profícuo para o e descobrir o outro (Fazenda, 2005). Essa atitude interdisci-
desenvolvimento global dos estudantes, de acordo com sua plinar é muito mais do que apenas falar sobre o assunto: é
faixa etária, no que diz respeito à literacia, em suas diferentes viver a situação, é ter humildade para reconhecer seus limites
habilidades (a consciência fonológica e fonêmica, o conheci- e querer, de maneira absolutamente verdadeira, entregar-se
mento alfabético, a fluência em leitura oral, o desenvolvimen- ao novo.
to de vocabulário, a compreensão de textos e a produção de Mas de que novo estamos falando? Novas práticas que
escrita), e à numeracia, em seus múltiplos aspectos, utilizada
fazem parte de novas concepções devem ser pensadas.
de forma contextualizada para a resolução de questões ob-
Nesse contexto, para Santomé (1998), a seleção de conteú-
jetivas e cotidianas.
dos deveria ser discutida com base em temáticas que teriam
como desafio a solução de problemas. A vantagem de tra-
balhar com um currículo assim é poder facilitar a visão das
A interdisciplinaridade no dimensões éticas, políticas e socioculturais do conhecimento,
Ensino Fundamental reforçando uma importante característica da interdisciplinari-
dade: o sincretismo. Trata-se de uma visão do todo, diferen-
Antes de falarmos sobre a interdisciplinaridade, cabe di- temente da crença de que o conhecimento é constituído por
ferenciá-la de outro conceito, com o qual ela é, por vezes, parcelas do saber.
confundida: a multidisciplinaridade. O ensino, na maioria das vezes, oferece partes do conheci-
De modo muito geral, podemos dizer que a multidisci- mento como se fossem peças de um quebra-cabeça, e, como
plinaridade ocorre quando temos interação entre os com- os estudantes não organizam o conhecimento para a integra-
ponentes curriculares. Ao tratar de determinado tema, o ção, as peças ficam separadas (Santomé, 1998). Sendo assim,
professor de um componente curricular se responsabiliza para que as peças do quebra-cabeça se juntem, de modo
por trabalhar a sua parte do conteúdo, enquanto o professor que tenham significado e sentido, é necessário envolvimento.

No projeto interdisciplinar não se ensina, nem se apren-


2 Ferro, M. Manipulação da história no ensino e nos meios de de: vive-se, exerce-se. A responsabilidade individual é a
comunicação. São Paulo: Ibrasa, 1999. p. 13.
marca do projeto interdisciplinar, mas essa responsabili-
3 BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA:
dade está imbuída do envolvimento – envolvimento esse
Política Nacional de Alfabetização. Brasília: MEC/Sealf, 2019.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/images/banners/caderno_ que diz respeito ao projeto em si, às pessoas e às institui-
pna_final.pdf. Acesso em: 28 jul. 2021. ções a ele pertencentes (Fazenda, 2005, p. 17).

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Seção introdutória VII

Cabe, também, assinalar alguns caminhos indicados nas 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de in-
Diretrizes curriculares nacionais para o Ensino Fundamental formação e comunicação de forma crítica, significativa,
de 9 (nove) anos: reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar infor-
[...] Há propostas curriculares ordenadas em torno de gran- mações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
des eixos articuladores; experiências de redes que traba- exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
lham projetos de interdisciplinaridade com base em temas
geradores formulados a partir de problemas detectados 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais
na comunidade; as que procuram enredar esses temas às e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
áreas de conhecimento; os chamados currículos em rede; possibilitem entender as relações próprias do mundo do
as que propõem a integração do currículo por meio de trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cida-
conceitos-chave ou ainda de conceitos-nucleares que per- dania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
mitem trabalhar as questões cognitivas e as questões cul- consciência crítica e responsabilidade.
turais numa perspectiva transversal (Brasil, 2013, p. 119). 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações
confiáveis, para formular, negociar e defender ideias,
O contexto adotado para desenvolver esta coleção in-
pontos de vista e decisões comuns que respeitem e pro-
terdisciplinar é o espaço e o grupo de vivência do estudan-
movam os direitos humanos, a consciência socioambien-
te, suas interações com o ambiente e com o próprio corpo
tal e o consumo responsável em âmbito local, regional e
ao longo do crescimento. Dessa maneira, os conteúdos de
global, com posicionamento ético em relação ao cuidado
Ciências da Natureza e de Ciências Humanas têm campo fér- de si mesmo, dos outros e do planeta.
til de articulação e desenvolvimento.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e
emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
Objetivos gerais da coleção reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrí-
O projeto desta coleção, que visa contribuir para o de- tica e capacidade para lidar com elas.
senvolvimento progressivo de aprendizagens essenciais nos
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos
anos iniciais da Educação Básica, está apoiado em alguns
e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o res-
pilares fundamentais. A Política Nacional de Alfabetização peito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento
foi tomada como uma das referências. Sendo assim, as pro- e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
postas buscam colaborar ativamente para o processo de sociais, seus saberes, identidades, culturas e potenciali-
literacia, sobretudo com o objetivo de estimular, de modo dades, sem preconceitos de qualquer natureza.
adequado a cada faixa etária, o desenvolvimento de voca-
bulário, a compreensão de textos, a produção de escrita e a 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, respon-
fluência em leitura oral, entre outros. sabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, to-
Seguindo as orientações da BNCC (2018), adotou-
mando decisões com base em princípios éticos, democrá-
-se como elemento norteador o desenvolvimento das dez
ticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Competências Gerais da Educação Básica (CGEB) propos-
BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
tas pelo documento: Base nacional comum curricular: educação é a base.
Brasília: MEC/SEB, 2018. p. 9-10.
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente
construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital A concepção de que o desenvolvimento das competên-
para entender e explicar a realidade, continuar aprenden- cias socioemocionais é parte essencial desse percurso tam-
do e colaborar para a construção de uma sociedade justa, bém é bastante relevante; por essa razão, dedica-se atenção
democrática e inclusiva. especial a atividades que propiciem o reconhecimento e o
exercício das emoções, buscando favorecer a tomada de de-
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à aborda- cisões éticas, pessoal e socialmente responsáveis. As compe-
gem própria das ciências, incluindo a investigação, a refle- tências socioemocionais trabalhadas são:
xão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para
investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e Autoconsciência
resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológi-
cas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. Envolve o conhecimento de cada pessoa, bem como de
suas forças e limitações, sempre mantendo uma atitude
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e otimista e voltada para o conhecimento.
culturais, das locais às mundiais, e também participar de
práticas diversificadas da produção artístico-cultural. Autogestão
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual- Relaciona-se ao gerenciamento eficiente do estresse, ao
-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora controle de impulsos e à definição de metas.
e digital –, bem como conhecimentos das linguagens ar-
tística, matemática e científica, para se expressar e parti- Consciência social
lhar informações, experiências, ideias e sentimentos em
diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao Necessita de exercício da empatia, do colocar-se “no lugar
entendimento mútuo. dos outros”, respeitando a diversidade.

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VIII Seção introdutória

Habilidades de relacionamento 7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfi-


ca e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de
Relacionam-se com as habilidades de ouvir com empa- informação e comunicação no desenvolvimento do racio-
tia, falar clara e objetivamente, cooperar com os demais, cínio espaço-temporal relacionado a localização, distân-
resistir à pressão social inadequada (ao bullying, por cia, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e
exemplo), solucionar conflitos de modo construtivo e res- conexão.
peitoso, bem como auxiliar o outro quando for o caso.
BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
Base nacional comum curricular: educação é a base.
Tomada de decisão responsável Brasília: MEC/SEB, 2018. p. 357.

Preconiza as escolhas pessoais e as interações sociais de


Como as Ciências Humanas são constituídas por dois
acordo com as normas, os cuidados com a segurança e os
componentes curriculares no Ensino Fundamental (Geografia
padrões éticos de uma sociedade.4
e História), cada um deles também apresenta suas compe-
Ainda de acordo com a BNCC, há Competências tências específicas.
Específicas de Ciências Humanas (CECH) que foram valo- Esta coleção buscou atender às prerrogativas do ensino
rizadas para que os estudantes sejam capacitados a iniciar da Geografia, em relação à mobilização do pensamento
a sua “leitura do mundo” em ambiente pedagógico e social- espacial, aplicando procedimentos de pesquisa e análise
mente compartilhado. São elas: de informações que favorecerem o desenvolvimento das
Competências Específicas de Geografia (CEG), também in-
1. Compreender a si e ao outro como identidades diferen- dicadas na BNCC:
tes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma
sociedade plural e promover os direitos humanos. 1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a
interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o
2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio téc-
espírito de investigação e de resolução de problemas.
nico-científico-informacional com base nos conhecimen-
tos das Ciências Humanas, considerando suas variações 2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhe-
de significado no tempo e no espaço, para intervir em si- cimento geográfico, reconhecendo a importância dos ob-
tuações do cotidiano e se posicionar diante de problemas jetos técnicos para a compreensão das formas como os
do mundo contemporâneo. seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao
longo da história.
3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser
humano na natureza e na sociedade, exercitando a curio- 3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compre-
sidade e propondo ideias e ações que contribuam para a ensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da
transformação espacial, social e cultural, de modo a parti- ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os
cipar efetivamente das dinâmicas da vida social. princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribui-
ção, extensão, localização e ordem.
4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvi-
das com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes 4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das
culturas, com base nos instrumentos de investigação das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes
Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valo- gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de
rização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, problemas que envolvam informações geográficas.
seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem
preconceitos de qualquer natureza. 5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedi-
mentos de investigação para compreender o mundo natu-
5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no ral, social, econômico, político e o meio técnico-científico
mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorri- e informacional, avaliar ações e propor perguntas e solu-
dos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços ções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem
variados. conhecimentos científicos da Geografia.
6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos 6. Construir argumentos com base em informações geo-
das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e gráficas, debater e defender ideias e pontos de vista que
opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos respeitem e promovam a consciência socioambiental e o
e a consciência socioambiental, exercitando a responsa- respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de
bilidade e o protagonismo voltados para o bem comum qualquer natureza.
e a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva. 7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia,
responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determina-
4 BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
ção, propondo ações sobre as questões socioambientais,
Competências socioemocionais como fator de proteção à saúde com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis
mental e ao bullying. Brasília: MEC/SEB, 2018. Disponível em: http:// e solidários.
basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-
de-praticas/aprofundamentos/195-competencias-socioemocionais- BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
como-fator-de-protecao-a-saude-mental-e-ao-bullying. Acesso em: Base nacional comum curricular: educação é a base.
27 maio 2021. Brasília: MEC/SEB, 2018. p. 366.

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Seção introdutória IX

Em relação ao ensino de História, a coleção valoriza a linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a
perspectiva de que a história é uma narrativa elaborada no resolução de conflitos, a cooperação e o respeito.
presente, por sujeitos distintos, cuja dinâmica é a responsá-
vel pela construção do conhecimento histórico. Dessa forma, 4. Identificar interpretações que expressem visões de
definiu-se um conjunto orgânico e progressivo de aprendiza- diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um
gens consideradas essenciais, permitindo o desenvolvimento mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente
das Competências Específicas de História (CEH), também com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos,
indicadas na BNCC: sustentáveis e solidários.

1. Compreender acontecimentos históricos, relações de 5. Analisar e compreender o movimento de populações


poder e processos e mecanismos de transformação e ma- e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados
nutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade
culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para com as diferentes populações.
analisar, posicionar-se e intervir no mundo contempo-
râneo. 6. Compreender e problematizar os conceitos e procedi-
mentos norteadores da produção historiográfica.
2. Compreender a historicidade no tempo e no espaço, re-
lacionando acontecimentos e processos de transformação 7. Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de infor-
e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômi- mação e comunicação de modo crítico, ético e responsá-
cas e culturais, bem como problematizar os significados vel, compreendendo seus significados para os diferentes
das lógicas de organização cronológica. grupos ou estratos sociais.
3. Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e
BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
proposições em relação a documentos, interpretações e Base nacional comum curricular: educação é a base.
contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes Brasília: MEC/SEB, 2018. p. 402.

Área de Ciências Humanas no Ensino Fundamental

Noções de tempo e espaço

Ciências Humanas

Geografia História

Ensino

Desenvolvimento do
raciocínio espaço-tempo

Produção de
Relações sociais
Ação humana conhecimento e
e de poder
saberes

Compreensão
de mundo

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X Seção introdutória

PROPOSTA PEDAGÓGICA DA COLEÇÃO


Com base nos documentos já apresentados, esta coleção depende de muitos fatores, dentre os quais destacamos a
fundamentou-se em pressupostos teóricos que consideram formação, inicial e continuada, de professores, cuja base deve
relevantes (como partes integradas do processo de ensino) ser a reflexão.
o estudante, o professor e o conhecimento. Reconhecendo No que diz respeito à relação professor-estudante, defen-
o estudante como sujeito ativo desse processo, procurou-se demos a ideia de que ela deve se guiar pelo respeito, sem a
desenvolver um diálogo permanente com ele, por meio de renúncia da autoridade do professor, que é o responsável por
textos, imagens, documentos e atividades que possibilitassem mediar as situações educacionais. Nesse sentido, a mediação
a elaboração de um conhecimento significativo, contemplado ocorre quando o professor coloca situações-problema reais
por processos de percepção, compreensão e representação. e complexas, de preferência dando prioridade à interdiscipli-
De acordo com a BNCC: naridade, e leva em consideração os conhecimentos prévios
que os estudantes possuem. Considerar os conhecimentos
[...] Os indivíduos desenvolvem sua percepção de si e do deles, porém, não é abandoná-los à mercê de descobrirem e
outro em meio a vivências cotidianas, identificando o seu inventarem sozinhos o conhecimento, pois o ensino acontece
lugar na família, na escola e no espaço em que vivem. O por meio de atividade mental construtiva desse estudante,
aprendizado, ao longo do Ensino Fundamental – Anos que pesquisa, escuta, explora, lê, questiona e expõe ideias,
Iniciais, torna-se mais complexo à medida que o sujeito sendo, assim, construtor de seu próprio conhecimento.
reconhece que existe um “Outro” e que cada um apreende
Considerando esse princípio, nesta coleção, procuramos
o mundo de forma particular. A percepção da distância
criar situações e atividades com potencial para mobilizar o
entre objeto e pensamento é um passo necessário para a
estudante intelectualmente e levá-lo a interagir com o obje-
autonomia do sujeito, tomado como produtor de diferen-
to do conhecimento, construindo representações interiores
tes linguagens. [...]
desse objeto. Essa prática pressupõe considerar as expe-
BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. riências e os repertórios que o estudante possui para que,
Base nacional comum curricular: educação é a base. por meio das relações estabelecidas entre o que ele já sabe
Brasília: MEC/SEB, 2018. p. 403. e o novo conhecimento, realize uma aprendizagem com
compreensão, ou seja, significativa.
Considerando esse princípio, a coleção oferece ativida-
Nesta coleção, o trabalho com os conhecimentos prévios
des e propicia situações que permitem mobilizar o estudante
aparece, de forma mais incisiva, no início de cada capítulo,
intelectualmente, levando-o a interagir com os objetos de
como modo não só de fornecer ao professor um diagnóstico
conhecimento, para que construa representações interiores
sobre a turma, mas também de despertar o interesse e a
desses objetos. Essa prática pressupõe considerar as expe-
participação dos estudantes. Assim, conforme os estudantes
riências e os repertórios trazidos pelo estudante para que
desenvolvem as atividades propostas na abertura de capí-
ele possa relacioná-los com o novo conhecimento e realizar
tulos, eles comunicam suas ideias e revelam o que já sabem
uma aprendizagem significativa, que faça sentido em seu uni-
a respeito dos temas em pauta. Esses pontos de vista, que
verso de vivências. Assim, ele poderá construir uma série de
poderão se alterar ao longo dos estudos, atuam como refe-
conceitos que colaborem para o entendimento do mundo ao
rências, para o professor, do quão próximo o entendimento
redor e de suas próprias experiências.
dos estudantes está das explicações científicas.
De acordo com Coll:
Assim sendo, ao garantir aos estudantes o direito de ex-
[...] é importante que os professores percebam os co- pressão, o incentivo à reflexão e o registro das ideias deles,
nhecimentos prévios dos estudantes sobre o tema a ser o professor pode passar a valorizar situações de levanta-
estudado, não apenas porque são os que eles utilizam mento de conhecimentos prévios. Esse registro também
permitirá o confronto entre as ideias iniciais e as formuladas
para aprender, isto é, não podem prescindir deles na
durante o desenvolvimento dos temas. Nessas atividades
realização de novas aprendizagens, mas porque deles
iniciais, não é necessário corrigir os estudantes, pois o obje-
dependem as relações que é possível estabelecer para
tivo principal consiste em sondar os conhecimentos prévios
atribuir significado à nova informação proposta. Isto é,
e as concepções espontâneas deles.
os conhecimentos do estudante sobre um determinado
tema possibilitam estabelecer relações substantivas, Esses conhecimentos e essas concepções são, em geral,
permitindo também, consequentemente, atribuir signi- retomados no fim do capítulo, na seção final de atividades,
ficado ao novo conteúdo.5 possibilitando a cada estudante, também, uma ferramenta
de avaliação de seu ponto de partida a seu ponto de che-
Ao professor, que é parte desse processo como articula- gada. Sendo as Ciências Humanas áreas propícias ao diálo-
dor de situações e mobilizador de capacidades, cabe fazer a go com outras áreas do conhecimento (Língua Portuguesa,
mediação entre os objetos de conhecimento e o estudante, Arte, Matemática, Educação Física), nesse processo, cabe ao
intervindo durante as exposições em sala, a fim de organi- professor conectar os assuntos quando julgar conveniente.
zar e viabilizar as investigações e, em seguida, sistematizar Nesta coleção, procuramos, sempre que possível, traba-
as descobertas. Entendemos que a qualidade da educação lhar os conteúdos de maneira contextualizada, isto é, relacio-
ná-los a situações da realidade, por meio de exemplos que
5 Coll, C. et al. O construtivismo na sala de aula. São Paulo: Ática, ajudam a evidenciar o modo como os conhecimentos estu-
1996. p. 97. dados em sala de aula se aplicam à vida prática das pessoas.

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Seção introdutória XI

Além dos conhecimentos específicos das áreas em estu- Com um levantamento das impressões dos estudantes, o
do, os conteúdos abrangem procedimentos e atitudes. Essa professor tem condições de avaliar os conhecimentos prévios
diversidade, segundo Solé e Coll (2006), contribui para a deles e, a partir daí, organizar e tornar mais complexos esses
educação desejada e abrange os seguintes elementos: con- conhecimentos, ampliando-os.
teúdos factuais (nomenclaturas, classificações e símbolos), Inicialmente, o mais indicado é o trabalho com a observa-
conteúdos conceituais (noções, conceitos e princípios), ção dirigida, ou seja, aquele em que o professor, com algumas
conteúdos procedimentais (observações, desenhos, expe- perguntas, chama a atenção dos estudantes para a imagem
rimentações, pesquisas, debates e trabalhos de campo) e como um todo. Em seguida, passa a explorar, também com
conteúdos atitudinais (regras e comportamentos baseados perguntas e alguns comentários, os detalhes e as informa-
em valores). ções não explicitadas. Se os estudantes demonstrarem inte-
resse por algum aspecto da imagem, o professor deve apro-
Assim como ocorre na BNCC, que propõe às escolas que veitar o momento para trabalhar e aprofundar o assunto.
incorporem em seus currículos a abordagem de temas con-
Os mesmos procedimentos podem ser adotados na
temporâneos relevantes à vida do ser humano em seus diver-
comparação de imagens de um mesmo local em épocas
sos espaços de atuação, esta coleção também desenvolve e
diferentes. O levantamento de semelhanças e diferenças,
aborda, de forma contextualizada e integrada aos conteú- considerando o tempo decorrido, permitirá aos estudantes
dos dos componentes curriculares, temas como o direito das verificar o processo de mudanças, rupturas e permanências,
crianças e dos adolescentes, o respeito ao idoso, a preserva- além de relacionar o passado e o presente.
ção do ambiente e outros que contribuem para a formação
O trabalho com imagens inclui também a produção de
global do ser humano. desenhos, que pode ser sobre um tema ou com base na lei-
As propostas de atividades orais, escritas, individuais, em tura de um texto. Os desenhos dos estudantes possibilitam
duplas ou em grupos visam promover a aprendizagem, pos- verificar seus conhecimentos prévios, sua competência leito-
sibilitando a mobilização intelectual necessária para a ela- ra (entendimento do texto) e informações sobre sua vivência
boração do conhecimento. Para que os estudantes efetuem e experiências.
essa função mobilizadora, as atividades devem ser variadas A seção Vamos ler imagens! tem como objetivo principal
e contribuir para o desenvolvimento de diferentes níveis de fornecer subsídios aos estudantes, de acordo com a faixa
habilidades. Sendo assim, foram exploradas diferentes lin- etária, para a compreensão e a análise de diferentes tipos
guagens, tanto textuais quanto visuais. de imagem. As propostas e os itens iconográficos analisados
também se tornam mais complexos a cada volume.
Como afirma Rüsen:

Aprender é um processo dinâmico em que a pessoa que Tabelas, gráficos e mapas


aprende é transformada. Algo é ganho, algo é adquirido
Tabelas, gráficos e mapas representam dados e informa-
– conhecimento, habilidade ou mistura de ambos. Na
ções, em linguagem gráfica, sobre uma realidade específica,
aprendizagem histórica, “história” é adquirida: os fatos
em determinado momento. São recursos visuais utilizados na
objetivos, coisas que aconteceram no tempo, tornam-se
educação formal e, cada vez mais, na mídia em geral. Assim,
um assunto do conhecimento consciente – tornam-se
é importante para os estudantes familiarizarem-se com essas
subjetivos. A aprendizagem histórica é um processo de
linguagens. Trabalham-se, na coleção, a leitura e a interpre-
fatos colocados conscientemente entre dois polos, ou seja,
tação dos dados e das informações contidas nesses recursos
por um lado, um pretexto objetivo das mudanças que as
em complexidade adequada à faixa etária. Procura-se, tam-
pessoas e seu mundo sofreram em tempos passados e,
bém, chamar a atenção para a relevância da leitura de título,
por outro, o ser subjetivo e a compreensão de si mesmo
data, fonte e legenda em gráficos, mapas e tabelas. Além
assim como a sua orientação no tempo.6
disso, esses itens gráficos são abordados pelo viés historio-
Com o objetivo de desenvolver ou aprimorar competên- gráfico, de modo a contextualizá-los como fontes históricas.
cias e habilidades dos estudantes, nesta coleção foram explo- Esse processo enriquece a abordagem e a apreensão dos
radas diferentes linguagens, textuais e visuais. Destacamos a conteúdos pelos estudantes, já que favorece o desenvolvi-
seguir alguns recursos didáticos, utilizados em atividades, mento das habilidades de identificação, reconhecimento e
que contribuem para o processo ensino-aprendizagem de análise de dados coletados e permite a comparação entre
Geografia e História. os contextos históricos apresentados e a própria realidade.

Imagens Textos
Nos livros didáticos, as imagens, como fotografias, ilus- A leitura de textos, de forma autônoma ou com a me-
trações, esquemas, gravuras e pinturas, devem ser mais que diação do professor, é mais um dos recursos utilizados para
reproduções estáticas de paisagens, situações ou processos. introduzir ou complementar o estudo dos conteúdos.
Para que funcionem como conteúdo, complemento informa- O professor deve estar atento às características de cada
tivo ou como motivação para o estudo do tema, é preciso gênero textual (poema, conto, letra de canção, depoimen-
envolver os estudantes na observação e leitura delas. to, artigo, etc.) e de sua fonte (livro, jornal, revista, blog,
site, etc.), assim como ao vocabulário específico de cada
gênero. A leitura prévia do texto e o planejamento da ati-
6 rüSen, J. In: SChmidt, Maria Auxiliadora; BarCa, Isabel; martinS, Estevão
de Rezende (org.). Jörn Rüsen e o ensino de história. Curitiba: Ed. vidade proposta podem evitar eventuais dificuldades du-
da UFPR, 2011. p. 63. rante a aula.

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XII Seção introdutória

A diversidade de fontes dos textos permite trabalhar com adotados. As primeiras pesquisas devem ter como finalidade
os estudantes abordagens e pontos de vista diferentes sobre o aprofundamento ou a ampliação de um tema e podem ser
um mesmo assunto. Essa experiência enriquece o aprendiza- feitas em instituições, livros, almanaques, jornais, revistas ou
do e pode despertar neles o interesse pela busca de informa- na internet.
ções e pelo conhecimento de outras ideias. Ao realizar esse tipo de atividade, uma das principais difi-
Em todos os volumes da coleção foram indicados livros culdades dos estudantes, em qualquer faixa etária, é identifi-
relacionados aos conteúdos desenvolvidos. car a “questão-problema”, ou seja, uma pergunta que deverá
É importante que a biblioteca ou a sala de leitura da esco- ser respondida, esclarecendo assim o objetivo da pesquisa.
la facilite o acesso a esses materiais. O professor deve organizar a atividade de modo que o es-
tudante tenha clareza desse objetivo e aprenda a selecionar
O professor pode ainda orientar os estudantes a recorrer
as fontes de informação, a interpretá-las e a apresentá-las
ao acervo de familiares ou conhecidos. Ele também pode
adequadamente. O desenvolvimento dessas habilidades con-
providenciar ou solicitar aos estudantes jornais, revistas e ou-
tribui para consolidar a autoconfiança da criança e a busca
tros suportes de texto para serem manuseados e trabalhados
de autonomia.
em sala de aula.
Organizar as atividades de pesquisa em pequenos grupos,
Visando ao melhor aproveitamento dos textos como re-
orientando os estudantes para que dividam as responsabili-
curso didático, após a leitura, o professor pode orientar a
dades do trabalho, propicia desenvolver comportamentos e
realização de atividades complementares, como: a recon-
atitudes de respeito e cooperação na convivência com o outro.
tagem deles, a explicação de temas centrais, a seleção de
Nas orientações para a pesquisa, o professor precisa indicar
detalhes interessantes ou curiosos, a elaboração de dese-
as fontes, estabelecer as formas de coleta, de registro e de
nhos ou de histórias em quadrinhos, a dramatização de um
organização. Na apresentação das informações obtidas, ele
trecho do texto, a identificação de determinadas informa-
ções, entre outras estratégias. deve solicitar aos estudantes a citação das fontes consultadas.

Entrevista Lição de casa


Essa atividade propicia o desenvolvimento de escrita As atividades realizadas com a ajuda dos adultos respon-
autônoma e do senso de compromisso e responsabilidade. sáveis pelo estudante, além de valorizarem a relação familiar
Oferece também aos estudantes a oportunidade de realizar e incentivar a autonomia da criança, enriquecem as práticas
na prática a coleta de informações pelo registro oral, além de da literacia familiar, essencial para o desenvolvimento cog-
estimular importante procedimento de investigação. nitivo dos estudantes. Assim, a coleção apresenta, de modo
sistemático, um conjunto de atividades elaboradas para que
O professor deve dar aos estudantes orientações prévias
o estudante possa buscar saberes com seus familiares, sis-
sobre a escolha do entrevistado, o agendamento da entrevista e
tematizando suas descobertas e, posteriormente, comparti-
a elaboração de um roteiro de perguntas sobre as informações
lhando-as com os colegas.
que desejam obter. Deve também esclarecer os estudantes
sobre a finalidade da entrevista, ou seja, se as informações ob-
tidas serão utilizadas na elaboração de um texto escrito ou na Trabalho com competências
criação de um desenho ou de uma narrativa oral, por exemplo.
socioemocionais
Considerando a formação de cidadãos conscientes e coe-
Pesquisa rentes um dos objetivos principais da coleção, privilegiou-se,
A pesquisa é o recurso que possibilita aos estudantes a durante o estudo, o trabalho com competências socioemo-
aquisição de novos conhecimentos de maneira autônoma. cionais, imprescindíveis ao convívio social. Esses momentos
Porém, na faixa etária associada aos anos iniciais do Ensino estão indicados com o selo Saber Ser, para que o professor
Fundamental, é necessário que parte dela ainda seja realiza- possa identificá-los e organizar previamente a sala de aula,
da na sala de aula, para que o professor tenha oportunidade adequando-a para conversas, debates e discussões sobre as
de orientar os estudantes quanto aos procedimentos a serem questões apresentadas.

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Seção introdutória XIII

AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM
Avaliar é um aspecto importante no processo de ensino e sentada como uma possibilidade de instrumento para essa
aprendizagem. Um dos propósitos dessa prática pedagógica avaliação. No entanto, existem outros recursos para detec-
é obter informações que orientem a prática docente, permi- tar o estágio de aprendizagem de um grupo de estudantes,
tindo aferir se os objetivos didático-pedagógicos, concebi- como o debate aberto oral, o questionamento participativo
dos e planejados, estão sendo alcançados. Os professores, ao e o convite ao diálogo, processos que permitem que eles
avaliar a consolidação dos conhecimentos pelos estudantes, explicitem o que já conhecem e o que ainda precisam de-
podem deduzir quais práticas e atividades têm propiciado senvolver. Nesse ponto, o registro qualitativo do professor é
a aprendizagem e quais aspectos do ensino e do trabalho essencial, podendo ocorrer por meio de notas pontuais ou
docente precisam ser modificados. Tal inferência contribui ficar disposto em uma grade de habilidades e competências.
para corrigir as defasagens e promover atividades que bus-
Para o pesquisador da educação Phillipe Perrenoud8, a
quem remediá-las, já que o planejamento e a avaliação são
avaliação formativa caracteriza-se como o processo em que
indissociáveis.
o professor devolve ao estudante não apenas a nota (que
Antoni Zabala7 (2015) destaca três importantes momentos somente informa e classifica seu rendimento de modo nu-
no processo avaliativo: o início, por meio da chamada avalia- mérico), mas também os comentários (que ajudam a veri-
ção inicial, que permite apreciar o conhecimento prévio do ficar os acertos e os erros). Esse processo promove, tanto
estudante e identificar as possibilidades de aprendizagem; o por parte dos docentes quanto por parte dos estudantes, o
desenvolvimento, que possibilita a observação de como o es-
acompanhamento da aprendizagem. Além disso, atividades
tudante aprende, realizando a avaliação reguladora, também
de leitura e de produção textual, trabalhos coletivos de pes-
denominada avaliação formativa ou de monitoramento; e o
quisa e análise de fontes históricas relacionadas aos temas
final, quando são analisados os conhecimentos elaborados
estudados informam o professor sobre possíveis necessida-
e os resultados obtidos no processo avaliativo, cumprindo,
des de alteração em seu curso de trabalho e reorientação
assim, a avaliação final. Desse modo, de acordo com a apren-
de todo o percurso. Nesta coleção, as atividades propostas
dizagem de cada estudante, sob uma perspectiva formativa,
nos capítulos, e principalmente nas seções Aprender sempre,
a avaliação ocorre em ciclos, nos quais as etapas de diagnós-
contribuem para um registro dos estudos, tornando possível
tico, de análise e de intervenção acontecem em um processo
a percepção dos avanços do aprendizado do estudante, o
de retroalimentação.
que favorece uma análise sistemática.
A avaliação de resultado ou avaliação final pode ter como
base provas escritas ou orais, como as propostas na seção
Até breve!, especialmente elaborada para esse fim. No en-
tanto, o professor também pode utilizar outros recursos para
verificar se os objetivos de aprendizagem traçados foram al-
Diagnóstico Análise cançados pelos estudantes, como a apresentação oral das
conclusões de uma pesquisa, o debate sobre a conclusão de
um projeto, entre outros. A avaliação deve ser o mais abran-
gente possível, daí a importância de se utilizar diferentes ins-
trumentos avaliativos para detectar as diferentes habilidades
e competências dos estudantes.
Com base nas informações dos três momentos de avalia-
ção, professor e estudantes encontrarão meios para corrigir
defasagens, propor alternativas educacionais e promover a
mobilização e a consolidação dos conhecimentos. O regis-
tro constante e sistemático do resultado das avaliações é
Intervenção
documento indispensável para garantir a eficácia dessa prá-
tica pedagógica. Além disso, as práticas avaliativas realiza-
das pelos estudantes também propiciam ao professor realizar
A avaliação diagnóstica permite reconhecer o que os es-
uma autoavaliação constante sobre a forma como trabalha
tudantes já sabem, com base naquilo que trazem de suas
os conteúdos e esclarece possíveis dúvidas, possibilitando,
experiências de mundo. Esses conhecimentos prévios nem
assim, que o docente reveja as estratégias utilizadas e aperfei-
sempre estão corretos sob o ponto de vista da educação
çoe suas práticas no processo de avaliação de aprendizagem.
formal, mas são importantes para que o professor tome de-
cisões sobre os caminhos a serem trilhados em sala de aula. Por fim, é importante que os estudantes percebam a ava-
O instrumento tradicionalmente utilizado nesse momento é liação como uma oportunidade de revisão e aprofundamento
o teste diagnóstico, que permite fazer o registro de maneira do conteúdo. Tal ação contribui para a melhora da autoesti-
aberta ou fechada dos conteúdos que os estudantes trazem ma, o desejo de vencer desafios, a reflexão sobre possíveis
como repertório. Nesta coleção, a seção Boas-vindas! é apre- críticas e sua aceitação para alcançar o sucesso pessoal.

7 zaBala, A. A avaliação. In: zaBala, A. A prática educativa: como 8 Perrenoud, P. Avaliação: da excelência à regularização das
ensinar. Porto Alegre: Penso, 2015. p. 195-221. aprendizagens: entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1998.

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XIV Seção introdutória

ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DA COLEÇÃO


A organização desta coleção de Ciências Humanas foi -administrativo) e trabalho (apresentado como a capacidade
orientada por eixos temáticos. Em cada volume, procurou-se humana de transformação do ambiente e de produção de
articular os conteúdos com base em um eixo específico, con- saberes diversos). Nesse sentido, serão analisadas as ruptu-
siderando o desenvolvimento cognitivo dos estudantes. No ras e as permanências relacionadas ao fazer produtivo, trans-
Ensino Fundamental, sobretudo nos anos iniciais, o estudan- formadoras das paisagens e que configuram a sociedade e o
te desenvolve seus conhecimentos apoiado essencialmente território brasileiro.
no presente e em situações concretas vivenciadas por ele. No volume 5, o eixo temático é Sociedades e transfor-
Partindo desse princípio, e considerando um tema do pre- mações. Por meio da abordagem de longa duração, apre-
sente que é familiar aos estudantes, acredita-se ser oportuna sentam-se processos de desenvolvimento e transformação
a abordagem do passado. Assim, relacionando as vivências e de sociedades em diferentes lugares e temporalidades, en-
experiências do estudante com o contexto histórico aborda- fatizando o processo de formação da sociedade brasileira
do, o aprendizado se torna ainda mais significativo. atual. Esses processos, por sua vez, são analisados, de forma
a evidenciar a relação entre a transformação da natureza pela

Organização dos conceitos ação humana e a produção do espaço geográfico.

O volume 1 foi elaborado com base no eixo Público e pri-


vado: lugares, que parte do mundo do estudante e propõe a Estrutura da coleção
identificação, ainda que introdutória, da historicidade dos as- A coleção é estruturada em cinco volumes. O volume 1 é
pectos cotidianos relacionados à moradia e à família (mundo composto de oito capítulos, e os volumes 2, 3, 4 e 5 têm doze
privado) e à escola e à comunidade (mundo público). Os con- capítulos cada um deles. Os volumes 1, 2 e 3 são consumí-
textos temáticos favorecem também a distinção dos papéis veis, ou seja, apresentam espaços para o estudante realizar
sociais público e privado, bem como a percepção das dife- algumas das atividades propostas. Já os volumes 4 e 5 são
renças culturais entre os dois âmbitos. Com base em temas reaproveitáveis, por isso as atividades que envolvem algum
presentes no dia a dia dos estudantes, como moradia, escola, tipo de registro ou produção escrita devem ser feitas pelos
família, espaços de brincadeiras, ruas e bairro, a noção de estudantes no caderno. As atividades propostas são diversifi-
lugar de vivência pode ser gradativamente apropriada pelos cadas e aparecem em vários momentos. Caberá ao professor
estudantes como produto das relações sociais no âmbito de
trabalhá-las tal como proposto ou em qualquer outra ordem
grupos dos quais eles participam e com os quais se identifi-
que julgar mais adequada à turma.
cam. Reconhecer as relações sociais no âmbito da família e
No início de cada volume, a seção Boas-vindas! apresenta
da escola e a relação sociedade-espaço, que se estabelece
uma proposta de avaliação inicial para que se possa identifi-
no vínculo família-moradia, por exemplo, representa um do-
car a consolidação dos conhecimentos dos estudantes até o
mínio elementar imprescindível para reconhecer e analisar,
momento e analisar o desenvolvimento deles em relação às
em momentos posteriores, processos socioespaciais em es-
calas mais abrangentes. habilidades e competências pertinentes àquele ano. No final
de cada volume, a seção Até breve! traz questões para a ava-
O volume 2 foi desenvolvido com base no eixo Lugares e
liação final, possibilitando a observação e a análise dos co-
grupos de convivência do estudante, estruturado de modo
nhecimentos adquiridos. Tanto na seção Boas-vindas! quanto
a ampliar as noções dos estudantes sobre os conceitos de
na seção Até breve!, os estudantes realizam atividades in-
lugares e grupos de convivência, sempre partindo das expe-
dividuais e coletivas, contemplando não só as habilidades
riências e percepções pessoais da criança. Essa abordagem
referentes a História e Geografia, mas também competências
favorece a continuidade do trabalho sobre os espaços da
gerais e habilidades de literacia e numeracia, trabalhadas na
casa, da escola, da rua e da vizinhança, aprofundando a aná-
coleção.
lise sobre as diferentes relações sociais estabelecidas com os
diversos grupos aos quais os estudantes se integram. Esse Cada capítulo, por sua vez, apresenta a seguinte estrutura
percurso didático também proporciona a compreensão das básica: abertura do capítulo, desenvolvimento do conteúdo e
noções de sujeito e de tempo históricos. fechamento do capítulo.

O volume 3 tem como eixo Paisagens e população bra-


sileira e está organizado de modo a chamar a atenção para Abertura do capítulo
o município do estudante, ampliando o recorte apresenta- Com a apresentação de linguagens visuais variadas, in-
do nos volumes anteriores. A diversidade de paisagens e a troduz-se e problematiza-se o tema a ser trabalhado. Por
diversidade cultural e de corpos que formam a população meio de questões, os estudantes são incentivados a analisar
brasileira são contextos riquíssimos para que os estudantes imagens e, também, iniciam um diálogo sobre uma ou mais
possam desenvolver e aprofundar suas percepções socioes- competências socioemocionais.
paciais, caracterizando os grupos sociais dos quais fazem
parte, e levando em consideração as dimensões ampliadas
de espaços e de temporalidades. Desenvolvimento do conteúdo
O volume 4 foi desenvolvido com base no eixo Território e Texto principal intercalado por ilustrações, fotografias,
trabalho, considerando a relação entre território (compreen- mapas e outros recursos, compatíveis com a faixa etária dos
dido em sua concepção mais clássica como espaço político- estudantes, contribuindo, assim, para o desenvolvimento do

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Seção introdutória XV

conteúdo. Em paralelo ao texto, há explicações sobre termos textual lida pelo professor. De acordo com a habilidade espe-
e expressões, que auxiliam no desenvolvimento do vocabu- cífica de Língua Portuguesa, indicada na BNCC sob o código
lário. Quando oportuno, apresentam-se as seguintes seções: EF02LP01, a partir do 2º ano os estudantes devem utilizar
• Registros: apresenta documentos históricos variados para letras maiúsculas no início das frases e em substantivos pró-
que os estudantes tenham noção da diversidade existente. prios. Dessa forma, compreende-se que, ao longo desse ano

• Representações: apresenta noções de orientação e de po- escolar, eles devem dominar a distinção entre maiúsculas e
minúsculas.
sicionamento no espaço, além de noções de alfabetização
cartográfica. Considerando essa transição do uso do tipo de letras du-
rante o 2º ano, optou-se por apresentar os textos dos capítu-
los 1 ao 6 tal qual no 1º ano: apenas com letras de imprensa
Fechamento do capítulo maiúsculas. A partir do capítulo 7 do 2º ano, os textos são
Três seções encerram os capítulos, e duas delas aparecem exibidos em letras de imprensa maiúsculas e minúsculas. Os
de modo alternado entre eles: Vamos ler imagens! e Pessoas volumes 3, 4 e 5 seguem, por fim, esse último padrão.
e lugares. Na seção Vamos ler imagens!, os estudantes são
direcionados a ler diferentes tipos de imagem. Já na seção
Pessoas e lugares, o conteúdo tem por objetivo ampliar o Códigos alfanuméricos das
conhecimento dos estudantes sobre diferentes práticas cul-
turais e comunidades específicas. A seção Aprender sempre habilidades
finaliza todos os capítulos e é uma ferramenta para a ava- O trabalho com as habilidades propostas na BNCC é cen-
liação formativa, possibilitando a identificação de eventuais tral nesta coleção. Por isso, acreditamos ser importante com-
defasagens durante o ano letivo. No Manual do Professor, são preender a lógica dos códigos alfanuméricos das habilida-
disponibilizadas propostas de atividades que buscam reme- des, pois elas serão indicadas em diversos momentos deste
diar as eventuais dificuldades identificadas. Manual do Professor. Veja o exemplo de uma das habilidades
do componente curricular Geografia.

O uso das letras de imprensa Com base nesse critério, o código da habilidade EF03GE01
refere-se à primeira habilidade proposta em Geografia no
maiúsculas e minúsculas bloco relativo ao 3º ano do Ensino Fundamental.
Em geral, recomenda-se, no período inicial de alfabeti- A numeração das habilidades dos componentes curricu-
zação, o uso de letras maiúsculas nos textos. Por isso, uma lares de cada ano organizado na BNCC não representa uma
das preocupações da organização da coleção é adotá-las ordem ou hierarquia de aprendizagens, mas, sim, parte de um
em todo o volume 1 e em metade do volume 2. Dessa forma, conjunto de habilidades de igual importância que devem ser
o estudante que não lê nem escreve com autonomia poderá desenvolvidas em cada um dos anos por seus componentes
se familiarizar com esse tipo de letra e, conforme for conhe- curriculares. Nesta coleção de Ciências Humanas, serão tra-
cendo o sistema de escrita, poderá, pouco a pouco, acom- balhadas as habilidades de Geografia e de História do 1º ao
panhar, com a ponta do dedo ou com o lápis, a sequência 5º ano:

EF 03 GE 01
O primeiro par de letras O último par de números
indica a etapa de Ensino indica a posição da habilidade
Fundamental. na numeração sequencial do
ano ou do bloco de anos.

O primeiro par de números O segundo par de letras indica


indica o ano (01 a 05) o componente curricular:
a que se refere a habilidade.
• GE: Geografia
• HI: História

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XVI Seção introdutória

DISTRIBUIÇÃO ANUAL DE CONTEÚDOS DO VOLUME


A seguir, apresentamos uma proposta de planejamento anual considerando as 36 semanas letivas. Entretanto, esse plano
pode ser adaptado de acordo com as necessidades e o projeto pedagógico da escola.

Trimestre

Página(s)
Bimestre

Capítulo
Semana
letiva
Mês

Conteúdo/Atividade

1 1 1 1 Boas-vindas! (Avaliação diagnóstica) 8-9


1 1 1 1 Abertura do capítulo – Reconhecendo as paisagens 10-11 1
1 1 1 1 Diferentes paisagens 12-13 1
2 1 1 1 Paisagem e orientação 14-15 1
2 1 1 1 A transformação da paisagem 16-17 1
2 1 1 1 Vamos ler imagens! – Pintura de paisagem 18-19 1
3 1 1 1 Aprender sempre (avaliação formativa) 20-21 1
3 1 1 1 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 21A 1
4 1 1 1 Abertura do capítulo – O relevo e a vegetação nas paisagens 22-23 2
4 1 1 1 As diferentes formações de vegetação natural 24-26 2
5 2 1 1 A superfície da Terra e as suas formas 27-31 2
5 2 1 1 Pessoas e lugares – O povo Korowai e a vida no alto da floresta 32-33 2
6 2 1 1 Aprender sempre (avaliação formativa) 34-35 2
6 2 1 1 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 35A 2
7 2 1 1 Abertura do capítulo – A ação humana sobre a paisagem 36-37 3
7 2 1 1 A origem da ação humana 38 3
7 2 1 1 Recursos naturais 39-41 3
8 2 1 1 Modos de vida em harmonia com o meio ambiente 42-43 3
9 3 2 1 Aprender sempre (avaliação formativa) 44-45 3
9 3 2 1 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 45A 3
10 3 2 1 Abertura do capítulo – O surgimento das vilas e das capitais 46-47 4
10 3 2 1 A origem das vilas no Brasil 48-49 4
11 3 2 1 A colonização no Nordeste 50-51 4
11 3 2 1 As vilas das Minas Gerais 52-53 4
11 3 2 1 As capitais do Brasil 54-55 4
12 3 2 1 Aprender sempre (avaliação formativa) 56-57 4
12 3 2 1 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 57A 4
13 4 2 2 Abertura do capítulo – O crescimento das cidades 58-59 5
13 4 2 2 As cidades e o comércio 60-61 5
14 4 2 2 As cidades e as indústrias 62-63 5
14 4 2 2 Os meios de transporte urbanos 64-65 5
14 4 2 2 Vamos ler imagens! – Fotos de bondes elétricos 66-67 5
15 4 2 2 Aprender sempre (avaliação formativa) 68-69 5
15 4 2 2 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 69A 5
16 4 2 2 Abertura do capítulo – O campo 70-71 6
16 4 2 2 As paisagens do campo 72-73 6
17 5 2 2 Agricultura e Outras atividades econômicas 74-77 6
17 5 2 2 Pessoas e lugares – A comunidade quilombola Itamatatiua, no Maranhão 78-79 6
18 5 2 2 Aprender sempre (avaliação formativa) 80-81 6
18 5 2 2 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 81A 6

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Seção introdutória XVII

Página(s)
Trimestre
Bimestre

Capítulo
Semana
letiva
Mês
Conteúdo/Atividade

19 5 3 2 Abertura do capítulo – A cidade 82-83 7


19 5 3 2 As paisagens da cidade 84 7
19 5 3 2 As diferenças entre as cidades 85 7
19 5 3 2 As atividades econômicas na cidade 86-89 7
20 5 3 2 Vamos ler imagens! – Comparação de maquete e planta 90-91 7
21 6 3 2 Aprender sempre (avaliação formativa) 92-93 7
21 6 3 2 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 93A 7
22 6 3 2 Abertura do capítulo – O município é de todos 94-95 8
22 6 3 2 Ser cidadão e Direitos e deveres 96-97 8
22 6 3 2 Problemas no campo 98-99 8
23 6 3 2 Problemas nos centros urbanos 100-101 8
23 6 3 2 Problemas nos centros urbanos (continuação) 102-104 8
23 6 3 2 Áreas de conservação ambiental 105 8
24 6 3 2 Aprender sempre (avaliação formativa) 106-107 8
24 6 3 2 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 107A 8
25 7 3 3 Abertura do capítulo – Diversidade cultural no Brasil 108-109 9
25 7 3 3 Indígenas e portugueses 110-111 9
25 7 3 3 Povos africanos 112-113 9
26 7 3 3 Heranças 114-115 9
26 7 3 3 Festas e ritmos 116-117 9
26 7 3 3 Vamos ler imagens! – Rendeiras nordestinas 118-119 9
27 7 3 3 Aprender sempre (avaliação formativa) 120-121 9
27 7 3 3 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 121A 9
28 7 4 3 Abertura do capítulo – Povos indígenas no Brasil 122-123 10
28 7 4 3 Onde estão os povos indígenas 124-125 10
28 7 4 3 A vida dos povos indígenas 126-127 10
29 8 4 3 Conflitos e resistências 128-129 10
29 8 4 3 Pessoas e lugares – Jogos dos Povos Indígenas 130-131 10
30 8 4 3 Aprender sempre (avaliação formativa) 132-133 10
30 8 4 3 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 133A 10
31 8 4 3 Abertura do capítulo – Povos africanos no Brasil 134-135 11
31 8 4 3 As sociedades africanas 136-139 11
32 8 4 3 O comércio de africanos escravizados 140-141 11
32 8 4 3 A resistência negra no Brasil 142-143 11
33 9 4 3 Aprender sempre (avaliação formativa) 144-145 11
33 9 4 3 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 145A 11
34 9 4 3 Abertura do capítulo – Comunidades ribeirinhas e caiçaras 146-147 12
34 9 4 3 As comunidades extrativistas 148-149 12
35 9 4 3 Os povos ribeirinhos 150-151 12
35 9 4 3 Os caiçaras 152-153 12
35 9 4 3 Pessoas e lugares – As águas na vida das crianças ribeirinhas 154-155 12
36 9 4 3 Aprender sempre (avaliação formativa) 156-157 12
36 9 4 3 Retorno da avaliação formativa e atividades de remediação 157A 12
36 9 4 3 Até breve! (Avaliação final) 158-159

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XVIII Seção introdutória

ORGANIZAÇÃO DO MANUAL DO PROFESSOR


A seção de referência do Livro do Estudante é constituída volvidos no capítulo. Ao fim dos capítulos, são apresentadas
pela reprodução reduzida do Livro do Estudante em páginas possibilidades de avaliação formativa para os objetivos peda-
duplas, posicionada na parte central do manual. Nessa re- gógicos do capítulo.
produção, há as respostas das atividades em azul. Ao redor
Dessa maneira, todas as informações necessárias à pre-
dessa reprodução, nas colunas laterais e na parte inferior, são
paração das aulas relacionadas aos conteúdos do Livro do
apresentadas orientações, roteiros de aulas e sugestões di-
Estudante estão disponíveis para o professor. Para facilitar a
dáticas para auxiliar o trabalho em sala de aula. Antes da
localização, a numeração das páginas passa a ser a mesma
reprodução de cada capítulo, são apresentados os objetivos
pedagógicos, os conceitos e as ideias-chave do capítulo e as do Livro do Estudante.
competências, habilidades e objetos de conhecimento desen- Conheça a organização do seu manual reproduzida a seguir.

Habilidades
8 Boas-vindas! Boas-vindas! 9 9A Subsídios para a avaliação diagnóstica

S!
12 Observe a ilustração abaixo. Quais são os elementos que

HABILIDADES AVALIADAS NA BOAS-VINDA aparecem nessa paisagem? Depois, escreva na lista a seguir o
nome dos elementos que você conseguiu identificar. » (EF03HI03) Identificar e com-
SEÇÃO BOAS-VINDAS! parar pontos de vista em relação
a eventos significativos do local SUBSÍDIOS PARA A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

avaliadas
» (EF03GE01) Identificar e compa- Bem-vindo! Você vai dar início ao terceiro ano do Ensino em que vive, aspectos relacio-

Rafa Rodriz/ID/BR
rar aspectos culturais dos grupos
Fundamental! Faça as atividades a seguir com a ajuda do professor e nados a condições sociais e à
sociais de seus lugares de vivên- presença de diferentes grupos
cia, seja na cidade, seja no campo. dos colegas de turma. Vamos lá! sociais e culturais, com especial •
O momento da avaliação diagnóstica provavelmente será • O foco das atividades 12 e 13 passa a ser leitura e inter-
» (EF03GE02) Identificar, em seus destaque para as culturas africa- um dos primeiros contatos com a turma. Por isso, se julgar pretação de imagens e a importância da memória, cele-
lugares de vivência, marcas de nas, indígenas e de migrantes. conveniente, construa com os estudantes uma dinâmica que brada pela sociedade nas datas comemorativas e festas

na seção
contribuição cultural e econômica 1 Você conhece a história da escola onde você estuda ou a do » (EF03HI04) Identificar os pa- favoreça a comunicação. Estabeleça um conjunto de regras promovidas durante o ano. Ressalte que relembrar fa-
de grupos de diferentes origens. e combinados que vão reger a dinâmica na sala de aula e tos importantes é essencial para a construção de uma
bairro onde mora? Conte o que você sabe aos colegas e ao trimônios históricos e culturais
» (EF03GE03) Reconhecer os di- professor.
de sua cidade ou região e dis- incentive-os a se manifestar e a elaborar conjuntamente essa cultura e da ideia de pertencimento a uma comunidade.
ferentes modos de vida de povos Resposta pessoal. cutir as razões culturais, sociais lista de regras, retomando a discussão sobre direitos e de- As atividades dão subsídios para o trabalho com outras
e comunidades tradicionais em e políticas para que assim sejam
2 Você já observou se existem plantas na escola ou no entorno 1. Respostas possíveis: ônibus escolar, escola, postes, árvores, rua. veres. O pensamento deles a respeito de si mesmos e dos habilidades, como EF03GE06, EF03HI04, EF03HI05 e
distintos lugares. considerados.
dela? Se sim, como são essas plantas? Descreva o que você outros, a inserção deles na comunidade em que vivem e a EF03HI06.
» (EF03GE04) Explicar como os 2. » (EF03HI05) Identificar os marcos importância das diferenças para a formação da sociedade
observou aos colegas e ao professor. Respostas pessoais. históricos do lugar em que vive e • Para embasar as respostas às atividades 14 e 15, deve ser

Relação das
processos naturais e históricos são pontos-chave. Leve os estudantes a reconhecer a ne-
atuam na produção e na mudança compreender seus significados. proposto um debate acerca da organização da sala de
3 Você acha que as ações dos seres humanos podem modificar o 3. cessidade de cada um falar na sua vez para que a comuni-
das paisagens naturais e antrópi-
meio ambiente? como? Dê exemplos. Respostas pessoais.
» (EF03HI06) Identificar os regis- cação seja efetiva e respeitosa. Explique-lhes que todas as
aula, do papel de cada estudante para o bom funciona-
cas nos seus lugares de vivência, tros de memória na cidade (no- mento da escola e da comunidade e de como pessoas di-
comparando-os a outros lugares. Subsídios para a avaliação de resultado 158A 158 Até13 Na
escola onde você estuda ou no bairro onde você mora, as
breve! respostas e todos os questionamentos dos colegas devem Até breve! 159
mes de ruas, monumentos, edifí- ferentes em vários aspectos podem conviver em sintonia
4 Qual é o nome do município onde você vive? É um município pessoas costumam fazer festas e comemorar datas especiais? 7 Como é oser considerados
cômodo ondeevocê respeitados,
costumaumaestudar
vez que todas as dúvi-
em casa? Desenhe,
» (EF03GE06) Identificar e interpre- cios etc.), discutindo os critérios

habilidades avaliadas
para conseguir atingir o mesmo objetivo. Para as ques-
ATÉ BREVE!
tar imagens bidimensionais e tridi- grande ou pequeno? Converse com os colegas e o professor. Quais são suas festas favoritas? Faça um desenho para mostrar que explicam a escolha desses no espaçodas são relevantes.
a seguir, a planta desse lugar ou da sua sala de aula. tões que os estudantes não souberem responder, incenti-
mensionais em diferentes tipos de Respostas pessoais. HABILIDADES AVALIADAS
uma NA
dessas comemorações. nomes. • A seção Boas-vindas! do Livro do Estudante recupera em » (EF03HI03) Identificar e compa-
5 Como você acha que as cidades surgiram? Por que algumas SEÇÃO ATÉ BREVE! ve a pesquisa. Essas raratividades
pontos demobilizam as habilidades
vista em relação a
SUBSÍDIOS
» (EF03GE10) IdentificarPARA A AVALIAÇÃO DE RESULTADO » (EF03HI07) Identificar semelhan-
representação cartográfica. parte o conteúdo trabalhado anteriormente e direciona os
Desenho do estudante. EF03GE10, EF03HI01 e EF03HI10.
eventos significativos do local em
os cuida- cidades são maiores do que outras? » (EF03GE01) Identificar e compa- ças e diferenças existentes entre estudantes a pensar sobre os temas que serão apresenta-
Respostas pessoais. A cada
Desenho do estudante. Sondagem para verificar ano
como os escolar,
estudantesvocê e os colegas vivenciam novos desafios e • Utilize as questões que vive, aspectos
apresentadas para relacionados a
perceber as dificul-

na seção.
dos necessários para utilização rar aspectos culturais dos grupos comunidades de sua cidade ou dos na sequência.
6 Que tipos de atividade acontecem nas cidades? E no campo? compreendem os elementos do localaprendizagens.
de vivência e as respectivas condições sociais e à presença de
da água na agricultura e na gera- sociais de seus lugares de vivên- Você já parou para pensar no quanto aprendeu
região, neste
e descrever o papel dos dades iniciais dos estudantes quanto aos temas propostos
Você acha deque as atividades dodecampo são iguais ou são manifestações culturais comunitárias. • As atividades 1, 2 e 4 propõem ao estudante refletir sobre diferentes grupos sociais e cultu-
• ção
Essa de energia
seção de modo
é dedicada a garan-
à revisão, à retomada sistemática e à avaliação resultado do processo aprendizagem cia, seja na cidade, seja no campo. ano? Para saber isso, realize a avaliação a seguir. diferentes grupos sociais que as
sua realidade escolar e sobre a realidade da comunidade em
e à interpretação das imagens.
rais, Organize
com especial um plano
destaque de ação
para
tir a manutenção dovolume.
provimento diferentes formam.
conduzido ao longo do Dada a importância desse momento, das atividades
reserve um tempoquepara acontecem nas cidades?
mediar a discussão » (EF03GE02) Identificar, em seus para que tais dificuldades sejam
as culturas direcionadas
africanas, e tratadas
indígenas e
de água potável. Respostas pessoais. que a escola está inserida. Dessa forma, certifique-se de que
das atividades, que devem ser respondidas pelos estudantes, seguindo a proposta de avaliar a assimilação dos lugares de vivência, marcas de durante o ano. de migrantes.
7 Existem problemas ambientais no campo e na cidade. Você eles percebam que o espaço sofre alterações ao longo do
» (EF03GE11)
objetos Compararabordados
de conhecimento impactos no volume. contribuição cultural e econômica COMPONENTE ESSENCIAL » (EF03HI04) Identificar os patri-
tempo. As habilidades EF03GE01, EF03GE02, EF03GE03 e
• das atividades econômicas ur- acha que os problemas são os mesmos nesses lugares? Por quê? de grupos de diferentes origens. 1 Como é a paisagem da sua vizinhança ou do bairro
PARA onde mora?
ALFABETIZAÇÃO mônios históricos e culturais de
É essencial
banas e orientar
isso, se julgar
físico
a mediação
rurais sobre
conveniente,
natural, assim como com
das atividades considerando
o ambiente
os base
ris- na identificação
8 das
o contexto
Respostas
Emhabilidades
do desenvolvimento de habilidades. Por
pessoais.
nas colunas
sua opinião, o que laterais das páginas,
é cultura? mapeie suas ideias com os
Compartilhe » (EF03GE03) Reconhecer os dife- Descreva aos colegas os elementos dessa paisagem.
» Produção de escrita.
EF03HI03 são centrais para esse entendimento.
• As atividades 3, 5, 6 e 7 propõem uma reflexão acerca da
Atividades de remediação
sua cidade ou região e discutir as
cos provenientesdos
o desenvolvimento doestudantes.
uso de fer-Se for apropriado ao tamanho e às características da turma, componha uma
colegas e o professor.
rentes modos de vida de povos e Resposta pessoal.
atividade humana no espaço e de como ela é responsável
• Atividade 1: Para remediar
razões culturais,
possíveissociais e políti-
defasagens quanto
ramentas
ficha e máquinas.
por estudante Resposta
que permita avaliar todas as habilidades pessoal.
mapeadas.
comunidades tradicionais em dis- 2 O bairro onde você mora sempre foi do jeito como é hoje? Se cas para que assim sejam consi-
às habilidades que serão desenvolvidas durante o volume,
tintos lugares. pelas maiores alterações nele. Promova um debate entre derados.
• A»seção
(EF03HI01) Identificar
Até breve! os grupos
possibilita 9 dos
observar a consolidação Deconhecimentos
que forma os povos
por indígenas
parte dos e africanos
estudantes e a verifica-contribuíram para
14 Com os colegas, pense nas atividades
ele mudou, o que está
culturais serãodiferente? Se ele está igual, por que você procure primeiro atentar para a forma como os estudan-
os estudantes para que eles percebam nosso grau de res-
» (EF03GE04)realizadas tes trabalharão as»atividades dos capítulos. Se necessário,
Explicar como os
na escola neste ano. Deacha que elevocês
que forma nunca mudou?
pretendem (EF03HI06) Identificar os regis-
çãopopulacionais
de eventuais que formam aEssa
defasagens. cida- a formação
análise facilita a elaboração da cultura
de estratégias brasileira?
de remediação, de acordo com as ponsabilidade perante as questões ambientais e se cons- tros de memória na cidade (no-
processos naturais e históricos Respostas pessoais.

Seções Boas
de, o município e a região, as rela- Resposta pessoal. se organizar para realizar essas atividades? Compartilhem suas reúna os estudantes em pequenos grupos para que eles
características de cada estudante e de cada turma. atuam na produção e na mudança cientizem de que é possível realizar essas alterações de mes de ruas, monumentos, edifí-
ções estabelecidas entre eles e os 10 Você conhece as palavras direito e dever? Sabe o que elas ideias. Resposta pessoal. 3 Por quais razões os seres humanos modificam o meio ambiente?
• As eventos que1, marcam
atividades 2, 4 e 7 adizem respeito à percepção dos estudantes quanto às paisagens que os cercam dia-
formação das paisagens naturais e antrópi- Resposta pessoal. forma responsável e sem prejudicar o ambiente e a nós resolvam as questões cioscoletivamente.
etc.), discutindo Escolha as questões
os critérios
da cidade, como fenômenos mi- significam? Respostas pessoais. cas nos seus lugares de vivência, mesmos. Foque nas habilidades EF03GE04, EF03GE09, em que eles tiveram mais dificuldade. Após
que explicam a escolha desses as discus-
riamente. Oriente-os a prestar atenção nesse aspecto sempre que possível, pois tudo está em transformação 15 Você acha que é possível viver4emHá vegetação
harmonia comperto da sua casa? Se sim, como ela é? Que ações
o meio sões em pequenos nomes.
grupos, peça a cada grupo que se or-
ao gratórios (vida
nosso redor, rural/vida
para o bem urbana),
ou para o mal, e devemos 11 estar
Vocêatentos
sabe aquais
isso. Essas atividades são oportunidades comparando-os a outros lugares. 8 Por que éEF03GE10,
importante respeitar
EF03GE11, e valorizar
EF03HI05, a diversidade
EF03HI06 e EF03HI07cultural
desmatamentos, estabelecimento são os seus direitos e deveres dentro da escola ambiente? De que forma você e ospodemos adotar para
colegas podem preservar o meio ambiente?
contribuir
para o desenvolvimento das habilidades EF03GE01, EF03GE02, EF03GE03, EF03GE04, EF03GE07, EF03HI01,
onde estuda? Por que é importante respeitar as regras da » (EF03GE07) Reconhecer e ela- Respostas Converse
pessoais. do Brasil?aoConverse comtema.
trabalhar esse » (EF03HI10)
os colegas e o professor. Resposta pessoal.ganize para apresentar sua resposta à questão.
Identificar Assim, os
as diferen-
de grandes empresas etc. para cuidar do meio ambiente na escola? com os

vindas!
EF03HI02, EF03HI03, EF03HI06 e EF03HI10. borar legendas com símbolos 5 O que são os patrimônios históricos? Qual é a importância de • As atividades 8 e 9 propõem uma reflexão sobre nossa estudantes deverãoças debater
entre suas ideias edoméstico,
o espaço entrar em con-
escola? Comente suas ideias. de diversoscolegas o professor. Respostas pessoais.
tipos deerepresen- 9 Após um cultura
ano inteiro de convivência com os professores e os senso para a apresentação, os espaços públicos e também
desenvolvendo as áreas com-
• Quanto à interação do ser humano com o ambiente, as Respostas 3 e 6 apresentam aos estudantes uma visão
atividadespessoais. tações em diferentes escalas
preservar esses patrimônios? Respostas pessoais. e sua formação, levando em consideração a mis-
de conservação ambiental, com-
mais ampla sobre o assunto, mobilizando as habilidades EF03GE04 e EF03GE11. Pensar na cidade, no país e no
colegas, você
cigenaçãojá conhece
do país melhor as regrasdos
e as contribuições da mais
escola. Pinte quais
diversos petências socioemocionais e a habilidade EF03HI03.
8 8oito cartográficas. 6 Observe as fotos abaixo.
nove Em qual
9 delas
9 há mais elementos preendendo a importância dessa
oito
mundo como um todo e em como a interferência na natureza pode trazer consequências permite a eles tomar
nove
são seus direitos
povos para e deveres
a construção na dessa
escola no quadro
cultura. Promova a entre
seguir.
os • Atividade 2: Você distinção.
perceberá que as questões apresen-
decisões mais responsáveis em seu dia a dia.
» (EF03GE11) Comparar impactos naturais? E mais elementos humanizados? Preencha os espaços estudantes um ambiente livre de preconceitos durante o tam um eixo central que gira em torno do papel dos
das atividades econômicas ur- Direitos Deveres
a seguir com a letra correspondente.
• compartilhamento de opiniões e destaque que todos, em diferentes povos e culturas, abrangendo as habilidades

e Até breve!
As questões 5didática
Orientação e 8 fazem referência à memória e sua
brar importância
e sistematizar nos dias
AJ_CH3_LA_PNLD23_BOASVINDAS_008a009_LA.indd atuais, para
informações
8 que possamos
sobre tomarhumanas
atividades atitu- acarretam nas pai- 7/20/21 4:24 PM banas e rurais sobre o ambiente
tas e manifestações de dança, música e
AJ_CH3_LA_PNLD23_BOASVINDAS_008a009_LA.indd 9
y Atividade 12: Saber identificar ele-
7/20/21 que os compõem. Incentive-os a valo-
4:24 PM
suas diferenças
Respeitar os colegas, e semelhanças,
os são importantes. Com es- COMPONENTE
EF03GE01 e EF03HI01. ESSENCIAL
Para trabalhar essas questões,
desAconscientes em todasdeste
y seção Boas-vindas! as esferas
volumedevisa
nossas vidasos seuscomlocais
base de no vivência,
que nossos seja
ancestrais sagens
a escola deixaram paratransformações
nós em que podem ter físico natural,
outrosassim como
eventos os ocorrem
que ris- na comu- A.mentos de uma imagem e pensar na B. rizar as manifestações culturais da co-
os estudantes vão iniciar o trabalho com asX
APOIO DIDÁTICO

APOIO DIDÁTICO
ou o bairro onde mora.tecnologias
Incentive-os impactosdenegativos.
e oaentendimento cos provenientes do uso de
nidade. Pergunte fer- se consideram
a eles própria realidade é o foco principal munidade onde vivem. sas atividades,
professores e os funcionários. leve para a sala PARA
de aula A fotografias
ALFABETIZAÇÃO de diversos povos.

Ivo Montenegro/Shutterstock.com/ID/BR

camialmeidafoto/Shutterstock.com/ID/BR
relação a cultura, costumes
proporcionar e conhecimento,
aos estudantes um mo- em associação com as novas como
funciona
mentoa para
nossarefletir
sociedade, sabendoopontuar
e relembrar que suas compartilhar
especificidades. suas Aproveite
histórias com
essasos de-
atividades y para
Atividades 4 eos5: Utilize as atividades
incentivar
ramentasesses
e máquinas.
eventos como manifestações cul- dessa atividade e das próximas. Uti- y Atividades 14 e 15: Se julgar convenien- habilidades EF03GE01, EF03GE02, EF03GE03, EF03HI03,
Boa alimentação. X
» Desenvolvimento
Solicite aos estudantes que realizem de um levantamento
vocabulário.
aprenderam
estudantes até aqui,
a trabalhar asbem EF03GE01, mais,
como prepa-
habilidades EF03GE03 desenvolvendo
e EF03HI04. uma atmosfera para realizar uma sondagem das im-
pressões dos estudantes sobre o muni-
» (EF03HI01)
turais e por quê.
Identificar os grupos lize-as para realizar uma sondagem te, escreva as questões no quadro e es- EF03HI04 e EF03HI05. das semelhanças e das diferenças entre esses povos,
diagnóstica dos estudantes sobre co-
• rá-los para o que está por vir. Você pode acolhedora em que todos possam se
Por fim, nas atividades 9, 10 e 11, a questão da convivência em sociedade e os conceitos de direitos cípio onde vivem, o que eles entendem
e deveres y Atividade
populacionais que formam a cida- os estudantes
9: Estimule
ordenação motora fina, conhecimento
timule a reflexão e o diálogo entre os • Por
Manter a sala
fim, de
as aula limpa e
atividades 10 e 11 destinam-se à compreen-
X
sempre de maneira respeitosa e valorizando a diversi-
auxiliá-los escrevendo no quadro um expressar livremente. de, o município e a região,suas
a compartilhar as rela-
opiniões sobre o estudantes. Apesar de as atividades
tornam-se mais amplos. Lembre-se sempre de promover um espaço acolhedor para as ideias pela
e as palavra que
opiniões “cidade” e quais elemen- das letras, associação entre símbolos ajudarem na orientação do compor- sãoorganizada.
de direitos e deveres, que são conceitos-chave para dade cultural. Em seguida, convide os estudantes a co-
breve resumo desses conteúdos. Apro- y Atividade 2: Com essa atividade, per- tos das paisagens eles identificam em ções estabelecidas
tema ouvindo entreos eles e os e respeitando
colegas
e sons, observação dos elementos das tamento da turma em relação às aulas o desenvolvimento da cidadania nos estudantes. ProcureX mentar o que eles pensam sobre a diversidade cultural

Orientações e
possam
veite surgir e ensine oso estudantes
para continuar trabalho coma importância
a ceba docomo
respeito os pelo outro. fazem a ob-
estudantes meios urbanos, grandes ou pequenos. eventos que
todasmarcam
as ideiasa formação
levantadas. Fazer as lições e tarefas.
paisagens e noções de proporcionali- durante o ano letivo, promova um am- mostrar essa importância para a turma de forma simples brasileira. Se julgar pertinente, peça-lhes que elaborem
inserção do estudante em seu espaço e servação dos elementos das paisagens da cidade, como fenômenos mi-
onde vivem e como percebem a vege-
y Atividades 6 e 7: Essas atividades in- y Atividades
gratóriosvras
(vida“dever”
10 e 11: Compreender
rural/vida urbana),
as pala- dade, além de trabalhar componentes biente acolhedor durante a abordagem e objetiva. Essas atividades, por mais que não mobilizam uma pequena frase sobre o tema. Dessa forma, procure
contexto histórico e com sua capacidade troduzem a questão das atividades que
Atividades de remediação
de compreender o tempo, o espaço e as tação ao seu redor. Caso haja poucas acontecem nas cidades e nos campos e desmatamentos,
e “direito”
estabelecimento
plexa. Essas
é uma tarefa com-
atividades procuram identi-
essenciais da alfabetização (produção
de escrita).
dos diversos pontos de vista que pos-
sam surgir. Busque analisar cada res-
10 Vocês criaram hábitos
habilidades e regrasdão
diretamente, para viver para
subsídios em harmonia com orientar os estudantes nesse sentido e prepará-los para
o trabalho fu-
pessoas na região em que vive. áreas arborizadas, incentive-os a com- suas consequências ambientais. Apro- de grandes empresas etc. o meio ambiente na escola
turo com várias onde como
habilidades, estudam? Como foram essas quando forem resolver atividades futuras.
a EF03HI09.
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagenspartilhar no desenvolvimento
impressões das outros lo-EF03GE01
habilidades e EF03HI01, ficar como os estudantes encaram esses y Árvores no município
Atividade de Urucuia,
13: Essa atividade visa son- Prédios no município
posta e como elade Porto
pode Alegre,
ou não ajudar

propostas de
sobre veite para retomar a atividade 3. experiências? O que vocês acham que pode ser melhorado
Roteiro de
proponha aosaula
estudantes que escrevam um textocais referente
verdesà onde
importância de conhecermos diferentes povos, cul-
já estiveram.
» (EF03HI02) Selecionar,
termos e se elespor meio contato com
já tiveram Minas Gerais.
dar como os Foto de 2020.
estudantes compreendem Rio Grande do Sul. Foto de da
no desenvolvimento 2020.
turma para um
turas, festas, religiões, costumes, etc. Peça que leiam o que 3: escreveram para observar
a turma ese
y Atividade 8: Caso os estudantes ainda
realize um
da consulta deconceitos.
esses fontes de diferen- seus locais de vivência e os elementos melhor convívio entre todos. depois disso? Respostas pessoais.
y Atividade 1: A partir dessa atividade, y Atividade É importante nãodebate
tenhamsobre
clareza sobre o que é cul- tes naturezas, e registrar aconte- A mais elementos naturais
essas questões. são encorajados a relem-
os estudantes os estudantes compreendem como as tura, incentive-os a refletir sobre as fes- 11 Quando você e os colegas tiveram opiniões diferentes sobre
cimentos ocorridos ao longo do

Atividade 2: Outra opção para abordar as habilidades EF03GE01, EF03HI01 e EF03HI02 é orientar os estudan- tempo na cidade ou região em B mais elementos humanizados algo, como vocês agiram para chegar a um acordo? Resposta pessoal.

atividades para,
tes a confeccionar um cartaz sobre os povos e as comunidades estudados durante o ano, com imagens que que vive.
promovam empatia e informações acerca das contribuições desses povos para a nossa vida hoje. O cartaz pode 158 158
cento e cinquenta
cento e cinquenta
e oito e oito cento e cinquenta
cento e cinquenta 159
e nove e nove 159
conter imagens de festas que ainda realizamos, costumes, atividades econômicas, preservação e uso consciente
dos recursos naturais, entre outros temas. Você pode organizar a turma em grupos e designar a cada grupo um
AJ_CH3_PNLD23_BOASVINDAS_008Aa009A_MP.indd 9 8/5/21 17:45
AJ_CH3_PNLD23_BOASVINDAS_008Aa009A_MP.indd 8
desses temas. 8/5/21 17:45 AJ_CH3_PNLD23_BOASVINDAS_008Aa009A_MP.indd 9
Orientação didática são incisivas em certas questões, sem-
8/5/21 17:45
• Atividades 5 e 8: Tanto a atividade 5 que os estudantes complementem as necessário, retome a questão de direitos

respectivamente,
AJ_CH3_LA_PNLD23_ATEBREVE_158a159_LA.indd 158 7/20/21 3:48 PM AJ_CH3_LA_PNLD23_ATEBREVE_158a159_LA.indd 159 7/20/21 3:48 PM

quanto a 8 solicitam ao estudante que


• pre buscando abordar as diversas habili- respostas uns dos outros. e deveres vistos ao longo do volume.
APOIO DIDÁTICO

APOIO DIDÁTICO
Essa seção procura retomar o que foi
aprendido no decorrer do ano e revelar dades referentes ao 3º ano. exercite sua consciência social e refli- • Atividade 7: Verifique nos desenhos dos • Atividades 10 e 11: Aqui há a possibili-
ta sobre a importância da história e da
possíveis defasagens dos estudantes em • Atividades 1 e 2: Nessas atividades, os estudantes se eles conseguiram elabo- dade de você reunir a turma mais uma
cultura. Ressalte, sempre que possível, vez e propor uma reflexão a respeito do
relação ao conteúdo trabalhado. Utilize estudantes são mobilizados a obser- rar uma planta, indicando a posição dos

a avaliação inicial
a valorização da memória e da diversi- que foi trabalhado com os estudantes
esse espaço para conversar com a tur- var o local de convivência cotidiana e a elementos do cômodo retratado.
dade cultural como elementos que en-
ma acerca do ano letivo, das descober- durante o ano. Proponha um espaço de
tas mais instigantes, das atividades que
identificar modificações nos elementos riquecem a convivência em sociedade. • Atividade 9: Aproveite essa atividade e acolhimento de ideias que seja respei-
da paisagem.
mais gostaram de realizar e do que es- • Atividade 6: As fotografias devem ser trabalhe com a turma a questão da inter- toso diante das diversas opiniões que
• Atividades 3 e 4: Nessas atividades, os trabalhadas como fontes de informa- pretação de tabelas associada ao pensa- possam surgir, sempre visando promo-

(ou diagnóstica) e a
peram para o próximo ano.
estudantes são convidados a observar ção. Com base nisso, pode-se conduzir mento crítico e à ponderação a respeito ver um debate saudável e que traga en-
Roteiro de aula seu entorno, reconhecendo as transfor- a atividade de forma coletiva, de modo dos conteúdos apresentados. Se julgar riquecimento a todos.
• Nesse espaço, as atividades são volta- mações que a ação humana e a natural
das para uma visão ampla dos assuntos podem causar nos ambientes, e a refletir

avaliação final (ou de


tratados ao longo do ano, mas também sobre as questões ambientais.

resultados). AJ_CH3_PNLD23_ATEBREVE_158Aa159A_MP.indd 158 8/5/21 15:32 AJ_CH3_PNLD23_ATEBREVE_158Aa159A_MP.indd 158 8/5/21 15:32 AJ_CH3_PNLD23_ATEBREVE_158Aa159A_MP.indd 159 8/5/21 15:32

Subsídios para Apoio didático


avaliações São apresentados orientações e
Subsídios para as avaliações, subsídios de como conduzir a avaliação
com propostas de estratégias com o objetivo de apoiar a aprendizagem
de remediação. efetiva de cada estudante.

Reconhecendo as paisagens Capítulo 1 10A

Introdução do capítulo CAPÍTULO 1 RECONHECENDO AS PAISAGENS Conclusão


do capítulo
21A Conclusão do capítulo 1

Objetivos pedagógicos
No início de cada capítulo são 1. Promover a compreensão dos estudantes a respeito das
transformações das paisagens com o passar do tempo.
4. Fornecer subsídios para que os estudantes possam iden-
tificar os pontos cardeais e saber como utilizá-los para CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 1
orientação espacial.

apresentados os objetivos
2. Incentivar a observação da paisagem e a diferenciação
Sugestões para a avaliação formativa
No final de cada
dos elementos que compõem as diferentes paisagens. 5. Levar os estudantes a compreender a existência de di-
3. Promover a compreensão da relação entre as atividades ferentes modos de vida, desenvolvendo o respeito pelas
trajetórias individuais e coletivas. 1. A compreensão das causas e das dinâmicas das mudanças na paisagem, relacionadas com o tempo e as ações
humanas e as transformações nas paisagens.
humanas, é fundamental para que os estudantes desenvolvam noções de consciência socioambiental. Este ca-

pedagógicos. Em Ideias e
pítulo buscou fomentar essa discussão por meio do estudo de vários aspectos, desde a comparação e o estudo

capítulo são
Ideias e conceitos-chave do capítulo de imagens até a orientação espacial.
2. Ao analisar as alterações decorrentes das atividades humanas no espaço e no tempo, os estudantes são levados
Neste capítulo, são abordadas as mudanças da paisagem e chamar a atenção deles para detalhes que podem dizer
a repensar em seus impactos no mundo, no âmbito individual e no âmbito coletivo. Essa reflexão pode fazer a
que ocorrem com o passar do tempo e as formas de orienta- muito a respeito do que se está observando pode fazer a

conceitos-chave, é apresentado
diferença na construção das noções de cidadania e de responsabilidade social dos estudantes.
ção espacial iniciais (por meio dos pontos cardeais e da po- diferença no entendimento do tema.

apresentadas
sição do Sol), para que os estudantes entendam essa relação. 3. A seção Aprender sempre do Livro do Estudante recupera e aprofunda os conteúdos trabalhados ao longo do
Quanto à localização espacial por meio dos pontos car-
capítulo, possibilitando observar a consolidação dos conhecimentos por parte dos estudantes e a verificação
Quanto às alterações realizadas pelas atividades huma- deais, a implementação de tal ferramenta deve ser percebida
de eventuais defasagens. Essa análise facilita a elaboração de estratégias de remediação, de acordo com as
nas no espaço e no tempo, a análise de imagens é de grande como chave para grande parte da evolução técnica e tecno-

um panorama geral dos conteúdos


características de cada estudante e de cada turma. A seguir, foram disponibilizadas algumas sugestões para a
importância. Auxiliar os estudantes na interpretação correta lógica humana.

sugestões
realização desse trabalho.
4. As atividades 1 e 3 trabalham a questão das mudanças espaciais ocorridas, respectivamente, no lugar em que os
Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo estudantes vivem e em uma aldeia indígena apresentada em um texto. Retome com os estudantes a relevância
das atividades humanas para que essas alterações ocorressem, mas pontue também que acontecimentos natu-

e atividades que serão trabalhados Competências gerais da Educação Básica

Competências específicas das Ciências Humanas para o


1, 2, 3, 4, 6, 7 e 9

1, 2, 3, 4, 6 e 7
rais podem ocasionar modificações na paisagem. Ao tratar das mudanças nas paisagens e suas causas, essas
atividades mobilizam as habilidades EF03GE02 e EF03GE04.
5. Na atividade 2, reforce a questão da organização espacial e da importância dela na vida da comunidade. Chame para conduzir
Ensino Fundamental a atenção dos estudantes para as mudanças nas paisagens realizadas pelas mulheres da comundiade do texto

e como estas se relacionam com


e incentive-os a pensar em possibilidades de mudanças nas paisagens em lugares que eles conhecem. Essas

a avaliação
Competências específicas de Geografia para o Ensino discussões possibilitam o desenvolvimento das habilidades EF03GE01 e EF03GE03.
1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino Atividades de remediação


o objetivo e com os pré-requisitos
1, 2, 4 e 5
Fundamental

formativa e
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no desenvolvimento das habilidades EF03GE01, EF03GE02,
EF03GE01, EF03GE02, EF03GE03, EF03GE04, EF03GE03 e EF03GE04, peça aos estudantes que façam uma pesquisa para verificar a presença de comunidades
Habilidades de Geografia
EF03GE06 e EF03GE07 indígenas ou quilombolas na região em que vivem. Os estudantes devem pesquisar também as características da

pedagógicos. Além disso, há um


comunidade em que essas pessoas habitam, a organização espacial dessas comunidade e de outras construções

propostas de
Habilidades de História EF03HI02 e EF03HI07 importantes, entre outros aspectos.
• Atividade 2: Outra sugestão de atividade para trabalhar a habilidade EF03GE04 é organizar os estudantes em
grupos e pedir a cada grupo que traga mapas antigos e atuais das capitais brasileiras, para que posteriormente
realizem um debate sobre a organização dessas capitais no espaço em que estão localizadas (região do país em

quadro que traz as competências que se encontram, população, se são cidades planejadas ou não, se cresceram muito com o passar do tempo ou
se permaneceram como eram anos atrás).
atividades
gerais, as competências de remediação.
específicas e as habilidades da
BNCC trabalhadas no capítulo,
apoiando, assim, o planejamento AJ_CH3_PNLD23_C01_010Aa021A_MP.indd 10 8/5/21 11:26

docente.
AJ_CH3_PNLD23_C01_010Aa021A_MP.indd 21 8/5/21 11:26

AJ_CH3_PNLD23_GERAL_IaXXII_MP.indd 18 8/6/21 10:42


Seção introdutória XIX

146 Capítulo 12 Comunidades Comunidades Capítulo 12 147


ribeirinhas ribeirinhas

Ilustração: Leandro Marcondes/ID/BR; fotografia: Zig Koch/Natureza Brasileira


e caiçaras e caiçaras

HABILIDADES DESENVOLVIDAS
PÍTULO
Comunidades Consciência social

1122
Saber
NA ABERTURA DO CAPÍTULO Ser

CA
» (EF03GE02) Identificar, em seus
ribeirinhas e y Atividade 4: Pontue para a

Habilidades desenvolvidas
turma o respeito que devemos
lugares de vivência, marcas de

caiçaras
ter para com o outro e com
contribuição cultural e econô-
seus costumes e como cada
mica de grupos de diferentes
povo nos ensina a ter uma re-
origens.
lação melhor com a terra em
» (EF03GE03) Reconhecer os di- que vivemos e com a socieda-
ferentes modos de vida de povos Você já conheceu um pouco o de como um todo.

No início das aberturas de capítulo,


e comunidades tradicionais em modo de vida dos povos indígenas
distintos lugares.
e das comunidades quilombolas.
Agora, você vai conhecer outras
populações tradicionais que vivem

temas e seções são indicadas as distantes das grandes cidades:


as comunidades extrativistas, os
povos ribeirinhos e os caiçaras.

habilidades da BNCC desenvolvidas 26 Capítulo 2 O relevo e a


vegetação nas
paisagens
Re
pre
sen ta ç ões
Para começo de conversa
A superfície da Terra e as suas formas
O relevo e a Capítulo 2
vegetação nas
paisagens
27

HABILIDADES DESENVOLVIDAS
Combinação de manchas e cores 1 Quais são as atividades que HABILIDADES DESENVOLVIDAS

no momento.
As subidas e asdescidas, os morros
personagens e as formas planas refletem
da ilustração
NA SEÇÃO REPRESENTAÇÕES NO TEMA “A SUPERFÍCIE DA
um fato: a superfície
estão darealizando
Terra é irregular.
na imagem? TERRA E AS SUAS FORMAS”
» (EF03GE04) Explicar como os Em um mapa, as manchas indicam a localização e o tamanho da
Em cada lugar, a superfície daparecido?
Terra apresenta formas diferentes:
processos naturais e históricos Você já fez algo » (EF03GE01) Identificar e com-
área de um elemento. No mapa abaixo, o elemento é a vegetação Elas
atuam na produção e na mudan- planas, onduladas e estão pescando. Resposta
até pontiagudas. Opessoal.
conjunto de formas da parar aspectos culturais dos
ça das paisagens naturais e an-
natural que existe atualmente no Brasil. 2 Você já foi a alguma vila de
superfície terrestre é chamado de relevo. grupos sociais de seus lugares
trópicas nos seus lugares de vi- Na legenda, é possível identificar o tipo de vegetação representado caiçaras? Se sim, conte aos de vivência, seja na cidade, seja
vência, comparando-os a outros por cada cor. O verde, por exemplo, representa as áreas de floresta. colegas de turma como foi. no campo.
lugares.
1 Observe o relevo na representação a seguir.
Resposta pessoal. Representação » (EF03GE04) Explicar como os
» (EF03GE07) Reconhecer e elabo- 3 Como você imagina que sem proporção
processos naturais e históricos
Brasil: Evolução da vegetação — 2015

Paulo Manzi/ID/BR
de tamanho e de
rar legendas com símbolos de di- é o cotidiano das pessoas distância entre os
elementos.
atuam na produção e na mudan-

João Miguel A. Moreira/ID/BR


50ºO
versos tipos de representações em da comunidade caiçara? É ça das paisagens naturais e an-
OCEANO
diferentes escalas cartográficas. res- trópicas nos seus lugares de vi-
Equador
ATLÂNTICO

parecido ou não com o seu Co
vência, comparando-os a outros
dia a dia? Em que é diferente? ia lugares.
COMPONENTE ESSENCIAL Resposta pessoal. - fa n t a s

PARA A ALFABETIZAÇÃO 4 Em sua opinião, qual é a » (EF03HI01) Identificar os grupos


populacionais que formam a cida-
importância da
» Fluência em leitura oral. de, o município e a região, as rela-
preservação do modo Saber ções estabelecidas entre eles e os
Ser
de vida dos caiçaras? eventos que marcam a formação
Resposta pessoal. da cidade, como fenômenos mi-
Legenda
gratórios (vida rural/vida urbana),
Tipos de vegetação desmatamentos, estabelecimento
Ilustração sobre foto de comunidade caiçara no
Floresta Amazônica
de grandes empresas etc.

Componentes essenciais
Mata dos Cocais município de Guaraqueçaba, Paraná. Foto de 2019.
Mata Atlântica
Mata de Araucárias Trópico d
e Capricó
» (EF03HI03) Identificar e com-
Cerrado
rnio
parar pontos de vista em relação
146 Fonte de cento e quarenta e sete 147
Caatinga
Campos pesquisa: Maria a eventos significativos do local
Vegetação do Pantanal Elena Simielli. em que vive, aspectos relacio-
Vegetação litorânea
Geoatlas. São nados a condições sociais e à

para a alfabetização
Orientação didática veram para a construção do Brasil e de
AJ_CH3_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 146
y Vegetação alterada
Atividades 2 e 3: Antes de os estu-
pelo ser humano 0 460 km 3:40 Paulo:
7/20/21 PM Ática, AJ_CH3_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 147 7/21/21 8:16 AM
presença de diferentes grupos
nossa cultura e como os conhecimen- dantes que já estiveram em uma vila 2019. p. 121. sociais e culturais, com especial
y Neste capítulo, são apresentados os

APOIO DIDÁTICO

APOIO DIDÁTICO
modos de vida das comunidades ex- tos herdados deles nos ensinam a nos caiçara contarem aos colegas suas ex- destaque para as culturas africa-
trativistas e dos povos ribeirinhos e relacionar de uma forma melhor com a periências, peça à turma que realize a nas, indígenas e de migrantes.
natureza e com o outro. 1 Observe o mapa, leia
atividade a legenda
3. Com e complete
base nas respostas as lacunas. Em
caiçaras. Trata-se de populações rurais
que têm em comum o fato de utilizar y Explique aos estudantes que, seguida,
nes- leia o texto
a essa completo
atividade, peça aem
elesvoz
quealta
con-para um colega.

Relação dos componentes


ta aula, vão estudar um novo grupo, versem a respeito de suas experiên-
os recursos naturais em diversas ativi-
dades, como a agricultura, a pesca e o o dos caiçaras, que é tão importante
O tipo de vegetação
cias nas vilas. representado pela cor laranja é • a. Agora, indique com um X qual das opções a seguir define
artesanato. São apresentados também para o país quanto os povos estuda- yo Atividade
Cerrado
4: Oriente os estudantes a
e pela corcomo
amarela é a Caatinga .
melhor o significado de relevo com formato irregular.
os principais problemas que afetam es- dos anteriormente. pensar da mesma forma fizeram
sas populações na atualidade. y Atividade 1: Organize uma roda de com as populações indígenas e africa- Formato de uma linha reta.

essenciais para a alfabetização


Entre esses
conversa para que os estudantes falem nas adois o Cerrado dessas ocupa a maior área.
tipos,da importância
respeito
Roteiro de aula de suas experiências com a pesca e da culturas para o nosso povo.
Formato plano como a superfície de uma mesa.
y Comece a aula relembrando o papel relação que eles têm com rios,2lagos
De eacordo com a legenda do mapa, o que aconteceu com a
que os povos indígenas e africanos ti- o oceano. vegetação nas áreas em vermelho?
X Formato com diferentes elevações, cheio de altos e baixos.

trabalhados na seção. A vegetação natural foi alterada pelo ser humano.


b. Quais elementos dessa paisagem estão nas áreas de relevo
plano? E quais estão nas áreas com elevações?
Possibilidades de resposta. Áreas planas – campo de futebol, fábrica, pontes, torres de transmissão,
26 vinte e seis prédios e plantações. Áreas com elevações – represa, teleférico e também alguns prédios. vinte e sete 27

AJ_CH3_PNLD23_C12_146Aa0157A_MP.indd 146 Orientação didática


AJ_CH3_PNLD23_C02_022a035_LA.indd 26 Roteiro de aula 8/5/21 20:34 AJ_CH3_PNLD23_C12_146Aa0157A_MP.indd
7/20/21 7:03 AM 147 Orientação 27
AJ_CH3_PNLD23_C02_022a035_LA.indd didática bre o tema e compreender as propostas 7/20/21 8/5/21 20:34 preenchida pela
terrestre se encontra
7:03 AM

de classificação do relevo de maneira água de rios e de lagos ou submersa em


y Nessa seção, o trabalho com a alfabe- y Atividade 1: Se achar conveniente, am- y Nesse momento da formação escolar dos

APOIO DIDÁTICO

APOIO DIDÁTICO
plie o mapa na lousa e auxilie os estu- estudantes, o principal objetivo não é clas- não meramente descritiva. Mesmo assim, mares e oceanos.
tização cartográfica é retomado com
o elemento do alfabeto cartográfico dantes a interpretar as legendas. sificar o relevo, o que requer a considera- chame a atenção deles para o fato de as y Atividade 1: Explore a ilustração com
ção de um conjunto de aspectos comple- formações do relevo serem identificadas os estudantes, destacando as formas
mancha. Explique aos estudantes que y Atividade 2: Aproveite essa atividade
xos para a faixa etária, como a morfologia, por nomes, apresentando, nesse mo- do relevo e os elementos representa-
esse recurso é usado para representar para desenvolver a habilidade EF03GE04
a estrutura litológica, a gênese e a evolu- mento, de modo introdutório, apenas os dos. Aproveite o item b para mostrar
fenômenos naturais que se manifestam e explique aos estudantes que as altera-
ção. O que se pretende é garantir que eles termos mais genéricos, que aludem a de- a eles que o estudo do relevo é im-
em grandes extensões do espaço, como ções na vegetação provocadas pelo ser terminados aspectos morfológicos, como
compreendam que a superfície terrestre portante, pois as formas da superfí-
tipos de formação vegetal, tipos de solo humano estão relacionadas ao desmata- montanhas, vales e morros. A respeito da cie terrestre influenciam a ocupação
e unidade de relevo. Essa reflexão possi- apresenta formas diversificadas, que es-
mento para o desenvolvimento das cida- transformação do relevo, também serão humana, desenvolvendo a habilidade
sas formas se transformam e compõem
bilitará o desenvolvimento da habilidade des, às atividades agrícolas e à explora- abordados apenas os fatores exógenos EF03GE04. O relevo plano, por exem-
diferentes paisagens em conjunto com
EF03GE07. ção de recursos minerais (aqueles oriundos de fenômenos que plo, geralmente oferece melhores
outros elementos e que elas influenciam
a ocupação e a circulação pelo espaço ocorrem sobre a superfície terrestre). condições de ocupação (favorecen-
geográfico, assim como podem ser in- do a construção de edificações, entre
fluenciadas pelos seres humanos. Desse Roteiro de aula outras) do que o relevo que apresenta
modo, os estudantes podem formar uma y Ao abordar o conceito de relevo, co- muitas irregularidades.
base para futuros aprofundamentos so- mente que grande parte da superfície

AJ_CH3_PNLD23_C02_022Aa035A_MP.indd 26 8/5/21 11:33 AJ_CH3_PNLD23_C02_022Aa035A_MP.indd 27 8/5/21 11:33

Apoio didático
Orientações didáticas, propostas de roteiro de aula e
comentários que buscam subsidiar a prática didática
e a realização das atividades.
40 Capítulo 3 A ação humana

Atividade
sobre a paisagem
Modos de vida e exploração dos recursos naturais
Atividade complementar Vários problemas ambientais, como o desmatamento e a
y Se considerar pertinente, apro- poluição, estão relacionados ao consumismo. Uma sociedade
veite a discussão sobre consu- consumista provoca a exploração excessiva dos recursos naturais e

complementar
mo para promover uma reflexão gera muitos resíduos.
acerca de problemas relacio-
nados aos hábitos alimentares Parte da população mundial é consumismo: valorização
de grande parte da sociedade da prática de consumir
estimulada a consumir grande quantidade produtos em excesso, em
atual, os quais têm por base o
consumo de muitos alimentos de mercadorias: roupas, calçados, aparelhos quantidade muito maior
que as necessidades reais.
industrializados e ultraproces- eletrônicos, etc.

Outras propostas
sados. Explique aos estudantes descartável: produto
que esses alimentos devem ser Muitos produtos são descartáveis. feito para ser jogado fora
depois de usado uma vez
consumidos com moderação, Outros são jogados fora em bom estado e ou poucas vezes. Povos africanos Capítulo 11 141

Para casa
pois muitas vezes apresentam substituídos por modelos mais novos. no Brasil
excesso de sódio, conservantes, A escravização de africanos no Brasil
de atividades açúcar e outras substâncias que,
em grande quantidade, são pre-
judiciais à saúde. Além disso, es-
2 Leia a história em quadrinhos abaixo. No Brasil, os africanos escravizados não tinham sua cultura e
sua diversidade respeitadas. Muitas famílias foram separadas, pois Para casa
Mauricio de Sousa Editora Ltda.

ses alimentos são produzidos em as pessoas eram vendidas para compradores diferentes. y Atividade 2: No item b dessa

complementares e
grande escala e causam muitos
impactos ambientais, pois geram Nos engenhos e nas minas, o trabalho era intenso. A atividade, oriente os estudantes

Comentários sobre as
excesso de resíduos e descarte a pesquisar em fontes impres-
alimentação e o lugar onde os escravizados viviam eram ruins. sas ou digitais, com o auxílio dos
de embalagens. Conscientize-os
da importância de consumir pro- Muitos sofriam castigos físicos. pais ou responsáveis, como o

preparatórias para
dutos cuja produção gere menos trabalho de moagem de cana e
Nas cidades, os trabalhos eram um pouco diferentes. Além de venda nas ruas são realizados
impacto ao meio ambiente e de

atividades que serão


adotar medidas para diminuir os de serviços domésticos, muitos escravizados saíam às ruas para atualmente.
impactos causados pelo descar- vender produtos
Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro. Fotografia: ID/BR

te das embalagens. A

ampliação dos
e oferecer seus
serviços, repassando A reconstituição de trajetórias
Para casa parte do pagamento
aos senhores.
coletivas de grupos de africanos
na diáspora baseia-se na asso- desenvolvidas pelos
estudos.
y Atividade 2a: Oriente os estu- ciação entre elementos do grupo
dantes a promover uma conver- Apesar de todas

estudantes no lar, com


Mauricio de Sousa. Turma transplantado e elementos seme-
sa em casa a respeito dos gastos as dificuldades, muitos
da Mônica: diferenças lhantes remanescentes em uma re-
por impulso e como eles afetam
a economia familiar.
no consumo. Disponível
em: https://groffegroff-
africanos escravizados gião ou localidade africana. Sejam
consultoria.webnode.com/ conseguiram construir eles língua, práticas religiosas, ou

o apoio dos pais ou


educacao-financeira-para-
criancas. novas famílias e fazer simplesmente etnônimos (nomes
Saber Habilidades de Acesso em: 16 jul. 2021. novos amigos. pelos quais uma etnia se identifi-
Ser
relacionamento ca), precisam ser traçados de lado
y Atividade 2b: O objetivo a. O que Denise confessou para Mônica sobre a compra Benedito Calixto. a outro do Atlântico. […]
14

responsáveis.
Capítulo 1 Reconhecendo
Ela confessou que comprou por impulso e
Acervo da Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro. Fotografia: ID/BR

dessa atividade é levar os es- do celularas novo?


Moagem da cana na
B […]
tudantes a refletir sobre a rela-
paisagens
Paisagem
reconheceu que não tinha necessidade. e orientação Pontos
Fazenda Caxeira em cardeais
ção deles e de familiares com o b. Pergunte a alguém de sua família se essa pessoa já Saber
Campinas, entre 1870 Os registrosobservavam
No passado, os navegadores de nação encontra-
o céu e usavam os
consumismo, de modo a ques- HABILIDADES DESENVOLVIDAS Às vezes, podemosSer
simplesmente apreciar uma paisagem e 1920. Óleo sobre dos na documentação – nos assen-
comprou algo por impulso. Conte ao professor astros como pontos de referência. À noite, eles examinavam a
tionar as próprias práticas. NO TEMA “PAISAGEM E tela. Escravizados
ORIENTAÇÃO” bonita. Outras vezes, podemos estudar a paisagem para saber a
e aos colegas como foi. Resposta pessoal. trabalhando na tos de batismo, casamento e óbito,
posição das estrelas para se orientar. Durante o dia, os navegadores
relação entre a sociedade e a natureza. Também é possível usarmos produção de açúcar. nas matrículas e nos relatos dos
» (EF03GE06) Identificar e interpre- observavam a posiçãomemorialistas
do Sol. – representariam
40 os elementos de uma paisagem para nos orientar no trajeto que
Ilustra Cartoon/ID/BR

quarenta
tar imagens bidimensionais e tridi-
estamos fazendo e não nos perdermos. Para isso, utilizamos pontos Ao longo do tempo, osas categorias criadas pelos
tanto

Saber Ser
mensionais em diferentes tipos de
representação cartográfica.
de referência e os pontos cardeais. seres humanos perceberam
senhores e comerciantes do tráfico,
Orientação didática mentos eletrônicos, como celular, televi- 7/21/21 7:11 AM que, todos os dias, o Sol preocupados com a classificação e
»
AJ_CH3_PNLD23_C03_036a045_LA.indd 40
(EF03GE07) Reconhecer e elabo- Jean-Baptiste Debret.
são e computador, ficam ultrapassados
y Nessasrarpáginas, identificação dos escravos sob sua
APOIO DIDÁTICO

pretende-se
legendas trabalhar
com símbolos de di- Negros vendedores parecia
de nascer no mesmo
versosEF03GE08,
a habilidade levando osem
tipos de representações es- Pontos
rapidamente, e quede referência
isso é um recurso da
diferentes
tudantes escalascomo
a questionar cartográficas.
os padrões
indústria para ampliar a venda de seus aves, cerca de 1835.ponto do céu. Usandoautoridade, o quanto as identidades
É maisa fácil
produtos. Explique memorizar
eles que a socieda-um caminho prestando atenção aos Gravura aquarelada. adotadas pelos próprios africanos
de consumo podem perpetuar proble- Sol como referência, eles

Leituras
de atualelementos
é estimuladada paisagem
a consumir ao longo do trajeto. Esses elementos servem
grande ao se reagruparem e ressocializa-

Orientação para
mas como a geração de grande quanti- quantidade de mercadorias e, nesse con- 2 Observe as imagens desta página e responda às questões. estabeleceram alguns pontos
dadeCOMPONENTE
de resíduos e o ESSENCIAL
desperdício. de pontos de referência. A orientação pode ser feita associando um rem sob a escravidão. Os historia-
PARA A ALFABETIZAÇÃO texto, a publicidade desempenha um pa- a. Que trabalho os africanos escravizados estão realizando em direções diferentes para
dores se
trabalhando com os registros
ponto de
pel importante, ao referência (casa, praça e outros) a cada trecho do caminho.
vincular sentimentos
Roteiro de aula em cada imagem? Na imagem A, os escravizados estão realizandoorientar: a moagem da os pontos cardeais. de nação africanos no Brasil e em
» Conhecimento alfabético. como felicidade e bem-estar a determi-
y Inicie a aula perguntando aos estudantes 1 Este é o desenho de um trecho docana-de-açúcar. bairro onde Na imagem
Artur B, os Ele
mora. escravizados estão vendendo aves na rua. Como podemos observar outras partes da diáspora africana

o trabalho com
nados produtos e estilos de vida, criando
b. Esses trabalhos ainda são realizados nos dias de hoje?

complementares
o que eles entendem por consumismo e novas necessidades. Esclareça, àpor
está ensinando fim, o caminho da casa dele até a escola.
amiga nessa ilustração, na direção têm apontado
em que paraoo funcionamen-
Sol aparece,
ar Sim.
plementser relaciona-
Para compodem
quais problemas que esse comportamento consumista im-
Observe o desenho e, depois, toleste.
desse processo de ressignifica-
dos a isso. Então, peça-lhes que leiam a plica graves problemas socioambientais. todas as manhãs
141 fica o No sentido oposto, onde
Mário C. Pita/ID/BR

cento e quarenta e um
çãodedastarde,
identidades étnicasApontando
sob a
históriaAldeia 360. Disponível
em quadrinhos. Comenteem: com y Atividade 2:responda
Oriente osàsestudantes
questões.a ele se põe todos os fins é o oeste.

as competências
a turma https://www.aldeia360.art.br/.
que, atualmente, muitos equipa- escravidão. […]
promover uma conversa em casa a res- o braço direito para leste e o esquerdo para oeste,
Avenida Principal

Acesso em: 4 jun. 2021. Moro em frente à praça


A
criavam novas
AJ_CH3_PNLD23_C11_134a145_LA.indd 141 línguas, que combina- canas em solo americano e as possibi-
o norte estará eMoaMigoNiaN
à frente,Brasil:
7/20/21 3:16 PM , Beatriz Gallotti. África no
sul estará às costas. Os
No site interativo Aldeia 360, e ao lado do vam o português com as línguas africa- lidades de reconhecimento das origens, mapa de uma área em expansão.
B
APOIO DIDÁTICO

Textos localizados nas


os estudantes poderão conhe-
estacionamento. Saio de
Rua das Águas
nas, e também estabeleciam trocas e leia o texto reproduzido pontos
nesta cardeais
página são indicados
Topoi, Rio de por suas
Janeiro, letras
v. 5, n. iniciais:
9, p. 33-53,
cer mais a aldeia Tekoa Itakpe
N (norte), S (sul), L (leste) e O (oeste).
dez. 2004. Disponível em: http://ref.scielo.

socioemocionais.
casa e sigo pela rua das fusões de crenças religiosas, técnicas do manual.
do povo Guarani. Caso a escola e saberes. Essa observação permite ao org/khv728. Acesso em: 2 ago. 2021.
disponha de recursos para ex- Águas até a Avenida y Atividade 1: Explore com os estudantes
Alameda das Flores

os itens gráficos do mapa,2como


estudante perceber essas comunidades Observe
ploração coletiva, acesse o site Principal, onde tem uma o título,os detalhes da paisagem representada na ilustração.
como sujeitos históricos, e não como

colunas laterais, para


com os estudantes e explore os papelaria em frente a um o significado das setas em vermelhoa. Que horas e o relógio está marcando? Está amanhecendo ou
AJ_CH3_PNLD23_C03_036Aa045A_MP.indd 40 8/5/21meros
11:40 observadores passivos.
diferentes espaços da aldeia. Ao cabeleireiro. Minha escola os locais abordados, para que identifi-
y Dessa forma, é importante
Rua da ressaltar
Graça que está anoitecendo? Como você chegou a essa conclusão?
Ilustrações: Ilustra Cartoon/ID/BR

longo da exploração, aponte de- fica nessa avenida, em quem as informações solicitadas.
terminados pontos de referência as identidades das diferentes etnias afri-
e solicite aos estudantes que in-
frente à lanchonete. canas devem ser valorizadas e, sempre y Atividade 2: A análise das imagens pos-Está amanhecendo, porque o Sol está a leste (direção em que aparece todas
7 horas.

ampliar a compreensão
que possível, recuperadas, seja pela sibilita ao estudantes notar que é possí-
diquem a localização de outros
pesquisa acadêmica, seja pela C valoriza- vel obter informações históricas as a partir
manhãs).
espaços em relação a esse ponto
ção das expressões delas no Brasil. So- de fontes de diferentes naturezas, no
de referência.
bre o processo de apagamento étnico, caso, as obras de Benedito Calixto b. Localize
e de o menino no centro da praça. Para explorar
a. Encontre e indique as construções a (re)construção de acordo das com as letras.
identidades afri- Jean-Baptiste Debret. Depois, no quadro abaixo, escreva

A: casa do Artur
b. Trace no desenho o caminho que Artur faz da casa dele até
B: papelaria C: escola
quais estabelecimentos se encontram
ao norte, ao sul, a leste e a oeste, em
Rosa dos ventos, de
Bartolomeu Campos
de Queirós. São Paulo:
Global.
de conceitos e a
relação ao menino.

abordagem dos temas.


a escola. Esse livro apresenta
uma reflexão sobre os
Norte Sul Leste Oeste pontos cardeais e nossa
c. Que pontos de referência Artur usou para indicar o caminho?
localização e vivência no
AJ_CH3_PNLD23_C11_134Aa0145A_MP.indd 141 escola banco cinema sorveteria 8/5/21 15:04
mundo.
A praça, o estacionamento, a papelaria, o cabelereiro e a lanchonete.

14 catorze quinze 15

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C01_010a021_LA.indd 14 bras projetadas pelo Sol e a posição 7/20/21 6:31 AM AJ_CH3_PNLD23_C01_010a021_LA.indd 15 7/22/21 4:45 PM

y Nesse tema, os estudantes vão traba- dele no céu.


APOIO DIDÁTICO

lhar com orientação por meio dos pon- y Atividade 1: Converse com os estudan-
tos cardeais e de referência. Quanto aos tes a respeito da importância do mapa
pontos cardeais, é de grande importân- para a amiga de Artur se orientar no
cia contextualizar o modo como foram espaço. Questione se algum deles já fez
definidos. um mapa parecido para que os amigos
encontrassem a casa onde moram ou o
Roteiro de aula local onde seria realizado o aniversário
y Ajude a turma a compreender o que são deles, por exemplo.
pontos de referência e como eles auxi- y Atividade 2: A interpretação da ilustra-
liam na localização de um lugar novo. ção é uma boa oportunidade para de-
y Se julgar conveniente, leve a turma a um senvolver as habilidades de observação
local aberto para que observe as som- dos estudantes, incentivando-os a anali-

AJ_CH3_PNLD23_C01_010Aa021A_MP.indd 14 8/5/21 11:26

Para complementar
Indicações de leitura, sites, vídeos e outros
conteúdos para o aprofundamento dos debates
sobre os temas e contextos propostos.

AJ_CH3_PNLD23_GERAL_IaXXII_MP.indd 19 8/6/21 10:42


XX Seção introdutória

BIBLIOGRAFIA COMENTADA
aSCenção, V. O. R. et al. Conhecimentos da geografia: basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_
percursos de formação docente e práticas na educação EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 27 maio 2021.
básica. Belo Horizonte: IGC, 2017. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento
A obra reúne textos de diferentes autores da área do ensino normativo que se propõe a equalizar o aprendizado, criando
de Geografia e tem como objetivo apresentar contribuições parâmetros para a aferição da qualidade da educação em
para promover reflexões e mudanças na concepção de ensi- todo o Brasil e padronizando os patamares de aprendiza-
no e de aprendizagem do objeto de conhecimento desse gem ao longo das etapas da Educação Básica em todas as
componente curricular. modalidades de conhecimento. Para isso, a BNCC estabelece
competências e habilidades que devem ser desenvolvidas
auSuBel, D. P.; novak, J. D.; haneSian, H. Psicologia educacional. por todos os estudantes.
Rio de Janeiro: Interamericana, 1980. E-book.
Trata-se de uma obra de referência sobre a psicologia edu- BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação
cacional que pode subsidiar os diálogos sobre o desenvolvi- Básica. Competências socioemocionais como fator de
mento emocional e cognitivo nos processos de ensino e de proteção à saúde mental e ao bullying. Brasília: MEC/
SEB, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.
aprendizagem.
gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-praticas/
aprofundamentos/195-competencias-socioemocionais-
Bittar, E. C. B. Ética, educação, cidadania e direitos humanos.
como-fator-de-protecao-a-saude-mental-e-ao-bullying.
Barueri: Manole, 2004.
Acesso em: 6 maio 2021.
A obra apresenta reflexões filosóficas sobre o trabalho
Como parte do material de apoio da BNCC, esse caderno
na sala de aula com foco nas posturas e propostas éti-
traz importantes reflexões para compreender o conceito de
cas alinhadas aos direitos humanos. O ponto de partida
competências socioemocionais, especialmente como fator
para os debates são as experiências selecionadas pelo
de proteção à saúde mental e de prevenção ao bullying.
autor, enriquecendo as proposições que aliam filosofia
e direito.
BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação
Básica; Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização,
BittenCourt, C. (org.). O saber histórico na sala de aula. São Diversidade e Inclusão; Secretaria da Educação Profissional
Paulo: Contexto, 1997. e Tecnologia; Conselho Nacional de Educação; Câmara
A obra analisa algumas das possíveis ações que podem ser Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais
realizadas pelos docentes em suas práticas cotidianas, com Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC/SEB/DICEI,
destaque para o ensino de História. Apresenta, por exemplo, 2013. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.
como é possível perceber e estabelecer diferentes relações php?option=com_docman&view=download&alias=13448-
entre as facilidades e dificuldades de construção do saber diretrizes-curiculares-nacionais-2013-pdf&Itemid=30192.
histórico com os estudantes. Preocupada com a prática Acesso em: 2 jun. 2021.
escolar e tendo em foco o ensino de História, a autora busca Documento normativo que apresenta princípios, funda-
propostas para a redefinição de conteúdos e métodos de mentos e procedimentos que orientam o planejamen-
aprendizagem. O livro apresenta, de maneira geral, uma pre- to curricular das escolas e dos sistemas de ensino da
ocupação com os rumos da educação no Brasil, sendo de Educação Básica.
grande interesse para professores, estudantes de História e
público em geral. Bruening, P. A história, os pilares e os objetivos da educação
socioemocional. [Entrevista concedida a] Educação, ed.
BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. 251, ago. 2018. Disponível em: https://revistaeducacao.
PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília: MEC/ com.br/2018/08/01/historia-os-pilares-e-os-objetivos-da-
Sealf, 2019. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/ educacao-socioemocional/. Acesso em: 27 maio 2021.
images/banners/caderno_pna_final.pdf. Acesso em: 6 Entrevista com Pamela Bruening, professora doutora estadu-
maio 2021. nidense especialista em educação. Nesse artigo, são apresen-
A Política Nacional de Alfabetização (PNA) tem como prin- tados os principais conceitos da educação socioemocional,
cipal objetivo aprimorar a qualidade dos processos de alfa- além dos benefícios de sua implantação nas escolas como
betização em todo o território nacional, embasando-se em componente essencial dos currículos escolares e não apenas
estudos da ciência cognitiva da leitura, focado no método como um apêndice extracurricular.
fônico como metodologia de ensino.
Burke, P. (org.). A escrita da história: novas perspectivas. 2. ed.
BraSil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação São Paulo: Ed. da Unesp, 2011.
Básica. Base nacional comum curricular: educação é a A obra propõe uma reflexão sobre o fazer histórico e
base. Brasília: MEC/SEB, 2018. Disponível em: http:// apresenta-se como uma base importante para os docentes

AJ_CH3_PNLD23_GERAL_IaXXII_MP.indd 20 8/5/21 15:34


Seção introdutória XXI

abordarem essa temática em sala de aula. O livro reúne uma assim como às possibilidades de observação sobre diferença,
série de textos com informações e análises sobre algumas corte e descontinuidade.
das mais significativas discussões sobre metodologia e
prática historiográfica. Ao apresentar as diversas tendên- Chartier, R. A história cultural: entre práticas e representações.
cias atuais sobre o fazer histórico, o livro permite que os Lisboa: Difel, 2002.
educadores reflitam sobre as formas pelas quais adquirem O livro desenvolve discussões sobre as propostas da história
e compartilham o conhecimento histórico. Os textos produ- cultural e do ofício do historiador. Composto de oito ensaios,
zidos por diversos intelectuais e historiadores aproximam as escritos entre 1982 e 1986, Chartier examina quais são as
pessoas do entendimento a respeito das diversas linhas de condições de produção, as práticas historiográficas, assim
reflexão histórica. como os conceitos e as formas discursivas que fundam a
prática do historiador. É possível notar duas importantes
CarloS, A. F. A. A condição espacial. São Paulo: Contexto, vertentes nesse trabalho: de um lado, um grande esforço
2011. em questionar a ideia de fonte enquanto testemunho de
O livro analisa como a intensidade relacionada aos proces- uma realidade; de outro, as diversas práticas sociais que não
sos e a acontecimentos marcam as relações dos homens podem ser reduzidas apenas a representações, pois pos-
entre si e as relações destes com o espaço no período suem uma lógica autônoma.
moderno. Nesse sentido, a sociedade torna-se alvo de
mudanças que alteram a rede de relações que a sustenta. A Coll, C. et al. O construtivismo na sala de aula. São Paulo:
autora analisa como a produção do espaço está relaciona- Ática, 1996.
da à sociedade em um movimento que pode ser compreen- Reúne artigos e discussões de importantes autores que
dido em seu aspecto histórico de sua reprodução. Busca-se abordam o emprego das teorias construtivistas na prática
compreender a produção do espaço em seus fundamentos docente. Nesses artigos, centrados no sentido do processo
sociais, ou seja, como a produção do espaço encontra-se de aprendizagem, discute-se com profundidade sobre os
inserida em um conjunto de produções que dão conteúdo elementos que podem favorecer a aprendizagem por meio
e sentido à vida humana. dos significados, a função dos conhecimentos prévios, entre
outros elementos fundamentais que caracterizam o constru-
CaStellar, S. M. V.; munhoz, G. B. (org). Conhecimentos tivismo como método de aprendizagem.
escolares e caminhos metodológicos. São Paulo: Xamã,
2012. Fazenda, I. (org.). Práticas interdisciplinares na escola. São
O livro promove reflexões sobre o ensino tradicional e inter- Paulo: Cortez, 2005.
disciplinar em sala de aula, destacando o discurso entre teo- A obra apresenta práticas docentes interdisciplinares varia-
ria, prática e metodologias a partir de vivências pedagógicas das e propostas relacionadas a situações reais. Por meio da
desenvolvidas em seus contextos diferenciados. apresentação de algumas análises, demonstra-se que é pos-
sível englobar as diferentes áreas do conhecimento em prol
CaStrogiovanni, A. C. (org.). Geografia em sala de aula: práticas de soluções para diversos desafios propostos.
e reflexões. Porto Alegre: Ed. da UFRGS-AGB, 2004.
A obra apresenta textos que abordam a experiência e Ferro, M. Manipulação da história no ensino e nos meios de
reflexão de diversos professores sobre suas práticas em comunicação. São Paulo: Ibrasa, 1999.
sala de aula. O livro, importante referência para a prática De modo provocativo, o historiador francês Marc Ferro ana-
docente, apresenta textos nos quais encontramos regis- lisa diferentes discursos históricos e historiográficos, proble-
tros dos diversos desafios encontrados pelos educadores matizando as construções das versões oficiais da História, a
e geógrafos em sala de aula. Os autores fazem um convite criação de “vencedores” e os apagamentos de determinados
para que o ensino e a aprendizagem da Geografia em sala grupos sociais. De modo crítico, o autor traz reflexões sobre a
de aula se refaçam constantemente. Incentiva-se também importância do ensino de História nesse processo e de como
o aprendizado de educadores e educandos sobre as atuais ele pode servir para desconstruir estereótipos e incentivar a
transformações da sociedade. busca de diferentes pontos de vista.

Certeau, M. A escrita da história. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense FreitaS, M. C.; JaCoB, R. N. Inclusão educacional de crianças
Universitária, 2011. com deficiências: notas do chão da escola. Educação e
Obra que auxilia no processo de ensino de reflexão histórica, Pesquisa, São Paulo, v. 45, 2019. Disponível em: https://
que pode ser utilizado pelos docentes na abordagem em sala www.scielo.br/pdf/ep/v45/1517-9702-ep-45-e186303.pdf.
de aula. O autor busca identificar quais são as etapas con- Acesso em: 27 maio 2021.
sideradas fundamentais para a historiografia e aponta quais O artigo propõe uma análise crítica sobre a educação inclu-
foram as suas diversas abordagens sobre o tema desenvol- siva de crianças com deficiência nas escolas, segundo uma
vido ao longo do tempo. São analisadas como as diversas pesquisa de campo feita em 2014, com estudos de caso
áreas do conhecimento podem ser colocadas em diálogo, realizados em escolas públicas. Apoiados em situações coti-
tendo como objetivo ampliar a reflexão sobre o tema propos- dianas, os autores mostram que o acesso à educação nem
to. O autor recorre, por exemplo, à filosofia e à psicanálise, sempre resulta em inclusão.

AJ_CH3_PNLD23_GERAL_IaXXII_MP.indd 21 8/5/21 15:34


XXII Seção introdutória

leSann, J. Geografia no Ensino Fundamental I. Belo Horizonte: O texto parte da análise de conteúdos demasiadamente
Fino Traço, 2011. abstratos, desconexos e, portanto, incompreensíveis, que
A obra é composta de duas partes: a primeira apresenta as são comuns em muitos currículos escolares, para identifi-
questões teórico-metodológicas para a construção de um car a necessidade de um currículo integrado, interdiscipli-
método de ensino, e a segunda oferece sugestões de passo nar e que seja capaz de trabalhar com a transversalidade
a passo e ano a ano, para trabalhar o conteúdo de Geografia (educação; saúde; meio ambiente; pluralidade cultural;
em sala de aula. trabalho; etc).

Perrenoud, P. Avaliação: da excelência à regularização das SantoS, M. Técnica, espaço, tempo: a globalização e o meio
aprendizagens: entre duas lógicas. Porto Alegre, Artmed, técnico-científico-informacional. São Paulo: Edusp, 2008.
1998. Nessa obra que reúne ensaios de métodos voltados à com-
Nessa obra de referência sobre o tema de avaliação peda- preensão das novas dinâmicas da sociedade e do território,
gógica, o autor traz debates sobre os principais processos Santos consolida sua teoria acerca do espaço geográfico.
avaliativos e provoca o docente a observar os estudantes Destacam-se as reflexões sobre a relação entre sociedade,
como protagonistas da aprendizagem, demandando práticas tempo e espaço, especialmente no que se refere à coexis-
e perspectivas adequadas a cada caso. tência e ao conflito entre temporalidades divergentes em um
mesmo espaço.
Pinto, H. R.; riBeiro, M. T. Há festa na família…: contributos da
psicologia para o estudo de rotinas, tradições, celebrações Souza, R. F. Fotografias escolares: a leitura de imagens na
e rituais familiares. Comunicação & Cultura, Lisboa, história da escola primária. Educar em Revista, Curitiba,
Universidade Católica Portuguesa, n. 10, p. 73-86, jun. Ed. da UFPR, n. 18, 2001.
2010. Disponível em: https://revistas.ucp.pt/index.php/ A obra apresenta um estudo a respeito da leitura de fotogra-
comunicacaoecultura/article/view/544. Acesso em: 27 fias escolares, tendo como base a perspectiva da relevância
maio 2021. da análise da documentação iconográfica para o estudo da
Esse artigo traz, por meio da psicologia, uma reflexão acerca História da Educação e das instituições educativas.
das festas e celebrações, incluindo vivências familiares, e
como isso pode ser compreendido dentro do contexto das zaBala, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre:
multiplicidades do ciclo da vida. Penso, 2015.
A obra traz debates sobre diferentes metodologias de ensino,
PioSevan, F. Democracia, direitos humanos e globalização desafiando o professor a identificar as práticas educacionais
econômica: desafios e perspectivas para a construção da que mais se ajustam aos diferentes grupos de estudantes e
cidadania no Brasil. DHnet – Rede de Direitos Humanos & ao seu modo de trabalhar. Atitudes, procedimentos, méto-
Cultura, 2016. Disponível em: http://dhnet.org.br/direitos/ dos de avaliação e de amparo durante atividades distintas
militantes/flaviapiovesan/piovesan_democracia_dh_ são apresentados, analisados e problematizados, de modo a
global_economica_br.pdf. Acesso em: 11 jun. 2021. extrair os pontos fortes de cada prática.
O artigo desenvolve uma análise temática sobre o con-
ceito de democracia e as relações desse conceito com os zaBala, A.; Arnau, L. Como aprender e ensinar competências.
direitos humanos. Além disso, a autora reflete sobre os Porto Alegre: Penso, 2015.
principais impactos da globalização econômica no proces- Nessa obra, os pesquisadores da educação Antoni Zabala e
so de efetivação dos direitos humanos, com foco no caso Laia Arnau apresentam a abordagem da educação por meio
brasileiro. de competências, analisando desde a escolha delas para a
prática didática até seus impactos na construção de currícu-
rüSen, J. In: SChmidt, M. A.; BarCa, I.; martinS, E. R. (org.). Jörn los e projetos político-pedagógicos.
Rüsen e o ensino de história. Curitiba: Ed. da UFPR, 2011.
Nesse livro, são apresentados reflexões e conceitos funda- zanella, A. V. Escolarização formal e cidadania: possíveis rela-
mentais para a compreensão do pensamento ruseniano, ções, relações possíveis? In: Silveira, A. F. (org.). Cidadania
especialmente no que se refere ao processo de formação, ao e participação social. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de
aprendizado e à consciência histórica. A obra visa contribuir Pesquisas Sociais, 2008. Disponível em: http://books.scielo.
com o crescimento e a autonomia da ação crítica de quem org/id/hn3q6/pdf/silveira-9788599662885-09.pdf. Acesso
vive a história, de quem a investiga, de quem a ensina e de em: 11 jun. 2021.
quem a aprende. O artigo apresenta um debate interessante sobre as relações
entre a educação escolar e a formação cidadã, traçando,
Santomé, J. T. Os motivos do currículo integrado. In: Santomé, primeiro, um panorama histórico do debate e, depois, dia-
J. T. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo logando sobre as experiências de estudantes e de docentes
integrado. Porto Alegre: Artmed, 1998. por meio de abordagens pertinentes à filosofia da educação.

AJ_CH3_PNLD23_GERAL_IaXXII_MP.indd 22 8/5/21 15:34


1

LEDA LEONARDO DA SILVA


3 3o ANO

Bacharela e licenciada em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Letras


e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP).
Professora do Ensino Fundamental.
MÔNICA LUNGOV
GEOGRAFIA
Bacharela e licenciada em História pela FFLCH-USP.
Consultora pedagógica e professora de História no Ensino Fundamental
E HISTÓRIA
e no Ensino Médio.
RAQUEL DOS SANTOS FUNARI
Licenciada em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
Belo Horizonte.
Mestra e doutora em História pelo Instituto de Filosofia e Ciências ÁREA DO CONHECIMENTO:
Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
CIÊNCIAS HUMANAS
Pesquisadora-colaboradora do Departamento de História do Instituto de
Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp.
Professora de História e supervisora de área no Ensino Fundamental e no
Ensino Médio.

EDITORA RESPONSÁVEL: VALÉRIA VAZ


Licenciada em História pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de
ENSINO
Mesquita Filho” (Unesp). FUNDAMENTAL
Especialista em Linguagens Visuais e mestra em Artes Visuais pela
Faculdade Santa Marcelina (FASM). ANOS INICIAIS
Bacharela em Letras pela FFLCH-USP.
Editora de livros didáticos.

Organizadora: SM Educação
Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por SM Educação.

São Paulo, 1a edição, 2021

AJ_PNLD2023_FRONTS_3_CH_LA.indd 1 04/08/2021 10:21

AJ_CH3_PNLD23_INICIAIS_ESPECIFICO_001a007_MP.indd 1 8/13/21 19:10


2
Aprender Juntos Geografia e História 3o ano
© SM Educação
Todos os direitos reservados

Direção editorial Cláudia Carvalho Neves


Gerência editorial Lia Monguilhott Bezerra
Gerência de design e produção André Monteiro
Edição executiva Valéria Vaz
Edição: Gabriel Careta, Jéssica Vieira de Faria, Mateus Américo Gaiotto
Suporte editorial: Fernanda de Araújo Fortunato
Coordenação de preparação e revisão Cláudia Rodrigues do Espírito Santo
Preparação: Rosinei Aparecida Rodrigues Araujo, Vera Lúcia Rocha
Revisão: Fátima Valentina Cezare Pasculli, Rosinei Aparecida Rodrigues Araujo,
Vera Lúcia Rocha
Apoio de equipe: Beatriz Nascimento
Coordenação de design Gilciane Munhoz
Design: Thatiana Kalaes, Lissa Sakajiri
Coordenação de arte Andressa Fiorio
Edição de arte: João Negreiros
Assistência de arte: Gabriela Rodrigues Vieira
Assistência de produção: Leslie Morais
Coordenação de iconografia Josiane Laurentino
Pesquisa iconográfica: Mariana Sampaio
Tratamento de imagem: Marcelo Casaro
Capa APIS Design
Ilustração da capa: Henrique Mantovani Petrus
Projeto gráfico APIS Design
Editoração eletrônica Essencial Design
Cartografia João Miguel A. Moreira
Pré-impressão Américo Jesus
Fabricação Alexander Maeda
Impressão

Em respeito ao meio ambiente, as Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


folhas deste livro foram produzidas com (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
fibras obtidas de árvores de florestas
Silva, Leda Leonardo da
plantadas, com origem certificada.
Aprender juntos geografia e história, 3º ano : ensino
fundamental : anos iniciais / Leda Leonardo da
Silva, Mônica Lungov, Raquel dos Santos Funari ;
editora responsável Valéria Vaz ; organizadora SM
Educação ; obra coletiva concebida, desenvolvida
e produzida por SM Educação. – 1. ed. – São Paulo :
Edições SM, 2021. – (Aprender juntos)

“Área do conhecimento: Ciências humanas”


ISBN 978-65-5744-388-0 (aluno)
ISBN 978-65-5744-389-7 (professor)

1. História (Ensino fundamental) 2. Geografia (Ensino


fundamental) I. Lungov, Mônica. II. Funari, Raquel dos
Santos. III. Vaz, Valéria. IV. Título. V. Série.

21-69411 CDD-372.89

Índices para catálogo sistemático:


1. Geografia e história : Ensino fundamental 372.89
Cibele Maria Dias — Bibliotecária — CRB-8/9427

1ª edição, 2021

SM Educação
Rua Cenno Sbrighi, 25 – Edifício West Tower n. 45 – 1o andar
Água Branca 05036-010 São Paulo SP Brasil
Tel. 11 2111-7400
atendimento@grupo-sm.com
www.grupo-sm.com/br

AJ_CH3_PNLD23_Iniciais_001a007_LA.indd 2 8/13/21 17:42 AJ_C

AJ_CH3_PNLD23_INICIAIS_ESPECIFICO_001a007_MP.indd 2 8/13/21 19:10


3

Apresentação

Querido estudante, querida estudante,

Este livro foi cuidadosamente pensado para


ajudar você a construir uma aprendizagem cheia
de significados, que lhe seja útil não somente hoje,
mas também no futuro. Nele, você vai encontrar
incentivo para criar, expressar ideias e pensamentos,
refletir sobre o que aprende e trocar experiências e
conhecimentos.
Os temas, os textos, as imagens e as atividades
propostos possibilitam o desenvolvimento de
competências e habilidades fundamentais para
viver em sociedade. Também ajudam você a lidar
com suas emoções, demonstrar empatia, alcançar
objetivos, manter relações sociais positivas e
tomar decisões de maneira responsável. Aqui,
você vai encontrar oportunidades valiosas para se
desenvolver como cidadão ou cidadã.
Acreditamos que é por meio de atitudes
positivas e construtivas que se conquistam
autonomia e capacidade para tomar decisões
acertadas, resolver problemas e superar conflitos.
Esperamos que este material contribua para seu
desenvolvimento e para sua formação.
Bons estudos!

Equipe editorial

15:54 AJ_CH3_PNLD23_Iniciais_001a007_LA.indd 3 7/21/21 4:32 PM

AJ_CH3_PNLD23_INICIAIS_ESPECIFICO_001a007_MP.indd 3 8/4/21 12:40


4 Conheça seu livro
C on h eç a
seu livro
Conhecer seu livro didático vai ajudar você a aproveitar melhor as
oportunidades de aprendizagem. Este volume contém doze capítulos. Veja
como cada capítulo está organizado.

s que
são os elemento
o abaixo. Quais a seguir o
12 Observe a ilustraçã escreva na lista
paisagem? Depois,
aparecem nessa iu identificar.
s que você consegu
! nome dos elemento
AS

Rafa Rodriz/ID/BR
BOAS-VIND
Bem-vindo! Você
Fundamental! Faça
dos colegas de
vai dar início ao
terceiro ano do
as atividades a seguir
turma. Vamos lá!
Ensino
com a ajuda do
professor e
Abertura do livro
ou a do
onde você estuda
história da escola e ao
Você conhece a

Boas-vindas!
1 sabe aos colegas
Conte o que você ônibus escolar, escola,
postes, árvores, rua.
bairro onde mora? 1. Respostas possíveis:
professor. entorno
Resposta pessoal. na escola ou no
se existem plantas você 2.
2 Você já observou Descreva o que
são essas plantas?
dela? Se sim, como pessoais.

Vamos ver o que você já conhece


e ao professor. 3.
Respostas
mora, as
observou aos colegas podem modifica
ro no bairro onde você
humanos você estuda ou especiais?
as ações dos seres 13 Na escola onde comemorar datas
3 Você acha que s. Respostas pessoais. m fazer festas e mostrar
como? Dê exemplo pessoas costuma um desenho para
meio ambiente? favoritas? Faça
município Quais são suas festas

sobre os temas que vão ser


você vive? É um rações.
do município onde e o professor. uma dessas comemo
4 Qual é o nome os colegas
? Converse com
grande ou pequeno como os estudantes
Respostas pessoais. surgiram ? Por que algumas Sondagem para verificar as respectivas
que as cidades Desenho do estudante. do local de vivência
e
5 Como você acha compreendem os elementos

estudados neste livro.


do que outras? comunitárias.
cidades são maiores E no campo? manifestações culturais
Respostas pessoais. m nas cidades?
atividade acontece são iguais ou são
6 Que tipos de
atividades do campo
Você acha que as nas cidades?
s que acontecem
diferentes das atividade Você
Respostas pessoais. campo e na cidade.
problem as ambientais no lugares? Por quê?
7 Existem os mesmos nesses
os problemas são
acha quepessoais. suas ideias com os
Respostas
o que é cultura?
Compart ilhe s culturais que serão
8 Em sua opinião, pense nas atividade m
14 Com os colegas, forma vocês pretende
e o professor. neste ano. De que suas
colegaspessoal. íram para realizadas na escola s? Compartilhem
Resposta s e africanos contribu realizar essas atividade
que forma os povos indígena se organizar para
9 De ? pessoal.
da cultura brasileira ideias. Resposta o meio
a formação que elas em harmonia com
Resposta pessoal. e dever? Sabe o é possível viver contribuir
as palavras direito 15 Você acha que colegas podem
10 Você conhece forma você e os Converse com os
ambiente? De que
ambiente na escola?
pessoais.
significam? Respostas
e deveres dentro
da escola para cuidar do meio Respostas pessoais.
sabe quais são os seus direitos as regras da colegas e o professo
r.
11 Você respeitar 9
que é importante
nove
onde estuda? Por
suas ideias.
escola? Comente
7/21/21 8:34 AM
Respostas pessoais.
PÍTULO Povos

11
CA
8 oito

AJ_CH3_LA_PNLD23
_BOASVINDAS_008a
009_LA.indd All
Pages
africanos
no Brasil

Abertura de capítulo
Grande parte
da
brasileira é constit população
uída por
descendentes
de africanos,
afrodescende isto é,
ntes.
Por mais de
trezentos anos,

Uma dupla de páginas marca o início


portugueses os
trouxeram african
escravizados os
à força para
Como era a o Brasil.
vida dos african
África? O que os na

de cada capítulo. Nela, imagens


faziam? Por
foram trazido que
s para cá?

Para começo
de conversa

variadas e atividades vão levar você a


1 Você conhec
e a atividade
cultural realiza
da
pessoas represe pelas
ntadas
na ilustração?

pensar e a conversar sobre os temas


Resposta pessoal.
2 Do que você
se lembra
quando ouve
falar sobre

Imagens
a África? Resposta pessoal.

que vão ser desenvolvidos ao longo do

De Castro/Pulsar
3 Como você
acha
os povos african que
os Saber

fotografia: Cadu
vieram para Ser
o
território onde

capítulo.
hoje é
o Brasil? Resposta

Marcondes/ID/BR;
pessoal.

Ilustrador: Leandro
134
Ilustração sobre
foto de comunid
quilombola ade
de Uxizal, no
AJ_CH3_PNLD2
3_C11_134a145 Mocajuba, Pará. município de
_LA.indd 134-135 Foto de 2020.

cento e trinta

Desenvolvimento do assunto
e cinco
135

7/21/21 8:48
AM

Os textos, as imagens e Olinda


as atividades
hoje destas páginas permitirão que você compreenda o
Em 1676, Olinda passou à condição de Patrimônio Cultural

conteúdo que está sendo apresentado.


da Humanidade:
cidade. também chamado de
Patrimônio Cultural
Igrejas e casarões, erguidos na época dos Mundial. É um conjunto

Glossário
engenhos de cana-de-açúcar, são importantes de monumentos
e construções
exemplos da arquitetura e do modo de considerado valioso
vida daquele período. Em 1982, devido à por abrigar e preservar

Ao longo do livro, você vai


vestígios do passado
sua riqueza histórica, Olinda foi declarada dascapital
Brasília: a atual do Brasil
sociedades.
Patrimônio Cultural da Humanidade. No fim da década de 1950, o governo brasileiro decidiu mudar a

Registros
capital para o centro do país. O objetivo da mudança era ocupar as

Registros
Cidades históricas
encontrar breves áreas do interior e promover a integração do território.
Os arquitetos Oscar Niemeyer e Lúcio Costa projetaram a nova
capital. As construções, as ruas e os bairros não foram criados

explicações sobre algumas


conforme as pessoas chegavam, mas de acordo com um plano.

Nesta seção, você

Arquivo/Agência Brasil
integração: união de

Stefano Ember/Shutterstock.com/ID/BR
A história das cidades áreas de difícil acesso por

palavras e expressões que


meio de comunicação,

vai identificar e
pode ser contada por meio dos transporte, comércio,
entre outros serviços.

acontecimentos marcantes e

talvez você não conheça.


das mudanças pelas quais cada

analisar diferentes uma delas passa.


As cidades transformam-

tipos de registros
Operários trabalhando na

-se e muitas delas deixam construção de Brasília.


Foto de 1960.

de preservar as construções 41 meses para ser construída. Cerca


A cidade
Vista do centro planejada
histórico delevou
Olinda,

históricos e refletir
mais antigas. Em outras, de 30 mil trabalhadores, conhecidos como candangos, vindos de
Pernambuco, com a igreja da Sé em As indústrias e o ambiente
muitos estados do Brasil, revezaram-se dia e noite nas obras.
como Alcântara, no Maranhão, destaque. Foto de 2019. Vimos que muitas indústrias emitem substâncias poluentes
A inauguração da nova capital ocorreu em 21danos
que causam aode
de abril 1960. e aos seres vivos. Para reduzir
ambiente
esses marcos do passado esses danos, elas devem tomar medidas como filtrar a fumaça que

sobre eles.
Roberto Herrera Peres/Shutterstock.com/ID/BR

são preservados. São as chafariz: construção com bica ou torneira,


emitem, tratar a água utilizada antes de lançá-la nos rios e enviar os

Para explorar
resíduos industriais para locais adequados.
cidades históricas. Nessas onde a população ia buscar água. Quem adquire produtos industrializados também deve cuidar
cidades, encontramos fontes, do ambiente. Uma das maneiras de fazer isso é evitar o consumo
excessivo e o desperdício.
chafarizes, casarões, igrejas e até mesmo o calçamento de pedras dasAlgumas indústrias transformam materiais já utilizados em

Sugestões de sites,
ruas utilizado no passado. produtos novos. Esse processo é a reciclagem, que possibilita reduzir
e diminuir o volume de resíduos.
Re
Representações
a extração de matérias-primas
pre s
sentaçõe Mapas turísticos
1 Você já reparou se no município onde mora há construções 3 As figuras a seguir representam o processo de reciclagem das

filmes, livros e
Congresso Nacional, em
embalagens de leite. Numere as figuras na ordem correta.
e monumentos considerados históricos? Dê exemplos e conte Brasília, Distrito Federal.
Foto de 2019.

Ilustrações: Alex Rodrigues/ID/BR


o que sabe sobre eles.

Com os textos e as
11 99 66
1 Explique, com suas palavras, o que é uma cidade planejada.
Resposta
Os mapaspessoal.
podem ter várias utilidades: os mapas escolares são

outras dicas que


Resposta pessoal.
cinquenta e cinco 55
elaborados para o ensino, os mapas rodoviários são feitos para

atividades desta seção,


orientar os motoristas, etc.
Para e

vão ampliar e
AJ_CH3_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 55 7/20/21 7:38 AM

xplorar 33 88 44
Os mapas turísticos geralmente são produzidos por prefeituras para
orientar os visitantes, além de divulgar as principais atrações locais.

você vai aprender a ler, a


Meu, seu, de todos:patrimônio cultural, de Renata Consegliere. Curitiba: Positivo.

aprofundar os
livro, você o
Nesse Observe vaimapa
aprender seguir e responda
sobreapatrimônio
um poucorural
de turismo às questões.
cultural e descobrir que as
paisagens também são um tipo desse patrimônio. 77 22 55

interpretar e a elaborar conteúdos


Lomba Grande, Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul: Turismo rural
Vanessa Alexandre/ID/BR

cinquenta e um 51

representações do estudados.
Para ex
plorar

Um monte de lixo
7/20/21 7:38 AM

mundo à sua volta.


AJ_CH3_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 51 Disponível em: https://tvescola.org.br/videos/agi-bagi-um-monte-de-lixo/#mais-informacoes.
Acesso em: 17 jul. 2021.
O vídeo integra a série Agi Bagi, produzida pela TV Escola. Nesse vídeo, as personagens
Bodjo e Zeebee resolvem construir um carrossel com o lixo reciclado e utilizar o lixo
orgânico para fertilizar a terra do planeta dos agingas.

oitenta e sete 87

AJ_CH3_PNLD23_C07_082a093_LA.indd 87 7/20/21 8:30 AM

4 quatro Legenda
1. Igreja
2. Ponte
3. Escola
4. Criação de cavalos
5. Unidade Básica de Saúde
6. Centro de educação ambiental
7. Lojas

Fontes de pesquisa: Carolina Strack Rostirolla, Aurelio Strack. O estreitamento da dicotomia


urbano-rural: o caso do bairro Lomba Grande, de Novo Hamburgo, RS. Em: Globalização
em Tempos de Regionalização – Repercussões no Território. Santa Cruz do Sul, RS, 2015.
Disponível em: https://online.unisc.br/acadnet/anais/index.php/sidr/article/view/13378/2543;
GoogleMaps. Disponível em: https://www.google.com.br/maps; Sistema de Informações

AJ_CH3_PNLD23_Iniciais_001a007_LA.indd 4 7/21/21 4:32 PM AJ_C


Geográficas do Município de Novo Hamburgo. Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo.
Disponível em: https://signh.novohamburgo.rs.gov.br/. Acessos em: 18 mar. 2021.

1 Quais elementos representados nesse mapa podem fazer


parte das atividades de turismo rural?

2 Marque com um X os elementos presentes nesse mapa.


serra X legenda X nomes de
localidades
X rosa dos ventos X rios

1. Os estudantes podem mencionar o centro de educação ambiental, o local de criação de cavalos,


as lojas e a igreja. É possível citar também o rio e as áreas de vegetação (para piquenique, por
exemplo) e lugares para andar a cavalo. setenta e três 73

AJ_CH3_PNLD23_C06_070a081_LA.indd 73 7/20/21 8:17 AM

AJ_CH3_PNLD23_INICIAIS_ESPECIFICO_001a007_MP.indd 4 8/4/21 12:40


Conheça seu livro 5
Finalizando o capítulo
No fim dos capítulos, há seções que buscam ampliar seus conhecimentos sobre a leitura
de imagens e a diversidade cultural, além de verificar os conteúdos abordados no
capítulo.

esportivas incluem
jogos de origem
indígena e
Na seção Pessoas e lugares você vai
conhecer algumas características
As modalidades exemplos de
mostram alguns
fotos destas páginas
não indígena. As dos jogos.
s s na edição de 2015
Pessoas e lugare competições realizada
evento foi chamado
de Jogos Mundiais
dos
Nesse ano, esse s. A mudança

culturais de diferentes comunidades.


Palmas, Tocantin
Indígena s. Ele aconteceu em s do Brasil, foram
Povos povos indígena
Jogos dos porque, além dos

Ricardo Teles/Pulsar Imagens


do nome ocorreu 24 países.
nativos de outros
Povos Indígenas
r
convidados povos vam se encontra
indígenas não costuma e não indígena,
No passado, os povos da sociedad
Esse é um costume s.
fazem parte para realizar jogos. os jogos olímpico
Os esportes também esportivos como
que organiza eventos
povo. Com os jogos

Imagens
da cultura de um
indígenas não é
e as brincadeiras

Ricardo Teles/Pulsar
ouviu falar dos
diferente. Você já
Indígenas?
Jogos dos Povos
dos maiores
Trata-se de um
s de indígenas
encontros esportivo
do Brasil.
desses jogos

Fac-símile: ID/BR
A primeira edição
em Goiânia, Goiás.
ocorreu em 1996,
por Carlos Terena
Ela foi organizada

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.


liderança s do povo
e Marcos Terena,
vários estados,
Terena, que habita
Mato Grosso, Goiás
como São Paulo, Atleta pataxó, da Bahia, durante
Sul.
e Mato Grosso do competição de arremesso
de lanças.

A seção Vamos ler


durante
ntos indígenas Foto de 2015. Agora povo Manoki,
do Mato Grosso, é a sua vez
Mais de quatroce s, Indígenas do guerra. Foto
de 2015.
com a letra de cada
imagem,
de cabo de
do Brasil, de 29
povos diferente quadrinhos a seguir
ns!
disputa .
1 Preencha os
Vamos ler image tação das rendeiras
Marcelo Camargo/Agência Brasil

participaram do
evento. o tipo de represen ivo dos
de acordo com escultura Selo postal comemorat Povos

imagens! propõe a análise


dos
Jogos Mundiais
a Brasil

gravura Indígenas, 2015.


Marcelo Camargo/Agênci

B foto
tinas
Rendeiras nordes dos esportes
A pintura
do quadro a
ou pratica algum Em caso as imagens A e
B, quais objetos
1 Você conhece

de uma ou mais imagens e


Em caso afirmativo, qual? 2 De acordo com rendeiras? Contorne-os.
ados? dos quê? s pelas
apresentcaracterívocêsticas
gostaria de praticar? Por seguir são utilizado
, podemos perceber
negativo, qual o
Por meio de imagens e pinturas podem registrar Indígenas são Saber

com/ID/BR
NinaM/Shutterstock.
comunidade. Fotos Respostas nte,
pessoais.
os Jogoss.dos Povos Ser

Shutterstock.com/ID/BR
costumes de uma

Gustavo Miguel Fernandes/


atividades cotidiana
2 asAtualme o do Esporte. Em
sua opinião,

Imagens
Indígenas do povo Paresi, do Mato diversos povos realizam

traz atividades que vão


como dos pelo ,Ministéri
a seguir, Por quê?
modo organiza. Observe esse tipo de evento?
da Região Nordeste

João Prudente/Pulsar
de jikunahati,
. r
Grosso, durante partida
emdas rendeiras é importan te incentiva
Parkatêjê,
jogo parecido com o futebol, caso
É o mas essas artesãs trabalham novelos de
do povo Gaviãode tora. Foto que os atletas só podem usar a cabeçasobre o modo como Respostas pessoais.
Indígenas corrida dois
para tocar a bola. Foto
registros
de 2015. 131 linha
e trinta e um
Ardies
São Paulo.

do Pará, realizam de cento

ajudar você a compreender


bilro: instrumento

ID/BR
para pique
Fotografia: Jacques

de 2015. madeira utilizado

Marek Walica/Shutterstock.com/
A bilros
Galeria Jacques Ardies,

renda.
fazer um tipo de
7/21/21 10:01 AM

Zé Paiva/Pulsar Imagens
Images
shingopix/iStock/Getty
Getty Images
cento e trinta

ZargonDesign/iStock/
130

AJ_CH3_PNLD23_C
10_122a133_LA.indd
130-131

Helena Coelho. Rendeiras


de
sobre tela. rastelo
martelo
almofada escada diferentes tipos de imagem.
bilro, 2004. Óleo
o resultado do
de renda.
Existem vários tipos ta melhor
observa-se o
Nessa imagem, duas imagens represen um X.
trabalho de produção
da renda 3 Qual destas ? Marque com
de bilro, uma técnica
de
trabalho das rendeiras

om/ID/BR
.
origem portuguesa

Imagens

manfredxy/Shutterstock.c
Imagens

João Prudente/Pulsar
X
pela Organização
foi considerado
Delfim Martins/Pulsar

Saber
B
3 O ano de 2014 onal da Ser
(ONU) o Ano Internaci
das Nações Unidas a agricultura
re Em todo o mundo,
semp Agricultura Familiar. ea
para a nutrição
Aprender familiar é valorizad
a por contribuir
r de um grande
número de pessoas.
uma segurança alimenta
em cada foto a
Fac-símile: ID/BR

econômica retratada
1 Relacione a atividade e indicada a seguir.
lvida no campo Pergunte
atividade desenvo
Fonte: Correios Brasil.

feito de renda?
Imagens

renda de bilro há algum objeto para


Artesã fazendo 4 Em sua casa, e, se houver, peça
Imagens

moram com você


É possível
em Aquiraz, Ceará.
Ricardo Azoury/Pulsar

A
ver um pedaço
de papel aos adultos que colegas. Resposta
pessoal.
Depois, conte aos
Cesar Diniz/Pulsar

B Ele é
pardo sobre a almofada. está
Nele,
ver esse objeto. 119
cento e dezenove
chamado de pique. a ser
o desenho da renda
feita. Foto de 2018.
7/21/21 9:57 AM

cento e dezoito
118
Foto de 2019. al da Agricultura
Mato Abaetetuba, Pará. ão ao Ano Internacion
do Livramento, Selo em comemoraç
Nossa Senhora
Familiar, 2014.

As atividades da seção Aprender


ra podem ser
Dirceu Portugal/Fotoarena

Grosso, 2020. 09_108a121_LA.indd


118-119

de agricultu
sticas desse tipo
AJ_CH3_PNLD23_C
ID/BR

C a. Quais caracterí
Edinaldo Maciel/Shutterstock.com/

selo?
D identificadas nesse te pequeno
em terreno relativamen
produz alimentos diversos te, e as pessoas

sempre são uma oportunidade para


Esse tipo de agricultura é desenvolvido coletivamen
da família. O trabalho
e próximo à moradia
tarefas.
cuidam de diferentes

2021.
Paraná. Foto de ,

você verificar o que aprendeu, analisar


Foto de 2019.
Campo Mourão,
s de atividades coletivas
Campinas, São Paulo. existem momento
b. Em sua família, Qual é a
são compartilhadas? vocês?
c. agricultura nas quais as tarefas a convivência entre
momentos para
a. extrativismo importância desses
d. turismo rural

os assuntos estudados em cada


Respostas pessoais.
s paisagens, com
b. pecuária apresenta diferente variados.
que se pede. 4 O espaço rural e modos de vida
m no caderno ao atividades humanas
a seguir e responda elementos naturais, que
2 Leiam a notícia internet imagens
em revistas e na
o • Pesquise em jornais, Atividade de pesquisa.

capítulo e refletir sobre eles.


a situações em que de do espaço rural.
batizada em referência áreas, é a retratem essa diversida
[...] A Operação Deriva, espalha para outras para montar um
cartaz.
o local desejado e se para a essas imagens
agrotóxico não atinge conjuntas previstas • Recorte ou reproduz
de fiscalizações ambientais a os cartazes.
primeira de uma série periódicas de combate um painel com todos
o Mato Grosso do Sul.
A ideia é realizar inspeções • Com a turma, faça das diferentes paisagens rurais podem ser
e à saúde da população. . caracterí sticas
danos ambientais sete aviões por uso
irregular de agrotóxicos a. Que pessoal.
- imagens? Resposta
Canal Rural. Fiscalização
apreende s/agricultura/fiscalizacao
canalrural.com.br/noticia Acesso em: 5 mar. 2021. identificadas nas Compare-os.
Disponível em: http://www. os-66684. foram retratados?
r-uso-irregular-agrotoxic s e modos de vida
apreende-sete-avioes-po b. Que atividade um 81
ao ambiente? Resposta pessoal. oitenta e

agrotóxicsão os pode causar e causar a


o uso deáreas de plantação (deriva)
• Quais danospode
O uso de agrotóxicos
afetar que não
de água poluída no solo,
atingindo as
de rios e lagos e a infiltração
7/21/21 9:27 AM

contaminação da água águas subterrâneas.


80 oitenta

80-81
06_070a081_LA.indd
AJ_CH3_PNLD23_C

ATÉ BREVE!
7 Como é o
cômodo onde
A cada ano no espaço a você costum
escolar, você seguir, a planta a estudar em
casa? Desenh

Finalizando o livro
aprendizagens e os colegas desse lugar ou e,
. Você já parou vivenciam novos da sua sala de
ano? Para saber para pensar desafios e Desenho do estudante aula.
isso, realize a no quanto aprend .
avaliação a seguir. eu neste

1
Como é a paisag
em da sua vizinha
Descreva aos nça ou do bairro

Até breve!
Resposta pessoal. colegas os elementos onde mora?
2 O bairro dessa paisag
onde você mora em.
ele mudou, o sempre foi do
que está diferen jeito como é
acha que ele te? Se ele está hoje? Se
nunca mudou
Respostas pessoais. igual, por que
? você
3 Por quais

Atividades no final do livro para


razões
Resposta pessoal. os seres humano
s modificam
4 Há vegeta o meio ambien
ção perto da te?
podemos adotar sua casa? Se
sim, como ela
Respostas pessoais. para preservar o é? Que ações
5 O que são meio ambien

verificar sua aprendizagem e


os patrimônios te?
preservar esses históricos? Qual 8 Por que é
patrimônios? é a importância importante respeit
Respostas pessoais. de do Brasil? Conver ar e valorizar
6 Observe se com os colega a diversidade
as fotos abaixo cultural
naturais? E mais . Em qual delas 9 Após um s e o profess
há mais elemen or. Resposta pessoal.

para você refletir sobre os temas


elementos human ano inteiro de
a seguir com izados? Preenc tos colegas, você convivência
a letra corresp ha os espaço já conhece melhor com os profess
ondente. s são seus direitos as regras da ores e os
A. e deveres na escola. Pinte
escola no quadro quais
B. a seguir.

estudados ao longo do ano.


stock.com/ID/BR

Respeitar os Direitos
Deveres
R

colegas, os
utterstock.com/ID/B

professores
e os funcion
Ivo Montenegro/Shutter

ários.
Boa aliment X
ação.
camialmeidafoto/Sh

Manter a sala X
de aula limpa
e
organizada.
Fazer as lições X
Árvores no municípi e tarefas.
Minas Gerais. o de Urucuia,
Foto de 2020. Prédios no municípi X
10 Vocês criaram

nes usados no livro


Rio Grande do o de Porto Alegre,
A Sul. Foto de hábitos e regras
mais elemen 2020. o meio ambien para viver em
tos naturais te na escola harmonia com
experiências? onde estuda
O que vocês m? Como foram

Í co
B mais elemen depois disso? acham que pode essas
tos humanizados Respostas pessoais. ser melhorado
158 cento e cinquenta 11 Quando
e oito você e os
algo, como vocês colegas tiveram opiniõe
agiram para s diferentes
chegar a um sobre
AJ_CH3_LA_PN
LD23_ATEBREV
E_158a159_LA.i acordo? Resposta
ndd All Pages
pessoal.
cento e cinquenta
e nove
159

7/21/21 9:20
AM

Atividade em dupla
Saber ser
Saber Sinaliza momentos propícios para
Ser
Atividade em grupo o desenvolvimento de
competências socioemocionais.
Atividade oral res -
Co
Representação
sem proporção
de tamanho e/ou
Atividade para casa
-fantasia distância entre
os elementos.

cinco 5

:32 PM AJ_CH3_PNLD23_Iniciais_001a007_LA.indd 5 7/21/21 4:32 PM

AJ_CH3_PNLD23_INICIAIS_ESPECIFICO_001a007_MP.indd 5 8/4/21 12:40


6 Sumário
Sumário
TULO

O surgimento das vilas e

CA
4 das capitais 46
Boas-vindas! • 8
A origem das vilas no Brasil • 48
A colonização no Nordeste • 50
Registros
TULO
PÍ Cidades históricas • 51

CA
1 Reconhecendo as paisagens 10 As vilas das Minas Gerais • 52
As capitais do Brasil • 54
Aprender sempre • 56
Diferentes paisagens • 12
Paisagem e orientação • 14
A transformação da paisagem • 16
Vamos ler imagens!
Pintura de paisagem • 18 TULO

Aprender sempre • 20 O crescimento das

CA
5 cidades 58
As cidades e o comércio • 60
TULO
PÍ O relevo e a vegetação As cidades e as indústrias • 62

CA
Os meios de transporte urbanos • 64
2 nas paisagens 22 Vamos ler imagens!
Fotos de bondes elétricos • 66
As diferentes formações de vegetação natural • 24 Aprender sempre • 68
Representações
Combinação de manchas e cores • 26
A superfície da Terra e as suas formas • 27
Pessoas e lugares
TULO
O povo Korowai e a vida no alto da floresta • 32 PÍ

CA
Aprender sempre • 34
6 O campo 70
As paisagens do campo • 72
TULO Representações

A ação humana sobre Mapas turísticos • 73
CA

3 a paisagem 36 Agricultura • 74
Outras atividades econômicas • 76
A origem da ação humana • 38 Pessoas e lugares
A comunidade quilombola Itamatatiua, no
Recursos naturais • 39
Maranhão • 78
Modos de vida em harmonia com o meio
ambiente • 42 Aprender sempre • 80
Aprender sempre • 44

TULO

CA

7 A cidade 82
As paisagens da cidade • 84
As diferenças entre as cidades • 85
As atividades econômicas na cidade • 86
Ilustração: Leandro Marcondes/ID/BR

Representações
A cidade vista do alto • 89
Vamos ler imagens!
Comparação de maquete e planta • 90
Aprender sempre • 92

6 seis

AJ_CH3_PNLD23_Iniciais_001a007_LA.indd 6 7/21/21 4:32 PM AJ_C

AJ_CH3_PNLD23_INICIAIS_ESPECIFICO_001a007_MP.indd 6 8/4/21 12:40


Sumário 7

TULO

CA
11 Povos africanos no Brasil 134
As sociedades africanas • 136
Registros
Máscaras africanas • 138
O comércio de africanos escravizados • 140
A resistência negra no Brasil • 142
Aprender sempre • 144

TULO TULO
PÍ PÍ
Comunidades ribeirinhas

CA
CA

8 O município é de todos 94 12 e caiçaras 146


Ser cidadão • 96 As comunidades extrativistas • 148
Direitos e deveres • 97 Os povos ribeirinhos • 150
Problemas no campo • 98 Os caiçaras • 152
Problemas nos centros urbanos • 100 Pessoas e lugares
Áreas de conservação ambiental • 105 As águas na vida das crianças ribeirinhas • 154
Aprender sempre • 106 Aprender sempre • 156

TULO

Diversidade cultural
CA

9 no Brasil 108
Indígenas e portugueses • 110 Até breve! • 158
Povos africanos • 112
Heranças • 114 Bibliografia comentada • 160
Festas e ritmos • 116
Registros
Instrumentos musicais • 117
Vamos ler imagens!
Rendeiras nordestinas • 118
Aprender sempre • 120

TULO

CA

10 Povos indígenas no Brasil 122


Ilustrações: Leandro Marcondes/ID/BR

Onde estão os povos indígenas • 124


A vida dos povos indígenas • 126
Conflitos e resistências • 128
Pessoas e lugares
Jogos dos Povos Indígenas • 130
Aprender sempre • 132

sete 7

:32 PM AJ_CH3_PNLD23_Iniciais_001a007_LA.indd 7 7/21/21 4:32 PM

AJ_CH3_PNLD23_INICIAIS_ESPECIFICO_001a007_MP.indd 7 8/4/21 12:40


8 Boas-vindas!

S!
HABILIDADES AVALIADAS NA BOAS-VINDA
SEÇÃO BOAS-VINDAS!
» (EF03GE01) Identificar e compa- Bem-vindo! Você vai dar início ao terceiro ano do Ensino
rar aspectos culturais dos grupos
Fundamental! Faça as atividades a seguir com a ajuda do professor e
sociais de seus lugares de vivên-
cia, seja na cidade, seja no campo. dos colegas de turma. Vamos lá!
» (EF03GE02) Identificar, em seus
lugares de vivência, marcas de
contribuição cultural e econômica 1 Você conhece a história da escola onde você estuda ou a do
de grupos de diferentes origens.
bairro onde mora? Conte o que você sabe aos colegas e ao
» (EF03GE03) Reconhecer os di- professor.
ferentes modos de vida de povos Resposta pessoal.
e comunidades tradicionais em 2 Você já observou se existem plantas na escola ou no entorno
distintos lugares.
dela? Se sim, como são essas plantas? Descreva o que você
» (EF03GE04) Explicar como os
observou aos colegas e ao professor. Respostas pessoais.
processos naturais e históricos
atuam na produção e na mudança
das paisagens naturais e antrópi-
3 Você acha que as ações dos seres humanos podem modificar o
cas nos seus lugares de vivência, meio ambiente? como? Dê exemplos. Respostas pessoais.
comparando-os a outros lugares.
4 Qual é o nome do município onde você vive? É um município
» (EF03GE06) Identificar e interpre-
tar imagens bidimensionais e tridi- grande ou pequeno? Converse com os colegas e o professor.
mensionais em diferentes tipos de Respostas pessoais.
representação cartográfica. 5 Como você acha que as cidades surgiram? Por que algumas
» (EF03GE10) Identificar os cuida- cidades são maiores do que outras?
Respostas pessoais.
dos necessários para utilização
da água na agricultura e na gera- 6 Que tipos de atividade acontecem nas cidades? E no campo?
ção de energia de modo a garan- Você acha que as atividades do campo são iguais ou são
tir a manutenção do provimento diferentes das atividades que acontecem nas cidades?
de água potável. Respostas pessoais.
» (EF03GE11) Comparar impactos 7 Existem problemas ambientais no campo e na cidade. Você
das atividades econômicas ur- acha que os problemas são os mesmos nesses lugares? Por quê?
banas e rurais sobre o ambiente Respostas pessoais.
físico natural, assim como os ris- 8 Em sua opinião, o que é cultura? Compartilhe suas ideias com os
cos provenientes do uso de fer-
colegas e o professor.
ramentas e máquinas. Resposta pessoal.
» (EF03HI01) Identificar os grupos 9 De que forma os povos indígenas e africanos contribuíram para
populacionais que formam a cida- a formação da cultura brasileira?
de, o município e a região, as rela- Resposta pessoal.
ções estabelecidas entre eles e os 10 Você conhece as palavras direito e dever? Sabe o que elas
eventos que marcam a formação
da cidade, como fenômenos mi- significam? Respostas pessoais.
gratórios (vida rural/vida urbana),
desmatamentos, estabelecimento 11 Você sabe quais são os seus direitos e deveres dentro da escola
de grandes empresas etc. onde estuda? Por que é importante respeitar as regras da
escola? Comente suas ideias.
Respostas pessoais.
8 8oito oito

Orientação didática brar e sistematizar informações sobre


AJ_CH3_LA_PNLD23_BOASVINDAS_008a009_LA.indd 8 atividades humanas acarretam nas pai- 7/20/21 4:24 PM AJ_C

os seus locais de vivência, seja a escola sagens transformações que podem ter
y A seção Boas-vindas! deste volume visa
APOIO DIDÁTICO

ou o bairro onde mora. Incentive-os a impactos negativos.


proporcionar aos estudantes um mo-
mento para refletir e relembrar o que compartilhar suas histórias com os de- y Atividades 4 e 5: Utilize as atividades
mais, desenvolvendo uma atmosfera para realizar uma sondagem das im-
aprenderam até aqui, bem como prepa-
acolhedora em que todos possam se pressões dos estudantes sobre o muni-
rá-los para o que está por vir. Você pode
expressar livremente. cípio onde vivem, o que eles entendem
auxiliá-los escrevendo no quadro um pela palavra “cidade” e quais elemen-
breve resumo desses conteúdos. Apro- y Atividade 2: Com essa atividade, per-
tos das paisagens eles identificam em
veite para continuar o trabalho com a ceba como os estudantes fazem a ob- meios urbanos, grandes ou pequenos.
inserção do estudante em seu espaço e servação dos elementos das paisagens
contexto histórico e com sua capacidade onde vivem e como percebem a vege-
y Atividades 6 e 7: Essas atividades in-
troduzem a questão das atividades que
de compreender o tempo, o espaço e as tação ao seu redor. Caso haja poucas acontecem nas cidades e nos campos e
pessoas na região em que vive. áreas arborizadas, incentive-os a com- suas consequências ambientais. Apro-
partilhar impressões sobre outros lo- veite para retomar a atividade 3.
Roteiro de aula cais verdes onde já estiveram. y Atividade 8: Caso os estudantes ainda
y Atividade 1: A partir dessa atividade, y Atividade 3: É importante observar se não tenham clareza sobre o que é cul-
os estudantes são encorajados a relem- os estudantes compreendem como as tura, incentive-os a refletir sobre as fes-

AJ_CH3_PNLD23_BOASVINDAS_008Aa009A_MP.indd 8 8/5/21 17:45


Boas-vindas! 9
12 Observe a ilustração abaixo. Quais são os elementos que
aparecem nessa paisagem? Depois, escreva na lista a seguir o
nome dos elementos que você conseguiu identificar. » (EF03HI03) Identificar e com-
parar pontos de vista em relação
a eventos significativos do local
em que vive, aspectos relacio-

Rafa Rodriz/ID/BR
nados a condições sociais e à
presença de diferentes grupos
sociais e culturais, com especial
destaque para as culturas africa-
nas, indígenas e de migrantes.
» (EF03HI04) Identificar os pa-
trimônios históricos e culturais
de sua cidade ou região e dis-
cutir as razões culturais, sociais
e políticas para que assim sejam
1. Respostas possíveis: ônibus escolar, escola, postes, árvores, rua.
considerados.
2. » (EF03HI05) Identificar os marcos
históricos do lugar em que vive e
compreender seus significados.
3.
» (EF03HI06) Identificar os regis-
13 Na escola onde você estuda ou no bairro onde você mora, as tros de memória na cidade (no-
mes de ruas, monumentos, edifí-
pessoas costumam fazer festas e comemorar datas especiais? cios etc.), discutindo os critérios
Quais são suas festas favoritas? Faça um desenho para mostrar que explicam a escolha desses
uma dessas comemorações. nomes.
» (EF03HI07) Identificar semelhan-
ças e diferenças existentes entre
Desenho do estudante. Sondagem para verificar como os estudantes comunidades de sua cidade ou
compreendem os elementos do local de vivência e as respectivas região, e descrever o papel dos
manifestações culturais comunitárias. diferentes grupos sociais que as
formam.

COMPONENTE ESSENCIAL
PARA ALFABETIZAÇÃO
» Produção de escrita.

14 Com os colegas, pense nas atividades culturais que serão


realizadas na escola neste ano. De que forma vocês pretendem
se organizar para realizar essas atividades? Compartilhem suas
ideias. Resposta pessoal.
15 Você acha que é possível viver em harmonia com o meio
ambiente? De que forma você e os colegas podem contribuir
para cuidar do meio ambiente na escola? Converse com os
colegas e o professor. Respostas pessoais.

nove 9
nove 9

24 PM tas e manifestações de dança, música e


AJ_CH3_LA_PNLD23_BOASVINDAS_008a009_LA.indd 9
y Atividade 12: Saber identificar ele-
7/20/21 que os compõem. Incentive-os a valo-
4:24 PM

outros eventos que ocorrem na comu- mentos de uma imagem e pensar na rizar as manifestações culturais da co-
APOIO DIDÁTICO
nidade. Pergunte a eles se consideram própria realidade é o foco principal munidade onde vivem.
esses eventos como manifestações cul- dessa atividade e das próximas. Uti- y Atividades 14 e 15: Se julgar convenien-
turais e por quê. lize-as para realizar uma sondagem te, escreva as questões no quadro e es-
diagnóstica dos estudantes sobre co- timule a reflexão e o diálogo entre os
y Atividade 9: Estimule os estudantes
ordenação motora fina, conhecimento estudantes. Apesar de as atividades
a compartilhar suas opiniões sobre o
das letras, associação entre símbolos ajudarem na orientação do compor-
tema ouvindo os colegas e respeitando
e sons, observação dos elementos das tamento da turma em relação às aulas
todas as ideias levantadas. paisagens e noções de proporcionali- durante o ano letivo, promova um am-
y Atividades 10 e 11: Compreender as pala- dade, além de trabalhar componentes biente acolhedor durante a abordagem
vras “dever” e “direito” é uma tarefa com- essenciais da alfabetização (produção dos diversos pontos de vista que pos-
plexa. Essas atividades procuram identi- de escrita). sam surgir. Busque analisar cada res-
ficar como os estudantes encaram esses y Atividade 13: Essa atividade visa son- posta e como ela pode ou não ajudar
termos e se eles já tiveram contato com dar como os estudantes compreendem no desenvolvimento da turma para um
esses conceitos. seus locais de vivência e os elementos melhor convívio entre todos.

AJ_CH3_PNLD23_BOASVINDAS_008Aa009A_MP.indd 9 8/5/21 17:45


9A Subsídios para a avaliação diagnóstica

SUBSÍDIOS PARA A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA


• O momento da avaliação diagnóstica provavelmente será • O foco das atividades 12 e 13 passa a ser leitura e inter-
um dos primeiros contatos com a turma. Por isso, se julgar pretação de imagens e a importância da memória, cele-
conveniente, construa com os estudantes uma dinâmica que brada pela sociedade nas datas comemorativas e festas
favoreça a comunicação. Estabeleça um conjunto de regras promovidas durante o ano. Ressalte que relembrar fa-
e combinados que vão reger a dinâmica na sala de aula e tos importantes é essencial para a construção de uma
incentive-os a se manifestar e a elaborar conjuntamente essa cultura e da ideia de pertencimento a uma comunidade.
lista de regras, retomando a discussão sobre direitos e de- As atividades dão subsídios para o trabalho com outras
veres. O pensamento deles a respeito de si mesmos e dos habilidades, como EF03GE06, EF03HI04, EF03HI05 e
outros, a inserção deles na comunidade em que vivem e a EF03HI06.
importância das diferenças para a formação da sociedade
• Para embasar as respostas às atividades 14 e 15, deve ser
são pontos-chave. Leve os estudantes a reconhecer a ne-
proposto um debate acerca da organização da sala de
cessidade de cada um falar na sua vez para que a comuni-
aula, do papel de cada estudante para o bom funciona-
cação seja efetiva e respeitosa. Explique-lhes que todas as
mento da escola e da comunidade e de como pessoas di-
respostas e todos os questionamentos dos colegas devem
ferentes em vários aspectos podem conviver em sintonia
ser considerados e respeitados, uma vez que todas as dúvi-
para conseguir atingir o mesmo objetivo. Para as ques-
das são relevantes.
tões que os estudantes não souberem responder, incenti-
• A seção Boas-vindas! do Livro do Estudante recupera em
ve a pesquisa. Essas atividades mobilizam as habilidades
parte o conteúdo trabalhado anteriormente e direciona os
EF03GE10, EF03HI01 e EF03HI10.
estudantes a pensar sobre os temas que serão apresenta-
dos na sequência. • Utilize as questões apresentadas para perceber as dificul-
dades iniciais dos estudantes quanto aos temas propostos
• As atividades 1, 2 e 4 propõem ao estudante refletir sobre
e à interpretação das imagens. Organize um plano de ação
sua realidade escolar e sobre a realidade da comunidade em
para que tais dificuldades sejam direcionadas e tratadas
que a escola está inserida. Dessa forma, certifique-se de que
durante o ano.
eles percebam que o espaço sofre alterações ao longo do
tempo. As habilidades EF03GE01, EF03GE02, EF03GE03 e


EF03HI03 são centrais para esse entendimento.
Atividades de remediação
As atividades 3, 5, 6 e 7 propõem uma reflexão acerca da
atividade humana no espaço e de como ela é responsável
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens quanto
pelas maiores alterações nele. Promova um debate entre às habilidades que serão desenvolvidas durante o volume,
os estudantes para que eles percebam nosso grau de res- procure primeiro atentar para a forma como os estudan-
ponsabilidade perante as questões ambientais e se cons- tes trabalharão as atividades dos capítulos. Se necessário,
cientizem de que é possível realizar essas alterações de reúna os estudantes em pequenos grupos para que eles
forma responsável e sem prejudicar o ambiente e a nós resolvam as questões coletivamente. Escolha as questões
mesmos. Foque nas habilidades EF03GE04, EF03GE09, em que eles tiveram mais dificuldade. Após as discus-
EF03GE10, EF03GE11, EF03HI05, EF03HI06 e EF03HI07 sões em pequenos grupos, peça a cada grupo que se or-
ao trabalhar esse tema. ganize para apresentar sua resposta à questão. Assim, os
• estudantes deverão debater suas ideias e entrar em con-
As atividades 8 e 9 propõem uma reflexão sobre nossa
senso para a apresentação, desenvolvendo também com-
cultura e sua formação, levando em consideração a mis-
cigenação do país e as contribuições dos mais diversos petências socioemocionais e a habilidade EF03HI03.
povos para a construção dessa cultura. Promova entre os • Atividade 2: Você perceberá que as questões apresen-
estudantes um ambiente livre de preconceitos durante o tam um eixo central que gira em torno do papel dos
compartilhamento de opiniões e destaque que todos, em diferentes povos e culturas, abrangendo as habilidades
suas diferenças e semelhanças, são importantes. Com es- EF03GE01 e EF03HI01. Para trabalhar essas questões,
sas atividades, os estudantes vão iniciar o trabalho com as leve para a sala de aula fotografias de diversos povos.
habilidades EF03GE01, EF03GE02, EF03GE03, EF03HI03, Solicite aos estudantes que realizem um levantamento
EF03HI04 e EF03HI05. das semelhanças e das diferenças entre esses povos,
• Por fim, as atividades 10 e 11 destinam-se à compreen- sempre de maneira respeitosa e valorizando a diversi-
são de direitos e deveres, que são conceitos-chave para dade cultural. Em seguida, convide os estudantes a co-
o desenvolvimento da cidadania nos estudantes. Procure mentar o que eles pensam sobre a diversidade cultural
mostrar essa importância para a turma de forma simples brasileira. Se julgar pertinente, peça-lhes que elaborem
e objetiva. Essas atividades, por mais que não mobilizam uma pequena frase sobre o tema. Dessa forma, procure
habilidades diretamente, dão subsídios para o trabalho fu- orientar os estudantes nesse sentido e prepará-los para
turo com várias habilidades, como a EF03HI09. quando forem resolver atividades futuras.

AJ_CH3_PNLD23_BOASVINDAS_008Aa009A_MP.indd 9 8/5/21 17:45


Reconhecendo as paisagens Capítulo 1 10A

CAPÍTULO 1 RECONHECENDO AS PAISAGENS

Objetivos pedagógicos
1. Promover a compreensão dos estudantes a respeito das 4. Fornecer subsídios para que os estudantes possam iden-
transformações das paisagens com o passar do tempo. tificar os pontos cardeais e saber como utilizá-los para
2. Incentivar a observação da paisagem e a diferenciação orientação espacial.
dos elementos que compõem as diferentes paisagens. 5. Levar os estudantes a compreender a existência de di-
3. Promover a compreensão da relação entre as atividades ferentes modos de vida, desenvolvendo o respeito pelas
humanas e as transformações nas paisagens. trajetórias individuais e coletivas.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Neste capítulo, são abordadas as mudanças da paisagem e chamar a atenção deles para detalhes que podem dizer
que ocorrem com o passar do tempo e as formas de orienta- muito a respeito do que se está observando pode fazer a
ção espacial iniciais (por meio dos pontos cardeais e da po- diferença no entendimento do tema.
sição do Sol), para que os estudantes entendam essa relação.
Quanto à localização espacial por meio dos pontos car-
Quanto às alterações realizadas pelas atividades huma- deais, a implementação de tal ferramenta deve ser percebida
nas no espaço e no tempo, a análise de imagens é de grande como chave para grande parte da evolução técnica e tecno-
importância. Auxiliar os estudantes na interpretação correta lógica humana.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 2, 3, 4, 6, 7 e 9

Competências específicas das Ciências Humanas para o


1, 2, 3, 4, 6 e 7
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


1, 2, 4 e 5
Fundamental

EF03GE01, EF03GE02, EF03GE03, EF03GE04,


Habilidades de Geografia
EF03GE06 e EF03GE07

Habilidades de História EF03HI02 e EF03HI07

AJ_CH3_PNLD23_C01_010Aa021A_MP.indd 10 8/5/21 11:26


10 Capítulo 1 Reconhecendo
as paisagens

Galeria Jacques Ardies. Fotografia: Jacques Ardies


HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF03GE01) Identificar e com-
parar aspectos culturais dos
grupos sociais de seus lugares
de vivência, seja na cidade, seja
no campo.
» (EF03GE03) Reconhecer os di-
ferentes modos de vida de povos
e comunidades tradicionais em
distintos lugares.

10

Orientações didáticas Roteiro de aula


AJ_CH3_PNLD23_C01_010a021_LA.indd 10 ornamentos que utiliza. Ao observar a 7/10/21 10:46 AM

construção representada na pintura,


y Neste capítulo, os estudantes serão in- y Antes de iniciar o estudo do capítulo,
APOIO DIDÁTICO

questione os estudantes sobre o que espera-se que eles percebam que ela
centivados a analisar representações
entendem por paisagem, solicitando não se parece com uma construção tí-
de diferentes paisagens, reconhecendo
que deem exemplos. Permita que se pica de povos indígenas. Dessa forma,
os elementos naturais e os elementos
expressem livremente. Em seguida, os estudantes estarão comparando as-
humanizados que as constituem, além
oriente-os a observar a pintura do ritual pectos culturais de diferentes povos.
de observar as transformações das pai-
sagens ao longo do tempo.
xavante da abertura do capítulo e a y Atividade 3: Se julgar conveniente,
conversar sobre as atividades propos- amplie a imagem no quadro (ou faça
y Por meio do estudo da paisagem, é tas na página, que têm como objetivo cópias ampliadas da imagem) e auxilie
possível analisar locais distantes da desenvolver as habilidades EF03GE01 os estudantes na identificação dos ele-
realidade dos estudantes, assim como e EF03GE03. mentos presentes na paisagem retrata-
aprimorar o conhecimento sobre o lu-
y Atividades 1 e 2: Ao descrever elemen- da. Promova um debate incentivando
gar onde vivem. Isso é fundamental tos da pintura de um ritual xavante, a turma a expressar suas impressões a
para despertar neles o sentimento de os estudantes poderão identificar e esse respeito, percebendo as diferen-
pertencimento ao lugar, de modo que reconhecer aspectos culturais desse ças e as semelhanças encontradas em
se sintam responsáveis por ele. povo, como as pinturas corporais e os cada análise.

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Reconhecendo Capítulo 1 11
1. Um ritual do povo Xavante. Resposta pessoal. as paisagens

Consciência social
UL
APÍT O
Reconhecendo
Saber

1
Ser

C y Atividade 3: Nessa ativida-


de, os estudantes devem re-

as paisagens fletir sobre o significado, para


o povo Xavante, da paisagem
apresentada na pintura. Dessa
forma, são convidados a exer-
Você costuma observar o que citar a empatia e a colocar-se
há no caminho quando vai de um no lugar dos indivíduos des-
se povo, ao imaginar a forma
lugar para outro? como eles se relacionam com o
Quando caminhamos ao lugar onde vivem.
ar livre, para cada direção que
olhamos podemos ter uma vista
diferente do espaço. Essa vista
pode ser representada em uma
pintura, um desenho ou uma foto,
por exemplo.

Para começo de conversa


1 O que essa pintura
representa? Quais
detalhes você observa nela?
2 Quais características das
pessoas representadas mais
chamaram sua atenção?
Por quê?
Respostas pessoais.
3 Em sua opinião, qual
é a importância dos Saber
Ser
elementos da paisagem
apresentados na
pintura para as pessoas nela
representadas? Como você
chegou a essa conclusão?
Respostas pessoais.

Jannes. Ritual xavante (detalhe), 2005.


Óleo sobre tela.

onze 11

AJ_CH3_PNLD23_C01_010a021_LA.indd 11 7/20/21 4:38 PM


APOIO DIDÁTICO

AJ_CH3_PNLD23_C01_010Aa021A_MP.indd 11 8/5/21 11:26


12 Capítulo 1 Reconhecendo
as paisagens
Diferentes paisagens
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Andando na rua ou olhando por uma janela, vemos diferentes
NO TEMA “DIFERENTES
PAISAGENS” paisagens. A paisagem revela a imagem que podemos obter de um
espaço por meio de nossos sentidos: a visão, a audição, o tato, o
» (EF03GE01) Identificar e com-
parar aspectos culturais dos olfato e o paladar.
grupos sociais de seus lugares Quando estamos na praia, por exemplo, é possível ver o
de vivência, seja na cidade, seja
no campo. mar, ouvir o barulho das ondas, tocar a areia e sentir o calor do
» (EF03GE02) Identificar, em seus sol, o cheiro do mar e o gosto salgado da água. Dessa maneira,
lugares de vivência, marcas de percebemos a paisagem.
contribuição cultural e econô-
mica de grupos de diferentes
Cada paisagem é composta de diferentes tipos de elementos
origens. que correspondem a tudo que podemos identificar nela. Os
» (EF03GE04) Explicar como os elementos da paisagem resultam dos fenômenos da natureza e da
processos naturais e históricos relação entre esses fenômenos e as atividades humanas.
atuam na produção e na mudan-
ça das paisagens naturais e an- 1 Observe com atenção a paisagem retratada na foto a seguir.
trópicas nos seus lugares de vi-
vência, comparando-os a outros

Tales Azzi/Pulsar Imagens


lugares.

COMPONENTE ESSENCIAL
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Conhecimento alfabético.

Vila de pescadores às margens do rio Preguiça, Barreirinhas, Maranhão.


Foto de 2020.

a. Assinale os elementos que você observa nessa paisagem.

grama mar X nuvem


X rio X árvores X areia
X barcos escorregador prédios
b. Nessa paisagem, há outros elementos que não são visuais
e, por isso, não são percebidos apenas pela observação
da foto. Quais são eles? Os cheiros das árvores, a textura da areia,
o barulho das águas do rio, etc.
12 doze

Orientações didáticas lembranças acumuladas no decorrer de


AJ_CH3_PNLD23_C01_010a021_LA.indd 12 corporadas ao seu modo de apreender 7/17/21 10:48 AM

experiências anteriores. a paisagem.


y Ao apresentar o conceito de paisagem
APOIO DIDÁTICO

aos estudantes, enfatize que as pessoas y Um exemplo disso pode ser percebido
Roteiro de aula
não percebem as paisagens apenas pela quando uma criança visita um pomar
visão, pois todos os sentidos humanos e experimenta algumas frutas. O sabor y Atividade 1: A análise da imagem pre-
captam informações que, em conjunto, dessas frutas passará a compor seu re- sente nessa atividade objetiva levar os
permitem ao observador conceber e pertório de lembranças, assim como o estudantes a identificar seus diferentes
interpretar a paisagem à sua maneira. ambiente de um pomar. Em um segun- elementos, incentivando-os a observar,
Além de possibilitar o reconhecimento do momento, bastará que essa criança a descrever e a caracterizar uma paisa-
das características inerentes à paisa- se depare com outro pomar, ou mes- gem considerando aspectos naturais e
gem, essas informações, muitas vezes, mo com a representação de um pomar, humanizados.
estimulam em cada pessoa sensações para que as sensações relacionadas à y Tomando como referência a imagem
e pontos de vista específicos de acordo primeira experiência, incluindo o sabor apresentada, é possível ainda mostrar
com o repertório de conhecimento e de das frutas, venham à tona e sejam in- aos estudantes como a cultura e os

AJ_CH3_PNLD23_C01_010Aa021A_MP.indd 12 8/5/21 11:26


Reconhecendo Capítulo 1 13
as paisagens
Os elementos da paisagem
Em alguns casos, a relação entre o ser humano e a natureza
altera pouco os elementos de uma paisagem. Em outros, o ser
humano realiza grandes transformações na natureza, produzindo
novos elementos na paisagem. Para facilitar o estudo da paisagem,
é comum classificar os elementos que a compõem em naturais ou
humanizados.
Os elementos naturais resultam de fenômenos da natureza, ou
seja, não dependem da ação humana para existir. Entre eles estão
as nuvens, o solo, os rios e o mar.
Os elementos humanizados, como as casas, as ruas e os carros,
resultam do trabalho dos seres humanos sobre a natureza.

2 Relacione as fotos A e B às paisagens descritas a seguir.


B Paisagem com predomínio de elementos humanizados.

A Paisagem com predomínio de elementos naturais.

Andre Dib/Pulsar Imagens

Cachoeira no Parque
Nacional da Chapada
dos Veadeiros, Alto
Paraíso de Goiás,
Goiás. Foto de 2021.
Cavan-Images/Shutterstock.com/ID/BR

Largo São Sebastião, Manaus,


Amazonas. Foto de 2021.

treze 13

processos históricos contribuem para


AJ_CH3_PNLD23_C01_010a021_LA.indd 13 paisagem que pode auxiliar na interpre-
7/10/21 10:46 AM

a construção das paisagens, desenvol- tação dos processos socioespaciais que


APOIO DIDÁTICO

vendo neles as habilidades EF03GE01, nela se manifestam; porém, na realida-


EF03GE02 e EF03GE04. de concreta, os elementos formam um
y É importante que a abordagem sobre o único conjunto.
conceito de paisagem não reforce ex- y Ao problematizar o conceito de paisa-
cessivamente a fragmentação própria gem com os estudantes, também é im-
do conhecimento científico. portante levá-los a perceber que nem
y Atividade 2: A distinção entre elemen- sempre será possível definir ou identifi-
tos naturais e elementos humanizados car com clareza determinados elemen-
é uma forma de interpretação, sendo, tos como “naturais” ou “humanizados”,
portanto, uma abstração. Assim, es- como plantações ou áreas florestais em
clareça aos estudantes que essa dife- que houve a introdução de espécies não
renciação é um recurso de análise da nativas, por exemplo.

AJ_CH3_PNLD23_C01_010Aa021A_MP.indd 13 8/5/21 11:26


14 Capítulo 1 Reconhecendo
as paisagens
Paisagem e orientação
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Às vezes, podemos simplesmente apreciar uma paisagem
NO TEMA “PAISAGEM E
ORIENTAÇÃO” bonita. Outras vezes, podemos estudar a paisagem para saber a
relação entre a sociedade e a natureza. Também é possível usarmos
» (EF03GE06) Identificar e interpre-
tar imagens bidimensionais e tridi- os elementos de uma paisagem para nos orientar no trajeto que
mensionais em diferentes tipos de estamos fazendo e não nos perdermos. Para isso, utilizamos pontos
representação cartográfica.
de referência e os pontos cardeais.
» (EF03GE07) Reconhecer e elabo-
rar legendas com símbolos de di-
versos tipos de representações em Pontos de referência
diferentes escalas cartográficas. É mais fácil memorizar um caminho prestando atenção aos
elementos da paisagem ao longo do trajeto. Esses elementos servem
COMPONENTE ESSENCIAL de pontos de referência. A orientação pode ser feita associando um
PARA A ALFABETIZAÇÃO ponto de referência (casa, praça e outros) a cada trecho do caminho.
» Conhecimento alfabético.
1 Este é o desenho de um trecho do bairro onde Artur mora. Ele
está ensinando à amiga o caminho da casa dele até a escola.
Para complementar
Observe o desenho e, depois,
Aldeia 360. Disponível em: responda às questões.
https://www.aldeia360.art.br/.

Avenida Principal
Acesso em: 4 jun. 2021. Moro em frente à praça
A
No site interativo Aldeia 360, e ao lado do
os estudantes poderão conhe- Rua das Águas B
estacionamento. Saio de
cer mais a aldeia Tekoa Itakpe
do povo Guarani. Caso a escola casa e sigo pela rua das
disponha de recursos para ex- Águas até a Avenida

Alameda das Flores


ploração coletiva, acesse o site Principal, onde tem uma
com os estudantes e explore os papelaria em frente a um
diferentes espaços da aldeia. Ao cabeleireiro. Minha escola Rua da Graça

Ilustrações: Ilustra Cartoon/ID/BR


longo da exploração, aponte de- fica nessa avenida, em
terminados pontos de referência
frente à lanchonete.
e solicite aos estudantes que in-
diquem a localização de outros
espaços em relação a esse ponto C
de referência.

a. Encontre e indique as construções de acordo com as letras.

A: casa do Artur B: papelaria C: escola


b. Trace no desenho o caminho que Artur faz da casa dele até
a escola.
c. Que pontos de referência Artur usou para indicar o caminho?
A praça, o estacionamento, a papelaria, o cabelereiro e a lanchonete.

14 catorze

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C01_010a021_LA.indd 14 bras projetadas pelo Sol e a posição 7/20/21 6:31 AM AJ_C

y Nesse tema, os estudantes vão traba- dele no céu.


APOIO DIDÁTICO

lhar com orientação por meio dos pon- y Atividade 1: Converse com os estudan-
tos cardeais e de referência. Quanto aos tes a respeito da importância do mapa
pontos cardeais, é de grande importân- para a amiga de Artur se orientar no
cia contextualizar o modo como foram espaço. Questione se algum deles já fez
definidos. um mapa parecido para que os amigos
encontrassem a casa onde moram ou o
Roteiro de aula local onde seria realizado o aniversário
y Ajude a turma a compreender o que são deles, por exemplo.
pontos de referência e como eles auxi- y Atividade 2: A interpretação da ilustra-
liam na localização de um lugar novo. ção é uma boa oportunidade para de-
y Se julgar conveniente, leve a turma a um senvolver as habilidades de observação
local aberto para que observe as som- dos estudantes, incentivando-os a anali-

AJ_CH3_PNLD23_C01_010Aa021A_MP.indd 14 8/5/21 11:26


Reconhecendo Capítulo 1 15
as paisagens
Pontos cardeais
No passado, os navegadores observavam o céu e usavam os
astros como pontos de referência. À noite, eles examinavam a Para casa
posição das estrelas para se orientar. Durante o dia, os navegadores y Atividade 2: Incentive os estu-
observavam a posição do Sol. dantes a realizar a tarefa em casa

Ilustra Cartoon/ID/BR
de maneira autônoma. Caso eles
Ao longo do tempo, os tenham dificuldades, oriente-os
seres humanos perceberam a conversar com os adultos da
que, todos os dias, o Sol família sobre a leitura de horas
em um relógio e realize a corre-
parecia nascer no mesmo ção da atividade em sala de aula
ponto do céu. Usando o para sanar dúvidas que ainda
restarem.
Sol como referência, eles
estabeleceram alguns pontos
em direções diferentes para se
orientar: os pontos cardeais.
Como podemos observar
nessa ilustração, na direção em que o Sol aparece,
todas as manhãs fica o leste. No sentido oposto, onde

Mário C. Pita/ID/BR
ele se põe todos os fins de tarde, é o oeste. Apontando
o braço direito para leste e o esquerdo para oeste,
o norte estará à frente, e o sul estará às costas. Os
pontos cardeais são indicados por suas letras iniciais:
N (norte), S (sul), L (leste) e O (oeste).

2 Observe os detalhes da paisagem representada na ilustração.


a. Que horas o relógio está marcando? Está amanhecendo ou
está anoitecendo? Como você chegou a essa conclusão?
7 horas. Está amanhecendo, porque o Sol está a leste (direção em que aparece todas

as manhãs).

b. Localize o menino no centro da praça. Para explorar


Depois, no quadro abaixo, escreva
Rosa dos ventos, de
quais estabelecimentos se encontram Bartolomeu Campos
ao norte, ao sul, a leste e a oeste, em de Queirós. São Paulo:
Global.
relação ao menino.
Esse livro apresenta
uma reflexão sobre os
Norte Sul Leste Oeste pontos cardeais e nossa
localização e vivência no
escola banco cinema sorveteria mundo.

quinze 15

31 AM sar detalhes e a comparar os elementos


AJ_CH3_PNLD23_C01_010a021_LA.indd 15 7/22/21 4:45 PM

da paisagem retratada com os das pai-


APOIO DIDÁTICO

sagens de seu cotidiano. Nessa ativida-


de, os estudantes também vão realizar a
leitura das horas em um relógio, desen-
volvendo habilidades de numeracia.
y Caso seja possível e julgue importante,
apresente aos estudantes o livro citado
nessa página. Esse livro aborda os pon-
tos cardeais a partir de uma perspecti-
va cotidiana, auxiliando os estudantes a
compreender como esse tema é aplica-
do em nosso dia a dia.

AJ_CH3_PNLD23_C01_010Aa021A_MP.indd 15 8/5/21 11:26


16 Capítulo 1 Reconhecendo
as paisagens
A transformação da paisagem
HABILIDADES DESENVOLVIDAS A paisagem sempre se modifica. Por exemplo, a vista que temos
NO TEMA “A TRANSFORMAÇÃO
DA PAISAGEM” de um lugar de manhã é diferente da que temos à noite. Quando
chove, a paisagem é diferente da que vemos em dias sem chuva.
» (EF03GE02) Identificar, em seus
lugares de vivência, marcas de Cada pessoa percebe as paisagens e se recorda delas e de seus
contribuição cultural e econô- detalhes de modo particular. Dessa maneira, elas se tornam únicas.
mica de grupos de diferentes
origens.
1 Você se lembra de observar paisagens como as das fotos
» (EF03GE04) Explicar como os a seguir? Converse com a turma.
processos naturais e históricos Resposta pessoal.
atuam na produção e na mudan-

Veetmano Prem/Código 19/Folhapress

Sergio Ranalli/Pulsar Imagens


ça das paisagens naturais e an-
trópicas nos seus lugares de vi-
vência, comparando-os a outros
lugares.
» (EF03HI02) Selecionar, por meio
da consulta de fontes de diferen-
tes naturezas, e registrar aconte-
cimentos ocorridos ao longo do
tempo na cidade ou região em
que vive.
» (EF03HI07) Identificar seme-
lhanças e diferenças existentes
entre comunidades de sua cida-
de ou região, e descrever o pa-
pel dos diferentes grupos sociais
que as formam. Rua do centro de Recife, Pernambuco. Plantação de café em Tomazina,
Foto de 2021. Paraná. Foto de 2020.

COMPONENTE ESSENCIAL

Maila Facchini/Shutterstock.com/ID/BR
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Conhecimento alfabético.

Barco turístico no rio Guaíba, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Foto de 2020.

16 dezesseis

Orientações didáticas
AJ_CH3_PNLD23_C01_010a021_LA.indd 16 das mudanças que ocorreram ao longo 7/17/21 10:51 AM AJ_C

do tempo e de como essas mudanças se


y O trabalho com esse tema pode favore-
APOIO DIDÁTICO

expressam na organização do espaço.


cer o desenvolvimento das habilidades
EF03GE02 e EF03GE04, por evidenciar Roteiro de aula
como ocorrem as intervenções de pro-
cessos naturais e históricos na formação
y Atividade 1: Leia a legenda de cada foto
e solicite aos estudantes que a descreva.
e na alteração das paisagens naturais e Peça e dê exemplos de paisagens seme-
humanizadas, tanto nos lugares de vi- lhantes, incentivando a troca de conhe-
vência dos estudantes quanto em ou- cimentos entre os estudantes.
tros espaços geográficos.
y Atividade 2: Essa atividade propõe aos
y A caracterização de paisagens de deter- estudantes que comparem duas fotos
minados lugares pode ser apresentada da praça Sete de Setembro, no muni-
simultaneamente à apresentação da his- cípio de Belo Horizonte, em diferentes
tória desses lugares, com a explicação épocas, e observem a transformação da

AJ_CH3_PNLD23_C01_010Aa021A_MP.indd 16 8/5/21 11:26


Reconhecendo Capítulo 1 17
as paisagens
Em algumas paisagens, existem elementos que levam anos,
ou mesmo décadas, para passar por algum tipo de mudança. São
exemplos disso as rochas expostas apenas à ação da natureza e a Para casa
vegetação de um parque onde o desmatamento é proibido.
y Atividade 2d: Oriente os es-
Também há casos em que certas construções podem ficar tudantes a fazer uma pesquisa,
anos sem reformas ou sem grandes modificações. Por isso, muitos com o auxílio de um adulto e em
fontes impressas e digitais, sobre
lugares apresentam hoje elementos que já estavam presentes em o local retratado na foto, para
sua paisagem no passado e que pouco mudaram. que levantem hipóteses sobre os
fatores que podem ter motivado
2 Com um colega, compare as fotos e responda às questões. as mudanças na paisagem.

Atividade complementar

J. Goes/Hoje em Dia/Folhapress

Ricardo Bastos/Hoje em Dia/Folhapress


A B
y Para consolidar os estudos sobre
a transformação da paisagem ao
longo do tempo, com base no
desenvolvimento da habilidade
EF03GE04, sugerimos ampliar a
comparação de paisagens com
outros exemplos, de preferência
próximos da realidade dos estu-
dantes em diferentes épocas. Se
julgar oportuno, compartilhe a
escolha com eles, questionando-
-os sobre os lugares que eles
gostariam de conhecer e sobre
Praça Sete de Setembro, em Belo Praça Sete de Setembro, em Belo as mudanças e as permanên-
Horizonte, Minas Gerais. Foto de 1949. Horizonte, Minas Gerais. Foto de 2014. cias observadas na paisagem ao
longo do tempo. Após a escolha
a. Qual é a data de cada foto? Que paisagem elas retratam? dos lugares, solicite aos estudan-
tes que se organizem em grupos
Foto A: 1949. Foto B: 2014. Elas retratam a paisagem de uma praça em Belo Horizonte. e pesquisem imagens históricas
e atuais desses lugares. A pes-
quisa pode ser realizada em jor-
nais, revistas, livros e na internet.
b. Que elementos permaneceram nessa paisagem de uma data Oriente os estudantes a realizar
a pesquisa com o auxílio dos
para a outra? Que elementos aparecem apenas na foto mais pais ou responsáveis. Na biblio-
recente? teca virtual do IBGE, disponível
em: https://biblioteca.ibge.gov.
Alguns prédios, o monumento e algumas árvores. As faixas de pedestres e os carros. br (acesso em: 8 jul. 2021), é
possível pesquisar fotos histó-
c. Quais mudanças mais chamaram sua atenção? Por quê? ricas dos municípios. Depois de
Respostas pessoais. pesquisarem as imagens, peça
d. Em casa, levantem hipóteses para explicar as mudanças aos estudantes que elaborem
um pequeno texto, apontando
que podem ser percebidas pela comparação das
as mudanças e as permanências
fotos. Depois, compartilhe suas ideias com os colegas na paisagem. Em sala de aula, or-
na classe. Resposta pessoal. ganize a apresentação das pes-
quisas e indague os estudantes
sobre os motivos que levaram
dezessete 17
às transformações observadas
na paisagem. Isso é importante
para auxiliá-los a compreender
51 AM paisagem ao longo do tempo. Antes de
AJ_CH3_PNLD23_C01_010a021_LA.indd 17 da Independência do Brasil, declarada
7/10/21 10:47 AM
melhor as relações entre a socie-
fazerem a comparação, ajude-os a iden- em 7 de setembro de 1822. Essa praça dade e a natureza no processo
APOIO DIDÁTICO

tificar as informações na legenda das se localiza no centro de Belo Horizonte de transformação da paisagem
fotos para responder ao item a. e é um dos locais mais conhecidos do e a construir explicações sobre
y Em seguida, para trabalhar os itens b município. É possível perceber que al- essa questão.
e c, oriente os estudantes na identi- gumas construções retratadas na foto
ficação das permanências e das mu- de 1949, como o obelisco, ainda exis-
danças. Explique-lhes que, embora as tiam em 2014.
fotos retratem a mesma paisagem, elas y No item d, oriente os estudantes quanto
foram obtidas em ângulos diferentes, às diferentes possibilidades de compa-
por isso os morros que aparecem na ração entre duas imagens (data, local,
imagem de 1949 não ficam evidentes elementos retratados, etc.) e às hipóte-
na imagem de 2014. Comente também ses levantadas com base nessa análise
que o nome da praça se refere à data comparativa.

AJ_CH3_PNLD23_C01_010Aa021A_MP.indd 17 8/5/21 11:26


18 Capítulo 1 Reconhecendo

Vamos ler imagens!


as paisagens

HABILIDADE DESENVOLVIDA
NA SEÇÃO VAMOS LER
IMAGENS!
» (EF03GE01) Identificar e com-
Pintura de paisagem
parar aspectos culturais dos
grupos sociais de seus lugares
de vivência, seja na cidade, seja
no campo. As pinturas são formas de representação artística de retratos, de
paisagens ou, ainda, de temas históricos ou religiosos, por exemplo.
A pintura de paisagem pode ser reconhecida pela representação
de elementos naturais associados ou não à presença humana.
As obras desse tipo são criadas com base em estudos
realizados no próprio local escolhido pelo artista, em sua
imaginação, ou em

Galeria Jacques Ardies, São Paulo. Fotografia: Jacques Ardies


memórias de lugares
familiares ou já visitados.
Observe esta pintura.

Francisco Severino.
Na plantação, 2006.
Óleo sobre tela.

Para ler esse tipo de imagem e identificar seu tema, precisamos


observar e reconhecer as características e os aspectos indicados
a seguir.

Tipo de imagem A imagem é a reprodução de uma pintura.


Informações Título da pintura: Na plantação. A obra foi criada em 2006
na legenda pelo artista Francisco Severino, com a técnica óleo sobre tela.

Elementos Áreas de cultivo, casa, currais, cercas, porteira, animais,


estrada, morros, vegetação, serras e céu. Há também pessoas
representados
dentro da casa, trabalhando na plantação e cuidando da
na imagem criação, e um cavaleiro descendo a estrada de terra.
Tema da imagem A paisagem e as atividades de trabalho em uma fazenda.

18 dezoito

Orientação didática ra?”; “O que vocês sentem quando a ob-


AJ_CH3_PNLD23_C01_010a021_LA.indd 18 pirou para criá-la?”. Por fim, é possível 7/10/21 10:47 AM

servam? Por quê?”; “A pintura faz vocês também promover uma leitura contex-
yO trabalho com a leitura de imagens
APOIO DIDÁTICO

pode ser feito por meio da análise sob lembrarem de algum lugar específico tualizada, explicando aos estudantes
diferentes pontos de vista: formal, te- (algum lugar semelhante próximo do que as pinturas podem representar, por
mático, pessoal e contextualizado. Essa lugar onde moram e do lugar onde es- exemplo, ações comuns da época de
seção propõe a leitura de duas repro- tudam)?”; “Vocês podem associar essa sua produção ou estar relacionadas ao
duções de pinturas a óleo de paisagens obra a algum lugar que já visitaram?”. contexto social e político do momento
diferentes. Posteriormente, oriente os estudantes a histórico de sua realização.
fazer uma análise temática da imagem. y Apresente a obra O mamoeiro, de Tar-
Roteiro de aula Para isso, solicite que falem sobre o con- sila do Amaral, e refaça o trabalho de
y Comece a análise da obra Na plantação, teúdo da representação, perguntando, análise da pintura sugerido para a pri-
de Francisco Severino, sob o ponto de por exemplo: “O que a obra represen- meira imagem. Em seguida, peça aos
vista pessoal. Incentive os estudantes ta?”; “Que elementos estão represen- estudantes que respondam às questões
a ler essa imagem, fazendo perguntas tados nela?”; “Qual é o tema principal propostas. Aproveite a atividade 5 para
como: “Vocês gostaram dessa pintu- dessa obra?”; “Em que o artista se ins- desenvolver a habilidade EF03GE01,

AJ_CH3_PNLD23_C01_010Aa021A_MP.indd 18 8/5/21 11:26


4. Espera-se que o estudante identifique como tema a paisagem de um pequeno vilarejo nas proximidades
de um rio com moradias simples, rodeadas de plantas e árvores diversas, entre elas um mamoeiro. Reconhecendo Capítulo 1 19
as paisagens
Agora é a sua vez
Observe a obra de arte a seguir para responder às questões.
Representar o espaço geográfico
é construir uma imagem: o indiví-

Coleção Mário de Andrade, Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo, São Paulo. Fotografia: ID/BR
duo, no seu contacto com o meio,
interioriza elementos da paisagem
que ficam retidos na memória sob
a forma de uma imagem residual;
esta depende do filtro psicológico
da transmissão (onde também ac-
tua o comprimento de onda) e de
características pessoais (a psicolo-
gia individual e o papel do incons-
ciente) e sociais (destaca-se a apren-
dizagem cultural e social); essa
imagem residual é a base para a
textualização do espaço geográfico
[…]. Assim, a representação é uma
espécie de espelho, uma janela so-
bre o mundo, uma construção, que
reporta o passado para o presente;
quem a faz reflecte nela elementos
pessoais de percepção, cognição
e comportamento; ela incorpora,
tal como nos seus primórdios, “os
preconceitos, os valores, as prefe-
rências, as parcialidades, a vivên-
cia, a curiosidade, a imaginação, a
atenção, a inteligência e a formação
do seu autor” […].
Ferreira, Maria Júlia. A representação
Tarsila do Amaral. O mamoeiro, 1925. Óleo sobre tela. da paisagem: contributos para a
1. Uma pintura de paisagem elaborada com a técnica óleo sobre tela. semiótica do espaço geográfico. Revista
1 Que tipo de imagem foi reproduzido acima? Qual foi a técnica da Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas, n. 10, Lisboa, Edições Colibri,
utilizada para criar esse trabalho artístico? p. 186, 1997. Disponível em: https://
run.unl.pt/bitstream/10362/8230/1/
2 Que elementos é possível identificar na obra? Rio, ponte, plantas diversas, árvores, RFCSH10_185_200.pdf. Acesso em:
casas, varal com roupas e céu. Há uma mulher na porta de uma casa e uma outra com duas crianças. 4 jun. 2021. Mantida a grafia original.
3 Qual é a relação entre o título da obra e a paisagem representada?
Você daria outro título a ela? Se sim, qual? O título faz referência a uma árvore, o
mamoeiro, que está representado na paisagem, no canto superior direito da pintura. Respostas pessoais.
4 Com base nas informações da legenda e nos elementos acima
representados, como você definiria o tema dessa obra?
5 Há características ou costumes representados nessas pinturas que
estão presentes no lugar onde você vive? Se sim, quais?
Respostas pessoais.
dezenove 19

propondo aos estudantes um exercício


AJ_CH3_PNLD23_C01_010a021_LA.indd 19 função dela em qualquer imagem 7/20/21
ou 6:31 AM

de comparação entre as paisagens re- texto que a apresenta.


APOIO DIDÁTICO

presentadas nas pinturas e incentivan-


do-os a comparar os aspectos culturais
y Atividade 2: Incentive os estudantes a
identificar o maior número de elemen-
dos lugares representados com os de
tos possível.
seus lugares de vivência.
y Atividades 1, 3 e 4: Oriente os estudan- y Atividade 5: Os estudantes pode identi-
tes a observar a legenda da obra para ficar na imagem diversos elementos que
que possam obter as informações soli- lhe sejam familiares. Procure incentivar
citadas nessas atividades e entender a o debate a esse respeito.

AJ_CH3_PNLD23_C01_010Aa021A_MP.indd 19 8/5/21 11:26


20 Capítulo 1 Reconhecendo
as paisagens
re
Aprender semp
HABILIDADES AVALIADAS NA
SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF03GE01) Identificar e com- 1 Em grupo, façam uma pesquisa sobre as mudanças que
parar aspectos culturais dos ocorreram no lugar onde vocês moram. Atividade de pesquisa.
grupos sociais de seus lugares
de vivência, seja na cidade, seja a. Conversem com parentes e amigos para conseguir fotos
no campo. antigas desse lugar.
» (EF03GE02) Identificar, em seus
lugares de vivência, marcas de b. Depois, escolham uma das fotos, fixem essa imagem em uma
contribuição cultural e econô- folha de papel e escrevam uma legenda para a foto.
mica de grupos de diferentes
origens. c. Observem como era a aparência desse lugar no passado.
» (EF03GE03) Reconhecer os di- Comparem essa imagem com a aparência dele no presente e
ferentes modos de vida de povos respondam: A paisagem mudou muito ou mudou pouco? Há
e comunidades tradicionais em
distintos lugares.
alguma coisa que não mudou? Se sim, o quê?
» (EF03GE04) Explicar como os d. Por fim, procurem descobrir, se possível, os grupos envolvidos
processos naturais e históricos nas mudanças. Pode ser um grupo de pessoas ou a prefeitura,
atuam na produção e na mudan-
ça das paisagens naturais e an- o governo do estado, uma igreja, empresas ou outros grupos.
trópicas nos seus lugares de vi-
vência, comparando-os a outros 2 Ouça o trecho a seguir que o professor vai ler. Ele trata das
lugares.
impressões de Wangari Maathai quando retornou a seu país de
origem, o Quênia. Ela foi a primeira mulher africana a ganhar o
COMPONENTES ESSENCIAIS Prêmio Nobel da Paz.
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Consciência fonológica e fonêmica.
[...] No lugar das montanhas de ricas florestas, com vacas e ovelhas
» Compreensão de textos. pastando, agora a terra estava quase sem árvores, os bosques tinham
» Conhecimento alfabético. desaparecido. Tantas árvores haviam sido cortadas com o objetivo de limpar
a área para as fazendas que mulheres e crianças precisavam andar longas
distâncias à procura de lenha [...].
Para casa
Era cada vez menor o número de árvores e a maior parte da terra estava
y Atividade 1a: Caso os estudan- nua como um deserto.
tes não consigam fotos antigas [...] as mulheres estavam orgulhosas. Devagar, ao redor delas, puderam
do lugar onde moram, proponha começar a ver o fruto do trabalho de suas mãos. Os bosques estavam
a eles que peçam aos adultos de
sua família ou da comunidade crescendo de novo. Agora, quando elas cortavam uma árvore, plantavam
que descrevam como era esse duas no lugar [...].
lugar no passado. Eles deverão Claire A. Nivola. Plantando as árvores do Quênia. 2. ed. São Paulo: SM, 2015. s. p.
anotar as características descri-
tas e depois compará-las com a
aparência do lugar no presente. a. Sublinhe no texto um trecho que descreve o ressurgimento
das florestas.

20 vinte

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C01_010a021_LA.indd 20 vem passa por mudanças e que essas 7/10/21 10:47 AM AJ_C

mudanças estão relacionadas tanto a


y Antes de propor aos estudantes que
APOIO DIDÁTICO

façam as atividades dessa seção, per- fatores naturais como à ação de grupos
gunte a eles o que aprenderam neste e indivíduos.
capítulo. É interessante adotar essa y Atividade 2: Nessa atividade, mostre aos
prática no final do estudo de cada ca- estudantes que a comunidade transfor-
pítulo, para avaliar os assuntos que mais mou a paisagem ao recuperar a vegeta-
despertaram a atenção deles e também ção. Explique-lhes que as paisagens estão
para identificar possíveis dificuldades, em constante transformação não só por
que podem ser superadas durante a re- causa das ações dos seres humanos, mas
alização das atividades ou com a reto- também devido aos processos naturais. A
mada de conteúdos relacionados. atividade de desenhar a paisagem, pro-
posta no item c, visa levar os estudantes
Roteiro de aula a pensar em diferentes locais do mundo –
y Atividade 1: Verifique se os estudantes nesse caso, o Quênia – e a imaginar como
compreenderam que o lugar onde vi- devem ser as paisagens desses locais.

AJ_CH3_PNLD23_C01_010Aa021A_MP.indd 20 8/5/21 11:26


Reconhecendo Capítulo 1 21
as paisagens
b. Que elemento da paisagem as mulheres recuperaram?
As árvores.
c. Agora, em uma folha avulsa de papel, faça um desenho
Saber Tomada de decisão
ilustrando como você imagina essa paisagem depois das Ser
responsável
ações de Wangari Maathai e das mulheres da comunidade.
Desenho do estudante. y Atividade 3b: É importante
que os estudantes reflitam se
d. Pelo exemplo do texto, podemos afirmar que um lugar
a organização do espaço, no
apresenta sempre a mesma paisagem? Por quê? lugar onde vivem, seguiu uma
Converse com a turma. Não, pois a paisagem se modifica por causa das ordem preestabelecida ou se o
ações humanas e dos fenômenos da natureza. crescimento foi desordenado.
Debata com a turma as impli-
3 O texto a seguir descreve uma das maneiras como os povos cações práticas dessa forma
indígenas Xavante, Asurini e Suruí organizam o espaço de de organização social para
suas aldeias. Leia-o e observe a imagem e a legenda. Depois, cada lugar e qual é a respon-
sabilidade de cada pessoa na
responda às questões.
preservação dos lugares.

O povo Xavante, do Mato Grosso, constrói sua aldeia em forma


de ferradura. No centro dela há um pátio, onde eles organizam as
principais cerimônias, os jogos e as brincadeiras. [...] Além das aldeias
do povo Xavante, as do povo Asurini e do povo Suruí também são
formadas assim.
Ilustra Cartoon/ID/BR

A. Rua do dia
B. Rua da noite A G
C. Área das reuniões
D. Área dos rapazes
B
E. Cabana das crianças C H
F. Área da maquiagem
G. Caminho para as
D I
hortas E
H. Cemitério F
I. Caminho para área
de banho

Daniel Munduruku. Coisas de índio. São Paulo: Callis, 2006. p. 34-35.

a. Em relação à área das reuniões, em qual direção está


localizada a cabana das crianças? E o cemitério da aldeia?
A cabana das crianças está localizada ao sul da

área das reuniões, e o cemitério está a leste.

b. Comparando a aldeia representada na imagem


Saber
com o lugar onde você mora, você considera que Ser
a organização do espaço é semelhante? Explique.
Resposta pessoal.
vinte e um 21

47 AM
y Atividade 3: Oriente os estudantes na
AJ_CH3_PNLD23_C01_010a021_LA.indd 21 7/20/21 6:32 AM

interpretação da legenda da imagem.


APOIO DIDÁTICO

Chame a atenção deles para a rosa dos


ventos que se encontra na parte inferior
direita da ilustração. Eles devem utilizá-
-la para responder ao item a. Em segui-
da, peça-lhes que conversem sobre o
item b, comparando a organização do
espaço em seus lugares de residência
e em sua vizinhança com a organização
das aldeias dos povos Xavante, Asurini
e Suruí.

AJ_CH3_PNLD23_C01_010Aa021A_MP.indd 21 8/5/21 11:26


21A Conclusão do capítulo 1

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 1
Sugestões para a avaliação formativa
1. A compreensão das causas e das dinâmicas das mudanças na paisagem, relacionadas com o tempo e as ações
humanas, é fundamental para que os estudantes desenvolvam noções de consciência socioambiental. Este ca-
pítulo buscou fomentar essa discussão por meio do estudo de vários aspectos, desde a comparação e o estudo
de imagens até a orientação espacial.
2. Ao analisar as alterações decorrentes das atividades humanas no espaço e no tempo, os estudantes são levados
a repensar em seus impactos no mundo, no âmbito individual e no âmbito coletivo. Essa reflexão pode fazer a
diferença na construção das noções de cidadania e de responsabilidade social dos estudantes.
3. A seção Aprender sempre do Livro do Estudante recupera e aprofunda os conteúdos trabalhados ao longo do
capítulo, possibilitando observar a consolidação dos conhecimentos por parte dos estudantes e a verificação
de eventuais defasagens. Essa análise facilita a elaboração de estratégias de remediação, de acordo com as
características de cada estudante e de cada turma. A seguir, foram disponibilizadas algumas sugestões para a
realização desse trabalho.
4. As atividades 1 e 3 trabalham a questão das mudanças espaciais ocorridas, respectivamente, no lugar em que os
estudantes vivem e em uma aldeia indígena apresentada em um texto. Retome com os estudantes a relevância
das atividades humanas para que essas alterações ocorressem, mas pontue também que acontecimentos natu-
rais podem ocasionar modificações na paisagem. Ao tratar das mudanças nas paisagens e suas causas, essas
atividades mobilizam as habilidades EF03GE02 e EF03GE04.
5. Na atividade 2, reforce a questão da organização espacial e da importância dela na vida da comunidade. Chame
a atenção dos estudantes para as mudanças nas paisagens realizadas pelas mulheres da comundiade do texto
e incentive-os a pensar em possibilidades de mudanças nas paisagens em lugares que eles conhecem. Essas
discussões possibilitam o desenvolvimento das habilidades EF03GE01 e EF03GE03.

Atividades de remediação
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no desenvolvimento das habilidades EF03GE01, EF03GE02,
EF03GE03 e EF03GE04, peça aos estudantes que façam uma pesquisa para verificar a presença de comunidades
indígenas ou quilombolas na região em que vivem. Os estudantes devem pesquisar também as características da
comunidade em que essas pessoas habitam, a organização espacial dessas comunidade e de outras construções
importantes, entre outros aspectos.
• Atividade 2: Outra sugestão de atividade para trabalhar a habilidade EF03GE04 é organizar os estudantes em
grupos e pedir a cada grupo que traga mapas antigos e atuais das capitais brasileiras, para que posteriormente
realizem um debate sobre a organização dessas capitais no espaço em que estão localizadas (região do país em
que se encontram, população, se são cidades planejadas ou não, se cresceram muito com o passar do tempo ou
se permaneceram como eram anos atrás).

AJ_CH3_PNLD23_C01_010Aa021A_MP.indd 21 8/5/21 11:26


O relevo e a vegetação nas paisagens Capítulo 2 22A

O RELEVO E A VEGETAÇÃO
CAPÍTULO 2
NAS PAISAGENS
Objetivos pedagógicos
1. Promover a compreensão dos estudantes a respeito das 4. Identificar as formas de relevo.
transformações das paisagens. 5. Fortalecer o ouvir e ser ouvido nas relações com os cole-
2. Promover a compreensão dos estudantes a respeito do gas, desenvolvendo o respeito pelas trajetórias individuais
relevo e da vegetação. e coletivas.
3. Identificar as principais formações vegetais no Brasil.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Neste capítulo, são abordadas as mudanças da paisagem solo com as plantas observadas em determinada região do
no que diz respeito ao relevo e à vegetação de cada região país. Para isso, a análise de imagens e de seu entendimento
do país. A compreensão das transformações ocorridas no re- são essenciais para essa tarefa. Incentive a turma a prestar
levo pela ação da natureza e da necessidade de adaptação às atenção nos detalhes e a refletir a respeito dos assuntos
suas irregularidades para a construção de moradias para os abordados, visando relacionar o conteúdo apresentado com
seres humanos é de grande importância para os estudantes. a realidade vivida pelos estudantes na comunidade e na re-
gião em que se inserem.
No que se refere à vegetação, os estudantes devem estar
aptos a relacionar as condições de clima, de altitude e de

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 2, 4, 6, 7, 8, 9 e 10

Competências específicas das Ciências Humanas para o


2, 3, 4, 6 e 7
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Fundamental

Competência específica de História para o Ensino


4
Fundamental

EF03GE01, EF03GE03, EF03GE04, EF03GE06 e


Habilidades de Geografia
EF03GE07

Habilidades de História EF03HI01, EF03HI03 e EF03HI07

AJ_CH3_PNLD23_C02_022Aa035A_MP.indd 22 8/5/21 11:33


22 Capítulo 2 O relevo e a
vegetação nas

Ilustrador: Leandro Marcondes/ID/BR; fotografia: Pedro Ribas/SMCS


paisagens

HABILIDADE DESENVOLVIDA
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF03GE04) Explicar como os
processos naturais e históricos
atuam na produção e na mudan-
ça das paisagens naturais e an-
trópicas nos seus lugares de vi-
vência, comparando-os a outros
lugares.

22

Orientação didática ao realizar atividades como as retrata-


AJ_CH3_PNLD23_C02_022a035_LA.indd 22 relevo em que a escola está localizada. 7/22/21 5:15 PM AJ_C

das, o façam sob a supervisão de adul- Com essas atividades, os estudantes


y Antes de iniciar o estudo deste capítulo,
APOIO DIDÁTICO

pergunte aos estudantes se, durante as tos, que poderão conscientizá-los dos poderão perceber como as diferentes
viagens que fazem de carro, de ônibus cuidados gerais em cada brincadeira, formas de relevo influenciam a rela-
ou de trem, eles costumam observar as bem como garantir que brinquem em ção do ser humano com o espaço e,
paisagens e peça-lhes que façam breves ambientes seguros portanto, a construção das paisagens.
descrições do que costumam ver. Verifi- Eles estarão, desse modo, adquirindo
que se eles já perceberam que a super-
y Atividade 2: Não. Espera-se que os subsídios para o desenvolvimento da
estudantes percebam que a atividade habilidade EF03GE04.
fície terrestre apresenta formas diferen- representada nas imagens depende da
tes de relevo. Em seguida, oriente-os a
inclinação do terreno, assim como de
y Atividade 4: Incentive entre os estu-
observar a ilustração da abertura e a ler dantes o debate acerca da importância
uma parte plana. do lazer e das atividades físicas para as
a legenda. Peça-lhes, então, que conver-
sem sobre as questões propostas. y Atividade 3: Incentive os estudantes pessoas em geral e como eles promo-
a comentar a forma do terreno no lu- vem uma melhor qualidade de vida.
Roteiro de aula gar onde vivem e observe como eles a
y Atividade 1: Aproveite a oportunidade descrevem. Finalize a problematização
para recomendar aos estudantes que, inicial apresentando-lhes a forma do

AJ_CH3_PNLD23_C02_022Aa035A_MP.indd 22 8/5/21 11:33


O relevo e a Capítulo 2 23
1. Espera-se que os estudantes respondam que é a prática de vegetação nas
paisagens
andar de skate.

UL
APÍT O
O relevo e a Saber Consciência social

22
Ser

C
vegetação
y Atividade 4: Essa atividade
permite mobilizar a competên-
cia relativa à consciência social,

nas paisagens pois permite aos estudantes


desenvolver um olhar para o
outro e exercitar sua empatia,
ao considerar a importância de
Você já brincou ou viu outras espaços de lazer para outras
pessoas da região onde vivem.
crianças brincarem com carrinho
de rolimã, patins, patinete, bicicleta
ou skate? Como era a forma do
terreno: era plana, muito inclinada
ou era cheia de altos e baixos?
Nessas brincadeiras,
aproveitam-se as ladeiras e as
plantas para a diversão! Observe
a imagem.

Para começo de conversa


1 Qual é a atividade em
destaque que está sendo
realizada na imagem?
2 É possível realizar os mesmos
movimentos em um lugar
todo plano? Por quê?
Veja resposta no Roteiro de aula.
3 Como é a forma do terreno no
lugar onde você vive? Você
realiza brincadeiras nesse
espaço? Se sim, quais?
Veja resposta no Roteiro de aula.
4 Em sua opinião, qual
é a importância de Saber
Ser
lugares como esse
da imagem para as
pessoas de um município?
Resposta pessoal.
Ilustração sobre imagem de pista de skate em
Curitiba, Paraná. Foto de 2020.

vinte e três 23

15 PM AJ_CH3_PNLD23_C02_022a035_LA.indd 23 7/20/21 4:49 PM

APOIO DIDÁTICO

AJ_CH3_PNLD23_C02_022Aa035A_MP.indd 23 8/5/21 11:33


24 Capítulo 2 O relevo e a
vegetação nas
paisagens As diferentes formações de vegetação natural
HABILIDADE DESENVOLVIDA As plantas, em sua rica diversidade, estão por toda parte e
NO TEMA “AS DIFERENTES
FORMAÇÕES DE VEGETAÇÃO formam conjuntos de áreas verdes que chamamos de vegetação.
NATURAL” Elas são importantes elementos das paisagens do planeta Terra.
» (EF03GE04) Explicar como os A vegetação natural corresponde ao conjunto de plantas que
processos naturais e históricos crescem em cada parte da Terra sem a intervenção humana.
atuam na produção e na mudan-
ça das paisagens naturais e an- Cada tipo de vegetação natural se desenvolve em certas
trópicas nos seus lugares de vi- condições de solo, temperatura e chuvas. Como essas condições
vência, comparando-os a outros
lugares.
variam em cada parte da superfície terrestre, há diversos tipos de
vegetação natural.

Principais formações vegetais no Brasil


As florestas ou matas são formadas por muitas árvores
próximas umas das outras. É comum a presença de árvores altas e
de copas cheias, que, juntas, podem dificultar a passagem da luz
do Sol.
Há florestas com grande variedade de árvores e de outras
plantas, como a floresta Amazônica e a Mata Atlântica, que estão
situadas em áreas onde chove muito. Também há florestas em que
um tipo de árvore se destaca, como o pinheiro-do-paraná, que
forma a mata de araucária no Sul do Brasil.

Marcos Amend/Pulsar Imagens


Floresta às margens
do rio Carabinani, em
Novo Airão, Amazonas.
Foto de 2019.

24 vinte e quatro

Orientação didática ções vegetais, como campos, mangues e


AJ_CH3_PNLD23_C02_022a035_LA.indd 24 de regeneração da vegetação natural. 7/20/21 7:03 AM

restingas, e que mesmo os três exemplos Essa vegetação recuperada é denomi-


y Nesse
APOIO DIDÁTICO

momento, o estudo de vegeta-


abordados não se apresentam de modo nada vegetação secundária e continua
ção é introdutório; por isso, optamos por
homogêneo nas áreas de ocorrência. sendo considerada vegetação natural
apresentar apenas três grandes forma-
porque se desenvolveu espontanea-
ções vegetais que ocorrem no Brasil: as Roteiro de aula mente. Por sua vez, a vegetação oriunda
florestas, o Cerrado e a Caatinga, desta-
cando suas características gerais, sem
y Explique aos estudantes que a vege- de práticas agrícolas é fruto da inter-
tação natural se refere ao conjunto de venção humana; portanto, as lavouras
classificar as formações florestais. A dis- plantas de determinado local que se não são consideradas vegetação origi-
tinção entre os tipos de floresta (flores- desenvolveram em razão de fenômenos nal ou natural.
ta Amazônica, Mata Atlântica e mata de naturais. As características de um tipo y Inicie o tema solicitando aos estudan-
araucária), bem como outras formações de vegetação estão relacionadas a fato- tes que descrevam as características
vegetais, será feita nos volumes 4 e 5 res como clima, umidade e tipos de solo das vegetações retratadas nas fotos
desta coleção. Durante o trabalho, é fun- e de relevo. Após os desmatamentos, das páginas 24 e 25, traçando seme-
damental salientar que há outras forma- algumas áreas passam por processos lhanças e diferenças entre as florestas,

AJ_CH3_PNLD23_C02_022Aa035A_MP.indd 24 8/5/21 11:33


O relevo e a Capítulo 2 25
vegetação nas
O Cerrado é uma formação vegetal que ocupa a parte paisagens
central do Brasil, onde, ao longo do ano, há um período seco e
outro chuvoso. No cerrado, parte da vegetação tem porte baixo, Para casa
formando um campo. Há também árvores pequenas e médias de
y Atividade 1: Oriente os es-
raízes profundas e, muitas vezes, de galhos e troncos retorcidos. tudantes a pedir ajuda a um
A Caatinga é uma formação vegetal que ocorre nas áreas adulto na hora de fazer a análi-
se das imagens trabalhadas em
mais secas do Brasil. A palavra caatinga significa “vegetação sala de aula para a resolução
clara” , devido à sua aparência no período seco. Essa vegetação se da questão.
caracteriza pela presença de capins e árvores de pequeno e médio
porte. Cactos, como o xiquexique, são comuns.

Adriano Kirihara/Pulsar Imagens

Chico Ferreira/Pulsar Imagens


Trecho de Cerrado em São Roque de Trecho de Caatinga em Várzea Nova,
Minas, Minas Gerais. Foto de 2020. Bahia. Foto de 2019.

1 Cada frase abaixo se refere a um tipo de vegetação. Leia as


frases e pinte os quadrinhos de acordo com a orientação.
florestas Cerrado Caatinga

Ocorre nas áreas mais secas do Brasil. Apresenta capins e


árvores de porte baixo e médio, além de cactos. Amarelo.

Ocupa grande área da parte central do Brasil. Apresenta


vegetação de porte baixo, arbustos e árvores de galhos
retorcidos. Laranja.

Está situada em áreas onde chove muito. Quando


observada do alto, não é possível ver o chão, pois as copas
das árvores são bem próximas umas das outras. Verde.

vinte e cinco 25

o Cerrado e a Caatinga. Divida a lousa


AJ_CH3_PNLD23_C02_022a035_LA.indd 25 7/20/21 7:03 AM

em três partes e anote as características


APOIO DIDÁTICO

citadas pelos estudantes. Em seguida,


faça a leitura do texto e explique as di-
ferenças entre as formações apresenta-
das. Destaque as causas das mudanças
na paisagem da Caatinga, desenvolven-
do a habilidade EF03GE04.
y Atividade 1: Nessa atividade, os estu-
dantes deverão retomar a descrição de
cada tipo de vegetação e a análise das
imagens para identificar corretamente
as formações vegetais descritas.

AJ_CH3_PNLD23_C02_022Aa035A_MP.indd 25 8/5/21 11:33


26 Capítulo 2 O relevo e a
vegetação nas Re
pre
sen ta ç ões
paisagens

HABILIDADES DESENVOLVIDAS
Combinação de manchas e cores
NA SEÇÃO REPRESENTAÇÕES
» (EF03GE04) Explicar como os Em um mapa, as manchas indicam a localização e o tamanho da
processos naturais e históricos área de um elemento. No mapa abaixo, o elemento é a vegetação
atuam na produção e na mudan-
ça das paisagens naturais e an-
natural que existe atualmente no Brasil.
trópicas nos seus lugares de vi- Na legenda, é possível identificar o tipo de vegetação representado
vência, comparando-os a outros por cada cor. O verde, por exemplo, representa as áreas de floresta.
lugares.
» (EF03GE07) Reconhecer e elabo- Brasil: Evolução da vegetação — 2015
rar legendas com símbolos de di-

João Miguel A. Moreira/ID/BR


50ºO
versos tipos de representações em
OCEANO
diferentes escalas cartográficas. ATLÂNTICO
Equador 0º

COMPONENTE ESSENCIAL
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Fluência em leitura oral.

Legenda
Tipos de vegetação
Floresta Amazônica
Mata dos Cocais
Mata Atlântica
Mata de Araucárias Trópico d
e Capricó
rnio
Cerrado
Caatinga Fonte de
Campos pesquisa: Maria
Vegetação do Pantanal Elena Simielli.
Vegetação litorânea
Geoatlas. São
Vegetação alterada
pelo ser humano 0 460 km Paulo: Ática,
2019. p. 121.

1 Observe o mapa, leia a legenda e complete as lacunas. Em


seguida, leia o texto completo em voz alta para um colega.

• O tipo de vegetação representado pela cor laranja é


o Cerrado e pela cor amarela é a Caatinga .

Entre esses dois tipos, o Cerrado ocupa a maior área.

2 De acordo com a legenda do mapa, o que aconteceu com a


vegetação nas áreas em vermelho?

A vegetação natural foi alterada pelo ser humano.

26 vinte e seis

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C02_022a035_LA.indd 26 Roteiro de aula 7/20/21 7:03 AM

y Nessa seção, o trabalho com a alfabe- y Atividade 1: Se achar conveniente, am-


APOIO DIDÁTICO

tização cartográfica é retomado com plie o mapa na lousa e auxilie os estu-


o elemento do alfabeto cartográfico dantes a interpretar as legendas.
mancha. Explique aos estudantes que y Atividade 2: Aproveite essa atividade
esse recurso é usado para representar para desenvolver a habilidade EF03GE04
fenômenos naturais que se manifestam e explique aos estudantes que as altera-
em grandes extensões do espaço, como ções na vegetação provocadas pelo ser
tipos de formação vegetal, tipos de solo humano estão relacionadas ao desmata-
e unidade de relevo. Essa reflexão possi- mento para o desenvolvimento das cida-
bilitará o desenvolvimento da habilidade des, às atividades agrícolas e à explora-
EF03GE07. ção de recursos minerais

AJ_CH3_PNLD23_C02_022Aa035A_MP.indd 26 8/5/21 11:33


O relevo e a Capítulo 2 27
A superfície da Terra e as suas formas vegetação nas
paisagens

As subidas e descidas, os morros e as formas planas refletem HABILIDADES DESENVOLVIDAS


NO TEMA “A SUPERFÍCIE DA
um fato: a superfície da Terra é irregular. TERRA E AS SUAS FORMAS”
Em cada lugar, a superfície da Terra apresenta formas diferentes: » (EF03GE01) Identificar e com-
planas, onduladas e até pontiagudas. O conjunto de formas da parar aspectos culturais dos
superfície terrestre é chamado de relevo. grupos sociais de seus lugares
de vivência, seja na cidade, seja
no campo.
1 Observe o relevo na representação a seguir.
Representação
sem proporção
» (EF03GE04) Explicar como os
processos naturais e históricos
Paulo Manzi/ID/BR

de tamanho e de
distância entre os
elementos.
atuam na produção e na mudan-
ça das paisagens naturais e an-
res- trópicas nos seus lugares de vi-
Co
vência, comparando-os a outros
ia lugares.
- fa n t a s
» (EF03HI01) Identificar os grupos
populacionais que formam a cida-
de, o município e a região, as rela-
ções estabelecidas entre eles e os
eventos que marcam a formação
da cidade, como fenômenos mi-
gratórios (vida rural/vida urbana),
desmatamentos, estabelecimento
de grandes empresas etc.
» (EF03HI03) Identificar e com-
parar pontos de vista em relação
a eventos significativos do local
em que vive, aspectos relacio-
nados a condições sociais e à
presença de diferentes grupos
sociais e culturais, com especial
destaque para as culturas africa-
nas, indígenas e de migrantes.

a. Agora, indique com um X qual das opções a seguir define


melhor o significado de relevo com formato irregular.

Formato de uma linha reta.

Formato plano como a superfície de uma mesa.

X Formato com diferentes elevações, cheio de altos e baixos.


b. Quais elementos dessa paisagem estão nas áreas de relevo
plano? E quais estão nas áreas com elevações?
Possibilidades de resposta. Áreas planas – campo de futebol, fábrica, pontes, torres de transmissão,
prédios e plantações. Áreas com elevações – represa, teleférico e também alguns prédios. vinte e sete 27

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C02_022a035_LA.indd 27 bre o tema e compreender as propostas 7/20/21 terrestre se encontra preenchida pela
7:03 AM

de classificação do relevo de maneira água de rios e de lagos ou submersa em


y Nesse momento da formação escolar dos
APOIO DIDÁTICO
estudantes, o principal objetivo não é clas- não meramente descritiva. Mesmo assim, mares e oceanos.
sificar o relevo, o que requer a considera- chame a atenção deles para o fato de as y Atividade 1: Explore a ilustração com
ção de um conjunto de aspectos comple- formações do relevo serem identificadas os estudantes, destacando as formas
xos para a faixa etária, como a morfologia, por nomes, apresentando, nesse mo- do relevo e os elementos representa-
a estrutura litológica, a gênese e a evolu- mento, de modo introdutório, apenas os dos. Aproveite o item b para mostrar
ção. O que se pretende é garantir que eles termos mais genéricos, que aludem a de- a eles que o estudo do relevo é im-
compreendam que a superfície terrestre terminados aspectos morfológicos, como portante, pois as formas da superfí-
apresenta formas diversificadas, que es- montanhas, vales e morros. A respeito da cie terrestre influenciam a ocupação
sas formas se transformam e compõem transformação do relevo, também serão humana, desenvolvendo a habilidade
diferentes paisagens em conjunto com abordados apenas os fatores exógenos EF03GE04. O relevo plano, por exem-
outros elementos e que elas influenciam (aqueles oriundos de fenômenos que plo, geralmente oferece melhores
a ocupação e a circulação pelo espaço ocorrem sobre a superfície terrestre). condições de ocupação (favorecen-
geográfico, assim como podem ser in- do a construção de edificações, entre
fluenciadas pelos seres humanos. Desse Roteiro de aula outras) do que o relevo que apresenta
modo, os estudantes podem formar uma y Ao abordar o conceito de relevo, co- muitas irregularidades.
base para futuros aprofundamentos so- mente que grande parte da superfície

AJ_CH3_PNLD23_C02_022Aa035A_MP.indd 27 8/5/21 11:33


28 Capítulo 2 O relevo e a
vegetação nas
paisagens
Formas onduladas, pontiagudas e arredondadas
Os relevos acidentados são aqueles que apresentam superfície
O planeta Terra: um corpo bastante irregular, com partes mais baixas e outras mais altas.
dinâmico Observe as paisagens a seguir.
A superfície da Terra é o rígido
suporte de apoio à sobrevivência

Michael Derrer Fuchs/Shutterstock.com/ID/BR


dos homens e dos demais seres vi- A
vos. A parte superior da crosta ter-
restre ou litosfera, que determina a
superfície da Terra, é um dos com-
ponentes do estrato geográfico, ao
lado das massas líquidas, da baixa
atmosfera e da biota. Na superfície
da Terra ou muito próximos dela
[…] encontram-se os recursos mi-
nerais e energéticos que alimentam
as complexas organizações econô- Paisagem formada por
micas. Aí também estão os solos, montanhas com picos
as águas continentais e oceânicas, pontiagudos. Zermatt,
as formas do relevo e a atuação cli- Suíça. Foto de 2021.
mática que em conjunto facilitam
ou não a ocupação e organização As partes mais elevadas dos relevos acidentados constituem os
do espaço físico-territorial para as topos, que podem ter forma estreita e pontiaguda, como na foto A,
práticas agrícolas, as instalações ou forma longa e arredondada, como na foto B.
de complexos industriais, a im-
plantação de cidades e núcleos de 2. Na foto A, o relevo é

Delfim Martins/Pulsar Imagens


colonização, entre outros. A rigidez irregular, com superfícies B
que a superfície da Terra apresenta inclinadas e topos estreitos.
é apenas aparente. Na realidade, a Na foto B, o relevo retratado
estrutura sólida […] tem uma dinâ- é mais baixo, com topos
mica que faz com que ela se modi- arredondados.
fique permanentemente. Tal dinâ-
mica não é facilmente perceptível
[…] em face da baixa velocidade de
movimentação. O dinamismo da
superfície da Terra é fruto da atu-
ação antagônica de duas forças ou Paisagem com morros de
de duas fontes energéticas – as for- topos arredondados.
ças endógenas ou internas e as Monteiro Lobato, São Paulo.
forças exógenas ou externas. Do Foto de 2020.
jogo dessas duas forças opostas
resulta toda a dinâmica da crosta 2 Que diferenças você observa entre as formas de relevo
terrestre ou litosfera. As pressões retratadas nas fotos A e B?
exercidas pelo manto e núcleo da
Terra modificam as estruturas que 3 Em sua opinião, é mais difícil subir até um dos topos da foto A
compõem a litosfera e que susten- ou até o alto de um morro da foto B? Resposta pessoal. Espera-se que os
tam as formas superficiais desta, estudantes concluam que é mais difícil subir um dos topos das montanhas retratadas na foto A.
ou seja, as formas do relevo […]. Em 28 vinte e oito
contrapartida, as forças externas,
ou seja, a energia solar através da
atmosfera, exercem o papel de des- Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C02_022a035_LA.indd 28 do que essas formas de relevo também 7/20/21 7:03 AM

gaste e de esculturação das formas podem ser encontradas no fundo dos


y A partir desse momento, serão apresen-
APOIO DIDÁTICO

produzidas pelas ações das forças tadas aos estudantes algumas formas do mares e dos oceanos.
endógenas. Esse processo de criação relevo terrestre. Ao desenvolver as ati-
de formas estruturais pelas forças vidades, procure introduzir brevemen- Roteiro de aula
endógenas e de esculturação pelas te como os processos naturais podem y Atividades 2 e 3: Durante a explicação,
formas exógenas é permanente atuar na formação e na modificação peça aos estudantes que observem com
[…]. Desse modo, agora e durante do relevo, retomando o trabalho com atenção as fotos da página e, se julgar
a história da origem e evolução da a habilidade EF03GE04. Explique, por
pertinente, leve para a sala de aula ima-
Terra, esses mecanismos de natu- exemplo, que os processos erosivos, ou
gens de outros locais que apresentem
reza estrutural vêm alterando per- seja, a remoção e o transporte de se-
dimentos, agem esculpindo as formas as formas abordadas (formas ondula-
manentemente as fisionomias do das, pontiagudas, arredondadas, vales e
do relevo. Sobre o tema, leia os textos
relevo terrestre […]. disponíveis nas colunas laterais deste relevos planos) e outras formas de rele-
Ross, Jurandyr L. Sanches (org.). manual. Finalize as discussões explican- vo para mostrar a eles.
Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp,
2005. p. 17-18.

AJ_CH3_PNLD23_C02_022Aa035A_MP.indd 28 8/5/21 11:33


O relevo e a Capítulo 2 29
vegetação nas
Vales e formas planas paisagens
O vale é uma forma

Fernando Bueno/Pulsar Imagens


de relevo constituída por Os processos exógenos na
duas encostas e uma parte esculturação das formas do
relevo
mais baixa. Nessa imagem,
Os processos exógenos são mo-
podemos observar um vidos pelo calor solar, que atua na
extenso vale. superfície da crosta continental
através da atmosfera. Esses proces-
sos agem sobre o arranjo estrutural
das rochas e são responsáveis pela
esculturação do relevo. As formas
Vale da Ferradura, em
Canela, Rio Grande do Sul. de relevo terrestre podem ser vistas
No fundo do vale, corre o como uma vasta peça de escultu-
rio Caí. Foto de 2021. ra, cujo escultor é a atmosfera com
seus diversos tipos climáticos, e o
As formas de relevo plano apresentam pouca ou quase subsolo é sua matéria-prima. Os
nenhuma ondulação, ou seja, não há grandes subidas ou descidas. processos exógenos são de grande
A imagem a seguir mostra uma paisagem de relevo plano às complexidade e se revelam através
do ataque às rochas pela ação mecâ-
margens de um rio. nica do ar, da temperatura e princi-
palmente pela ação físico-química
Vitor Marigo/Tyba
da água em estado sólido, líquido e
gasoso. A ação física e química dos
agentes atmosféricos no processo
de esculturação das formas de rele-
vo é simultânea; entretanto, depen-
dendo das características climáti-
cas reinantes, pode ter maior ou
menor atuação de uma ou de outra.
Desse modo, em uma determinada
área com características climáti-
cas desérticas ou semidesérticas a
atuação física da variação térmica
Rio Iguaçu, em Foz
é mais significativa que a ação quí-
do Iguaçu, Paraná.
Foto de 2019. mica. Nas áreas tropicais quentes
e úmidas, a ação química da água
4 Pense em quais dessas formas de relevo você já observou e do calor tem maior importância
perto de onde você vive ou durante alguma viagem. nos processos de desgaste. Já nas
Depois, conte aos colegas e ao professor: Respostas pessoais. áreas frias a ação física da água em
estado sólido (gelo) desempenha
a. o nome da forma de relevo e onde se localiza; papel importante no desgaste da
superfície terrestre e portanto na
b. o que havia nela: vegetação, plantações, criação de gado,
esculturação das formas. […]
construções, estradas, rios, entre outros elementos.
Ross, Jurandyr L. Sanches (org.).
Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp,
vinte e nove 29 2005. p. 42.

Roteiro de aula
AJ_CH3_PNLD23_C02_022a035_LA.indd 29 7/20/21 7:03 AM
Para complementar
y Atividade 4: Comente com os estudan-
APOIO DIDÁTICO

tes que, em certas áreas, as formas de Ab’SAber, Aziz Nacib. Os domí-


relevo são visualmente reconhecidas na nios de natureza no Brasil: po-
paisagem (como retratam as fotos das tencialidades paisagísticas. São
páginas 28 e 29) e que, em outras, po- Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
dem ser percebidas in loco, ao se per- Esse livro do geógrafo Aziz
correr as irregularidades do terreno. Ab’Saber apresenta a diversi-
dade de paisagens existentes
no Brasil e sua relação com as
transformações geológicas da
natureza, processos que ocor-
reram em uma escala de tempo
de milhões de anos.

AJ_CH3_PNLD23_C02_022Aa035A_MP.indd 29 8/5/21 11:33


30 Capítulo 2 O relevo e a
vegetação nas
paisagens
Transformação do relevo pela ação da natureza
COMPONENTE ESSENCIAL
O relevo transforma-se pela ação da natureza. As alterações
PARA A ALFABETIZAÇÃO podem ser repentinas, quando elas são causadas pela ocorrência de
terremotos e vulcões; ou elas podem ser lentas, quando são percebidas
» Produção de escrita.
só após milhares de anos. Chuvas e ventos provocam um lento
desgaste nas rochas que formam o relevo. A água dos rios também
Para casa
desgasta aos poucos os materiais dos terrenos por onde o rio passa.
y Atividade 5: Os estudantes
devem consultar suas anotações Alterações no relevo
em casa para responder a essa

Thiago Lyra/ID/BR
Antes res- Depois erosão
atividade. Se julgarem necessá- Co
rio, com o auxílio de um adulto, (desgaste e perda
eles podem pesquisar em um ia de materiais)
- fa n t a s
dicionário outras definições para
os conceitos estudados.

sedimentação
(acúmulo de
materiais)
O material que se desprende das rochas é transportado pela água da Representação
chuva, pelo vento ou pela ação de outros fenômenos e deposita-se em sem proporção
de tamanho e de
partes mais baixas do relevo e, até mesmo, no fundo do mar. Nessas áreas distância entre os
de deposição, são criadas novas camadas de materiais sobre o relevo. elementos.

Fonte de pesquisa: Rualdo Menegat (coord.). Para entender a Terra. 4. ed.


Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 461.

O processo de desprendimento de materiais das rochas e do


solo e seu deslocamento para outros locais é chamado erosão. E o
acúmulo desses materiais chama-se sedimentação.

5 Complete as lacunas da frase com as palavras do quadro.

erosão sedimentação camadas

Para explorar
Na transformação do relevo, o processo
Brasil 100 palavras, de
erosão Gilles Eduar. São Paulo:
de retira materiais das rochas Companhia das Letrinhas.
de determinados locais e transporta esses O livro apresenta
materiais para outras áreas. curiosidades e aspectos
marcantes das paisagens
Ali esses materiais se depositam, formando brasileiras e de suas
diferentes condições de
novas camadas por meio do vegetação, clima, relevo
e solo.
processo de sedimentação .

30 trinta

Orientações didáticas modificações localizadas no relevo em


AJ_CH3_PNLD23_C02_022a035_LA.indd 30 importante para que seja desenvolvida 7/20/21 7:03 AM

períodos curtos. Determinadas inter- a habilidade EF03GE04. Além disso, é


y Nessa página, o objetivo é levar os es-
APOIO DIDÁTICO

tudantes a compreender que o relevo venções humanas, como a atividade o momento para retomar a habilidade
não corresponde a um elemento está- mineradora, também podem alterar o EF03GE01, pois os estudantes poderão
tico da paisagem. Diante desse cená- relevo em períodos curtos. Essa discus- identificar aspectos culturais relaciona-
rio, é essencial que eles entendam que são dá subsídios para o desenvolvimen- dos aos tipos de moradia construídos
a erosão é um importante fenômeno to da habilidade EF03GE04. por diferentes povos.
que atua nas transformações do relevo. y O conteúdo da página 31 possibilita aos
Roteiro de aula
Como o relevo tende a se transformar estudantes entender que um dos obje-
lentamente, pode ser difícil para os es- tivos de se estudar o relevo é a neces- y Se julgar necessário, apresente aos es-
tudantes compreendê-lo como parte sidade de conhecer as características tudantes o livro indicado no boxe Para
de um sistema dinâmico. Como contra- das localidades a serem ocupadas pe- explorar da página 30, que apresenta
ponto, comente que há fenômenos na- las sociedades humanas para garantir a um vasto vocabulário ligado aos dife-
turais, como os deslizamentos de terra segurança das pessoas e a preservação rentes tipos de vegetação que existem
e os terremotos, que podem provocar ambiental. Assim, esse é um momento no território brasileiro.

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O relevo e a Capítulo 2 31
vegetação nas
As formas de relevo e a construção de moradias paisagens
Você já pensou em como as diferentes formas do relevo Atividade complementar
influenciam o modo de vida das pessoas? y Solicite aos estudantes que pes-
A construção de moradias, por exemplo, pode ser mais fácil ou quisem em livros e revistas, im-
pressos ou digitais, imagens de
mais difícil, dependendo do relevo. Em geral, o relevo plano é mais paisagens que representem dife-
favorável. Porém, as áreas de relevo plano e baixo geralmente estão rentes formas de relevo. Peça a
próximas de rios e podem inundar em épocas de muita chuva. eles que levem as imagens para
a sala de aula e, em grupos, ana-
lisem e descrevam as paisagens

Silas Laurentino/Photo Press/Folhapress


representadas. Em seguida, as
imagens poderão ser usadas
para a montagem de um grande
painel. Oriente os estudantes a
escrever a legenda de cada ima-
gem e a descrever com as pró-
prias palavras as características
do relevo, indicando onde está
Para evitar o alagamento em
localizada e se, associados ao re-
áreas sujeitas a inundações,
levo, há rios, vegetação ou ocu-
algumas moradias,
pações humanas (cidades, plan-
conhecidas como palafitas,
tações, pastagens, etc.).
são construídas sobre
estacas que deixam a casa
em nível mais elevado.
Palafita em Autazes,
Amazonas. Foto de 2021.

6 Os relevos muito irregulares,

peacefoo/Shutterstock.com/ID/BR
com morros ou montanhas,
geralmente dificultam a
construção de moradias.
Mas há casos em que
as próprias rochas se
transformam em moradias.
Observe a imagem ao lado.

Moradia escavada em rocha na


Capadócia, Turquia. Foto de 2019.

a. Converse com um colega sobre a questão: O que foi


necessário fazer para transformar essa rocha do relevo em
moradia? Depois, anotem suas conclusões no caderno.
A rocha precisou ser escavada para ser transformada em moradia.
b. Qual é a semelhança entre construir esse tipo de casa e abrir
um túnel em um morro? Anotem suas conclusões no caderno.
Nos dois casos, é necessário escavar a rocha.
trinta e um 31

y Atividade 5: Confira o entendimento


AJ_CH3_PNLD23_C02_022a035_LA.indd 31 7/20/21 7:03 AM

dos estudantes a respeito dos termos


APOIO DIDÁTICO

utilizados nas lacunas dessa atividade e


verifique se restou alguma dúvida.
y Atividade 6: Essa atividade apresenta
aos estudantes um exemplo de altera-
ção que os seres humanos fazem no re-
levo com o objetivo de atender às suas
necessidades – nesse caso, a constru-
ção de moradia. Aproveite para pergun-
tar a eles se as moradias do local onde
moram se assemelham às moradias
mostradas nas fotos dessa página.

AJ_CH3_PNLD23_C02_022Aa035A_MP.indd 31 8/5/21 11:33


32 Capítulo 2 O relevo e a
vegetação nas
paisagens Pessoas e lugares
HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO PESSOAS E
LUGARES O povo Korowai e a vida no alto
» (EF03GE03) Reconhecer os di-
ferentes modos de vida de po-
da floresta
vos e comunidades tradicionais

/ID/BR
em distintos lugares.
Muitos estudiosos se dedicam a pesquisar

Sergey Uryadnikov/Shutterstock.com
» (EF03GE04) Explicar como os
processos naturais e históricos o modo de vida de grupos humanos em
atuam na produção e na mudan- diferentes ambientes ao redor do mundo.
ça das paisagens naturais e an-
trópicas nos seus lugares de vi- Um exemplo de modo de vida é o do
vência, comparando-os a outros povo Korowai, que vive parcialmente isolado
lugares. na floresta tropical da Papua, uma província
da Indonésia, país da Ásia.
Os Korowai constroem suas casas na
altura das copas de grandes árvores da selva.
Essa prática começou como estratégia de
combate a grupos rivais.
A construção a muitos metros de altura
é uma atividade coletiva e exige habilidade.
Quanto mais alta for a casa, maior será
o respeito conquistado pela família. Os
Grupo do povo Korowai em materiais de construção, como troncos,
uma casa na floresta. Papua, folhas e cipós, são retirados da floresta.
Indonésia. Foto de 2016.

Alterações no relevo
João Miguel A. Moreira/ID/BR

TAILÂNDIA FILIPINAS
BRUNEI
M A L Á S I A OCEANO
PACÍFICO
Equador 0°
CINGAPURA

I N D O N É S I A
PAPUA
OCEANO Mar de Java
PAPUA
ÍNDICO NOVA GUINÉ

TIMOR- Mar de
-LESTE Arafura

Legenda
Limite de país 0 450 km
120°L AUSTRÁLIA

Fonte de pesquisa: Martin Slama e Jenny Munro. From “stone-age” to “real-time”: exploring
Papuan temporalities, mobilities and religiosities. Canberra: ANU Press, 2015. p. 67.

32 trinta e dois

Orientação didática AJ_CH3_PNLD23_C02_022a035_LA.indd 32 peça-lhes que observem as imagens e recursos naturais para a construção de 7/20/21 7:03 AM

questione se eles veem alguma seme- moradias e para a alimentação e que


y Ao iniciar o trabalho com essa seção, é
APOIO DIDÁTICO

importante incentivar os estudantes a lhança entre a vegetação mostrada nas mudanças eles provocam nas paisa-
desenvolver a empatia e o respeito aos fotos dessas páginas e alguma forma- gens de seus locais de vivência.
diferentes modos de vida, valorizando ção vegetal apresentada nas páginas y Atividades 3 e 4: Aproveite para per-
a diversidade cultural. Desse modo, a anteriores. guntar se há alguma semelhança entre
seção permite o desenvolvimento das y Atividade 1: Auxilie os estudantes a os aspectos culturais desse povo com
habilidades EF03GE03 e EF03GE04. perceber as peculiaridades dessas mo- o modo de vida dos estudantes. Con-
radias e suas vantagens para a vida na verse sobre as questões propostas e,
Roteiro de aula floresta. ao final, pergunte-lhes o que acharam
y Mostre aos estudantes a localização y Atividade 2: Desenvolva a habilidade mais interessante sobre o modo de vida
da província de Papua, na Indonésia, EF03GE04, explorando com os estu- do povo Korowai, desenvolvendo a ha-
em um planisfério político. Em seguida, dantes como o povo Korowai utiliza os bilidade EF03GE03.

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BR
Sergey Uryadnikov/Shutterstock.com/ID/
O relevo e a Capítulo 2 33
vegetação nas
Da floresta também é retirada paisagens
a maior parte dos alimentos, por
meio de atividades como caça,
pesca, coleta de frutos e extração
de outros produtos vegetais.
Desde cedo, as crianças do
povo Korowai desenvolvem muitas
habilidades na selva e costumam
acompanhar os adultos nas mais
diversas atividades. Subir em
árvores muito altas, por exemplo, é
uma ação comum para elas.
Entre as tradições cultivadas
pelas famílias estão os mitos,
as lendas e os ditados, que são
passados de geração a geração.
Sergey Uryadnikov/Shutterstock.com/ID/BR

e
Mulheres do povo Korowai manuseando Os Korowai têm grande habilidad
cestos durante atividade de pesca. para subir até suas casa s. Papu a,
Papua, Indonésia. Foto de 2016. Indonésia. Foto de 2016.
1. São moradias construídas na copa das árvores, feitas de materiais como troncos, folhas e cipó.
Resposta pessoal. Possibilidade de resposta: Escapar de inundações e de ataques de animais, por exemplo.
1 Como são as moradias dos Korowai? Que vantagens esse
tipo de moradia pode oferecer?
2 Quais são e de onde vêm os recursos para a construção
das moradias? Os recursos utilizados são basicamente troncos de árvore e
folhagens, materiais retirados da floresta.
3 Como as crianças Korowai aprendem com os familiares delas
sobre seus antepassados e sua história?
Por meio de lendas, mitos e ditados, passados de geração a geração.
4 O que mais chamou sua atenção no modo de vida do povo
Korowai? Por quê?
Respostas pessoais.

trinta e três 33

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APOIO DIDÁTICO

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34 Capítulo 2 O relevo e a
vegetação nas
re
paisagens
Aprender semp
HABILIDADES AVALIADAS NA
SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF03GE04) Explicar como os 1 Com base nas características das formações vegetais estudadas,
processos naturais e históricos faça, no caderno, desenhos que representem cada uma delas:
atuam na produção e na mudan-
ça das paisagens naturais e an- floresta, cerrado e caatinga. Elabore uma legenda para cada
trópicas nos seus lugares de vi- representação. Mostre seus desenhos aos colegas.
vência, comparando-os a outros Desenho do estudante.
lugares. 2 Observe o relevo destas paisagens e responda às questões.
» (EF03HI07) Identificar seme-

Andre Dib/Pulsar Imagens

Mauricio Simonetti/Pulsar Imagens


lhanças e diferenças existentes A B
entre comunidades de sua cida-
de ou região, e descrever o pa-
pel dos diferentes grupos sociais
que as formam.

COMPONENTES ESSENCIAIS
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Conhecimento alfabético.
» Produção de escrita.

Vista do rio Paraguaçu no Parque Campo coberto de pasto natural em


Nacional da Chapada Diamantina, Bahia. Quaraí, Rio Grande do Sul. Foto de 2020.
Foto de 2021.

a. Qual foto retrata a forma mais plana de relevo?


A foto B.

b. Na foto A, o rio passa pela parte do relevo que é mais baixa


ou pela parte que é mais alta em relação ao entorno dele?
O rio flui pela parte mais baixa do relevo, entre encostas elevadas, formando um vale.

c. O relevo do lugar onde você mora se parece com o relevo de


alguma dessas fotos? Se sim, com qual delas? Se não, como é
o relevo do lugar onde você mora?
Respostas pessoais.

d. Em sua opinião, é possível afirmar que a superfície terrestre


tem o relevo regular? Explique.
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes, com base nas fotos e nos temas
abordados no capítulo, concluam que a superfície terrestre não tem o relevo regular.

34 trinta e quatro

Roteiro de aula que provocam alterações nas paisa-


AJ_CH3_PNLD23_C02_022a035_LA.indd 34 uma data para a realização da ativida- 7/20/21 7:03 AM

gens – o desmatamento e o reflores- de e peça aos estudantes que venham


y Atividade 1: Você pode pedir aos estu-
APOIO DIDÁTICO

dantes que mostrem os desenhos aos tamento. Aproveite para conversar vestidos adequadamente no dia do tra-
colegas e expliquem as características com eles sobre os impactos negativos balho de campo, com roupas e sapatos
do desmatamento. Comente também confortáveis. Solicite-lhes também que
que quiseram representar em cada tipo
que o reflorestamento deve ser feito façam, durante o trabalho de campo,
de vegetação.
com espécies nativas do local onde desenhos das árvores encontradas e
y Atividade 2: Incentive os estudantes a
ocorreu o desmatamento, e não com anotem as principais características
comparar as imagens e a retomar as das espécies. Depois, amplie a discus-
definições vistas no capítulo, de forma outras espécies vegetais. No caso do
são sobre a importância das árvores
que eles percebam que a superfície ter- Brasil, grandes áreas de vegetação
para a comunidade, fazendo perguntas
restre não é regular. Assim, o relevo é original foram desmatadas e depois
como: “Há árvores em quantidade sufi-
uma maneira de classificar e organizar ocupadas com o plantio de eucaliptos, ciente no local ou seria melhor que hou-
as diferentes formas que existem na su- por exemplo, que crescem mais rapi- vesse mais?”; “Será que a quantidade
perfície terrestre. damente. Por não ser uma planta nati- de árvores existentes interfere na qua-
y Atividade 3: Oriente os estudantes a va, o cultivo de eucaliptos, no entanto, lidade de vida das pessoas que vivem
observar os blocos-diagrama, ao le- não é considerado reflorestamento. e frequentam as proximidades da esco-
vá-los a refletir sobre dois processos y Atividade 4: Marque com antecedência la?”. Se julgar importante, mostre-lhes

AJ_CH3_PNLD23_C02_022Aa035A_MP.indd 34 8/5/21 11:33


O relevo e a Capítulo 2 35
vegetação nas
3 O relevo também pode ser transformado pela influência da paisagens
ação humana. Observe estas imagens e leia o texto a seguir.
res-
Saber
Ser
Autoconsciência
Co
y Atividade 4: Nessa ativida-
- fa n t a s
ia de, propõe-se um trabalho de
campo aos estudantes com o
objetivo de incentivá-los a co-
nhecer melhor o ambiente do
entorno da escola, por meio
de um levantamento de árvo-
BR
Representação
os
o/I
D/
res e plantas existentes na área
sem proporção rd
escolar.
a
nC
de tamanho e de Nil
so
distância entre os
elementos.

Quando o ser humano retira a vegetação para construir moradias em


morros, o solo fica exposto à ação erosiva da chuva e do vento. Isso favorece a
ocorrência de deslizamentos, que são processos de deslocamento de porções
do solo em um morro.
3a. A retirada da vegetação e a construção de moradias Texto para fins didáticos.
favorecem a erosão do solo e a ocorrência de deslizamentos, os quais alteram o formato do
relevo local ao deslocar porções de solo para a parte baixa das encostas.
a. O que favorece a erosão do solo? Como as ações humanas
influenciam a transformação do relevo nos morros?
b. Converse com a turma: Já ocorreram deslizamentos no lugar
em que você vive? Quais foram os impactos disso para a
comunidade?
Respostas pessoais.
4 Em data agendada, o professor levará a turma para uma
caminhada pelo entorno da escola. Na ocasião, faça um
Saber
levantamento das árvores e das plantas que existem nessa
Ser
área. Também registre como é o relevo da região.
a. Há muitas árvores ou poucas árvores perto da escola
onde você estuda? O que pode ser feito para preservar essas
árvores ou para aumentar o número delas? Como você e a
comunidade escolar poderiam contribuir para isso?
Respostas pessoais.
b. Como é o relevo dessa área? Como esse relevo influencia na
transformação da paisagem? Respostas pessoais.
c. Agora, com o auxílio do professor, procure na internet
imagens e informações dessa mesma área no passado. A
cobertura vegetal era semelhante à atual? A ocupação do
relevo mudou? Anote as principais mudanças observadas.
Resposta pessoal.
trinta e cinco 35

imagens de como era o local visitado no


AJ_CH3_PNLD23_C02_022a035_LA.indd 35 7/20/21 4:49 PM

passado ou solicite aos estudantes que


APOIO DIDÁTICO

pesquisem essas imagens e informações


e as levem no dia do trabalho de campo.
Peça-lhes, então, que comparem essas
imagens com o local atual e anotem as
principais mudanças que ocorreram na
paisagem.

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35A Conclusão do capítulo 2

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 2
Sugestões para a avaliação formativa
1. O capítulo teve como objetivo apresentar aos estudantes noções de relevo e vegetação, relacionando esses
temas aos processos naturais e históricos que atuam na transformação das paisagens.
2. Ao final deste capítulo, espera-se que os estudantes sejam capazes de relacionar as condições de clima, de
altitude e de solo com o tipo de vegetação de determinada região do país. Além disso, espera-se que eles
tenham aperfeiçoado a leitura e a análise de imagens e possam relacionar o conteúdo apresentado com a
realidade em que vivem.
3. A seção Aprender sempre recupera e aprofunda os conteúdos trabalhados ao longo do capítulo, possibilitando
observar a consolidação dos conhecimentos por parte dos estudantes e a verificação de eventuais defasagens.
Essa análise facilita a elaboração de estratégias de remediação, de acordo com as características de cada es-
tudante e de cada turma. A seguir, foram disponibilizadas algumas sugestões para a realização desse trabalho.
4. A atividade 1 ajuda os estudantes a memorizar as características morfológicas das formações vegetais estudadas.
Dessa forma, oriente-os a prestar atenção nos detalhes que as diferenciam umas das outras e a mencionar esses
pontos específicos quando forem apresentar seus desenhos aos colegas.
5. Para a atividade 2, assim como feito na anterior, observar as características que diferenciam os relevos e como
isso interfere na natureza do local é o ponto a ser trabalhado. Essa questão, associada à atividade 3, mostra que
o controle do relevo é importante também para revelar a ação humana no planeta. Destacar as práticas perigosas
que levam a desastres naturais, como os desmoronamentos, deve servir de alerta para a turma refletir sobre a
interferência humana. Essas atividades permitem explorar a habilidade EF03GE04.
6. Por fim, na atividade 4, a caminhada pelo entorno da escola levanta diversas questões, como as abordadas na
atividade, mas também quanto à conscientização dos estudantes e seu comportamento em tal lugar. Destaque
a importância da preservação, como não jogar lixo em locais inadequados, e promova uma visão positiva da im-
portância da vegetação para a área em que vivem. Essa atividade possibilita o desenvolvimento das habilidades
EF03GE04 e EF03HI07.

Atividades de remediação
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no desenvolvimento da habilidade EF03GE04, oriente os estu-
dantes a escolher uma planta nativa da região em que vivem e a realizar uma pesquisa sobre ela. Se possível, peça
que levem um exemplar de uma folha seca que tenha caído dessa planta para que possam observar a relação
entre o tipo de vegetação encontrada e a planta.
• Atividade 2: Peça aos estudantes que desenhem as diferentes formas de relevo estudadas. Aproveite a atividade
para verificar se todos assimilaram bem o conteúdo estudado. É provável que alguns desenhem as formas de
relevo em sequência e que outros optem por desenhá-las separadamente. Aproveite os desenhos para trabalhar
a noção de conjunto, demonstrando que na superfície da Terra as diferentes formas de relevo estão associadas,
formando um único conjunto. Também é possível retomar a questão sobre as construções humanas e o relevo,
reforçando o trabalho com a habilidade EF03GE04.

AJ_CH3_PNLD23_C02_022Aa035A_MP.indd 35 8/5/21 11:34


A ação humana sobre a paisagem Capítulo 3 36A

A AÇÃO HUMANA SOBRE


CAPÍTULO 3
A PAISAGEM
Objetivos pedagógicos
1. Promover a compreensão do estudante acerca do impac- 4. Identificar atitudes que promovam a preservação da natu-
to humano sobre a natureza. reza e de seus recursos.
2. Levar os estudantes a compreender a importância do uso 5. Fortalecer a conscientização referente ao pensamento
consciente dos recursos naturais disponíveis. responsável referente à proteção do meio ambiente.
3. Identificar os principais recursos naturais presentes no Brasil.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Neste capítulo, os estudantes são incentivados a refletir levam, como veem o consumo e de que formas eles podem
sobre o impacto causado pela ação humana na natureza e ser mais responsáveis. O debate envolve também pequenas
a transformação das paisagens. Ao serem apresentados às ações de cada pessoa ou família, quando vistas na escala
diversas formas de utilização dos recursos naturais, é impor- de uma comunidade, Estado e país, indicando que podem
tante que eles percebam que a ação dos seres humanos pode promover grandes mudanças no planeta. Isso leva os estu-
causar danos ao ambiente, mas também pode promover sua dantes a perceber que todos temos responsabilidade quanto
preservação. Converse com eles a respeito dos conceitos de à preservação ambiental e que, juntos, é possível promover
reciclagem, consumo consciente e responsabilidade. mudanças positivas.

Com base nas atitudes de familiares, pretende-se, no ca-


pítulo, levar os estudantes a refletir sobre o modo de vida que

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 2, 3, 6 e 10

Competências específicas de Ciências Humanas para o


2, 3, 6 e 7
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


1, 2, 3, 5, 6 e 7
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


2e4
Fundamental

EF03GE01, EF03GE02, EF03GE03, EF03GE04,


Habilidades de Geografia
EF03GE05 e EF03GE08

EF03HI01, EF03HI02, EF03HI03, EF03HI04,


Habilidades de História
EF03HI05 e EF03HI08

AJ_CH3_PNLD23_C03_036Aa045A_MP.indd 36 8/5/21 11:40


36 Capítulo 3 A ação humana
sobre a paisagem

Ilustrador: Leandro Marcondes/ID/BR; fotografias: Shutterstock.com/ID/BR


HABILIDADE DESENVOLVIDA
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF03GE04) Explicar como os
processos naturais e históricos
atuam na produção e na mudan-
ça das paisagens naturais e an-
trópicas nos seus lugares de vi-
vência, comparando-os a outros
lugares.

36

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C03_036a045_LA.indd 36 dos recursos na natureza – por exemplo, 7/20/21 7:22 AM

a madeira das árvores, que foram der-


y As atividades propostas na abertura do
APOIO DIDÁTICO

capítulo visam mostrar aos estudantes rubadas. Essas mudanças impactam o


como podem ocorrer as relações entre a meio ambiente e a vida das pessoas.
sociedade e a natureza, o que possibilita y Se julgar pertinente, aproveite a discus-
a eles refletir sobre como os grupos so- são para introduzir o tema dos impactos
ciais transformam as paisagens naturais da exploração dos recursos naturais. Es-
e humanizadas, desenvolvendo a habili- clareça aos estudantes que a retirada de
dade EF03GE04. madeira em pequenas quantidades não
compromete a regeneração da mata.
Roteiro de aula y Atividade 3: Oriente os estudantes a
y Atividades 1 e 2: Explique aos estudan- refletir sobre as mudanças realizadas
tes que a construção da escola é um pelos seres humanos, assim como sobre
exemplo de transformações nas paisa- as que possam ser resultado da ação da
gens promovidas pelos seres humanos, natureza, que tenham chamado a aten-
pois para essa construção foram utiliza- ção da comunidade recentemente.

AJ_CH3_PNLD23_C03_036Aa045A_MP.indd 36 8/5/21 11:40


1. Espera-se que os estudantes respondam que se trata da construção A ação humana Capítulo 3 37
de uma escola. Incentive-os a perceber os elementos representados na sobre a paisagem
cena.

UL
APÍT O
A ação Saber Consciência social

3
Ser

C
humana sobre
y Atividade 3: Incentive os
estudantes a se colocar no lu-
gar dos outros moradores do

a paisagem lugar onde vivem. Assim, eles


poderão avaliar a questão das
transformações das paisagens
sob diferentes perspectivas.
As paisagens dos lugares Se necessário, dê exemplos
fazendo perguntas como: “As
mudam ao longo do tempo
transformações que ocorre-
por muitos motivos. Um desses ram no lugar são boas para
motivos é a transformação os idosos? E para as pessoas
com deficiências que afetam a
provocada pela ação do locomoção?”.
ser humano. Como essas
transformações influenciam a
natureza e a sociedade em que
vivemos?
Observe atentamente a
ilustração e leia a legenda.

Para começo de conversa


1 O que está sendo
construído nessa cena?
2 Que ação humana
mostrada na ilustração está
transformando a paisagem e
a vida dessa comunidade?
Veja resposta no Roteiro de aula.
3 No lugar onde você vive,
aconteceu alguma Saber
transformação recente Ser
na paisagem? Essa
transformação foi importante
para as pessoas desse lugar?
Respostas pessoais.

Ilustração de pessoas trabalhando em uma


construção.

trinta e sete 37

AJ_CH3_PNLD23_C03_036a045_LA.indd 37 7/20/21 7:22 AM


APOIO DIDÁTICO

AJ_CH3_PNLD23_C03_036Aa045A_MP.indd 37 8/5/21 11:40


38 Capítulo 3 A ação humana
sobre a paisagem
A origem da ação humana
HABILIDADES DESENVOLVIDAS As características das paisagens revelam como a sociedade se
NO TEMA “A ORIGEM DA AÇÃO
HUMANA” relaciona com a natureza em cada lugar e a cada momento.
» (EF03GE02) Identificar, em seus A busca por alimentos e por abrigo sempre motivou o ser
lugares de vivência, marcas de humano a modificar as paisagens. Mas, atualmente, as grandes
contribuição cultural e econô- modificações não ocorrem apenas para
mica de grupos de diferentes
origens. atender às necessidades básicas. As mercadoria: qualquer produto

» (EF03GE04) Explicar como os


paisagens também são transformadas do trabalho humano que
pode ser vendido para ganhar
processos naturais e históricos para gerar riquezas por meio da intensa dinheiro e gerar riqueza.
atuam na produção e na mudan- produção das mais diversas mercadorias.
ça das paisagens naturais e an-
trópicas nos seus lugares de vi-
1 Observe as fotos e preencha o quadrinho da legenda com a
vência, comparando-os a outros
lugares. letra da foto correspondente.
» (EF03HI01) Identificar os grupos

João Prudente/Pulsar Imagens

Mario Friedlander/Pulsar Imagens


populacionais que formam a cida- A B
de, o município e a região, as rela-
ções estabelecidas entre eles e os
eventos que marcam a formação
da cidade, como fenômenos mi-
gratórios (vida rural/vida urbana),
desmatamentos, estabelecimento
de grandes empresas etc.
» (EF03HI08) Identificar modos
de vida na cidade e no campo no
presente, comparando-os com
os do passado.

COMPONENTE ESSENCIAL
PARA A ALFABETIZAÇÃO

» Conhecimento alfabético.
B A construção de uma A Para atender à sua
Atividade complementar indústria provoca necessidade de
yA habilidade EF03GE02 pode transformações no lugar moradia, por exemplo,
ainda ser desenvolvida com a onde ela é instalada e o ser humano realiza
realização da seguinte atividade:
Peça aos estudantes que descre- nos lugares de onde se transformações nos
vam as características das paisa- extraem os elementos elementos da paisagem
gens do percurso que fazem de da natureza usados na de um lugar. Conjunto
casa até a escola. Questione-os:
“Quais tipos de construção vo- fabricação dos produtos. de casas populares
cês veem pelo caminho de casa Fábrica em São José do construídas em Guaxupé,
até a escola?”; “Quais elementos Rio Claro, Mato Grosso. Minas Gerais. Foto de
naturais vocês observam nesse
caminho?”. Em seguida, leve-os Foto de 2021. 2019.
a refletir sobre o que originou es-
sas construções e em que época 38 trinta e oito
elas foram erguidas.

Roteiro de aula
AJ_CH3_PNLD23_C03_036a045_LA.indd 38 7/20/21 7:22 AM

y Atividade 1: Essa atividade pretende


APOIO DIDÁTICO

mostrar aos estudantes que os seres hu-


manos transformam as paisagens ao reti-
rar delas os recursos de que necessitam
para atender às suas necessidades, como
alimentação e moradia, dando subsídios
para que eles desenvolvam as habili-
dades EF03HI01, EF03HI08, EF03GE02
e EF03GE04. Se considerar pertinente,
promova uma discussão sobre a neces-
sidade de desenvolvermos e utilizarmos
cada vez mais formas de exploração não
predatória dos recursos naturais.

AJ_CH3_PNLD23_C03_036Aa045A_MP.indd 38 8/5/21 11:40


A ação humana Capítulo 3 39
Recursos naturais sobre a paisagem

Diversos elementos da natureza, como a água, o solo e o ar, são HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NO TEMA “RECURSOS
essenciais para a existência da vida. NATURAIS”
Há também elementos naturais que servem de matéria-prima. É o » (EF03GE01) Identificar e com-
caso da madeira, do ferro e da rocha, materiais que se tornaram a base parar aspectos culturais dos
da fabricação de muitos produtos. Esses elementos e tantos outros, grupos sociais de seus lugares
de vivência, seja na cidade, seja
essenciais ou úteis ao ser humano, são chamados recursos naturais. no campo.
A exploração de recursos » (EF03GE02) Identificar, em seus
Andre Dib/Pulsar Imagens

naturais sempre provoca alterações lugares de vivência, marcas de


contribuição cultural e econô-
na paisagem. Quando a exploração mica de grupos de diferentes
é excessiva, graves problemas origens.
podem afetar a vegetação, os » (EF03GE03) Reconhecer os di-
animais e os seres humanos. ferentes modos de vida de povos
e comunidades tradicionais em
distintos lugares.
» (EF03GE04) Explicar como os
Vários fazendeiros provocam incêndios processos naturais e históricos
florestais para aumentar as áreas de plantio ou atuam na produção e na mudan-
de criação de gado. A foto mostra uma área de ça das paisagens naturais e an-
floresta com árvores derrubadas e queimadas trópicas nos seus lugares de vi-
em Maués, Amazonas. Foto de 2020. vência, comparando-os a outros
lugares.
1 Observe a charge abaixo. » (EF03GE05) Identificar alimen-
tos, minerais e outros produtos
cultivados e extraídos da nature-

Fabiano dos Santos/Acervo do cartunista


za, comparando as atividades de
trabalho em diferentes lugares.
» (EF03GE08) Relacionar a pro-
dução de lixo doméstico ou da
escola aos problemas causados
pelo consumo excessivo e cons-
truir propostas para o consumo
consciente, considerando a am-
pliação de hábitos de redução,
reúso e reciclagem/descarte de
materiais consumidos em casa,
na escola e/ou no entorno.
Fabiano dos Santos. Homem linha. Disponível em: http://fabianocartunista.
blogspot.com/. Acesso em: 24 mar. 2021.

• Converse com um colega sobre as consequências que os


problemas retratados trazem para as pessoas e a natureza.
Depois, compartilhem com toda a turma as conclusões a
que chegaram. Resposta pessoal.

trinta e nove 39

AJ_CH3_PNLD23_C03_036a045_LA.indd 39 Orientação didática das árvores. Após os apontamentos 7/20/21 indústrias, a produção de lixo e a de-
7:22 AM

dos estudantes, faça uma síntese das gradação da vegetação em áreas urba-
y Nesse tema, procura-se desenvolver as
APOIO DIDÁTICO
formas de relação entre a sociedade e nas. Espera-se que os estudantes rela-
habilidades EF03GE04 e EF03GE05.
a natureza na região amazônica, expli- cionem a emissão de gases produzidos
A imagem apresentada mostra altera-
cando que as queimadas podem ocor- pela atividade industrial com a poluição
ções na paisagem que resultam da rela-
rer de forma natural, mas muitas vezes atmosférica e concluam que a má qua-
ção entre a sociedade e a natureza. são iniciadas para abertura de campos lidade do ar pode prejudicar a saúde
que serão utilizados para atividades das pessoas. Se considerar necessário,
Roteiro de aula
agropecuárias. Aproveite para comen- explique-lhes que o símbolo amarelo e
y Antes de iniciar a leitura do texto, so- tar o impacto ambiental que as queima- preto na superfície da esfera, no centro
licite aos estudantes que observem a das provocam: degradam a vegetação, da charge, é o da energia nuclear. Co-
imagem, na página, da região amazô- comprometem a biodiversidade, po- mente que esse tipo de energia pode
nica, leiam a legenda e descrevam suas luem o ar e empobrecem os solos. causar grandes problemas ambientais.
características. Então, peça a eles que y Atividade 1: Na charge, são retratados É importante, no entanto, salientar que
apontem as possíveis causas e as con- problemas ambientais, como a polui- o processo de industrialização também
sequências da derrubada e da queima ção do ar por rejeitos produzidos por apresenta aspectos positivos.

AJ_CH3_PNLD23_C03_036Aa045A_MP.indd 39 8/5/21 11:40


40 Capítulo 3 A ação humana
sobre a paisagem
Modos de vida e exploração dos recursos naturais
Atividade complementar Vários problemas ambientais, como o desmatamento e a
y Se considerar pertinente, apro- poluição, estão relacionados ao consumismo. Uma sociedade
veite a discussão sobre consu- consumista provoca a exploração excessiva dos recursos naturais e
mo para promover uma reflexão gera muitos resíduos.
acerca de problemas relacio-
nados aos hábitos alimentares Parte da população mundial é consumismo: valorização
de grande parte da sociedade da prática de consumir
estimulada a consumir grande quantidade produtos em excesso, em
atual, os quais têm por base o
consumo de muitos alimentos de mercadorias: roupas, calçados, aparelhos quantidade muito maior
que as necessidades reais.
industrializados e ultraproces- eletrônicos, etc.
sados. Explique aos estudantes descartável: produto
que esses alimentos devem ser Muitos produtos são descartáveis. feito para ser jogado fora
depois de usado uma vez
consumidos com moderação, Outros são jogados fora em bom estado e ou poucas vezes.
pois muitas vezes apresentam substituídos por modelos mais novos.
excesso de sódio, conservantes,
açúcar e outras substâncias que,
2 Leia a história em quadrinhos abaixo.
em grande quantidade, são pre-
judiciais à saúde. Além disso, es-

Mauricio de Sousa Editora Ltda.


ses alimentos são produzidos em
grande escala e causam muitos
impactos ambientais, pois geram
excesso de resíduos e descarte
de embalagens. Conscientize-os
da importância de consumir pro-
dutos cuja produção gere menos
impacto ao meio ambiente e de
adotar medidas para diminuir os
impactos causados pelo descar-
te das embalagens.

Para casa

y Atividade 2a: Oriente os estu-


dantes a promover uma conver-
sa em casa a respeito dos gastos Mauricio de Sousa. Turma
da Mônica: diferenças
por impulso e como eles afetam no consumo. Disponível
a economia familiar. em: https://groffegroff-
consultoria.webnode.com/
educacao-financeira-para-
criancas.
Saber Habilidades de Acesso em: 16 jul. 2021.
Ser
relacionamento
y Atividade 2b: O objetivo a. O que Denise confessou para Mônica sobre a compra
dessa atividade é levar os es- do celular novo? Ela confessou que comprou por impulso e
tudantes a refletir sobre a rela- reconheceu que não tinha necessidade.
ção deles e de familiares com o b. Pergunte a alguém de sua família se essa pessoa já Saber
consumismo, de modo a ques- Ser
tionar as próprias práticas.
comprou algo por impulso. Conte ao professor
e aos colegas como foi. Resposta pessoal.

40 quarenta

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C03_036a045_LA.indd 40 mentos eletrônicos, como celular, televi- 7/21/21 7:11 AM

são e computador, ficam ultrapassados


y Nessas
APOIO DIDÁTICO

páginas, pretende-se trabalhar


rapidamente, e que isso é um recurso da
a habilidade EF03GE08, levando os es-
indústria para ampliar a venda de seus
tudantes a questionar como os padrões
produtos. Explique a eles que a socieda-
de consumo podem perpetuar proble-
de atual é estimulada a consumir grande
mas como a geração de grande quanti- quantidade de mercadorias e, nesse con-
dade de resíduos e o desperdício. texto, a publicidade desempenha um pa-
pel importante, ao vincular sentimentos
Roteiro de aula
como felicidade e bem-estar a determi-
y Inicie a aula perguntando aos estudantes nados produtos e estilos de vida, criando
o que eles entendem por consumismo e novas necessidades. Esclareça, por fim,
quais problemas podem ser relaciona- que esse comportamento consumista im-
dos a isso. Então, peça-lhes que leiam a plica graves problemas socioambientais.
história em quadrinhos. Comente com y Atividade 2: Oriente os estudantes a
a turma que, atualmente, muitos equipa- promover uma conversa em casa a res-

AJ_CH3_PNLD23_C03_036Aa045A_MP.indd 40 8/5/21 11:40


A ação humana Capítulo 3 41
sobre a paisagem
Três erres para proteger o meio ambiente
Você já observou a grande quantidade de resíduos que é
produzida todos os dias em sua casa e na escola? Para complementar

Uma maneira de diminuir o volume de lixo jogado no meio Coleta seletiva. Ministério do Meio
ambiente é seguir três passos: reduzir, reutilizar e reciclar. Ambiente. Disponível em: https://
antigo.mma.gov.br/cidades-
sustentaveis/residuos-solidos/

Ilustrações: Vanessa Alexandre/ID/BR


Reduzir Reutilizar Reciclar catadores-de-materiais- recicla
veis/reciclagem-e-reaproveita
Diminuir a Utilizar novamente Fabricar novos mento.html#:~:text=Coleta%20
quantidade de produtos que já produtos com seletiva%20%C3%A9%20a%20
produtos e recursos foram usados. materiais já usados. co l e t a ,d i s p o n i b i l i z a d o s % 2 0
para%20a%20coleta%20separa-
naturais usados. damente. Acesso em: 14 jul. 2021.
No site do Ministério do Meio
Ambiente, há um texto apresen-
tando o passo a passo da coleta
seletiva e sua importância para
a preservação ambiental. Caso a
escola disponha de recursos,
acesse o site com os estudantes
e explore o texto da página.

Para que os resíduos tenham a destinação Saber Consciência social


resíduo: resto de Ser
correta, eles precisam ser separados. material descartado y Atividade 3: Estimule os estu-
de alguma
Nas residências, é importante separar os atividade, como
dantes a compreender a impor-
tância da coleta seletiva para
resíduos secos (papel, plástico, vidro, metal) o lixo produzido
nas residências, a coletividade. Caso não haja
dos resíduos úmidos (restos de frutas, de no comércio e nas coleta seletiva na escola, eles
verduras e de outros alimentos). Quando não indústrias. se sentirão estimulados a iniciar
essa ação. Enfatize que a re-
há coleta seletiva, os resíduos secos devem ser dução na produção de lixo e a
entregues aos catadores ou levados a um ponto de coleta. separação dos resíduos depen-
dem da contribuição de todos.
Nas escolas e em vários locais públicos, costuma haver
recipientes próprios para cada tipo de resíduo.

3 A separação dos resíduos é muito importante Saber


para a preservação do meio ambiente. Converse Ser
com os colegas sobre as questões a seguir.
a. Na escola onde você estuda, há separação dos resíduos? E em
sua casa? Em caso afirmativo, como isso é feito? Respostas pessoais.
b. Se os resíduos não são separados, proponham um jeito de
iniciar essa ação. Resposta pessoal.

quarenta e um 41

peito dos gastos por impulso, indican-


AJ_CH3_PNLD23_C03_036a045_LA.indd 41 de materiais. Assim, explique aos es- 7/20/21 em: https://ambientes.ambientebrasil.
7:22 AM

do que eles afetam a economia familiar. tudantes o significado dos 3 erres (re- com.br/residuos/reciclagem (acesso
APOIO DIDÁTICO
No item b, pergunte aos estudantes duzir, reutilizar, reciclar) e como eles em: 8 jul. 2021). Por fim, converse com
quais produtos foram comprados sem podem ser aplicados na vida cotidia- os estudantes algumas dificuldades
necessidade e anote as respostas na na. Depois, apresente-lhes o tempo para a realização da coleta seletiva na
lousa, para que eles percebam a quan- de decomposição de alguns materiais cidade ou no bairro onde moram.
tidade de itens que, muitas vezes, são e reforce a importância de separar
os resíduos que produzimos e exigir y Atividade 3: A atividade tem como ob-
comprados e consumidos por impulso. jetivo levar os estudantes a refletir so-
que seja feita a coleta seletiva na co-
y Com base na discussão sobre os im- munidade, entre outras atitudes cida- bre a separação de resíduos na escola.
pactos do consumismo na natureza e dãs que demonstram cuidado com o A intenção é fazer com que eles se in-
na sociedade, promova a reflexão co- meio ambiente. Informações sobre teressem pelo tema, descubram como
letiva sobre o consumo consciente, a o tempo de decomposição de alguns essa separação é feita na escola e re-
diminuição do desperdício e a redução materiais podem ser encontradas na flitam sobre a contribuição de cada um
dos resíduos, o reúso e a reciclagem página Ambiente Brasil, disponível para essa prática.

AJ_CH3_PNLD23_C03_036Aa045A_MP.indd 41 8/5/21 11:40


42 Capítulo 3 A ação humana
sobre a paisagem
Modos de vida em harmonia com o meio ambiente
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Existem comunidades que exploram recursos naturais de modo
NO TEMA “MODOS DE VIDA
EM HARMONIA COM O MEIO não excessivo, promovendo poucas alterações no lugar onde vivem.
AMBIENTE” As populações indígenas, por exemplo, têm modos de vida em
» (EF03GE03) Reconhecer os di- harmonia com o meio ambiente. Os indígenas sabem que precisam
ferentes modos de vida de povos do meio ambiente para viver. Então, criaram maneiras adequadas de
e comunidades tradicionais em
distintos lugares. explorar os recursos naturais sem destruí-los. Ao contrário, eles até
aumentam a diversidade de animais e plantas dos lugares onde vivem.
» (EF03GE04) Explicar como os
processos naturais e históricos Conheça alguns exemplos do modo de vida dos povos Guarani.
atuam na produção e na mudança
das paisagens naturais e antrópi-
cas nos seus lugares de vivência, [...] Aos poucos, os índios entram numa casa de pau a pique, com
comparando-os a outros lugares. telhado de palha e chão de terra, erguida pelos próprios guaranis. [...]
» (EF03HI01) Identificar os grupos Mulheres usam um instrumento de bambu para extrair um som oco. A
populacionais que formam a cida-
dança é ritmada: um passo para frente e outro tímido, para trás. [...] Em duas
de, o município e a região, as rela-
ções estabelecidas entre eles e os canções, o agradecimento a Nhanderu-tupã – o mito guarani da criação –, e ao
eventos que marcam a formação cacique e pajé da aldeia. A cerimônia [...] se repete sempre após o pôr do sol
da cidade, como fenômenos mi- em outras comunidades indígenas [...]. [...]
gratórios (vida rural/vida urbana),
desmatamentos, estabelecimento Na aldeia, os moradores pescam diariamente [...] e plantam milho,
de grandes empresas etc. aipim, feijão e plantas medicinais, como a guiné. A cozinha é comunitária.
» (EF03HI08) Identificar modos [...]
de vida na cidade e no campo no Emanuel Alencar; Ludmilla de Lima. O segredo dos guaranis que ainda habitam o
presente, comparando-os com Rio. Terras Indígenas no Brasil, 25 maio 2014. Instituto SocioAmbiental. Disponível
os do passado. em: https://terrasindigenas.org.br/pt-br/noticia/139779. Acesso em: 14 jun. 2021.

Os brinquedos indígenas 1 Converse com os colegas e o professor: Alguns desses


Desde muito cedo a criança in- costumes indígenas fazem parte do modo de vida de
dígena aprende brincando a fazer pessoas que você conhece? Em caso afirmativo, dê exemplos.
suas tarefas. Por isso, os brinquedos
e as brincadeiras assumem gran- Resposta pessoal.
de importância na educação dos
jovens, pois estão estreitamente li-
gados às atividades que exercerão
quando adultos. […]
Para ex
plorar
A criança indígena brinca em di-
ferentes locais: nos terreiros, onde o Território do Brincar | Série Minidocs | Corrida de tora – Aldeia Nasêpotiti, PA
arco e a flecha são seus companhei- Disponível em: https://territoriodobrincar.com.br/videos/territorio-do-brincar-serie-minidocs-
ros, exercitando, assim, a sua pon- corrida-de-tora-aldeia-nasepotiti-pa/. Acesso em: 15 mar. 2021.
taria, o que lhe dará, mais tarde, As brincadeiras também fazem parte dos costumes indígenas. Nesse vídeo, conheça uma
grande habilidade nas atividades brincadeira das crianças indígenas Panará no estado do Pará.
de caça e pesca; nos rios, as crianças
passam horas prazerosas brincan-
do na água, flechando e navegando 42 quarenta e dois
de um lado para outro, em peque-
nas canoas; nas roças, meninos e
meninas acompanham os pais em Roteiro de aula
AJ_CH3_PNLD23_C03_036a045_LA.indd 42 natureza. Procure estimular os estudan- 7/21/21 7:11 AM AJ_C

todas as atividades, transformando tes a conhecer e a respeitar os modos


y Se na escola houver um projetor de vídeo
APOIO DIDÁTICO

as frutas em “filhos” que embalam disponível, assista com os estudantes ao


de vida de populações tradicionais.
no colo ou na rede. As crianças gos- Identifique, em conversa com eles, se há
vídeo indicado no boxe Para explorar da
tam de imitar o trabalho dos adul- elementos do modo de vida indígena na
página 42. Incentive-os a respeitar os di- comunidade onde vivem.
tos na hora de fazer farinha, ralar ferentes modos de vida e a pensar sobre
mandioca e plantar. As incursões as brincadeiras das crianças da comuni-
y Atividade 2: Pergunte aos estudan-
tes se eles compreenderam o texto e
na mata fazem parte da diversão da dade indígena retratada. procure resolver possíveis dificuldades
criança indígena, que, na compa- y Atividade 1: Essa atividade permite de- quanto a isso.
nhia dos adultos, sai atrás de frutas senvolver as habilidades EF03GE02 e y Atividade 3: Estimule os estudantes
e passarinhos, assim como aprende EF03GE03. Promova a reflexão coletiva a compartilhar suas ideias e seus rela-
a imitar os sons produzidos pelos sobre as diferentes formas pelas quais tos, valorizando e respeitando todas as
animais. os grupos sociais se relacionam com a perspectivas.

Dobrando e traçando a palha,


grupos de crianças elaboram dife-

AJ_CH3_PNLD23_C03_036Aa045A_MP.indd 42 8/5/21 11:40


A ação humana Capítulo 3 43
sobre a paisagem
O modo de vida que explora
caiçara: população que descende de
os recursos naturais de forma não indígenas, portugueses e africanos e
excessiva é praticado também por vive em lugares do litoral do Paraná, rentes formas e assimilam conhe-
de São Paulo e do Rio de Janeiro.
várias famílias caiçaras. Leia o texto cimentos dessa arte milenar.
a seguir. O barro e a cera são materiais
indispensáveis na modelagem de
miniaturas, representando obje-
[...] Mesmo sem geladeira, a comida tos domésticos, animais e figuras
é quase sempre bem mais fresca do que humanas.

Ilustra Cartoon/ID/BR
na cidade. Quer ver? Final de semana Algumas brincadeiras coletivas
na praia, a gente sai cedinho pra pescar são realizadas quando são servidos
no mar ou na lagoa; volta e, enquanto alimentos, principalmente frutas,
uns limpam o peixe, outros colhem uns de diversos tipos: bananas, canas,
temperinhos e umas folhas de taioba laranjas, etc.
(planta do mato que parece uma couve Ossos de cabeça de animais são
gigante). Antes disso, a vó já preparou aproveitados nas brincadeiras,
o fogo e – tcharamm! – rapidinho a com os quais fazem uma espécie
comida tá pronta, sem passar pela de “carrinho”.
geladeira. Os brinquedos indígenas, de
Marie Ange Bordas. Manual da criança
modo geral, são miniaturas dos ob-
caiçara. São Paulo: Peirópolis, 2011. jetos usados pelos adultos; alguns
p. 24. são simplesmente usados na forma
natural e outros são feitos transfor-
mando os materiais disponíveis.
2 Qual alternativa descreve melhor o modo de vida da família
caiçara, segundo o texto? Silva, Maria das Graças Santana da.
Brinquedos indígenas na Amazônia.
Museu Paraense Emílio Goeldi.
A família compra todos os produtos de que necessita em Disponível em: http://cefort.ufam.edu.
supermercados. br/tainacan/wp-content/uploads/
tainacan-items/795/3830/Brinquedos_
ind%C3%ADgenas_da_Amaz%C3%B4nia.
X Há ocasiões em que a família extrai da natureza apenas os pdf. Acesso em: 31 jul. 2021.
recursos de que necessita.

A família extrai grande quantidade de alimentos da natureza Saber Autoconsciência


Ser
e, por falta de geladeira, boa parte estraga. y Atividade 3: O objetivo da
atividade é levar os estudantes
3 Seu modo de vida se assemelha mais ao da família a refletir sobre o próprio modo
do texto ou ao de uma pessoa consumista? Por quê? Saber de vida e, assim, desenvolver a
Ser consciência quanto às conse-
Converse com a turma. Respostas pessoais. quências de escolhas pessoais
para si mesmos, para a socie-
4 O texto acima foi elaborado com a ajuda das crianças dade e para a natureza.
caiçaras de Barra do Ribeira, em Iguape, São Paulo.
Como nessa comunidade quase não se compram brinquedos, de
que modo você acha que as crianças se divertem?
Resposta pessoal.
quarenta e três 43

11 AM
y Atividade 4: Aproveite a atividade para
AJ_CH3_PNLD23_C03_036a045_LA.indd 43 7/20/21 7:22 AM

explicar aos estudantes que as crianças


APOIO DIDÁTICO

podem ter diferentes formas de diver-


são, conforme o grupo social em que
estão inseridas. Essa é uma maneira de
levá-los a reconhecer e a valorizar dife-
rentes modos de vida, trabalhando a ha-
bilidade EF03GE01. Se julgar pertinente,
leia para eles o texto “Os brinquedos in-
dígenas”, na página anterior e nesta do
manual, que aborda os brinquedos de
crianças indígenas da Amazônia.

AJ_CH3_PNLD23_C03_036Aa045A_MP.indd 43 8/5/21 11:40


44 Capítulo 3 A ação humana
sobre a paisagem
re
Aprender sem1. p
Espera-se que os estudantes mencionem: construção
HABILIDADES AVALIADAS NA
de ponte, de prédios e de casas; mudança nas margens do rio, que foi canalizado;
SEÇÃO APRENDER SEMPRE
derrubada de árvores; asfaltamento de ruas; e circulação de veículos.
» (EF03GE04) Explicar como os 1 Compare as paisagens de um mesmo lugar imaginário em
processos naturais e históricos dois momentos. Converse sobre as transformações ocorridas.
atuam na produção e na mudan-
ça das paisagens naturais e an-

Ilustra Cartoon/IID/BR

Ilustra Cartoon/ID/BR
trópicas nos seus lugares de vi-
Antes Depois
vência, comparando-os a outros
lugares.
» (EF03GE08) Relacionar a pro-
dução de lixo doméstico ou da
escola aos problemas causados
pelo consumo excessivo e cons-
truir propostas para o consumo
consciente, considerando a am-
pliação de hábitos de redução,
reúso e reciclagem/descarte de
materiais consumidos em casa,
na escola e/ou no entorno.
2 Leia o texto e observe a imagem. Depois, faça o que se pede.
» (EF03HI01) Identificar os grupos
populacionais que formam a cida-
de, o município e a região, as rela- Sopapo ou taipa de mão, como se ouve dizer por aqui, é um sistema
ções estabelecidas entre eles e os
milenar de construção de muros e de paredes à base de argila e água. A
eventos que marcam a formação
da cidade, como fenômenos mi- mistura é feita pisoteando. O barro ganha forma de bolo e é atirado com as
gratórios (vida rural/vida urbana), mãos, a sopapos, sobre um trançado de bambu que serve de esqueleto. [...]
desmatamentos, estabelecimento Utilizada no norte da África desde tempos imemoriais, essa técnica revela-se
de grandes empresas etc.
bastante resistente em climas quentes e secos. Tornou-se uma das mais
» (EF03HI02) Selecionar, por meio fortes expressões de nossa arquitetura [...].
da consulta de fontes de diferen-
tes naturezas, e registrar aconte- Carolina Cunha. ABC afro-brasileiro. São Paulo: SM, 2009. p. 36.
cimentos ocorridos ao longo do

Carolina Cunha/Edições SM
tempo na cidade ou região em
que vive.
» (EF03HI03) Identificar e compa-
rar pontos de vista em relação a
eventos significativos do local em
que vive, aspectos relacionados a
condições sociais e à presença de
diferentes grupos sociais e cultu-
rais, com especial destaque para
as culturas africanas, indígenas e
de migrantes
» (EF03HI04) Identificar os pa-
trimônios históricos e culturais Ilustração representando o emprego da técnica da taipa de mão em
de sua cidade ou região e dis- uma construção.
cutir as razões culturais, sociais
e políticas para que assim se-
jam considerados.
44 quarenta e quatro
» (EF03HI05) Identificar os marcos
históricos do lugar em que vive e
compreender seus significados.
Roteiro de aula
AJ_CH3_PNLD23_C03_036a045_LA.indd 44
y Atividade 3: O objetivo dessa atividade é 7/20/21 7:22 AM AJ_C

» (EF03HI08) Identificar modos


y Atividade 1: Nessa atividade, os estudan- levar os estudantes a refletir sobre o de-
APOIO DIDÁTICO

de vida na cidade e no campo no sejo de consumir determinadas merca-


tes deverão comparar as ilustrações que
presente, comparando-os com os dorias. Na conversa proposta, é preciso
mostram o mesmo lugar imaginário em
do passado. considerar a realidade dos estudantes,
momentos diferentes e perceber as trans-
abordando a importância do brincar e a
formações que ocorreram nesse espaço.
importância de as crianças terem acesso
COMPONENTES ESSENCIAIS y Atividade 2: Essa atividade permite a brinquedos. Depois, faça um contrapon-
PARA A ALFABETIZAÇÃO aos estudantes conhecer a técnica de to com o fato de as crianças perderem
construção de moradias chamada so- rapidamente o interesse por determina-
» Compreensão de texto. papo ou taipa de mão, assim como os dos brinquedos quando adquirem outros.
» Produção de escrita. materiais nela utilizados. Além disso, Nesse contexto, trabalhe a importância
incentiva a identificação de aspectos de cada um avaliar, com cuidado, se um
culturais dos povos africanos em seus brinquedo que deseja comprar será bem
locais de vivência. aproveitado.

AJ_CH3_PNLD23_C03_036Aa045A_MP.indd 44 8/5/21 11:40


A ação humana Capítulo 3 45
sobre a paisagem
a. Qual é a origem das construções de taipa de mão?
Esse sistema de construção é originário da África.
Saber
Ser
Autoconsciência
b. Que materiais utilizados nas construções de taipa de mão são y Atividade 3: Incentive os es-
extraídos da natureza? tudantes a adotar uma postura
de reflexão sobre a real neces-
Argila e água (barro) e bambu. Pode-se mencionar também sapé (ou palha), que sidade de adquirir alguns obje-
tos, promovendo a autonomia
em relação ao consumo.
aparece na ilustração.

Atividade complementar
c. Observe a imagem e descreva o que está representado nela. y Para ampliar a discussão sobre os
cuidados com o meio ambiente,
Podemos ver a construção de uma parede de taipa. Há pessoas carregando baldes apresente aos estudantes algu-
mas práticas de instituições que
atuam na preservação ambien-
de água, fazendo bolas de barro, jogando essas bolas de barro na parede que está sendo
tal e/ou na melhoria da qualida-
de de vida da população. Caso
construída e assentando o barro na estrutura. Há também casas de taipa já construídas. haja em seu município alguma
dessas instituições, como ONGs
d. Como são feitas as moradias no lugar onde você vive? (organizações não governamen-
A comunidade participa da construção das casas? Explique. tais), verifique a possibilidade de
Respostas pessoais. algum membro ir à escola para
e. Você conhece alguma outra expressão cultural, como conversar com a turma. Pesquise
com antecedência o trabalho de-
dança, festa, culinária ou costume de origem africana
senvolvido pela instituição e crie,
presente no lugar onde você vive? com os estudantes, um pequeno
roteiro de perguntas a serem fei-
3 Leia o texto e faça o que se pede. Saber tas por eles no dia da visita. Essa
Ser atividade permite desenvolver
o conteúdo de forma interdisci-
[...] Vocês já pararam para pensar de onde vem nossa vontade de plinar com os componentes cur-
comprar alguma coisa? Será que tudo o que é anunciado na tevê nos riculares Língua Portuguesa e
Ciências.
interessa de verdade ou é um desejo passageiro? E, por último, será que
precisamos de todas essas coisas e podemos comprar tudo que queremos?
[...]
Ministério do Meio Ambiente. Consumismo infantil: na contramão da
sustentabilidade. Disponível em: https://www.akatu.org.br/wp-content/uploads/
file/Publicacoes/12_10_31_Consumismo_infantil_contramao_sustentabilidade_
Alana_MMA.pdf. Acesso em: 24 fev. 2021.

• Pense em uma coisa que você gostaria muito de comprar.


Quando e por que apareceu essa vontade? Você tem mesmo
necessidade desse produto? Converse com os colegas
sobre o que eles desejam e por quê. Registre as conclusões
no caderno. Respostas pessoais.
2.e. Resposta pessoal. Os estudantes podem mencionar, por exemplo, terreiros de umbanda ou de
candomblé, escolas de capoeira, apresentações de danças de origem africana (como o samba de
roda), azeite de dendê, etc. quarenta e cinco 45

22 AM AJ_CH3_PNLD23_C03_036a045_LA.indd 45 7/20/21 7:22 AM


APOIO DIDÁTICO

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45A Conclusão do capítulo 3

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 3
Sugestões para a avaliação formativa
1. Neste capítulo, os estudantes foram levados a refletir sobre os impactos da ação humana na natureza e da trans-
formação das paisagens. Ao introduzir o conceito de recursos naturais e apresentar alternativas para minimizar
os aspectos negativos do uso desses recursos, incentive-os a pesquisar sobre reciclagem e consumo consciente,
de modo a compreender a responsabilidade de cada um em questões como a produção de resíduos sólidos e o
impacto ambiental.
2. A seção Aprender sempre do Livro do Estudante recupera e aprofunda os conteúdos trabalhados ao longo do
capítulo, possibilitando observar se houve consolidação dos conhecimentos por parte dos estudantes e verificar
eventuais defasagens. Essa análise facilita a elaboração de estratégias de remediação, de acordo com as carac-
terísticas de cada estudante e de cada turma. A seguir são disponibilizadas algumas sugestões para a realização
desse trabalho.
3. A atividade 1 é voltada para a leitura e a interpretação de imagens referentes às mudanças ocorridas na paisagem
de determinado lugar em decorrência da ação do ser humano, desenvolvendo, assim, as habilidades EF03GE04
e EF03HI08.
4. A atividade 2 também trabalha leitura e interpretação, mas com foco no gênero textual, por meio de um texto
que apresenta uma técnica utilizada na construção de residências na África. Aborde com os estudantes as técni-
cas de construção que podemos perceber nas edificações que nos cercam atualmente. O item d dessa atividade
permite o desenvolvimento das habilidades EF03HI01, EF03HI02, EF03HI03, EF03HI04 e EF03HI05.
5. O objetivo da atividade 3 é trabalhar questões referentes ao consumo, conceito-chave para descrever a socieda-
de em que vivemos. Promova entre os estudantes um debate a esse respeito. Com base em diferentes pontos de
vista, é possível perceber que as necessidades da atualidade frequentemente consistem em consumir algo, seja
um objeto, uma viagem ou um alimento, por exemplo. Exercitar a reflexão é essencial nesse momento. Assim,
incentive os questionamentos e promova o entendimento mútuo, o que contribui para o desenvolvimento da
habilidade EF03GE08.

Atividades de remediação
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no desenvolvimento das habilidades EF03GE04, EF03HI01 e
EF03HI02, peça aos estudantes que pesquisem imagens antigas do lugar onde vivem e as comparem com
imagens atuais. Para isso, eles devem escrever um pequeno texto que contenha os pontos de semelhança e de
diferença entre essas imagens.
• Atividade 2: No que diz respeito ao consumo e para incentivar o desenvolvimento da habilidade EF03GE08,
oriente os estudantes a criar uma colagem com alimentos que eles consomem diariamente, indicando a quanti-
dade de lixo (embalagens, sobras, etc.) que esses alimentos geram. Se os exemplos da turma forem muito pare-
cidos, pode-se organizar uma exposição na escola com essas colagens para conscientizar o resto da comunidade
escolar a esse respeito.

AJ_CH3_PNLD23_C03_036Aa045A_MP.indd 45 8/5/21 11:40


O surgimento das vilas e das capitais Capítulo 4 46A

O SURGIMENTO DAS VILAS


CAPÍTULO 4
E DAS CAPITAIS
Objetivos pedagógicos
1. Historicizar o processo de construção das primeiras vilas e 5. Compreender a presença de diferentes sujeitos históricos
das capitais brasileiras. neste espaço, ampliando os já conhecidos com a discus-
2. Identificar as características da formação das primeiras são sobre a mão de obra escravizada e os tropeiros.
vilas na colônia. 6. Contextualizar as transformações ocorridas nas capitais
3. Contextualizar patrimônios culturais e os espaços de memória. brasileiras ao longo dos anos.
4. Analisar e interpretar características da formação da co-
lônia e estabelecer comparações com os espaços atuais.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


O capítulo apresenta a formação das primeiras vilas em com espaços de memória e patrimônios culturais, por sua vez,
território brasileiro pelos portugueses, que nesse período são possibilita a compreensão de permanências e transformações
reconhecidos como os donos da terra. Nesse contexto, são características do movimento histórico e estimula a discussão
apresentados também os sujeitos históricos que protagoni- sobre a necessidade de preservação histórica.
zaram o processo – os portugueses, os jesuítas e os povos
Aborda-se também o processo de estabelecimento das
nativos – e as construções das vilas, hoje reconhecidas como
capitais brasileiras, inclusive de Brasília, que, apesar de ter
patrimônio cultural da humanidade.
sido construída no período republicano, integra a lista de ca-
O processo de formação das primeiras vilas é um momen- pitais do país. São apresentadas as funções das capitais, bem
to importante para a compreensão de como a identidade bra- como as modificações que elas sofreram com o tempo em
sileira foi construída. Ao dividir o processo de formação dessa relação a essas funções e à composição da sociedade, com
amplitude de protagonistas – apresentados em sua diversida- destaque para a via do trabalho. Cabe ressaltar o papel da
de, e não de forma hierárquica – em temas, estimula-se a com- Igreja apontado no conteúdo, importante para compreender
preensão da multiplicidade do processo colonial. O trabalho a formação colonial do país.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 2, 3, 7, 8 e 9

Competências específicas de Ciências Humanas para o


2, 3, 4, 5 e 6
Ensino Fundamental

Competência específica de Geografia para o Ensino


2
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


1, 2, 3, 5 e 6
Fundamental

Habilidade de Geografia EF03GE04

EF03HI01, EF03HI02, EF03HI04, EF03HI05,


Habilidades de História
EF03HI06 e EF03HI09

AJ_CH3_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 46 8/5/21 12:42


46 Capítulo 4 O surgimento das
vilas e das capitais

lucianospagnolribeiro/Shutterstock.com/ID/BR
HABILIDADE DESENVOLVIDA
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF03HI01) Identificar os gru-
pos populacionais que formam
a cidade, o município e a região,
as relações estabelecidas entre
eles e os eventos que marcam a
formação da cidade, como fenô-
menos migratórios (vida rural/
vida urbana), desmatamentos,
estabelecimento de grandes
empresas etc.

46

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 46 Estatística (IBGE), disponível em: http:// 7/20/21 7:37 AM AJ_C

atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/
y Antes de ler o texto da abertura do ca-
APOIO DIDÁTICO

pítulo, solicite aos estudantes que ob- mapas _ mundo/mundo _ planisferio _


servem a foto reproduzida na página. politico_a3.pdf; acesso em: 29 jul. 2021.
Pergunte a eles quais elementos essa Vale destacar que o planisfério disponí-
imagem retrata. Esses elementos con- vel nesse endereço é atualizado, isto é,
tribuem para enriquecer o diálogo pro- mostra os limites dos territórios confor-
posto nesse momento. me o mapeamento vigente.
y Atividade 1: Questione os estudantes
Roteiro de aula so bre as características observadas
y Após a leitura do texto introdutório, é nas construções que os fizeram classi-
interessante mostrar aos estudantes um ficá-las como antigas ou recentes.
planisfério político, localizando Portugal y Atividade 2: Se julgar pertinente, promo-
e Brasil, para que eles tenham uma refe- va uma comparação entre os materiais
rência espacial dos dois países. É pos- disponíveis para construção no período
sível acessar um planisfério político no em que as primeiras vilas do Brasil foram
site do Instituto Brasileiro de Geografia e construídas e os materiais disponíveis

AJ_CH3_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 46 8/5/21 12:42


1. Espera-se que os estudantes respondam que as edificações
são antigas. Respostas pessoais. O surgimento das Capítulo 4 47
2. Resposta pessoal. É esperado que os estudantes mencionem a vilas e das capitais
madeira pela abundância na região.

UL
APÍT O
O surgimento Saber
Ser
Consciência social

44
das vilas e
y Atividade 3: Essa atividade
C propõe aos estudantes o olhar
sobre o outro e as suas carac-

das capitais terísticas no que diz respeito ao


modo de vida.

Cerca de quinhentos anos


atrás, a paisagem do território
que conhecemos hoje como Brasil
era muito diferente. Não havia
cidades ou vilas, mas centenas de
comunidades indígenas.
Depois que os portugueses
chegaram nessas terras e
decidiram ocupá-las, construíram
as primeiras vilas e cidades.

Para começo de conversa


1 As casas da foto são
recentes ou antigas?
Você já esteve em um local
parecido com esse? Se sim, o
que achou?
2 Quais materiais você
acha que os portugueses
escolheram para construir as
primeiras vilas?
Saber
Ser
3 A organização das
primeiras vilas e
cidades estava relacionada ao
modo de vida dos indígenas
ou dos portugueses? Qual é
sua opinião sobre isso?

Pelourinho, no centro histórico de Salvador,


Bahia. Foto de 2020.
3. Essa organização refletia o modo de vida dos
portugueses. Resposta pessoal.
quarenta e sete 47

37 AM atualmente, evidenciando que esses ma-


AJ_CH3_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 47 7/20/21 7:37 AM

teriais influenciam a forma como as cons-


APOIO DIDÁTICO

truções são feitas.


y Atividade 3: Ao identificar que a orga-
nização das primeiras vilas e cidades
refletia o modo de vida português, pro-
ponha uma reflexão a respeito das carac-
terísticas dessa organização e de como
ainda podemos perceber resquícios dela
nos dias de hoje.

AJ_CH3_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 47 8/5/21 12:42


48 Capítulo 4 O surgimento das
vilas e das capitais
A origem das vilas no Brasil
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Em 1500, navegadores portugueses, comandados por
NO TEMA “A ORIGEM DAS
VILAS NO BRASIL” Pedro Álvares Cabral, chegaram em caravelas às terras que,
» (EF03GE04) Explicar como os
posteriormente, chamaram de Brasil.
processos naturais e históricos No começo, os portugueses estabeleceram contato com os
atuam na produção e na mudança
das paisagens naturais e antrópi- indígenas e começaram a exploração do pau-brasil. Trinta anos
cas nos seus lugares de vivência, depois, deram início à dominação e à exploração das terras
comparando-os a outros lugares.
no Brasil, com a fundação das primeiras vilas. Esse processo é
» (EF03HI01) Identificar os grupos
chamado de colonização.
populacionais que formam a cida-
de, o município e a região, as rela- Uma das primeiras vilas do Brasil foi a vila de São Vicente,
ções estabelecidas entre eles e os
eventos que marcam a formação localizada no litoral do atual estado de São Paulo. Essa vila foi
da cidade, como fenômenos mi- fundada em 1532 por uma expedição liderada por Martim Afonso
gratórios (vida rural/vida urbana),
desmatamentos, estabelecimento
de Sousa. Nela, foi instalado o primeiro engenho de açúcar,
de grandes empresas etc. onde se cultivava a cana e se produzia açúcar para ser vendido
» (EF03HI02) Selecionar, por meio na Europa.
da consulta de fontes de diferen-
tes naturezas, e registrar aconte-
cimentos ocorridos ao longo do Símbolos portugueses
tempo na cidade ou região em A fundação de vilas era uma forma de garantir que os territórios
que vive.
ocupados pelos portugueses ficassem sob o poder de Portugal.
» (EF03HI05) Identificar os marcos Por isso, as vilas apresentavam os
históricos do lugar em que vive e

Lucas de Godoy/Fotoarena
compreender seus significados. seguintes símbolos da autoridade casa da
Câmara
» (EF03HI09) Mapear os espaços portuguesa:
públicos no lugar em que vive
(ruas, praças, escolas, hospitais, • a casa da Câmara – que era a
prédios da Prefeitura e da Câmara sede da administração;
de Vereadores etc.) e identificar
suas funções. • a cadeia – que ficava no
mesmo prédio da Câmara;
Para casa • o pelourinho – coluna de pelourinho
cadeia
pedra ou de madeira que
y Atividade 1: A busca de infor-
mações pode ser feita em sala servia para afixar leis Casa da Câmara, pelourinho e cadeia de
de aula, desde que a atividade e aplicar castigos nas Mariana, Minas Gerais, construídos
seja organizada com antecedên- em 1782. Atualmente, o prédio funciona
pessoas consideradas como sede da prefeitura de Mariana.
cia. Nesse caso, selecione pre-
viamente alguns materiais que criminosas. Foto de 2014.
possam ser consultados em aula
e peça aos estudantes que tra- 1 Há Câmara, pelourinho ou cadeia no município onde vocês
gam contribuições. moram? Pesquisem em revistas e jornais, impressos ou
digitais, para descobrir e anotem os resultados no caderno.
Resposta pessoal.
48 quarenta e oito

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 48 Roteiro de aula 7/20/21 7:37 AM AJ_C

y Retome y Leia com os estudantes o texto sobre a


APOIO DIDÁTICO

a noção de que toda cidade


tem uma história que pode começar origem das vilas no Brasil, procurando
com uma construção. Questione os es- identificar os grupos populacionais que
tudantes: “Qual seria o marco inicial da as formavam, as relações estabelecidas
entre eles e os eventos que marcaram
cidade de São Vicente?”. Incentive-os a
a formação das vilas, como fenômenos
identificar os marcos de memória do lu-
migratórios e exploração de riquezas
gar onde está situada a escola, promo- naturais, entre outros.
vendo, se possível, uma reflexão sobre
os aspectos culturais, sociais e políticos
y Atividade 1: Oriente a organização da
turma em pequenos grupos para a rea-
relacionados a esse marco. Essa estraté- lização da atividade sobre os símbolos
gia permite a eles identificar os marcos portugueses no município onde moram.
históricos do lugar onde vivem e com- O objetivo é que os estudantes reconhe-
preender os significados desses marcos. çam as estruturas originais de antigas

AJ_CH3_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 48 8/5/21 12:42


O surgimento das Capítulo 4 49
vilas e das capitais
A vila de São Paulo de Piratininga
Brasil: São Vicente
Saindo de São Vicente, um grupo de Atividade complementar
e São Paulo — 2016
jesuítas, entre eles José de Anchieta, subiu a y Para ampliar as discussões so-

Allmaps/ID/BR
50ºO OCEANO
serra do Mar. Esse grupo ocupou terras mais Equador
ATLÂNTICO

bre os cuidados com o meio am-
altas e distantes do litoral. biente, apresente aos estudantes
algumas práticas de instituições
Em 25 de janeiro de 1554, foi fundado BRASIL
que atuam na preservação am-
um colégio, que deu origem ao povoado de biental e/ou na melhoria da quali-
dade de vida da população. Caso
São Paulo de Piratininga. Legenda São Paulo haja em seu município algumas
Capital
Em 1560, o povoado tornou-se vila e foi estadual
Divisão
São Vicente dessas instituições, como ONGs
política atual
(organizações não governamen-
crescendo aos poucos. Cerca de quarenta Limites
atuais do país
0 900 km
tais), verifique a possibilidade de
anos mais tarde, já havia mais de 120 casas, Fonte de pesquisa: Atlas algum membro ir até a escola
o colégio dos jesuítas, o mosteiro de São geográfico escolar. Rio de para conversar com os estudan-
Janeiro: IBGE, 2016. tes. Pesquise com antecedência
Bento e a igreja de São Francisco. p. 90 e 174. o trabalho desenvolvido pela
instituição e crie, com os estu-
Museu Paulista da Universidade de São Paulo, São Paulo. Fotografia: ID/BR

dantes, um pequeno roteiro de


Jesuíta: padre da
Companhia de
perguntas para serem feitas por
Jesus, uma parte eles no dia da visita. Essa ativida-
da Igreja católica. de também é uma oportunidade
de desenvolver o conteúdo, de
forma interdisciplinar, com os
compoentes curriculares Língua
Portuguesa e Ciências. Com an-
tecedência, oriente os estudan-
tes a buscar informações sobre
os municípios de São Vicente e
Oscar Pereira da Silva.
de São Paulo, com base nas se-
Fundação de São Paulo, guintes questões: “Quantos ha-
1554, pintura feita em 1909. bitantes existem atualmente nes-
Óleo sobre tela. ses municípios?”; “Quais são as
principais atividades econômicas
desenvolvidas neles?”; “Quais são
2 Como os indígenas foram retratados na imagem? E os jesuítas?
suas principais características?”.
Complete o quadro a seguir com essas informações. Peça a eles que selecionem ima-
gens atuais de ambos os muni-
Indígenas Jesuítas cípios e apresentem em sala de
aula as informações e as imagens
coletadas na pesquisa. Com base
Eles estão usando poucas roupas e alguns Aparecem em pé, usando roupas típicas e nessa atividade, é possível traçar
pontos comparativos entre os
municípios pesquisados, identifi-
têm adornos na cabeça e lanças. trazem cruzes. Aparentemente estão em cando mudanças neles ocorridas
ao longo do tempo, os grupos
A maioria está sentada. menor número. populacionais que neles vivem,
as relações estabelecidas entre
esses grupos e os eventos que
marcam a formação dos muni-
cípios.Proponha aos estudantes
que, com base nas imagens e nos
quarenta e nove 49 dados coletados e nos estudos
que fizeram sobre a formação de
São Vicente e de São Paulo, pro-
duzam, em grupo, dois desenhos
37 AM AJ_CH3_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 49 vilas brasileiras. Proponha que realizem 7/20/21 7:38 AM
que retratem esses municípios
uma pesquisa sobre o tema em publi-
APOIO DIDÁTICO

atualmente. Promova uma expo-


cações impressas ou digitais, no site da
sição das produções na sala de
prefeitura do município, em entrevistas
aula, para que os grupos compa-
com familiares, etc.
rem os trabalhos. Organize uma
y Atividade 2: Procure destacar com os es- roda de conversa para discutir a
tudantes as diferenças entre indígenas e seguinte questão: “Como os por-
portugueses e o choque que esse encon- tugueses conseguiram ocupar
tro pode ter causado nos dois grupos. Le- as terras onde os indígenas já
ve-os a refletir sobre como a compreen- viviam?”. Oriente a conversa a
são do outro favorece uma convivência fim de que os estudantes levan-
melhor e promove o respeito. tem hipóteses e as confrontem
depois. Essa atividade promove
uma reflexão sobre a ocupação
das terras onde os povos indíge-
nas viviam.

AJ_CH3_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 49 8/5/21 12:42


50 Capítulo 4 O surgimento das
vilas e das capitais
A colonização no Nordeste
HABILIDADE DESENVOLVIDA Em diversas áreas do Nordeste do Brasil, foram construídas
NO TEMA “A COLONIZAÇÃO
NO NORDESTE” vilas ligadas à produção de açúcar. É o caso de Olinda, no atual
estado de Pernambuco.
» (EF03HI01) Identificar os grupos
populacionais que formam a cida-
de, o município e a região, as rela- A vila de Olinda
ções estabelecidas entre eles e os
eventos que marcam a formação Em 1535, foi fundado o povoado de Olinda.
da cidade, como fenômenos mi- O cultivo de cana e a produção de açúcar nos engenhos foram
gratórios (vida rural/vida urbana),
desmatamentos, estabelecimento as principais atividades desenvolvidas. Quase todo o trabalho nos
de grandes empresas etc. engenhos era feito por africanos escravizados.
A localização do povoado ajudou bastante na realização dessas
atividades, já que a área tinha solo fértil e fácil acesso à água.
Além disso, havia um porto natural perto de Olinda, o que
facilitava o envio do açúcar para a Europa, feito por navios.
Logo, o povoado passou a prosperar e, em 1537, Olinda tornou-
-se vila.

Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. Fotografia: ID/BR


Brasil: Olinda — 2016

Allmaps/ID/BR
50ºO OCEANO
ATLÂNTICO
Equador 0º

Olinda

BRASIL

Legenda
Divisão
política atual
Limites 0 890 km
atuais do país

Fonte de pesquisa: Atlas


Frans Post. Vista de Olinda, 1650. Óleo sobre tela. geográfico escolar. Rio de
Janeiro: IBGE, 2016. p. 90 e 167.
Ao fundo, vê-se a vila de Olinda.

1 Indique o quadrinho que apresenta as primeiras atividades


econômicas realizadas em Olinda.
X Cultivo da cana e produção de açúcar.

Plantação de café e criação de gado.

2 Observe a imagem anterior e responda: Como as construções


de Olinda foram representadas?
Há poucas construções representadas e elas estão distribuídas pelo território.
50 cinquenta

Orientação didática em um mapa político do Brasil apresen-


AJ_CH3_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 50 os estudantes poderão identificar, mais 7/20/21 7:38 AM AJ_C

tado nessa página do Livro do Estudan- uma vez, os grupos populacionais que
y O pintor holandês Frans Post nasceu em
APOIO DIDÁTICO

te, lembrando aos estudantes que, na formavam as primeiras vilas e as rela-


1612. Como paisagista, acompanhou a
época da colonização, o país não apre- ções estabelecidas entre eles.
comitiva do conde Maurício de Nassau,
entre 1637 e 1644, em viagens e campa- sentava a divisão política atual. y Atividade 1: Retome com os estudantes
nhas militares pelo Brasil, a fim de docu- y Comente que, no litoral do Nordeste, a importância do cultivo da cana-de-
principalmente nos atuais estados de -açúcar para o processo de coloniza-
mentar a topografia e a arquitetura civil
Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Alagoas ção portuguesa na América.
e militar do país, bem como registrar ce-
nas de batalhas. Também escreveu suas e Bahia, foram encontradas condições y Atividade 2: Caso considere oportuno,
impressões sobre a população e o coti- muito favoráveis ao cultivo da cana-de- traga para a sala de aula algumas ima-
-açúcar: solo massapé (de cor escura gens atuais de Olinda e discuta as mu-
diano da América portuguesa. Em 1644,
e fértil), clima quente e abundância de danças ocorridas nesse local ao longo
desligou-se de Nassau e voltou para a
água. do tempo.
Holanda, onde faleceu em 1680.

Roteiro de aula
y É importante ressaltar que, desde o
início da colonização, a principal mão
y Antes de iniciar o estudo desse tema, de obra utilizada nos engenhos foi a de
localize os estados da Região Nordeste africanos escravizados. Desse modo,

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O surgimento das Capítulo 4 51
vilas e das capitais
Olinda hoje
Em 1676, Olinda passou à condição de Patrimônio Cultural
HABILIDADES DESENVOLVIDAS
da Humanidade:
cidade. também chamado de NA SEÇÃO REGISTROS
Patrimônio Cultural
Igrejas e casarões, erguidos na época dos Mundial. É um conjunto » (EF03HI04) Identificar os patri-
engenhos de cana-de-açúcar, são importantes de monumentos mônios históricos e culturais de
e construções sua cidade ou região e discutir as
exemplos da arquitetura e do modo de considerado valioso razões culturais, sociais e políti-
vida daquele período. Em 1982, devido à por abrigar e preservar cas para que assim sejam consi-
sua riqueza histórica, Olinda foi declarada vestígios do passado derados.
das sociedades.
Patrimônio Cultural da Humanidade. » (EF03HI05) Identificar os marcos
históricos do lugar em que vive e
compreender seus significados.
Registros
Cidades históricas Atividade complementar
y Proponha aos estudantes que
retomem, na seção Registros, a

Stefano Ember/Shutterstock.com/ID/BR
A história das cidades atividade sobre as construções
pode ser contada por meio dos e os monumentos históricos
acontecimentos marcantes e existentes no lugar onde vivem,
das mudanças pelas quais cada buscando aprofundar os conhe-
cimentos sobre eles. Oriente-os
uma delas passa. a pesquisar informações como
As cidades transformam- os usos de cada um desses es-
-se e muitas delas deixam paços, suas respectivas datas de
construção e horários de visita-
de preservar as construções ção, entre outras. É importante
Vista do centro histórico de Olinda,
mais antigas. Em outras, Pernambuco, com a igreja da Sé em que os estudantes reflitam sobre
como Alcântara, no Maranhão, destaque. Foto de 2019. a importância dos patrimônios
esses marcos do passado históricos e culturais locais e dis-
cutam as razões culturais, sociais
são preservados. São as chafariz: construção com bica ou torneira, e políticas para que sejam assim
cidades históricas. Nessas onde a população ia buscar água. considerados, a fim de que com-
cidades, encontramos fontes, preendam seu significado.
chafarizes, casarões, igrejas e até mesmo o calçamento de pedras das
ruas utilizado no passado. Para complementar

1 Você já reparou se no município onde mora há construções Minas Gerais. Tour virtual. Ouro
e monumentos considerados históricos? Dê exemplos e conte Preto. Disponível em: http://
o que sabe sobre eles. v i s i t a s . m i n a s g e ra i s .co m . b r/
Resposta pessoal. ouropreto/index.htm. Acesso em:
14 jul. 2021.
Nesse site, é possível fazer
Para e uma visita virtual com imagens
xplorar aéreas em 360° da cidade his-
tórica de Ouro Preto. Caso seja
Meu, seu, de todos: patrimônio cultural, de Renata Consegliere. Curitiba: Positivo. possível, realize essa visita com
Nesse livro, você vai aprender um pouco sobre patrimônio cultural e descobrir que as os estudantes.
paisagens também são um tipo desse patrimônio.

cinquenta e um 51

38 AM Orientações didáticas
AJ_CH3_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 51 sões jesuíticas Guarani e as ruínas de São Roteiro
7/20/21 7:38 AM de aula
Miguel das Missões (RS); o centro histó-
y Aproveite a seção Registros para res- y Ao trabalhar a seção Registros, se pos-
APOIO DIDÁTICO
saltar aos estudantes a importância rico de Salvador (BA); o santuário do sível, traga para a sala de aula fotos de
das ações empreendidas pelo poder Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em outras cidades históricas, como Ma-
público e pela sociedade civil visando à Congonhas do Campo (MG); o plano pi- riana, São Luís, Pirenópolis e Salvador.
preservação dos patrimônios culturais loto de Brasília (DF); o Parque Nacional Observe com os estudantes as constru-
materiais e imateriais. da Serra da Capivara, em São Raimundo ções, o calçamento das ruas, os monu-
Nonato (PI); o centro histórico de São mentos e outros elementos dessas ci-
y Comente com eles que a Organização dades, identificando seus patrimônios
das Nações Unidas para a Educação, a Luís (MA); o centro histórico de Diaman-
históricos e culturais e discutindo as
Ciência e a Cultura (Unesco) é o órgão tina (MG); o centro histórico da cidade razões culturais, sociais e políticas para
responsável por reconhecer e salva- de Goiás (GO); a praça de São Francisco, que sejam assim considerados.
guardar o patrimônio cultural da huma- em São Cristóvão (SE); as paisagens ca-
riocas entre a montanha e o mar (RJ); o
y Atividade 1: Instigue os estudantes a
nidade. Atualmente, no Brasil, há 14 bens refletir sobre as construções e os mo-
culturais reconhecidos pela Unesco: a conjunto moderno da Pampulha (MG); e numentos históricos locais. Se possível,
cidade histórica de Ouro Preto (MG); o o sítio arqueológico cais do Valongo, no realize a atividade complementar suge-
centro histórico de Olinda (PE); as mis- centro da capital fluminense. rida nesta página do manual.

AJ_CH3_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 51 8/5/21 12:42


52 Capítulo 4 O surgimento das
vilas e das capitais
As vilas das Minas Gerais
HABILIDADES DESENVOLVIDAS As principais vilas da região das minas foram Vila Rica (atual
NO TEMA “AS VILAS DAS
MINAS GERAIS” Ouro Preto), Ribeirão do Carmo (atual Mariana), Vila Real (atual
Sabará), São José del-Rei (atual Tiradentes), Arraial do Tijuco (atual
» (EF03HI01) Identificar os grupos
populacionais que formam a cida- Diamantina) e Vila do Príncipe (atual Serro).
de, o município e a região, as rela- Em geral, nessas vilas o calçamento das ruas era feito de pedras,
ções estabelecidas entre eles e os
e havia casas, chafarizes e muitas igrejas. A maioria das igrejas era
eventos que marcam a formação
da cidade, como fenômenos mi- decorada com ouro, madeiras nobres e obras de artistas.
gratórios (vida rural/vida urbana), A fachada das casas mais modestas era composta de uma porta
desmatamentos, estabelecimento
de grandes empresas etc. frontal e de duas janelas, enquanto os sobrados destinavam-se a
» (EF03HI05) Identificar os marcos moradias de famílias ricas.
históricos do lugar em que vive e

Luis War/Shutterstock.com/ID/BR
compreender seus significados. madeira nobre:
madeira rara e cara,
por sua beleza e
COMPONENTE ESSENCIAL durabilidade.
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Compreensão de textos.
Atividade complementar
y Proponha aos estudantes que
façam uma pesquisa, em publi-
cações impressas ou digitais,
Fachada de casas construídas
sobre os tipos de madeira no-
no período colonial em Sabará,
bre. Com base nessa pesquisa,
Minas Gerais. Foto de 2020.
oriente-os a buscar os diferentes
objetos que são feitos com elas
e quais espécies são mais co- 1 O texto a seguir descreve as antigas moradias do atual
muns no estado ou no município município de Mariana. Compare essas informações com
onde os estudantes vivem. Essa os prédios da imagem anterior.
atividade de pesquisa favorece
a identificação de materiais dos
quais podem ser feitos objetos As casas desse Espera-se
períodoque
[...]os estudantespossuíam
geralmente percebam largas
que, nofachadas
início, as e
do cotidiano ou a descoberta de moradias das vilas mineradoras eram bem simples e tornaram-se
que os objetos confeccionados recebiam cobertura de telhas.
maiores e maisAs portas eram
complexas com de madeira,
o passar assim como as
do tempo.
de madeiras nobres fazem par- janelas [...].
te do passado da comunidade [...] Certas casas aproveitavam o espaço do teto para erguer um outro
onde os estudantes vivem.
piso, gerando um novo andar (sobrado). [...] Um outro tipo de habitação era
a casa térrea. Com piso de “chão batido”, distinguia-se do sobrado, com piso
assoalhado. [...]
MultiRio. As vilas e a cidade de Mariana. História do Brasil. Disponível em:
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/america-
portuguesa/85-atividade-mineradora/8788-as-vilas-e-a-cidade-de-mariana.
Acesso em: 17 mar. 2021.

52 cinquenta e dois

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 52 tes conseguem identificar os elementos 7/20/21 7:38 AM AJ_C

representados, de modo a incentivar a


y Antes de iniciar o estudo desse tema, lo-
APOIO DIDÁTICO

calize o estado de Minas Gerais em um competência analítica deles.


mapa do Brasil, relembrando aos estu- y Atividade 1: Oriente os estudantes a co-
dantes que, na época da colonização, o mentar com os colegas o que percebe-
país não apresentava a divisão política ram ao fazer a relação entre imagem e
atual. texto: se conseguiram identificar os de-
talhes das moradias descritas no texto e
Roteiro de aula imaginar como elas seriam.
y Faça a leitura compartilhada dos textos y Atividade 2: A observação da gravura
desse tema, solicitando à turma que ob- produzida pelo naturalista alemão Ma-
serve as imagens reproduzidas. ximiliano de Wied-Neuwied no século
y Oriente uma leitura coletiva das ima- XIX contribui para a identificação de
gens, verificando se todos os estudan- vestígios do passado. Comente com os

AJ_CH3_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 52 8/5/21 12:43


O surgimento das Capítulo 4 53
vilas e das capitais
A caminho das minas, outras vilas
Na região das minas, a maior parte dos moradores dedicava-
-se à exploração de ouro e de pedras preciosas. Poucas pessoas O Tropeirismo é associado com
a procriação e venda de muares
cultivavam alimentos e criavam animais para abastecer as vilas, pois
e gado, mas realmente começou
a atividade mineradora era mais lucrativa. com a descoberta de ouro em Mi-
Muitos produtos de que os nas Gerais. Ao término do século
moradores necessitavam eram XVII, com o crescimento de ouro
que minava perto de Ouro Preto,

Fonte: Revista Oceanos, Casa de


Portugal, São Paulo. Fotografia: ID/BR
trazidos por tropeiros – muitas pessoas foram para aque-
grupos de comerciantes la área e resolveram ficar. Com o
que conduziam gado aumento súbito da população uma
e tropas de mulas ou necessidade veio de mais comida,
como também de animais para
burros transportando transporte. Os habitantes de Minas
mercadorias, como Gerais tiveram que comprar tudo
ferro, trigo, sal, azeite, de outros locais, como o gado da
algodão, açúcar e Argentina e do Brasil Sulista. En-
quanto em alguns estados do Bra-
remédios.
sil desenvolvia-se as minerações
As tropas tinham de de ouro, indústria e plantações de
vinte a cinquenta mulas ou burros e Maximiliano de Wied-Neuwied. cana de açúcar, desenvolvendo-se
percorriam estradas de terra estreitas. Tropeiros da capitania de Minas respectivamente no centro e nor-
Gerais conduzindo deste, o Sul estava criando cavalos e
Muitos dos lugares onde os tropeiros carregamento, cerca de 1815. gado. Também havia uma provisão
descansavam deram origem a cidades. Gravura. grande de mulas que foram consi-
Sorocaba, no estado de São Paulo, e deradas excelentes para levar car-
Ponta Grossa, no Paraná, são alguns capitania: divisão das gas por estradas antigas perigosas.
terras coloniais que eram Porém, a região sulista era longe
exemplos. Surgiram cidades também em administradas por um donatário. das outras áreas do Brasil. Como es-
Minas Gerais e Goiás. tes rebanhos poderiam ser trazidos
aos compradores previdentes? Os
2 Observe a gravura e leia a legenda. Quais elementos da imagem tropeiros eram a solução!
indicam que se trata de tropeiros? Sorocaba. Lei Ordinária n. 1 1 171/2015
– texto anexo. Institui o “Dia do
A tropa de mulas e o carregamento em cima dos animais. Tropeiro” no município de Sorocaba
e dá outras providências. Sorocaba:
Câmara Municipal, 2015. Disponível em:
3 Responda às questões a seguir. http://www.camarasorocaba.sp.gov.br/
propositura_texto_anexo.html?id=5e3f0
a. Qual era a principal atividade comercial realizada pelos e0a05d7040f28b45455&print=1
moradores da região das minas? Acesso em: 3 ago. 2021.
A exploração de ouro e de pedras preciosas.
b. Por que os moradores das regiões mineradoras não
produziam aquilo de que necessitavam? Atividade complementar
Porque a atividade mineradora era mais lucrativa. y Para familiarizar os estudantes
c. Em sua opinião, as atividades dos tropeiros foram importantes com o tema das atividades de
extração mineral, principalmente
para os moradores das vilas mineiras? Por quê?
a exploração aurífera, você pode
Respostas pessoais. solicitar uma pesquisa para que
cinquenta e três 53 eles verifiquem como essa ati-
vidade econômica é realizada
atualmente. Peça que pesqui-
sem, em publicações impressas
38 AM estudantes que a análise dessas fontes
AJ_CH3_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 53 7/20/21 7:38 AM
ou digitais, imagens atuais de
faz parte do processo investigativo rea-
APOIO DIDÁTICO

jazidas auríferas, tabuleiros, gru-


lizado pelos pesquisadores da área de
piaras, pepitas de ouro e ouro de
Ciências Humanas.
aluvião. Oriente-os para que fa-
y Atividade 3: No item c, espera-se que çam desenhos que reproduzam
os estudantes concluam que sim, pois as imagens encontradas ou para
os tropeiros foram responsáveis por que tirem cópia delas e as utili-
fornecer roupas, alimentos, remédios, zem na confecção de cartazes.
ferramentas, entre outros produtos, à As imagens devem ser acompa-
população das áreas mineradoras. Além nhadas de legendas explicativas
disso, muitos dos lugares onde eles des- elaboradas por eles. Lembre-os
cansavam deram origem a cidades. de que precisam citar as fon-
tes de onde as informações e as
imagens foram retiradas.

AJ_CH3_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 53 8/5/21 12:43


54 Capítulo 4 O surgimento das
vilas e das capitais
As capitais do Brasil
HABILIDADES DESENVOLVIDAS A atual capital do Brasil é Brasília. Mas o país já teve outras
NO TEMA “AS CAPITAIS DO
BRASIL” capitais: Salvador e Rio de Janeiro.
» (EF03HI05) Identificar os mar-
Salvador: a primeira capital

Samuel Ericksen/Shutterstock.com/ID/BR
cos históricos do lugar em que
vive e compreender seus signi- Salvador foi a capital do
ficados.
Brasil de 1549 a 1763. Nesse
» (EF03HI09) Mapear os espaços
período, a cidade cresceu e
públicos no lugar em que vive
(ruas, praças, escolas, hospitais, passou por muitas mudanças:
prédios da Prefeitura e da Câma- o comércio aumentou e
ra de Vereadores etc.) e identifi-
car suas funções. surgiram diversos profissionais
(sapateiros, barbeiros, médicos, Vista de Salvador, Bahia, com elevador
farmacêuticos, entre outros). Lacerda em primeiro plano. Foto de
2021.

A vida na segunda capital


A transferência da capital para o Rio de
capital: cidade onde fica
Janeiro transformou a paisagem da cidade. a sede do governo do
Em 1808, o rei português, sua família e estado ou do país.
Corte: grupo de pessoas
os funcionários da Corte se transferiram de que acompanham o rei.
Portugal para o Rio de Janeiro. A partir daí,
as transformações se aceleraram.
Os antigos edifícios foram substituídos por construções
parecidas com as da Europa. Ruas foram alargadas e ganharam
calçadas. Formaram-se novos bairros, lojas foram instaladas e o
comércio cresceu.
Quase cem anos depois, outra reforma foi feita: construções
foram demolidas, avenidas foram alargadas, iluminação pública
e rede de esgoto

Instituto Cultural Sergio Fadel, Rio de Janeiro. Fotografia: ID/BR

Augusto Malta/Coleção George Ermakoff


foram instaladas. A B

A. Emil Bauch. Vista da rua


Direita, no Rio de Janeiro,
cerca de 1890. Óleo
sobre tela.
B. Vista da rua Primeiro de
Março (antiga rua Direita), no
município do Rio de Janeiro.
Foto de cerca de 1920.

54 cinquenta e quatro

Orientação didática Roteiro de aula


AJ_CH3_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 54
y Ao ler o texto, chame novamente a 7/20/21 7:38 AM

atenção dos estudantes para as mu-


y Se possível, traga para a sala de aula fo- y Realize com os estudantes a leitura de
APOIO DIDÁTICO

tos antigas e atuais do município onde cada imagem e da respectiva legenda. danças ocorridas no Rio de Janeiro ao
se localiza a escola. Peça aos estudan- Reforce que uma das imagens é uma longo do tempo e que podem ser ob-
tes que identifiquem as construções pintura e as demais imagens são fotos. servadas nas fotos. Eles devem perce-
atuais e as preservadas, de modo a Converse com os estudantes sobre o ber que as mudanças não ocorreram
identificar os elementos que represen- lugar representado em cada imagem, todas de uma só vez.
tam transformações e permanências. destacando as construções, as pes- y Antes de iniciar o estudo sobre a atual
O diálogo sobre as diferenças na paisa- soas e os meios de transporte. Chame capital do Brasil, verifique se os estu-
gem entre uma época e outra favorece a atenção deles para as mudanças veri- dantes têm conhecimento de que Bra-
a reflexão sobre os eventos que mar- ficadas no Rio de Janeiro desde que se sília não foi a primeira capital do país.
caram a formação do município, reto- tornou capital da colônia, identificando A seguir, registre na lousa o nome das
mando a história local e seus marcos de modos de vida na cidade no presente duas cidades que exerceram a função
memória. e comparando-os com os do passado. de capital do país antes de Brasília e os

AJ_CH3_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 54 8/5/21 12:43


O surgimento das Capítulo 4 55
vilas e das capitais
Brasília: a atual capital do Brasil
No fim da década de 1950, o governo brasileiro decidiu mudar a
capital para o centro do país. O objetivo da mudança era ocupar as
áreas do interior e promover a integração do território.
Os arquitetos Oscar Niemeyer e Lúcio Costa projetaram a nova
capital. As construções, as ruas e os bairros não foram criados
conforme as pessoas chegavam, mas de acordo com um plano.

Arquivo/Agência Brasil
integração: união de
áreas de difícil acesso por
meio de comunicação,
transporte, comércio,
entre outros serviços.

Operários trabalhando na
construção de Brasília.
Foto de 1960.

A cidade planejada levou 41 meses para ser construída. Cerca


de 30 mil trabalhadores, conhecidos como candangos, vindos de
muitos estados do Brasil, revezaram-se dia e noite nas obras.
A inauguração da nova capital ocorreu em 21 de abril de 1960.
Roberto Herrera Peres/Shutterstock.com/ID/BR

Congresso Nacional, em
Brasília, Distrito Federal.
Foto de 2019.

1 Explique, com suas palavras, o que é uma cidade planejada.


Resposta pessoal.
cinquenta e cinco 55

respectivos períodos. Comente que a


AJ_CH3_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 55 7/20/21 7:38 AM

condição de sede do governo federal, em


APOIO DIDÁTICO

geral, traz consequências, como aumento


do comércio local, surgimento de várias
profissões, novas construções, intensifi-
cação da economia, etc., influenciando a
vida da população dessas cidades.
y Atividade 1: Uma cidade planejada é
aquela que foi construída conforme
um plano previamente elaborado. Em
geral, esse tipo de cidade tem uma or-
denação interna mais apurada que as
cidades não planejadas.

AJ_CH3_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 55 8/5/21 12:43


56 Capítulo 4 O surgimento das
vilas e das capitais
re
Aprender semp
HABILIDADES AVALIADAS NA
SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF02GE04) Reconhecer seme- 1 Observe as imagens e responda às questões.
lhanças e diferenças nos hábitos,
nas relações com a natureza e Jean-Baptiste Debret. Palácio do

Coleção particular, Rio de Janeiro. Fotografia: ID/BR


no modo de viver de pessoas em A governo em São Paulo, 1827.
diferentes lugares. Aquarela. O colégio dos jesuítas
teve essa função de 1765 a 1908.
» (EF03HI01) Identificar os grupos
populacionais que formam a cida-
de, o município e a região, as rela-
ções estabelecidas entre eles e os
eventos que marcam a formação
da cidade, como fenômenos mi-
gratórios (vida rural/vida urbana),
desmatamentos, estabelecimento

Rubens Chaves/Pulsar Imagens


de grandes empresas etc. B
» (EF03HI04) Identificar os pa-
trimônios históricos e culturais
de sua cidade ou região e dis-
cutir as razões culturais, so-
ciais e políticas para que assim
Pátio do Colégio, no
sejam considerados.
município de São Paulo.
» (EF03HI05) Identificar os marcos Foto de 2018.
históricos do lugar em que vive e
compreender seus significados. a. As imagens representam o mesmo local em épocas diferentes.
» (EF03HI06) Identificar os regis- Que local é esse?
tros de memória na cidade (no-
mes de ruas, monumentos, edifí- Pátio do Colégio, local onde foi erguido o colégio jesuíta que deu origem à
cios etc.), discutindo os critérios
que explicam a escolha desses cidade de São Paulo.
nomes.
b. Que mudanças é possível observar da imagem A para a
Saber
Ser
Tomada de decisão imagem B? O que parece igual?
responsável
y Atividade 1c: Comente com Na imagem B, nota-se que uma parte do antigo colégio, observada na imagem A,
os estudantes os cuidados
que devemos ter ao visitar os não existe mais. Há muitas mudanças nos arredores e a principal permanência é uma
museus. Geralmente, nesses
locais não é permitido tocar parte do prédio do antigo colégio.
nas peças nem fotografá-las,
e, nas áreas de exposição, não c. As imagens mostram construções que foram
é permitido consumir comidas
e/ou bebidas (para não sujar o
preservadas ao longo do tempo. Essas construções
ambiente) nem falar alto (para ajudam a contar a história de uma das primeiras Saber
não atrapalhar outros visitan- vilas do Brasil. Em sua opinião, por que é importante Ser
tes). Perguntas podem ser fei-
tas livremente aos monitores,
preservar construções como essas? Resposta pessoal.
sempre que houver curiosi-
dade ou dúvida sobre algum 56 cinquenta e seis
aspecto do acervo. Refletir so-
bre os museus e suas funções
também é uma forma de valo- Roteiro de aula
AJ_CH3_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 56 sobre a importância dos museus como 7/20/21 7:38 AM AJ_C
rizar e reconhecer os marcos instituições que guardam obras artísti-
y Atividade 1: Essa atividade permite co-
APOIO DIDÁTICO

históricos e compreender seus cas, documentos, mobília, equipamen-


significados. nhecer um local histórico da cidade de
tos, enfim, uma grande diversidade
São Paulo, o Pátio do Colégio, favore-
de itens, atuais ou de épocas remotas.
cendo a identificação de patrimônios
Além disso, nos museus costumam tra-
históricos e culturais dessa cidade e pro-
balhar profissionais especializados em
movendo a discussão acerca das razões restaurar, preservar e cuidar das obras
culturais, sociais e políticas para que se- que compõem o acervo.
jam assim considerados.
y Atividade 2: Peça aos estudantes que ob-
y Antes de iniciar a conversa, pergun- servem a foto, chamando a atenção deles
te aos estudantes se eles já visitaram para o altar da igreja e para a ornamenta-
um museu. Se alguém se manifestar, ção das paredes. Comente que todos os
peça-lhe que conte qual museu visitou ornamentos visíveis na imagem se devem
e como foi a visita, compartilhando a à contribuição das inúmeras irmandades
experiência com os colegas. Converse que frequentavam essa igreja. Aqui, mais

AJ_CH3_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 56 8/5/21 12:43


O surgimento das Capítulo 4 57
vilas e das capitais
2 Observe a foto ao lado. Ela

Paulo Campos/Folhapress
mostra uma parte da igreja
matriz de Santo Antônio, Saber
Ser
Consciência social
localizada em Tiradentes, y Atividade 3b: Incentive os
Minas Gerais. estudantes a praticar a em-
patia e a se colocar no lugar
• Essa igreja e muitas outras, do outro, ao pensar a respeito
localizadas em cidades das questões que possam vir
a surgir em situações como a
históricas brasileiras, proposta.
Interior da igreja matriz de Santo
são decoradas com ouro. Antônio, em Tiradentes, Minas Gerais.
Explique por que isso ocorre. Foto de 2019.

Porque elas foram construídas na época em que se desenvolveu a mineração.

3 Observe a pintura a seguir e faça o que se pede.

Coleção do Banco Central do Brasil, Brasília. Fotografia: Projeto


Portinari/Reprodução autorizada por João Candido Portinari

Candido Portinari.
Descobrimento, 1956.
Óleo sobre tela.

a. Na pintura de Candido Portinari, o que você observa?


A pintura retrata alguns indígenas observando a chegada dos portugueses. Espera-se
que os estudantes identifiquem indígenas adultos e crianças apontando para o mar e
caravelas aproximando-se da praia.
b. Na imagem, os indígenas parecem felizes com a
Saber
chegada das embarcações portuguesas? Como você Ser
se sentiria nessa situação?
Eles não aparentam felicidade. Resposta pessoal.

cinquenta e sete 57

38 AM uma vez, é possível explorar o patrimônio


AJ_CH3_PNLD23_C04_046a057_LA.indd 57 8/5/21 12:39

histórico e cultural de uma cidade, com


APOIO DIDÁTICO

destaque para os processos históricos


que a levaram a ser assim considerada.
y Atividade 3: Utilize a imagem de modo
a sensibilizar os estudantes para a re-
flexão sobre o ponto de vista das po-
pulações indígenas acerca da chegada
dos portugueses ao território brasileiro.
Auxilie a turma a identificar na imagem
os símbolos usados para representar
indígenas e portugueses, tornando-os
distinguíveis.

AJ_CH3_PNLD23_C04_046Aa057A_MP.indd 57 8/5/21 12:43


57A Conclusão do capítulo 4

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 4
Sugestões para a avaliação formativa
1. Este capítulo apresentou as paisagens brasileiras relacionadas a um contexto histórico específico: a formação
das vilas e das capitais brasileiras. Assim, espera-se que os estudantes tenham refletido sobre esses locais e sua
história, assim como os diferentes povos envolvidos neles.
2. A seção Aprender sempre recupera e aprofunda os conteúdos trabalhados ao longo do capítulo, possibilitando
observar a consolidação dos conhecimentos por parte dos estudantes e a verificação de eventuais defasagens.
Essa análise facilita a elaboração de estratégias de remediação, de acordo com as características de cada estu-
dante e de cada turma. A seguir, são disponibilizadas algumas sugestões para a realização desse trabalho.
3. De forma geral, as três atividades presentes nessa seção requerem dos estudantes um olhar atento para a aná-
lise de imagens, a fim de que percebam as características e os detalhes dos elementos nelas representados que
possam contribuir para interpretá-las.
4. Na atividade 1, certifique-se de que os estudantes compreendem a importância do conceito de memória e patri-
mônio ao debater a preservação de construções. Essa atividade permite o trabalho com as habilidades EF03HI01,
EF03HI04 e EF03HI05.
5. A atividade 2 relaciona-se com conteúdos diversos, demonstrando a importância das igrejas e da religião na
colonização do Brasil associada ao desbravamento das terras no interior do país e ao período da mineração em
Minas Gerais, o que permite abordar as habilidades EF03HI04 e EF03HI06.
6. Por fim, na atividade 3 é apresentada ao estudante uma obra de um importante artista, Candido Portinari. Com
base nessa obra, é possível discutir com os estudantes que as representações artísticas podem ser utilizadas
como objeto de análise para construção do conhecimento histórico e geográfico. Nesse sentido, a análise da pin-
tura de Portinari, que leva à compreensão do que o artista imaginava ser a perspectiva dos indígenas a respeito
dos portugueses, permite o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF02GE04.

Atividades de remediação
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no desenvolvimento das habilidades trabalhadas no capítulo,
especialmente EF03HI01 e EF03HI06, peça aos estudantes que pesquisem mais informações sobre Brasília, bus-
cando analisá-la sob diferentes pontos de vista, como rota arquitetônica, rota turística, rota ecológica, etc. As
informações podem compor um cartaz elaborado coletivamente pela turma. A pesquisa pode ser feita, por exem-
plo, no site oficial da cidade de Brasília, disponível em: http://www.brasilia.df.gov.br (acesso em: 29 jul. 2021), que
traz informações sobre a história, os símbolos, a geografia, a população, a cultura, a economia e dados estatísticos
e quantitativos da capital do Brasil.
• Atividade 2: Outra opção é que os estudantes realizem a mesma pesquisa a respeito da vila/cidade em que
vivem, procurando por imagens antigas e recentes, por informações em museus ou em centros de memória ou
até realizando entrevistas com os mais velhos. A realização dessa atividade possibilita trabalhar as habilidades
EF03HI04 e EF03HI05.

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O crescimento das cidades Capítulo 5 58A

CAPÍTULO 5 O CRESCIMENTO DAS CIDADES

Objetivos pedagógicos
1. Incentivar os estudantes a relacionar as transformações 4. Levar os estudantes a identificar a evolução dos meios de
nas cidades aos avanços tecnológicos. transporte.
2. Promover a compreensão a respeito do papel do comér- 5. Subsidiar a compreensão das transformações e do cres-
cio, da indústria e dos meios de transporte nas cidades. cimento das cidades, bem como de sua relação com o
3. Propiciar aos estudantes a identificação das principais mu- contexto social e histórico em que estão inseridas.
danças ocorridas nas cidades com a expansão do comércio.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Neste capítulo, propõe-se aos estudantes a reflexão a res- A questão da moradia e da qualidade de vida segue inti-
peito do papel do crescimento das cidades na expansão do mamente ligada ao tema proposto no capítulo. Reconhecer
comércio e dos meios de transporte disponíveis em cada pe- as alterações na paisagem da comunidade em que estão in-
ríodo estudado. Compreender as rupturas e as permanências seridos e entender o papel da ação humana no espaço fazem
no desenvolvimento do comércio e conseguir perceber as mu- com que os estudantes se percebam pertencentes ao meio
danças por meio da análise de imagens e de fontes textuais é em que vivem e parte da história que está sendo construída
de suma importância para os estudantes neste capítulo. dia a dia por meio dos desenvolvimentos tecnológicos.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 2, 3, 4, 6, 7 e 10

Competências específicas de Ciências Humanas para o


1, 3 e 5
Ensino Fundamental

Competência específica de Geografia para o Ensino


2
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


1, 2, 3, 5 e 6
Fundamental

Habilidade de Geografia EF03GE04

EF03HI01, EF03HI02, EF03HI03, EF03HI05,


Habilidades de História
EF03HI08, EF03HI11 e EF03HI12

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58 Capítulo 5 O crescimento
das cidades

André Dib/Pulsar Imagens


HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF03HI02) Selecionar, por meio
da consulta de fontes de diferen-
tes naturezas, e registrar aconte-
cimentos ocorridos ao longo do
tempo na cidade ou região em
que vive.
» (EF03HI05) Identificar os marcos
históricos do lugar em que vive e
compreender seus significados.

Para complementar

Antunes, Bianca; sAyegh, Simone;


Amoroso, Luísa. Casacadabra 2:
cidades para brincar. São Paulo:
Pistache Editorial, 2018.
Utilizando uma linguagem
adaptada para crianças e jovens,
esse livro apresenta a diversida-
de arquitetônica de várias cida-
des ao redor do mundo e suas
peculiaridades, além de tratar
da importância de se preservar
o espaço público dos centros ur-
banos.

58

Orientação didática Roteiro de aula


AJ_CH3_PNLD23_C05_058a069_LA.indd 58
y Atividade 1: Amplie a imagem para que 7/20/21 8:05 AM AJ_C

os estudantes possam observar deta-


y Este capítulo visa continuar o trabalho y Para introduzir o tema deste capítulo,
APOIO DIDÁTICO

com a transformação das paisagens, a peça aos estudantes que observem a lhes da fortaleza e como ela se sobres-
fim de que os estudantes entendam foto da fortaleza de São José de Ma- sai na paisagem da cidade.
que elas estão em constante mudan- capá, no Amapá. Chame a atenção y Atividade 2: Espera-se que os estu-
ça. A abertura do capítulo permite deles para os detalhes da construção dantes percebam a extensão da cidade
que eles identifiquem marcos históri- e para o entorno em que está locali- para além da linha do horizonte.
cos de um lugar e compreendam seus zada. Pergunte-lhes se o local onde y Atividade 3: Aproveite esse momento
significados. Também possibilita que se encontra a fortaleza sempre foi da para verificar os conhecimentos pré-
eles reconheçam, por meio da obser- maneira que a imagem retrata. Incen- vios dos estudantes e permita que eles
vação de uma imagem, as transfor- tive-os a levantar hipóteses sobre os se expressem livremente. Se julgar con-
mações ocorridas ao longo do tempo processos de transformação das áre- veniente, faça um quadro na lousa com
em uma cidade (Macapá) e registrem as urbanas e sobre as razões para que os pontos positivos e os pontos negati-
essas alterações. ocorram essas mudanças. vos apontados por eles.

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1. Sim. O vestígio visível na foto é a fortaleza de São José de O crescimento Capítulo 5 59
das cidades
Macapá, inaugurada em 1782.

UL
APÍT O
O crescimento Saber
Ser
Consciência social

55
das cidades
y Atividade 3: Promova a re-
C flexão a respeito dos proble-
mas enfrentados pelas pessoas
nos grandes centros urbanos.
Vimos que as primeiras vilas Comente que todos nós, cida-
dãos, somos responsáveis pela
foram criadas após a decisão dos cidade em que vivemos.
portugueses de ocupar as terras
brasileiras. Hoje, as áreas urbanas
dos municípios brasileiros, isto é,
as cidades, são bem diferentes das
primeiras vilas, fundadas quando o
Brasil ainda era colônia de Portugal.
Observe a foto e leia a legenda.

Para começo de conversa


1 Há vestígios do passado
em Macapá? Em caso
afirmativo, quais?
2 Em sua opinião, em Macapá
moram poucas pessoas
ou muitas pessoas? O que
levou você a chegar a essa
conclusão? Respostas pessoais.
3 Quais são os pontos
positivos e os pontos Saber
negativos de morar em Ser
uma cidade populosa?
No caso dos pontos
negativos, você considera
que é possível resolvê-los?
Em caso afirmativo, como
você os resolveria?

Vista aérea do município de Macapá, Amapá, 2018.


Na parte inferior da foto, é possível identificar a
fortaleza de São José de Macapá. Inaugurada em
1782, ela foi construída pelos portugueses.
3. Respostas pessoais. Veja comentário
no Roteiro de aula. cinquenta e nove 59

05 AM AJ_CH3_PNLD23_C05_058a069_LA.indd 59 7/20/21 8:05 AM

APOIO DIDÁTICO

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60 Capítulo 5 O crescimento
das cidades
As cidades e o comércio
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Hoje, nas cidades, há inúmeros estabelecimentos comerciais:
NO TEMA “AS CIDADES E O
COMÉRCIO” livrarias, papelarias, açougues, padarias, farmácias, supermercados.
Há, ainda, os estabelecimentos que prestam serviços variados,
» (EF03HI01) Identificar os grupos
populacionais que formam a cida- como bancos, hospitais, cinemas. Entre os trabalhadores, há
de, o município e a região, as rela- vendedores, pedreiros, farmacêuticos, enfermeiros, médicos,
ções estabelecidas entre eles e os
cabeleireiros e muitos outros.
eventos que marcam a formação
E no passado? Você

Coleção particular. Fotografia: ID/BR


da cidade, como fenômenos mi-
gratórios (vida rural/vida urbana), sabe como eram o
desmatamentos, estabelecimento
de grandes empresas etc. comércio e os serviços
» (EF03HI03) Identificar e compa- nas primeiras cidades
rar pontos de vista em relação a brasileiras?
eventos significativos do local em
que vive, aspectos relacionados a
condições sociais e à presença de
diferentes grupos sociais e cultu-
rais, com especial destaque para
as culturas africanas, indígenas e Johann Moritz
de migrantes. Rugendas. Venda em
Recife, 1830. Gravura.
» (EF03HI05) Identificar os marcos
históricos do lugar em que vive e 1 Observe a imagem e responda às questões.
compreender seus significados.
a. Quem é o autor da gravura? Quando ela foi feita?
» (EF03HI08) Identificar modos
de vida na cidade e no campo no
O autor é Johann Moritz Rugendas. A gravura foi feita em 1830.
presente, comparando-os com os
do passado.
b. O que as pessoas representadas na imagem estão fazendo?
Na cena representada, há um armazém com alguns produtos expostos e pessoas
COMPONENTE ESSENCIAL conversando na entrada e no interior do estabelecimento. Além disso, é possível
PARA A ALFABETIZAÇÃO observar mulheres negras com cestos de frutas na cabeça. Provavelmente, estão
vendendo essas frutas. Na sacada do armazém, há uma mulher branca conversando
» Conhecimento alfabético. com uma mulher negra, que, provavelmente, está lhe oferecendo uma mercadoria.
Ao fundo, há mulheres com tabuleiros no chão.

c. Quais trabalhadores podem ser identificados na gravura?


Vendedores, a maioria ambulantes.

2 Agora, imagine que você esteja visitando o local


representado por Rugendas, na mesma época em que ele
fez essa gravura. Com quais pessoas da gravura você falaria? O
que você estaria fazendo? Por quê? Respostas pessoais.

60 sessenta

Orientação didática y Atividade 1: Antes de realizar essa ati-


AJ_CH3_PNLD23_C05_058a069_LA.indd 60 tabelecidas entre eles e os eventos que 7/20/21 8:05 AM

vidade, pergunte aos estudantes qual marcam sua formação, assim como a
y Para introduzir o tema desta página e
APOIO DIDÁTICO

possibilitar que os estudantes identi- é a importância da legenda com os identificar e a comparar pontos de vis-
fiquem modos de vida na cidade e no dados da obra para sua leitura e inter- ta em relação a eventos significativos
campo no presente, comparando-os pretação. Peça-lhes que mencionem as de um local e aspectos relacionados a
com os do passado, faça perguntas informações que julgarem necessárias. condições sociais e à presença de di-
como: “Os produtos vendidos hoje são Registre as respostas na lousa para que ferentes grupos sociais, com especial
os mesmos vendidos no século XIX?”; eles possam verificá-las ao término da destaque, nesse caso, para a cultura
“A oferta de mercadorias aumentou? atividade. No item b, é interessante ex- africana. Eles devem reconhecer que a
Por quê?”. plorar bem a imagem com os estudan- imagem retrata principalmente vende-
tes, pois ela é muito rica em detalhes dores ambulantes. Por fim, destaque
Roteiro de aula que apontam para vários aspectos da que há grande número de pessoas ne-
y Faça a leitura do tópico “Como se ven- vida urbana no Brasil do século XIX. gras representadas na obra, indicando
dia e se comprava” e analise as imagens Se julgar conveniente, pergunte-lhes se a forte presença de africanos e afro-
com os estudantes. Pergunte-lhes a sabem quem são os trabalhadores re- descendentes em Recife. Quanto às
qual forma de abastecimento da popu- presentados. Incentive-os a identificar construções, identifica-se, em primeiro
lação, mencionada no texto, as imagens os grupos populacionais que formam plano, um estabelecimento comercial e,
se referem. a cidade e o município, as relações es- ao fundo, algumas moradias.

AJ_CH3_PNLD23_C05_058Aa069A_MP.indd 60 8/5/21 11:59


O crescimento Capítulo 5 61
das cidades
Como se vendia e se comprava
Nas primeiras cidades do Brasil, o comércio era feito sobretudo Atividades complementares
por vendedores ambulantes. Eles vendiam lenha, carvão, leite, pão, y Se no município em que os es-
aves, vassouras e muitos outros produtos. tudantes vivem existir um marco
de fundação, realize uma visita
Boa parte desses vendedores eram os escravos de ganho, que ao local, em data previamente
vendiam as mercadorias, mas precisavam pagar uma parte dos combinada, para que eles pos-
rendimentos a seus senhores. sam conhecê-lo e compreender
seus significados. O estudo do
Com o crescimento das cidades, houve o aumento do número de meio é um procedimento privile-
estabelecimentos comerciais, como empórios, lojas de roupas e de giado para os estudos da área
Ciências Humanas. Antes da visi-
calçados, quitandas, padarias, peixarias, farmácias, entre outros. ta, faça um roteiro dessa ativi-
dade com os estudantes, procu-

Marc Ferrez/Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro

Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo


Coleção Particular. Fotografia: ID/BR

A B C rando integrar conhecimentos


das áreas de Ciências Humanas
e Linguagens. Peça-lhes que le-
vem blocos de papel para fazer
anotações e desenhos. Depois,
em sala de aula, proponha uma
conversa para que comentem a
visita e peça que façam um rela-
tório sobre ela.
y Observe que o comércio am-
bulante existe desde o período
colonial e mantém-se até os dias
atuais. Para chamar a atenção
das pessoas, esses vendedores
têm um jeito característico: gri-
tam ou cantam frases rimadas
ou ainda repetem sílabas. Esses
gritos são conhecidos como pre-
gões; escreva na lousa o exem-
Joaquim Lopes Barros. Marc Ferrez. Verdureiro, Vendedor ambulante em plo “Pamonha, pamonha, pamo-
Preto vendendo 1895. Foto de 1895. Macapá, Amapá. nha. Pamonhas de Piracicaba!”.
hortaliças, 1840. Gravura. Foto de 2014. Se julgar adequado, organize a
turma em grupos de quatro es-
3 Observe essas imagens e responda às questões no caderno. tudantes e proponha que criem
um pregão para o doce favorito
a. Qual é a imagem mais antiga? Quando ela foi feita? do grupo.
A imagem A é a mais antiga e foi feita em 1840.
b. Compare a imagem mais antiga com as imagens mais
recentes. Depois, anote as semelhanças e as diferenças que Para casa
podem ser percebidas entre elas. Semelhanças: nas três imagens, os vendedores
y Atividade 4: Se julgar opor-
ambulantes comercializam alimentos. Diferenças: vestimentas e modo de transportar as mercadorias. tuno, peça aos estudantes que
4 Você conhece vendedores ambulantes? Você e sua família realizem a atividade como tarefa
costumam comprar produtos desses vendedores? Em caso de casa. Oriente-os a conversar
com um adulto da família sobre
afirmativo, o que vocês compram e onde vocês costumam as questões propostas. Peça-
encontrá-los? Respostas pessoais. -lhes que anotem no caderno as
respostas obtidas para retomá-
sessenta e um 61 -las em uma discussão coletiva
em sala de aula.

y Atividade 2: Peça aos estudantes que


AJ_CH3_PNLD23_C05_058a069_LA.indd 61
y Atividade 4: Promova uma conversa en- 7/20/21 8:05 AM

observem novamente a gravura da pá- tre os estudantes, em sala de aula. Apro-


APOIO DIDÁTICO

gina. Se julgar oportuno, peça-lhes que veite o momento para abordar questões
anotem no caderno o que eles imagina- relacionadas ao consumo. Pergunte a
ram a respeito das pessoas e das ativi- eles, por exemplo, se costumam com-
dades que realizam. Depois, incentive- prar muitos brinquedos. Comente que
-os a compartilhar com a turma suas
o consumismo pode ser prejudicial
reflexões. Cuide para que todos tenham
ao meio ambiente, pois ocasiona, por
a oportunidade de se expressar.
exemplo, produção excessiva de lixo.
y Atividade 3: Oriente os estudantes a
Diga-lhes que, atualmente, muitas pes-
sempre prestar atenção nas legendas
das imagens, que trazem informações soas têm realizado feiras de trocas e que
importantes para sua compreensão. iniciativas como essa promovem o con-
A análise da cronologias das pinturas sumo consciente, ao incentivar a reutili-
possibilita a eles desenvolver habilida- zação de produtos, o que contribui para
des relacionadas à numeracia. diminuir os impactos ambientais.

AJ_CH3_PNLD23_C05_058Aa069A_MP.indd 61 8/5/21 11:59


62 Capítulo 5 O crescimento
das cidades
As cidades e as indústrias
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Há pouco mais de cem anos, houve um grande
NO TEMA “AS CIDADES E AS
INDÚSTRIAS” desenvolvimento das cidades, principalmente do Rio de Janeiro
e de São Paulo. Isso aconteceu porque os fazendeiros investiam
» (EF03GE04) Explicar como os
processos naturais e históricos nessas cidades o dinheiro que ganhavam especialmente com a
atuam na produção e na mudança produção e a venda do café.
das paisagens naturais e antrópi-
cas nos seus lugares de vivência, Boa parte desses investimentos foi aplicada na instalação de
comparando-os a outros lugares. indústrias nessas cidades. Essas indústrias fabricavam tecidos,
» (EF03HI01) Identificar os grupos roupas, calçados e alimentos (farinha, macarrão, doces, queijos,
populacionais que formam a cida- entre outros).
de, o município e a região, as rela-
ções estabelecidas entre eles e os À medida que as fábricas eram instaladas nessas cidades,
eventos que marcam a formação crescia o número de trabalhadores que iam do campo para a
da cidade, como fenômenos mi-
gratórios (vida rural/vida urbana), cidade em busca de emprego.
desmatamentos, estabelecimento Além dos trabalhadores do campo, muitos imigrantes
de grandes empresas etc.
dirigiram-se para as cidades que tinham indústrias. Eram pessoas
» (EF03HI02) Selecionar, por meio que vinham de outros países em busca de emprego e de uma
da consulta de fontes de diferen-
tes naturezas, e registrar aconte- vida melhor.
cimentos ocorridos ao longo do
tempo na cidade ou região em

Autor desconhecido/CPDOC/FGV, Rio de Janeiro


que vive.
» (EF03HI03) Identificar e compa-
rar pontos de vista em relação a
eventos significativos do local em
que vive, aspectos relacionados a
condições sociais e à presença de
diferentes grupos sociais e cultu-
rais, com especial destaque para
as culturas africanas, indígenas e
de migrantes. Trabalhadores na Fábrica
Santana da Companhia
» (EF03HI08) Identificar modos de
Nacional de Tecidos de Juta, no
vida na cidade e no campo no pre-
município de São Paulo. Foto
sente, comparando-os com os do
de 1931.
passado.
» (EF03HI11) Identificar diferenças
entre formas de trabalho realiza- 1 Quais produtos eram fabricados nas primeiras indústrias
das na cidade e no campo, consi-
derando também o uso da tecno- instaladas no Brasil?
logia nesses diferentes contextos.
Tecidos, roupas, calçados e alimentos.

COMPONENTES ESSENCIAIS 2 Qual tipo de fábrica está retratado nessa foto?


PARA A ALFABETIZAÇÃO
Fábrica de tecidos.
» Conhecimento alfabético.
» Desenvolvimento de vocabulário. 62 sessenta e dois

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C05_058a069_LA.indd 62 Roteiro de aula 7/20/21 8:05 AM AJ_C

y Comente com os estudantes que a in- y Atividades 1 e 2: Explore a foto da pá-


APOIO DIDÁTICO

dustrialização e a urbanização fazem gina para levantar outras informações,


parte de um mesmo processo. A instala- além das que são trabalhadas nessas
ção de fábricas nas cidades atraiu gran- atividades. Pergunte aos estudantes,
de número de trabalhadores que viviam por exemplo, quem são as pessoas re-
no campo, o que aumentou a população tratadas na foto, o que elas estão fazen-
urbana. Isso auxilia os estudantes a iden- do, como eram as condições de traba-
tificar os grupos populacionais que for- lho delas, se no campo eram utilizadas
mam a cidade e o município, as relações máquinas como as que aparecem na
estabelecidas entre eles e os eventos que foto, se existem fábricas assim nos dias
marcam sua formação, como fenômenos atuais, etc. Desse modo, eles desenvol-
migratórios, estabelecimentos de gran- vem a habilidade de identificar diferen-
des empresas, etc. Além das fábricas, a ças entre as formas de trabalho na cida-
construção de moradias, a abertura de de e no campo, considerando também
ruas, as obras de infraestrutura e o de- o uso da tecnologia nesses diferentes
senvolvimento dos meios de transporte contextos, assim como a habilidade de
modificaram as paisagens urbanas. identificar modos de vida na cidade e

AJ_CH3_PNLD23_C05_058Aa069A_MP.indd 62 8/5/21 11:59


O crescimento Capítulo 5 63
das cidades
Moradias urbanas
Com a instalação das primeiras indústrias, muitas pessoas foram Atividades complementares
morar nas cidades. Assim, a falta de moradia tornou-se um problema. y As indústrias surgiram da neces-
Os valores para comprar ou para alugar imóveis sidade de transformar matérias-
imóvel: casa, -primas, por meio de máquinas
subiram bastante, e a maior parte da população era e ferramentas, em produtos para
edifício, prédio
de trabalhadores que não possuíam muitos recursos e terreno. serem consumidos. Muitas vezes,
financeiros. Aos poucos, surgiram nas cidades o processo produtivo é naturaliza-
do e pouco (ou quase nada) pro-
diferentes tipos de moradia popular, como vilas operárias e cortiços. blematizado. A sugestão da ativi-
dade a seguir procura introduzir
A Vila Maria Zélia, no município de São
Arquivo/Folhapress

um olhar de desnaturalização do
A Paulo, foi construída para receber as consumo de produtos industria-
famílias dos operários de uma tecelagem.
lizados e pode ser retomada ao
Cada casa abrigava uma família. Foto de
longo do ano escolar, quando jul-
cerca de 1910.
gar conveniente. Faça, na lousa,
uma lista de matérias-primas e
peça aos estudantes que digam
o nome de produtos industriali-
zados feitos com elas. Exemplos:

Augusto Malta/Museu da Imagem e do Som, Rio de Janeiro


B couro – sapatos, bolsas, cintos;
algodão – tecidos, linhas, papel;
frutas – doces, bebidas, aromas
de perfume.
y Se houver grupos de imigrantes
Os cortiços são habitações improvisadas ou de descendentes de imigran-
onde moram várias famílias. Geralmente, tes na comunidade escolar, veri-
elas ocupam prédios abandonados. fique se é possível a alguns deles
Na foto, cortiço no município do visitar a turma, em uma data com-
Rio de Janeiro, em 1906. binada, para contar suas expe-
riências imigratórias. Previamente,
3 Observe as fotos e complete o quadro a seguir. combine com os estudantes as
condutas adequadas para a ati-
vidade (como respeitar os turnos
Foto A Foto B
de fala e ter atitudes de respeito
O que mostra e em relação às vivências dos ou-
qual é a data Vila operária, 1910. Cortiço, 1906. tros). Você pode pedir a eles tam-
bém que elaborem as perguntas
previamente. Questões como os
Onde é São Paulo. Rio de Janeiro. motivos que levaram à imigração,
a escolha do Brasil como destino,
as condições de vida ao chegar
Casas simples, em rua de terra Pátio de uso coletivo, com as ao país e o processo de adapta-
Como é ção são alguns exemplos. Se pos-
(sem pavimentação). moradias ao redor. sível, oriente os estudantes a fazer
registros dessa atividade, como
uma gravação em áudio e/ou em
4 No município onde você vive, há moradias que foram vídeo, fotos e/ou desenhos.
construídas para receber os trabalhadores e as famílias
deles? Explique. Resposta pessoal.

sessenta e três 63

05 AM AJ_CH3_PNLD23_C05_058a069_LA.indd 63no campo no presente, comparando-os tratem dessa questão. Peça-lhes que 7/20/21 8:05 AM

com os do passado. verifiquem se há bairros industriais no


APOIO DIDÁTICO

y Atividade 3: Cabe mais uma vez res- município em que vivem, com mora-
saltar aqui a importância das legendas dias destinadas aos trabalhadores, etc.,
para obtenção das informações sobre e anotem os nomes desses bairros, se
as imagens. Ao analisar a cronologias houver. Além disso, solicite-lhes que re-
das fotos e o ordenamento das datas, gistrem como são os tipos de moradia,
os estudantes desenvolvem habilidades quais são as condições delas, entre ou-
relacionadas à numeracia. tras informações. A atividade exige que
y Atividade 4: Para realizar essa ativida- os estudantes selecionem e registrem,
de, solicite aos estudantes que façam em consulta a fontes de diferentes na-
uma pesquisa prévia sobre o assunto. turezas, acontecimentos ocorridos ao
Eles podem consultar, na biblioteca ou longo do tempo no município em que
no laboratório de informática da es- vivem. Essa atividade permite o desen-
cola, fontes impressas ou digitais que volvimento da habilidade EF03GE04.

AJ_CH3_PNLD23_C05_058Aa069A_MP.indd 63 8/5/21 11:59


64 Capítulo 5 O crescimento
das cidades
Os meios de transporte urbanos
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Hoje, ônibus, automóveis, motocicletas e bicicletas circulam
NO TEMA “OS MEIOS DE
pelas ruas de muitas cidades. Mas será que sempre foi assim?
TRANSPORTE URBANOS”
Nos dias atuais, carroças, charretes e cavalos são mais
» (EF03HI08) Identificar modos de facilmente encontrados nas áreas rurais. Porém, há cerca de cem
vida na cidade e no campo no
presente, comparando-os com os anos, esses meios de transporte eram muito comuns nas cidades.
do passado.
A invenção de veículos

Vanessa Rung/Shutterstock.com/ID/BR
» (EF03HI11) Identificar diferenças
motorizados fez com que, aos
entre formas de trabalho realiza-
das na cidade e no campo, consi- poucos, os bondes elétricos e os
derando também o uso da tecno- automóveis passassem a fazer
logia nesses diferentes contextos.
parte do dia a dia dos moradores
da cidade. Com o crescimento
Saber Consciência social
Ser urbano, as pessoas foram
y Atividade 1b: Promova uma
discussão de modo a levar os
morar mais longe do trabalho,
estudantes a refletir sobre a im- necessitando mais ainda dos
portância das regras de trân- Charretes utilizadas no Brasil há cerca de
meios de transporte. cem anos. Foto de 2019.
sito. Comente que elas fazem
parte do Código de Trânsito
1 Leia este texto e responda às questões a seguir.
Brasileiro e devem ser respei-
tadas e obedecidas por todos,
pois garantem a segurança de
Naqueles tempos, a vida em São Paulo era tranquila. Poderia ser ainda
pedestres e condutores de veí-
culos e o direito de ir e vir dos mais, não fosse a invasão cada vez maior dos automóveis importados,
cidadãos. circulando pelas ruas da cidade. [...] Estridentes fonfons de buzinas [...]
abriam passagem para alguns [...] motoristas que [...] infringiam as regras
de trânsito, muitas vezes chegando ao abuso de alcançar mais de 20
quilômetros à hora, velocidade permitida somente nas estradas.
Zélia Gattai. Anarquistas, graças a Deus. Rio de Janeiro: Record, 1997. p. 23.

a. O texto cita uma regra de trânsito de 1920. Que regra é essa?


O texto fala sobre o limite de velocidade permitido nas cidades, que era de 20 quilômetros por hora.
b. Quais regras de trânsito atuais você conhece? Em sua
opinião, é importante respeitar as regras de trânsito? Saber
Ser
Por quê? Respostas pessoais.
Para e
xplorar

A criança e o espaço: a cidade e o meio ambiente.


Disponível em: http://primeirainfancia.org.br/criancaeoespaco/eixos/participacao-infantil-na-
cidade-inspire-se/. Acesso em: 15 mar. 2021.
Peça ajuda a um adulto para acessar esse site e conhecer mais sobre projetos que
incentivam a participação das crianças na cidade.

64 sessenta e quatro

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C05_058a069_LA.indd 64 de iniciar a leitura dos textos, pergunte- 7/20/21 8:05 AM AJ_C

-lhes se esses meios de transporte são


y O objetivo do tema destas páginas é levar
APOIO DIDÁTICO

os estudantes a questionar se os meios os mesmos que eles utilizam atualmente.


de transporte do passado são os mes- Além disso, questione se esses meios de
mos que eles utilizam atualmente e se transporte são utilizados na área rural.
esses meios de transporte também são Peça-lhes também que citem os meios
utilizados na área rural. Desse modo, eles de transporte mais comumente usados
podem identificar modos de vida na cida- no campo (cavalos, carroças, automóveis,
de e no campo no presente, comparan- bicicletas, tratores, etc.). Se julgar perti-
do-os com os do passado. nente, acesse com os estudantes o site
indicado no boxe Para explorar, que apre-
Roteiro de aula senta diversos projetos voltados a crian-
y Solicite aos estudantes que observem as ças, estimulando sua participação cidadã
fotos desta dupla de páginas, leiam as le- na cidade.
gendas e descrevam o que veem em cada y Leia o tópico “Transporte coletivo: pas-
foto. Oriente-os a observar com atenção sado e presente” com os estudantes.
os meios de transporte retratados e, antes Peça-lhes que citem outros exemplos de

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O crescimento Capítulo 5 65
das cidades
Transporte coletivo: passado e presente
Atualmente, muitas pessoas utilizam meios de transporte Atividade complementar
coletivo: ônibus, metrô, trem, entre outros. E como eram os meios y Converse com os estudantes
de transporte coletivo antigamente? sobre as condições do transpor-
te público no município onde
No Brasil, os transportes coletivos começaram a ser oferecidos moram. Pergunte-lhes se esses
há mais de cem anos. No início, eram bondes puxados por animais. meios de transporte atendem
Em 1892, foi inaugurada a primeira linha de bondes elétricos, na à demanda da população, se a
frota é conservada ou deterio-
cidade do Rio de Janeiro. rada, prejudicando a mobilidade
A partir de 1950, em muitas cidades, os bondes começaram a dos passageiros, qual é o tempo
de espera por eles, entre outras
ser substituídos por ônibus. Em 1974, na cidade de São Paulo, foi questões. Em seguida, solicite
inaugurado o primeiro metrô no Brasil. O metrô muitas vezes é aos estudantes que comparem
subterrâneo. Ele anda sobre trilhos e é movido a eletricidade. os meios de transporte de onde
vivem com os apresentados
nesta página, mencionando as

Autoria desconhecida/Fonte: Consuelo Novais Sampaio. 50


anos de urbanização. Rio de Janeiro: Versal, 2005, p. 241

Guilherme Gaensly/Instituto Moreira Salles,


Rio de Janeiro
diferenças e as semelhanças en-
tre eles. Comente que o metrô é
mais comum em cidades popu-
losas, mas que, apesar de ser um
sistema de transporte coletivo
de grande eficiência, existe ape-
nas em algumas cidades brasilei-
ras. Comente ainda a existência
do transporte fluvial, bastante
Bonde puxado por burros em Salvador, Inauguração da primeira linha de bonde
utilizado em algumas cidades
Bahia. Foto de cerca de 1900. elétrico em São Paulo. Foto de 1900. brasileiras das regiões Norte e
Nordeste, por exemplo. Se no
município onde os estudantes
Joa Souza/Shutterstock.com/ID/BR

Pablo Fernandes/Shutterstock.com/ID/BR
vivem for comum esse tipo de
transporte, comente com eles
quais tipos de barco são utiliza-
dos e quais benefícios e proble-
mas o transporte fluvial costuma
apresentar.

Passageiros embarcam em ônibus em Estação do metrô no município de São


Salvador, Bahia. Foto de 2020. Paulo. Foto de 2019.
Representação
sem proporção
2 Preencha a linha do tempo do transporte coletivo no Brasil. de escala
temporal.

1892 ----- ----- ----- ----- 1950 ----- 1974

Bondes elétricos. Ônibus. Metrô.

sessenta e cinco 65

05 AM meios de transporte antigos e modernos


AJ_CH3_PNLD23_C05_058a069_LA.indd 65 do cinto de segurança e de cadeiras 7/20/21
es- 8:05 AM

e faça uma lista na lousa. Com base nes- peciais para crianças no banco de trás,
APOIO DIDÁTICO

sa lista, verifique se os estudantes com- a proibição do uso do celular quando


preenderam a diferença entre transpor- estiver dirigindo o veículo, entre outras
te individual e transporte coletivo. regras.
y Atividade 1: Espera-se que os estudan- y Atividade 2: Auxilie os estudantes na
tes reconheçam a diferença entre os li- identificação das tecnologias de trans-
mites de velocidade praticados antiga- porte correspondentes às datas dis-
mente e os atuais, que podem ser vistos postas na linha do tempo. Eles devem
nas placas de trânsito pela cidade. No organizar as datas em sequência crono-
item b, os estudantes poderão citar a lógica, desenvolvendo, assim, habilida-
travessia na faixa de pedestres, o uso des relativas à numeracia.

AJ_CH3_PNLD23_C05_058Aa069A_MP.indd 65 8/5/21 11:59


66 Capítulo 5 O crescimento

Vamos ler imagens!


das cidades

HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO VAMOS LER
IMAGENS!
» (EF03HI11) Identificar diferenças
Fotos de bondes elétricos
entre formas de trabalho realiza-
das na cidade e no campo, consi-
derando também o uso da tecno-
logia nesses diferentes contextos. Como você já percebeu, as fotos antigas são registros
» (EF03HI12) Comparar as re- importantes do passado.
lações de trabalho e lazer do Elas podem nos ajudar, por exemplo, a conhecer melhor os
presente com as de outros
tempos e espaços, analisando meios de transporte coletivo do Brasil, quem os utilizava e quais
mudanças e permanências. profissionais trabalhavam neles. Observe as fotos a seguir.

Robert C. Henning/Coleção particular


COMPONENTE ESSENCIAL A
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Conhecimento alfabético.
M

A história da implantação do
sistema de bondes e do transporte
coletivo no Brasil […] [vai] comple-
tar[,] em 2012, 153 anos de duração
(1859-2012).
Durante mais de meio século[,]
a frota de bondes que circulava
nas cidades brasileiras, quando
Bonde elétrico em Natal, Rio Grande do Norte. Foto de 1942.
não eram fabricados localmente,
era composta de veículos importa-

Coleção particular. Fotografia: ID/BR


dos provenientes de vários países, B
como: Estados Unidos, Canadá, C
Inglaterra, Alemanha, Suíça, entre
outros.
A introdução desse sistema de
transporte coletivo representou
um dos mais importantes acon-
tecimentos históricos da segunda
metade do século XIX. Mais que
um imperativo da modernização,
a introdução desse sistema de
transporte coletivo tornou-se con-
Bondes elétricos no município de São Paulo que ligavam os bairros Bom Retiro e
dição para acelerar a circulação de Paraíso. No bonde à direita, vemos a parte traseira do veículo. Foto de 1910.
mercadorias e pessoas nas cidades
brasileiras e da América Latina. 66 sessenta e seis
Por que a implantação do siste-
ma de bondes foi um dos mais im-
portantes acontecimentos históri- Orientações didáticas
AJ_CH3_PNLD23_C05_058a069_LA.indd 66 todo documento histórico, apresenta um 7/20/21 8:05 AM

cos da segunda metade do século y A fotografia é um importante suporte di- ponto de vista (o do fotógrafo) e precisa
APOIO DIDÁTICO

XIX? Enunciarei, pelo menos, seis dático-pedagógico muito utilizado nesta ser analisada com criticidade, consideran-
importantes motivos: coleção. Além disso, configura-se como do também o contexto em que foi produ-
uma relevante fonte histórica, que guarda zida. Por exemplo, o fotógrafo pode ma-
1. Representou um marco na características e discursos de uma época. nipular o cenário, acrescentando objetos,
modernização dos transportes A observação desse tipo de documento e solicitar às pessoas que façam poses
coletivos; histórico fornece pistas que permitem e usem determinado tipo de roupa, etc.
identificar a temporalidade (quando foi Além disso, há programas ou recursos
2. Significou o fortalecimento feita), a espacialidade (onde foi tirada) e a
da integração intraurbana das ci- que permitem modificar as fotos com
sociedade (as personagens e o contexto
dades e a redução dos tempos de em que foi produzida) nele retratadas, en- retoques ou até com montagens de ce-
tre outros aspectos. Dessa forma, a aná- nas. Isso pode dificultar a verificação da
circulação;
lise de fotografias é uma boa maneira de autenticidade de uma imagem, isto é, se
3. Possibilitou a expansão da identificar e de registrar acontecimentos ela foi adulterada ou não. Outro ponto a
área de influência dessas cidades ocorridos ao longo do tempo. destacar é que, atualmente, as câmeras
sobre as suas periferias a partir da y É importante ressaltar que a fotografia digitais e os smartphones possibilitam ob-
não é um registro fiel da realidade e, como ter fotos a qualquer momento.

AJ_CH3_PNLD23_C05_058Aa069A_MP.indd 66 8/5/21 11:59


O crescimento Capítulo 5 67
das cidades
Agora é a sua vez

1 Respondam às questões. implantação do sistema de trans-


a. Quando as fotos foram tiradas? porte urbano sobre trilhos;
4. Tornou imanente, no solo
A: 1942; B: 1910.
urbano, a presença das redes téc-
nicas, integrando os espaços inter
b. Quais são os locais das fotos?
e intraurbanos, através de trilhos,
A: Natal, Rio Grande do Norte; B: município de São Paulo. postes e fios elétricos;
5. Representou mais um compo-
nente de capacitação e de formação
de mais força de trabalho para as
2 A posição das pessoas nas fotos também nos ajuda a empresas (públicas e privadas) e
compreender a época em que elas foram retratadas. Nas fotos, as concessionárias de serviços de
utilidade pública;
foram destacados dois profissionais que trabalhavam nos
6. Proporcionou a valorização do
bondes elétricos: o motorneiro (M) e o condutor (C). Utilizando
solo urbano e atração de mais ativi-
as letras M e C, associe corretamente as características a seguir dades pelas externalidades criadas
a cada profissional. de sua infraestrutura de rede.
M Responsável por acionar o motor que movimentava o bonde. Como se deu a introdução des-
sas novas tecnologias nas cidades
C
Responsável por cobrar os bilhetes dos passageiros e soar o brasileiras? Em que momento se
apito que indicava a partida do bonde. deu sua implantação? É possível
efetuar uma cronologia evolutiva
Ficava na parte da frente do bonde para identificar mais da história da implantação do siste-
M
facilmente os momentos de ligar e desligar o motor. ma de bondes no Brasil nas cidades
brasileiras?
Por exemplo, ao avistar um ponto de embarque e
desembarque, já começava a diminuir a velocidade. Desde o período das carruagens,
o sistema de transporte coletivo co-
Durante as viagens, ficava na parte de trás do bonde para nheceu várias inovações: a) o ôni-
C
bus sobre trilho movido por tração
observar os passageiros que subiam e desciam e, assim,
animal; b) a ferrovia intraurbana
marcar os bilhetes que indicavam a compra da viagem. composta por pequenas locomo-
tivas a vapor; c) o bonde elétrico;
C Era chamado, equivocadamente, de trocador ou cobrador. d) o metrô; e) o ônibus elétrico
Porém, ele não vendia passagens, apenas marcava, com um (trolley bus); f) os ônibus a diesel e a
pequeno furo, os bilhetes previamente comprados pelos gás natural.
passageiros. Pires, Hindenburgo Francisco. Imagens
e história na internet: os bondes,
patrimônio brasileiro. Ar@cne: Revista
M Era chamado, equivocadamente, de motorista, por ficar na Electrónica de Recursos en Internet
parte da frente do bonde. Porém, ele não conduzia o bonde sobre Geografía y Ciencias Sociales,
v. 156, 1o fev 2012. Disponível em: http://
como os motoristas conduzem os automóveis atuais. www.ub.edu/geocrit/aracne/aracne-156.
O caminho dos bondes já era definido pelos trilhos. htm. Acesso em: 9 jul. 2021.

sessenta e sete 67

Roteiro de aula
AJ_CH3_PNLD23_C05_058a069_LA.indd 67 vida urbanos no presente, comparan- 7/20/21
y Atividade 1: Auxilie os estudantes a re-
8:05 AM

do-os com os do passado. Para saber tirar as informações requisitadas das


y Proponha aos estudantes a interpreta-
APOIO DIDÁTICO
ção das fotos. Peça-lhes que observem mais sobre a implantação do sistema de legendas.
os detalhes dos bondes, o calçamen- bondes em algumas cidades brasileiras y Atividade 2: Essa atividade permite aos
to das ruas, a posição das pessoas, as e as inovações tecnológicas dos trans- estudantes comparar as relações de
roupas que elas usam, entre outros ele- portes públicos no Brasil, leia o texto do trabalho existentes no passado em uma
mentos. Por meio dessa observação ini- geógrafo Hindenburgo Francisco Pires, área urbana com o modo como ela ocor-
cial, é possível levantar importantes in- reproduzido nesta dupla de páginas do re atualmente. Para evidenciar esse tra-
formações sobre o transporte coletivo, manual. Nesse texto, o autor traça um balho, pergunte aos estudantes como é o
verificando o que permaneceu e o que panorama histórico para investigar as transporte coletivo atual no município
mudou ao longo do tempo e identifi- transformações do transporte coletivo onde vivem e quais profissionais atuam
cando, por exemplo, as transformações no país. nesse serviço.
tecnológicas nos meios de transporte. y Se necessário, evidencie que, na foto B,
Assim, os estudantes podem trabalhar o bonde à esquerda é visto de frente e o
a habilidade de identificar modos de bonde à direita é visto de trás.

AJ_CH3_PNLD23_C05_058Aa069A_MP.indd 67 8/5/21 11:59


68 Capítulo 5 O crescimento
das cidades
re
Aprender semp
HABILIDADES AVALIADAS NA
SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF03HI01) Identificar os grupos 1 Observe a foto, leia a legenda e responda às questões.
populacionais que formam a cida-
de, o município e a região, as rela-

Alinari/Easypix Brasil
ções estabelecidas entre eles e os
eventos que marcam a formação
da cidade, como fenômenos mi-
gratórios (vida rural/vida urbana),
desmatamentos, estabelecimento
de grandes empresas etc.
» (EF03HI03) Identificar e compa-
rar pontos de vista em relação a
eventos significativos do local
em que vive, aspectos relacio-
nados a condições sociais e à
presença de diferentes grupos
sociais, com especial desta-
que para as culturas africanas,
indígenas e de migrantes.

COMPONENTE ESSENCIAL
PARA A ALFABETIZAÇÃO Padaria em Juiz de Fora, Minas Gerais, de propriedade de um imigrante italiano.
Foto de 1930.
» Compreensão de textos.
a. Que estabelecimento comercial é retratado nessa foto? O que
se vende nele?
Uma padaria. Vendem-se pães e doces.

b. A foto retrata o presente ou o passado? Justifique com


elementos da imagem.
O passado. Os estudantes podem justificar com os seguintes elementos: data da foto
e máquina registradora, balança e roupas antigas. Explique que o fato de a foto não
ser colorida pode indicar que pertence ao passado, porém fotos do presente também
podem ser representadas em preto e branco. Por isso, essa informação é relevante
para determinar a idade de uma foto apenas em conjunto com outros indícios.

c. No município onde você vive, há estabelecimentos como


esse? Que tipo de produtos esses estabelecimentos
vendem? Eles são parecidos com o estabelecimento da foto?
Você já foi a um lugar como esse? Respostas pessoais.

68 sessenta e oito

Roteiro de aula
AJ_CH3_PNLD23_C05_058a069_LA.indd 68 gunte aos estudantes se os familiares 7/20/21 8:05 AM AJ_C

deles já fizeram compras dessa forma e,


y Atividade 1: No Brasil, há grande diversi-
APOIO DIDÁTICO

dade nas relações comerciais no varejo. em caso afirmativo, peça-lhes que expli-
Por isso, acompanhe o diálogo sobre o quem o passo a passo até a entrega da
tema, auxiliando os estudantes a carac- mercadoria.
terizar a realidade de suas comunidades y Atividade 2: No item c, ao pedir aos es-
e a identificar os costumes próprios do tudantes que relacionem a foto com o
lugar onde vivem. No item c, comente texto, a questão permite que eles iden-
que, pela internet, é possível comprar tifiquem e comparem pontos de vista
vários tipos de produto, como livros, em relação a eventos significativos de
brinquedos, roupas, calçados, eletrodo- um local, principalmente no que se re-
mésticos, computadores, entre outros. laciona aos aspectos sociais. No item d,
Trata-se do comércio virtual, que se você pode conversar com os estudan-
realiza sem vendedores intermediando tes sobre alguns problemas enfrentados
a compra, sem a existência de um es- pela população de várias cidades: a bai-
paço físico (loja) e sem o manuseio da xa remuneração dos trabalhadores, os
mercadoria pelos consumidores. Per- custos elevados dos imóveis nas áreas

AJ_CH3_PNLD23_C05_058Aa069A_MP.indd 68 8/5/21 11:59


O crescimento Capítulo 5 69
das cidades
2 Leia o texto e observe a imagem a seguir. Saber
Ser
Saber Consciência social
Parece inacreditável a Ser

Joel Nogueira/Fotoarena
constatação de que os problemas y Atividade 2: Se julgar conve-
niente, comente com os estu-
que existiam nos cortiços no início dantes que esses não são pro-
do século 20 [...] sejam os mesmos blemas que existem apenas no
dos dias de hoje. Dentre eles, presente, mas que constituem
destacam-se a grande concentração uma permanência no Brasil,
desde o surgimento das cida-
de pessoas em pequenos espaços; des. Se necessário, retome os
um único cômodo como moradia; conteúdos dos capítulos ante-
ambientes com falta de ventilação riores sobre os problemas en-
frentados nas cidades nos pe-
e iluminação; uso de banheiros ríodos colonial e imperial.
coletivos; instalações de esgotos
danificadas; falta de privacidade
Atividade complementar
[...].
y Para finalizar o estudo do capítu-
lo, promova uma discussão sobre
século 20: período entre meio ambiente e industrialização,
os anos 1901 e 2000. propondo aos estudantes uma
reflexão sobre uma situação hipo-
tética, como a instalação de uma
indústria em um povoado locali-
Cortiço no município de
zado às margens de um rio e cuja
São Paulo. Foto de 2017.
população viva principalmente da
Luiz Kohara. Cortiços: o mercado habitacional de exploração da pobreza. pesca artesanal. Faça-lhes per-
Carta Maior, 5 set. 2012. Disponível em: http://cartamaior.com.br/?/Editoria/ guntas de modo que possam ava-
Direitos-Humanos/Corticos-o-mercado-habitacional-de-exploracao-da-
liar os benefícios da instalação da
pobreza/5/25899. Acesso em: 5 mar. 2021.
indústria para a população (novos
empregos, maior circulação de
a. De acordo com o texto, os cortiços são moradias que só mercadorias, diversificação de ati-
vidades, entre outros) e os danos
existiam no passado? Sublinhe de verde o trecho do texto que ambientais que ela pode causar.
justifica a sua resposta. Registre as respostas na lousa,
Não, eles continuam existindo até hoje. Ver primeiro grifo do texto. para que tenham elementos para
b. Sublinhe de azul o trecho do texto sobre os problemas a conversa. Comente com eles
enfrentados pelos moradores de um cortiço. sobre a responsabilidade social
Ver segundo grifo do texto. e ambiental das empresas nas
c. A foto mostra que o autor do texto está correto? Por quê? atividades que realizam. Enfatize
Sim, pois ela retrata a existência de cortiço no presente. que é possível desenvolvê-las sem
d. Em sua opinião, por que ainda hoje muitas pessoas precisam acarretar danos ao meio ambien-
te e à população. Mencione alguns
morar em locais como os cortiços? Resposta pessoal. exemplos, como instalar filtros em
chaminés, tratar o esgoto antes
3 Você conhece alguém que trabalha em uma indústria? Em caso de lançá-lo em rios ou em lagos,
afirmativo, converse com essa pessoa para saber como é o promover a coleta seletiva na em-
presa para reciclagem de mate-
trabalho que ela realiza. Depois, conte aos colegas quem é ela e riais, evitar o desperdício de água,
como é o trabalho dela. Resposta pessoal. de energia elétrica e de materiais,
entre outros. Cada empresa deve
sessenta e nove 69 criar planos e projetos para aten-
der à legislação ambiental em seu
ramo de atuação.
05 AM urbanas e as insuficientes políticas pú-
AJ_CH3_PNLD23_C05_058a069_LA.indd 69 te, promova em sala de aula a escolha7/20/21 8:05 AM

blicas destinadas às regiões periféricas das questões que serão feitas na entre-
APOIO DIDÁTICO

das cidades. Promova uma reflexão so- vista. Peça aos estudantes que deem
bre como esses fatores influenciam a es- sugestões de perguntas e anote-as na
colha desses locais para habitação. lousa. Depois, solicite que copiem as
perguntas no caderno e que as façam
y Atividade 3: Oriente os estudantes a
ao entrevistado. Diga-lhes para regis-
elaborar previamente um roteiro de
trar ou gravar com o celular ou com
perguntas sobre o assunto. Sugestões
um gravador, se possível. Reserve um
de perguntas: “Que tipo de trabalho momento para que os estudantes com-
você faz?”; “Quantas horas trabalha por partilhem as entrevistas em sala de aula.
dia?”; “Como está organizada a produ- Essa atividade pode contribuir para que
ção?”; “Quantos trabalhadores há na eles consigam identificar e comparar di-
fábrica?”; “Há trabalhadores que vieram ferentes pontos de vista em relação às
de outro estado?”; “Quais mercadorias condições sociais do município, identi-
a fábrica produz?”; “Como são as condi- ficando a diversidade de ocupações na
ções de trabalho?”. Se julgar convenien- comunidade onde vivem.

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69A Conclusão do capítulo 5

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 5
Sugestões para a avaliação formativa
1. Este capítulo abordou a transformação das paisagens especificamente nos meios urbanos. Espera-se que ele
possibilite aos estudantes estabelecer relações entre o passado e o presente das cidades e promova a neces-
sidade de desenvolver um olhar empático e consciente em relação às diferenças e ao papel de todos para o
desenvolvimento coletivo.
2. A seção Aprender sempre do Livro do Estudante recupera e aprofunda os conteúdos trabalhados ao longo do
capítulo, possibilitando observar a consolidação dos conhecimentos por parte dos estudantes e a verificação
de eventuais defasagens. Essa análise facilita a elaboração de estratégias de remediação, de acordo com as
características de cada estudante e de cada turma. A seguir, foram disponibilizadas algumas sugestões para a
realização desse trabalho.
3. A atividade 1 propõe a análise de uma imagem como elemento central das questões. Ao reconhecer que o es-
tabelecimento da foto é uma padaria e que essa imagem retrata o passado, promova com os estudantes um
diálogo a respeito dos aspectos observados que os levaram a essa conclusão e de como essa análise pode ser
utilizada em diversas outras situações. Essa constante referência ao passado por meio de conhecimentos do
presente desenvolve na turma a atitude historiadora e torna os estudantes mais críticos quanto às fontes.
4. Na atividade 2, assim como na atividade anterior, o trabalho com as fontes deve ser desenvolvido de forma objeti-
va. Além disso, procure desenvolver nos estudantes o pensamento empático e de inclusão, levando-os a perceber
a condição do outro como diferente da sua, o que requer um olhar diferenciado para sua compreensão. Trabalhe
com eles as diferentes formas de moradia e como a relação econômica se faz muito presente nessa questão. As
atividades 1 e 2 visam ao desenvolvimento da habilidade EF03HI01.
5. Você pode ampliar a atividade 3, que mobiliza a habilidade EF03HI03, do modo como foi proposto nas ativida-
des de remediação a seguir. Essa ampliação visa inserir no debate a diversidade de profissões encontradas no
ambiente familiar dos estudantes e fazê-los se sentirem mais próximos das questões aqui trabalhadas.

Atividades de remediação
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no desenvolvimento da habilidade EF03HI01, peça aos estudan-
tes que tragam de casa uma lista com as profissões desenvolvidas por seus pais ou responsáveis. Posteriormente,
organize uma roda de conversa para que exponham as informações obtidas e falem um pouco da importância
dessas profissões para a sociedade em geral.
• Atividade 2: Outra opção para abordar a habilidade EF03HI01 é solicitar aos estudantes que pesquisem uma foto
antiga de um meio de transporte da cidade onde eles moram e que tirem também uma foto, com câmera fotográ-
fica ou do celular, do mesmo meio de transporte nos dias atuais. Em seguida, oriente-os a imprimir as duas fotos
e a redigir uma legenda em que constem o meio de transporte retratado, o local da cidade, as diferenças entre
a foto antiga e a atual, entre outras informações. Organize uma exposição na sala de aula ou no mural da escola
para socializar o resultado dos trabalhos.

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O campo Capítulo 6 70A

CAPÍTULO 6 O CAMPO

Objetivos pedagógicos
1. Promover a compreensão do estudante a respeito da fun- 4. Identificar as formas de uso consciente da exploração dos
ção que a agricultura exerce no dia a dia das pessoas. recursos naturais.
2. Promover a compreensão sobre o uso consciente da água 5. Reconhecer o modo de vida das populações que vivem no
nas atividades econômicas e familiares. meio rural e sua pluralidade.
3. Identificar as principais mudanças ocorridas no campo
devido às diversas formas de atividade econômica rural.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Neste capítulo, propõe-se que o foco seja mudado das em uma escala mais reduzida e em como essa exploração
transformações da cidade para as transformações do campo. pode ser mais sustentável para todos. Nesse momento, é
Essencialmente, a paisagem nesse contexto é outra, assim importante ressaltar o consumo consciente da água e dos
como as questões que ela nos apresenta. Procure inserir os recursos naturais para que possamos sobreviver no planeta.
estudantes nesse debate, começando pela visão prévia deles
Deve-se, também, explorar aquelas comunidades que
a respeito da zona rural.
vivem exclusivamente do campo e as suas origens, remeten-
Quanto às atividades econômicas praticadas no meio do aos povos indígenas e quilombolas, que continuam a so-
rural, é comum que os estudantes se lembrem primeiro das breviver do que a natureza oferece. O conhecimento desses
grandes plantações e da pecuária, pois são símbolos da ex- povos é inestimável para a formação da nossa sociedade, e
ploração natural do nosso país. Contudo, leve-os a pensar nas o estudante deve perceber a importância de cada um deles,
muitas atividades que podem ser desenvolvidas no campo mesmo que sejam muito diferentes de nós.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 2, 5, 6, 7 e 10

Competências específicas de Ciências Humanas para o


2, 3 e 6
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


1, 2, 3, 5, 6 e 7
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


1, 2, 5 e 7
Fundamental

EF03GE01, EF03GE03, EF03GE04, EF03GE05,


Habilidades de Geografia
EF03GE06, EF03GE07, EF03GE10 e EF03GE11

EF03HI01, EF03HI03, EF03HI04, EF03HI05,


Habilidades de História
EF03HI06, EF03HI07 e EF03HI11

AJ_CH3_PNLD23_C06_070Aa081A_MP.indd 70 8/5/21 12:04


70 Capítulo 6 O campo

Galeria Jacques Ardies. Fotografia: Jacques Ardies


HABILIDADE DESENVOLVIDA
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF03GE01) Identificar e com-
parar aspectos culturais dos
grupos sociais de seus lugares
de vivência, seja na cidade, seja
no campo.

70

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C06_070a081_LA.indd 70 de Jannes. Peça aos estudantes que a 7/20/21 8:17 AM AJ_C

observem com atenção e estimule-os


y Durante a análise da abertura, retome
APOIO DIDÁTICO

com os estudantes que as plantações com algumas perguntas: “Quais elemen-


podem ser consideradas elementos hu- tos naturais estão presentes na obra?”;
manizados, pois são desenvolvidas pelo “E os elementos humanizados, quais
trabalho humano com o objetivo de ob- são?”; “O que as pessoas estão fazen-
ter matérias-primas e alimentos. Em se- do?”; “Em sua opinião, por que a pintura
guida, peça-lhes que conversem sobre recebeu esse título?”; “Você já esteve
as questões propostas. em algum lugar parecido com esse?”.

Roteiro de aula
y Atividade 1: Para incentivar os estudan-
tes a observar e a analisar a imagem,
y Inicie o estudo do capítulo analisando o pergunte-lhes de quais das brincadeiras
detalhe da pintura Alegrias do campo, representadas eles já participaram.

AJ_CH3_PNLD23_C06_070Aa081A_MP.indd 70 8/5/21 12:04


O campo Capítulo 6 71
1. De soltar pipa, jogar bola, pular corda, virar estrela, brincar
com o cachorro, de balanço, de ioiô, de arco, etc.
Saber Consciência social
UL
APÍT O
Ser

66
C
O campo
y Atividade 3: Ao realizar a
comparação entre seu próprio
modo de vida e o representado
na imagem, os estudantes de-
vem explorar a capacidade de
Algumas paisagens são típicas se colocar no lugar do outro,
do campo, com plantações, respeitando as diversidades.
animais de criação e áreas
com vegetação natural. Outras
paisagens são encontradas nas
cidades e apresentam muitas
construções e ruas movimentadas.
Observe a pintura. Nela, você
vê uma paisagem rural, que
costumamos chamar de campo.

Para começo de conversa


1 As crianças representadas
nessa paisagem estão
brincando de quê?
2 Que elementos da paisagem
representada estão
relacionados ao campo?
3 Como deve ser o modo
de vida das pessoas Saber
Ser
que moram nesse local?
É parecido com o seu
jeito de viver e com o de sua
família? Comente com os
colegas e o professor.
Respostas pessoais.
2. As plantações perto das casas e no morro, os
morros cobertos de vegetação, as casas afastadas
umas das outras e os caminhos de terra.

Jannes. Alegrias do campo (detalhe), 2008.


Acrílico sobre tela.

setenta e um 71

17 AM
y Atividade 2: Com essa atividade, os es-
AJ_CH3_PNLD23_C06_070a081_LA.indd 71
y Atividade 3: Procure explorar, na com- 7/20/21 8:17 AM

tudantes começarão a refletir sobre as paração entre o modo de vida no lugar


APOIO DIDÁTICO

características do campo, identificando retratado e o da realidade do estudante,


elementos representados na imagem os ritmos de vida, os tipos de atividade
relacionados à área rural. Além disso, realizados, as relações entre as pessoas,
poderão utilizar seus conhecimentos etc. A identificação e a comparação de
prévios. Se eles tiverem dificuldade, é elementos culturais durante o trabalho
importante incentivá-los dando-lhes com a imagem na abertura do capítu-
exemplos e solicitando que observem lo permitem a retomada da habilidade
novamente a pintura. EF03GE01.

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72 Capítulo 6 O campo
As paisagens do campo
HABILIDADES DESENVOLVIDAS As paisagens do campo não são todas iguais. No entanto, as
NO TEMA “AS PAISAGENS
DO CAMPO” mais comuns apresentam plantações, pasto para animais, matas,
rios, estradas de terra e algumas construções.
» (EF03GE04) Explicar como os
processos naturais e históricos Entre as construções encontradas no campo, há moradias
atuam na produção e na mudan- espalhadas ou formando pequenas vilas, currais e estábulos, para o
ça das paisagens naturais e an-
trópicas nos seus lugares de vi- gado, e silos, que são grandes reservatórios para armazenar grãos.
vência, comparando-os a outros No campo, podem existir ainda indústrias, cujas matérias-primas
lugares. são produtos agrícolas.
» (EF03GE05) Identificar alimen- Espera-se que os estudantes reconheçam que as técnicas agrícolas, o maquinário disponível
tos, minerais e outros produtos 1 Como as técnicas e tecnologias representadas na ilustração
cultivados e extraídos da nature-
modificam a paisagem? edeavegetação
tecnologia industrial acabam diminuindo a área
natural e uniformizando a paisagem.
za, comparando as atividades de
trabalho em diferentes lugares.

Paulo Manzi/ID/BR
» (EF03GE10) Identificar os cuida- Em áreas planas, é comum No campo, podem existir
dos necessários para utilização o uso de máquinas na indústrias que beneficiam
da água na agricultura e na gera- colheita e no plantio para produtos agrícolas ou que
aumentar a eficiência. Em os transformam em novos
ção de energia de modo a garan-
terrenos inclinados, é mais produtos.
tir a manutenção do provimento
comum o trabalho manual.
de água potável.
» (EF03GE11) Comparar impactos
das atividades econômicas ur-
banas e rurais sobre o ambien-
te físico natural, assim como os
riscos provenientes do uso de
ferramentas e máquinas.
» (EF03HI11) Identificar diferenças
entre formas de trabalho realiza-
das na cidade e no campo, consi-
derando também o uso da tecno-
logia nesses diferentes contextos.

res-
Co

ia
- fa n t a s
Representação
sem proporção
de distância Retirar a vegetação original sem o devido
entre os cuidado deixa o solo desprotegido e
elementos
vulnerável à erosão pela ação das chuvas.

2 Que prejuízos ao meio ambiente causados pela ação


humana podemos notar na paisagem ilustrada? É possível notar
uma área com desmatamento recente e outra em que ocorreu o processo de erosão do solo.
72 setenta e dois

Orientação didática e elementos naturais, como árvores,


AJ_CH3_PNLD23_C06_070a081_LA.indd 72 as características de cada paisagem se 7/20/21 8:17 AM AJ_C

montanha, rio e lago. devem às atividades ali praticadas, aos


y No estudo desse tema, os estudantes
APOIO DIDÁTICO

vão aprender as principais caracte- elementos naturais que a compõem e


Roteiro de aula que podem servir como recursos e ao
rísticas e atividades desenvolvidas no
campo. Peça-lhes que identifiquem os y Chame a atenção dos estudantes para uso ou não de máquinas, equipamen-
elementos naturais e os elementos hu- os boxes explicativos de alguns ele- tos e demais tecnologias. Ao abordar a
manizados na paisagem representada. mentos representados na ilustração. presença da indústria, pergunte a eles
O trabalho de identificação e de dife- y Atividade 1: É importante que os estu- que tipo de produto é fabricado ali,
renciação desses elementos é impor- dantes reconheçam as mudanças que estimulando-os a dar alguns exemplos.
tante, pois estimula a naturalização da as atividades agrícolas ocasionam nas y Atividade 2: Oriente os estudantes na
análise de todo tipo de imagem. Além paisagens naturais, retomando a habi- identificação do desmatamento e do
disso, permite que eles percebam a di- lidade EF03GE04. Pergunte-lhes se a processo de erosão do solo na ilustra-
versidade das paisagens no campo e paisagem da ilustração se assemelha ção. Explique-lhes que, com a retirada
na cidade. Espera-se que eles identi- ao local de residência deles e quais dos da vegetação, o solo fica mais suscetí-
fiquem elementos humanizados, como elementos representados há perto da vel ao processo erosivo. Tal abordagem
o cultivo de diferentes produtos, a casa deles. Destaque que existe uma dará elementos para que os estudantes
criação de animais, indústria e casas; variedade de paisagens rurais e que desenvolvam a habilidade EF03GE11.

AJ_CH3_PNLD23_C06_070Aa081A_MP.indd 72 8/5/21 12:04


O campo Capítulo 6 73
Re R
pre epre es
sentasçeõntações Mapas turísticos HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO REPRESENTAÇÕES
Os mapas podem ter várias utilidades: os mapas escolares são » (EF03GE06) Identificar e interpre-
elaborados para o ensino, os mapas rodoviários são feitos para tar imagens bidimensionais e tridi-
mensionais em diferentes tipos de
orientar os motoristas, etc. representação cartográfica.
Os mapas turísticos geralmente são produzidos por prefeituras para
» (EF03GE07) Reconhecer e ela-
orientar os visitantes, além de divulgar as principais atrações locais. borar legendas com símbolos
Observe o mapa de turismo rural a seguir e responda às questões. de diversos tipos de representa-
ções em diferentes escalas car-
tográficas.
Lomba Grande, Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul: Turismo rural

Vanessa Alexandre/ID/BR
Legenda
1. Igreja
2. Ponte
3. Escola
4. Criação de cavalos
5. Unidade Básica de Saúde
6. Centro de educação ambiental
7. Lojas

Fontes de pesquisa: Carolina Strack Rostirolla, Aurelio Strack. O estreitamento da dicotomia


urbano-rural: o caso do bairro Lomba Grande, de Novo Hamburgo, RS. Em: Globalização
em Tempos de Regionalização – Repercussões no Território. Santa Cruz do Sul, RS, 2015.
Disponível em: https://online.unisc.br/acadnet/anais/index.php/sidr/article/view/13378/2543;
GoogleMaps. Disponível em: https://www.google.com.br/maps; Sistema de Informações
Geográficas do Município de Novo Hamburgo. Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo.
Disponível em: https://signh.novohamburgo.rs.gov.br/. Acessos em: 18 mar. 2021.

1 Quais elementos representados nesse mapa podem fazer


parte das atividades de turismo rural?

2 Marque com um X os elementos presentes nesse mapa.


serra X legenda X nomes de
localidades
X rosa dos ventos X rios

1. Os estudantes podem mencionar o centro de educação ambiental, o local de criação de cavalos,


as lojas e a igreja. É possível citar também o rio e as áreas de vegetação (para piquenique, por
exemplo) e lugares para andar a cavalo. setenta e três 73

17 AM Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C06_070a081_LA.indd 73 croqui turístico. A seguir, apresente-lhes
7/20/21 que os mapas turísticos utilizam muitas
8:17 AM

o mapa turístico do bairro Lomba Gran- ilustrações e estimule a reflexão sobre a


y Se julgar oportuno, problematize a in-
APOIO DIDÁTICO
tencionalidade dos mapas turísticos. de. Leia o título com eles e peça-lhes razão do uso desse recurso, promoven-
Comente que eles não representam to- que descrevam o lugar representado. do o desenvolvimento das habilidades
dos os aspectos de um lugar, mas des- Faça, então, a leitura da legenda com EF03GE06 e EF03GE07.
tacam somente alguns pontos de inte- a devida identificação dos elementos y Atividade 1: Incentive os estudantes a
resse à atividade turística. no mapa. É importante destacar que mencionar a maior quantidade de ativi-
os mapas turísticos não costumam dades que eles conseguirem e escreva-
Roteiro de aula ter escala, ou seja, a redução de seus -as na lousa.
y Para iniciar a conversa sobre a forma elementos não é proporcional. Desafie y Atividade 2: Ao destacar os elemen-
de representação de lugares turísticos os estudantes a identificar no mapa os tos básicos presentes no mapa, retome
apresentada nessa seção, pergunte aos elementos que evidenciem a falta de com a turma a função de cada um deles
estudantes se já viram algum mapa ou escala. Ao longo da atividade, comente para a compreensão da imagem.

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74 Capítulo 6 O campo
1. Resposta pessoal. Os estudantes podem citar produtos
Agricultura consumidos diariamente em sua alimentação, como arroz, feijão,
alface, agrião, tomate, cenoura, mandioca, etc.
HABILIDADES DESENVOLVIDAS O cultivo de plantas para serem usadas na produção de
NO TEMA “AGRICULTURA”
alimentos, tecidos, combustíveis e muitos outros produtos que
» (EF03GE04) Explicar como os consumimos no dia a dia é chamado agricultura.
processos naturais e históricos
atuam na produção e na mudan- As tarefas envolvidas no trabalho agrícola são muitas: limpeza do
ça das paisagens naturais e an- terreno, preparação do solo, plantio das sementes, acompanhamento
trópicas nos seus lugares de vi-
vência, comparando-os a outros do crescimento das plantas e colheita. Algumas dessas tarefas são
lugares. feitas somente com as mãos. Já outras tarefas podem ser realizadas
» (EF03GE05) Identificar alimen- com o auxílio de ferramentas ou com o uso de máquinas.
tos, minerais e outros produtos
cultivados e extraídos da nature- 1 Quais produtos consumidos em seu dia a dia vêm da
za, comparando as atividades de
agricultura?
trabalho em diferentes lugares.
» (EF03GE10) Identificar os cuida- 2 Que tarefas são comumente realizadas no trabalho agrícola?
dos necessários para utilização Limpeza do terreno, preparação do solo, uso de ferramentas, plantio de sementes, cuidados
da água na agricultura e na gera- com a plantação e colheita, com ou sem
ção de energia de modo a garan- O uso da água na agricultura maquinário.
tir a manutenção do provimento A agricultura é a atividade econômica que mais utiliza água. A
de água potável.
irrigação é adotada em locais onde as chuvas não são suficientes
» (EF03GE11) Comparar impactos ou não ocorrem nos momentos adequados para o tipo de cultivo
das atividades econômicas ur-
banas e rurais sobre o ambiente escolhido.
físico natural, assim como os ris- A água de irrigação é captada de reservatórios próximos das
cos provenientes do uso de fer-
ramentas e máquinas. propriedades rurais e bombeada até a plantação para garantir
» (EF03HI11) Identificar diferen- a produtividade agrícola. Quando mal aplicada, essa técnica pode
ças entre formas de trabalho gerar desperdício de água. Além

Dirceu Portugal/Fotoarena
realizadas na cidade e no cam- disso, o excesso de irrigação
po, considerando também o uso
da tecnologia nesses diferentes gera impactos no solo, como
contextos. o acúmulo de sais minerais
presentes na água.
COMPONENTE ESSENCIAL A irrigação permite fazer o cultivo durante o
PARA A ALFABETIZAÇÃO ano todo em lugares onde chove pouco ou
chove apenas em alguns meses do ano.
» Conhecimento alfabético. Sistema de irrigação em Campo Mourão,
Paraná. Foto de 2019.
Atividade complementar
y Solicite aos estudantes que ela- 3 Relacione cada termo à frase correspondente.
borem um esquema ilustrativo
das tarefas envolvidas no traba- a. Irrigação c Recurso essencial para as plantas.
lho agrícola: limpeza do terreno,
preparação do solo, plantio das b. Agricultura a Técnica que fornece água para a lavoura.
sementes, acompanhamento do
crescimento das plantas e co- c. Água b Atividade econômica que mais utiliza água.
lheita. No momento de socializa-
ção dos desenhos, pergunte aos
estudantes o que poderia estar 74 setenta e quatro
representado no espaço em um
momento anterior ao da limpeza
do terreno. Leve-os a compreen- Orientações didáticas
AJ_CH3_PNLD23_C06_070a081_LA.indd 74 os cuidados necessários para evitar a 7/20/21 8:17 AM
der que, em algum momento, a
contaminação desse recurso essencial,
y Se necessário, ajude os estudantes a
APOIO DIDÁTICO

área esteve coberta por vege-


perceber que a agricultura é o setor que dando subsídios para que os estudantes
tação natural. Desse modo, eles
mais consome água, apresentando nú- desenvolvam a habilidade EF03GE10.
começarão a identificar proces-
sos produtivos e suas etapas. meros muito superiores aos da indústria y Pergunte aos estudantes o que eles sa-
e do consumo doméstico. Dessa forma, bem sobre agrotóxicos. Com base nas
o uso racional da água nas atividades ideias apresentadas por eles, aponte
agrícolas é fundamental para garantir que os agrotóxicos são uma invenção
o provimento de água para os demais recente na história da agricultura, tendo
setores da sociedade, especialmente o em vista que, em um passado não tão
setor doméstico. Nesse sentido, o texto remoto, fertilizantes químicos e agrotó-
analisado na atividade 3 aponta a ativi- xicos eram pulverizados nas plantações
dade que utiliza a maior quantidade de manualmente e com instrumentos sim-
água, a técnica utilizada para captá-la e ples, sem a utilização de máquinas. Essa
os riscos da aplicação incorreta dessa reflexão ajudará no desenvolvimento da
técnica, e as atividades 4 e 5 enfatizam habilidade EF03GE10.

AJ_CH3_PNLD23_C06_070Aa081A_MP.indd 74 8/5/21 12:04


O campo Capítulo 6 75
Os cuidados com a água na agricultura
O uso de fertilizantes no solo e de agrotóxicos nas lavouras
pode contaminar a água de rios e lagos e também a água Água: quando a fonte seca
subterrânea. Quando chove, a água da chuva que escoa pelo solo O crescimento da indústria pecuá-
ria mundial vai agravar o quadro de su-
leva os resíduos desses produtos químicos para os rios, lagos e
perexploração e contaminação de rios e
mares. Além disso, ocorre a infiltração de água contaminada no lagos: de um lado, o recurso é utilizado
solo. A aplicação inadequada desses produtos químicos pode no cultivo de alimentos para os animais,
impactar o meio ambiente e as pessoas. por outro, os resíduos da pecuária con-
Existem cuidados na prática agrícola que contribuem para a taminam as águas subterrâneas.
preservação das águas. Entre eles estão os métodos alternativos […]
para fertilizar o solo e controlar as pragas, como o uso de A atividade que mais consome
biofertilizantes, a coleta de água – sendo apontada como a prin-
cipal causa da crise hídrica mun-
plantas atacadas por pragas fertilizante: produto químico com nutrientes dial – é a agricultura, que utiliza
e o uso de barreiras físicas para aumentar a produtividade do solo. 70% da água doce disponível no
contra as pragas. A presença agrotóxico: produto químico utilizado para mundo, enquanto o uso doméstico
evitar fungos, pragas ou ervas daninhas nas
de mata ciliar também ajuda plantações. (10%) e da indústria (20%) é muito
a evitar que o escoamento de biofertilizante: adubo feito de esterco, terra de menor. Um terço da cota que abas-
mata, resíduo de sementes e outros materiais. tece a agricultura é destinado à pe-
água da chuva leve poluição
cuária. Não porque vacas, porcos e
para os rios. galinhas bebam muito líquido, mas
porque a consomem indiretamente
4 Que práticas agrícolas podem causar a poluição das águas
para a produção de forragem.
de rios e das águas subterrâneas? Como isso ocorre?
De acordo com um estudo da
5 Observe esta charge. Depois, converse com os colegas e o WWF, são necessários 15,5 mil litros
professor sobre as questões a seguir. de água para produzir apenas um
quilo de carne bovina, o que corres-
4. Uso de agrotóxicos 5a. Os impactos do uso de
ponde a usar uma pequena pisci-
Arionauro/Acervo do cartunista

e fertilizantes. agrotóxicos para a saúde,


tanto na aplicação quanto
na de água para obter quatro bifes.
Quando chove, a
no consumo dos alimentos Uma quantidade que surpreende,
água que escoa pelo
que receberam esses até examinarmos detalhadamen-
solo leva resíduos
produtos. te o que uma vaca come durante a
desses produtos
para os rios. Além Arionauro. vida: 1,3 mil quilos de grãos e 7,2 mil
Agrotóxicos. Acervo quilos de forragem. Para cultivar
disso, ocorre a do chargista.
infiltração de água Disponível em: tudo isso é preciso usar muita água.
contaminada, que http://www. Deve-se ainda somar, para cada
arionaurocartuns.
alcança o lençol com.br/. Acesso em:
animal, 24 metros cúbicos de água
freático. 25 mar. 2021. para beber e sete para limpar o es-
tábulo. Em suma, para produzir um
a. Qual é o problema representado nessa charge? quilo de carne bovina são necessá-
rios 6,5 quilos de grãos, 36 quilos de
b. Quais cuidados podem ser tomados na agricultura para evitar forragem e 15,5 mil litros de água.
o tipo de prática mostrado na charge?
5b. Fertilizar o solo com biofertilizantes e controlar as pragas de maneira alternativa, pela coleta ATLAS da carne: fatos e números sobre
os animais que comemos. Rio de Janei-
de plantas atacadas pelas pragas e pelo uso de barreiras físicas (cobertura) contra elas. ro: Heinrich Böll Foundation, 2015. p. 40.
setenta e cinco 75

Roteiro de aula
AJ_CH3_PNLD23_C06_070a081_LA.indd 75
y Atividade 1: Solicite aos estudantes que dos estudantes, diferenciando as tare-
7/20/21 8:17 AM

identifiquem produtos consumidos em fas manuais e as mecanizadas.


y Inicie
APOIO DIDÁTICO
o tema analisando a foto repro-
duzida na página. Peça aos estudantes seu dia a dia que sejam produzidos pela y Atividades 3 e 4: Retome a importância
que observem a técnica utilizada (irri- agricultura. Com base no que for levan- do uso consciente da água em todas as
gação). Explore também as diferenças tado por eles, aponte que consumimos atividades.
existentes na agricultura, como a ex- desde produtos in natura, como verdu- y Atividade 5: Ao analisar a charge, es-
tensão da propriedade e a tecnologia ras, legumes e frutas, até alimentos que clareça aos estudantes que os agrotó-
utilizada, quem são os trabalhadores já foram processados pela agroindús- xicos podem prejudicar a saúde tanto
agrícolas, o que é produzido, etc. Há, tria, como suco de laranja e molho de dos agricultores responsáveis por sua
por exemplo, áreas em que é utilizada tomate, entre muitos outros. Essa cons- aplicação – daí o uso de equipamen-
tecnologia avançada para o desenvolvi- tatação permitirá que os estudantes tos de proteção – quanto das pessoas
mento de atividades agrícolas e outras desenvolvam a habilidade EF03GE05. que consumirão os alimentos. Discu-
em que são empregadas técnicas tradi- y Atividade 2: Se julgar conveniente, faça ta as alternativas ao uso dos agrotó-
cionais e pouca tecnologia. uma lista na lousa com as sugestões xicos, como a agricultura orgânica.

AJ_CH3_PNLD23_C06_070Aa081A_MP.indd 75 8/5/21 12:04


76 Capítulo 6 O campo
Outras atividades econômicas
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Além da agricultura, no campo são realizados outros tipos
NO TEMA “OUTRAS
ATIVIDADES ECONÔMICAS” de atividades econômicas. A criação de animais para atender às
necessidades de alimentação, de
» (EF03GE04)

Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo


Explicar como os A
processos naturais e históricos trabalho ou de transporte
atuam na produção e na mudan- da população chama-se pecuária.
ça das paisagens naturais e an-
trópicas nos seus lugares de vi- Vários produtos são obtidos
vência, comparando-os a outros desses animais. Por exemplo:
lugares.
carne, leite e ovos, para a
» (EF03GE05) Identificar alimen-
tos, minerais e outros produtos alimentação, e couro, para a
cultivados e extraídos da nature- fabricação de bolsas, sapatos Criação de bois em Poconé, Mato
za, comparando as atividades de
trabalho em diferentes lugares.
e roupas. Grosso. Foto de 2020.

» (EF03GE10) Identificar os cuida-

Adriano Kirihara/Pulsar Imagens

Ernesto Reghran/Pulsar Imagens


dos necessários para utilização
B C
da água na agricultura e na gera-
ção de energia de modo a garan-
tir a manutenção do provimento
de água potável.
» (EF03GE11) Comparar impactos
das atividades econômicas ur-
banas e rurais sobre o ambien-
te físico natural, assim como os
riscos provenientes do uso de Aviário em Araguari, Minas Gerais. Foto Criação de porcos em Mamboré, Paraná.
ferramentas e máquinas. de 2021. Foto de 2019.

» (EF03HI11) Identificar diferen-

Andre Dib/Pulsar Imagens

Miguel Noronha/Futura Press


ças entre formas de trabalho D E
realizadas na cidade e no cam-
po, considerando também o uso
da tecnologia nesses diferentes
contextos.

COMPONENTES ESSENCIAIS
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Conhecimento alfabético. Criação de cabras em Canudos, Bahia. Criação de ovelhas em Vista Alegre, Rio
Foto de 2019. Grande do Sul. Foto de 2020.
» Desenvolvimento de vocabulário.
1 Com a ajuda de um dicionário, escreva em cada quadrinho
Para casa a letra da foto de acordo com o tipo de criação retratada.
A gado bovino C gado suíno D gado caprino
y Atividade 1: Oriente os estu-
dantes a procurar a ajuda de
um adulto ou responsável em E gado ovino B aves
casa quanto à forma como de-
vem utilizar o dicionário para
encontrar as respostas neces- 76 setenta e seis

sárias da atividade.

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C06_070a081_LA.indd 76 nas e os animais podem ser utilizados no 7/20/21 8:17 AM AJ_C

transporte de carga e de pessoas.


y Explique aos estudantes a importância
APOIO DIDÁTICO

das reservas extrativistas para a garan- y Explique que a pecuária, assim como
tia da sobrevivência e da perpetuação a agricultura, é hoje um dos principais
de comunidades tradicionais e também motores do desmatamento, principal-
para a conservação do meio ambiente. mente na região amazônica. O sistema
O trecho do texto “Reserva extrativista” de criação adotado no Brasil, denomi-
reproduzido nesta página do manual nado pecuária extensiva (em que os
pode servir como fonte de pesquisa. animais pastam soltos em áreas exten-
sas), gera a conversão de grandes tre-
Roteiro de aula chos de floresta em pasto, provocando
y Ao tratar da pecuária, enfatize a impor- graves impactos ambientais. Essa dis-
tância dessa atividade, tendo em vista cussão tem como objetivo dar subsí-
que ela é responsável pelo fornecimento dios para o desenvolvimento da habili-
de alimentos como carne, leite e ovos e dade EF03GE11.
matérias-primas como o couro; que os y Tomar conhecimento de outras ativida-
ovos são usados na produção de vaci- des econômicas praticadas no campo,

AJ_CH3_PNLD23_C06_070Aa081A_MP.indd 76 8/5/21 12:04


O campo Capítulo 6 77
Outras atividades

Delfim Martins/Pulsar Imagens


econômicas que se
realizam no campo são o Para complementar
extrativismo e o turismo. BomBardi, Larissa M. Geografia do
O extrativismo consiste uso de agrotóxicos no Brasil e
conexões com a União Europeia.
na atividade de coleta São Paulo: Laboratório de Geo-
ou extração de recursos grafia Agrária, FFLCH-USP, 2017.
naturais, sejam os de Disponível em: https://conexao
a g u a . m p f. m p . b r/a r q u i v o s /
origem vegetal, sejam os agrotoxicos/05-larissa-bom
de origem animal, sejam bardi-atlas-agrotoxico-2017.pdf.
Acesso em: 9 jul. 2021.
os de origem mineral.
A publicação apresenta infor-
Essa atividade é feita mações e mapas recentes sobre
o uso de agrotóxicos no Brasil.
sem a necessidade do
plantio ou da criação de
Salina em Macau, Rio Grande do Norte. Foto de
animais. Com o extrativismo, 2019. Reserva Extrativista (RESEX):
é possível obter vários é uma área utilizada por popula-
produtos, como castanhas, açaí, peixes e sal. Esses produtos podem ções extrativistas tradicionais, cuja
subsistência baseia-se no extrati-
ser usados no campo ou na cidade, em diferentes setores, como a
vismo e, complementarmente, na
alimentação e a indústria. agricultura de subsistência e na
O turismo rural, ou seja, a visita a áreas rurais por pessoas criação de animais de pequeno
de outras localidades, é uma atividade bastante comum. porte. Tem como objetivos básicos
proteger os meios de vida e a cul-
Ao visitar esses lugares, os turistas buscam atividades de lazer, tura dessas populações, e assegu-
como ver novas paisagens, conhecer a fauna e a flora, praticar rar o uso sustentável dos recursos
esportes e estar em contato com a natureza. naturais da unidade. A Reserva é
de domínio público, com uso con-
2 Assinale com um X os produtos obtidos do extrativismo. cedido às populações extrativistas
tradicionais, sendo que, segundo a
X peixe X açaí X sal lei, as áreas particulares incluídas
em seus limites devem ser desapro-
milho soja priadas. […]
Unidades de Conservação. Instituto
3 Você já visitou uma área rural? Em caso afirmativo, quais Socioambiental. Disponível em: https://
características e atividades mais chamaram sua atenção? uc.socioambiental.org/uso-sustentável/
Respostas pessoais. reserva-extrativista#sistema-de-
unidades-de-conservao-snuc. Acesso
Para e em: 29 jul. 2021.
xplorar

Do campo à mesa: o caminho dos alimentos, de Teddy Chu. São Paulo: Moderna.
Esse livro mostra os caminhos da produção dos alimentos que chegam até nossa mesa, do
plantio à colheita, da criação de animais à distribuição dos alimentos.

setenta e sete 77

17 AM além da agricultura e da pecuária, per-


AJ_CH3_PNLD23_C06_070a081_LA.indd 77
y Atividade 1: Essa atividade permite o de- 7/20/21 8:17 AM

mite aos estudantes ampliar a visão so- senvolvimento da habilidade EF03GE05,


APOIO DIDÁTICO

bre o espaço rural. Ao abordar o extra- bem como o trabalho interdisciplinar com
tivismo, incentive-os a dar exemplos de Língua Portuguesa.
alimentos que consumimos e materiais y Atividade 2: Aqui você pode utilizar a
que utilizamos no cotidiano que sejam palavra “extrativismo” como exemplo de
resultado de atividades extrativistas, pesquisa no dicionário que os estudan-
como peixes, castanhas, frutos silves- tes realizaram na atividade 1. Questione
tres e borracha, desenvolvendo a habi- com eles se há o consumo desses pro-
lidade EF03GE05. Para complementar dutos na região em que vivem.
o estudo desse tema, se possível, apre-
sente aos estudantes o livro indicado
y Atividade 3: Se julgar conveniente, pro-
mova uma roda de conversa para que
no boxe Para explorar, que descreve o os estudantes troquem experiências uns
caminho que os alimentos fazem desde com os outros.
sua produção no espaço rural até o con-
sumidor final.

AJ_CH3_PNLD23_C06_070Aa081A_MP.indd 77 8/5/21 12:04


78 Capítulo 6 O campo

Pessoas e lugares
HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO PESSOAS E
LUGARES A comunidade quilombola
» (EF03GE01) Identificar e compa-
rar aspectos culturais dos grupos
Itamatatiua, no Maranhão
sociais de seus lugares de vivên-
cia, seja na cidade, seja no campo.
» (EF03GE03) Reconhecer os di- O Maranhão é um dos Maranhão: Alcântara
ferentes modos de vida de povos estados com maior número de 45°O
OCEANO

João Miguel A. Moreira/ID/BR


e comunidades tradicionais em comunidades remanescentes ATLÂNTICO
distintos lugares. Alcântara
de quilombos. No município
» (EF03HI01)
São Luís
Identificar os grupos
de Alcântara, a maioria da
PARÁ
populacionais que formam a cida-
de, o município e a região, as rela- população vive no campo e se MARANHÃO
5°S
ções estabelecidas entre eles e os
eventos que marcam a formação distribui em cerca de quarenta CEARÁ

da cidade, como fenômenos mi- comunidades.


gratórios (vida rural/vida urbana), PIAUÍ
desmatamentos, estabelecimento Entre elas está Itamatatiua,
de grandes empresas etc. envolvida há mais de 30 anos Legenda
» (EF03HI03) Identificar e com- na luta por terra e direitos após
Divisa de estado
Capital de estado
parar pontos de vista em relação TOCANTINS
0 160 km
Área de município

a eventos significativos do local a desapropriação feita pelo


em que vive, aspectos relacio- governo para a criação de uma Fonte de pesquisa. Atlas geográfico escolar.
nados a condições sociais e à 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. p. 162.
presença de diferentes grupos base espacial de lançamento de
sociais e culturais, com especial foguetes. Nessa comunidade quilombo: povoado formado por
destaque para as culturas africa-
nas, indígenas e de migrantes.
quilombola, as famílias vivem descendentes de africanos escravizados
que guardam tradições, memórias e
da agricultura, da pecuária e do
» (EF03HI04) Identificar os pa- modos de vida de seus antepassados.
trimônios históricos e culturais extrativismo.
de sua cidade ou região e dis-

ns
cutir as razões culturais, so-

Cesar Diniz/Pulsar Image

Cesar Diniz/Pulsar Imagens


ciais e políticas para que assim
sejam considerados.
» (EF03HI05) Identificar os marcos
históricos do lugar em que vive e
compreender seus significados.
» (EF03HI07) Identificar seme-
lhanças e diferenças existentes
entre comunidades de sua cida-
de ou região, e descrever o pa-
pel dos diferentes grupos sociais
que as formam.

a namoradeira em
Para complementar Artesã modela bonec Crianças brincam no galpão da
na Assoc iaç ão das Mulheres
argila Associação das Mulheres Ceramistas de
de Ita ma tat iua . Foto de 2014.
CazumBá, Meire. Histórias da Ca- Ceramistas Itamatatiua. Foto de 2014.
zumbinha. Ilustração: Marie Ange
Bordas. São Paulo: Companhia
78 setenta e oito
das Letrinhas, 2010.
Nesse livro, Cazumbinha, uma
menina quilombola, conta his-
tórias de sua infância na comu- Orientações didáticas
AJ_CH3_PNLD23_C06_070a081_LA.indd 78
y Se julgar pertinente, leia para os estu- 7/21/21 7:27 AM AJ_C

dantes o texto reproduzido na pági-


nidade onde vive. Ela narra suas y Explique aos estudantes que, como as
APOIO DIDÁTICO

aventuras e as tradições de sua tradições quilombolas estão diretamen- na seguinte deste manual, que conta a
comunidade, como brincadeiras te ligadas ao local onde vivem, a desa- história do Movimento dos Atingidos
e comidas típicas. A leitura do propriação para a construção de uma pela Base Espacial de Alcântara (MABE).
livro pelos estudantes pode ser base espacial, ou qualquer outra ação
uma forma de eles se aproxima- Roteiro de aula
que coloque em perigo ou impeça a
rem ainda mais do modo de vida permanência de uma dessas comuni- y Partindo da leitura do texto e das ima-
das comunidades quilombolas. dades em seu território, ameaça, conse- gens dessa seção, evidencie para os
Além disso, a leitura desenvolve quentemente, suas tradições. Destaque estudantes como o cotidiano das comu-
habilidades de Língua Portugue- também a importância da tradição oral nidades quilombolas está diretamente
sa, despertando nos estudantes ligado aos elementos naturais do lugar
nessa cultura, pois é por meio da conta-
o apreço por textos literários. onde vivem. Do ambiente, esses habi-
ção de histórias que os mais velhos ensi-
nam às novas gerações as tradições da tantes obtêm seus alimentos, utilizam
comunidade. Essa discussão permitirá recursos para gerar renda e até mesmo
aos estudantes desenvolver as habilida- extraem materiais que são usados em
des EF03GE01 e EF03GE03. brinquedos e brincadeiras.

AJ_CH3_PNLD23_C06_070Aa081A_MP.indd 78 8/5/21 12:04


O campo Capítulo 6 79
Uma atividade que ganhou destaque é

Cesar Diniz/Pulsar Imagens


a produção de cerâmicas artesanais, feitas
do barro extraído dos campos. As peças O que é o MABE?
são elaboradas principalmente por artesãs, O Movimento dos Atingidos pela
que desde 2006 criaram a Associação das Base Espacial de Alcântara, MABE,
Mulheres Ceramistas de Itamatatiua. é uma organização que une as co-
munidades do território étnico de
Um costume que permanece mesmo Alcântara na defesa dos seus di-
após a chegada da TV, do rádio e da reitos e de sua dignidade face aos
internet nessa comunidade é a contação de danos socioambientais provocados
histórias. Adultos e crianças são envolvidos pela instalação da Base de Lança-
Menino empinando pipa em mento de Foguetes empreendida
por lendas africanas e personagens do Itamatatiua. Foto de 2014.
pela Aeronáutica e pela Agência
imaginário popular, como o curupira. Espacial Brasileira.
A contação de histórias garante que Fundado em 1999, a partir do se-

Cesar Diniz/Pulsar Imagens


parte das tradições da comunidade seja minário “Alcântara: a Base Espacial
transmitida de geração a geração. e os Impasses Sociais”, realizado em
Além disso, as crianças jogam futebol, maio daquele ano, o MABE veio a
fortalecer uma luta que existe des-
soltam pipa e também brincam com barro.
de 1980 capitaneada pelo STTR
Elas correm pelas matas, sobem em árvores, [Sindicato dos Trabalhadores e Tra-
atravessam os rios e usam a criatividade balhadoras Rurais] de Alcântara e
para brincar aproveitando materiais como que tem raízes na resistência histó-
aros de rodas de bicicleta e de pneus. rica à escravidão pelos indígenas e
quilombolas alcantarenses.
Meninos jogam futebol em […]
curupira: criatura sobrenatural que vive nas
matas, descrita como um menino de cabelos campo cercado por Quem compõe o MABE?
vermelhos e pés virados para trás. Deixa pegadas palmeiras babaçu, que
formam a mata de cocais, O MABE representa as comuni-
enganosas para confundir os caçadores. Assim,
protege os bichos e as árvores. em Itamatatiua. dades de todo o território étnico dos
Foto de 2014. quilombolas de Alcântara. […]
1. Na área rural de Alcântara, Maranhão. Os moradores desenvolvem a agricultura, a […] Em 1986 e 1987, 312 famílias
pecuária, o extrativismo e o artesanato. de 23 povoados quilombolas foram
1 Onde se localiza a comunidade quilombola Itamatatiua? compulsoriamente deslocadas pela
Que atividades seus moradores desenvolvem? Aeronáutica e colocadas em sete
agrovilas, onde até hoje se encon-
2 Com que elemento do extrativismo as crianças de Itamatatiua
tram, enfrentando fome e privações
brincam? Esse elemento é matéria-prima para qual atividade? de toda ordem. As agrovilas foram
Barro, matéria-prima de peças artesanais de cerâmica e de outros objetos (vasos, panelas, etc.).
3 As crianças dessa comunidade realizam as mesmas instaladas longe do mar, privando-
brincadeiras das crianças das cidades? Dê exemplos. -as da pesca, e foram organizadas
Veja resposta no Roteiro de aula. em lotes agrícolas individualizados
4 De que maneira parte das tradições dessa comunidade é que desestruturaram as formas tra-
transmitida? E na comunidade em que você vive? dicionais de uso comum da terra.
Por meio de narrativas orais. Resposta pessoal. Projeto Nova Cartografia Social da
Amazônia. Série: Movimentos sociais,
identidade coletiva e conflitos.
setenta e nove 79 Fascículo 10: Quilombolas atingidos
pela Base Espacial de Alcântara.
São Luís, set. 2007. Disponível em:
http://novacartografiasocial.com/
27 AM
y Atividades 1 e 2: Utilize as respostas
AJ_CH3_PNLD23_C06_070a081_LA.indd 79 elementos naturais da paisagem, maior 7/20/21 8:17 AM download/10-quilombolas-atingidos-
pela-base-espacial-de-alcantara-
para ajudar os estudantes a fixar os con- liberdade para correr pelo espaço, etc.).
APOIO DIDÁTICO

maranhao/. Acesso em: 29 jul. 2021.


ceitos de extrativismo e matéria-prima. y Atividade 4: Para além das respostas,
y Atividade 3: É possível que os estudantes comente com a turma a importância das
apontem que as crianças da cidade tam- tradições de qualquer povo para o de-
bém brincam com pipas e jogam futebol. senvolvimento de nossas comunidades.
Nesse caso, estimule-os a refletir sobre Ao abordar as tradições das comunida-
como as diferenças entre os dois ambien- des onde os estudantes vivem, há subsí-
tes influenciam esse brincar (geralmente dios para o desenvolvimento parcial da
no campo há mais proximidade com os habilidade EF03HI04.

AJ_CH3_PNLD23_C06_070Aa081A_MP.indd 79 8/5/21 12:04


80 Capítulo 6 O campo

re
Aprender semp
HABILIDADES AVALIADAS NA
SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF03GE01) Identificar e compa- 1 Relacione a atividade econômica retratada em cada foto a uma
rar aspectos culturais dos grupos atividade desenvolvida no campo e indicada a seguir.
sociais de seus lugares de vivên-
cia, seja na cidade, seja no campo.

Cesar Diniz/Pulsar Imagens

Ricardo Azoury/Pulsar Imagens


» (EF03GE03) Reconhecer os di- B A
ferentes modos de vida de povos
e comunidades tradicionais em
distintos lugares.
» (EF03GE04) Explicar como os
processos naturais e históricos
atuam na produção e na mudan-
ça das paisagens naturais e an-
trópicas nos seus lugares de vi- Nossa Senhora do Livramento, Mato Abaetetuba, Pará. Foto de 2019.
vência, comparando-os a outros Grosso, 2020.
lugares.

Edinaldo Maciel/Shutterstock.com/ID/BR

Dirceu Portugal/Fotoarena
» (EF03GE05) Identificar alimen- D C
tos, minerais e outros produtos
cultivados e extraídos da nature-
za, comparando as atividades de
trabalho em diferentes lugares.
» (EF03GE10) Identificar os cuida-
dos necessários para utilização
da água na agricultura e na gera-
ção de energia de modo a garan- Campinas, São Paulo. Foto de 2019. Campo Mourão, Paraná. Foto de 2021.
tir a manutenção do provimento
de água potável.
» (EF03GE11) Comparar impactos a. extrativismo c. agricultura
das atividades econômicas ur-
banas e rurais sobre o ambiente b. pecuária d. turismo rural
físico natural, assim como os ris-
cos provenientes do uso de fer- 2 Leiam a notícia a seguir e respondam no caderno ao que se pede.
ramentas e máquinas.
» (EF03HI01) Identificar os grupos
populacionais que formam a cida- [...] A Operação Deriva, batizada em referência a situações em que o
de, o município e a região, as rela- agrotóxico não atinge o local desejado e se espalha para outras áreas, é a
ções estabelecidas entre eles e os primeira de uma série de fiscalizações ambientais conjuntas previstas para
eventos que marcam a formação
da cidade, como fenômenos mi-
o Mato Grosso do Sul. A ideia é realizar inspeções periódicas de combate a
gratórios (vida rural/vida urbana), danos ambientais e à saúde da população.
desmatamentos, estabelecimento Canal Rural. Fiscalização apreende sete aviões por uso irregular de agrotóxicos.
de grandes empresas etc. Disponível em: http://www.canalrural.com.br/noticias/agricultura/fiscalizacao-
apreende-sete-avioes-por-uso-irregular-agrotoxicos-66684. Acesso em: 5 mar. 2021.

• Quais danos o uso de agrotóxicos pode causar ao ambiente?


O uso de agrotóxicos pode afetar áreas que não são de plantação (deriva) e causar a
contaminação da água de rios e lagos e a infiltração de água poluída no solo, atingindo as
80 oitenta águas subterrâneas.

Orientação didática contribuem para a sociedade e quais


AJ_CH3_PNLD23_C06_070a081_LA.indd 80
y Atividade 3: Oriente os estudantes na 7/20/21 8:17 AM

são os impactos que podem provocar identificação das características da


y Antes de propor a realização das ativi-
APOIO DIDÁTICO

dades dessa seção, pergunte aos estu- no meio ambiente. Assim, eles poderão agricultura familiar. Explique-lhes que
dantes o que aprenderam no capítulo. É retomar a habilidade EF03GE05. na agricultura familiar as propriedades
interessante adotar essa prática no fim y Atividade 2: Essa atividade é uma rurais são pequenas ou médias, quem
do estudo de cada capítulo para ava- oportunidade para desenvolver a habi- trabalha no cultivo são as pessoas da
liar os assuntos que mais despertaram lidade EF03GE10, tendo em vista que o própria família e os alimentos produ-
a atenção deles e também para identi- uso intensivo de agrotóxicos, somado à zidos (raízes, legumes, frutas e horta-
ficar possíveis dificuldades, que podem ação das chuvas, pode provocar a con- liças) geralmente são utilizados para
ser sanadas durante a realização das taminação de rios e lençóis freáticos, o consumo da família e para a venda
atividades ou em conteúdos relaciona- comprometendo as reservas de água apenas em mercados locais. Em rela-
dos ao tema, preparados por você. e prejudicando a saúde da população. ção ao emprego de tecnologia, podem
Além disso, o trabalho com possíveis ser utilizadas técnicas rudimentares ou
Roteiro de aula impactos de atividades agrícolas forne- alta tecnologia. Comente também que
y Atividade 1: Reveja com os estudantes cerá o embasamento necessário para a agricultura familiar é responsável por
as atividades econômicas desenvolvi- que os estudantes desenvolvam as ha- grande parte dos alimentos que consu-
das no campo, destacando como elas bilidades EF03GE11 e EF03HI01. mimos no dia a dia.

AJ_CH3_PNLD23_C06_070Aa081A_MP.indd 80 8/5/21 12:04


O campo Capítulo 6 81
3 O ano de 2014 foi considerado pela Organização
das Nações Unidas (ONU) o Ano Internacional da Saber
Ser
Agricultura Familiar. Em todo o mundo, a agricultura
» (EF03HI03) Identificar e compa-
rar pontos de vista em relação a
familiar é valorizada por contribuir para a nutrição e a eventos significativos do local em
segurança alimentar de um grande número de pessoas. que vive, aspectos relacionados a
condições sociais e à presença de
diferentes grupos sociais e cultu-

Fonte: Correios Brasil. Fac-símile: ID/BR


rais, com especial destaque para
as culturas africanas, indígenas e
de migrantes.
» (EF03HI05) Identificar os marcos
históricos do lugar em que vive e
compreender seus significados.
» (EF03HI06) Identificar os regis-
tros de memória na cidade (no-
mes de ruas, monumentos, edifí-
cios etc.), discutindo os critérios
que explicam a escolha desses
Selo em comemoração ao Ano Internacional da Agricultura nomes.
Familiar, 2014.
» (EF03HI07) Identificar semelhan-
ças e diferenças existentes entre
a. Quais características desse tipo de agricultura podem ser comunidades de sua cidade ou
identificadas nesse selo? região, e descrever o papel dos
diferentes grupos sociais que as
Esse tipo de agricultura produz alimentos diversos em terreno relativamente pequeno formam.
e próximo à moradia da família. O trabalho é desenvolvido coletivamente, e as pessoas
cuidam de diferentes tarefas.
COMPONENTES ESSENCIAIS
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Conhecimento alfabético.
b. Em sua família, existem momentos de atividades coletivas,
» Compreensão de texto.
nas quais as tarefas são compartilhadas? Qual é a
importância desses momentos para a convivência entre vocês?
Respostas pessoais. Saber
Ser
Consciência social

4 O espaço rural apresenta diferentes paisagens, com y Atividade 3: A análise pro-


posta nessa atividade é impor-
elementos naturais, atividades humanas e modos de vida variados. tante para o desenvolvimento
da habilidade EF03GE01. As-
• Pesquise em jornais, em revistas e na internet imagens que sim, estimule a reflexão sobre
retratem essa diversidade do espaço rural. Atividade de pesquisa. a importância do comparti-
lhamento de tarefas entre os
• Recorte ou reproduza essas imagens para montar um cartaz. agricultores familiares, entre as
pessoas de comunidades qui-
• Com a turma, faça um painel com todos os cartazes. lombolas e entre os integrantes
a. Que características das diferentes paisagens rurais podem ser das famílias dos estudantes.
identificadas nas imagens? Resposta pessoal.
b. Que atividades e modos de vida foram retratados? Compare-os.
Resposta pessoal.
oitenta e um 81

y Atividade 4: Para a realização da pes-


AJ_CH3_PNLD23_C06_070a081_LA.indd 81 modo diferente com o ambiente que 7/20/21 8:17 AM

quisa iconográfica, oriente os estudan- habita e explora. Ou seja, antes da se-


APOIO DIDÁTICO

tes a retomar as diferentes atividades leção das imagens, é preciso incentivar


econômicas desenvolvidas no campo. os estudantes a considerar a diversida-
Destaque que essas atividades podem de de paisagens que o campo possui.
se diferenciar de acordo com as carac- Outra etapa importante é pensar em
terísticas naturais do ambiente onde como organizar e classificar essas ima-
se desenvolvem e o grau de tecnologia gens para a elaboração dos cartazes
empregado. Retome também a diver- (por atividade, pela população, pelo
sidade das populações que habitam o grau de transformação da paisagem,
campo, como agricultores familiares, etc.). Instigue os estudantes a elaborar
quilombolas, extrativistas e pecuaris- propostas e, juntos, estipulem os crité-
tas, e como cada grupo se relaciona de rios de organização das imagens.

AJ_CH3_PNLD23_C06_070Aa081A_MP.indd 81 8/5/21 12:04


81A Conclusão do capítulo 6

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 6
Sugestões para a avaliação formativa
1. Este capítulo buscou apresentar aos estudantes as possíveis atividades que podem ser desenvolvidas no campo
sob uma perspectiva mais sustentável para todos, priorizando o consumo consciente dos recursos naturais, além
de apresentar brevemente a diversidade de modos de vida no meio rural.
2. A seção Aprender sempre recupera e aprofunda os conteúdos trabalhados ao longo do capítulo, possibilitando
observar a consolidação dos conhecimentos por parte dos estudantes e a verificação de eventuais defasagens.
Essa análise facilita a elaboração de estratégias de remediação, de acordo com as características de cada es-
tudante e de cada turma. A seguir, foram disponibilizadas algumas sugestões para a realização desse trabalho.
3. A atividade 1 visa mostrar, por meio da comparação entre imagem e conceito, o entendimento dos estudan-
tes sobre as atividades econômicas relacionadas ao campo tratadas no capítulo. Procure esclarecer possíveis
dúvidas e, se julgar conveniente, coloque na lousa o que cada atividade representa. A atividade visa ao desen-
volvimento da habilidade EF03GE05.
4. O objetivo da atividade 2, que mobiliza as habilidades EF03GE10, EF03GE11 e EF03HI01, é promover um debate
acerca do uso de agrotóxicos nas plantações e sobre como eles afetam a nossa vida. Aproveite para conversar
com a turma a respeito dos componentes de uma refeição saudável e que faça uso das produções do campo.
Aqui é possível dar ênfase às feiras da cidade e à agricultura familiar, como apresenta a atividade 3, que mobiliza
as habilidades EF03HI03, EF03HI05 e EF03HI07.
5. Por fim, oriente os estudantes para que a pesquisa proposta na atividade 4 aborde uma grande variedade de
paisagens e de elementos naturais para que sejam discutidos em sala de aula. Essa atividade permite que os
estudantes desenvolvam as habilidades EF03GE01, EF03GE03, EF03GE04, EF03HI03, EF03HI06 e EF03HI07.

Atividades de remediação
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no desenvolvimento das habilidades EF03GE05, EF03GE10 e
EF03GE11, peça à turma que escreva um pequeno texto referente às atividades que podem ser realizadas no
campo. Você pode colocar na lousa uma lista produzida por eles para que escolham um item para desenvolver
no texto.
• Atividade 2: Outra possibilidade é promover um estudo sobre o uso de agrotóxicos na agricultura e seus impac-
tos. Os estudantes podem ser organizados em grupos, e cada grupo pode abordar um aspecto do tema, por
exemplo: consequências do consumo de alimentos com agrotóxicos; consequências da aplicação de agrotóxicos
para a saúde dos agricultores; os alimentos que concentram a maior quantidade de agrotóxicos e por quê; como
higienizar os alimentos para evitar a ingestão de agrotóxicos. Aproveite também para solicitar aos estudantes que
abordem o que é agricultura orgânica e alguns exemplos de práticas sustentáveis de povos e comunidades tradi-
cionais. É importante disponibilizar a eles materiais como livros, revistas, folhetos e cartilhas para a pesquisa. No
final, a pesquisa pode ser sistematizada sob a forma de cartazes informativos, que devem ser socializados entre
os grupos e podem ser fixados na sala de aula ou em outros locais da escola, para que mais estudantes tenham
acesso a essas informações.

AJ_CH3_PNLD23_C06_070Aa081A_MP.indd 81 8/5/21 12:04


A cidade Capítulo 7 82A

CAPÍTULO 7 A CIDADE

Objetivos pedagógicos
1. Promover a compreensão dos estudantes a respeito das 4. Levar os estudantes a identificar as formas de poluição
diferentes paisagens urbanas encontradas no Brasil. nas cidades e o uso consciente do lixo urbano.
2. Promover a compreensão do estudo de plantas urbanas e 5. Fortalecer as noções de cidadania dos estudantes e pro-
de suas especificidades. mover seu protagonismo diante de questões sociais.
3. Possibilitar que os estudantes identifiquem as principais
funções da indústria no meio urbano que contribuem para
o desenvolvimento deste.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Neste capítulo, os estudantes terão contato novamente de lixo e a poluição gerada pelas indústrias e pelos veículos
com a paisagem urbana e com as questões referentes às ati- são o principal motivo de discussão no capítulo. O entendi-
vidades econômicas exercidas nas cidades, bem como aos mento do papel das políticas públicas para a diminuição da
problemas gerados por elas. Incentive-os a participar do de- poluição nas cidades, somado ao descarte consciente do
bate usando os conhecimentos prévios a respeito da área lixo e à busca por novas tecnologias de transporte menos
urbana. A forma como a cidade é dividida em sua planta poluentes, mostra à turma como avançamos nesses quesi-
promove maior entendimento de como essas paisagens se tos com o passar do tempo. Por sua vez, outros países já
modificam com o passar do tempo. tomam medidas rigorosas para diminuir o impacto ambien-
tal, as quais nos servem como exemplos.
Assim como no campo, as atividades econômicas rea-
lizadas na cidade geram problemas, dos quais o acúmulo

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 3 e 4

Competências específicas de Ciências Humanas para o


2, 3, 4, 5, 6 e 7
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


3, 4, 6 e 7
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


1, 2, 3, 4, 5 e 7
Fundamental

EF03GE01, EF03GE02, EF02GE04, EF03GE06,


Habilidades de Geografia
EF03GE07 e EF02GE11

EF03HI01, EF03HI02, EF03HI04, EF03HI06,


Habilidades de História
EF03HI07 e EF03HI11

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82 Capítulo 7 A cidade

Galeria Jacques Ardies.


Fotografia: Jacques Ardies
HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF03GE01) Identificar e compa-
rar aspectos culturais dos grupos
sociais de seus lugares de vivên-
cia, seja na cidade, seja no campo.
» (EF03HI01) Identificar os grupos
populacionais que formam a cida-
de, o município e a região, as rela-
ções estabelecidas entre eles e os
eventos que marcam a formação
da cidade, como fenômenos mi-
gratórios (vida rural/vida urbana),
desmatamentos, estabelecimen-
to de grandes empresas etc.

82

Orientação didática que todas as cidades são iguais?”. Se


AJ_CH3_PNLD23_C07_082a093_LA.indd 82 Espera-se que eles respondam que as 7/20/21 8:30 AM

eles morarem no espaço urbano, vão pessoas representadas são moradores


y Ao estudar as paisagens neste capítu-
APOIO DIDÁTICO

lo, os estudantes vão identificar os ele- responder com base na própria vivên- de uma cidade e que umas estão tra-
cia. Do contrário, vão mencionar o balhando, outras, se divertindo, con-
mentos que caracterizam a cidade e a
que viram, caso tenham visitado esse versando, etc. Pergunte, ainda, se eles
diversidade das paisagens existentes
espaço ou visto nos meios de comuni- conseguem relacionar a imagem com
nos espaços urbanos. Além disso, vão
cação; ou, ainda, ouvido falar a respei- o título indicado na legenda e explique
conhecer as características das princi-
to. Na conversa, embora haja respos- que as pessoas que estão fazendo acro-
pais atividades econômicas que ocor-
bacias são trabalhadores informais e
rem nas cidades – a indústria, o comér- tas semelhantes, é provável que cada
que essa é uma maneira de muitos adul-
cio e os serviços –, bem como alguns estudante descreva a cidade do pró-
tos obterem renda. Se julgar oportuno,
dos impactos ambientais decorrentes prio modo, segundo sua percepção.
explique que o trabalho informal tam-
dessas atividades. y Em seguida, solicite aos estudantes que bém é realizado por crianças e adoles-
observem a pintura de Helena Coelho centes. Comente que o trabalho infantil
Roteiro de aula e pergunte-lhes: “Quem são as pessoas fere a legislação, prejudica o desenvol-
y Inicialmente, pergunte aos estudantes: representadas nessa obra?”; “Que ativi- vimento físico e psicológico das crian-
“O que existe em uma cidade?”; “Será dades essas pessoas estão fazendo?”. ças e que muito ainda precisa ser feito

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1. Resposta pessoal. Possibilidades de resposta: muitas A cidade Capítulo 7 83
pessoas, vários tipos de construção, veículos, ônibus lotado,
diferentes tipos de serviços, sinal de trânsito, telefone público
e iluminação de rua.
Consciência social
UL
APÍT O
Saber

7
Ser

C
A cidade y Atividade 4: Essa atividade
visa promover que os estudan-
tes reflitam acerca das diferen-
ças e das semelhanças entre
Agora, você vai aprender a paisagem representada na
imagem e o lugar em que eles
um pouco sobre as cidades e as vivem, pensando também em
paisagens urbanas. seu lugar e no lugar do outro.
Para começar, observe
atentamente a reprodução da
pintura. Veja como a artista
representou as pessoas, as casas,
o comércio, os serviços públicos e
os outros elementos da paisagem.

Para começo de conversa


1 O que você observa nessa
pintura? O que mais
chamou sua atenção nela?
2 Cite algumas atividades
profissionais representadas.
3 Compare essa obra de arte
com a obra de arte das
páginas 70 e 71. Identifique as
diferenças nesses exemplos
de campo e de cidade.
Veja resposta no Roteiro de aula.
4 O lugar representado
pela artista se parece Saber
Ser
com o lugar onde você
mora? Quais são as
semelhanças e as diferenças?
Respostas pessoais.
2. Possibilidades de resposta: cabeleireiro, vendedor,
motorista de ônibus, entregador e gari.

Helena Coelho. Acrobacias por alguns trocados,


2005 (detalhe). Óleo sobre tela.

oitenta e três 83

para erradicá-lo. Veja mais informações


AJ_CH3_PNLD23_C07_082a093_LA.indd 83
y Atividade 3: É um momento importan- 7/20/21 8:30 AM

no site da Fundação Abrinq, disponível te para introduzir as diferenças entre as


APOIO DIDÁTICO

em: https://observatoriocrianca.org. características das paisagens urbana e


br/cenario-infancia/temas/trabalho- rural e, portanto, de aprofundar a ha-
infantil (acesso em: 15 jun. 2021). bilidade EF03GE01. Relembre os estu-
y Atividade 1: Registre as características dantes das características do campo
da pintura observadas pelos estudan- apontadas, ao analisar a pintura Ale-
tes. Eles deverão identificar os elemen- grias do campo, de Jannes, reproduzida
tos próprios do meio urbano. Amplie a na abertura do Capítulo 6.
exploração da pintura perguntando- y Atividade 4: Escreva, na lousa, as seme-
-lhes como imaginam que seja viver no lhanças e as diferenças propostas pela
local retratado. turma e comente cada uma, a fim de en-
y Atividade 2: Questione os estudantes se tender a realidade dos estudantes em re-
eles sabem o que cada profissional faz. lação às pessoas retratadas na imagem.

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84 Capítulo 7 A cidade
As paisagens da cidade
HABILIDADES DESENVOLVIDAS As áreas ocupadas pelas cidades formam as paisagens urbanas.
NO TEMA “AS PAISAGENS DA
CIDADE” Essas paisagens geralmente apresentam um grande número de ruas,
calçadas, praças e construções, como casas e prédios.
» (EF03GE04) Explicar como os
processos naturais e históricos Muitas construções são usadas para atividades de comércio e
atuam na produção e na mudança indústria. Outras são moradias de quem vive na cidade. A circulação
das paisagens naturais e antrópi-
cas nos seus lugares de vivência, entre essas edificações é feita por meio de um conjunto de vias,
comparando-os a outros lugares. como ruas, avenidas e rodovias.
» (EF03HI02) Selecionar, por meio As fotos a seguir mostram paisagens urbanas de duas cidades
da consulta de fontes de diferen-
tes naturezas, e registrar aconte-
brasileiras. Observe-as.
cimentos ocorridos ao longo do

Ernesto Reghran/Pulsar Imagens


tempo na cidade ou região em
que vive.
» (EF03HI04) Identificar os patri-
mônios históricos e culturais de
sua cidade ou região e discu-
tir as razões culturais, sociais e
políticas para que assim sejam
considerados.
» (EF03HI07) Identificar semelhan-
ças e diferenças existentes entre
comunidades de sua cidade ou
região, e descrever o papel dos
Jataizinho, Paraná.
diferentes grupos sociais que as Foto de 2020.
formam.
2. Em Goiânia. Espera-se que

Erich Sacco/Shutterstock.com/ID/BR
Atividade complementar
os estudantes comentem
y Apresente aos estudantes fotos que a paisagem de Goiânia
antigas e atuais do município em tem poucas áreas livres e
que vivem. Procure selecionar
muitos edifícios, o que indica
fotos que possibilitem verificar
o crescimento da população ur- que muitas pessoas vivem
bana. Peça-lhes que observem ali. Comente que, segundo o
com atenção as fotos e apontem IBGE, em 2019, a população
as diferenças entre elas. Pergun- de Goiânia era de 1 516 113
te a eles as razões das mudanças habitantes. No mesmo ano,
na paisagem. em Jataizinho, viviam 12 588
habitantes.
Goiânia, Goiás.
Foto de 2021.

1 Em qual cidade predominam edifícios elevados?


Em Goiânia.
2 Em qual cidade vivem mais pessoas? Como você chegou
a essa conclusão?

84 oitenta e quatro

Orientações didáticas as informações que as imagens apre-


AJ_CH3_PNLD23_C07_082a093_LA.indd 84 Roteiro de aula 7/20/21 8:30 AM

sentam. Se julgar conveniente, peça y Atividades


y Nesse tema, os estudantes retomam o 1 e 2: O objetivo dessas
APOIO DIDÁTICO

conceito de paisagem e aprofundam o a eles que descrevam os elementos atividades é direcionar o olhar dos es-
estudo sobre as características da cida- humanizados e os elementos naturais tudantes para as diferenças entre as
de. Antes da leitura do texto, converse que aparecem nas fotos. Destaque, cidades retratadas nas fotos e, conse-
com eles sobre as fotos presentes na então, a escassez de áreas verdes na quentemente, levá-los perceber como
página e pergunte-lhes: “As fotos re- segunda foto e a diferença de tamanho podem ser diversas as paisagens ur-
das cidades e entre as construções – banas. Espera-se que eles comentem
tratam áreas urbanas ou áreas rurais?”.
que a paisagem de Goiânia tem poucas
Para direcionar a conversa para o tema faça isso sem responder às questões
áreas livres e muitos edifícios, o que in-
do texto, peça aos estudantes que in- da página, mas direcionando o olhar
dica que muitas pessoas vivem nessa
diquem as semelhanças e as diferenças dos estudantes para uma perspectiva cidade. Comente que, segundo o IBGE,
entre as paisagens retratadas nas fotos. descritiva daquilo que veem. Pergunte em 2019, a população de Goiânia (GO)
y A leitura de imagens é um instrumento se eles conhecem cidades com carac- era de 1 516 113 habitantes. No mesmo
importante na formação de um leitor terísticas parecidas com as mostradas ano, em Jataizinho (PR), viviam apenas
competente. Incentive-os a valorizar nas fotos. 12 588 habitantes.

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A cidade Capítulo 7 85
As diferenças entre as cidades
As cidades têm características comuns entre si, mas uma cidade HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NO TEMA “AS DIFERENÇAS
não é igual a outra. Elas diferenciam-se, por exemplo, quanto à ENTRE AS CIDADES”
localização, ao tamanho, ao número de habitantes, à forma e idade
» (EF03GE04) Explicar como os
das construções e aos problemas que cada cidade apresenta. Veja processos naturais e históricos
alguns exemplos a seguir. atuam na produção e na mudança
das paisagens naturais e antrópi-
cas nos seus lugares de vivência,

Andre Dib/Pulsar Imagens

Bernardo Emanuelle/Shutterstock.com/ID/BR
A B comparando-os a outros lugares.
» (EF03HI07) Identificar semelhan-
ças e diferenças existentes entre
comunidades de sua cidade ou
região, e descrever o papel dos
diferentes grupos sociais que as
formam.
» (EF03HI11) Identificar diferenças
entre formas de trabalho realiza-
das na cidade e no campo, consi-
derando também o uso da tecno-
logia nesses diferentes contextos.

Cururupu, Maranhão. Foto de 2019. Natal, capital do Rio Grande do Norte.


Foto de 2021.
Adriano Kirihara/Pulsar Imagens

Muitas cidades brasileiras


apresentam problemas
como os retratados na foto:
ruas sem asfalto e com
esgoto a céu aberto.
Petrolina, Pernambuco. Foto
de 2019.

1 Como você descreveria as características dessas paisagens


urbanas retratadas? Alguma dessas paisagens é semelhante
à do lugar onde você vive? Converse com a turma.
Respostas pessoais.
oitenta e cinco 85

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C07_082a093_LA.indd 85 Roteiro de aula 7/20/21 8:30 AM

y Nesse tema, as reflexões sobre as ca- y Atividade 1: Com base nas fotos A e B,
APOIO DIDÁTICO

racterísticas das cidades levam os es- pergunte aos estudantes: “Vocês conhe-
tudantes a pensar na influência dos cem cidades parecidas com as represen-
aspectos naturais na organização das tadas nessas fotos? Se sim, quais?”; “Quais
cidades, estimulando o desenvolvi- são as características da(s) cidade(s) do
mento da habilidade EF03GE04. An- município onde vocês vivem?”.
tes da leitura do texto, peça a eles que y Após concluir as atividades, retome a
observem as fotos A e B dessa página foto C e converse com os estudantes
e questione-os: “Elas retratam a mes- sobre os problemas urbanos, questio-
ma cidade?”; “Qual é a diferença mais nando-os se o problema retratado é
marcante entre as fotos?”. frequente na área urbana do município
onde residem. Aproveite para comentar
sobre outros problemas comuns nas ci-
dades, como enchente, falta de sanea-
mento básico e ausência de calçamento.

AJ_CH3_PNLD23_C07_082Aa093A_MP.indd 85 8/5/21 15:45


86 Capítulo 7 A cidade
As atividades econômicas na cidade
HABILIDADES DESENVOLVIDAS As principais atividades econômicas nas cidades estão ligadas à
NO TEMA “AS ATIVIDADES
ECONÔMICAS NA CIDADE” indústria, ao comércio e aos serviços.
» (EF03GE01) Identificar e compa-
Indústria

Delfim Martins/Pulsar Imagens


rar aspectos culturais dos grupos
sociais de seus lugares de vivên- Nas indústrias, é possível fabricar
cia, seja na cidade, seja no campo.
produtos em grande quantidade e em
» (EF03GE02) Identificar, em seus
lugares de vivência, marcas de ritmo acelerado.
contribuição cultural e econômica A maior parte das indústrias
de grupos de diferentes origens.
está localizada nas cidades, onde se
» (EF03GE11) Comparar impactos concentram fatores importantes para
das atividades econômicas ur- Área industrial em Santa
banas e rurais sobre o ambien- essa atividade, como fácil acesso às Gertrudes, São Paulo, em 2020.
te físico natural, assim como os fontes de energia, às vias de circulação A rodovia facilita o acesso dos
riscos provenientes do uso de trabalhadores às fábricas, a
ferramentas e máquinas. e à tecnologia e maior número de chegada de matérias-primas e a

» (EF03HI01) Identificar os grupos


trabalhadores e consumidores. saída dos produtos fabricados.
populacionais que formam a cida- A poluição é um dos problemas ambientais que as indústrias
de, o município e a região, as rela-
ções estabelecidas entre eles e os
podem causar nas cidades. Em geral, quando não há fiscalização, as
eventos que marcam a formação indústrias liberam poluentes no ar e nos rios e também descartam
da cidade, como fenômenos mi- indevidamente diversos resíduos sólidos. Por isso, é importante que
gratórios (vida rural/vida urbana),
desmatamentos, estabelecimento os resíduos industriais recebam tratamento adequado.
de grandes empresas etc. O trabalho na indústria envolve o

Sergio Ranalli/Pulsar Imagens


» (EF03HI02) Selecionar, por meio manuseio de máquinas, ferramentas
da consulta de fontes de diferen-
tes naturezas, e registrar aconte-
e produtos de diversos tipos, o que
cimentos ocorridos ao longo do gera riscos para o trabalhador. Assim,
tempo na cidade ou região em para evitar acidentes, tornou-se
que vive.
obrigatório o uso de equipamentos
» (EF03HI07) Identificar semelhan- de proteção individual, como os
ças e diferenças existentes entre
comunidades de sua cidade ou indicados na placa mostrada na foto. Placa que indica o uso obrigatório
região, e descrever o papel dos de Equipamento de Proteção
diferentes grupos sociais que as Individual (EPI) em indústria.
formam. 1 Observando os ícones da Pindamonhangaba, São Paulo. Foto
» (EF03HI11) Identificar diferenças placa, quais riscos as de 2018.
entre formas de trabalho realiza- máquinas e as ferramentas da indústria retratada
das na cidade e no campo, consi-
derando também o uso da tecno- oferecem para o trabalhador?
logia nesses diferentes contextos.
2 Que impactos as indústrias podem gerar no ambiente?
A produção agrícola no campo pode causar impactos ambientais
semelhantes? Explique. Veja resposta no Roteiro de aula.
1. Risco de perda auditiva (ícone: protetor auricular), de dano à visão (ícone: óculos), de impacto
na cabeça ou nos pés (ícones: capacete e botas) e de dano à pele (ícone: luvas).
86 oitenta e seis

Orientação didática montadoras, que finalizam o processo


AJ_CH3_PNLD23_C07_082a093_LA.indd 86
y Ao ler os dois primeiros parágrafos, 7/20/21 8:30 AM AJ_C

industrial com a apresentação do pro- apresente-lhes a ideia de que as in-


y As palavras “fábrica” e “indústria” são
APOIO DIDÁTICO

muito utilizadas, mas nem sempre a duto – no caso, um automóvel. dústrias foram criadas no momento de
distinção entre uma e outra é clara. expansão das cidades, em que carac-
Roteiro de aula terísticas da paisagem urbana e da so-
A indústria é o conjunto de ativida-
des econômicas que transforma as y Antes da leitura do texto, converse com ciedade se modificavam para atender
matérias-primas em bens materiais ou os estudantes sobre a origem e a o pro- à vida moderna: as cidades cresciam,
mercadorias. Fábrica é a unidade de cesso de fabricação dos materiais es- e muitas pessoas se mudaram para as
produção que transforma a matéria- colares presentes na sala de aula. Para áreas urbanas em busca de trabalho,
-prima em um produto específico. direcionar a conversa para o tema do ao mesmo tempo que necessitavam
Assim, o conceito de indústria é mais texto, peça-lhes que indiquem quais consumir e se locomover pelos espa-
amplo e, na maioria das vezes, envol- são as matérias-primas desses obje- ços da cidade, os quais apresentavam
ve muitas fábricas. A indústria auto- tos, onde foram produzidos e por quais distâncias cada vez maiores entre si.
mobilística, por exemplo, engloba di- processos de transformação esses ma- As mudanças na paisagem e na socie-
versas fábricas, como as de motores teriais passaram. Essa conversa inicial dade se aceleraram ao mesmo tempo
e de autopeças. Os itens produzidos tem como objetivo aproximar o estu- que a produção acelerou com a cria-
nessas fábricas são enviados para as dante do tema trabalhado. ção de indústrias.

AJ_CH3_PNLD23_C07_082Aa093A_MP.indd 86 8/5/21 15:45


A cidade Capítulo 7 87
As indústrias e o ambiente
Vimos que muitas indústrias emitem substâncias poluentes
que causam danos ao ambiente e aos seres vivos. Para reduzir
esses danos, elas devem tomar medidas como filtrar a fumaça que
emitem, tratar a água utilizada antes de lançá-la nos rios e enviar os
resíduos industriais para locais adequados.
Quem adquire produtos industrializados também deve cuidar
do ambiente. Uma das maneiras de fazer isso é evitar o consumo
excessivo e o desperdício.
Algumas indústrias transformam materiais já utilizados em
produtos novos. Esse processo é a reciclagem, que possibilita reduzir
a extração de matérias-primas e diminuir o volume de resíduos.

3 As figuras a seguir representam o processo de reciclagem das


embalagens de leite. Numere as figuras na ordem correta.

Ilustrações: Alex Rodrigues/ID/BR


11 99 66

33 88 44

77 22 55

Para ex
plorar

Um monte de lixo
Disponível em: https://tvescola.org.br/videos/agi-bagi-um-monte-de-lixo/#mais-informacoes.
Acesso em: 17 jul. 2021.
O vídeo integra a série Agi Bagi, produzida pela TV Escola. Nesse vídeo, as personagens
Bodjo e Zeebee resolvem construir um carrossel com o lixo reciclado e utilizar o lixo
orgânico para fertilizar a terra do planeta dos agingas.

oitenta e sete 87

30 AM
y Atividade 1: A leitura de texto não ver-
AJ_CH3_PNLD23_C07_082a093_LA.indd 87 Quanto aos problemas ambientais cau- 7/20/21
y Atividade
8:30 AM 3: Auxilie os estudantes a
bal é importante para a formação de sados pelas atividades agrícolas, espe- identificar as imagens e o que está
APOIO DIDÁTICO
um leitor competente. Nessa atividade, ra-se que os estudantes relembrem que sendo representado nelas. Questione-
o estudante é convidado a interpretar elas podem causar a poluição de rios e -os também sobre outras embalagens
textos não verbais (imagens) com base de águas subterrâneas devido ao uso que são parecidas com as do leite e
em textos verbais apresentados na pla- excessivo de fertilizantes e de agrotóxi- podem ser recicladas da mesma for-
ca. Espera-se que eles identifiquem que cos. Além disso, as atividades agrícolas, ma. Ao identificar as etapas do pro-
a placa indica a necessidade de uso de especialmente a pecuária, demandam
cesso de reciclagem, organizando-as
grande quantidade de água, recurso
equipamentos de proteção individual em sequência numérica, os estudan-
natural finito que precisa ser gerido de
(EPIs), como botas, luvas, capacete, pro- tes desenvolvem habilidades relacio-
forma consciente. Eles podem citar ain-
tetores auriculares e óculos. nadas à numeracia. Se julgar pertinen-
da que as atividades agrícolas também
y Atividade 2: Espera-se que os estudan- estão relacionadas ao desmatamento. te e a escola disponibilizar um projetor
tes citem que a indústria pode causar Ao comparar os impactos ambientais de vídeo, exiba para os estudantes o
poluição do ar, poluição da água devido decorrentes de atividades econômicas vídeo sugerido no boxe Para explorar,
ao despejo de resíduos químicos e pro- no campo e na indústria, os estudantes que trata dos resíduos sólidos e de
dução de grande quantidade de lixo. consolidarão a habilidade EF03GE11. seu descarte.

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88 Capítulo 7 A cidade
Comércio e serviços
Nas cidades, é por meio das atividades de comércio que
Para casa acontecem a compra e a venda de uma grande variedade de
y Atividade 4: Incentive os estu- mercadorias, que foram produzidas no campo ou nas próprias
dantes a realizar a atividade pro- cidades. Essas atividades ocorrem em lojas, mercados, padarias,
posta em casa, conversando com
feiras, shopping centers, etc. Em geral, as pessoas compram os
os adultos de sua convivência, e a
compartilhar as respostas na sala produtos com o dinheiro que recebem exercendo um trabalho.
de aula. Essa discussão permite o

Rubens Chaves/Pulsar Imagens


desenvolvimento das habilidades
EF03GE01 e EF03GE02.

Comércio realizado em
barracas de rua no centro
histórico de Belém, Pará.
Foto de 2019.

As cidades também concentram atividades de prestação de


serviços, realizadas por profissionais como médicos, cabeleireiros,
professores, motoristas, eletricistas, garçons e muitos outros. Eles
atendem tanto a população urbana quanto os moradores do campo.

Chico Ferreira/Pulsar Imagens


Rua que concentra
restaurantes e outras
atividades de prestação de
serviço em Itaberaba, Bahia.
Foto de 2019.

4 Que comerciantes e prestadores de serviços você


conhece no lugar onde vive? Que tarefas eles
executam no trabalho? Como eles se relacionam com o
cotidiano da sua comunidade? Observe essas informações
ao longo da semana e depois converse com os colegas e o
professor sobre essas questões. Respostas pessoais.

88 oitenta e oito

Roteiro de aula
AJ_CH3_PNLD23_C07_082a093_LA.indd 88 “Eles ficam espalhados pela cidade ou se 7/20/21 8:30 AM AJ_C

concentram em uma região específica?”;


y Atividade 4: Converse com os estudan-
APOIO DIDÁTICO

“A escola está localizada nessa região?”;


tes sobre os estabelecimentos comerciais
“E vocês, moram longe ou perto dos es-
e de serviços disponíveis no município tabelecimentos de comércio e serviços?”;
em que vivem. Complemente a conversa “Vocês vão a esses estabelecimentos
fazendo perguntas como: “Onde esses com que frequência?”; “A área em que se
estabelecimentos estão localizados?”; localizam é de fácil acesso?”.

AJ_CH3_PNLD23_C07_082Aa093A_MP.indd 88 8/5/21 15:45


A cidade Capítulo 7 89
Re R
pre epre es
sentasçeõntações A cidade vista do alto HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO REPRESENTAÇÕES
Um meio de obter imagens de uma cidade ou de outras áreas » (EF03GE06) Identificar e inter-
vistas do alto, exatamente de cima para baixo, é pelo uso de câmeras pretar imagens bidimensio-
nais e tridimensionais em dife-
fotográficas especiais instaladas em aviões. As fotos assim obtidas são rentes tipos de representação
chamadas de fotos aéreas. Elas podem ser utilizadas na elaboração cartográfica.
de plantas, que são mapas bastante detalhados. Compare a seguir » (EF03GE07) Reconhecer e ela-
uma foto aérea e uma planta com sua respectiva legenda. borar legendas com símbolos
de diversos tipos de represen-
tações em diferentes escalas

2021 Digital Globe/Google Earth


cartográficas.
» (EF03HI06) Identificar os regis-
tros de memória na cidade (no-
mes de ruas, monumentos, edifí-
cios etc.), discutindo os critérios
que explicam a escolha desses
Foto aérea de nomes.
trecho de São
Bernardo do Atividade complementar
Campo, São
Paulo, em y Mostre aos estudantes imagens
aéreas do município em que vi-
2021.
vem e da região em que se lo-
caliza a escola. Há sites gratuitos
Planta de uma área em São Bernardo do Campo, São Paulo — 2021 que disponibilizam imagens de
satélite. Imprima algumas cópias

João Miguel A. Moreira/ID/BR


de imagens do município ou da
Ro

Represa Billings
do

região em que a escola se encon-


via
Anc

tra, com detalhamento suficiente


hiet

Ro
dov para a elaboração de uma planta
a

ia Cam
inho
do M
como a da página 89. Divida a
ar
imagem em pequenas partes e
Lago Nacemandy distribua-as aos estudantes. Peça
a cada estudante que, em uma fo-
Rodo

lha de papel vegetal, crie uma


via

planta da parte que está com ele.


Anchie

Legenda
Rodovias
Ruas Ao terminarem a planta, organize
ta

Lagos e represas
Área verde
0 100 m os estudantes em grupos. Cada
grupo deve compor a planta
Planta elaborada com base na foto de trecho de São Bernardo do Campo, São completa do município ou da re-
Paulo, em 2021. gião escolhida como se montas-
sem um quebra-cabeça, ou seja,
1 Agora, elabore um desenho como se fosse uma planta. encaixando as partes da planta
Coloque uma folha de papel vegetal sobre a foto aérea do trecho selecionado do muni-
e copie detalhes, como o traçado de algumas ruas. Depois, elabore cípio ou da região. Depois de fi-
nalizarem a montagem, peça aos
uma legenda e compare seu desenho com essa planta. estudantes que elaborem uma
Desenho do estudante.
legenda da planta. Converse com
eles sobre como foi desenhar a
planta e como decidiram escrever
oitenta e nove 89
a legenda. Compare as legendas.
Exiba o resultado final dessa ativi-
dade no mural da escola.
30 AM Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C07_082a093_LA.indd 89 tos, como a densidade da vegetação e
7/20/21 8:30 AM

as construções e seus contornos, só po-


y Essa seção visa apresentar aos estu-
APOIO DIDÁTICO

dantes o processo de abstração para a dem ser observados na foto, ao passo


criação de representações. Nesse caso, que outros elementos, como nome das
eles verificarão o processo de abstração rodovias, legenda, escala e orientação,
necessário à criação de plantas carto- estão presentes apenas na planta. Para
gráficas, desenvolvendo as habilidades finalizar, converse com os estudantes
EF03GE06, EF03GE07 e EF03HI06. sobre as possíveis finalidades de fotos
aéreas, imagens de satélite e plantas.
Roteiro de aula y Atividade 1: Se julgar conveniente, rea-
y Inicialmente, proponha a comparação lize essa atividade em conjunto com a
entre a foto aérea e a planta. Leve os atividade complementar proposta nesta
estudantes a notar que alguns elemen- página do manual.

AJ_CH3_PNLD23_C07_082Aa093A_MP.indd 89 8/5/21 15:45


90 Capítulo 7 A cidade

Vamos ler imagens!


HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO VAMOS LER
IMAGENS!
» (EF03GE06) Identificar e interpre-
Comparação de maquete e planta
tar imagens bidimensionais e tridi-
mensionais em diferentes tipos de
representação cartográfica.
» (EF03HI06) Identificar os regis- As maquetes são representações em miniatura de pequenas
tros de memória na cidade (no- áreas mostrando um conjunto de elementos. Vários materiais podem
mes de ruas, monumentos, edifí- ser utilizados em sua confecção. Nas maquetes são representadas as
cios etc.), discutindo os critérios
que explicam a escolha desses três dimensões dos objetos: largura, comprimento e altura.
nomes. Já as plantas são representações de pequenas áreas, como
moradias, escolas e bairros, feitas do ponto de vista vertical, isto é,
O uso da maquete permite a ope- reproduzindo os elementos presentes nesse espaço vistos de cima.
ração de fazer sua projeção sobre o
Observe, a seguir, que a imagem da esquerda é uma reprodução
papel e discutir essa operação do
ponto de vista cartográfico, o que de maquete, e a da direita é a planta que corresponde à área
envolve: representar em duas di- representada na maquete.
mensões o espaço tridimensional,

Fernando Favoretto/Criar Imagem


representar toda a área sob um
só ponto de vista e guardar a pro-
porcionalidade entre os elementos
representados. Assim, a passagem
para o mapa geográfico será mais
fácil, pois o estudante tem como
ponto de partida uma redução tridi- Note que a planta representa a mesma disposição dos
mensional de uma área conhecida, elementos presentes na maquete, porém na visão vertical.
que foi trabalhada geograficamente
e que, num momento posterior, foi Para comparar essas representações, é importante prestar
mapeada. É a partir da solução de atenção nas características indicadas a seguir.
problemas desse tipo que o estu-
dante poderá se dar conta de rela- Maquete Planta
ções espaciais mais complexas. Representa uma área em tamanho reduzido. ü ü
AlmeidA, Rosângela Doin de. Do desenho
ao mapa: iniciação cartográfica na Representa a disposição dos elementos em uma área. ü ü
escola. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2011.
p. 19. Representa largura, comprimento e altura dos elementos. ü
Representa, na visão vertical, elementos de uma pequena área. ü
Possibilita a observação de vários pontos de vista. ü
Confeccionada como desenho em uma folha de papel. ü
Confeccionada com materiais diversos. ü

90 noventa

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C07_082a093_LA.indd 90 Peça-lhes, então, que escolham alguns 7/20/21 8:30 AM AJ_C

materiais escolares e os coloquem sobre


y O objetivo dessa seção é levar os estu-
APOIO DIDÁTICO

dantes a entender as diferenças entre a carteira. Em seguida, solicite que su-


maquetes e plantas. Por meio da ob- bam na cadeira e observem esses mate-
servação de dois exemplos, eles podem riais de cima e questione-os: “Os objetos
identificar as características desses ti- parecem ter a mesma forma?”. Sugira
pos de representação, desenvolvendo a que desenhem esses objetos vistos de
habilidade EF03GE06. O texto sobre o frente e de cima. Em seguida, converse
uso de maquetes contribui para dar em- sobre as características que se desta-
basamento ao tema. cam nas duas imagens desta página: de
frente, a largura e a altura; de cima, a lar-
Roteiro de aula gura e o comprimento.
y Pergunte aos estudantes se os objetos y Depois dessa atividade introdutória,
parecem diferentes ao serem observa- pergunte aos estudantes se já viram
dos de cima e avalie as respostas deles. ou fizeram uma maquete e quais são

AJ_CH3_PNLD23_C07_082Aa093A_MP.indd 90 8/5/21 15:45


A cidade Capítulo 7 91
Agora é a sua vez
Observe as representações a seguir para responder às questões. Atividade complementar

A B y Faça com a turma uma maque-

Fernando Favoretto/Criar Imagem


te que represente o entorno da
escola. Depois de pronta, peça
a cada estudante que transpo-
nha as informações representa-
das na maquete para uma plan-
ta. Uma estratégia para facilitar a
transposição da maquete (plano
tridimensional) para o plano bi-
dimensional é colocar uma folha
de papel-celofane transparente
sobre a maquete e traçar sobre
ela o contorno dos objetos re-
1 Preencha cada quadrinho com a letra da representação correta. presentados. Em um segundo
momento, os objetos traçados
B maquete A planta no celofane podem ser passa-
dos para uma folha avulsa de
2 A maquete e a planta representam uma área: papel sulfite ou para o próprio
caderno, para que a planta seja
rural. X urbana. complementada. Lembre os es-
tudantes da importância de um
• Que características representadas justificam sua resposta? título e de uma legenda para a
planta. Reúna o material para
Quantidade e concentração de construções, ruas e veículos na área representada. uma exposição na escola. Além
disso, aproveite para conversar
3 Em qual das representações a altura dos elementos foi com os estudantes sobre as se-
melhanças e as diferenças entre
reproduzida? as plantas criadas por eles.
Na maquete.

4 Em qual representação foi reproduzido com traços o contorno


dos elementos quando vistos de cima?
Na planta.

5 A foto da maquete foi produzida de qual ponto de vista? Se você


pudesse observá-la presencialmente, de quais outros pontos de
vista você poderia vê-la? Que detalhes poderiam ser vistos?
A foto da maquete foi tirada do ponto de vista inclinado. Presencialmente, o estudante

poderia se movimentar ao redor da maquete e observá-la também dos pontos de vista

frontal e vertical. Os outros lados de objetos, como bancos e veículos, e as laterais das

construções.

noventa e um 91

30 AM as características nela representadas.


AJ_CH3_PNLD23_C07_082a093_LA.indd 91 7/20/21 8:31 AM

Espera-se que eles identifiquem os di-


APOIO DIDÁTICO

ferentes tipos de representação e suas


respectivas características. Leia o tex-
to com os estudantes, fazendo pausas
para destacar as características dos ele-
mentos representados na maquete e na
planta. Leia também a tabela com os es-
tudantes, comentando as comparações
que ela apresenta.
y Atividades 1 a 5: Nas atividades dessa
seção, os estudantes devem identificar
as características de plantas e maque-
tes, bem como ser capazes de relacio-
ná-las, identificando as semelhanças e
as diferenças entre elas.

AJ_CH3_PNLD23_C07_082Aa093A_MP.indd 91 8/5/21 15:45


92 Capítulo 7 A cidade

re
Aprender semp
HABILIDADES AVALIADAS NA
SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF03GE01) Identificar e compa- 1 Observe as fotos. Depois, escreva qual atividade cada uma delas
rar aspectos culturais dos grupos retrata: serviços, comércio ou indústria.
sociais de seus lugares de vivên-
cia, seja na cidade, seja no campo.

Luciana Whitaker/Pulsar Imagens

Bruno Kelly/Folhapress

Luciola Zvarick/Pulsar Imagens


» (EF03GE04) Explicar como os A B C
processos naturais e históricos
atuam na produção e na mudança
das paisagens naturais e antrópi-
cas nos seus lugares de vivência,
comparando-os a outros lugares.
» (EF03GE11) Comparar impactos Umburanas, Bahia. Foto Manaus, Amazonas. Carmo do Rio Claro, Minas
das atividades econômicas ur- de 2019. Foto de 2021. Gerais. Foto de 2020.
banas e rurais sobre o ambiente
físico natural, assim como os ris- Serviços. Indústria. Comércio.
cos provenientes do uso de fer-
ramentas e máquinas.
2 Os lixões são espaços a céu aberto onde são
» (EF03HI01) Identificar os grupos
despejados resíduos sem tratamento. Apesar de Saber
populacionais que formam a cida- Ser
de, o município e a região, as rela- proibidos por lei, ainda há muitos lixões nas cidades
ções estabelecidas entre eles e os brasileiras. Observe esta imagem.
eventos que marcam a formação
da cidade, como fenômenos mi- gases que
trabalho perigoso
gratórios (vida rural/vida urbana), poluem o ar
para a saúde
desmatamentos, estabelecimento
de grandes empresas etc.
poluição da água res-
» (EF03HI06) Identificar os regis- Co

Paulo Manzi/ID/BR
da superfície
tros de memória na cidade (no-
ia
mes de ruas, monumentos, edifí- - fa n t a s
Representação
cios etc.), discutindo os critérios sem proporção
que explicam a escolha desses de tamanho e de
distância entre os
nomes. elementos.
poluição da água
» (EF03HI07) Identificar semelhan- subterrânea
ças e diferenças existentes entre poluição do solo
comunidades de sua cidade ou 2a. Os lixões
região, e descrever o papel dos poluem o solo, Fonte de pesquisa: Sem prazo para civilizar coleta de lixo. Revista Em Discussão!,
diferentes grupos sociais que as p. 8, set. 2014. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/emdiscussao/edicoes/
emitem gases residuos-solidos/@@images/arquivo_pdf. Acesso em: 18 mar. 2021.
formam. que poluem o
» (EF03HI11) Identificar diferenças ar e também a. Que prejuízos os lixões causam ao meio ambiente?
entre formas de trabalho realiza- despejam
das na cidade e no campo, consi- substâncias b. Que danos os lixões podem causar à saúde das pessoas que
derando também o uso da tecno- que poluem as trabalham neles?
logia nesses diferentes contextos. águas.
c. Que atitudes as pessoas podem tomar para diminuir os Resposta
COMPONENTE ESSENCIAL problemas causados pelo lixo? Converse com os colegas.pessoal.
2b. Eles podem causar doenças, já que os resíduos atraem insetos, ratos e escorpiões e contêm bactérias
PARA A ALFABETIZAÇÃO e outros microrganismos prejudiciais à saúde. As pessoas também podem se machucar,
92 noventa e dois pois o lixo contém objetos cortantes e perfurantes, como latas, arame, vidro e madeira.
» Compreensão de textos.

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C07_082a093_LA.indd 92 infiltração do chorume e a contamina- 7/20/21 8:31 AM

ção dos lençóis freáticos. Com o pas-


y Os lixões são áreas de descarte de re-
APOIO DIDÁTICO

síduos sólidos a céu aberto. Neles, não sar do tempo, o chorume acumulado
há controle dos tipos de resíduo depo- é encaminhado para a estação de tra-
sitados, ou seja, resíduos altamente tamento de efluentes. Além disso, os
poluentes (industriais, por exemplo) resíduos são cobertos por terra diaria-
podem ser misturados com os resíduos mente para evitar a proliferação de do-
domésticos. Além disso, não há nenhu- enças. Os aterros sanitários, contudo,
ma preparação do solo com o objetivo não tratam os resíduos acumulados, ou
de impedir a infiltração do chorume, o seja, depois de um período, ele fica sa-
que pode levar à poluição do solo e dos turado e outro aterro sanitário precisa
lençóis freáticos. Por fim, o material em ser construído.
decomposição atrai ratos, pássaros e
moscas, que podem transmitir doenças Roteiro de aula
à população. Nos aterros sanitários, an- y Antes de propor aos estudantes a rea-
tes do depósito dos resíduos sólidos, o lização das atividades dessa seção,
solo é impermeabilizado para evitar a pergunte a eles o que aprenderam no

AJ_CH3_PNLD23_C07_082Aa093A_MP.indd 92 8/5/21 15:45


3b. As fábricas poluem o ar liberando pelas chaminés gases poluentes gerados em seus processos
industriais. A atividade agrícola, por sua vez, pode poluir o ar com a adoção de práticas como a A cidade Capítulo 7 93
3 Leia o texto e responda às questões. pulverização de agrotóxicos (utilizando
pequenos aviões, por exemplo). Essa prática lança grande quantidade de produtos químicos no ar e,

Até o início dos anos 1980,


Saber Consciência social

Juca Martins/Pulsar Imagens


Ser

Cubatão, em São Paulo, era um dos y Atividade 2: Antes de realiza-


rem a atividade, pergunte aos
municípios mais poluídos do mundo. estudantes se eles sabem para
As indústrias ali instaladas liberavam onde vai o lixo produzido na
toneladas de gases poluentes no ar. A moradia deles. Ao abordar as
atitudes que devem ser toma-
poluição afetava também as águas e o
das para evitar os problemas
solo. Os moradores da cidade sofriam causados pelo lixo, além das
muito com problemas respiratórios e boas práticas adotadas nos
doenças de pele. aterros sanitários, discuta com
eles a importância da redução
A partir de 1985, essa situação do consumo para a redução da
começou a mudar. Uma das medidas produção de lixo.
tomadas foi obrigar as indústrias a
instalar filtros em suas chaminés.
Para complementar
Cubatão é hoje um exemplo de que
é possível diminuir o problema da AmArAl, Simone Mendes do (org.).
poluição. Se liga no lixo!: resíduos sólidos para
Poluição do ar em Cubatão,
crianças. São Paulo: SMA, 2014.
Texto para fins didáticos. São Paulo. Foto de 1984.
Disponível em: http://arquivos.
ambiente.sp.gov.br/cea/2014/11/
Se-liga-no-lixo-11660-miolo.pdf.
a. Que problema Cubatão enfrentava no início dos anos 1980? Acesso em: 15 jun. 2021.
Como esse problema foi amenizado? Essa publicação, voltada para
o público infantil, retrata como o
Intensa poluição do ar, da água e do solo causada pelas indústrias. Foram tomadas lixo ou o resíduo sólido é pro-
duzido em grande quantidade
providências como a instalação de filtros nas chaminés das indústrias. nos dias de hoje. Aborda ainda
a dificuldade em destinar o lixo
b. Assim como a atividade industrial, a agricultura também de forma que não prejudique o
pode causar poluição do ar. De que maneira essas duas meio ambiente e o quanto é im-
portante o consumo responsá-
atividades podem provocar tal impacto ambiental na cidade e vel, economizando, reutilizando,
no campo? doando e reciclando os materiais
o máximo possível.
c. Quais equipamentos de proteção individual são necessários
para os trabalhadores manusearem ferramentas e operarem
máquinas nas fábricas? Eles também devem ser utilizados na
agricultura?
Protetor auricular, óculos, botas, luvas e máscaras. Sim; na agricultura, os mesmos

equipamentos são necessários para alguns trabalhos, como aplicação de agrotóxicos

e fertilizantes na lavoura e operação de máquinas e tratores.


dependendo dos ventos e da maneira de conduzir a aplicação, pode ocorrer o espalhamento dos
produtos em áreas que estão além da própria plantação (deriva). noventa e três 93

capítulo. É interessante adotar essa


AJ_CH3_PNLD23_C07_082a093_LA.indd 93 a associação delas com o conteúdo do 7/20/21 desde o descarte dos resíduos no lixão
8:31 AM

prática no final do estudo de cada capí- capítulo permitirão aos estudantes de- até a contaminação do solo, dos rios e
APOIO DIDÁTICO
tulo, para avaliar os assuntos que mais senvolver as habilidades EF03GE01 e dos lençóis freáticos.
despertaram a atenção deles e tam- EF03HI07. y Atividade 3: Nessa atividade, os estu-
bém identificar possíveis dificuldades, y Atividade 2: Aproveite para explicar dantes devem refletir sobre os impactos
que podem ser sanadas na retomada que o lixo também pode ser chamado ambientais provocados pela indústria e
de conteúdos relacionados ou durante de resíduo sólido. Ao abordar o desti- pela agricultura. Com base no exemplo
a realização das atividades. no dos resíduos sólidos, comente com de Cubatão, poderão identificar alguns
y Atividade 1: Essa atividade tem como os estudantes sobre as diferenças entre impactos da poluição da indústria no
objetivo a identificação, pela observa- lixão e aterro sanitário (consulte o boxe ambiente e na saúde da população,
ção de imagens, das principais ativi- Para complementar). Durante a ativida- para, em um segundo momento, refletir
dades econômicas que ocorrem nas de, faça a leitura da imagem com eles, sobre os impactos ambientais provoca-
áreas urbanas. A leitura de imagens e indicando os processos que ocorrem dos pela agricultura.

AJ_CH3_PNLD23_C07_082Aa093A_MP.indd 93 8/5/21 15:45


93A Conclusão do capítulo 7

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 7
Sugestões para a avaliação formativa
1. Este capítulo retomou o tema da área urbana. Relembre os estudantes de que, no que diz respeito às princi-
pais atividades econômicas, elas variam de cidade para cidade: umas são mais focadas na indústria, outras no
comércio, outras no turismo, etc. Nesse debate, a principal atividade econômica exercida na cidade em que os
estudantes vivem pode ser levantada e discutida mais a fundo.
2. A seção Aprender sempre do Livro do Estudante recupera e aprofunda os conteúdos trabalhados ao longo do
capítulo, possibilitando observar a consolidação dos conhecimentos por parte dos estudantes e a verificação de
eventuais defasagens. Essa análise facilita a elaboração de estratégias de remediação, de acordo com as carac-
terísticas de cada estudante e de cada turma. A seguir, são disponibilizadas algumas sugestões para a realização
desse trabalho.
3. Na atividade 1, oriente os estudantes de modo que possam diferenciar as especificidades de cada atividade
representada e estabelecer relações com a cidade em que moram. Dessa forma, as diferenças também exercem
papel importante na compreensão da pluralidade característica das cidades brasileiras, mobilizando as habilida-
des EF03GE01 e EF03HI07.
4. A atividade 2 permite verificar o entendimento dos estudantes quanto ao descarte apropriado de lixo e as formas
irregulares de descarte que são realizadas no Brasil, como é o caso do lixão retratado na imagem dessa atividade.
Promova um debate para que a turma explore alternativas mais sustentáveis de descartar o lixo, como a recicla-
gem. Essa atividade permite o desenvolvimento das habilidades EF03GE04, EF03GE11, EF03HI01, EF03HI06 e
EF03HI11.
5. A atividade 3 aborda as consequências da poluição atmosférica, tomando por base o município de Cubatão.
As atitudes de cada pessoa fazem a diferença no todo, como observamos, porém cobrar o governo por me-
didas mais firmes quanto ao descarte do lixo da indústria e promover essa fiscalização também é dever do
cidadão. Nessa discussão, os estudantes mobilizam as habilidades EF03GE04, EF03GE11, EF03HI01, EF03HI06
e EF03HI11.

Atividades de remediação
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no desenvolvimento das habilidades EF03GE11, EF03HI01 e
EF03HI06, sugira aos estudantes que, em grupos, pesquisem em jornais, revistas e na internet imagens que retra-
tem áreas urbanas. Peça-lhes que recortem as imagens e montem um cartaz. Promova a exposição dos trabalhos
e a observação das imagens. Depois, solicite-lhes que façam um levantamento das características das cidades
identificáveis nas imagens. Essa pesquisa reforça o estudo sobre a diversidade de paisagens urbanas.
• Atividade 2: Outra possibilidade é apresentar aos estudantes um mapa do município onde vivem e desta-
car no mapa as áreas rural e urbana. Comente que as cidades têm subdivisões (distritos, bairros, regiões) e
incentive-os a localizar no mapa o lugar (distrito/bairro/área) onde moram. Peça-lhes que tragam fotografias
de lugares próximos à moradia e oriente-os a afixar essas fotos no mapa. O conjunto de imagens pode fo-
mentar a reflexão sobre as diferenças entre as paisagens urbanas. Você também pode instigar essa reflexão
perguntando: “Em qual região do município se concentra a maioria das moradias dos estudantes da turma?;
“Em qual região há poucas moradias dos estudantes da turma?”; “Quais diferenças podem ser notadas de
uma região para outra?”. Complemente o mapa com outras fotos, para que os estudantes visualizem a diver-
sidade de paisagens na cidade, estimulando o desenvolvimento da habilidade EF03GE04.

AJ_CH3_PNLD23_C07_082Aa093A_MP.indd 93 8/5/21 15:45


O município é de todos Capítulo 8 94A

CAPÍTULO 8 O MUNICÍPIO É DE TODOS

Objetivos pedagógicos
1. Promover a compreensão dos estudantes a respeito de 4. Possibilitar que os estudantes identifiquem os principais
seus direitos e deveres como cidadãos. problemas enfrentados pela sociedade no meio rural.
2. Promover a compreensão acerca da realidade das popu- 5. Propiciar a compreensão do que são as áreas de conser-
lações brasileiras em diversas situações de moradia, quali- vação ambiental e de sua importância.
dade de vida, trabalho, etc. 6. Apresentar aos estudantes propostas de soluções go-
3. Levar os estudantes a identificar os principais problemas vernamentais e de ONGs para problemas ambientais
enfrentados pela sociedade no meio urbano. e sociais.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Neste capítulo, são abordados temas relacionados ao aborda o uso indiscriminado de agrotóxicos, as queimadas
município, abrangendo tanto a área urbana como a área (podem-se somar a isso a distribuição de terras e a falta de
rural, e o papel do cidadão como ator principal nesse espa- uso adequado delas) e a saúde do trabalhador do campo
ço. Retomando de certa forma conteúdos já estudados em de modo geral.
capítulos anteriores, os problemas que enfrentam as pessoas
Procure incentivar o debate para que a turma aponte
que moram no campo e na cidade são trabalhados com mais
tanto os problemas que eles conhecem quanto as possíveis
profundidade neste capítulo.
soluções para esses problemas. Conscientizar os estudantes
Quanto à área urbana, o capítulo destaca as questões do papel do cidadão na atuação e na cobrança por me-
de moradia e de transporte e as relacionadas à poluição, lhores condições de vida e de trabalho é de fundamental
em todas as suas formas. Quanto à área rural, o capítulo importância.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 5, 7, 9 e 10

Competências específicas de Ciências Humanas para o


1, 2, 3, 4 e 5
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


3e7
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


1, 2, 3 e 5
Fundamental

Habilidades de Geografia EF03GE09, EF03GE10 e EF03GE11

EF03HI01, EF03HI02, EF03HI08, EF03HI09,


Habilidades de História
EF03HI10, EF03HI11 e EF03HI12

AJ_CH3_PNLD23_C08_094Aa0107A_MP.indd 94 8/5/21 15:51


94 Capítulo 8 O município
é de todos

Leandro Marcondes/ID/BR
HABILIDADE DESENVOLVIDA
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF03HI01) Identificar os grupos
populacionais que formam a cida-
de, o município e a região, as rela-
ções estabelecidas entre eles e os
eventos que marcam a formação
da cidade, como fenômenos mi-
gratórios (vida rural/vida urbana),
desmatamentos, estabelecimento
de grandes empresas etc.

94

Orientação didática do. Registre na lousa as expectativas


AJ_CH3_PNLD23_C08_094a107_LA.indd 94 te suas opiniões acerca de direitos 7/21/21 7:53 AM

apresentadas pela turma e peça aos e de deveres, em especial aqueles


y Este capítulo tem como tema o municí-
APOIO DIDÁTICO

pio como espaço de vivência dos estu- estudantes que as anotem no cader- atribuídos às crianças. Acolha as res-
dantes. Nele, discutem-se os direitos e no. Ao término do capítulo, retome-as, postas deles anotando-as na lousa.
os deveres estabelecidos pela Consti- para que eles verifiquem se suas hipó- Nessa atividade, é importante levar os
tuição brasileira, problemas do campo teses se confirmaram. estudantes a refletir, com base em al-
e dos centros urbanos e políticas pú- y Atividade 1: Se julgar conveniente, ques- guns exemplos, se os direitos deles são
blicas e ações cidadãs. Espera-se que tione os estudantes se eles conhecem al- respeitados e se eles cumprem os de-
os estudantes percebam-se como ci- gum lugar parecido ao representado na veres que lhes cabem.
dadãos e indivíduos que se relacionam ilustração. y Atividade 5: As hipóteses levantadas
com outros, que agem nesse espaço de y Atividades 2 e 3: Organize na lousa um nessa atividade podem ser retomadas ao
convívio e são responsáveis por ele. quadro comparativo entre os elementos longo do capítulo, quando houver opor-
característicos de áreas urbanas e rurais tunidade.
Roteiro de aula que podem ser observados na ilustração.
y Leia o título do capítulo e questione os y Atividade 4: Deixe os estudantes à
estudantes acerca do que será estuda- vontade para manifestar livremen-

AJ_CH3_PNLD23_C08_094Aa0107A_MP.indd 94 8/5/21 15:51


1. A ilustração representa o funcionamento de um município com
algumas instituições e comércios. Estão representadas ainda as O município Capítulo 8 95
é de todos
áreas urbana e rural.
2. Praça e construções como banco, farmácia e
posto de saúde. Tomada de decisão

O município é
UL
APÍT O
Saber

8
Ser
responsável
C
y Atividade 5: O objetivo dessa

de todos atividade é levar os estudantes


a refletir, mesmo que ainda de
forma introdutória, sobre a im-
portância do respeito aos di-
De quem é o município? É de reitos de cada cidadão para a
todos os cidadãos! vida em sociedade.

No Brasil, os cidadãos são


membros de uma sociedade em
que podem votar. Eles têm acesso
a direitos e também têm deveres a
cumprir. Isso é chamado cidadania.
Observe a ilustração
atentamente.

Para começo de conversa


1 O que essa ilustração
representa?
2 Que elementos típicos da
área urbana você pode
observar na ilustração?
3 Que elementos típicos da
área rural você pode observar
na ilustração? Plantações, área de vegetação
natural e animais de criação.
4 Em sua opinião, o que
são direitos? E o que são
deveres? Respostas pessoais. Veja
comentários no Roteiro de aula.
5 Em sua opinião, qual é a
Saber
importância de Ser
respeitar os direitos
das pessoas?
5. Resposta pessoal. Veja comentários no
Roteiro de aula.

Ilustração de um município.

noventa e cinco 95

AJ_CH3_PNLD23_C08_094a107_LA.indd 95 7/21/21 7:53 AM


APOIO DIDÁTICO

AJ_CH3_PNLD23_C08_094Aa0107A_MP.indd 95 8/5/21 15:51


96 Capítulo 8 O município
é de todos
Ser cidadão
HABILIDADE DESENVOLVIDA Você já pensou em como podemos exercer nossa
NO TEMA “SER CIDADÃO”
cidadania? Leia o texto a seguir sobre esse tema com os
» (EF03HI01) Identificar os grupos colegas e o professor.
populacionais que formam a cida-
de, o município e a região, as rela-
ções estabelecidas entre eles e os Cidadania é... Cidadania é quando...
eventos que marcam a formação
da cidade, como fenômenos mi- O cidadão ... Eu colaboro
gratórios (vida rural/vida urbana), não nasce grandão! Faço minha parte
desmatamentos, estabelecimento
Cada um de nós Faço com gosto [...]
de grandes empresas etc.
Em pequenos gestos Sozinho, sou pouco
Do dia a dia Junto com os outros
COMPONENTES ESSENCIAIS Pode semear Eu sou mais forte
PARA A ALFABETIZAÇÃO

Ilustra Cartoon/ID/BR
A cidadania [...] Sou mais feliz!
» Compreensão de textos.
» Fluência em leitura oral.

Nílson José Machado. Cidadania é quando... São Paulo: Escrituras, 2001. s. p.


(Coleção Escritinha).

Para explorar
1 “Cada um de nós [...]/ Pode semear/ A
Entre neste livro: a
cidadania. ” Em sua opinião, o que isso Constituição para
quer dizer? Resposta pessoal. crianças, de Liliana
Iacocca e Michele
2 Leia para um colega essas frases: Iacocca. Editora Ática.
Esse livro traz textos
“Sozinho, sou pouco/ Junto com os bem-humorados sobre os
outros/ Eu sou mais forte”. Vocês artigos da Constituição
de 1988. Nele, você vai
concordam com essa ideia? Por quê?
Respostas pessoais. conhecer melhor os
direitos e deveres dos
3 Em sua opinião, o que é cidadania? cidadãos brasileiros.
Resposta pessoal.

96 noventa e seis

Orientação didática bém trechos do livro indicado no boxe


AJ_CH3_PNLD23_C08_094a107_LA.indd 96 atos impactam a comunidade da qual 7/21/21 7:53 AM

Para explorar, que apresenta de forma fazemos parte.


y O trabalho com o tema cidadania per-
APOIO DIDÁTICO

lúdica os principais artigos da Consti- y Atividade 2: Esses versos propiciam


mite aos estudantes identificar os gru-
tuição brasileira. uma reflexão sobre a importância da
pos que formam a comunidade da qual
fazem parte, bem como distinguir os y Para complementar a leitura e a in- coletividade, introduzindo, de maneira
terpretação do poema, pode ser inte- inicial, a temática da democracia, em
papéis públicos dos papéis privados.
ressante solicitar aos estudantes que que as pessoas que acreditam em ideais
Além disso, o estudo do tema propor- busquem em um dicionário o signifi- semelhantes se unem para se organizar
ciona o reconhecimento das relações cado do termo “cidadania” e que o re- politicamente. A decisão das maiorias
estabelecidas entre os dois âmbitos da lacionem com o texto da abertura do deve ser respeitada por todos, assim
vida em sociedade. capítulo. como a integridade e os direitos dos
y Atividade 1: A interpretação dos ver- grupos minoritários.
Roteiro de aula
sos citados tem como objetivo fomen- y Atividade 3: As hipóteses levanta-
y Leia o poema com os estudantes e cer- tar a reflexão sobre a responsabilidade das nesse momento podem ser reto-
tifique-se de que o entenderam. Se jul- dos atos de cada um. Tanto no âmbito madas ao longo do capítulo, quando
gar pertinente e for possível, leia tam- público quanto no doméstico, nossos houver oportunidade.

AJ_CH3_PNLD23_C08_094Aa0107A_MP.indd 96 8/5/21 15:51


O município Capítulo 8 97
Direitos e deveres é de todos

Assim como há regras para a convivência em família, isto é, em HABILIDADE DESENVOLVIDA


NO TEMA “DIREITOS E
nossa vida particular, há leis para a convivência dos cidadãos, ou DEVERES”
seja, em nossa vida pública.
» (EF03HI01) Identificar os grupos
É por meio das leis que o país estabelece os principais deveres populacionais que formam a cida-
e direitos de cada um. Essas leis estão reunidas na Constituição de, o município e a região, as rela-
ções estabelecidas entre eles e os
do país. eventos que marcam a formação
No Brasil, a mobilização dos da cidade, como fenômenos mi-

Governo Federal. Fotografia: ID/BR


gratórios (vida rural/vida urbana),
cidadãos, ao longo do tempo, garantiu desmatamentos, estabelecimen-
a todos importantes direitos, como to de grandes empresas etc.
educação, atendimento médico,
entre outros. Saber
Ser
Consciência social

Também cumprimos deveres em y Atividade 2: Ressalte aos es-


tudantes que a atividade envol-
nosso dia a dia, como respeitar as leis, ve o questionamento sobre o
cuidar do patrimônio histórico-cultural papel do cidadão no estabele-
do país e conviver pacificamente com cimento da cidadania.

as diferenças.

A Constituição de 1988 ficou conhecida como


Constituição Cidadã por reconhecer vários direitos
dos cidadãos brasileiros.

1 Leia a seguir algumas frases sobre os direitos e deveres de todo


cidadão. Depois, pinte de verde os quadrinhos que indicam os
direitos dos cidadãos e de azul os que indicam os deveres.
Todo cidadão deve respeitar as leis de seu país.
Azul
Todo cidadão tem direito à saúde pública.
Verde
Todo cidadão é responsável pela preservação do patrimônio
histórico-cultural de seu país.
Azul
Toda criança deve ter acesso a ensino público e de qualidade.
Verde
Todo cidadão tem direito à moradia.
Verde
Saber
2 Em sua opinião, todos os cidadãos têm seus direitos Ser
respeitados? E eles sempre cumprem seus deveres?
Respostas pessoais.
noventa e sete 97

Roteiro de aula
AJ_CH3_PNLD23_C08_094a107_LA.indd 97 mesmo que de forma introdutória, sobre7/21/21 7:53 AM

o contexto histórico no qual essa Cons-


y Ao estudar o tema “Direitos e deveres”,
APOIO DIDÁTICO

leia o texto sobre a Constituição brasilei- tituição foi elaborada.


ra e, com a participação dos estudantes, y Atividade 1: Chame a atenção dos estu-
relembre a conversa sobre cidadania dantes para os termos “direito” e “dever”.
realizada na atividade de abertura do Peça que justifiquem a resposta dada em
capítulo. cada frase, explicando como identifica-
y Peça aos estudantes que observem a ram o que é dever e o que é direito.
reprodução da capa do documento da y Atividade 2: Retome as frases identifi-
Constituição e levante algumas ques- cadas como deveres e como direitos na
tões: “Como sabemos que a imagem re- atividade 1 e alguns aspectos estuda-
presenta um documento oficial?”; “Que dos no capítulo 5 (como o problema de
elemento da imagem indica seu caráter moradia nas cidades). Explique aos es-
oficial?”; “Quando foi publicada a atual tudantes que não só o cidadão está en-
Constituição?”; “Essa publicação ocor- volvido nesse conjunto de normas, mas
reu há muito ou há pouco tempo?”. É in- também o Estado, que é responsável
teressante que os estudantes reflitam, pela garantia dos direitos dos cidadãos.

AJ_CH3_PNLD23_C08_094Aa0107A_MP.indd 97 8/5/21 15:51


98 Capítulo 8 O município
é de todos
Problemas no campo
HABILIDADES DESENVOLVIDAS As atividades rurais, dependendo da forma como são realizadas,
NO TEMA “PROBLEMAS NO
CAMPO” podem provocar problemas ambientais no campo. Entre eles,
estão danos como o desmatamento, a contaminação e a perda de
» (EF03GE09) Investigar os usos
dos recursos naturais, com desta- qualidade do solo, a erosão, a poluição das fontes de água, etc.
que para os usos da água em ati- Esses problemas também afetam os seres humanos. Além de
vidades cotidianas (alimentação,
higiene, cultivo de plantas etc.), e algumas atividades serem nocivas à saúde dos trabalhadores do
discutir os problemas ambientais campo, muitas das transformações provocadas por essas atividades
provocados por esses usos. destroem ou reduzem as fontes de recursos naturais, interferindo no
» (EF03GE10) Identificar os cuida- modo de vida das comunidades. Veja alguns exemplos.
dos necessários para utilização
da água na agricultura e na gera- Para combater insetos e plantas que prejudicam a agricultura,
ção de energia de modo a garan- muitos produtores rurais usam agrotóxico. Esse produto químico
tir a manutenção do provimento
de água potável. pode causar doenças em quem o aplica sem os cuidados devidos,
além de contaminar o solo e as águas.
» (EF03GE11) Comparar impactos
das atividades econômicas ur- Para aumentar a fertilidade do solo, são utilizados adubos
banas e rurais sobre o ambien-
artificiais, que podem ser levados pela chuva para os rios e, assim,
te físico natural, assim como os
riscos provenientes do uso de contaminar a água. Isso pode prejudicar a pesca e o uso dessa água
ferramentas e máquinas. para o consumo humano.
» (EF03HI11) Identificar diferenças As queimadas, utilizadas

Ricardo Teles/Pulsar Imagens


entre formas de trabalho realiza-
das na cidade e no campo, consi- para limpar o terreno
derando também o uso da tecno- que abrigará pastagens
logia nesses diferentes contextos. ou plantações, matam
várias plantas e animais
e empobrecem o solo. A
destruição de florestas
prejudica os povos que
dependem delas para extrair
recursos naturais. Queimada para abertura de pastos em
Anapu, Pará, em 2019.

Os caminhos para melhorar a situação no campo


Conhecer e aplicar novas formas de organizar a produção, que
possam trazer benefícios às pessoas, e utilizar tecnologias menos
prejudiciais ao ambiente são práticas fundamentais para todas
as atividades econômicas. Quando essas práticas são aplicadas
no campo, isso também favorece a permanência das pessoas no
espaço rural.

98 noventa e oito

Orientações didáticas
AJ_CH3_PNLD23_C08_094a107_LA.indd 98 retratadas nas fotos, distinguindo a prá- 7/21/21 7:53 AM AJ_C

tica agrícola que é prejudicial daquelas


y Leia com os estudantes o texto sobre os
APOIO DIDÁTICO

problemas no campo. Verifique os co- que são menos nocivas ao ambiente.


nhecimentos prévios deles sobre esse y Ao abordar os problemas ambientais
tema e converse com eles sobre os pro- no campo, explique aos estudantes que,
blemas causados por desmatamento, ao cultivar diversas espécies de plantas,
contaminação do solo, erosão, poluição a competitividade entre as pragas que as
das fontes de água, entre outros fatores. atacam controla sua proliferação.
y Se julgar oportuno, retome com os es- y Comente com os estudantes que a atua-
tudantes o conteúdo estudado no capí- ção de cooperativas e de associações
tulo 7 sobre a contaminação das águas comunitárias vem se ampliando muito
por agrotóxicos e fertilizantes utilizados na área rural e assumindo grande re-
na produção agrícola. levância. Credita-se às cooperativas a
permanência de cerca de 16% da popu-
Roteiro de aula lação brasileira no campo.
y Faça a leitura das imagens e das legen- y Ao trabalhar o tópico “Alternativas para
das com a turma. Explore as situações reduzir os problemas causados ao meio

AJ_CH3_PNLD23_C08_094Aa0107A_MP.indd 98 8/5/21 15:51


O município Capítulo 8 99
é de todos
As cooperativas e o fortalecimento do pequeno agricultor
As cooperativas podem melhorar a renda e as condições de
Tomada de decisão
vida de seus associados. No campo, os pequenos agricultores
Saber
Ser
responsável
podem somar forças com a ajuda delas. Assim, é possível: conseguir
y Atividade 1: A atividade possi-
empréstimos em bancos com melhores condições para comprar bilita abordar a questão da res-
máquinas, sementes, adubos; contratar trabalhadores e técnicos; ponsabilidade individual para a
conservação do ambiente. Apro-
economizar recursos; conhecer mais sobre a atividade realizada;
veite para rever com os estudan-
encontrar soluções para dificuldades comuns e integrar as pessoas tes suas atitudes em relação ao
que vivem uma realidade semelhante, com a organização de festas consumismo, desperdício de ali-
mentos, etc.
e outros eventos culturais.

Alternativas para reduzir os problemas causados ao meio ambiente Atividade complementar

O grande volume de produtos produzidos e consumidos y Organize a turma em duplas e


peça a cada um dos estudantes
em todo o mundo torna inevitável a geração de problemas ao da dupla que crie uma frase, sem
ambiente, como poluição, desmatamento e extinção de animais e que o outro veja, sobre alternati-
vas para aliar o desenvolvimen-
plantas. Mas existem maneiras alternativas para, pelo menos, reduzir to de atividades econômicas no
esses problemas. Veja alguns exemplos aplicados no campo. campo à conservação do meio
ambiente. Depois de elaborada a
As fezes dos animais e o que não se aproveita das colheitas frase, o estudante deve escrevê-
podem ser transformados em adubo natural. Esse recurso reduz o -la com as palavras fora de or-
uso de adubos industriais e o risco de poluição do solo e da água. dem e pedir ao colega que as or-
dene e decifre o que está escrito.
Ao final, solicite a eles que digam
Cesar Diniz/Pulsar Imagens

Luis Salvatore/Pulsar Imagens


as frases criadas e escreva-as na
lousa, verificando sua correção.

Agricultora espalha esterco para adubar Área com rotação de culturas de


horta em Campo Grande, Mato Grosso mandioca e banana. Barreirinhas,
do Sul. Foto de 2018. Maranhão. Foto de 2019.

1 Converse com seus colegas e com o professor sobre as questões


a seguir.
a. Você conhece outras formas de reduzir os
Saber
problemas ambientais no campo, além das Ser
mencionadas? Quais?
Respostas pessoais.
b. Que ações do seu dia a dia podem contribuir para a
preservação do meio ambiente? Resposta pessoal.

noventa e nove 99

53 AM ambiente”, ressalte a importância da for-


AJ_CH3_PNLD23_C08_094a107_LA.indd 99 7/21/21 7:53 AM

mação de pessoas conscientes de sua


APOIO DIDÁTICO

ação no lugar onde vivem. É importante


dar exemplos de práticas sustentáveis,
que conciliam crescimento econômico,
conservação ambiental e melhoria das
condições de vida das pessoas. Traba-
lhar com exemplos do município ou do
estado em que os estudantes vivem
torna a aprendizagem mais significativa
para eles.
y Atividade 1: Você pode escrever na
lousa as propostas apresentadas pelos
estudantes, para que todos possam per-
ceber as diferentes formas de abordar
o tema.

AJ_CH3_PNLD23_C08_094Aa0107A_MP.indd 99 8/5/21 15:51


100 Capítulo 8 O município
é de todos
Problemas nos centros urbanos
HABILIDADES DESENVOLVIDAS A partir dos anos 1950, o crescimento de algumas áreas urbanas
NO TEMA “PROBLEMAS NOS
CENTROS URBANOS” do Brasil intensificou-se. Muitas pessoas saíram da área rural e das
cidades pequenas em busca de melhores condições de vida nas
» (EF03GE09) Investigar os usos dos
recursos naturais, com destaque grandes cidades.
para os usos da água em atividades
cotidianas (alimentação, higiene,
cultivo de plantas etc.), e discutir os
A questão da moradia
problemas ambientais provocados Os centros urbanos não tinham estrutura suficiente para atender
por esses usos.
a todos, e muitos problemas sociais, que existiam antes da chegada
» (EF03GE10) Identificar os cuida- dos novos grupos, agravaram-se e estão presentes até hoje.
dos necessários para utilização
da água na agricultura e na gera-

Thomas Farkas/Acervo do Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro

Aloisio Mauricio/Fotoarena
ção de energia de modo a garan-
tir a manutenção do provimento
de água potável.
» (EF03GE11) Comparar impactos
das atividades econômicas ur-
banas e rurais sobre o ambiente
físico natural, assim como os ris-
cos provenientes do uso de fer-
ramentas e máquinas.
» (EF03HI01) Identificar os grupos
populacionais que formam a cida-
de, o município e a região, as rela-
ções estabelecidas entre eles e os Núcleo Bandeirante, local de moradia dos Moradores em situação de rua em São
eventos que marcam a formação trabalhadores que construíram Brasília, Paulo. Foto de 2019.
da cidade, como fenômenos mi- Distrito Federal, por volta de 1958.
gratórios (vida rural/vida urbana),
desmatamentos, estabelecimento 1 Este texto pertence à atual Constituição brasileira. Saber
de grandes empresas etc. Sublinhe nele os direitos assegurados aos cidadãos Ser
» (EF03HI02) Selecionar, por meio brasileiros.
da consulta de fontes de diferen-
tes naturezas, e registrar aconte-
cimentos ocorridos ao longo do Art. 6o – São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o
tempo na cidade ou região em trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a
que vive.
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados [...].
» (EF03HI08) Identificar modos de
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:
vida na cidade e no campo no pre- http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc90.htm.
sente, comparando-os com os do Acesso em: 18 mar. 2021.
passado.
» (EF03HI09) Mapear os espaços
públicos no lugar em que vive 2 No município onde você mora, há, atualmente,
(ruas, praças, escolas, hospitais, problemas parecidos com os retratados nas Saber
prédios da Prefeitura e da Câma- imagens? De acordo com a lei atual, esses problemas Ser
ra de Vereadores etc.) e identifi-
car suas funções. poderiam existir? Respostas pessoais.

100 cem

Orientações didáticas quentemente, para o surgimento e o


AJ_CH3_PNLD23_C08_094a107_LA.indd 100
y Retome a discussão sobre os meios de 7/21/21 7:53 AM AJ_C

agravamento de problemas urbanos. transporte do capítulo 5 para tratar dos


y Antes de iniciar o trabalho com esse
APOIO DIDÁTICO

y Ao concluir a leitura do texto sobre a problemas de infraestrutura relaciona-


tema, pergunte aos estudantes:
questão da moradia, converse com os dos ao transporte público nos grandes
“Quais são os problemas que os gran-
estudantes sobre a falta de infraestru- centros urbanos e na área rural. Comente
des centros urbanos podem apresen-
tura em algumas áreas das cidades e que, em muitos municípios, a população
tar?”. Depois de responderem a essa sofre com a superlotação de ônibus e de
aproveite para comentar sobre a cons-
pergunta, peça a eles que observem trens, pois o transporte coletivo é precá-
trução de moradias em locais impró-
as fotos da página e tentem identificar rio e não atende às necessidades locais.
prios. Instigue o interesse deles pelo
os problemas de moradia retratados
nelas, indicando os aspectos relacio-
tema fazendo perguntas como: “Por y Leia com a turma os dois primeiros pa-
que não é seguro viver às margens rágrafos do tópico “O transporte públi-
nados às condições de moradia das de um rio ou perto de barrancos?”; co” e peça aos estudantes que analisem
comunidades carentes e das pessoas “O que pode acontecer com as pes- as fotos, identificando os problemas e
em situação de rua. soas que moram nesses locais?”; “Por os perigos que elas retratam.
y Após a leitura do texto, reforce os mo- que essas pessoas continuam morando y Depois de concluírem a leitura do tex-
tivos que contribuíram para o cresci- nesses locais mesmo sabendo que são to, proponha aos estudantes fazer uma
mento das cidades no Brasil e, conse- perigosos?”. pesquisa sobre os problemas vividos

AJ_CH3_PNLD23_C08_094Aa0107A_MP.indd 100 8/5/21 15:51


O município Capítulo 8 101
é de todos
O transporte público
Muitas pessoas deslocam-se diariamente nas grandes cidades » (EF03HI11) Identificar diferenças
por vários motivos: para trabalhar, estudar, divertir-se. Para isso, é entre formas de trabalho realiza-
comum que elas utilizem o transporte público. das na cidade e no campo, consi-
derando também o uso da tecno-
Porém, nem sempre esse deslocamento ocorre de modo eficiente. logia nesses diferentes contextos.
O motivo disso é que, muitas vezes, não há » (EF03HI12) Comparar as rela-
infraestrutura: estrutura
infraestrutura de transporte público disponível física e econômica
ções de trabalho e lazer do pre-
sente com as de outros tempos e
para todos. necessária para o
espaços, analisando mudanças e
funcionamento de uma
Nas periferias, muitas vias não são organização. Veículos permanências.
asfaltadas, e os meios de transporte públicos coletivos (como ônibus e
trens) em boas condições
não atendem plenamente a essas áreas. e em quantidade COMPONENTES ESSENCIAIS
Isso causa a superlotação dos veículos
adequada à população PARA A ALFABETIZAÇÃO
e rotas que atendam
e maior tempo de espera por eles. Além todos os moradores » Desenvolvimento de vocabulário.
são itens que fazem
desses problemas, há aumentos periódicos parte da infraestrutura
» Compreensão de textos.
no valor das passagens, e muitas pessoas de transporte público
eficiente.
não podem pagar por elas. Saber
Ser
Autoconsciência
y Atividade 1: Essa atividade
tem como objetivo levar os es-
tudantes a conhecer os direitos
Alice Brill/Acervo do Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro

Cris Faga/Estadão Conteúdo


do cidadão brasileiro.

Saber
Ser
Autoconsciência
y Atividade 2: Essa atividade
leva os estudantes a refletir, de
forma crítica, sobre o tema tra-
balhado em sala de aula, ao re-
lacioná-lo com a realidade vivi-
da por eles e por suas famílias.

Trabalhadores do município de São Passageiros aguardam a chegada do


Paulo em transporte público, por volta trem em plataforma lotada no município
de 1950. de São Paulo. Foto de 2021.

3 Quanto tempo você leva de sua casa até a escola?


Resposta pessoal.
4 Você utiliza algum meio de transporte para ir à escola e,
depois, voltar para casa? Em caso afirmativo, qual?
Como costuma ser essa experiência? Respostas pessoais.

cento e um 101

53 AM pelos usuários de transporte público no


AJ_CH3_PNLD23_C08_094a107_LA.indd 101 estudantes possam se expressar sobre 7/21/21 tudantes ao tema que estão estudan-
7:53 AM

município em que eles vivem. Eles po- os direitos garantidos por lei. Pergunte- do, promovendo um aprendizado mais
APOIO DIDÁTICO
dem fazer essa pesquisa entrevistando -lhes se conhecem todos esses direitos significativo. Em ambas, os estudan-
familiares ou conhecidos da família que e se consideram que eles se estendem tes poderão identificar e compartilhar
utilizam o transporte público. Peça-lhes a todos os cidadãos. suas experiências ao utilizar os meios
que registrem no caderno os resultados y Atividade 2: Ajude os estudantes a de transporte do município e detectar
da pesquisa e que os relacionem com o fazer essa relação, perguntando, por possíveis problemas do transporte co-
texto do Livro do Estudante. exemplo: “Quais são os programas de letivo local. Por meio da conversa e da
acesso à moradia no município em que experiência de cada estudante, é possí-
Roteiro de aula você vive?”; “Existem comunidades si- vel comparar pontos de vista distintos
no modo como cada um se desloca de
y Atividade 1: Faça uma leitura coletiva tuadas nas proximidades?”.
casa até a escola.
do artigo 6º da Constituição. Promo- y Atividades 3 e 4: Essas atividades pos-
va uma roda de conversa, para que os sibilitam aproximar a realidade dos es-

AJ_CH3_PNLD23_C08_094Aa0107A_MP.indd 101 8/5/21 15:51


102 Capítulo 8 O município
é de todos
Problemas ambientais
O crescimento da população urbana, o aumento do número de
Para complementar veículos, a derrubada de vegetação para a construção de moradias,
Serviço criado por startup recolhe a elevação da quantidade de lixo produzida, entre outros fatores,
lixo orgânico nas casas para com- acabam gerando danos ambientais nos grandes centros urbanos.
postagem. Associação Brasileira A solução para esses problemas é um desafio para todos. Vamos
de Integração e Desenvolvimento
Sustentável (Abides), 18 jan. 2016. conhecer alguns deles e descobrir como podemos ajudar a diminuir
Disponível em: http://abides.org. sua ocorrência.
br/servico-criado-por-startup-
recolhe-lixo-organico-nas-casas-
para-compostagem/. Acesso em:
Poluição da água
10 jul. 2021. A água usada nas casas e nas indústrias mistura-se com sujeira,
Essa reportagem apresenta
uma iniciativa na cidade do Rio
detergentes, produtos de limpeza, fezes, urina, etc., formando o
de Janeiro que ajuda a reduzir a esgoto. É preciso tratar o esgoto antes de despejá-lo nos rios ou
quantidade de lixo que vai para nos mares. Nas estações de tratamento de esgoto, a maior parte
os aterros e lixões. Nessa cida-
de, o material orgânico que não das impurezas é removida da água. Em muitas cidades do Brasil, o
é mais utilizado nas residências é esgoto não recebe tratamento. Ao ser despejado nos rios ou nos
coletado e usado na composta- mares, o esgoto polui a água e pode matar peixes e plantas, além
gem. O material reciclável, após
ser limpo e separado, é encami- de causar doenças nas pessoas.
nhado para a coleta seletiva para
ser reciclado. Se julgar oportuno,
esclareça aos estudantes que o 1. O esgoto de

Raitan Ohi/ID/BR
material orgânico encaminhado residências e de
para a compostagem correspon- indústrias é
de ao resíduo úmido e que o ma- conduzido por
terial reciclável corresponde ao canos subterrâneos
resíduo seco. até a estação de
tratamento.

3. Quase livre das impurezas, a parte


líquida do esgoto é lançada em rios 2. O esgoto passa por
e mares ou reaproveitada para várias etapas de
limpar ruas e praças. Essa água não limpeza, realizadas em
serve para o consumo humano. diferentes tanques.

Fonte da ilustração: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).


Disponível em: http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=49.
Acesso em: 10 mar. 2021.

102 cento e dois

Roteiro de aula
AJ_CH3_PNLD23_C08_094a107_LA.indd 102 são as fases de tratamento da água. Es- 7/21/21 7:53 AM AJ_C

pera-se que eles compreendam que se


y Antes de iniciar o trabalho com esse
APOIO DIDÁTICO

tópico, faça uma sondagem dos conhe- trata de coleta, limpeza e reutilização/
cimentos prévios dos estudantes sobre devolução da água aos rios e mares.
o tema, solicitando que mencionem y Se julgar pertinente, ao ler o texto sobre
exemplos de problemas ambientais dos a poluição do ar, aproxime o tema da
quais já tenham ouvido falar. realidade dos estudantes, perguntan-
y A seguir, leia o texto didático e chame a do se algum deles têm algum problema
atenção dos estudantes para o esquema respiratório ou se conhecem alguém que
apresentado. Solicite que o observem tenha. Em seguida, explique que alguns
com atenção, identificando o que está desses problemas podem ser potenciali-
sendo representado no esquema e quais zados pela polução do ar.

AJ_CH3_PNLD23_C08_094Aa0107A_MP.indd 102 8/5/21 15:51


O município Capítulo 8 103
é de todos
Poluição do ar

Thomaz Vita Neto/Pulsar Imagens


A fumaça liberada pelos
Para casa
veículos a motor e pelas fábricas e
indústrias contém poluentes que y Atividade 5: Ao perguntar aos
se misturam ao ar e prejudicam estudantes se eles e a família
deles fazem a separação de lixo
os seres vivos e o ambiente. Ela para reciclagem, oriente-os a re-
também afeta a superfície de lacionar essa atitude com a rea-
lidade brasileira, perguntando,
casas, edifícios, monumentos,
por exemplo: “O tratamento de
etc. Essas impurezas podem lixo por meio da reciclagem está
causar doenças respiratórias, Por lei, as fábricas e as indústrias são disponível em todas as partes do
obrigadas a instalar filtros para o Brasil?”; “A maioria das pessoas
além de afetar a fauna, a flora e a controle da poluição do ar. Fábrica em está consciente da necessidade
qualidade da água. Planalto, São Paulo. Foto de 2019. de reciclar o lixo?”. Incentive-os
a pensar no processo, ou seja,
Excesso de lixo para onde o lixo vai depois de

Acacio Pinheiro/Agência Brasília


ser separado.
Lixo é qualquer resíduo ou
resto produzido pelas atividades
humanas. Ele deve ser coletado e
armazenado adequadamente para
evitar doenças e a degradação do
ambiente. O consumo exagerado e
a falta de coleta seletiva agravam
o problema do lixo. Mas para onde Aterro sanitário em Samambaia,
vão os resíduos que geramos? Distrito Federal. Foto de 2020.
Em geral, a prefeitura de cada município é responsável pela
coleta e pelo armazenamento correto dos resíduos. O lixo coletado
por caminhões pode ser levado para lixões ou para aterros
sanitários. O aterro sanitário é um local preparado para receber
adequadamente o lixo, que é enterrado lá. Os lixões são terrenos
onde o lixo depositado fica a céu aberto, atraindo animais, como
ratos, que podem transmitir doenças. Com o tempo, parte do lixo
depositado nos lixões transforma-se em chorume, que é um líquido
escuro e tóxico. Esse líquido penetra no solo e pode contaminá-lo,
bem como contaminar os reservatórios subterrâneos de água.

5 Reduzir o uso de produtos descartáveis, reutilizar objetos


e separar materiais para reciclagem são formas de ajudar a
diminuir a quantidade de lixo gerado. Você e sua família praticam
essas atitudes? Converse com seus familiares sobre isso.
Resposta pessoal.
cento e três 103

53 AM Roteiro de aula
AJ_CH3_PNLD23_C08_094a107_LA.indd 103 e pergunte: “Qual é a melhor maneira 7/21/21 7:53 AM

de descartar o lixo?”; “O que a foto que


y Leia com os estudantes o tópico “Exces-
APOIO DIDÁTICO

so de lixo”. Em seguida, verifique se eles acompanha o texto representa?”.


compreendem os fatores que geram o y Atividade 5: Converse com os estudan-
aumento da quantidade de lixo e comente tes sobre a reciclagem. Promova uma
que a produção de lixo está relacionada roda de conversa, para que eles com-
ao grande número de pessoas que vive partilhem experiências sobre atitudes
nas cidades e ao consumismo. Destaque que podem ser adotadas no dia a dia
a diferença entre lixão e aterro sanitário para proteger o meio ambiente.

AJ_CH3_PNLD23_C08_094Aa0107A_MP.indd 103 8/5/21 15:51


104 Capítulo 8 O município
é de todos
Pensando em soluções
Atividade complementar O principal responsável por oferecer serviços públicos de
y Distribua aos estudantes panfle- qualidade e por garantir os direitos dos cidadãos é o governo. Por
tos de divulgação do trabalho de isso, é necessário que seus representantes criem mecanismos para
algumas ONGs e peça a eles que
que esses problemas sejam resolvidos. Veja um exemplo na foto e
leiam com atenção, buscando
identificar algumas informações: na legenda desta página.
nome da ONG, objetivo, área de Os cidadãos também podem organizar-se para tentar resolver
atuação (ambiente, educação,
saúde, entre outras), motivo de os problemas do município e para reivindicar soluções por parte
criação do material de divulga- do governo. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio das
ção, estratégias da ONG para ar- Organizações Não Governamentais (ONGs). Essas instituições não
ticular a ideia do panfleto (texto,
perguntas, fotos, gráficos, esque- têm fins lucrativos e atuam em causas como a defesa dos direitos
mas, entre outras). Os estudantes humanos, a preservação da natureza e o acesso à educação, à
podem realizar essa atividade em
saúde e à moradia.
grupos e registrar as respostas no
caderno. Ao final, abra uma roda Outra forma de atuação é a criação das associações de
de conversa para que os grupos moradores. Elas podem ser organizadas por moradores de uma rua,
relatem suas observações, des-
tacando os tipos de ONG e as de um bairro e até de um município; elas possibilitam realizar ações
características do material ana- coletivas para proporcionar melhorias para a comunidade.
lisado. Esse pode ser um bom
momento para a apresentação de

Joa Souza/Shutterstock.com/ID/BR
um novo gênero textual (panfleto,
campanha, propaganda impressa,
propaganda multimídia) e suas
características.

Saber
Ser
Consciência social
y Atividade 7: Mostre as diver-
sas possibilidades desse tipo
de associação, para que os es-
tudantes possam relacioná-las
com suas experiências prévias.

No município de Mata de São João, Bahia, uma das medidas tomadas para combater
os problemas de moradia foi a construção de habitações populares para famílias de
baixa renda. Foto de 2020.

6 Você conhece alguma ONG? Em caso afirmativo, cite um exemplo.


Que tipo de ação essa ONG realiza? Anote no caderno.
Respostas pessoais.
7 No município onde você mora, há associações de
moradores? Em caso afirmativo, dê exemplos. Saber
Ser
Se você não souber, pesquise na internet com a
ajuda de um adulto. Você já participou de um evento
organizado por alguma dessas associações? Respostas pessoais.

104 cento e quatro

Roteiro de aula
AJ_CH3_PNLD23_C08_094a107_LA.indd 104 associações de moradores, nesse caso, 7/21/21 7:53 AM

y Antes de iniciar o trabalho com esse buscando exemplos locais.


APOIO DIDÁTICO

tópico, peça aos estudantes que ana- y Atividade 6: Ajude os estudantes a


lisem a foto da página (fazendo a lei- identificar as ONGs atuantes na região
tura da imagem e da legenda) e iden- onde vivem ou ONGs bem conhecidas
tifiquem a quais problemas urbanos no país. É importante abrir o debate
se referem as soluções apresentadas. para que compreendam melhor o que
Espera-se que eles identifiquem que são essas organizações.
se trata do problema de moradia. y Atividade 7: Converse com a turma
y Durante a leitura do texto dessa pági- sobre os tipos mais comuns de asso-
na, explique aos estudantes o que são ciações de moradores que costumam
ONGs. Esclareça que o fato de não te- atuar em bairros e comunidades e po-
rem fins lucrativos não significa que to- dem estar atreladas a uma igreja. Essa
dos os que trabalham em ONGs são vo- atividade permite mobilizar a habilida-
luntários. Faça o mesmo em relação às de EF03HI09.

AJ_CH3_PNLD23_C08_094Aa0107A_MP.indd 104 8/5/21 15:51


O município Capítulo 8 105
Áreas de conservação ambiental é de todos

Existem no Brasil áreas naturais protegidas por lei. São as HABILIDADE DESENVOLVIDA
NO TEMA “ÁREAS DE
Unidades de Conservação (UCs). As UCs são delimitadas pelo CONSERVAÇÃO AMBIENTAL”
poder público e visam à proteção dos recursos e dos seres vivos
» (EF03HI10) Identificar as diferen-
de ambientes naturais. As UCs são divididas em dois grupos: as ças entre o espaço doméstico,
Unidades de Proteção Integral e as Unidades de Uso Sustentável. os espaços públicos e as áreas
de conservação ambiental, com-
Nas Unidades de Proteção Integral, a proteção total da preendendo a importância dessa
natureza é o principal objetivo. Suas regras são mais rígidas, sendo distinção.
permitido somente o uso dos recursos naturais que não envolve
coleta, consumo ou dano ao ambiente. Nessas unidades, é permitida COMPONENTE ESSENCIAL
a realização de atividades relacionadas à educação ambiental, à PARA A ALFABETIZAÇÃO
pesquisa científica e ao turismo ecológico, por exemplo. » Produção de escrita.
1a. As Unidades de

Ticiana Giehl/Escolha Viajar/Folhapress


Conservação ajudam a O Sistema Nacional de Unida-
proteger os ambientes des de Conservação (SNUC – Lei
naturais, seus recursos
e seres vivos de ações 9 985/2000) – é o conjunto de uni-
prejudiciais, como dades de conservação (UC) federais,
o desmatamento, a estaduais e municipais. É composto
poluição, etc. […] [de] 12 categorias de UC, cujos
objetivos específicos se diferen-
ciam quanto à forma de proteção e
usos permitidos […].
[…]
O Parque Nacional da O SNUC tem os seguintes
Chapada das Mesas, no objetivos:
Maranhão, é um tipo de
Unidade de Proteção • Contribuir para a conservação
Integral. das variedades de espécies bio-
Foto de 2019. lógicas e dos recursos genéti-
cos no território nacional e nas
Já as Unidades de Uso Sustentável procuram integrar a águas jurisdicionais;
conservação da natureza e o uso sustentável dos recursos naturais. • Proteger as espécies ameaça-
É permitida a presença de comunidades humanas nessa área, desde das de extinção;
que elas estejam integradas à sua conservação. […]
• Proteger os recursos naturais
1 Responda no caderno:
necessários à subsistência de
a. Qual a importância das Unidades de Conservação? populações tradicionais, res-
peitando e valorizando seu
b. Imagine que você esteja em uma Unidade de Saber
Ser conhecimento e sua cultura e
Conservação. Compare-a com o espaço da sua casa e promovendo-as social e econo-
o de uma praça pública. Que diferenças há entre eles? micamente.
Resposta pessoal.
Brasil. Ministério do Meio Ambiente,
cento e cinco 105 Sistema Nacional de Unidades
Conservação – SNUC. Disponível em:
https://antigo.mma.gov.br/areas-
protegidas/unidades-de-conservacao/
Roteiro de aula
AJ_CH3_PNLD23_C08_094a107_LA.indd 105 7/21/21 7:53 AM sistema-nacional-de-ucs-snuc.html.
Acesso em: 16 jul. 2021.
y Questione os estudantes se eles conhe-
APOIO DIDÁTICO

cem alguma área de conservação am-


biental próxima ao município em que vi-
vem. Se for possível, agende uma visita
Saber Tomada de decisão
a esse local, para que eles conheçam o Ser
responsável
trabalho realizado lá.
y Atividade 1: Caso julgue oportuno, pro- y Atividade 1b: Auxilie os es-
mova uma discussão ampliada sobre re- tudantes a identificar as dife-
gras e normas específicas para cada um renças entre as áreas de con-
dos grupos de Unidade de Conservação servação ambiental (como as
e a função que essas áreas exercem na Unidades de Conservação) e
sociedade. os espaços domésticos (como
a casa em que vivem) e públi-
cos (como as praças).

AJ_CH3_PNLD23_C08_094Aa0107A_MP.indd 105 8/5/21 15:51


106 Capítulo 8 O município
é de todos
re
Aprender semp
HABILIDADES AVALIADAS NA
SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF03GE11) Comparar impactos 1 A Constituição brasileira estabelece os direitos de todo cidadão
das atividades econômicas urba- que devem ser respeitados. Escreva os direitos que você conhece.
nas e rurais sobre o ambiente fí-
sico natural, assim como os riscos Resposta pessoal.
provenientes do uso de ferramen-
tas e máquinas.
» (EF03HI01) Identificar os grupos
populacionais que formam a cida-
de, o município e a região, as rela-
ções estabelecidas entre eles e os
2 Observe as fotos e leia as legendas. Em sua opinião, o que é
eventos que marcam a formação
da cidade, como fenômenos mi- preciso fazer para melhorar as condições desses locais?
gratórios (vida rural/vida urbana), Resposta pessoal.

Fernando Frazão/Agência Brasil


desmatamentos, estabelecimen-
A
to de grandes empresas etc.
» (EF03HI02) Selecionar, por meio
da consulta de fontes de diferen-
tes naturezas, e registrar aconte-
cimentos ocorridos ao longo do
tempo na cidade ou região em Lixo espalhado na calçada
que vive. em rua do centro do
município do Rio de Janeiro.
» (EF03HI09) Mapear os espaços Foto de 2019.
públicos no lugar em que vive
(ruas, praças, escolas, hospitais,

Daniel Cymbalista/Pulsar Imagens


prédios da Prefeitura e da Câma- B
ra de Vereadores etc.) e identifi-
car suas funções.

COMPONENTE ESSENCIAL
PARA A ALFABETIZAÇÃO
Moradias precárias no
» Produção de escrita. município de São Paulo.
Foto de 2018.
Saber
Ser
Consciência social
y Atividade 4: Durante o com- 3 Em sua opinião, quais são as consequências desses problemas
partilhamento dos resultados ambientais para os seres humanos?
da pesquisa, converse com os
estudantes sobre a realidade
do município, as necessidades a. Desmatamento: Possibilidade de resposta: perda de importantes recursos naturais.
dos cidadãos e as condições
do transporte público. Mostre
a eles a relação entre esses
b. Excesso de agrotóxicos: Possibilidade de resposta: doenças.
elementos, destaque as dife-
rentes soluções levantadas por c. Aceleração da erosão: Possibilidade de resposta: prejuízos na agricultura.
cada grupo e converse sobre
como o acesso a um transpor-
106 cento e seis
te de qualidade é um direito do
cidadão.

Roteiro de aula
AJ_CH3_PNLD23_C08_094a107_LA.indd 106 os temas trabalhados no capítulo. En- 7/21/21 7:53 AM

tre as respostas, os estudantes podem


y Atividade 1: Converse com os estudantes
APOIO DIDÁTICO

mencionar, por exemplo, a organização


sobre o papel da Constituição brasileira e
de um mutirão de limpeza, a realização
verifique se eles compreendem o que foi
de um abaixo-assinado para ser encami-
estudado sobre a Carta Magna e sobre nhado às autoridades responsáveis ou a
direitos e deveres. Se julgar oportuno, atuação da associação do bairro ou de
realize a atividade oralmente e oriente a outra forma de representação civil para
conversa para que toda a turma tenha a a melhoria das condições dos locais re-
oportunidade de se manifestar. Aprovei- tratados. É importante deixar claro que,
te esse momento para verificar se restou na maior parte das vezes, são os adul-
alguma dúvida sobre o tema. Anote na tos os responsáveis pelas providências
lousa as respostas e, depois, solicite aos necessárias. As crianças podem chamar
estudantes que as anotem no livro. a atenção dos adultos de seu convívio,
y Atividade 2: Solicite aos estudantes que incentivar as iniciativas e contribuir para
respondam a essa atividade individual- elas (por exemplo, ajudando a passar o
mente, para que você possa avaliar a abaixo-assinado ou a fazer cartazes de
compreensão de cada um deles sobre divulgação do mutirão). Além disso, de-

AJ_CH3_PNLD23_C08_094Aa0107A_MP.indd 106 8/5/21 15:51


O município Capítulo 8 107
é de todos
4 No município onde fica a escola, há problemas
Saber
com transporte público? Para responder a essa Ser Atividade complementar
questão, forme um grupo com dois colegas. Depois,
sigam estas etapas. y Após o debate e a realização da
atividade 4, solicite aos estudan-
• Pesquisem nos jornais do município, impressos ou digitais, tes que criem cartazes informa-
tivos chamando as pessoas da
notícias sobre o transporte público. Se identificarem problemas escola para a ação. Os temas
com esse transporte, relatados nas notícias, façam uma lista abordados devem ter relação
no caderno. com os direitos dos cidadãos e,
se possível, com a realidade do
• Entrevistem os funcionários da escola. Perguntem a eles se, município. Faça um levantamen-
to com os estudantes dos tópi-
na ida ao trabalho e na volta para casa, utilizam transporte cos estudados no capítulo.
público e se identificam problemas nesse tipo de transporte. Caso eles tenham realizado a ati-
Em caso afirmativo, acrescentem os problemas relatados pelos vidade complementar com os ma-
teriais de ONGs, peça que voltem
funcionários à lista de vocês.
a ela para relembrar a estrutura
• Lembrem-se de anotar na lista as fontes das informações, daqueles textos. O material de di-
vulgação criado pelos estudantes
como o nome e a data do jornal pesquisado, o nome completo poderá ser distribuído pela escola,
das pessoas entrevistadas e a gerando um debate entre todos.
data da entrevista.
• Leiam para os colegas a Saber
Ser
Consciência social

Ilustra Cartoon/ID/BR
lista que vocês elaboraram e y Atividade 5: Se julgar conve-
ouçam a leitura das listas dos niente, oriente os estudantes
em uma pesquisa sobre a im-
outros grupos. portância da doação de san-
Respostas pessoais.
gue a bancos de sangue e da
5 Participar de trabalhos voluntários, ações coletivas separação para coleta seletiva
Saber
ou campanhas é uma forma de exercer a cidadania. Ser de material que seria descarta-
Os cartazes a seguir trazem exemplos de algumas do no lixo comum. O trabalho
favorece a seleção de informa-
dessas iniciativas. ções nesse tipo de fonte.
Prefeitura de Crateús, CE/Fac-símile: ID/BR

Semmac/Prefeitura Municipal de Catalão

A. Cartaz de
A B campanha de
doação de
sangue em
Crateús, Ceará,
em 2016.
B. Cartaz de
campanha de
coleta de resíduos
orgânicos em
Catalão, Goiás,
em 2014.

• De que maneira você, os colegas e os familiares poderiam


participar dessas campanhas? Resposta pessoal.

cento e sete 107

vem ter atitudes de respeito e não cau-


AJ_CH3_PNLD23_C08_094a107_LA.indd 107 garantir um número mínimo de material 7/21/21 mentais para fomentar o voluntariado
7:53 AM

sar ou agravar os problemas. para consulta. Registre com a turma em entre os cidadãos. Uma possibilidade de
APOIO DIDÁTICO
y Atividade 3: Questione se o município uma folha de papel avulsa, os aspectos aprofundamento dessa atividade é fazer
em que os estudantes vivem apresen- que deverão ser levantados na entrevis- previamente um levantamento de cam-
ta esses problemas ambientais e se há ta. Acompanhe o trabalho de pesquisa panhas, de instituições, de associações
algo que a comunidade escolar possa e oriente os estudantes quanto à pro- de bairro ou de movimentos sociais que
dução de registros das pesquisas rea- empreendem campanhas mobilizadoras
fazer a esse respeito.
lizadas. Se julgar conveniente, peça a de voluntários no município. Selecione
y Atividade 4: Leia com os estudantes as eles que, antes de ler a lista produzida um exemplo e converse sobre ele com
etapas para a realização dessa ativida- para os colegas, treinem a leitura em os estudantes. Fale sobre a entidade ou
de. Garanta que todos tenham acesso a voz alta. Chame a atenção para a im- o movimento, seu objetivo, que tipo de
jornais do município. Para isso, peça a portância de anotar a fonte dos dados, trabalho desenvolve, entre outros ele-
eles que tragam jornais para a sala de uma vez que é mais provável que o lei- mentos. Pode ser que alguns estudan-
aula e os compartilhem ou leve-os para tor confie na informação se souber de tes reconheçam as ações apresentadas
o laboratório de informática e acesse onde ela vem. ou pode ser que não façam ideia de que
os jornais com eles, se a escola dispu- y Atividade 5: Os cartazes apresentados ações como as apresentadas ocorrem no
ser desse espaço. Se possível, procure são divulgação de iniciativas governa- município onde vivem.

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107A Conclusão do capítulo 8

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 8
Sugestões para a avaliação formativa
1. Este capítulo abordou as dinâmicas da vivência coletiva em município, chamando atenção para o exercício da
cidadania como parte fundamental dessa vivência. Ao final do trabalho com o capítulo, questione os estudantes
sobre melhorias que, na opinião deles, podem ser feitas no município em que vivem e sobre como podem con-
tribuir com essas melhorias.
2. A seção Aprender sempre do Livro do Estudante recupera e aprofunda os conteúdos trabalhados ao longo do
capítulo, possibilitando observar a consolidação dos conhecimentos por parte dos estudantes e a verificação de
eventuais defasagens. Essa análise facilita a elaboração de estratégias de remediação, de acordo com as carac-
terísticas de cada estudante e de cada turma. A seguir, são disponibilizadas algumas sugestões para a realização
desse trabalho.
3. Na atividade 1, os conhecimentos sobre a Constituição brasileira no que diz respeito aos direitos do cidadão, que
foram trabalhados durante o capítulo, devem ser anotados e debatidos pelos estudantes, para que possam com-
preender o tema da melhor forma possível. A consulta à Constituição permite o desenvolvimento da habilidade
EF03HI02.
4. Além dos direitos, deve-se pontuar nossos deveres para com a sociedade. Nas atividades 2 e 4, o exercício de
procurar por soluções de problemas enfrentados diariamente deve desenvolver nos estudantes o pensamento crí-
tico quanto à sua realidade e às próprias atitudes, mobilizando as habilidades EF03HI01, EF03HI02 e EF03HI09.
5. Em associação à atividade 3, que mobiliza a habilidade EF02GE11, os estudantes devem perceber que toda ati-
tude tomada por eles, ou por quem quer que seja, resulta em uma consequência para todos.
6. Aproveite a atividade 5 para promover a reflexão sobre o papel da comunidade escolar em ajudar a sociedade
na qual está inserida. Incentivar o engajamento dos estudantes em atividades que promovam a cidadania é fun-
damental para que eles compreendam seu papel como sujeitos históricos atuantes na sociedade.

Atividades de remediação
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no desenvolvimento das habilidades EF03HI01 e EF03HI02 no
capítulo, você pode organizar a turma em grupos e entregar a cada grupo uma das seguintes cartilhas: Crianças
e adolescentes primeiro!: defensores públicos pelos direitos da criança e do adolescente, ilustrada por Ziraldo, e
A turma da Mônica em “O Estatuto da criança e do adolescente”, criada por Mauricio de Sousa. Essas cartilhas
podem ser encontradas na página do site Turminha do MPF, disponível em: https://turminha.mpf.mp.br/explore/
turminha-indica (acesso em: 12 jul. 2021). Solicite aos estudantes que leiam com atenção os textos e preparem
uma apresentação que, conforme previamente estabelecido por todos, pode ser em forma de seminário, teatro,
poesia ou cordel, destacando o tema central do texto.
• Atividade 2: Outra possibilidade para ampliar o desenvolvimento da habilidade EF03HI09 é solicitar aos estudan-
tes que façam uma pesquisa sobre os meios de transporte utilizados no município onde moram, contemplando
estas questões: “Existem ciclovias e linhas de trem, de metrô e de ônibus no município?”; “Os ônibus ligam a área
rural à área urbana?”. Peça a eles que registrem os resultados da pesquisa e tragam imagens que ilustrem esses
meios de transporte. Além disso, peça que recolham o depoimento de um familiar ou conhecido que seja usuário
de transporte público do município. Em sala de aula, converse com os estudantes sobre as informações obtidas
nesse depoimento.

AJ_CH3_PNLD23_C08_094Aa0107A_MP.indd 107 8/5/21 15:51


Diversidade cultural no Brasil Capítulo 9 108A

CAPÍTULO 9 DIVERSIDADE CULTURAL NO BRASIL

Objetivos pedagógicos
1. Promover a compreensão do estudante a respeito do con­ 4. Identificar as principais atividades culturais da localidade
ceito de cultura. em que vive.
2. Favorecer o entendimento acerca da diversidade cultural 5. Trabalhar o ouvir e ser ouvido nas relações com os cole­
que compõe o Brasil. gas, desenvolvendo o respeito pelas trajetórias individuais
3. Identificar as origens da cultura brasileira. e coletivas.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Neste capítulo, o estudante terá contato com a diver­ Quanto às datas comemorativas e festas realizadas pelo
sidade cultura brasileira, partindo da perspectiva do inter­ país afora, priorize os costumes locais da região em que
câmbio entre as experiências e as vivências de diversos vivem. Mostre aos estudantes que eles participam desse mo­
povos. vimento cultural, que integra, num panorama mais amplo, o
que podemos chamar de “cultura brasileira”.
É comum que esse tema leve a discussões sobre racismo
e preconceitos em geral. Procure desenvolver na sala de aula A discussão desses pontos amplia o entendimento da
um espaço aberto e respeitoso, no qual os estudantes pos­ turma e desperta a empatia. Questione os estudantes sobre
sam conhecer e valorizar o fruir de manifestações artísticas e o que pode ser feito para que nosso país seja mais inclusivo
culturais de diferentes matrizes. nessas questões.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10

Competências específicas de Ciências Humanas para o


1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


2e4
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


1, 2, 3, 5, 6 e 7
Fundamental

Habilidade de Geografia EF03GE03

EF03HI01, EF03HI02, EF03HI03, EF03HI04,


Habilidades de História
EF03HI07 e EF03HI12

AJ_CH3_PNLD23_C09_108Aa0121A_MP.indd 108 8/5/21 18:42


108 Capítulo 9 Diversidade
cultural no Brasil

HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF03HI03) Identificar e com­
parar pontos de vista em relação
a eventos significativos do local
em que vive, aspectos relacio­
nados a condições sociais e à
presença de diferentes grupos
sociais e culturais, com especial
destaque para as culturas africa­
nas, indígenas e de migrantes.
» (EF03HI04) Identificar os patri­
mônios históricos e culturais de
sua cidade ou região e discutir as
razões culturais, sociais e políti­
cas para que assim sejam consi­
derados.

Atividade complementar
y Faça um levantamento com os
estudantes das práticas e dos
eventos culturais que eles co­
nhecem ou dos quais participam.
Chame a atenção deles para o
município ou a região onde vi­
vem, pois essas práticas e esses
eventos podem estar presentes
no cotidiano deles sem que eles
percebam (os familiares podem
ser artesãos, por exemplo). Res­
salte para os estudantes a rela­
ção entre as manifestações que
eles mencionarem e a cultura
brasileira. Essa atividade permite
que eles identifiquem e compa­
rem pontos de vista em relação
a eventos significativos do local
em que vivem, bem como os as­
pectos relacionados à situação
da comunidade e à presença de
diferentes grupos sociais e cultu­
rais, com especial destaque para
Leandro Marcondes/ID/BR

as culturas africanas, indígenas e


de migrantes.

108

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C09_108a121_LA.indd 108 Roteiro de aula 7/19/21 3:34 PM AJ_C

y Este capítulo traz uma abordagem mais y Comente com os estudantes que a in­
APOIO DIDÁTICO

concreta e contemporânea acerca das fluência dos povos que constituíram o


contribuições culturais dos povos que Brasil está presente em nosso cotidia­
formam a população brasileira. Espera­ no de diversas formas. Peça­lhes que
­se, dessa forma, que os estudantes re­ observem a imagem, incentivando­os
conheçam os patrimônios históricos e a citar outros exemplos de expressões
culturais de nosso país e identifiquem as culturais do povo brasileiro além das re­
principais características relacionadas à presentadas na abertura, com o objetivo
formação cultural da população brasilei­ de identificar os patrimônios históricos e
ra, valorizando­as. Como fechamento, o culturais do município onde vivem e dis­
capítulo permite a síntese das reflexões cutir as razões culturais, sociais e políti­
elaboradas em capítulos anteriores, e o cas que fazem com que esses elementos
estudante poderá reconhecer, valorizar sejam considerados dessa forma.
e preservar as diferentes expressões y O conceito de cultura mobiliza intenso
culturais da comunidade em que vive. debate acadêmico, envolvendo diferen­

AJ_CH3_PNLD23_C09_108Aa0121A_MP.indd 108 8/5/21 18:42


Diversidade Capítulo 9 109
cultural no Brasil

UL
APÍT O
Diversidade Saber Consciência social

99
Ser

C
cultural no
y Atividade 3: Ao promover a
reflexão acerca da diversidade
cultural no país, esteja atento,

Brasil durante a realização da ativida­


de, para garantir que o respeito
e a empatia sejam os principais
elementos abordados.
Você sabe o que é cultura?
Cultura é tudo aquilo que é
aprendido e compartilhado pelas
pessoas em uma sociedade.
A cultura é formada pelos
costumes, pelas tradições e
pelos conhecimentos de um
povo. Podem ser danças, jogos,
comidas, brincadeiras, festas, etc.
Diversos povos contribuíram para a
formação da cultura brasileira.

Para começo de conversa


1 Você já viu alguma
das manifestações
culturais representadas nessa
imagem? Você sabe dizer em
que região do país elas são
mais frequentes?
Respostas pessoais.
2 No município onde você
mora, existem manifestações
culturais como as dessa
imagem? Você já participou
de alguma delas?
Respostas pessoais.
3 Em sua opinião, qual Saber
é a importância das Ser
manifestações culturais
para o povo brasileiro?
Resposta pessoal.
Ilustração de feira cultural.

cento e nove 109

34 PM tes campos do saber, como antropolo­


AJ_CH3_PNLD23_C09_108a121_LA.indd 109 comemorações, etc.). Esse trabalho será
7/20/21 2:18 PM

gia, sociologia, história, psicologia, geo­ continuado, favorecendo a identificação


APOIO DIDÁTICO

grafia, filosofia, entre outros campos em dos patrimônios culturais na própria co­
que se propõe a análise das expressões munidade.
humanas e da formação das comunida­
des ao longo do tempo. Nesse sentido,
y Atividades 1 e 2: Oriente os estudantes
a comentar com a turma as suas expe­
o objetivo é que os estudantes consi­
riências com manifestações culturais de
gam identificar os elementos que fazem
qualquer tipo e como eles se sentiram
parte da cultura sem encerrar o diálogo
ao participar delas.
sobre o tema, e sim continuar sua elabo­
ração e seu aprofundamento. Ao longo y Atividade 3: Seguindo o debate aberto
dos volumes da coleção, foram apresen­ nas questões anteriores, conduza os es­
tados objetos culturais variados (costu­ tudantes à reflexão a respeito da diversi­
mes, rotina, alimentação, organização dade que essas manifestações apresen­
familiar, ocupação dos espaços, festas e tam no nosso país.

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110 Capítulo 9 Diversidade
cultural no Brasil
Indígenas e portugueses
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Os portugueses ocuparam as terras dos indígenas. Como não
NO TEMA “INDÍGENAS E
PORTUGUESES” conheciam os territórios, para sobreviver, eles adotaram vários
costumes dos diferentes povos
» (EF03HI01)

Coleção particular. Fotografia: ID/BR


Identificar os grupos
populacionais que formam a cida­ nativos, como os caminhos
de, o município e a região, as rela­ usados por eles, os alimentos
ções estabelecidas entre eles e os
encontrados nas matas, etc.
eventos que marcam a formação
da cidade, como fenômenos mi­ Os povos indígenas, por sua
gratórios (vida rural/vida urbana), vez, também aprenderam vários
desmatamentos, estabelecimento
de grandes empresas etc. costumes com os portugueses,
» (EF03HI02) Selecionar, por meio ainda que tenham resistido
da consulta de fontes de diferen­ e lutado contra a dominação
tes naturezas, e registrar aconte­ europeia. O texto a seguir é
cimentos ocorridos ao longo do Johann Moritz Rugendas. Guerrilhas,
tempo na cidade ou região em sobre essas trocas culturais. cerca de 1830. Gravura.
que vive.
» (EF03HI03) Identificar e compa­ No início, nem conversar eles conseguiam, pois não falavam a mesma língua.
rar pontos de vista em relação a
eventos significativos do local em
Mas não demorou para começarem a se entender e a trocar conhecimentos. Com os
que vive, aspectos relacionados a portugueses os índios brasileiros passaram a conhecer coisas até então incomuns
condições sociais e à presença de para eles, como espelhos, sapatos, armas de fogo e cachorros. Mas também
diferentes grupos sociais e cultu­ ensinaram muita coisa ao homem branco. [...]
rais, com especial destaque para
as culturas africanas, indígenas e Coisas simples, como tomar banho todos os dias, nós aprendemos com eles,
de migrantes. assim também como comer mandioca e maracujá.
» (EF03HI07) Identificar semelhan­ Keila Jimenez. O Estado de S. Paulo, 16 abr. 2005. Suplemento infantil Estadinho, p. 4.
ças e diferenças existentes entre
comunidades de sua cidade ou
região, e descrever o papel dos 1 Preencha o quadro com os elementos da cultura dos
diferentes grupos sociais que as portugueses e dos indígenas citados no texto.
formam.

Elementos da cultura
COMPONENTES ESSENCIAIS
PARA A ALFABETIZAÇÃO Portuguesa Indígena

» Compreensão de textos.
Espelho, sapatos, armas de fogo, Tomar banho diariamente, comer
» Desenvolvimento de vocabulário.
Atividade complementar cachorro. mandioca e maracujá.
y Proponha aos estudantes que
recortem de jornais e revistas
ou imprimam de sites imagens
que retratem características das
culturas de diferentes povos que
fazem parte da cultura brasileira.
Reserve um tempo da aula para
que eles apresentem as imagens, 110 cento e dez
justificando suas escolhas.

Orientações didáticas
AJ_CH3_PNLD23_C09_108a121_LA.indd 110 dante identificar e comparar diferentes 7/20/21 2:31 PM

pontos de vista em relação ao encon­


y Antes de ler o tema “Indígenas e por­
APOIO DIDÁTICO

tugueses”, retome alguns pontos sobre tro entre indígenas e portugueses, bem
os povos indígenas. Em seguida, leia o como reconhecer aspectos relaciona­
conteúdo da página. Explique aos estu­ dos à presença de dois importantes
dantes que os conhecimentos indígenas grupos sociais na formação da popula­
foram muito importantes para a sobre­ ção brasileira.
vivência dos portugueses na América. y É importante ressaltar o protagonismo
Os portugueses não tinham acesso aos dos povos indígenas nesses processos,
alimentos europeus e recorriam aos co­ evitando­se a abordagem de que eles
nhecimentos dos povos indígenas para “sofreram” os eventos históricos de ma­
obter gêneros alimentícios e farmaco­ neira passiva.
lógicos, nos casos de doenças. A técni­
ca de preparação da mandioca­brava é Roteiro de aula
um exemplo de conhecimento indígena y Peça aos estudantes que observem a
que foi apropriado pelos portugueses. capa reproduzida na página 111 do Livro
Esse tipo de análise possibilita ao estu­ do Estudante e tentem ler o que está es­

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Diversidade Capítulo 9 111
cultural no Brasil
O tupi-guarani na língua portuguesa
Para se comunicar com os indígenas, os portugueses
aprenderam as línguas da família tupi-guarani. A maioria dos povos De acordo com a professora
Ana Suelly Cabral, pesquisadora
indígenas que viviam no litoral do Brasil falava línguas dessa família.
das línguas indígenas, cerca de
Muitos indígenas também aprenderam a falar português para se 80% das palavras que nomeiam
relacionar com os europeus. as plantas e bichos brasileiros são
Em algumas regiões do Brasil durante o período colonial, a oriundas do Tupinambá, o mais
conhecido idioma nacional nativo.
influência da cultura indígena era tão grande que os descendentes
Aliás, o tronco Tupi é um dos gran-
dos europeus também falavam línguas tupi- guarani. des agrupamentos linguísticos do
Em 1757, o governo de Portugal tornou Brasil. São sete famílias de línguas:
obrigatório o idioma português a todos Arikém (1 língua), Juruna (1 língua),

Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro. Fotografia: ID/BR


Mondé (7 línguas), Mundurukú
os que viviam no Brasil. Mas, a essa altura,
(2 línguas), Ramaráma (2 línguas),
diversas palavras indígenas já eram usadas Tuparí (3 línguas), Tupi-Guarani
pelos portugueses que aqui viviam. Por (21 línguas). Há ainda três línguas
exemplo: jabuticaba, jacaré, lambari, isoladas no nível de família: Aweti,
perereca. Puruborá e Sateré-Mawé. Conside-
rando que o total de línguas indíge-
nas no Brasil é de 180, o tronco Tupi
Gramática: livro que contém o conjunto de normas e
regras para falar e escrever corretamente uma língua. reúne 40 línguas, o que correspon-
de a 22,2% do total.
[…]
“[…] E não só os nomes das plan-
Essa é a reprodução da capa da primeira
tas […]. A gente também tem ver-
gramática em tupi-guarani, escrita pelo padre
José de Anchieta e publicada em 1595. bos, como pipocar, cutucar…”, cita.
Essas palavras aprendidas pe-
2 Veja mais alguns exemplos de palavras de origem tupi que los portugueses misturadas com
foram incorporadas à língua portuguesa. Depois, complete o a estrutura gramatical da língua
quadro com o sentido que essas palavras têm atualmente. dos colonizadores deram origem
à Língua Geral do Brasil, que, com
Sentido original em o passar do tempo, se dividiu em
Palavra Sentido atual duas: a Língua Geral Amazônica
tupi-guarani
(mais falada no Maranhão e no
abacaxi fruta de cheiro forte Pará) e a Língua Geral Paulista
Fruta ou problema de difícil solução. (mais corrente no sudeste do país).
Até a metade do século XVIII, era
biboca local de difícil acesso Local de difícil acesso ou moradia humilde. essa última a língua mais falada
por aqui. […]
Adjetivo que se refere ao município do Frazin, Adriana. Palavras indígenas
carioca casa de branco nomeiam a maior parte das plantas e
animais do Brasil. Portal EBC, 29 out.
Rio de Janeiro. 2015. Disponível em: https://memoria.
ebc.com.br/infantil/voce­sabia/2015/10/
palavras­indigenas­nomeiam­maior­
parte­das­plantas­e­animais­do­brasil.
cento e onze 111 Acesso em: 30 jul. 2021.

crito nela. Depois, leia com eles a legen­


AJ_CH3_PNLD23_C09_108a121_LA.indd 111 dados no Livro do Estudante. Ressalte 7/20/21 lugares da comunidade (como ruas,
2:31 PM

da e discutam algumas semelhanças e que utilizar ou não a escrita não torna bairros e até municípios) que tenham
APOIO DIDÁTICO
diferenças entre o português antigo e o uma língua ou uma sociedade superior origem indígena. Para isso, você pode
atual. Aqui, os estudantes poderão, por a outra, são apenas modos diferentes pesquisar e trazer os nomes para os
meio da consulta de fontes diversas, de se expressar. Se necessário, retome estudantes, bem como seus signifi­
registrar acontecimentos ocorridos ao o diálogo sobre a diversidade cultural cados, ou solicitar a eles que façam a
longo do tempo em nosso país. na formação da cultura brasileira. pesquisa desses nomes. A atividade
promove o reconhecimento dos dife­
y Comente que os indígenas brasileiros y Atividade 1: Auxilie os estudantes na
rentes grupos sociais que compõem
não se comunicavam pela escrita. As identificação dos elementos apresenta­
o município, além de historicizar os
línguas da família tupi­guarani foram dos no texto. Aproveite a oportunidade nomes e as palavras usados no dia a
sistematizadas em uma gramática pelos para relacioná­los, quando possível, ao dia, com atenção especial às influên­
portugueses, tendo como exponente o cotidiano da comunidade em que os cias dos povos indígenas no cotidia­
missionário José de Anchieta. Podem estudantes estão inseridos. no. Para saber mais sobre a influên­
ser mencionados outros troncos lin­ y Atividade 2: Se julgar conveniente, cia das línguas indígenas, leia o texto
guísticos indígenas que não foram abor­ apresente aos estudantes nomes de reproduzido nesta página do manual.

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112 Capítulo 9 Diversidade
cultural no Brasil
Povos africanos
HABILIDADES DESENVOLVIDAS A cultura brasileira também se formou com a contribuição de
NO TEMA “POVOS AFRICANOS”
diferentes povos africanos, com seus costumes, ritmos, danças,
» (EF03HI01) Identificar os grupos comidas, instrumentos musicais, crenças, lendas e muito mais.
populacionais que formam a cida­
de, o município e a região, as rela­ O texto a seguir fala um pouco sobre essa influência.
ções estabelecidas entre eles e os
eventos que marcam a formação

Bruno Lenharo/Shutterstock.com/ID/BR
da cidade, como fenômenos mi­ Os terreiros nos quais se abrigam os candomblés e
gratórios (vida rural/vida urbana), umbandas são espaços com muitas características das
desmatamentos, estabelecimento culturas africanas – na arquitetura, nos tipos de plantas e
de grandes empresas etc.
árvores plantadas no entorno das construções, [...] na dança

agem
» (EF03HI02) Selecionar, por meio

ar Im
da consulta de fontes de diferen­ em círculos ao ritmo dos tambores, instrumentos que aqui e

o/Cri
rett
tes naturezas, e registrar aconte­ na África são cercados de cuidados. [...]

Favo
cimentos ocorridos ao longo do Ao lado do tambor, outros instrumentos, como o berimbau,

ando
tempo na cidade ou região em

Fern
que vive. o agogô e o reco-reco, se juntaram aos de origem lusitana, berimbau

» (EF03HI03) Identificar e com­


atabaque como o pandeiro, a viola e a rabeca, e são utilizados em grande

m
age
parar pontos de vista em relação variedade de danças e festas. Nas congadas, maracatus, capoeiras e reisados, os

Im
iar
/Cr
a eventos significativos do local ritmos africanos estão na base da música tocada. [...]

tto
re
em que vive, aspectos relacio­

avo
Se passarmos dos ritos religiosos, festas, danças e músicas

oF
nados a condições sociais e à

and
n
Fer
presença de diferentes grupos [...], veremos a influência africana na culinária brasileira,
age
sn
sociais e culturais, com especial
ar Im

principalmente na Bahia [...]. Acarajé, vatapá, aluá e xinxim de


/Puls

destaque para as culturas africa­


galinha são alguns pratos que [...] têm receitas parecidas com
gbe

nas, indígenas e de migrantes. reco-reco


ar In

as feitas na África [...]. Além dos pratos preparados, o inhame, o


Ism

» (EF03HI04) Identificar os pa­


trimônios históricos e culturais cará, a noz-de-cola e a nossa tão típica banana vieram do continente africano.
de sua cidade ou região e dis­ Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano. 3. ed.
cutir as razões culturais, sociais agogô São Paulo: Ática, 2012. p. 132-135.
e políticas para que assim se­
jam considerados.

1 De acordo com as cores das legendas abaixo, sublinhe no texto


COMPONENTE ESSENCIAL os elementos da cultura brasileira cuja origem é africana.
PARA A ALFABETIZAÇÃO
ritmos musicais “congadas, instrumentos musicais
» Compreensão de textos. maracatus, capoeiras e reisados” “o berimbau, o agogô e o reco-reco”
alimentos“Acarajé, vatapá, aluá e religiosidades
Atividade complementar xinxim de galinha”; “o inhame, o cará, a noz- “os candomblés e umbandas”
-de-cola e a nossa tão típica banana”
y Proponha aos estudantes que
2 Você já experimentou algum dos alimentos citados no
elaborem uma história na qual
apareçam as palavras de origem texto? Ouviu falar de alguma expressão religiosa de
africana listadas no quadro a se­ origem africana? Já dançou ao som de algum dos instrumentos
guir. Podem­se criar textos cole­ musicais que aparecem nas fotos? Converse sobre isso com
tivos, feitos por grupos de quatro
estudantes: um começa a histó­ as pessoas que moram com você e, depois, compartilhe suas
ria, usando uma das palavras do experiências com os colegas. Respostas pessoais.
quadro; depois, o outro continua,
fazendo uso de outra palavra; e
112 cento e doze
assim até o último estudante.

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C09_108a121_LA.indd 112 mam a cultura brasileira e devem ser 7/20/21 2:32 PM

igualmente acolhidas e valorizadas.


y Ao trabalhar o tema “Povos africanos”,
APOIO DIDÁTICO

Palavra Significado
incentive os estudantes a compartilhar
Roteiro de aula
O mais novo dos suas experiências com as expressões
Caçula
filhos ou dos irmãos. culturais afro­brasileiras, mesmo que y Enfatize que a preservação de cos­
elas não apareçam no trecho do tex­ tumes, tradições e crenças era uma
to da historiadora Marina de Mello e forma de resistência dos africanos es­
Carinho na cabeça
Souza. Atente à fala dos estudantes, cravizados e que esses elementos da
Cafuné para fazer alguém culturais os mantinham unidos e forta­
visando evitar expressões preconcei­
adormecer. tuosas. Se necessário, retome os diálo­ lecidos. Esse conteúdo possibilita ao
gos sobre a importância de preservar estudante identificar aspectos relacio­
Menino de pouca nados à presença e à condição social
Moleque tradições culturais e de se tratar com
idade. respeito todas as formas de expressão de diferentes grupos sociais e culturais
religiosa, artística e cultural. O objeti­ no Brasil, com especial destaque para
Criança recém­ os de origem africana.
vo é que os estudantes compreendam
Neném ­nascida ou de que não existe cultura mais valiosa ou y Comente que outra forma comum de
poucos meses. mais importante que outra; todas for­ resistência à escravidão dos africanos

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Diversidade Capítulo 9 113
cultural no Brasil
Resistindo à escravidão
No passado, vários povos africanos foram trazidos ao Brasil
como escravizados. Ou seja, eles eram considerados mercadorias Para casa
e podiam ser vendidos ou comprados. Além disso, tinham de y Atividade 2: Ao solicitar aos
obedecer ao dono de escravos e chegavam a sofrer castigos físicos estudantes que reflitam sobre a
herança africana na constituição
quando não o faziam. Mesmo nessa difícil condição, os povos da cultura brasileira, essa ativida­
africanos resistiram e preservaram sua cultura no Brasil. de permite que eles não apenas
identifiquem os grupos popu­
lacionais que formam a cidade
Os homens e mulheres escravizados também buscavam algo que os e o município, como também
fortalecesse em terras brasileiras. [...] As diferentes crenças religiosas trazidas dos reconheçam os patrimônios his­
tóricos e culturais do nosso país
lugares em que viviam na África eram fundamentais, pois os amparavam [...].
e discutam as razões culturais,
Em cada bater ritmado de palmas ou de tambores, os negros buscavam forças sociais e políticas para que sejam
para sobreviver. Por serem constantemente vigiados e proibidos de praticar seus assim considerados. Também
cultos, tentavam realizá-los escondidos de seus senhores, como em terreiros. Em torna possível que os estudantes
identifiquem e comparem pon­
muitos de seus rituais, e entre palavras, sons, cantos, ritmos, danças, cores, formas, tos de vista em relação a eventos
cheiros e símbolos de povos africanos, buscavam [...] a celebração da vida e da significativos do local em que
liberdade. vivem a aspectos relacionados
à presença de diferentes grupos
Marilda Castanha. Agbalá: um lugar continente.
São Paulo: Cosac Naify, 2007. p. 18. sociais e culturais, com especial
destaque, nesse caso, para as
culturas africanas.

Mauro Akiin Nassor/Fotoarena

Celebração em terreiro de candomblé, Lauro de Freitas, Bahia. Foto de 2019.

3 Com base no texto, responda às questões a seguir.


a. O que os africanos faziam para suportar a nova realidade?
Procuravam preservar e praticar suas crenças religiosas trazidas da África.
b. De que modo os africanos preservaram suas crenças?
Praticando seus cultos escondidos de seus senhores.
cento e treze 113

consistia em fugas e atos como atenta­


AJ_CH3_PNLD23_C09_108a121_LA.indd 113 material do país, mas também para 7/20/21
a de forma a mostrar aos estudantes a
2:32 PM

dos contra a propriedade e a vida de construção da língua que falamos, das importância dos diversos tipos de ele­
APOIO DIDÁTICO
seus senhores. Se julgar conveniente, religiões que podemos professar, dos mentos que compõem nossa cultura
apresente, nesse momento, o tema da ritmos e dos instrumentos musicais que e como os costumes e as crenças de
formação dos quilombos. representam nossa identidade, dos há­ todas as pessoas devem ser tratados
y As ações de luta e de resistência ga­ bitos alimentares de nossas diversas com respeito.
rantiram a preservação de tradições comunidades, entre outros aspectos de
africanas e o surgimento do que hoje nossa cultura e cotidiano. Dessa forma, y Atividade 2: Incentive os estudantes a
compartilhar suas experiências, sempre
chamamos de cultura afro­brasileira. somos tributários dos povos africanos.
Essa reflexão é importante para que os respeitando a fala dos colegas.
Ressalte, se necessário, a perspectiva
dessas populações africanas e afrodes­ estudantes percebam a gravidade do y Atividade 3: Retome com os estudantes
cendentes como sujeitos históricos. preconceito racial contra a população o tema da escravidão no Brasil e qual
y No trabalho com esse tema, deve ficar negra brasileira, que contraria a atitude era a realidade dos africanos que eram
claro aos estudantes que as popula­ cidadã e nega o processo histórico da trazidos para cá como escravizados, as
ções africanas que vieram para o Brasil formação cultural de nosso país. condições em que viviam e como eram
contribuíram não só para a construção y Atividade 1: Procure trabalhar o tema tratados pelos seus senhores.

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114 Capítulo 9 Diversidade
cultural no Brasil
Heranças
HABILIDADES DESENVOLVIDAS A cultura brasileira tem influências de muitos povos. Agora,
NO TEMA “HERANÇAS”
vamos estudar algumas manifestações culturais atuais que mostram
» (EF03GE03) Reconhecer os di­ essas diferentes influências.
ferentes modos de vida de po­
vos e comunidades tradicionais
em distintos lugares. Lendas e mitos indígenas
» (EF03HI01) Identificar os gru­ As lendas populares e os mitos indígenas são histórias que
pos populacionais que formam
a cidade, o município e a região, explicam o passado e a origem de tudo o que existe.
as relações estabelecidas entre Cada povo indígena possui mitos próprios que são passados
eles e os eventos que marcam a
formação da cidade, como fenô­ aos mais novos pelos mais velhos. O mito a seguir faz parte da
menos migratórios (vida rural/ cultura do povo Sateré-Mawé, do Amazonas.
vida urbana), desmatamentos,
estabelecimento de grandes em­
presas etc. [...] Um casal de [...] Maués vivia por muitos anos sem ter filhos e desejava
» (EF03HI02) Selecionar, por meio muito ter pelo menos uma criança.
da consulta de fontes de diferen­ Um dia, eles pediram a Tupã uma criança para completar sua felicidade.
tes naturezas, e registrar aconte­ Tupã, o rei dos deuses, sabendo que o casal era cheio de bondade, lhes atendeu o
cimentos ocorridos ao longo do
tempo na cidade ou região em desejo trazendo a eles um lindo menino. [...]
que vive. Um dia o menino foi coletar frutos na floresta e Jurupari se aproveitou da
» (EF03HI03) Identificar e com­ ocasião [...]. Ele se transformou em uma serpente venenosa e mordeu o menino,
parar pontos de vista em rela­ matando-o [...].
ção a eventos significativos do A triste notícia espalhou-se rapidamente. Nesse momento, trovões ecoaram
local em que vive, aspectos re­
lacionados a condições sociais e na floresta e fortes relâmpagos caíram pela aldeia.
à presença de diferentes grupos A mãe, que chorava em desespero, entendeu que os trovões eram uma
sociais e culturais, com especial mensagem de Tupã, dizendo que ela deveria plantar os olhos da criança e que
destaque para as culturas afri­
deles uma nova planta cresceria dando saborosos frutos.
canas, indígenas e de migrantes.
Os índios obedeceram ao pedido da mãe e plantaram os olhos do menino. Nesse
» (EF03HI04) Identificar os patri­ lugar, cresceu o guaraná, cujas sementes são negras [...], imitando os olhos humanos.
mônios históricos e culturais de
sua cidade ou região e discutir Lenda do guaraná. Leitura para Todos, jun.
as razões culturais, sociais e 2012. Disponível em: https://www.ufmg.br/
cienciaparatodos/wp-content/uploads/2012/06/
políticas para que assim sejam leituraparatodos/Textos-Leitura-Etapa-3-e-4/
considerados. e34_62-lendadoguarana.pdf.
Acesso em: 19 mar. 2021.
Para complementar
Flowerphotos/
Alamy/Fotoarena

Jurupari: de acordo com os Sateré- Mawé, é um


Portal de Literatura de Cordel. espírito que vaga pela floresta. Tem o corpo
Disponível em: https://usp.br/ peludo, como um morcego, e bico de coruja.
portaldocordel/index.php. Aces- Frutos do guaraná.
so em: 16 jun. 2021.
Nesse portal, organizado por
pesquisadores da Universidade 1 Você já experimentou algum alimento feito com guaraná?
de São Paulo, é possível encon­ Em caso afirmativo, qual? Você gostou? Respostas pessoais.
trar informações diversas sobre
literatura de cordel e outras ma­ 114 cento e catorze
nifestações culturais relaciona­
das a ela, como a cantoria e a
xilogravura, por exemplo.
Orientações didáticas
AJ_CH3_PNLD23_C09_108a121_LA.indd 114 pecíficas das múltiplas comunidades que 7/20/21 2:32 PM

formam o Brasil. No percurso didático


y Antes de ler o texto, pergunte aos estu­
APOIO DIDÁTICO

dantes o que sabem sobre lendas, mitos, proposto, serão discutidas: mitologia Sa­
cordel e capoeira. Dependendo da região teré­Mawé, como influência indígena na
em que moram, é possível que eles te­ alimentação (consumo de guaraná); lite­
nham proximidade com alguma dessas ratura de cordel (como influência portu­
manifestações artísticas e saibam o que guesa); e capoeira (como influência afri­
ela significa. As questões levantadas so­ cana). Os estudantes vão consultar fontes
bre os temas poderão ser retomadas ao diversas para verificar essas influências e
longo do capítulo. reconhecê­las, quando houver, na comu­
y A partir do tema das heranças, serão ana­ nidade onde vivem.
lisadas manifestações culturais contem­
porâneas que fazem parte das tradições
Roteiro de aula
de diversas comunidades brasileiras. De y Se julgar oportuno, separe alguns exem­
certa forma, essas manifestações são plos de cordel (como os indicados no
representativas da identidade de nosso boxe Para complementar deste manual)
país, além de simbolizar as expressões es­ e leia­os com os estudantes. Chame a

AJ_CH3_PNLD23_C09_108Aa0121A_MP.indd 114 8/5/21 18:42


Diversidade Capítulo 9 115
cultural no Brasil
Cordel e poesia popular: influências portuguesas
Você já ouviu falar em

Adriano Kirihara/Pulsar Imagens


Atividades complementares
cordel? y Se julgar pertinente, realize uma
São histórias em versos oficina de literatura de cordel com
os estudantes, estabelecendo re­
sobre pessoas famosas, fatos lações com os conhecimentos da
acontecidos ou imaginados, área Linguagens. Em sala de aula,
aventuras. Essas histórias são sugira temas diversos para a com­
posição dos cordéis. Organize a
escritas por poetas populares. turma em grupos e solicite a cada
Esse tipo de literatura foi grupo que escolha um desses te­
Livros de cordel à venda em Afrânio, mas para a elaboração do cordel.
trazido pelos portugueses e é Pernambuco. Foto de 2019. Oriente­os na escrita, relembran­
comum na Região Nordeste. No do que a história deve ser conta­
Brasil, recebeu esse nome porque Região Nordeste: formada pelos estados da em versos com rimas e ritmo.
de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Após a elaboração dos textos, os
os livretos ficam pendurados em Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande estudantes devem ilustrá­lo de
cordões nas feiras. do Norte e Sergipe. acordo com a narrativa criada por
eles. Exponha os trabalhos em
sala de aula; se possível, pendure­
Capoeira: influência africana ­os em varais com pregadores,
reproduzindo o modo como os
A capoeira é uma mistura de esporte, luta, dança e brincadeira.
cordéis são expostos nas feiras
Os movimentos dos capoeiristas são acompanhados por canções e típicas.
pelo som de berimbaus, pandeiros e tambores. y Leve para a sala de aula textos de
cordel e distribua­os para os estu­
Criada pelos africanos escravizados trazidos à força para o Brasil, dantes, organizados em grupos.
a capoeira tem influência de danças, ritmos e músicas dos povos da Peça­lhes que leiam os textos. Em
África. Foi um modo de os africanos escravizados manterem viva a seguida, solicite a cada grupo que
escolha um deles para apresentar
cultura de seu lugar de origem e de resistirem à escravização. ao restante da classe.

Para complementar
Coleção particular. Fotografia: ID/BR

Sergio Pedreira/Pulsar Imagens


Campos, Hélio. Capoeira na escola.
Salvador: EDUFBA, 2001. Dispo-
nível em: https://repositorio.ufba.
br/ri/bitstream/ri/4984/1/capoe
ira%20na%20escola.pdf. Acesso
em: 30 jul. 2021.
Na obra Capoeira na escola, Hé­
lio J. B. Campos, capoeirista e pro­
fessor do Departamento de Edu­
cação Física da Faculdade de
Johann Moritz Rugendas. Jogar Roda de capoeira em Salvador, Bahia. Educação da Universidade Fede­
capoeira, cerca de 1835. Gravura Foto de 2019. ral da Bahia, apresenta propostas
colorizada à mão. didáticas para o trabalho com o
contexto da capoeira. A publica­
2 Comparem as imagens. Que diferenças e semelhanças há ção é fruto da prática escolar do
entre elas? Anotem as observações no caderno. autor e da pesquisa acadêmica e
Veja resposta no Roteiro de aula. traz sugestões interessantes para
a implantação da capoeira no cur­
cento e quinze 115 rículo escolar.

atenção dos estudantes para a impor­


AJ_CH3_PNLD23_C09_108a121_LA.indd 115 observem as fotos da página. Pergunte 7/20/21 consumo consciente de bebidas açuca­
2:32 PM

tância da musicalidade na hora da leitura. se eles sabem o que as pessoas foto­ radas e da importância de ter uma ali­
APOIO DIDÁTICO
Amplie a discussão do tema, integrando grafadas estão fazendo, se já presen­ mentação balanceada.
conhecimentos de Língua Portuguesa, e ciaram esse tipo de atividade ou até y Atividade 2: Ao solicitar aos estudantes
explique que o cordel é um gênero literá­ mesmo se a praticam ou praticaram. que comparem a gravura de Rugendas,
rio geralmente composto de versos com y O contexto da capoeira favorece o traba­ de 1835, e a foto de 2019, a atividade
rimas (repetição de sons iguais ou simila­ lho multidisciplinar, dada a natureza des­ contribui para que eles identifiquem e
res que acontece em intervalos determi­ se esporte dessa arte marcial que nasce registrem, em consulta a fontes de di­
nados). Reforce que a literatura de cordel como resistência e combate à opressão ferentes naturezas – nesse caso, duas
é uma das expressões culturais do Bra­ vivenciada pelas populações de afri­ imagens –, acontecimentos ocorridos
sil. O objetivo dessa atividade é que os canos e seus descendentes no Brasil. ao longo do tempo no Brasil. Também
estudantes reconheçam os patrimônios Para conhecer algumas possibilidades permite que identifiquem e comparem
históricos e culturais do nosso país, dis­ de abordagem didática, veja a sugestão pontos de vista em relação a eventos sig­
cutindo as razões culturais, sociais e polí­ de leitura no boxe Para complementar. nificativos do local em que vivem, bem
ticas que fazem com que essas manifes­ y Atividade 1: Espera­se que os estudan­ como aspectos relacionados às condi­
tações sejam consideradas dessa forma. tes se lembrem dos refrigerantes à base ções sociais e à presença de diferentes
y Antes de ler o tópico “Capoeira: influên­ de guaraná, muito comuns no país. grupos sociais e culturais, com especial
cia africana”, peça aos estudantes que Aproveite para comentar a respeito do destaque para as culturas africanas.

AJ_CH3_PNLD23_C09_108Aa0121A_MP.indd 115 8/5/21 18:42


116 Capítulo 9 Diversidade
cultural no Brasil
Festas e ritmos
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Você conhece alguma festa popular? E ritmos populares do Brasil?
NO TEMA “FESTAS E RITMOS”
Existem muitas festas e diversos ritmos.
» (EF03HI03) Identificar e compa­
rar pontos de vista em relação a Há as festas regionais e aquelas comemoradas em várias partes
eventos significativos do local em do país, com algumas diferenças de um lugar para outro. Os ritmos
que vive, aspectos relacionados a
condições sociais e à presença de
também apresentam essas características.
diferentes grupos sociais e cultu­ Essa diversidade é fruto da mistura das
rais, com especial destaque para
as culturas africanas, indígenas e
culturas portuguesa, indígena, africana e de regional: que pertence
a uma região ou é
de migrantes. imigrantes das mais diferentes origens. próprio dela.
» (EF03HI04) Identificar os pa­ O texto a seguir trata desse processo.
trimônios históricos e culturais
de sua cidade ou região e dis­

Ilustrações: Mirella Spinelli/ID/BR


cutir as razões culturais, sociais
e políticas para que assim sejam
[...] Com o passar do tempo,
considerados. os rituais antigos foram sendo
» (EF03HI07) Identificar seme­ transmitidos de geração em
lhanças e diferenças existentes geração, de um país para outro.
entre comunidades de sua cida­ E foi assim que as festas
de ou região, e descrever o pa­
pel dos diferentes grupos sociais
populares africanas e europeias
que as formam. chegaram ao Brasil e se misturaram
aos costumes indígenas.
Nereide Schilaro Santa Rosa. Festas e tradições.
COMPONENTES ESSENCIAIS São Paulo: Moderna, 2001. p. 5.
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Produção de escrita.
» Fluência em leitura oral. 1 Sua família e seus vizinhos costumam participar de
festas populares? Anote o nome dessas festas. Em
Para casa seguida, leia suas anotações para um colega e peça que ele leia
para você as anotações dele. Há festas em comum?
y Atividade 1: No site Biblioteca
de Ritmos, indicado na página Respostas pessoais. Além das festas regionais, os estudantes podem citar festas como:
116 do Livro do Estudante, há Natal, Réveillon, festas juninas, festas de aniversário, etc. Se julgar conveniente, para
dois vídeos sobre a tradição da
finalizar a atividade, registre na lousa uma lista coletiva com o nome das festas citadas.
congada. Um deles apresenta o
mestre Benedito Fernandes to­
cando uma congada em Mogi Para e
xplorar
das Cruzes, São Paulo. O outro
conta um pouco mais sobre a Biblioteca de Ritmos
história da congada. Se conside­ Disponível em: http://www.bibliotecaderitmos.com.br/ritmos/congada/.
rar conveniente e houver a dis­ Acesso em: 18 mar. 2021.
ponibilidade de equipamento na Nesse site, é possível encontrar registros, como áudios e vídeos, de diversos ritmos
escola, apresente os vídeos aos musicais brasileiros. Eles estão organizados por local de origem, local de ocorrência e
estudantes para que eles apro­ instrumentos, entre outros itens.
fundem os conhecimentos a res­
peito do tema.
116 cento e dezesseis

Orientação didática que os estudantes se expressem livre­


AJ_CH3_PNLD23_C09_108a121_LA.indd 116 festas como patrimônios históricos e 7/20/21 2:32 PM AJ_C

mente. Esse tipo de exercício aproxima culturais do Brasil. Ao estudar diversas


y Proponha aos estudantes que entre­
APOIO DIDÁTICO

vistem uma pessoa mais velha de sua o tema estudado ao cotidiano do es­ expressões populares em diferentes lo­
família ou alguém conhecido que tenha tudante, promovendo um aprendizado calidades do nosso país, os estudantes
vindo de outro estado. Eles deverão mais significativo e enriquecedor. também podem identificar semelhan­
perguntar a essa pessoa sobre as fes­ y Ressalte que muitas festas, ritmos e ças e diferenças entre as comunidades,
tas populares: quais festas o entrevis­ danças do Brasil apresentam caracte­ reconhecendo o papel dos diferentes
tado conhece, quais ele já vivenciou na rísticas de diferentes culturas, como as grupos sociais que as formam.
sua região de origem e como eram ou indígenas, as africanas e as europeias. y Se julgar pertinente, visite com os es­
são comemoradas. Com base nos de­ Dessa forma, os estudantes terão pos­ tudantes o site indicado no boxe Para
poimentos, que podem ou não ser re­ sibilidade de mobilizar diferentes ha­ explorar, para que eles vejam a diversi­
gistrados, solicite aos estudantes que bilidades, como identificar e comparar dade de ritmos e instrumentos musicais
comparem, em sala de aula, as diversas eventos significativos do local em que que existem no Brasil.
formas de vivenciar essas festas. vivem, assim como os aspectos relacio­
nados à presença de diferentes grupos
Roteiro de aula sociais e culturais (com destaque para
y Atividade 1: Se considerar pertinente, as culturas africanas, indígenas e de
realize essa atividade oralmente e deixe migrantes), além de reconhecerem as

AJ_CH3_PNLD23_C09_108Aa0121A_MP.indd 116 8/5/21 18:42


Diversidade Capítulo 9 117
cultural no Brasil
RegisRtreogsistros
Instrumentos musicais HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO REGISTROS
Os instrumentos musicais são objetos utilizados » (EF03HI03) Identificar e compa­

Tom Dib/Futura Press


para produzir música. Diferentes povos criaram diversos rar pontos de vista em relação a
eventos significativos do local em
instrumentos ao longo do tempo. Por isso, esses objetos que vive, aspectos relacionados a
são importantes fontes históricas. condições sociais e à presença de
Os instrumentos musicais utilizados para produzir diferentes grupos sociais e cultu­
rais, com especial destaque para
os ritmos brasileiros mostram as influências de vários as culturas africanas, indígenas e
povos, como indígenas, africanos, europeus de migrantes.
e asiáticos, na cultura do Brasil.
Molotok289/Shutterstock.com/ID/BR

» (EF03HI04) Identificar os patri­


mônios históricos e culturais de
sua cidade ou região e discutir as
razões culturais, sociais e políti­
Viola, instrumento que
cas para que assim sejam consi­
chegou ao Brasil com os
derados.
povos europeus.
Pandeiro, instrumento
trazido ao Brasil por
europeus e africanos. Para complementar

Instrumentos musicais: Há ves­


tígios de instrumentos musicais
muito antigos. Eles eram con­
wsfurlan/iStock/Getty Images

feccionados com materiais rudi­


mentares encontrados na própria
Sanfona, instrumento natureza, como ossos de animais.
introduzido no Brasil por Ao longo do tempo, com o desen­
imigrantes europeus. volvimento de novas técnicas e o
uso de outros tipos de material, foi
possível confeccionar instrumen­

Jales Valquer/Fotoarena
tos mais complexos.
Reco-reco, instrumento que
chegou ao Brasil com
Ongala/Shutterstock/ID/BR

os povos africanos.

Maracá, um tipo de chocalho


de origem indígena.

1 Quais desses instrumentos você conhece? Contorne-os.


Resposta pessoal.
2 Com a orientação do professor, pesquisem em livros e revistas,
impressos ou digitais, manifestações culturais brasileiras
relacionadas a cada instrumento desta página. Anotem a
pesquisa no caderno.
O objetivo dessa atividade é que os estudantes percebam que os instrumentos têm
usos variados, de acordo com a região do país.

cento e dezessete 117

32 PM Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C09_108a121_LA.indd 117 Roteiro de aula y Atividade
7/20/21 2:32 PM 2: Se julgar conveniente,
yO estudo dos instrumentos musicais y Atividade 1: Verifique quais instrumen­ durante a atividade de pesquisa, esti­
apresentados nessa seção possibilita a tos são reconhecidos pelos estudantes mule os estudantes a identificar ma­ APOIO DIDÁTICO
caracterização das comemorações po­ e peça a eles que compartilhem suas nifestações culturais nas quais esses
pulares em diversas comunidades brasi­ impressões sobre cada um deles. Isso instrumentos podem ser usados na
leiras. Além disso, remetem à presença pode auxiliar na sondagem sobre os comunidade onde vivem. Se não hou­
de diferentes grupos sociais e culturais conhecimentos da turma a respeito dos ver nenhuma em comum, oriente­os a
em nosso país, com especial destaque instrumentos e sobre o modo como a buscar relações entre os instrumentos
para as culturas africanas, indígenas e de presença deles na comunidade é viven­ e as comemorações apresentadas nas
migrantes. A análise da fabricação dos ciada pelos estudantes. Caso nenhum
páginas anteriores. Outra possibili­
instrumentos, seus usos, o tipo de aca­ dos instrumentos propostos faça parte
dade é conduzir a pesquisa sobre os
bamento, entre outras características, da vivência deles, pergunte quais ins­
permite conhecermos as práticas cul­ trumentos musicais eles conhecem e instrumentos musicais mais populares
turais de um povo e suas relações com em que ocasiões e contextos são uti­ na comunidade dos estudantes e as
as experiências sensíveis (sentidos hu­ lizados. Esse levantamento pode ser situações em que eles costumam ser
manos), já que a música tem diferentes aproveitado para modalizar a próxima utilizados, de acordo com o levanta­
funções sociais, além do entretenimento. atividade, se necessário. mento proposto na atividade 1.

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118 Capítulo 9 Diversidade

Vamos ler imagens!


cultural no Brasil

HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO VAMOS LER
IMAGENS!
» (EF03GE03) Reconhecer os di­
Rendeiras nordestinas
ferentes modos de vida de povos
e comunidades tradicionais em
distintos lugares.
Por meio de imagens, podemos perceber características dos
» (EF03HI01) Identificar os grupos
populacionais que formam a cida­ costumes de uma comunidade. Fotos e pinturas podem registrar o
de, o município e a região, as rela­ modo como diversos povos realizam as atividades cotidianas.
ções estabelecidas entre eles e os
eventos que marcam a formação É o caso das rendeiras da Região Nordeste. Observe, a seguir,
da cidade, como fenômenos mi­ dois registros sobre o modo como essas artesãs trabalham.
gratórios (vida rural/vida urbana),
desmatamentos, estabelecimento

Galeria Jacques Ardies, São Paulo.


Fotografia: Jacques Ardies
de grandes empresas etc. A bilro: instrumento de
madeira utilizado para
» (EF03HI03) Identificar e compa­ fazer um tipo de renda.
rar pontos de vista em relação a
eventos significativos do local em
que vive, aspectos relacionados a
condições sociais e à presença de
diferentes grupos sociais e cultu­
rais, com especial destaque para
as culturas africanas, indígenas e
de migrantes. Helena Coelho. Rendeiras de
bilro, 2004. Óleo sobre tela.
» (EF03HI04) Identificar os patri­ Existem vários tipos de renda.
mônios históricos e culturais de Nessa imagem, observa-se o
sua cidade ou região e discutir as trabalho de produção da renda
razões culturais, sociais e políti­ de bilro, uma técnica de
cas para que assim sejam consi­ origem portuguesa.
derados.
» (EF03HI12) Comparar as relações

Delfim Martins/Pulsar Imagens


B
de trabalho e lazer do presente
com as de outros tempos e espa­
ços, analisando mudanças e per­
manências.

COMPONENTE ESSENCIAL
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Conhecimento alfabético. Artesã fazendo renda de bilro
em Aquiraz, Ceará. É possível
ver um pedaço de papel
pardo sobre a almofada. Ele é
chamado de pique. Nele, está
o desenho da renda a ser
feita. Foto de 2018.

118 cento e dezoito

Orientações didáticas
AJ_CH3_PNLD23_C09_108a121_LA.indd 118 ofício das rendeiras. Explore os conheci­ 7/20/21 2:32 PM AJ_C

mentos prévios deles sobre o tema. Nes­


y Leia com os estudantes as imagens das
APOIO DIDÁTICO

páginas 118 e 119. Explique­lhes que a se momento, não é necessário que eles
imagem A é a representação de uma pin­ identifiquem todos os elementos que
tura e a imagem B é uma foto. Depen­ compõem o trabalho das rendeiras. Vá
dendo das observações que os estudan­ anotando na lousa as informações que
tes fizerem a partir dessa informação, eles indicarem.
converse com eles sobre o fato de que y Ao propor a observação da imagem B,
tanto a foto quanto a pintura retratam comente que se trata de uma fotografia
pontos de vista. Há, no senso comum, a que mostra uma rendeira exercendo seu
ideia de que as fotografias traduzem a ofício. Solicite a eles que leiam a legenda
verdade. No entanto, como fonte visual, da foto. Peça­lhes que observem os ma­
ela deve ser analisada como fruto do tra­ teriais que são utilizados na confecção
balho humano, assim como uma pintura, da renda.
uma escultura ou um mapa. y Essa observação detalhada contribuirá
y Solicite aos estudantes que identifiquem para a resolução das atividades. Se jul­
na pintura os elementos relacionados ao gar oportuno, leia as atividades para os

AJ_CH3_PNLD23_C09_108Aa0121A_MP.indd 118 8/5/21 18:42


Diversidade Capítulo 9 119
cultural no Brasil
Agora é a sua vez

1 Preencha os quadrinhos a seguir com a letra de cada imagem,


de acordo com o tipo de representação das rendeiras.
gravura escultura
A pintura B foto

2 De acordo com as imagens A e B, quais objetos do quadro a


seguir são utilizados pelas rendeiras? Contorne-os.

Gustavo Miguel Fernandes/


Shutterstock.com/ID/BR

NinaM/Shutterstock.
com/ID/BR
João Prudente/Pulsar Imagens

novelos de
linha
pique
bilros

Marek Walica/Shutterstock.com/ID/BR
Getty Images
ZargonDesign/iStock/

shingopix/iStock/Getty
Images

Zé Paiva/Pulsar Imagens
martelo
almofada
rastelo escada

3 Qual destas duas imagens representa melhor o resultado do


trabalho das rendeiras? Marque com um X.
João Prudente/Pulsar Imagens

manfredxy/Shutterstock.com/ID/BR
X

4 Em sua casa, há algum objeto feito de renda? Pergunte


aos adultos que moram com você e, se houver, peça para
ver esse objeto. Depois, conte aos colegas. Resposta pessoal.

cento e dezenove 119

32 PM estudantes e cuide para que não haja


AJ_CH3_PNLD23_C09_108a121_LA.indd 119 os patrimônios culturais das comunida­
7/20/21 2:32 PM

dúvidas em relação ao que é solicitado. des brasileiras.


APOIO DIDÁTICO

y Ao final das atividades, comente com os


Roteiro de aula
estudantes que a confecção artesanal
das rendas é muito antiga e que foi tra­ y Atividades 1 a 3: O foco dessas ativi­
zida pelos portugueses. Explique­lhes dades é a interpretação das imagens
que as rendas nordestinas fazem parte apresentadas no Livro do Estudante. Se
de nossa cultura, a fim de incentivá­los possível, amplie as imagens no quadro,
a identificar os patrimônios históricos peça aos estudantes que comentem
e culturais do Brasil. Discuta com eles os elementos que eles encontrarem e
as razões culturais, sociais e políticas aponte aqueles que não foram citados,
para que sejam assim considerados. O de modo a auxiliar a todos na hora de
conhecimento dos estudantes sobre realizar suas análises.
as rendeiras nordestinas também lhes y Atividade 4: Se possível, leve algumas
permite identificar os aspectos relacio­ peças de renda para a sala de aula e par­
nados à presença de diferentes grupos ticipe da conversa com os estudantes,
sociais e culturais, além de reconhecer comentando os seus objetos de renda.

AJ_CH3_PNLD23_C09_108Aa0121A_MP.indd 119 8/5/21 18:42


120 Capítulo 9 Diversidade
cultural no Brasil
re
Aprender semp
HABILIDADES AVALIADAS NA
SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF03GE03) Reconhecer os di­ 1 Essa imagem é uma representação

Fonte: ISA/MEC (Org.). Geografia Indígena. 1996


ferentes modos de vida de povos da criação do mundo de acordo com
e comunidades tradicionais em
distintos lugares. os Kayapó, povo indígena que vive
» (EF03HI03) Identificar e compa­ nos estados do Mato Grosso e Pará.
rar pontos de vista em relação a Observe-a e responda às questões.
eventos significativos do local em
a. Que elementos aparecem nessa
que vive, aspectos relacionados a
condições sociais e à presença de imagem?
diferentes grupos sociais e cultu­
rais, com especial destaque para Sol, lua cheia, árvores, uma pessoa, rios, céu
as culturas africanas, indígenas e
de migrantes. estrelado e dois montes. Tàkàkàn Pruma Kayapó.
» (EF03HI04) Identificar os pa­ Ilustração da criação
trimônios históricos e culturais do mundo, 1988.
de sua cidade ou região e dis­
cutir as razões culturais, sociais b. Esses elementos são importantes em sua vida? Explique.
e políticas para que assim sejam Resposta pessoal.
considerados. c. Em sua opinião, esses elementos são importantes para os
» (EF03HI07) Identificar semelhan­ Kayapó? Por quê?
ças e diferenças existentes entre Respostas pessoais.
comunidades de sua cidade ou 2 Leia estes versos de cordel.
região, e descrever o papel dos
diferentes grupos sociais que as
formam. Pra começar dar valor De uma cultura valiosa
A nossa identidade, Em danças, mitos, lazer
COMPONENTES ESSENCIAIS Ao nosso potencial, Teatro, artesanato,
PARA A ALFABETIZAÇÃO [...] Música, arte plástica, saber
» Fluência em leitura oral. Só assim vamos dizer: [...]
Temos a felicidade... Temos muito a oferecer.
» Desenvolvimento de vocabulário.
Francisco Diniz. Viagem no trem da cultura. Em: Projeto Cordel, 8 mar. 2007.
Disponível em: http://www.projetocordel.com.br/novo/o_trem_da_cultura.htm.
Acesso em: 31 mar. 2021.

a. Copie os versos em uma folha de papel avulsa e faça um


desenho para ilustrá-los. Lembre-se de anotar seu nome
na folha. Com a orientação do professor, afixe seu desenho
no mural da sala de aula para que os colegas possam vê-lo.
Depois, observe os desenhos feitos pelos colegas.
Desenho do estudante. Saber
b. Em sua opinião, por que é importante valorizar Ser
nossa cultura?
Resposta pessoal.
120 cento e vinte

Roteiro de aula que os estudantes reconheçam o valor


AJ_CH3_PNLD23_C09_108a121_LA.indd 120 ção cultural e pelo reconhecimento 7/20/21 2:32 PM

dessa manifestação cultural. da igualdade), mulheres (que lutam,


y Atividade 1: Incentive os estudantes a
APOIO DIDÁTICO

refletir se a forma como os Kayapó re­ y Atividade 3: Integre conhecimentos de por exemplo, para ter a mesma remu­
presentam a origem do mundo é igual Língua Portuguesa, reforçando nos es­ neração recebida pelos homens que
ou diferente da maneira como eles pró­ tudantes o entendimento sobre a fun­ exercem as mesmas funções), homos­
prios acreditam ter sido. Assim, eles ção e a organização de um dicionário. sexuais (que lutam pela valorização da
terão a possibilidade de perceber as Acompanhe a pesquisa deles e, ao final, diversidade sexual), etc. No caso dos
semelhanças e as diferenças entre co­ se julgar conveniente, conduza a con­ afrodescendentes e indígenas, ajude
munidades de sua cidade, reconhecen­ fecção de um dicionário com as pala­ os estudantes a perceber a constru­
do o papel dos distintos grupos sociais vras pesquisadas pela turma. O livro ção histórica desse preconceito. Essa
que as formam. pode ser disponibilizado para consulta percepção será aprofundada e ama­
y Atividade 2: Leia os versos do cordel da comunidade escolar na biblioteca da durecida em estudos nos próximos
coletivamente e ajude os estudantes a escola. anos, mas a base pode ser construída
identificar o seu tema. A atividade pos­ y Atividade 4: Ainda hoje, muitos gru­ desde os anos iniciais do Ensino Fun­
sibilita o trabalho com o conceito de pos sofrem preconceito no Brasil. Al­ damental. Os séculos de escravização
identidade cultural e sua importância guns exemplos: comunidades negras e espoliação deixaram como saldo co­
para a sociedade, contribuindo para e indígenas (que lutam pela valoriza­ munidades marginalizadas. O objetivo

AJ_CH3_PNLD23_C09_108Aa0121A_MP.indd 120 8/5/21 18:43


Diversidade Capítulo 9 121
cultural no Brasil
3 Vamos descobrir outras palavras de origem indígena e
africana que usamos no Brasil? Sigam estas etapas.
Respostas pessoais.
Consciência social
• Definam quem vai pesquisar palavras de origem indígena e
Saber
Ser

quem vai pesquisar palavras de origem africana. Copiem e y Atividade 2b: Estimule os es­
tudantes a emitir suas opiniões,
preencham o quadro a seguir no caderno de acordo com a justificando­as com coerência
origem escolhida. e clareza. Aproveite o momen­
to para estimular a valorização
das diferenças e a promoção de
Palavras Origem das palavras atitudes de respeito.

Saber
Ser
Consciência social
y Atividade 4: A sugestão de
• Os parceiros de dupla devem se separar para realizar a site no boxe Para Explorar do
pesquisa: cada um vai pesquisar três palavras de acordo com Livro do Estudante apresenta
a origem definida na etapa anterior. A pesquisa pode ser feita opções interessantes para a
ampliação dos conhecimentos
em livros e dicionários, impressos ou digitais. sobre as culturas africanas e
as expressões da cultura afro­
• Anotem as três palavras e seus significados no caderno, sem ­brasileira. Se houver labora­
que o parceiro de dupla veja. tório de informática na escola,
organize uma visita ao espaço
• Por fim, sentem-se frente a frente para começar. Um de para que os estudantes pos­
cada vez vai ler em voz alta apenas o significado de uma das sam navegar nos conteúdos
palavras pesquisadas. O outro deve tentar adivinhar qual é a indicados.

palavra. Depois, invertam os papéis.


4 Leia um dos significados da palavra preconceito. Saber
Para complementar
Ser
Krauss, Juliana Souza; rosa, Julio
[...] qualquer opinião ou sentimento concebido sem exame crítico. [...] César da. A importância da te-
Instituto Antônio Houaiss. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. mática de História e Cultura Afri-
Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. cana e Afro-brasileira nas escolas.
Antíteses, v. 3, n. 6, p. 857-878,
jul.-dez. 2010. Disponível em:
a. Para você, o que significa preconceito? Resposta pessoal. http://dx.doi.org/10.5433/1984-
3356.2010v3n6p857. Acesso em:
b. Em sua opinião, considerar as próprias expressões culturais 16 jun. 2021.
superiores às dos outros é uma forma de preconceito? Por quê? Nesse artigo, os historiadores
Respostas pessoais. da Universidade do Estado de
Para e Santa Catarina (Udesc) fazem
xplorar um balanço sobre o impacto
da obrigatoriedade do ensino
A Cor da Cultura de História e Cultura Africana e
Disponível em: https://acordacultura.com.br. Acesso em: 18 mar. 2021. Afro­brasileira nas escolas. Os
Na seção Livros Animados desse site, você tem acesso a livros, jogos e animações com autores propõem um importante
temas relacionados à valorização da cultura afro-brasileira. debate sobre como isso repercu­
te na sociedade.

cento e vinte e um 121

é que os estudantes compreendam que


AJ_CH3_PNLD23_C09_108a121_LA.indd 121 esses processos e pressionem os órgãos
7/20/21 2:32 PM

essa é uma realidade ainda presente e governamentais a promover ações que


APOIO DIDÁTICO

que as mudanças precisam ser imple­ garantam a igualdade a todos os brasi­


mentadas com mais vigor. Individual­ leiros, não importando a etnia, a classe
mente, não devemos propagar precon­ social, o gênero ou a orientação sexual.
ceitos, mas nos tornar conscientes dos Promover a reflexão sobre os diversos
processos que nos levam a expressar tipos de preconceito existentes em nos­
diversas intolerâncias. Coletivamente, sa sociedade é também uma forma de
devemos estabelecer o diálogo para identificar os grupos populacionais que
que outras pessoas também percebam formam a cidade e o município.

AJ_CH3_PNLD23_C09_108Aa0121A_MP.indd 121 8/5/21 18:43


121A Conclusão do capítulo 9

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 9
Sugestões para a avaliação formativa
1. Ao final do capítulo, espera­se que os estudantes compreendam melhor as diversas matrizes culturais que com­
põem a identidade cultural brasileira. Nesse ponto, o que foi ressaltado no capítulo é a importância de cada uma
dessas culturas e como elas estão presentes no nosso dia a dia.
2. A seção Aprender sempre recupera e aprofunda os conteúdos trabalhados ao longo do capítulo, possibilitando
observar a consolidação dos conhecimentos por parte dos estudantes e a verificação de eventuais defasagens.
Essa análise facilita a elaboração de estratégias de remediação, de acordo com as características de cada es­
tudante e de cada turma. A seguir, foram disponibilizadas algumas sugestões para a realização desse trabalho.
3. Na atividade 1, auxilie os estudantes a se colocar no lugar dos Kayapó para compreender sua visão de mundo por
meio de suas crenças. A partir dessa atividade, pode­se propor à turma que pensem dessa maneira para as pró­
ximas questões.
4. Conhecendo a própria cultura, como diz a atividade 2, podemos começar a dar valor a nossas raízes, nossas
crenças e conhecimentos, além de compreender como a participação de todos contribui para a pluralidade de
nossa sociedade. As atividades 1 e 2 mobilizam as habilidades EF03GE03 e EF03HI03.
5. As culturas trazidas pelos povos europeus e africanos, somada às culturas indígenas nativas da América, se faz
presente em nosso dia a dia de diversas formas, das quais muitas vezes não nos damos conta. Procure promover
esse debate por meio da pesquisa realizada na atividade 3 pelos estudantes, trabalhando também a habilidade
EF03HI04.
6. O outro lado dessa questão, o preconceito, como aborda a atividade 4, deve ser encarado como algo a ser evi­
tado em todas as suas formas. Explore essas questões com os estudantes e deixe que eles proponham novos
temas nos quais esses conceitos podem se encaixar. Além disso, leve­os a compreender como todos podem
mudar esse cenário de preconceitos em que vivemos, de modo a valorizar a multiplicidade de culturas que temos
no Brasil e a torná­lo um país mais justo e igualitário. Ao refletirem sobre essas questões, os estudantes são le­
vados a desenvolver a habilidade EF03HI07.

Atividades de remediação
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no desenvolvimento das habilidades EF03HI04 e EF03HI07, você
pode solicitar uma pesquisa sobre as músicas populares que fazem parte das comemorações e de outros eventos
da comunidade dos estudantes. Peça a eles que escolham os eventos públicos de que mais gostam e compilem
as letras das músicas comuns durante os festejos. Cada letra de música pode ser passada a limpo em uma folha
avulsa de papel, contendo informações básicas, como fonte de pesquisa, data da coleta e evento ao qual está re­
lacionada. Ao final, as folhas podem ser encadernadas para formar um livro com o registro das músicas populares
da comunidade dos estudantes. Escolha com eles o modo mais coerente para organizar as letras no livro (por
festa ou comemoração; ordem alfabética; ritmo musical; etc.). O material pode ser disponibilizado na biblioteca da
escola. A atividade promove o reconhecimento de patrimônios culturais da comunidade, a consulta a diferentes
fontes e a valorização das tradições orais e escritas.
• Atividade 2: Outra possibilidade é pedir aos estudantes a elaboração de um calendário das principais festas po­
pulares do Brasil, mobilizando as habilidades EF03HI03 e EF03HI04. Para isso, organize a turma em seis grupos.
Cada grupo ficará responsável por dois meses do ano. Oriente­os a pesquisar em livros, revistas e na internet as
festas dos meses pelos quais o grupo ficou responsável. Peça­lhes que busquem as datas, a origem, o motivo da
comemoração, como e onde são realizadas, as músicas, as danças, as comidas típicas, entre outros elementos.
Solicite ainda a eles que pesquisem imagens das comemorações. Depois, oriente­os a organizar as informações
pesquisadas em um texto de cinco linhas aproximadamente. Em seguida, eles deverão montar o calendário de
cada mês em uma cartolina ou folha de papel kraft. No topo da folha deve aparecer o nome do mês e, em seguida,
as festas com os textos elaborados. Oriente os estudantes a organizar as festas em ordem cronológica e a ilustrar
o calendário com desenhos ou imagens recortadas e impressas. Ao final, organize as folhas do calendário por mês
e faça um furo na parte superior das folhas. Passe um barbante para uni­las. O calendário pode ser disponibilizado
na sala de aula para a consulta dos estudantes.

AJ_CH3_PNLD23_C09_108Aa0121A_MP.indd 121 8/5/21 18:43


Povos indígenas no Brasil Capítulo 10 122A

CAPÍTULO 10 POVOS INDÍGENAS NO BRASIL

Objetivos pedagógicos
1. Promover a compreensão a respeito da diversidade dos 4. Identificar os principais problemas enfrentados pelos
povos indígenas presente no território brasileiro. povos indígenas em relação a suas terras, culturas e reli-
2. Observar e refletir sobre os patrimônios históricos e cultu- giões em diferentes temporalidades.
rais de indígenas, com ênfase nas formas de lazer. 5. Valorizar a multiplicidade da formação da sociedade bra-
3. Identificar manifestações culturais indígenas que fazem sileira, desenvolvendo respeito às diferentes formas de
parte da cultura brasileira. compreender e de se relacionar com o mundo.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Este capítulo retoma a questão da formação da socie- Outro debate importante a ser iniciado no capítulo é a
dade brasileira, com foco na diversidade dos povos indíge- pluralidade dos grupos indígenas presentes em território na-
nas que a compõem. Os modos de viver, de se organizar e cional. Chame a atenção dos estudantes para o fato de que,
de se relacionar com o mundo e os patrimônios históricos e ao falarmos de indígenas brasileiros, não estamos nos referin-
culturais indígenas são explorados em conjunto com a traje- do a um povo único e coeso, mas sim a uma diversidade de
tória, inclusive pela perspectiva do lazer, fato que favorece a povos, culturas, religiosidades, línguas e costumes.
aproximação dos estudantes com os temas apresentados. Na
impossibilidade de estudar as mais de 300 etnias indígenas As transformações ocorridas a partir do contato com os
brasileiras, o capítulo enfatiza essa multiplicidade e faz re- portugueses e os modos como se deram as trocas culturais
cortes que podem ser ampliados de acordo com a localidade entre eles propiciam discussões acerca dos conflitos e das resis-
da unidade escolar. O tema contempla as exigências da Lei tências indígenas perante o domínio português. Atente sempre
n. 11 645/2008, que introduz a preocupação com a história para que o debate seja respeitoso e promova a compreensão e
indígena, africana e afro-brasileira em contexto escolar. a integração dos diferentes povos que compõem o Brasil.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 5, 6, 7 e 9

Competências específicas de Ciências Humanas para o


1, 2, 3, 4, 6 e 7
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


2, 3 e 7
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


1, 2, 3 e 6
Fundamental

Habilidades de Geografia EF03GE03 e EF03GE07

EF03HI01, EF03HI02, EF03HI03, EF03HI04,


Habilidades de História
EF03HI07 e EF03HI10

AJ_CH3_PNLD23_C10_122Aa0133A_MP.indd 122 8/5/21 19:57


122 Capítulo 10 Povos indígenas
no Brasil

Cassandra Cury/Pulsar Imagens


HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF03GE03) Reconhecer os dife-
rentes modos de vida de povos e
comunidades tradicionais em dis-
tintos lugares.
» (EF03HI03) Identificar e compa-
rar pontos de vista em relação a
eventos significativos do local em
que vive, aspectos relacionados a
condições sociais e à presença de
diferentes grupos sociais e cultu-
rais, com especial destaque para
as culturas africanas, indígenas e
de migrantes.
» (EF03HI07) Identificar semelhan-
ças e diferenças existentes entre
comunidades de sua cidade ou
região, e descrever o papel dos
diferentes grupos sociais que as
formam.
» (EF03HI10) Identificar as diferen-
ças entre o espaço doméstico,
os espaços públicos e as áreas
de conservação ambiental, com-
preendendo a importância dessa
distinção.

122

Orientação didática respeito dos povos indígenas. Pergun-


AJ_CH3_PNLD23_C10_122a133_LA.indd 122 nako, Nahukwa, Naruvotu, Tapayuna, 7/19/21 4:17 PM

te-lhes se sabem onde eles vivem, de Trumai, Wauja, Yudja e Yawalapiti.


y Este capítulo aborda a atual situação dos
APOIO DIDÁTICO

povos indígenas do Brasil em compara- que modo vivem, se todos os povos são y Os objetivos das questões apresentadas
ção com a situação vivida no passado. iguais, etc. Deixe-os falar livremente so- são proporcionar a reflexão sobre a di-
Espera-se que os estudantes reconhe- bre os conhecimentos prévios, anotan- versidade dos povos indígenas e explo-
çam algumas das características desses do-os na lousa. As anotações podem rar com a turma o cotidiano desses po-
povos, sua grande diversidade e riqueza ser retomadas durante as reflexões pro- vos, comparando-o com o dia a dia dos
cultural, em uma perspectiva que valori- postas nas atividades. estudantes. Essas atividades permitem
za os patrimônios históricos e culturais y Leia o texto de abertura com os estu- identificar os costumes dos diferentes
do Brasil. Assim, o capítulo trabalha a dantes. Ao comentar a legenda da foto, grupos que compõem o povo brasileiro,
formação cultural e os diferentes grupos mencione que cada um dos povos que além de contribuir para a desconstru-
sociais e étnicos da população brasileira, vivem no Parque Indígena do Xingu ção de possíveis estereótipos acerca do
em especial os povos indígenas. tem sua própria organização. Se jul- modo de vida desses povos. Assim, os
gar oportuno, apresente os nomes dos estudantes serão capazes de identificar
Roteiro de aula demais povos indígenas desse parque: e comparar pontos de vista em relação
y Antes de iniciar o capítulo, procure des- Aweti, Ikpeng, Kaiabi, Kalapalo, Ka- à presença de diferentes grupos so-
cobrir o que os estudantes conhecem a maiurá, Kisêdjê, Kuikuro, Matipu, Mehi- ciais e culturais, com especial destaque

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1. Espera-se que os estudantes respondam que as crianças estão Povos indígenas Capítulo 10 123
no Brasil
brincando em uma comunidade indígena.

UL
APÍT O
Povos Consciência social

10
Saber
Ser

C
indígenas y Atividade 3: Procure mostrar
que todos os povos são dife-

no Brasil
rentes uns dos outros, mas que
mesmo assim podem contribuir
com o todo e conviver entre si.

Antes da chegada dos europeus


à América, o continente americano
era habitado por muitos povos
indígenas. Cada povo indígena tinha
língua e costumes próprios.
O contato com os portugueses, que
vinham da Europa, transformou o
modo de vida dos povos indígenas
que viviam nas terras que depois
se tornariam o Brasil. Esse contato
entre os portugueses e os povos
indígenas também influenciou muito
a cultura brasileira.

Para começo de conversa


1 O que as pessoas
representadas na imagem
estão fazendo?
2 Quais influências indígenas
você reconhece na cultura
brasileira? E quais são as
influências portuguesas?
Respostas pessoais.
3 Em sua opinião, todos os
povos indígenas têm
os mesmos costumes Saber
e a mesma forma de Ser
organização? Por quê?
Respostas pessoais.
Crianças do povo Kamayurá em lagoa da aldeia
Ypawy Ipavu no Parque Indígena do Xingu. Gaúcha
do Norte, Mato Grosso. Foto de 2019.

cento e vinte e três 123

para as culturas indígenas. Além disso,


AJ_CH3_PNLD23_C10_122a133_LA.indd 123 tre os povos e as influências que cada
7/21/21 8:01 AM

ao comparar o modo de vida indígena um teve no modo de vida do outro e, se


APOIO DIDÁTICO

ao próprio modo de vida, os estudantes julgar conveniente, sistematize as res-


poderão identificar semelhanças e dife- postas na lousa.
renças existentes entre comunidades de y Atividade 3: Comente com a turma que
seu município e descrever o papel dos a diferença de costumes não está rela-
diferentes grupos sociais que as formam. cionada apenas aos povos indígenas,
y Atividades 1 e 2: Auxilie os estudantes a mas que pode ser observada nas dife-
pensar a respeito das semelhanças en- rentes regiões do Brasil, por exemplo.

AJ_CH3_PNLD23_C10_122Aa0133A_MP.indd 123 8/5/21 19:57


124 Capítulo 10 Povos indígenas
no Brasil
Onde estão os povos indígenas
HABILIDADES DESENVOLVIDAS No Brasil existem hoje pouco mais de 305 povos indígenas,
NO TEMA “ONDE ESTÃO OS
POVOS INDÍGENAS” totalizando quase 900 mil pessoas. Dessas pessoas, cerca
de 502 mil vivem em aldeias situadas em Terras Indígenas e
» (EF03GE07) Reconhecer e elabo-
rar legendas com símbolos de di- aproximadamente 315 mil vivem em cidades. Mas, quinhentos
versos tipos de representações em anos atrás, havia, provavelmente, mais de 5 milhões de indígenas
diferentes escalas cartográficas.
ocupando as terras que hoje formam o território brasileiro.
» (EF03HI01) Identificar os grupos
Pela Constituição brasileira, os povos indígenas têm o direito
populacionais que formam a cida-
de, o município e a região, as rela- de viver em suas terras e de usar todos os
território: refere-se a
ções estabelecidas entre eles e os recursos naturais que existem nelas. As Terras uma área, um espaço
eventos que marcam a formação
da cidade, como fenômenos mi- Indígenas são demarcadas pelo governo e delimitado, que tem
população, governo, lei.
gratórios (vida rural/vida urbana), devem ser protegidas por ele.
desmatamentos, estabelecimento
de grandes empresas etc.
» (EF03HI03) Identificar e compa- Brasil: Povos indígenas — 1500 Brasil: Terras Indígenas — 2019
rar pontos de vista em relação a

Allmaps/ID/BR

João Miguel A. Moreira/ID/BR


60°O 50ºO
OCEANO
eventos significativos do local em A OCEANO
ATLÂNTICO
B RR ATLÂNTICO

AP Equador
que vive, aspectos relacionados a Equador 0°
condições sociais e à presença de AM PA
MA
diferentes grupos sociais e cultu- CE RN
PB
rais, com especial destaque para PI
PE
as culturas africanas, indígenas e AC RO AAL9295 TO AL
REAPROVEITAMENTO BA SE
de migrantes. MT
DF
» (EF03HI07) Identificar semelhan-
Legenda
Grupos linguísticos GO
MG
ças e diferenças existentes entre Tupi-Guarani
Jê MS ES
comunidades de sua cidade ou Aruaque
Caribe Trópico d Capricórnio
SP
RJ
Trópico de
região, e descrever o papel dos
e Capr
Cariri icórn
io
Pano PR
diferentes grupos sociais que as Tucano Legenda SC
Charrua Terras Indígenas
formam. Outros grupos Limite de país RS
Limite atual 0 630 km

» (EF03HI10) Identificar as diferen- Limite de estado 0 610 km


do país

ças entre o espaço doméstico, Fonte de pesquisa: Cláudio Vicentino. Fonte de pesquisa: Povos indígenas no
os espaços públicos e as áreas Atlas histórico geral e do Brasil. São Paulo: Brasil. Localização e extensão das TIs.
de conservação ambiental, com- Scipione, 2011. p. 52. Disponível em: https://pib.socioambiental.
preendendo a importância dessa org/pt/Localiza%C3%A7%C3%A3o_e_
extens%C3%A3o_das_TIs.
distinção. Acesso em: 7 jul. 2021.

1 De acordo com o mapa B, onde está localizada hoje a maioria


COMPONENTE ESSENCIAL
PARA A ALFABETIZAÇÃO das Terras Indígenas: no interior ou no litoral do Brasil?
» Compreensão de textos. A maioria das Terras Indígenas está localizada no interior do Brasil.

2 As Terras Indígenas são reconhecidas por lei? Saber


Saber Consciência social Além dos indígenas, outras comunidades podem Ser
Ser
y Atividade 2: Estudar os direi- usufruir desses territórios? Por quê?
Sim, as Terras Indígenas são legalmente reconhecidas. Não, apenas os indígenas têm o direito de
tos indígenas é uma forma de
usar as terras que lhes pertencem e todos os recursos naturais que existem nelas.
identificar e comparar pontos 124 cento e vinte e quatro
de vista em relação a eventos
significativos do Brasil a aspec-
tos relacionados a condições
Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C10_122a133_LA.indd 124 em relação a eventos significativos do 7/21/21 8:01 AM
sociais e à presença de diferen-
local em que vivem, aos aspectos rela-
y Relativize o termo “índio” a partir da
APOIO DIDÁTICO

tes grupos sociais e culturais.


opinião de Daniel Munduruku, um es- cionados a condições sociais e à presen-
critor indígena que fala das tradições ça de diferentes grupos étnicos.
e dos costumes de seu povo. Explique
Roteiro de aula
aos estudantes que, de acordo com ele,
esse termo pode apresentar uma cono- y Trabalhe os números apresentados nes-
tação negativa, por não levar em consi- se texto e questione os estudantes se a
deração a diversidade de povos e suas maioria dos indígenas vive em aldeias
características específicas, colocando ou nas cidades.
em um mesmo grupo todo indivíduo y Depois, analise os mapas um de cada
considerado indígena. Por isso, muitos vez, começando pelo título e pela legen-
repudiam o uso desse termo. Comente a da para, em seguida, trabalhar as infor-
importância de também estudar o tema mações que cada um apresenta.
do ponto de vista dos próprios indíge- y Após a analise dos mapas, proponha a
nas. Essa análise permite aos estudantes comparação entre eles. Assim, os es-
identificar e comparar pontos de vista tudantes se conscientizarão dos fatos

AJ_CH3_PNLD23_C10_122Aa0133A_MP.indd 124 8/5/21 19:57


Povos indígenas Capítulo 10 125
no Brasil
Índios ou indígenas?
Índios: foi assim que os espanhóis chamaram os habitantes da
Saber Consciência social
América, em 1492. Eles pensavam que haviam chegado à Índia e que Ser

esses habitantes formavam um único povo. y Atividade 3: O uso de certas


palavras pode vir carregado de
Só mais tarde, os espanhóis perceberam o engano: as terras em preconceitos e formas pejora-
que eles tinham chegado não eram a Índia e nelas havia muitos povos tivas de se referir a um grupo
de pessoas ou a um indivíduo.
que falavam línguas diferentes e tinham tradições e costumes variados. Mostre aos estudantes a im-
Atualmente, tanto indígenas quanto índios são palavras usadas portância de nos expressar-
mos da forma mais respeitosa
para identificar os nativos desses territórios. Mas agora você já sabe possível uns com os outros.
que a expressão índios tem origem em um engano dos europeus.
Sobre a palavra índio, leia a opinião do escritor Daniel Munduruku.

[...] Nos meus vídeos e palestras, eu tenho sempre feito uma separação
fundamental entre “índio” e “indígena”. As pessoas ainda pensam que índio e
indígena é a mesma coisa. Não é. O próprio dicionário diz isso.
A palavra indígena diz muito mais a nosso respeito do que a palavra índio.
A palavra índio gera uma imagem distorcida. Já indígena quer dizer originário,
aquele que está ali antes dos outros.
[...]
Além disso, eu não sou um indígena qualquer. Eu tenho um lugar de
pertencimento: Munduruku. É importante reforçar a identidade dos povos. [...]
[...] Identificar os diferentes povos

J.F.Diorio/Estadão Contéudo
indígenas significa garantir a eles direitos e
políticas específicas, não políticas genéricas.

Daniel Munduruku já escreveu cerca


de cinquenta livros sobre temáticas
relacionadas à vida dos povos
indígenas. Foto de 2019.
Dia do Índio é data ‘folclórica e preconceituosa’, diz escritor indígena Daniel
Munduruku. BBC News Brasil, 19 abr. 2019. Disponível em: https://www.bbc.com/
portuguese/brasil-47971962. Acesso em: 24 maio 2021.

3 Com base no que você leu, é preferível falar índios Saber


ou indígenas? Por quê? Respostas pessoais. Ser

Para e
xplorar

ABC dos povos indígenas no Brasil, de Marina Kahn. Ilustrações de Apo Fousek.
Edições SM.
Aprofunde seus conhecimentos sobre as diferentes culturas dos povos indígenas do Brasil.

cento e vinte e cinco 125

ocorridos ao longo do tempo no Brasil


AJ_CH3_PNLD23_C10_122a133_LA.indd 125 motivo, a maior parte das Terras Indí- 7/21/21 Terras Indígenas. Muitas vezes, porém,
8:02 AM

em relação aos territórios indígenas. genas se encontra no interior do país. as leis são descumpridas, e esses povos
APOIO DIDÁTICO
y Se julgar pertinente, apresente aos es- y Atividade 2: A questão sobre as Terras continuam sendo atacados e expulsos
tudantes o livro referenciado no boxe Indígenas no Brasil é muito antiga. Por de suas terras. Se julgar conveniente,
Para explorar, que aborda a vasta diver- muito tempo, as comunidades indíge- aprofunde o tema, relacionando-o aos
sidade cultural entre os povos indíge- nas foram atacadas e expulsas de seus direitos humanos.
nas brasileiros. territórios de origem. Posseiros, mi- y Atividade 3: Oriente os estudantes a
y Atividade 1: Relembre os estudantes neradores, madeireiros, latifundiários, procurar o significado das palavras “ín-
de que São Vicente, a primeira vila da entre outros, invadiram e tomaram es- dio” e “indígena” no dicionário, assim
Colônia, e Salvador, a primeira capital, sas terras para explorá-las economica- como indica o texto, e a anotar as infor-
foram fundadas no litoral. Nessa região mente. Somente em 1988, com a nova mações encontradas, destacando a pa-
do Brasil, a ocupação dos portugueses Constituição, foram definidos dispositi- lavra “indígena” como mais abrangente
é mais antiga e mais intensa. Por esse vos jurídicos que garantiram o direito às para tratar do assunto.

AJ_CH3_PNLD23_C10_122Aa0133A_MP.indd 125 8/5/21 19:57


126 Capítulo 10 Povos indígenas
no Brasil
A vida dos povos indígenas
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Os povos indígenas têm culturas variadas. O povo Panará, por
NO TEMA “A VIDA DOS POVOS
INDÍGENAS” exemplo, constrói as moradias da aldeia dispostas em círculo. Já os
Marubo vivem todos em uma única grande habitação.
» (EF03GE03) Reconhecer os dife-
rentes modos de vida de povos e As pinturas do corpo também são diferentes e têm sentidos
comunidades tradicionais em dis- diversos entre os povos indígenas. E cada povo tem padrões de
tintos lugares.
pintura próprios, de acordo com seu modo de ser.
» (EF03HI03) Identificar e com-
parar pontos de vista em relação

Luciana Whitaker/Pulsar Imagens


a eventos significativos do local
em que vive, aspectos relacio-
nados a condições sociais e à
presença de diferentes grupos
sociais e culturais, com especial
destaque para as culturas africa-
nas, indígenas e de migrantes.
» (EF03HI07) Identificar semelhan-
ças e diferenças existentes entre
comunidades de sua cidade ou
região, e descrever o papel dos
diferentes grupos sociais que as
formam.

Para casa

y Atividade 1: Oriente os estu-


dantes a ler as frases de maneira Indígena Guarani Mbya realizando pintura corporal. As tintas usadas são extraídas de
autônoma em casa e, com o au- árvores e frutos. Aldeia Mata Verde Bonita, Maricá, Rio de Janeiro. Foto de 2019.
xílio de um adulto, a pesquisar o
significado de palavras sobre as Muitos indígenas que moram nas cidades vivem de modo
quais eles eventualmente pos-
sam ter dúvidas. Isso pode au-
bastante semelhante ao modo dos não indígenas. Mesmo assim,
xiliar na compreensão das ideias eles continuam sendo indígenas, isto é, eles sentem que pertencem
de cada frase e, em consequên- a seu povo e procuram preservar suas tradições.
cia, na realização da atividade.
Muitos desses indígenas buscam saber notícias de sua aldeia e
vão visitá-la sempre que podem.

1 Contorne a frase correta sobre os povos indígenas do Brasil.


a. Todos os povos indígenas se pintam da mesma maneira.
b. Todos os povos indígenas constroem as moradias em aldeias
dispostas em círculo.
c. Muitos indígenas que moram nas cidades mantêm os
costumes tradicionais de seu povo.

126 cento e vinte e seis

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C10_122a133_LA.indd 126 são suas atividades, desde as brincadeiras 7/19/21 4:17 PM AJ_C

até as obrigações cotidianas. Depois de


y Ao trabalhar o tema “A vida dos povos
APOIO DIDÁTICO

indígenas”, retome com os estudantes o algumas respostas, deixe a conversa em


conceito de cultura, estudado anterior- aberto e proceda à leitura coletiva do tex-
mente. Peça-lhes que mencionem costu- to. Solicite-lhes que procurem no dicioná-
mes e hábitos que eles próprios têm. Isso rio as palavras que não compreenderam.
os ajudará a entender quando se fala das y Converse com os estudantes sobre como
culturas dos grupos indígenas. É possível aprendem determinados costumes e os
retomar as reflexões feitas anteriormente incorporam no cotidiano, comparando
sobre os hábitos de origem indígena que com a maneira como as crianças indíge-
foram incorporados ao cotidiano de mui- nas aprendem. Espera-se que eles citem
tas comunidades brasileiras, como o con- que aprendem determinados costumes
sumo de determinados alimentos, o uso com a família, na escola e com outros
de algumas palavras, entre outros. grupos de sua convivência. Ressalte
também a importância da tradição oral
Roteiro de aula para muitas comunidades indígenas.
y Antes de iniciar a leitura do tópico “Ser y Atividade 1: Após a realização da tare-
criança”, pergunte aos estudantes quais fa em casa, faça a leitura compartilhada

AJ_CH3_PNLD23_C10_122Aa0133A_MP.indd 126 8/5/21 19:57


Povos indígenas Capítulo 10 127
no Brasil
Ser criança
O nascimento de uma criança indígena costuma ser bastante Atividade complementar
festejado, assim como ocorre nas sociedades não indígenas. O y Proponha a confecção de uma
nome que essas crianças recebem tem significado especial. Por peteca, um brinquedo típico dos
exemplo, Iaciara é um nome tupi que significa “senhora da Lua”. indígenas Guarani e de outros po-
vos. Peça aos estudantes que se-
Nas aldeias, as crianças ouvem histórias contadas pelos mais parem algumas folhas de jornal.
velhos, observam as atividades do grupo e participam delas. Assim, Oriente-os a pegar uma delas e
a amassá-la formando uma bola.
ouvindo e imitando os adultos, os meninos e as meninas aprendem Depois, oriente-os a dobrar as
as tradições de sua cultura. demais folhas de jornal ao meio,
cortá-las e usá-las para envol-
Atualmente, muitas crianças indígenas vão à escola da aldeia, ver a bola de jornal, deixando as
onde têm aulas com professores indígenas. Em muitas dessas pontas para cima. Para finalizar,
escolas, elas aprendem a ler e a escrever na língua de seu povo e diga-lhes que prendam a base da
peteca com fita adesiva e pintem
em português. As aulas são semelhantes às aulas de escolas não a parte de cima com as cores que
indígenas; porém, as escolas indígenas ensinam as histórias, os preferirem. Se possível, leve-os
a um espaço aberto na escola e
costumes e as tradições de seu povo.
deixe-os brincar.
Há também crianças indígenas que moram em cidades e
frequentam escolas com crianças não indígenas.

Luciola Zvarick/Pulsar Imagens

Sala de aula em escola da aldeia Piuylaga, do povo Waujá. Gaúcha do Norte, Mato
Grosso. Foto de 2019.

2 Você é descendente de indígenas? Conhece crianças que


sejam descendentes de indígenas? Respostas pessoais.
3 Que semelhanças você reconhece entre ser uma criança
indígena e ser uma criança não indígena? Resposta pessoal.

cento e vinte e sete 127

17 PM das frases apresentadas e verifique se


AJ_CH3_PNLD23_C10_122a133_LA.indd 127 vista sobre culturas diversas, integradas
7/20/21 2:57 PM

todos acompanharam a leitura. às suas comunidades.


APOIO DIDÁTICO

y Atividade 2: Se algum estudante for y Atividade 3: Aproveite essa atividade


indígena ou descendente de indígenas, para promover uma conversa sobre to-
incentive-o a compartilhar com os co- lerância e respeito. O objetivo é sensibi-
lizar os estudantes no que diz respeito à
legas seu dia a dia, o modo de organi-
diversidade cultural e ao reconhecimen-
zação de sua comunidade, se ele e sua
to da igualdade entre os indivíduos. Se
família mantêm tradições nativas, entre julgar conveniente, anote as respostas
outros assuntos. Essa é uma ótima opor- na lousa. Ao comparar o próprio modo
tunidade para promover o respeito e a de vida com o das crianças indígenas, os
valorização da diversidade cultural de estudantes serão capazes de identificar
nosso país. Além disso, permite aos es- semelhanças e diferenças existentes en-
tudantes verificar diferentes pontos de tre as comunidades e os grupos sociais.

AJ_CH3_PNLD23_C10_122Aa0133A_MP.indd 127 8/5/21 19:57


128 Capítulo 10 Povos indígenas
no Brasil
Conflitos e resistências
HABILIDADES DESENVOLVIDAS O contato com os portugueses transformou o modo de vida
NO TEMA “CONFLITOS E
RESISTÊNCIAS” dos povos indígenas que viviam nas terras onde hoje é o Brasil.
Indígenas e portugueses se encontraram no ano de 1500. Os
» (EF03HI03) Identificar e compa-
rar pontos de vista em relação a portugueses navegavam em busca de riquezas, como especiarias,
eventos significativos do local em ouro, prata e pedras preciosas, mas ainda desconheciam muitos
que vive, aspectos relacionados a
lugares e povos do mundo.
condições sociais e à presença de
diferentes grupos sociais e cultu- Nesse primeiro encontro entre os indígenas e os portugueses,
rais, com especial destaque para todos ficaram surpresos, pois tinham modos de vida muito diferentes.
as culturas africanas, indígenas e
de migrantes. As diferenças entre eles eram muitas. Os indígenas viviam
» (EF03HI07) Identificar semelhan- em aldeias, na mata. As moradias deles eram, em geral, feitas de
ças e diferenças existentes entre madeira e palhas de palmeira e não havia muita mobília nelas. Já
comunidades de sua cidade ou
região, e descrever o papel dos os portugueses vinham de cidades da Europa, onde moravam em
diferentes grupos sociais que as casas de tijolos e dormiam em camas.
formam.
Os indígenas conheciam muito bem as plantas e os caminhos
da mata, que eram desconhecidos para os portugueses. Eles não
conheciam dinheiro, armas de fogo, cavalos e alguns outros animais,
coisas com as quais os portugueses estavam habituados.
Acervo do Museu Paulista da Universidade de São Paulo, São Paulo. Fotografia: ID/BR

Oscar Pereira da Silva.


Detalhe da obra Índios
a bordo da nau
Capitânia de Cabral,
cerca de 1920. Óleo
sobre tela.

1 Observe o detalhe dessa pintura e leia a legenda. Depois,


converse com os colegas sobre as questões a seguir.
a. Quem é o autor da pintura? Oscar Pereira da Silva.
b. Quando ela foi feita? Cerca de 1920.
c. Como os indígenas foram representados?
Foram representados nus, com adereços na cabeça e nos quadris.
d. Como os portugueses foram representados? Foram representados
vestidos e em maior número. Há um português sentado em uma cadeira sob uma tenda armada.
128 cento e vinte e oito

Orientações didáticas
AJ_CH3_PNLD23_C10_122a133_LA.indd 128
y Fazendo uma ponte com o presente, 7/19/21 4:17 PM AJ_C

proponha aos estudantes a reflexão


y Antes de as centenas de milhares de
APOIO DIDÁTICO

africanos escravizados virem para o acerca do território, do pertencimento


e da valorização da vida de todos os
Brasil para trabalhar nas plantações de
povos. Os indígenas, assim como todos
açúcar e em diversos outros afazeres
os demais povos do planeta, devem ser
nas fazendas dos senhores de engenho,
vistos como autônomos e possuidores
o contato dos portugueses e suas mis-
do direito de manter seus costumes e a
sões de expansão para o Novo Mundo terra em que seus ancestrais viveram, e
se deu primeiro com os povos indígenas. esse direito deve ser defendido por to-
y Explore as questões em torno desse dos nós, pois também o possuímos e
encontro e como o convívio se deu nes- valorizamos.
ses anos iniciais. É importante conside-
rar a exploração da mão de obra indí- Roteiro de aula
gena para que os estudantes entendam y Atividade 1: Primeiro, chame a atenção
os motivos iniciais dos conflitos e da dos estudantes para as informações apre-
resistência indígena. sentadas na legenda da imagem para, em

AJ_CH3_PNLD23_C10_122Aa0133A_MP.indd 128 8/5/21 19:57


Povos indígenas Capítulo 10 129
no Brasil
A convivência entre indígenas e portugueses
Durante algum tempo, a relação entre os portugueses e os Atividade complementar
indígenas foi, de modo geral, pacífica. Porém, essa relação logo se y Se no lugar em que se localiza a
transformou em conflito. escola houver alguma comunida-
de indígena, pesquise informa-
Os portugueses forçaram os indígenas a mudar seus costumes e ções sobre ela e trate o tema com
a trabalhar como escravos. Muitos indígenas resistiram à escravidão a turma. Se possível, programe
e fugiram ou lutaram até a morte. uma visita a essa comunidade.
Para isso, organize um roteiro de
Os indígenas sempre enfrentaram com grande coragem os observação, focando as caracte-
invasores de suas terras. Pórém, as armas dos portugueses eram rísticas materiais da comunida-
de indígena: localização, tipo de
mais eficazes. Além disso, os indígenas não tinham resistência a moradia, serviços públicos dispo-
várias doenças trazidas pelos europeus, como gripe, tuberculose, níveis. Prepare também com os
varíola e catapora. Nesse processo, muitos povos indígenas estudantes uma entrevista com
pessoas dessa comunidade, fa-
desapareceram. zendo perguntas como: “Existe
escola na comunidade?”; “Quem
A luta pela terra são os professores?”; “Eles são in-
dígenas?”; “As aulas são dadas na
No Brasil, a luta dos língua indígena?”; “O que as crian-

Daniel Cima/CIDH
povos indígenas para ças estudam?”; “Existem livros
e outros materiais especiais?”. É
não serem expulsos de imprescindível que a visita seja
suas terras teve início previamente combinada com as
após o encontro com os lideranças da própria comunidade
(por exemplo, a direção da comu-
portugueses e já dura nidade indígena). Essa atividade
mais de quinhentos anos. possibilita aos estudantes iden-
tificar os grupos populacionais
Em 1988, com a que formam o município em que
Constituição Cidadã, a vivem e as relações estabelecidas
comunidade indígena entre eles.
Representantes indígenas denunciaram desrespeito
teve uma importante
aos seus direitos na Comissão Interamericana de
conquista: o direito Direitos Humanos, nos Estados Unidos. Foto de
ao reconhecimento 2015.
das Terras Indígenas. Porém, poucas Terras Indígenas foram
demarcadas até hoje no Brasil.
Muitas comunidades indígenas habitam territórios com
importantes recursos naturais, como florestas, rios e minerais
preciosos. Por isso, essas comunidades continuam resistindo aos
ataques dos grandes fazendeiros e das empresas madeireiras e
mineradoras que querem invadir e explorar as Terras Indígenas.

2 Por que a relação entre os portugueses e os indígenas se


transformou em um conflito?
Porque os portugueses desrespeitaram os indígenas, forçando-os a transformar seus
costumes e a trabalhar como escravos. cento e vinte e nove 129

17 PM seguida, fazer a análise da imagem em


AJ_CH3_PNLD23_C10_122a133_LA.indd 129 7/19/21 4:17 PM

si. Compreender a fonte como um todo


APOIO DIDÁTICO

deve ser o foco da atividade, para que os


estudantes possam, depois, expor suas
impressões a respeito dela.
y Atividade 2: A tentativa de subjugar ou-
tros povos para que trabalhem de forma
forçada, além de proibir e reprimir suas
manifestações culturais e religiosas, tem
sido motivo de conflitos em diferentes
épocas e ainda hoje. Demonstre aos estu-
dantes a importância do respeito mútuo.

AJ_CH3_PNLD23_C10_122Aa0133A_MP.indd 129 8/5/21 19:57


130 Capítulo 10 Povos indígenas
no Brasil
Pessoas e lugares
HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO PESSOAS E
LUGARES Jogos dos
» (EF03HI03) Identificar e compa- Povos Indígenas

Ricardo Teles/Pulsar Imagens


rar pontos de vista em relação a
eventos significativos do local em
que vive, aspectos relacionados a
condições sociais e à presença de Os esportes também fazem parte
diferentes grupos sociais e cultu- da cultura de um povo. Com os jogos
rais, com especial destaque para
as culturas africanas, indígenas e e as brincadeiras indígenas não é
de migrantes. diferente. Você já ouviu falar dos
» (EF03HI04) Identificar os patri- Jogos dos Povos Indígenas?
mônios históricos e culturais de
Trata-se de um dos maiores
sua cidade ou região e discutir as
razões culturais, sociais e políti- encontros esportivos de indígenas
cas para que assim sejam consi- do Brasil.
derados.
A primeira edição desses jogos
ocorreu em 1996, em Goiânia, Goiás.
Para complementar
Ela foi organizada por Carlos Terena
Jogos indígenas. Direção: Thiago e Marcos Terena, lideranças do povo
Frade e Alexandre Magno. Brasil, Terena, que habita vários estados,
2013 (22 min).
Nesse documentário, que pode como São Paulo, Mato Grosso, Goiás
ser encontrado em diversas pla- e Mato Grosso do Sul. Atleta pataxó, da Bahia, durante
taformas de streaming, são apre- competição de arremesso de lanças.
sentados os XII Jogos dos Povos Mais de quatrocentos indígenas
Foto de 2015.
Indígenas, realizados em Cuiabá, do Brasil, de 29 povos diferentes,
em 2013. O evento contou com a participaram do evento.
participação de 1,6 mil indígenas

gência Brasil
pertencentes a 48 etnias brasi-

Marcelo Camargo/Agência Brasil


leiras, além de representantes

Marcelo Camargo/A
de outros países. O documen-
tário aborda com sensibilidade
os costumes dessas populações,
além de valorizá-las ao explicar,
por exemplo, os significados das
pinturas corporais e dos trajes e
adereços usados pelos indígenas
durante os jogos.
Indígenas do po
vo Paresi, do Ma
Grosso, durante to
partida de jikun
atêjê, jogo parecido co ahati,
Indígenas do povo Gavião Park m o futebol, ma
s em
tora. Foto que os atletas só
do Pará, realizam corrida de podem usar a ca
beça
para tocar a bola.
de 2015. Foto de 2015.

130 cento e trinta

Orientações didáticas
AJ_CH3_PNLD23_C10_122a133_LA.indd 130 aos indígenas e discutam as razões cul- 7/19/21 4:17 PM AJ_C

turais, sociais e políticas para que assim


yÉ importante que os estudantes re-
APOIO DIDÁTICO

conheçam que as práticas esportivas sejam considerados.


contribuem para a criação de um es-
Roteiro de aula
paço de socialização e de reconheci-
mento identitário. y Se julgar oportuno, promova a leitura
coletiva do texto dessa seção. Verifique
y O objetivo dos organizadores dos Jo-
se todos os estudantes compreenderam
gos dos Povos Indígenas era recupe-
rar costumes e tradições de diferentes o tema apresentado no texto. Comente
povos. Para seus idealizadores, o mais que, desde a Antiguidade, as atividades
importante não é a competição em si, esportivas fazem parte do cotidiano de
mas a celebração do encontro e o inter- muitos povos.
câmbio das manifestações culturais de y Atividade 1: Peça aos estudantes que
cada povo indígena. Compreender esse observem atentamente as fotos repro-
aspecto é importante para que os estu- duzidas na página. Verifique se algum
dantes valorizem os patrimônios histó- deles já praticou um dos esportes re-
ricos e culturais do Brasil relacionados tratados. Em caso afirmativo, solicite

AJ_CH3_PNLD23_C10_122Aa0133A_MP.indd 130 8/5/21 19:57


Povos indígenas Capítulo 10 131
no Brasil
As modalidades esportivas incluem jogos de origem indígena e
não indígena. As fotos destas páginas mostram alguns exemplos de
competições realizadas na edição de 2015 dos jogos. Saber
Ser
Consciência social
Nesse ano, esse evento foi chamado de Jogos Mundiais dos y Atividade 2: Promova um de-
bate acerca da importância da
Povos Indígenas. Ele aconteceu em Palmas, Tocantins. A mudança
valorização das culturas indí-
do nome ocorreu porque, além dos povos indígenas do Brasil, foram genas por meio da transmissão
convidados povos nativos de outros 24 países. dos jogos e sobre como o me-
lhor entendimento do outro nos
No passado, os povos indígenas não costumavam se encontrar faz pessoas mais tolerantes.
para realizar jogos. Esse é um costume da sociedade não indígena,
que organiza eventos esportivos como os jogos olímpicos.

Ricardo Teles/Pulsar Imagens

Telégrafos. Fac-símile: ID/BR


Empresa Brasileira de Correios e
o, durante
Indígenas do povo Manoki, do Mato Gross
disputa de cabo de guerra. Foto de 2015.

Selo postal comemorativo dos


Jogos Mundiais dos Povos
Indígenas, 2015.

1 Você conhece ou pratica algum dos esportes


apresentados? Em caso afirmativo, qual? Em caso
negativo, qual você gostaria de praticar? Por quê?
Respostas pessoais.
2 Atualmente, os Jogos dos Povos Indígenas são Saber
organizados pelo Ministério do Esporte. Em sua opinião, Ser
é importante incentivar esse tipo de evento? Por quê?
Respostas pessoais.

cento e trinta e um 131

17 PM a esse estudante que compartilhe sua


AJ_CH3_PNLD23_C10_122a133_LA.indd 131 7/21/21 8:03 AM

experiência.
APOIO DIDÁTICO

y Atividade 2: Espera-se que os estudan-


tes reconheçam a importância dos Jo-
gos dos Povos Indígenas para a manu-
tenção e a preservação dos costumes
e das tradições dos diferentes povos
nativos que existem no Brasil e também
de povos indígenas de outros países (no
caso dos Jogos Mundiais). Eles também
são uma forma de divulgar a diversidade
étnico-cultural indígena e seus modos
de vida, já que muitas vezes são abertos
ao público em geral e transmitidos em
alguns canais locais.

AJ_CH3_PNLD23_C10_122Aa0133A_MP.indd 131 8/5/21 19:57


132 Capítulo 10 Povos indígenas
no Brasil
re
Aprender semp
1c. De acordo com o Dicionário eletrônico
Houaiss da língua portuguesa (Instituto Antônio
HABILIDADES AVALIADAS NA Houaiss. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009),
SEÇÃO APRENDER SEMPRE explorado significa aquele “que foi objeto de
» (EF03GE03) Reconhecer os dife- 1 Leiam o texto e a tira a seguir. exploração”; já depredado é aquele
rentes modos de vida de povos e
“que sofreu depredação; destruído”.
comunidades tradicionais em dis-
tintos lugares. Os povos indígenas têm um profundo respeito pela terra. Eles a
» (EF03HI02) Selecionar, por meio consideram como uma “grande mãe” que os alimenta e dá vida, porque
da consulta de fontes de diferen- é dela que tiram todas as coisas que precisam para a sua sobrevivência
tes naturezas, e registrar aconte- [...]. Para eles a terra não é apenas vista como um bem a ser explorado e
cimentos ocorridos ao longo do
tempo na cidade ou região em depredado [...].
que vive. Daniel Munduruku. Coisas de índio. São Paulo: Callis, 2000. p. 86.

» (EF03HI03) Identificar e compa-


rar pontos de vista em relação a

Mauricio de Sousa Editora Ltda.


eventos significativos do local em
que vive, aspectos relacionados a
condições sociais e à presença de
diferentes grupos sociais e cultu-
rais, com especial destaque para
as culturas africanas, indígenas e
de migrantes.
» (EF03HI04) Identificar os patri- Mauricio de Sousa Produções. Tira da personagem Papa-Capim, 2004.
mônios históricos e culturais de
sua cidade ou região e discutir as
a. Com base no texto, os povos indígenas usam da natureza
razões culturais, sociais e políti-
cas para que assim sejam consi- apenas aquilo de que necessitam? Expliquem. Sim, pois procuram
derados. garantir a sobrevivência extraindo do meio ambiente somente o que é necessário.
b. Vocês sabem o que significa caraíbas na tira? Com a orientação
» (EF03HI07) Identificar semelhan-
ças e diferenças existentes entre do professor, procurem o significado dessa palavra em um
comunidades de sua cidade ou dicionário. Atenção: há significados que não servem para a tira.
região, e descrever o papel dos Escrevam a seguir apenas o significado adequado ao diálogo
diferentes grupos sociais que as
formam. entre Papa-Capim e Kava.
» (EF03HI10) Identificar as diferen- Resposta pessoal. Na tira, a palavra caraíbas refere-se aos homens brancos.
ças entre o espaço doméstico,
os espaços públicos e as áreas
de conservação ambiental, com-
preendendo a importância dessa
distinção.
c. Com a orientação do professor, procurem em um dicionário o
significado das palavras explorado e depredado. Anotem os
significados no caderno. Caso tenham aparecido no texto outras
COMPONENTE ESSENCIAL
PARA A ALFABETIZAÇÃO
palavras que vocês não conheçam, façam o mesmo com elas.

» Produção de escrita. d. Releiam: “Para eles a terra não é apenas vista como um bem a
ser explorado e depredado” . Relacionem essa frase do texto
com o último quadro da tira. Resposta pessoal.

132 cento e trinta e dois

Roteiro de aula
AJ_CH3_PNLD23_C10_122a133_LA.indd 132 das árvores de “progresso”. O objetivo 7/19/21 4:17 PM AJ_C

da atividade é evidenciar as diferenças


y Atividade 1: No item b, antes de os es-
APOIO DIDÁTICO

tudantes consultarem o dicionário, per- de concepção de mundo entre comuni-


gunte a eles se entenderam o que signi- dades indígenas e não indígenas, prin-
fica o termo “caraíba” com base no texto cipalmente em relação ao uso da terra.
da tira. Depois de ouvi-los, oriente-os na y Atividade 2: Utilize a atividade para de-
localização do termo no dicionário, que, monstrar mais uma vez que há diferen-
na tira, refere-se ao homem branco. Au- ças entre os povos indígenas em vários
xilie-os também na localização das pala- sentidos e que devemos compreender a
vras do item c; se julgar oportuno, antes pluralidade que eles representam, não os
de localizar as palavras no dicionário, restringindo a apenas uma ideia de um
pergunte-lhes o que eles acham que grupo único e coeso.
elas significam. No item d, certifique-se y Atividade 3: Espera-se que os estu-
de que os estudantes entenderam a tira dantes respondam negativamente às
para que possam relacioná-la ao texto. questões propostas. Retome com eles
Pergunte por que eles chamam o corte o número de povos indígenas no Bra-

AJ_CH3_PNLD23_C10_122Aa0133A_MP.indd 132 8/5/21 19:57


Povos indígenas Capítulo 10 133
no Brasil
2 Observe as fotos de duas aldeias indígenas e leia as legendas.

Vista aérea da aldeia do Consciência social


Marcos Amend/Pulsar Imagens
Saber
Ser
povo Enawenê-Nawê, em
Juína, Mato Grosso. Foto de y Atividade 4: Aproveite esse
2020. diálogo para desconstruir pos-
síveis estereótipos sobre os po-
vos indígenas, promovendo a
reflexão sobre a diversidade e a
identidade dessas populações.
Se julgar conveniente, retome
as observações iniciais promo-
vidas na abertura do capítulo.

Mario Friedlander/Pulsar Imagens


Vista aérea da aldeia do povo
Paresí, em Tangará da Serra,
Mato Grosso.
Foto de 2021.

• Compare as duas aldeias. Que diferenças há entre elas? Por


que elas são diferentes?
A primeira aldeia tem formato circular, enquanto na segunda, as construções não têm
formato definido. A primeira, está em uma área com mais vegetação e próxima de um rio;
já a segunda, está em um lugar com menos verde e não é possível identificar rios. Elas
são diferentes porque pertencem a povos distintos, com tradições e culturas variadas.

3 Em sua opinião:
a. Os indígenas são todos iguais? Eles vivem da mesma maneira?
Respostas pessoais.
b. Quando um indígena usa roupas iguais às de não indígenas,
fala português e trabalha na cidade, ele deixa de ser indígena?
Resposta pessoal.
4 Forme grupo com dois colegas para responder à
questão: No estado onde vocês moram, Saber
Ser
há Terras Indígenas?
Respostas pessoais.
• Com a orientação do professor, vocês devem realizar
uma pesquisa em publicações impressas ou digitais.
• Se a resposta for afirmativa, anotem no caderno os nomes dos
povos e das Terras Indígenas e o ano do reconhecimento
desses territórios.

cento e trinta e três 133

17 PM sil (aproximadamente 305 povos), que


AJ_CH3_PNLD23_C10_122a133_LA.indd 133
y Atividade 4: Caso a escola disponha de 7/21/21 8:04 AM

falam línguas diferentes e têm diversos sala de informática ou biblioteca, leve


APOIO DIDÁTICO

costumes e tradições. Se um indígena os estudantes a esses espaços para que


estiver em outro contexto social, ele realizem a pesquisa. Ou, se julgar mais
não perderá sua origem. A história, os apropriado, de acordo com a realida-
costumes e as tradições continuam fa- de da escola, leve livros ou revistas que
abordem a existência de Terras Indíge-
zendo parte de sua cultura. Assim, os
nas no estado onde moram os estudan-
estudantes poderão reconhecer aspec- tes. Para obter mais informações sobre o
tos relacionados a condições sociais e à tema, você pode acessar a base de dados
presença dos diferentes povos indíge- online sobre Terras Indígenas do Instituto
nas. Também poderão compreender as Socioambiental (disponível em: https://
semelhanças e as diferenças existentes terrasindigenas.org.br/pt-br/. Acesso em:
entre as comunidades do Brasil. 2 ago. 2021.)

AJ_CH3_PNLD23_C10_122Aa0133A_MP.indd 133 8/5/21 19:57


133A Conclusão do capítulo 10

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 10
Sugestões para a avaliação formativa
1. Este capítulo teve como objetivo apresentar um panorama dos povos indígenas no Brasil, desde a chegada dos
portugueses até a atualidade. É importante ressaltar que ainda há conflitos entre povos não indígenas e indígenas
em diversas regiões do país.
2. A seção Aprender sempre recupera e aprofunda os conteúdos trabalhados ao longo do capítulo, possibilitando
observar a consolidação dos conhecimentos por parte dos estudantes e a verificação de eventuais defasagens.
Essa análise facilita a elaboração de estratégias de remediação, de acordo com as características de cada es-
tudante e de cada turma. A seguir, foram disponibilizadas algumas sugestões para a realização desse trabalho.
3. Na atividade 1, que trabalha as habilidades EF03HI03 e EF03GE03, o exemplo da relação que muitos indígenas
têm com a terra, a preservação e o uso consciente dos recursos naturais devem servir de guia para a reflexão.
4. A necessidade de pontuar aos estudantes a diversidade das populações indígenas que fizeram e fazem parte do
Brasil aparece como ponto central nas atividades 2 e 3, que mobilizam as habilidades EF03HI03, EF03HI07 e
EF03GE03. Procure deixar claro essa pluralidade e que o tratamento dado atualmente a esses povos, como se
fossem algo único e coeso, se traduz numa forma de preconceito e de tentativa de diminuir a participação deles
na sociedade brasileira.
5. Explore essa diversidade presente nas populações indígenas com os estudantes por meio da pesquisa proposta
na atividade 4. Promover o conhecimento acerca do outro ajuda a criar um olhar empático e compreensivo.
A atividade é uma oportunidade para o desenvolvimento das habilidades EF03HI02, EF03HI04, EF03HI07 e
EF03HI10.

Atividades de remediação
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no desenvolvimento das habilidades EF0GE03 e EF0HI03, você
pode solicitar aos estudantes que escrevam um texto, de aproximadamente um parágrafo, a respeito do que
aprenderam neste capítulo e o que eles esperam que mude quanto ao tratamento dado aos indígenas atualmente.
• Atividade 2: Outra possibilidade para trabalhar as habilidades EF03GE03, EF03HI02 e EF0HI10 é organizar a
turma em grupos e orientá-los a realizar um cartaz informativo a respeito de um dos diversos povos indígenas
presentes no território nacional atualmente. O cartaz pode conter informações a respeito da língua, das vestimen-
tas, das moradias, das festas, etc.

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Povos africanos no Brasil Capítulo 11 134A

CAPÍTULO 11 POVOS AFRICANOS NO BRASIL

Objetivos pedagógicos
1. Propiciar a conscientização do estudante a respeito dos 4. Reconhecer formas de resistência à escravidão no Brasil.
povos africanos que vieram para o Brasil. 5. Trabalhar o ouvir e ser ouvido nas relações com os cole-
2. Promover a compreensão do momento histórico em que gas, desenvolvendo o respeito pelas trajetórias individuais
se deu essa vinda. e coletivas.
3. Identificar características culturais desses povos.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


O conteúdo deste capítulo propõe aos estudantes uma pensamos na formação do povo brasileiro. Para explorar essa
reflexão a respeito das populações africanas que vieram para diversidade, utilize os temas cultura, religião e comércio, pro-
o Brasil. Comente com a turma brevemente sobre as relações postos no capítulo, e promova a reflexão entre os estudantes
comerciais entre portugueses e mercadores de escravizados de forma respeitosa e consciente.
no continente africano.
Tendo em vista a exploração do trabalho de africanos
Assim como foi feito no capítulo anterior, que abordou escravizados que para cá vieram, o tema da resistência é
os povos indígenas, é importante ressaltar a pluralidade de imperativo para o entendimento das relações sociais nesse
povos e sociedades existentes no continente africano, tanto período. Como destaque, os quilombos são a forma de resis-
naquele período como hoje, e que é incorreto reuni-los todos tência abordada e, como estão presentes por todo o territó-
sob o mesmo crivo, como se fossem um único povo. Dessa rio nacional, são um bom caminho para explorar os traços da
forma, a diversidade se torna ainda mais evidente quando escravidão na região em que vivem os estudantes.

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 6, 7 e 9

Competências específicas de Ciências Humanas para o


1, 2, 3, 4, e 6
Ensino Fundamental

Competência específica de Geografia para o Ensino


1
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


1, 2, 3 e 6
Fundamental

Habilidade de Geografia EF03GE03

EF03HI01, EF03HI02, EF03HI03, EF03HI04,


Habilidades de História
EF03HI07 e EF03HI12

AJ_CH3_PNLD23_C11_134Aa0145A_MP.indd 134 8/5/21 20:09


134 Capítulo 11 Povos africanos
no Brasil

HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF03GE03) Reconhecer os di-
ferentes modos de vida de povos
e comunidades tradicionais em
distintos lugares.
» (EF03HI03) Identificar e com-
parar pontos de vista em relação
a eventos significativos do local
em que vive, aspectos relacio-
nados a condições sociais e à
presença de diferentes grupos
sociais e culturais, com especial
destaque para as culturas africa-
nas, indígenas e de migrantes.

134

Orientações didáticas
AJ_CH3_PNLD23_C11_134a145_LA.indd 134 tempo, a ação desses povos teve im- 7/20/21 3:16 PM AJ_C

pacto na formação da cultura brasileira.


y Neste capítulo, aborda-se a matriz afri-
APOIO DIDÁTICO

Nesse sentido, o capítulo retoma as re-


cana na formação cultural da população
flexões iniciais propostas nos capítulos
brasileira, apresentando parte de sua
anteriores, em que as questões sobre a
diversidade etnocultural, o processo de
cultura afro-brasileira foram investiga-
escravização a que os africanos foram
das de maneira introdutória.
submetidos no Brasil e a resistência e a
luta contra ela. Roteiro de aula
y Espera-se que os estudantes percebam y Promova uma conversa com a turma de
como os africanos viviam antes de se- modo a relembrar os aspectos da cultu-
rem escravizados e comercializados pe- ra afro-brasileira já abordados. Procu-
los portugueses, qual foi o destino que re explorar os conhecimentos prévios
tiveram no Brasil e como, ao longo do dos estudantes e sensibilizá-los sobre o

AJ_CH3_PNLD23_C11_134Aa0145A_MP.indd 134 8/5/21 15:04


Povos africanos Capítulo 11 135
no Brasil

UL Povos Saber Consciência social

111
APÍT O
Ser

C
africanos
y Atividade 3: A questão sobre
o tráfico de africanos escravi-
zados trabalha a empatia por

no Brasil esses povos, que muito sofre-


ram ao serem tirados à força
de suas terras para trabalhar
de forma escrava em terras
Grande parte da população estrangeiras, sendo uma delas
o Brasil.
brasileira é constituída por
descendentes de africanos, isto é,
afrodescendentes.
Por mais de trezentos anos, os
portugueses trouxeram africanos
escravizados à força para o Brasil.
Como era a vida dos africanos na
África? O que faziam? Por que
foram trazidos para cá?

Para começo de conversa


1 Você conhece a atividade
cultural realizada pelas
pessoas representadas
na ilustração? Resposta pessoal.
2 Do que você se lembra
quando ouve falar sobre
a África? Resposta pessoal.
Ilustrador: Leandro Marcondes/ID/BR; fotografia: Cadu De Castro/Pulsar Imagens

3 Como você acha que


Saber
os povos africanos Ser
vieram para o
território onde hoje é
o Brasil? Resposta pessoal.

Ilustração sobre foto de comunidade


quilombola de Uxizal, no município de
Mocajuba, Pará. Foto de 2020.

cento e trinta e cinco 135

16 PM AJ_CH3_PNLD23_C11_134a145_LA.indd 135 tema que será estudado neste capítu- y Atividade 1: Promova uma leitura coletiva 7/20/21 3:16 PM

lo. É importante que encarem a história da imagem, identificando aspectos como


APOIO DIDÁTICO

da África e dos africanos não apenas o tambor, as vestimentas e os movimen-


pelo ponto de vista da escravidão, mas tos que podem sugerir que a atividade
também que reconheçam a diversida- cultural em questão é uma roda de jongo.
de cultural do continente, os diferentes y Atividade 2: É importante atentar para
costumes, a organização e os valores os conhecimentos prévios dos estudan-
próprios de cada população. Assim, tes a esse respeito, para que possíveis
eles serão capazes de identificar even- preconceitos possam ser trabalhados e
tos significativos do local em que vivem desconstruídos.
como relacionados a condições sociais y Atividade 3: Auxilie os estudantes a
e à presença de diferentes grupos so- lembrar o que já ouviram falar a respei-
ciais e culturais, com especial destaque to da escravidão no Brasil e da vinda de
para as culturas africanas. escravizados da África para cá.

AJ_CH3_PNLD23_C11_134Aa0145A_MP.indd 135 8/5/21 15:04


136 Capítulo 11 Povos africanos
no Brasil
As sociedades africanas
HABILIDADES DESENVOLVIDAS A África é um grande continente com muitos povos, que estão
NO TEMA “AS SOCIEDADES
AFRICANAS” distribuídos atualmente por mais de cinquenta países. Cada povo
tem sua língua, suas tradições e seu modo próprio de viver.
» (EF03HI01) Identificar os grupos
populacionais que formam a cida- Porém, há cerca de seiscentos anos não existiam, no continente
de, o município e a região, as rela- africano, países como os de hoje. Alguns povos estavam organizados
ções estabelecidas entre eles e os
eventos que marcam a formação em pequenas aldeias e viviam da caça, da coleta ou de suas
da cidade, como fenômenos mi- plantações; outros povos formavam impérios ou grandes reinos.
gratórios (vida rural/vida urbana),
desmatamentos, estabelecimento
de grandes empresas etc. África: Reinos e impérios — cerca de 1401 a 1600

Allmaps/ID/BR
» (EF03HI03) Identificar e compa- EUROPA 0º
rar pontos de vista em relação a M a r
M
eventos significativos do local em e
d i
t e r r â n e
o
que vive, aspectos relacionados a
condições sociais e à presença de
diferentes grupos sociais e cultu- EGITO
rais, com especial destaque para ÁSIA

M
as culturas africanas, indígenas e

ar
Ve
KAARTA
de migrantes. SONGHAY

rm
AIR
DARFUR

el
» (EF03HI04)
SEGU ESTADOS KANEM

ho
Identificar os pa- ESTADOS SORGU FUNJ
DA
trimônios históricos e culturais SENEGÂMBIA ESTADOS
HAUSA
ETIÓPIA
de sua cidade ou região e dis- ESTADOS
MOSSI NUPE BORNO
WADA

cutir as razões culturais, sociais ASANTE KWARARAFA ADAI


BENIN
e políticas para que assim se- DAHOME
OYO ESTADOS DO
DELTA DO NÍGER BUNYORO
jam considerados. IBO

Meridiano de Greenwich
ANKOLE BUGANDA
Equador 0º
» (EF03HI07) Identificar seme- KARAGWE
KUBA RUANDA
lhanças e diferenças existentes LUANGO
KONGO BURUNDI
entre comunidades de sua cida- LUBÃ
OCEANO
ÍNDICO
de ou região, e descrever o pa- OCEANO
LUNDA
pel dos diferentes grupos sociais ATLÂNTICO
MARAVI
que as formam.
MWENEMUTAPA

ROZW
Achebe é o tipo de escritor que
[…] consegue conjugar intencio- Trópico de Capricórnio

nalmente História e ficção. Ao nos


debruçarmos sobre as realidades
KHOISAN
africanas, estamos, de certo modo, 0 600 km

em busca de nós, pois a História do


Fonte de pesquisa: Leila Leite Hernandez. A África na sala de aula: visita à
Negro no Brasil completa-se com o história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005. p. 34.
conhecimento da experiência afri-
cana, e obriga-nos a voltar o olhar 1 Leiam os nomes dos reinos e dos impérios africanos nesse
para o outro lado do Atlântico, in- mapa. Depois, respondam: Vocês conhecem algum desses
terpretando suas diferentes lite-
nomes que aparecem no mapa? Qual? Respostas pessoais.
raturas. Um romance como Things
136 cento e trinta e seis

Orientações didáticas y No Sudão, depois de décadas de con-


AJ_CH3_PNLD23_C11_134a145_LA.indd 136 África é um continente constituído de 7/20/21 3:16 PM AJ_C

flitos internos entre os habitantes do múltiplas sociedades.


y Em 2017, segundo a Organização das
APOIO DIDÁTICO

Nações Unidas (ONU), o continente afri- Norte, islâmicos em sua maioria, e os y Faça uma leitura comentada do tema
cano possuía 54 países-membros inde- do Sul, que seguem religiões tradicio- “As sociedades africanas” e analise o
pendentes. Contudo, como em outros nais africanas, chegou-se a um acordo mapa da África, procurando relacionar
continentes, há territórios na África que que previa a realização de um referen- as informações apresentadas em am-
ainda não foram reconhecidos como do para que a população decidisse se o bos. Os conceitos de continente e país
países independentes. O Saara Ociden- país continuaria unido ou se separaria. serão estudados futuramente. Convém
tal é um exemplo disso. Era uma antiga Em fevereiro de 2011, parte da popu- explicar, entretanto, simplificadamen-
colônia espanhola e hoje é disputado, lação decidiu pela independência do te, a diferença entre eles (continente:
de um lado, pelo Marrocos, que ocu- Sudão do Sul. terras emersas da superfície terrestre
pou militarmente o território, e, de ou- onde se constituem os diversos países;
tro, pelo movimento de independência Roteiro de aula e país: território delimitado por frontei-
Frente Polisário. A ONU procurou levar y Pergunte aos estudantes por que o títu- ras e com governo próprio).
adiante as negociações entre ambos. lo do texto está no plural: “As socieda- y O contexto escolhido para trabalhar
Cerca de sessenta países reconhecem a des africanas”. O objetivo da pergunta com aspectos culturais (como respeito
independência do Saara Ocidental. é verificar se eles compreendem que a e valorização dos ancestrais e formação

AJ_CH3_PNLD23_C11_134Aa0145A_MP.indd 136 8/5/21 15:04


Povos africanos Capítulo 11 137
no Brasil
Alguns aspectos culturais
Cada povo africano tem características próprias, mas entre eles
encontramos algumas semelhanças culturais. Por exemplo, o valor fall apart [O mundo se despedaça]
confirma a compreensão de que
dado aos laços familiares e à fidelidade ao chefe da família.
através da história e da memória
Os reinos e os impérios que aparecem no mapa anterior têm sua resistimos. Consideramos que esta
origem nos acordos estabelecidos entre as grandes famílias. Sob o obra seja referencial para o entendi-
comando de um líder, elas formaram as primeiras aldeias. mento da realidade igbo, nigeriana
e africana.
O líder era responsável por todos os que viviam
Ibo: povo nativo Temas como História, oralidade,
na aldeia. Em troca, ele recebia parte do que era da África que tradição, a religiosidade, o papel da
produzido. O texto a seguir conta um pouco sobre hoje habita a
mulher, o embate cultural e a ima-
atual Nigéria.
a moradia e a família de Okonkwo, um líder Ibo. ginação da nação serão abordados
em sua diferença no decorrer da
análise; a mesma levará em consi-
A prosperidade de Okonkwo era visível em seu lar. [...] [Havia] várias deração a assimetria entre um con-
habitações rodeadas por um grosso muro de terra vermelha. Sua própria tinente e outro, entre um escritor e
casa, ou obi, erguia-se imediatamente atrás da única porta existente no muro seu público estrangeiro, visto que
vermelho. Cada uma de suas três esposas tinha uma morada própria e o seu Achebe escreve sobre uma nação
conjunto formava uma espécie de meia-lua por trás do obi. O celeiro fora outra, desconhecida, a ser reinven-
construído de encontro a uma das extremidades do tada, discutida e sempre interpreta-
muro vermelho, e altas pilhas de inhame erguiam- celeiro: construção
da – outrora, à luz do exotismo, hoje
onde se armazenam com o devido tratamento histórico.
-se dentro dele [...]. No extremo oposto [...], havia um
os produtos das Por outro lado, que os proble-
barracão [...] para os bodes, e cada esposa mandara colheitas.
mas concretos da Nigéria, durante
construir, junto à sua morada, um galinheiro. [...]
e após a experiência colonial, não
Chinua Achebe. O mundo se despedaça. São Paulo: Ática, 1983. p. 22 (Coleção
Autores Africanos). tenham sido afetados com a inten-
cionalidade artística, exemplificam
o lugar e a limitação da arte nas so-

Carlos Caminha/ID/BR
ciedades capitalistas.
NuNes, Alyxandra Gomes. “Things
fall apart” de Chinua Achebe como
romance de fundação da literatura
nigeriana em língua inglesa. 2005.
138 p. Dissertação (Mestrado em Teoria
e História Literária) – Universidade
Estadual de Campinas, Instituto de
Estudos da Linguagem, Campinas.
Disponível em: http://repositorio.
unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/
269860/1/Nunes_AlyxandraGomes_M.
pdf. Acesso em: 2 ago. 2021.

2 Em sua opinião, todos os povos africanos se organizavam


do mesmo modo que os Ibo? Explique.
Não, cada povo tinha sua própria cultura, apesar de haver semelhanças entre eles.
cento e trinta e sete 137

16 PM e manutenção dos laços familiares) foi a


AJ_CH3_PNLD23_C11_134a145_LA.indd 137 saber mais sobre a produção literária 7/20/21
y Ao
3:16 PM longo da leitura, incentive os es-
descrição de alguns costumes do povo de Achebe e a importância de sua obra, tudantes a comparar as moradias do
APOIO DIDÁTICO
Ibo, um dos maiores grupos étnicos do leia o texto reproduzido na página an- povo Ibo com as dos indígenas, estu-
continente africano, considerado so- terior e nesta do manual. Ele pode elu- dadas em capítulos anteriores, e com
brevivente e testemunha do processo cidar aspectos sobre a construção do suas próprias casas. Assim, eles podem
de invasão e colonização europeia. trecho do texto apresentado no Livro identificar semelhanças e diferenças
y Faça a leitura coletiva do texto de Chi- do Estudante. existentes entre as comunidades e o pa-
nua Achebe. Informe aos estudantes y Se julgar conveniente, comente que, em pel dos grupos sociais que as formam.
que se trata de um texto escrito por um algumas sociedades africanas, como a y Atividade 1: Oriente os estudantes a
autor nigeriano, de origem Ibo, e que, Ibo, era comum a poligamia, ou seja, era analisar o mapa com atenção. Chame a
portanto, conta aspectos da história permitido que um homem se casasse atenção deles para os oceanos e mares
desse povo africano como sujeito dessa com várias mulheres. Por isso, o texto que banham a África, bem como para
vivência, e não como observador. Para afirma que Okonkwo tinha três esposas. os continentes próximos.

AJ_CH3_PNLD23_C11_134Aa0145A_MP.indd 137 8/5/21 15:04


138 Capítulo 11 Povos africanos
no Brasil
Diversas religiões
HABILIDADES DESENVOLVIDAS As diferenças e as semelhanças culturais entre os povos
NA SEÇÃO REGISTROS africanos também podem ser notadas por meio da religiosidade.
» (EF03HI03) Identificar e com- Acreditar em vários deuses, e não em apenas um, e consultar
parar pontos de vista em relação os antepassados por meio de rituais são
a eventos significativos do local adivinho: pessoa que prevê
em que vive, aspectos relacio- exemplos de semelhanças entre esses povos. o futuro ou desvenda as
nados a condições sociais e à Já os rituais realizados por sacerdotes, coisas ocultas, de acordo
presença de diferentes grupos adivinhos e pessoas encarregadas de curar com as crenças de alguns
sociais e culturais, com especial povos e de algumas pessoas.
destaque para as culturas africa- doenças variam de povo para povo.
nas, indígenas e de migrantes. Antes da chegada dos europeus à África, a maior parte dos
» (EF03HI04) Identificar os patri- contatos culturais entre os povos africanos acontecia por meio
mônios históricos e culturais de
sua cidade ou região e discutir as
do comércio. Ao negociar diferentes produtos, esses povos se
razões culturais, sociais e políti- aproximavam e trocavam também ideias e hábitos.
cas para que assim sejam consi-
derados.
Registros
Atividade complementar
Máscaras africanas

Coleção particular, Paris. Fotografia: Werner


Forman Archive/Imageplus
• Se julgar conveniente, realize
com os estudantes uma ativida- As máscaras são expressões culturais de alguns
de de confecção de máscaras. povos africanos. Elas podem ser feitas de madeira,
Pode-se pedir auxílio ao profes- barro, marfim, metais e de outros materiais.
sor de Arte. Solicite aos estudan-
Geralmente, elas são usadas em cerimônias
tes os seguintes materiais: balão
religiosas para representar os poderes que cada
de festa, folhas de jornal, cola,
povo cultua, como deuses, animais, etc.
tesoura de pontas arredondadas,
pincéis, lápis e tintas de diversas As características das
cores (guache ou acrílica). Peça- máscaras, como o material de
Museu de Arte de Indianápolis, Indiana. Fotografia:
Opal_Art_Seekers_4/ID/BR

-lhes que recortem as folhas de que elas são feitas, o estilo, o tipo
jornal em tiras. Depois, solicite de pintura e as formas utilizadas,
que encham o balão até que fi- podem indicar a região onde
que um pouco maior que a ca- elas foram confeccionadas e
beça deles. Diga-lhes que esco- mostrar aspectos da cultura dos Máscara Kanaga,
lham um dos lados do balão para do povo Dogon, de
povos que as fizeram. cerca de 1940.
colar as tiras de jornal. Oriente-
-os a repetir esse procedimento
por quatro vezes, formando uma Máscara gueledé, do povo Iorubá, da
camada mais espessa. Assim Nigéria, feita de madeira por volta de 1930.
que a cola secar, peça-lhes que
usem a criatividade para decorar 1 Você já usou uma máscara? Em caso afirmativo, conte aos
a máscara com as tintas e outros colegas como foi a experiência. Se não usou, gostaria de
materiais. Ao final, oriente-os a usar? Qual máscara você usaria e em qual ocasião?
estourar o balão para retirar a Respostas pessoais.
máscara. Ajude-os a cortar as
sobras de jornal e peça-lhes que
138 cento e trinta e oito
marquem o lugar dos olhos e da
boca para que também sejam re-
cortados. A máscara está pron- AJ_CH3_PNLD23_C11_134a145_LA.indd 138 Orientação didática comunidades indígenas, como o povo 7/20/21 3:16 PM
ta! Organize uma exposição das
y Nessa seção, procura-se apresentar aos Matis, do estado do Amazonas, e o povo
APOIO DIDÁTICO

máscaras na sala de aula ou em


estudantes um dos aspectos culturais Krahô-Kanela, do Tocantins. No Japão,
murais da escola, para que todos de alguns povos africanos. Além de ex- há máscaras que são utilizadas em al-
possam socializar seus traba- plicar algumas características e funções guns espetáculos, tanto no teatro como
lhos. Pode-se também organizar das máscaras africanas, a seção tam- em eventos específicos. Vale lembrar
um desfile de máscaras. bém ressalta a importância de estudar
que, na Grécia Antiga, onde foi criado o
esses objetos como fontes históricas.
Nessa perspectiva, é possível orientar a teatro, os atores usavam máscaras para
atividade para a identificação das más- interpretar as personagens.
caras como patrimônio cultural, depen-
dendo da proximidade que esse tipo de Roteiro de aula
manifestação tem com a realidade da y Atividade 1: Promova a identificação da
comunidade dos estudantes. Se julgar influência de diferentes comunidades,
conveniente, comente que as másca- em especial das comunidades africanas,
ras também são comuns em algumas em manifestações culturais do cotidiano.

AJ_CH3_PNLD23_C11_134Aa0145A_MP.indd 138 8/5/21 15:04


Povos africanos Capítulo 11 139
no Brasil
Comércio
Os reinos e os impérios africanos, que aparecem no mapa do
Para casa
início do capítulo, praticavam o comércio.
Geralmente, eles faziam trocas y Atividade 4: Oriente os estu-
dantes a pedir a ajuda de adultos
de produtos: ofereciam o que tinham marfim: material que
ou responsáveis mais velhos em
forma as presas de alguns
em abundância e recebiam o que não animais, como o elefante. casa para que os auxiliem a iden-
produziam. Tecidos, marfim, sal, ouro, búzios Utilizado para fabricar joias, tificar os objetos retratados nas
estátuas, entre outros. imagens.
e objetos de metal eram alguns dos artigos búzio: concha pequena.
do rico e diversificado comércio africano.

Coleção particular. Fotografia: ID/BR


Thomas Baines. Representação de pessoas, no sul da África, carregando marfim para
comercializar, de cerca de 1870. Gravura.

3 Como era o comércio praticado pela maioria dos povos


africanos? A maioria dos povos africanos trocava produtos, oferecendo o que
produzia ou tinha em abundância e recebendo o que não produzia.
4 Quais destes produtos eram comercializados pelos
africanos cerca de quinhentos anos atrás? Contorne-os.
Os estudantes devem contornar: pepita de ouro, búzios e marfim.
Rafael Duarte/Fotoarena

Ti Santi/Shutterstock.com/ID/BR

Seashell World/Shutterstock.
com/ID/BR

Svetlana Foote/Shutterstock.
com/ID/BR

Pepita de ouro. Bicicleta. Búzios. Marfim.

cento e trinta e nove 139

y Leia com os estudantes o texto sobre


AJ_CH3_PNLD23_C11_134a145_LA.indd 139 para que os produtos de marfim se- 7/20/21 africanos. Se julgar conveniente, per-
3:16 PM

o comércio africano. Então, peça-lhes jam boicotados. gunte se esse tipo de relação, a de tro-
APOIO DIDÁTICO
que observem a gravura de Thomas cas, é comum ainda hoje na comunida-
Baines, sem ler a legenda, e descre-
y Ressalte qual era o tipo de relação
de onde vivem. Pode ser que em seus
comercial praticado entre os diferen-
vam o que veem. Depois, solicite que tes povos que viviam na África antes círculos sociais sejam comuns as trocas
leiam a legenda da gravura. Comen- de objetos e/ou serviços sem a inter-
da chegada dos europeus: a troca. Ao
te que o marfim é muito apreciado e mediação monetária, ainda que esta
trabalhar com o tema, você pode in-
utilizado na fabricação de joias, entre não seja a única modalidade de comér-
centivar os estudantes a identificar os
outros objetos. Informe também que cio (é comum que as trocas financeiras
grupos populacionais que formavam o e as trocas sem moeda coexistam).
o produto é geralmente extraído das
continente africano e as relações esta-
presas de elefantes e, por isso, seu
belecidas entre eles.
y Atividade 4: Auxilie os estudantes na
comércio causa danos à natureza e identificação dos produtos comercia-
coloca animais em risco de extinção. y Atividade 3: Aproveite a oportunidade lizados, solicitando, se necessário, que
Por esse motivo, em muitos países o para verificar se os estudantes com- identifiquem onde eles são menciona-
comércio de marfim é proibido e há preenderam as relações comerciais es- dos no texto dessa página do Livro do
diversas campanhas internacionais tabelecidas entre os diferentes povos Estudante.

AJ_CH3_PNLD23_C11_134Aa0145A_MP.indd 139 8/5/21 15:04


140 Capítulo 11 Povos africanos
no Brasil
O comércio de africanos escravizados
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Entre alguns povos africanos, havia o costume de escravizar
NO TEMA “O COMÉRCIO DE
AFRICANOS ESCRAVIZADOS” os prisioneiros de guerra por um período de tempo após o fim do
conflito. Há cerca de seiscentos anos, mercadores europeus também
» (EF03HI02) Selecionar, por meio
da consulta de fontes de diferen- passaram a comercializar esses prisioneiros como escravizados.
tes naturezas, e registrar aconte- Os mercadores portugueses

Museu Marítimo Nacional, Londres. Fotografia: ID/BR


cimentos ocorridos ao longo do
tempo na cidade ou região em traziam os cativos da África para o
que vive. Brasil e os vendiam aos donos de
» (EF03HI03) Identificar e compa- engenhos e de minas. Em cerca de
rar pontos de vista em relação a quatrocentos anos, estima-se que
eventos significativos do local em
que vive, aspectos relacionados a mais de 5 milhões de africanos
condições sociais e à presença de foram trazidos para o Brasil.
diferentes grupos sociais e cultu-
rais, com especial destaque para
as culturas africanas, indígenas e Francis Meynell. Navio Albatroz, 1845.
de migrantes. Aquarela sobre papel.

» (EF03HI12) Comparar as relações 1 Observe este mapa. Depois, copie as frases a seguir no caderno,
de trabalho e lazer do presente
com as de outros tempos e espa- substituindo os símbolos pelas palavras do quadro.
ços, analisando mudanças e per-
manências. Salvador Brasil Rio de Janeiro comércio Recife

Brasil e África: Comércio de africanos escravizados — 1501 a 1800

Allmaps/ID/BR

Is. Cabo ÁSIA
Verde
Bissau
Ajudá
AMÉRICA São Jorge
da Mina Lagos ÁFRICA
Equador São Tomé 0º

Belém São Luís Cabinda OCEANO

Meridiano de Greenwich
Recife Luanda ÍNDICO
Cassanje
OCEANO Salvador Benguela
PACÍFICO OCEANO
Moçambique
Trópico de Capricórnio Rio de Janeiro ATLÂNTICO

Legenda
Limite atual
do Brasil 0 1 235 km

Fonte de pesquisa: Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano.


São Paulo: Ática, 2006. p. 82.

a. O mapa trata do de africanos escravizados para o , nos anos de


1501 a 1800. comércio/Brasil
b. Os habitantes de Benguela foram levados para o e para o . Os
habitantes de São Tomé e São Jorge da Mina foram levados para .
Recife/Rio de Janeiro/Salvador
140 cento e quarenta

Orientação didática Roteiro de aula


AJ_CH3_PNLD23_C11_134a145_LA.indd 140
y Analise com os estudantes a pintu- 7/20/21 3:16 PM

ra de Francis Meynell. Com base nela,


y Na África, assim como em muitos ou- y Antes de iniciar o trabalho com o tema
APOIO DIDÁTICO

tros lugares desde a Antiguidade, já incentive-os a imaginar como eram as


“O comércio de africanos escraviza-
havia escravidão antes de os europeus condições de vida em um navio negrei-
dos”, pergunte aos estudantes o que
chegarem ao continente, mas ela ocor- ro. Além de reforçar a desumanidade e
acham que significa a palavra “escra-
ria em menor escala e não apresentava a violência da escravidão, o objetivo é
vizado”. Permita que exponham suas
o teor comercial que viria a ter. A escra- possibilitar aos estudantes que se colo-
ideias e registre-as na lousa. Com base quem na situação do outro, favorecen-
vização dos africanos no contexto do
nas respostas dadas, auxilie-os a elabo- do uma atitude empática.
mercantilismo mudou a lógica do tipo
rar o conceito.
de escravidão que já existia. Os africa- y É importante ressaltar que os africanos
nos escravizados foram transformados y Faça a leitura do texto. Comente com escravizados, ainda que muitas vezes
em mercadorias e passaram a ser en- os estudantes que a escravidão é um separados de seus grupos de origem,
viados como mão de obra para as co- fenômeno antigo, que existiu em dife- teciam novos laços familiares e de so-
lônias europeias. Com isso, o tráfico de rentes sociedades, como a grega e a lidariedade, construindo novas formas
escravos tornou-se um grande negócio romana, e que em cada época e lugar de viver e de se comunicar. Por vezes,
internacional, altamente rentável. teve características específicas. pessoas que falavam idiomas diferentes

AJ_CH3_PNLD23_C11_134Aa0145A_MP.indd 140 8/5/21 15:04


Povos africanos Capítulo 11 141
no Brasil
A escravização de africanos no Brasil
No Brasil, os africanos escravizados não tinham sua cultura e
sua diversidade respeitadas. Muitas famílias foram separadas, pois Para casa
as pessoas eram vendidas para compradores diferentes. y Atividade 2: No item b dessa
Nos engenhos e nas minas, o trabalho era intenso. A atividade, oriente os estudantes
a pesquisar em fontes impres-
alimentação e o lugar onde os escravizados viviam eram ruins. sas ou digitais, com o auxílio dos
Muitos sofriam castigos físicos. pais ou responsáveis, como o
trabalho de moagem de cana e
Nas cidades, os trabalhos eram um pouco diferentes. Além de venda nas ruas são realizados
de serviços domésticos, muitos escravizados saíam às ruas para atualmente.
vender produtos

Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro. Fotografia: ID/BR


e oferecer seus A
serviços, repassando A reconstituição de trajetórias
parte do pagamento coletivas de grupos de africanos
aos senhores. na diáspora baseia-se na asso-
ciação entre elementos do grupo
Apesar de todas transplantado e elementos seme-
as dificuldades, muitos lhantes remanescentes em uma re-
africanos escravizados gião ou localidade africana. Sejam
conseguiram construir eles língua, práticas religiosas, ou
novas famílias e fazer simplesmente etnônimos (nomes
novos amigos. pelos quais uma etnia se identifi-
ca), precisam ser traçados de lado
Benedito Calixto. a outro do Atlântico. […]
Acervo da Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro. Fotografia: ID/BR

Moagem da cana na
B Fazenda Caxeira em […]
Campinas, entre 1870 Os registros de nação encontra-
e 1920. Óleo sobre dos na documentação – nos assen-
tela. Escravizados
trabalhando na tos de batismo, casamento e óbito,
produção de açúcar. nas matrículas e nos relatos dos
memorialistas – representariam
tanto as categorias criadas pelos
senhores e comerciantes do tráfico,
preocupados com a classificação e
Jean-Baptiste Debret.
Negros vendedores de identificação dos escravos sob sua
aves, cerca de 1835. autoridade, quanto as identidades
Gravura aquarelada. adotadas pelos próprios africanos
ao se reagruparem e ressocializa-
2 Observe as imagens desta página e responda às questões. rem sob a escravidão. Os historia-
a. Que trabalho os africanos escravizados estão realizando dores trabalhando com os registros
em cada imagem? Na imagem A, os escravizados estão realizando a moagem da de nação africanos no Brasil e em
cana-de-açúcar. Na imagem B, os escravizados estão vendendo aves na rua. outras partes da diáspora africana
b. Esses trabalhos ainda são realizados nos dias de hoje?
Sim. têm apontado para o funcionamen-
to desse processo de ressignifica-
cento e quarenta e um 141
ção das identidades étnicas sob a
escravidão. […]
AJ_CH3_PNLD23_C11_134a145_LA.indd 141 criavam novas línguas, que combina- canas em solo americano e as possibi-7/20/21 3:16 PM MaMigoNiaN, Beatriz Gallotti. África no
vam o português com as línguas africa- lidades de reconhecimento das origens, Brasil: mapa de uma área em expansão.
APOIO DIDÁTICO

nas, e também estabeleciam trocas e leia o texto reproduzido nesta página Topoi, Rio de Janeiro, v. 5, n. 9, p. 33-53,
fusões de crenças religiosas, técnicas dez. 2004. Disponível em: http://ref.scielo.
do manual.
org/khv728. Acesso em: 2 ago. 2021.
e saberes. Essa observação permite ao
estudante perceber essas comunidades
y Atividade 1: Explore com os estudantes
os itens gráficos do mapa, como o título,
como sujeitos históricos, e não como
o significado das setas em vermelho e
meros observadores passivos.
os locais abordados, para que identifi-
y Dessa forma, é importante ressaltar que
quem as informações solicitadas.
as identidades das diferentes etnias afri-
canas devem ser valorizadas e, sempre y Atividade 2: A análise das imagens pos-
que possível, recuperadas, seja pela sibilita ao estudantes notar que é possí-
pesquisa acadêmica, seja pela valoriza- vel obter informações históricas a partir
ção das expressões delas no Brasil. So- de fontes de diferentes naturezas, no
bre o processo de apagamento étnico, caso, as obras de Benedito Calixto e de
a (re)construção das identidades afri- Jean-Baptiste Debret.

AJ_CH3_PNLD23_C11_134Aa0145A_MP.indd 141 8/5/21 15:04


142 Capítulo 11 Povos africanos
no Brasil
A resistência negra no Brasil
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Mulheres e homens africanos resistiram e lutaram contra a
NO TEMA “A RESISTÊNCIA
NEGRA NO BRASIL” escravidão de várias maneiras. Eles preservavam as danças, os
costumes, as comidas e as festas de seu povo.
» (EF03GE03) Reconhecer os dife-
rentes modos de vida de povos e Eles mantinham suas crenças, mas como eram proibidos de
comunidades tradicionais em dis- praticar sua religião, associavam os deuses nos quais acreditavam aos
tintos lugares.
santos da Igreja católica, que era a única religião permitida na colônia.
» (EF03HI01) Identificar os grupos
populacionais que formam a cida- Muitos africanos e seus descendentes escravizados no Brasil
de, o município e a região, as rela- fugiam dessa situação e formavam comunidades com organização
ções estabelecidas entre eles e os
eventos que marcam a formação
e costumes semelhantes aos encontrados na África.
da cidade, como fenômenos mi- Essas comunidades eram chamadas de quilombos. Nelas, os
gratórios (vida rural/vida urbana),
africanos e seu descendentes se tornavam livres.
desmatamentos, estabelecimento
de grandes empresas etc. Oficialmente, a escravidão acabou no Brasil em 1888, mas até
» (EF03HI03) Identificar e compa- hoje os negros lutam pela igualdade e contra o preconceito.
rar pontos de vista em relação a
eventos significativos do local em

Biblioteca Brasiliana José e Guita Mindlin, São Paulo. Fotografia: ID/BR


que vive, aspectos relacionados a
condições sociais e à presença de
diferentes grupos sociais e cultu-
rais, com especial destaque para
as culturas africanas, indígenas e
de migrantes.

COMPONENTES ESSENCIAIS
PARA A ALFABETIZAÇÃO
» Desenvolvimento de vocabulário.

Para complementar

InstItuto nacIonal de colonIzação e


RefoRma agRáRIa (INCRA). Memó-
ria quilombola. Disponível em:
https://www.gov.br/incra/pt-br/
assuntos/governanca-fundiaria/
Carlos Julião. Negras vendedoras, cerca de 1776. Aquarela. Veja como as mulheres
memoria-quilombola. Acesso em:
carregam as crianças. Mesmo longe da terra deles, os africanos procuravam manter
16 jul. 2021.
seus costumes.
O site apresenta a Coleção
Terras de Quilombos, um conjun-
to de relatos e textos de comu-
1 Quais foram as maneiras encontradas pelos africanos
nidades quilombolas brasileiras, escravizados para resistir à escravidão? Com a orientação
que narram suas particularida- do professor, você e os colegas devem organizar uma lista
des e seus modos de vida.
na lousa. Resposta pessoal.

142 cento e quarenta e dois

Orientações didáticas
AJ_CH3_PNLD23_C11_134a145_LA.indd 142 dade da resistência cultural e da luta de 7/20/21 3:16 PM AJ_C

grupos e movimentos que defendem os


y Verifique se os estudantes compreende-
APOIO DIDÁTICO

ram o significado de resistência. Explique- direitos da população afrodescendente.


-lhes que os movimentos de resistência
Roteiro de aula
são formas de oposição a uma situação
de opressão. Solicite que identifiquem no y Leia com os estudantes o texto a res-
texto exemplos de ações de resistência, peito das comunidades quilombolas e
cuidando para que não restem dúvidas incentive a reflexão acerca do papel que
sobre o assunto. os quilombos tiveram para os escravos
em fuga e o que eles podem significar
y Explique, no nível de compreensão dos
para nós atualmente, mostrando que
estudantes, que o fim da escravidão,
em 1888, não resolveu o problema da são lugares de memória.
integração dos negros à sociedade bra- y Atividade 1: As formas de resistência
sileira nem garantiu seus direitos de ci- dos africanos escravizados também es-
dadania. Até hoje se mantém a necessi- tavam relacionadas à preservação de

AJ_CH3_PNLD23_C11_134Aa0145A_MP.indd 142 8/5/21 15:04


Povos africanos Capítulo 11 143
no Brasil
As comunidades quilombolas
Ao chegarem ao Brasil, os africanos escravizados de um
Para casa
mesmo povo, aldeia e até de uma mesma família geralmente eram
separados uns dos outros para evitar que organizassem revoltas. y Atividade 2: Oriente os estu-
dantes em relação aos tipos de
As fugas de escravizados eram uma das formas mais comuns de informação que eles podem pes-
resistência. Sozinhos ou em grupos, homens e mulheres escapavam quisar para enriquecer o debate
das fazendas e se escondiam nas matas ou em locais de difícil com a turma. Eles podem pes-
quisar informações sobre a pai-
acesso. Muitas vezes, eles organizavam quilombos, cujos habitantes sagem do quilombo, os costu-
eram chamados de quilombolas. Durante os muitos anos de mes, a localização, entre outros.
escravidão, existiram quilombos em praticamente todo o Brasil.
Até hoje existem remanescentes dos quilombos no Brasil. São
denominadas comunidades quilombolas os grupos de descendentes
de africanos escravizados que vivem em áreas de antigos quilombos.
Nelas, os moradores mantêm também as tradições culturais e
religiosas de seus antepassados. As populações quilombolas têm
patrimônios culturais valiosos, como o conhecimento de plantas
medicinais, técnicas de agricultura familiar e a culinária.
A maioria das comunidades quilombolas está localizada no
campo. Seus moradores vivem da agricultura e da criação de
animais e é muito comum que complementem sua renda com a
venda de artesanato e outros produtos feitos de matérias-primas
produzidas pela comunidade.
Cadu De Castro/Pulsar
Imagens

remanescente: o
que resta, restante.

A dança é um dos símbolos de


identidade e de resistência cultural
em várias comunidades
quilombolas. Grupo de dança da
comunidade quilombola de
Mangabeira, em Mocajuba, Pará.
Foto de 2020.

2 Pesquise se no município ou no estado onde você mora


existe alguma comunidade quilombola. Se houver, anote no
caderno o nome da comunidade e alguma informação sobre o
modo de vida das pessoas que fazem parte dela. Depois, leia
para os colegas o que você anotou. Resposta pessoal.

cento e quarenta e três 143

16 PM suas origens e seus costumes. Podem


AJ_CH3_PNLD23_C11_134a145_LA.indd 143 7/20/21 3:16 PM

ser citadas: as fugas, a formação de co-


APOIO DIDÁTICO

munidades quilombolas, a manutenção/


adaptação de suas expressões religio-
sas (mesmo sendo proibidas, em muitos
casos), o desenvolvimento da capoeira,
o uso de roupas típicas, entre outras for-
mas de resistência.
y Atividade 2: Incentive os estudantes a
produzir textos sucintos sobre suas pes-
quisas, para que eles leiam para os cole-
gas durante a aula.

AJ_CH3_PNLD23_C11_134Aa0145A_MP.indd 143 8/5/21 15:04


144 Capítulo 11 Povos africanos
no Brasil
re
Aprender semp
HABILIDADES AVALIADAS NA
SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF03GE03) Reconhecer os di- 1 Sobre o comércio no continente africano, responda às questões.
ferentes modos de vida de povos
e comunidades tradicionais em
a. Quais eram as principais mercadorias comercializadas pelos
distintos lugares. povos africanos?
» (EF03HI01) Identificar os grupos Marfim, sal, ouro, tecidos, búzios e objetos de metal.
populacionais que formam a cida-
de, o município e a região, as rela-
ções estabelecidas entre eles e os b. Quem eram os principais compradores de cativos da África
eventos que marcam a formação que chegavam ao Brasil?
da cidade, como fenômenos mi-
gratórios (vida rural/vida urbana), Os donos de engenho e de minas.
desmatamentos, estabelecimento
de grandes empresas etc.
2 Em alguns países africanos, a língua oficial é o português.
» (EF03HI02) Selecionar, por meio Observe o mapa.
da consulta de fontes de diferen-
tes naturezas, e registrar aconte- África: Países onde se fala português — 2016
cimentos ocorridos ao longo do 0°

Allmaps/ID/BR
tempo na cidade ou região em E U R O PA
que vive.
» (EF03HI07) Identificar semelhan- Mar Mediterrâneo

ças e diferenças existentes entre


comunidades de sua cidade ou ÁSIA

Ma
região, e descrever o papel dos

rV
CABO

e
diferentes grupos sociais que as

rm
VERDE

elh
formam.

o
AAL9373
GUINÉ
BISSAU reaproveitamento
REENQUADRAR
COMPONENTES ESSENCIAIS
PARA A ALFABETIZAÇÃO Equador 0°
SÃO TOMÉ
» Compreensão de textos. OCEANO
E PRÍNCIPE OCEANO
ÍNDICO

Meridiano de Greenwich
» Produção de escrita. Fonte de pesquisa:
ATLÂNTICO
ANGOLA
Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP). MOÇAMBIQUE
Disponível em: http://
www.acp.int/sites/acpsec.
waw.be/files/CPLP_e_ Legenda
Coopera%C3%A7%C3%A3o%20 Países de língua
Sul%20Sul%20e%20Triangular. portuguesa
0 890 km

pdf. Acesso em: 17 jul. 2021.

a. Em quais desses países era realizado o comércio de


escravizados no passado? Em todos os países.
b. Como a língua portuguesa chegou a esses países? Levante
hipóteses e converse com os colegas e o professor.
Levantamento de hipóteses.
144 cento e quarenta e quatro

Roteiro de aula
AJ_CH3_PNLD23_C11_134a145_LA.indd 144 oficial, há comunidades falantes des- 7/20/21 3:16 PM AJ_C

sa língua em vários países onde houve


y Atividade 1: Se necessário, releia com
APOIO DIDÁTICO

os estudantes o tópico “Comércio”, do imigração de cidadãos portugueses e


tema “As sociedades africanas”. brasileiros, como os Estados Unidos, o
Canadá e a França. Há também falantes
y Atividade 2: No item b, os estudantes
de português na Índia, onde havia ter-
devem perceber que se trata da influên-
cia portuguesa herdada desde a época ritórios portugueses até 1961 (Goa, Da-
da colonização e do tráfico de africanos mão e Diu), na Indonésia (Malaca) e na
escravizados. Comente que, atualmente, China (Macau, que esteve sob o domínio
o português é a língua oficial em Portu- português até 1999, quando foi incorpo-
gal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo rado à China).
Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Prín- y Atividade 3: Por meio da consulta de
cipe e Timor-Leste – este último perten- fontes de diferentes naturezas (nesse
cente ao continente asiático. Se houver caso, um documento de 1849), os es-
possibilidade, é interessante mostrar tudantes podem identificar e registrar
esses países em um mapa-múndi. Além acontecimentos ocorridos ao longo do
dos países em que o português é língua tempo no Brasil.

AJ_CH3_PNLD23_C11_134Aa0145A_MP.indd 144 8/5/21 15:04


Povos africanos Capítulo 11 145
no Brasil
3 Leia, a seguir, o trecho de uma notícia de jornal de 1849.

No dia 19 do corrente [mês] um grupo de escravos armados invadiu a Saber


Ser
Consciência social
igreja da povoação do Queimado na ocasião em que se celebrava [...] Missa, e y Atividade 4: Refletir sobre a
em gritos proclamavam sua liberdade[...]. diversidade cultural é uma ma-
neira de fazer os estudantes
Reprodução de notícia publicada no jornal Correio da Victoria, 21 mar. 1849.
Disponível em: https://www2.olimpiadadehistoria.com.br/5-olimpiada/fases/ identificarem as semelhanças
questao/27/93. Acesso em: 17 jul. 2021. e as diferenças existentes entre
as comunidades de sua cidade,
reconhecendo o papel dos di-
ferentes grupos sociais que as
• Esse texto pode ser considerado um documento histórico? formam.
Por quê?
Sim, pois traz informações sobre a resistência africana à escravidão no Brasil. Pela

notícia, é possível conhecer um momento dessa resistência.

4 Observem a foto e completem a frase a Saber


seguir. Depois, leiam a frase para os colegas. Ser
Luciana Whitaker/Pulsar Imagens

O jongo é uma dança


afro-brasileira que
influenciou o samba.
Na foto, apresentação de
grupo de jongo em Campos
dos Goytacazes, Rio de
Janeiro. Foto de 2019.

• A diversidade cultural, de gosto, de Para explorar


opinião, de jeito de ser é importante
Jongo, de Sonia Rosa.
porque... Ilustrações de Rosinha
Resposta pessoal. Campos. Editora Pallas
(Coleção Lembranças
Africanas).
Uma das expressões de
resistência da cultura
afro-brasileira é o
jongo. Esse livro conta
a história desse ritmo
que contribuiu para o
surgimento do samba.

cento e quarenta e cinco 145

16 PM
y Atividade 4: Peça aos estudantes que
AJ_CH3_PNLD23_C11_134a145_LA.indd 145 7/20/21 3:16 PM

leiam a frase que completaram e registre


APOIO DIDÁTICO

algumas delas na lousa. Depois, trabalhe


com exemplos relacionados à vida deles,
perguntando: “Como seria se todos os
seus amigos gostassem das mesmas coi-
sas, tivessem as mesmas opiniões e co-
messem as mesmas comidas?”. Por fim,
questione se algum estudante mudaria
a própria frase e por quê. Se possível,
explore com os estudante o livro suge-
rido no boxe Para explorar, que apre-
senta as origens históricas do jongo.

AJ_CH3_PNLD23_C11_134Aa0145A_MP.indd 145 8/5/21 15:04


145A Conclusão do capítulo 11

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 11
Sugestões para a avaliação formativa
1. Este capítulo propôs aos estudantes uma reflexão sobre os povos africanos, bem como sobre o tráfico de africa-
nos escravizados para o Brasil e sobre como esse processo influenciou a formação cultural do Brasil.
2. A seção Aprender sempre recupera e aprofunda os conteúdos trabalhados ao longo do capítulo, possibilitando
observar a consolidação dos conhecimentos por parte dos estudantes e a verificação de eventuais defasagens.
Essa análise facilita a elaboração de estratégias de remediação, de acordo com as características de cada es-
tudante e de cada turma. A seguir, foram disponibilizadas algumas sugestões para a realização desse trabalho.
3. Nas atividades 1 e 2, explore com os estudantes as especificidades dos povos africanos, os artigos que eles
comercializavam, as línguas que falavam, seus costumes e demais aspectos culturais. Reflita com eles que a
dominação portuguesa deixou marcas em todas as regiões onde ocorreu, como podemos perceber nos povos
que falam o português fora de Portugal. A questão da língua pode nos oferecer informações a respeito da colo-
nização de diversas outras regiões do planeta. Essas atividades promovem o desenvolvimento das habilidades
EF03HI01 e EF03HI02.
4. O foco da atividade 3 é a análise de um documento histórico, ou fonte histórica, o que dá subsídios para o
desenvolvimento da habilidade EF03HI02. Essa análise é uma ferramenta muito importante para o trabalho do
historiador, pois todas as informações disponíveis podem conter vestígios do passado que nos contam algo sobre
aquele momento no tempo, sobre como as pessoas viviam ou, como é o caso, sobre a resistência que havia por
parte das populações africanas escravizadas.
5. Não é incomum percebermos reflexos das culturas africanas que foram trazidas para o Brasil. Partindo do
exemplo da dança, explore com os estudantes, na atividade 4, as diversas formas de percebermos a presença
das culturas de outros povos em nossa própria cultura. Essa atividade visa ao desenvolvimento das habilidades
EF03HI01, EF03HI07 e EF03GE03. O respeito pelo outro aqui deve ser marcado também como o respeito a si
mesmo, pois todos temos nossas crenças, gostos e costumes e merecemos ser tratados de forma digna.

Atividades de remediação
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no desenvolvimento das habilidades EF03HI01 e EF03HI02, su-
gira aos estudantes que pesquisem a respeito dos povos africanos da atualidade que falam a língua portuguesa.
A turma pode ser dividida em grupos para esse trabalho.
• Atividade 2: Outra possibilidade para trabalhar a habilidade EF03HI07 é conhecer os quilombos da região em que
os estudantes vivem, realizando pesquisas sobre eles e, posteriormente, confeccionando pequenos panfletos com
as informações coletadas. Peça aos estudantes que adicionem imagens e comentários a respeito das diferenças
e das semelhanças que encontrarem entre as comunidades quilombolas pesquisadas.

AJ_CH3_PNLD23_C11_134Aa0145A_MP.indd 145 8/5/21 15:04


Comunidades ribeirinhas e caiçaras Capítulo 12 146A

COMUNIDADES RIBEIRINHAS
CAPÍTULO 12
E CAIÇARAS
Objetivos pedagógicos
1. Promover a compreensão dos estudantes a respeito dos 4. Identificar as principais atividades culturais desses
povos ribeirinhos e caiçaras que vivem no Brasil. povos.
2. Possibilitar a compreensão da diversidade cultural do Brasil. 5. Compreender os processos de formação de percepções
3. Identificar as principais características dos povos ribeiri- de mundo e de expressões culturais.
nhos e caiçaras.

Ideias e conceitos-chave do capítulo


Neste capítulo, assim como nos anteriores, os estudantes trabalha as questões fluviais, como as cheias e as secas, e as
serão apresentados às características de populações que fazem atividades agrícolas que podem ser desenvolvidas graças à
parte da sociedade brasileira: os ribeirinhos e os caiçaras. água doce proveniente desses rios e o modo especial como
essa população lida com essas práticas.
Para tratar dessas comunidades, o extrativismo é apresen-
tado aos estudantes como meio de subsistência delas e de ou- Quanto aos caiçaras, o capítulo aborda as mesmas ques-
tros grupos sociais. Aborda-se também a forma como as técni- tões, mas dessa vez relacionadas ao mar, ao mostrar como
cas e as tecnologias de subsistência utilizadas por esses povos eles se relacionam com o meio onde vivem, quais conheci-
podem contribuir para a preservação de recursos naturais. mentos herdamos deles no uso dos recursos naturais encon-
Às margens do rio vivem os ribeirinhos e, no litoral, os trados no litoral, etc.
caiçaras. Na abordagem sobre os ribeirinhos, este capítulo

Competências e habilidades da BNCC desenvolvidas no capítulo


Competências gerais da Educação Básica 1, 6, 7, 9 e 10

Competências específicas de Ciências Humanas para o


1, 2, 3, 4, 6 e 7
Ensino Fundamental

Competências específicas de Geografia para o Ensino


2, 3, 4, 5, 6 e 7
Fundamental

Competências específicas de História para o Ensino


1, 2, 3, 6 e 7
Fundamental

Habilidades de Geografia EF03GE02, EF03GE03 e EF03GE05

Habilidades de História EF03HI03, EF03HI05, EF03HI08 e EF03HI12

AJ_CH3_PNLD23_C12_146Aa0157A_MP.indd 146 8/5/21 20:34


146 Capítulo 12 Comunidades
ribeirinhas

Ilustração: Leandro Marcondes/ID/BR; fotografia: Zig Koch/Natureza Brasileira


e caiçaras

HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA ABERTURA DO CAPÍTULO
» (EF03GE02) Identificar, em seus
lugares de vivência, marcas de
contribuição cultural e econô-
mica de grupos de diferentes
origens.
» (EF03GE03) Reconhecer os di-
ferentes modos de vida de povos
e comunidades tradicionais em
distintos lugares.

146

Orientação didática veram para a construção do Brasil e de


AJ_CH3_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 146
y Atividades 2 e 3: Antes de os estu- 7/20/21 3:40 PM AJ_C

nossa cultura e como os conhecimen- dantes que já estiveram em uma vila


y Neste capítulo, são apresentados os
APOIO DIDÁTICO

modos de vida das comunidades ex- tos herdados deles nos ensinam a nos caiçara contarem aos colegas suas ex-
trativistas e dos povos ribeirinhos e relacionar de uma forma melhor com a periências, peça à turma que realize a
caiçaras. Trata-se de populações rurais natureza e com o outro. atividade 3. Com base nas respostas
que têm em comum o fato de utilizar y Explique aos estudantes que, nes- a essa atividade, peça a eles que con-
os recursos naturais em diversas ativi- ta aula, vão estudar um novo grupo, versem a respeito de suas experiên-
dades, como a agricultura, a pesca e o o dos caiçaras, que é tão importante cias nas vilas.
artesanato. São apresentados também para o país quanto os povos estuda- y Atividade 4: Oriente os estudantes a
os principais problemas que afetam es- dos anteriormente. pensar da mesma forma como fizeram
sas populações na atualidade. y Atividade 1: Organize uma roda de com as populações indígenas e africa-
conversa para que os estudantes falem nas a respeito da importância dessas
Roteiro de aula de suas experiências com a pesca e da culturas para o nosso povo.
y Comece a aula relembrando o papel relação que eles têm com rios, lagos e
que os povos indígenas e africanos ti- o oceano.

AJ_CH3_PNLD23_C12_146Aa0157A_MP.indd 146 8/5/21 20:34


Comunidades Capítulo 12 147
ribeirinhas
e caiçaras

UL
APÍT O
Comunidades Consciência social

1122
Saber
Ser

C
ribeirinhas e y Atividade 4: Pontue para a
turma o respeito que devemos

caiçaras
ter para com o outro e com
seus costumes e como cada
povo nos ensina a ter uma re-
lação melhor com a terra em
que vivemos e com a socieda-
Você já conheceu um pouco o de como um todo.
modo de vida dos povos indígenas
e das comunidades quilombolas.
Agora, você vai conhecer outras
populações tradicionais que vivem
distantes das grandes cidades:
as comunidades extrativistas, os
povos ribeirinhos e os caiçaras.

Para começo de conversa


1 Quais são as atividades que
as personagens da ilustração
estão realizando na imagem?
Você já fez algo parecido?
Elas estão pescando. Resposta pessoal.
2 Você já foi a alguma vila de
caiçaras? Se sim, conte aos
colegas de turma como foi.
Resposta pessoal.
3 Como você imagina que
é o cotidiano das pessoas
da comunidade caiçara? É
parecido ou não com o seu
dia a dia? Em que é diferente?
Resposta pessoal.
4 Em sua opinião, qual é a
importância da
preservação do modo Saber
Ser
de vida dos caiçaras?
Resposta pessoal.

Ilustração sobre foto de comunidade caiçara no


município de Guaraqueçaba, Paraná. Foto de 2019.

cento e quarenta e sete 147

40 PM AJ_CH3_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 147 7/21/21 8:16 AM

APOIO DIDÁTICO

AJ_CH3_PNLD23_C12_146Aa0157A_MP.indd 147 8/5/21 20:34


148 Capítulo 12 Comunidades
ribeirinhas
e caiçaras As comunidades extrativistas
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Você viu que o extrativismo é uma das atividades praticadas no
NO TEMA “AS COMUNIDADES
EXTRATIVISTAS” campo. As comunidades extrativistas moram nas florestas ou no
litoral e aprenderam a conhecer a natureza e a extrair dela aquilo de
» (EF03GE02) Identificar, em seus
lugares de vivência, marcas de que necessitam, sem interferir muito no ambiente.
contribuição cultural e econômica Esses grupos de pessoas em geral praticam o extrativismo
de grupos de diferentes origens.
usando técnicas e conhecimentos que são transmitidos de geração
» (EF03GE03) Reconhecer os dife- em geração. Eles também praticam a agricultura familiar e criam
rentes modos de vida de povos e
comunidades tradicionais em dis- animais para o próprio consumo.
tintos lugares.

Cadu De Castro/Pulsar Imagens

Cadu De Castro/Pulsar Imagens


» (EF03GE05) Identificar alimen-
tos, minerais e outros produtos
cultivados e extraídos da nature-
za, comparando as atividades de
trabalho em diferentes lugares.
» (EF03HI03) Identificar e compa-
rar pontos de vista em relação a
eventos significativos do local em
que vive, aspectos relacionados a
condições sociais e à presença de
diferentes grupos sociais e cultu-
rais, com especial destaque para
as culturas africanas, indígenas e
de migrantes.
» (EF03HI05) Identificar os marcos A coleta de frutos e raízes é uma das formas mais antigas de extrativismo e ainda hoje
históricos do lugar em que vive e é uma atividade praticada por muitas pessoas. Coleta de açaí em Mocajuba, Pará. Foto
compreender seus significados. de 2020.

Palê Zuppani/Pulsar Imagens


Para complementar

Memorial Chico Mendes. Dispo­


nível em: http://memorialchico
mendes.org/. Acesso em: 23 jun.
2021.
Esse site contém uma grande
variedade de material informati-
vo sobre as ideias e o legado de
Chico Mendes.

Coleta de berbigão (vôngole), em Florianópolis, Santa Catarina. Foto de 2014.

148 cento e quarenta e oito

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 148 e pergunte-lhes: “Elas prejudicam o am- 7/20/21 3:40 PM AJ_C

biente ou vivem em harmonia com ele?”.


yO tema das comunidades extrativistas
APOIO DIDÁTICO

conduz à trajetória do líder sindical e y Ao explorar o texto com a turma, você


ambientalista Chico Mendes. Se julgar pode falar da importância da transmis-
oportuno, conte aos estudantes quem são oral do conhecimento e da valoriza-
foi Chico Mendes e fale um pouco da ção dos mais velhos nessas comunida-
importância de sua luta em favor das des, visto serem eles os detentores da
comunidades extrativistas no Acre e no tradição e do conhecimento.
restante do Brasil e em defesa da flores- y Sobre o tema das reservas extrativis-
ta. Para mais informações sobre Chico tas, proponha aos estudantes questões
Mendes, acesse o site do Memorial Chi- como: “O que é uma reserva?”; “O que é
co Mendes, indicado no boxe Para com- uso sustentável?”; “As pessoas que mo-
plementar desta página do manual. ram em uma reserva extrativista podem
realizar qualquer atividade?”; “Como
Roteiro de aula elas devem agir em relação à natureza?”.
y Converse com os estudantes sobre os im- y Você pode conversar com os estudantes
pactos ambientais dessas comunidades sobre o açaí. Se no lugar em que vivem

AJ_CH3_PNLD23_C12_146Aa0157A_MP.indd 148 8/5/21 20:34


Comunidades Capítulo 12 149
ribeirinhas
Reservas extrativistas e caiçaras
Reserva extrativista é uma área protegida por lei e destinada
às populações tradicionais extrativistas. O objetivo desse tipo de Para casa
reserva é proteger os meios de vida e a cultura dessas populações e y Atividade 1: Oriente os estu-
garantir o uso sustentável dos recursos naturais dessa área. dantes a buscar a ajuda de adul-
tos de sua convivência para reali-
Ou seja, os recursos da reserva zar a pesquisa. É possível levantar
uso sustentável: exploração
podem ser explorados de forma que os dos recursos da natureza, informações, especialmente na
ambientes sejam preservados, para que sem prejudicar o ambiente, internet (busca por palavras-cha-
de modo que esses recursos ve como “extrativismo”, “comu-
as gerações futuras também possam continuem existindo. nidades extrativistas”, “reservas
aproveitar esses recursos. extrativistas”, “Chico Mendes”,
“povos da floresta”, etc.) e tam-
Quem mora em uma reserva extrativista segue regras rígidas: não bém em livros, revistas e jornais.
é permitido poluir, devastar a mata, destruir o abrigo dos animais nem
explorar os locais provocando o fim de qualquer forma de vida.
Apesar de serem áreas protegidas por lei, muitas reservas
extrativistas são invadidas para exploração ilegal de madeira e para
a caça e a pesca ilegais.
Ricardo Oliveira/Tyba

Andre Dib/Pulsar Imagens

Coleta de açaí na Reserva Extrativista do A pesca é a principal atividade praticada


Médio Juruá no município de Carauari, pelos moradores da Reserva Extrativista
Amazonas. Foto de 2019. de Cururupu, no município de Cururupu,
Maranhão. Foto de 2019.

1 Em grupos, pesquisem se no município onde vocês moram


há pessoas que vivem de maneira parecida com a das
comunidades extrativistas. Se houver, escrevam sobre elas: onde
moram, como vivem, como são suas moradias, se coletam algum
produto, qual produto, etc. O professor vai marcar um dia para a
apresentação das informações pesquisadas pelos grupos.
Resposta pessoal.
cento e quarenta e nove 149

40 PM for comum o consumo desse fruto, con-


AJ_CH3_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 149 7/20/21 3:40 PM

verse sobre ele. Nos estados da Ama-


APOIO DIDÁTICO

zônia, o açaí geralmente faz parte das


refeições do dia a dia, combinado com
farinha de mandioca e acompanhado
de peixe ou de carne. Em outros locais
do Brasil, o fruto geralmente é consumi-
do em forma de polpa congelada, que
depois é misturada, por exemplo, com
granola, banana ou outras frutas.
y Atividade 1: Se no município onde se
situa a escola não houver comunidades
extrativistas, você pode orientar os es-
tudantes a fazer uma pesquisa sobre
comunidades desse tipo localizadas em
outras partes do estado ou do Brasil.

AJ_CH3_PNLD23_C12_146Aa0157A_MP.indd 149 8/5/21 20:34


150 Capítulo 12 Comunidades
ribeirinhas
e caiçaras Os povos ribeirinhos
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Os ribeirinhos são populações que vivem às margens dos rios e
NO TEMA “OS POVOS
RIBEIRINHOS” que têm um modo de vida muito relacionado com os rios, a floresta
e a terra.
» (EF03GE02) Identificar, em seus
lugares de vivência, marcas de A época das cheias e da seca dos rios determina o ritmo das
contribuição cultural e econômica atividades das populações ribeirinhas. Todas as atividades agrícolas
de grupos de diferentes origens.
e de criação de animais, o lazer, a relação com a cidade e o
» (EF03GE03) Reconhecer os dife- funcionamento das escolas estão ligados aos rios.
rentes modos de vida de povos e
comunidades tradicionais em dis- Muitos ribeirinhos moram em palafitas. Essas construções são
tintos lugares.
suspensas por estacas de madeira alguns metros acima do nível do
» (EF03GE05) Identificar alimen- rio para evitar que sejam invadidas pelas águas durante as cheias.
tos, minerais e outros produtos
cultivados e extraídos da nature- Na época das cheias, por exemplo, quando chove muito e o
za, comparando as atividades de volume das águas dos rios sobe, essas comunidades podem ficar
trabalho em diferentes lugares.
alagadas e as aulas são interrompidas. As crianças voltam a estudar
Atividade complementar quando as águas começam a baixar.
y Verifique se existem comunida-

Stefan Kolumban/Pulsar Imagens

Rita Barreto/Fotoarena
des ribeirinhas próximo à região
A B
onde está localizada a escola. Se
possível, agende uma entrevista
para que uma ou mais pessoas
da comunidade contem aos es-
tudantes sobre a vida, a alimen-
tação e a moradia delas, como as
crianças brincam, etc.

Em A, palafitas no rio Amazonas, em Parintins, Amazonas. Em B, palafita no rio Negro,


em Novo Airão, no mesmo estado. Fotos de 2020 e 2019.

1 Qual foto mostra o rio durante a época das cheias? Por que
você chegou a essa conclusão?
A foto B. Espera-se que os estudantes cheguem a essa conclusão pelo fato de, na foto B, quase

não ser possível ver as palafitas, que estão submersas. E o rio está bem próximo da porta

da casa, indicando que ele está acima de seu nível normal.

150 cento e cinquenta

Orientações didáticas Roteiro de aula


AJ_CH3_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 150
y Assegure que os estudantes compreen- 7/20/21 3:40 PM

dam a importância do conhecimento


y Ao trabalhar o tema dos ribeirinhos, y Leia com os estudantes o primeiro pa-
APOIO DIDÁTICO

verifique se os estudantes compreen- sobre a natureza para as comunidades


rágrafo e compare os meios de trans-
dem o que são épocas de cheia e quais ribeirinhas. Destaque o fato de que,
porte dos ribeirinhos com os que eles
são as causas e as consequências des- para frequentar a escola, as crianças
utilizam.
se fenômeno. É possível ilustrar essa ribeirinhas precisam aprender aspectos
informação falando das mudanças na y Convide a turma a observar a imagem específicos de sua localidade.
dos barcos escolares no rio Madeira e
vida das pessoas e na organização do
a ler a legenda. Em seguida, converse
y Atividade 1: Faça com os estudantes a
espaço. análise das imagens e verifique o que
com os estudantes sobre as dificulda- eles sabem sobre as palafitas. Expli-
y Ao tratar da vida escolar das crianças
des e os perigos do transporte fluvial,
ribeirinhas, além de comentar sobre a que que a palavra “palafita” designa
diferença entre os calendários, conver- mencionando que os meios de trans- tanto o tipo de moradia como as es-
se com os estudantes sobre o que ima- porte terrestre também apresentam tacas sobre as quais ela é construída.
ginam que elas estudam e lembre-os de riscos. Essa comparação é importante Confirme se eles entendem por que as
que o acesso à educação é um direito para não estimular visões negativas so- casas dos ribeirinhos são construídas
de todos. bre a vida em comunidades ribeirinhas. dessa maneira.

AJ_CH3_PNLD23_C12_146Aa0157A_MP.indd 150 8/5/21 20:34


Comunidades Capítulo 12 151
ribeirinhas
Os barcos são o principal meio de transporte dos povos e caiçaras
ribeirinhos. Tudo chega pelos rios: alimentos, roupas e outros
produtos necessários para a comunidade, como medicamentos. É Para casa
também por meio de barcos que as pessoas se locomovem e as
y Atividade 2: Oriente os estu-
crianças vão à escola. Esse transporte depende das condições do dantes a realizar a pesquisa em
tempo e do rio. casa, com a ajuda de um adulto.
Depois, na sala de aula, converse
A pesca artesanal é uma das principais atividades praticadas com eles sobre os pontos positi-
pelos povos ribeirinhos. Eles conhecem a época e os locais ideais vos e negativos do turismo rural.
Se possível, organize as conclu-
para a pesca de cada espécie
sões da conversa e das pesqui-
e sabem como praticar essa

Marcos Amend/Pulsar Imagens


sas em um texto coletivo e peça
atividade sem pôr em risco a aos estudantes que o registrem
no caderno.
preservação dos peixes. Assim,
eles conservam sua fonte
principal de alimento e de renda.
Desde cedo, as crianças
ribeirinhas aprendem a respeitar
os rios, a compreender o
movimento das águas, a
conhecer as plantas e os animais Passageiros em lancha de transporte no
que neles vivem, a nadar e a município de Codajás, Amazonas. Foto
de 2020.
se divertir.
Pela importância para a vida

Wolfgang Diederich/Alamy/Fotoarena
da comunidade, os ribeirinhos
sabem como cuidar dos rios,
das matas e dos animais e como
protegê-los. O turismo rural tem
sido incentivado pelo governo
para ajudar os povos ribeirinhos.
Várias atividades atraem os
turistas, que pagam por serviços
de hospedagem, alimentação,
passeios, etc.
Turistas observam botos no rio
Amazonas em Manaus, Amazonas. Foto
de 2019.

2 De que forma o turismo rural pode ajudar os povos


ribeirinhos? E o que os turistas podem aprender com
essas populações? Pesquise exemplos em livros e na internet,
em casa, e depois converse com os colegas e o professor.
Além de o turismo rural ser uma fonte de renda para os povos ribeirinhos, eles têm a oportunidade
de transmitir aos turistas ensinamentos de como preservar o meio ambiente. cento e cinquenta e um 151

y Atividade 2: O turismo rural ajuda na


AJ_CH3_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 151 7/20/21 3:40 PM

economia local e pode complementar a


APOIO DIDÁTICO

renda das famílias ribeirinhas. Os turistas,


por sua vez, entram em contato com um
modo de vida mais simples e aprendem a
respeitar a natureza. No entanto, o turis-
mo também pode trazer prejuízos, como
o aumento na utilização de recursos na-
turais e maior produção de lixo.

AJ_CH3_PNLD23_C12_146Aa0157A_MP.indd 151 8/5/21 20:34


152 Capítulo 12 Comunidades
ribeirinhas
e caiçaras Os caiçaras
HABILIDADES DESENVOLVIDAS Os caiçaras são populações que descendem dos povos
NO TEMA “OS CAIÇARAS”
indígenas, portugueses e africanos e vivem próximas ao litoral dos
» (EF03GE02) Identificar, em seus estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. A palavra caiçara
lugares de vivência, marcas de
contribuição cultural e econômica vem do tupi e significa “cerca, fortificação”.
de grupos de diferentes origens. Essa população vive da pesca artesanal e da agricultura familiar.
» (EF03GE03) Reconhecer os di- Além disso, ela desenvolve atividades de coleta de produtos da
ferentes modos de vida de povos
e comunidades tradicionais em mata e de artesanato.
distintos lugares.

Edson Sato/Pulsar Imagens


» (EF03GE05) Identificar alimen-
tos, minerais e outros produtos
cultivados e extraídos da nature-
za, comparando as atividades de
trabalho em diferentes lugares.
» (EF03HI08) Identificar modos
de vida na cidade e no campo no
presente, comparando-os com os
do passado.

A pesca é uma atividade coletiva que une a comunidade. Na foto, caiçaras ao lado de
canoa carregada de peixes em Parati, Rio de Janeiro. Foto de 2016.

Muitos dos conhecimentos

Edson Sato/Pulsar Imagens


que os caiçaras utilizam na
atividade pesqueira vieram dos
africanos e dos indígenas, como
a forma de fazer as embarcações
e alguns equipamentos usados
para isso. Na maneira de
capturar os peixes, entretanto,
predominam os elementos da
cultura portuguesa.

A canoa caiçara é construída com um


tronco só, assim como as canoas indígenas.
Quem constrói a embarcação precisa passar
um tempo na floresta para cortar o tronco e
escavar até que ele fique leve e possa ser
levado para o rio ou mar. Este mestre
canoeiro faz os últimos preparativos para
puxar a canoa que foi esculpida na mata em
Parati, Rio de Janeiro. Foto de 2016.

152 cento e cinquenta e dois

Orientação didática
AJ_CH3_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 152 dos. Peça aos estudantes que atentem 7/20/21 3:40 PM AJ_C

aos detalhes das imagens e às respecti-


y Ao trabalhar esse tema com os estu-
APOIO DIDÁTICO

dantes, leia o texto e destaque que as vas legendas.


comunidades caiçaras foram forma- y Continue a ler com os estudantes o tex-
das por descendentes de portugue- to sobre as comunidades caiçaras, des-
ses, africanos e indígenas, aguçando tacando as heranças culturais indígenas,
o olhar da turma para a influência cul- portuguesas e africanas. Sobre esse as-
tural desses povos, que será abordada pecto, destaque os hábitos alimentares
ao longo do texto. e peça aos estudantes que comparem a
própria alimentação costumeira com as
Roteiro de aula tradições caiçaras.
y Verifique se os estudantes sabem o que y Enfatize aos estudantes o respeito e o
é agricultura familiar e pesca artesanal e cuidado que essas comunidades têm
esclareça essas noções. para com a natureza e seus recursos,
y Durante a leitura, analise com a turma as tão importantes para os aspectos cultu-
fotos, para ilustrar os aspectos aborda- rais dessa população.

AJ_CH3_PNLD23_C12_146Aa0157A_MP.indd 152 8/5/21 20:34


Comunidades Capítulo 12 153
ribeirinhas
Com os recursos disponíveis nas matas, os homens caiçaras e caiçaras
fabricam equipamentos de pesca, de uso doméstico e para a lavoura.
As mulheres fazem, principalmente, cestarias e objetos de cerâmica.
As crianças caiçaras desde cedo aprendem a respeitar a natureza.
Conhecem a mata, os lagos, a praia e os animais. Às vezes, percorrem
longas distâncias para chegar à escola, a pé, de barco ou de bicicleta.

Edson Sato/Pulsar Imagens

Ernesto Reghran/Pulsar Imagens


Trabalhos artesanais de cestaria feitos Crianças caiçaras brincando em Ilhabela,
com palha de taboa trançada em Parati, São Paulo. Foto de 2017.
Rio de Janeiro. Foto de 2015.
Os caiçaras herdaram dos indígenas
fandango: dança folclórica
o costume de comer peixe e farinha de trazida pelos portugueses,
mandioca. Também aprenderam com eles acompanhada de poesia
cantada ao som de violas e
a buscar os alimentos na floresta, como a outros instrumentos.
banana e a carne de caça.
Nas manifestações culturais, os caiçaras mantêm vivas algumas
tradições, danças e instrumentos de origem portuguesa, como
o fandango.
Em muitos lugares, o modo de vida tradicional das populações
caiçaras está ameaçado pela destruição do ambiente e por pessoas
interessadas em construir edifícios e conjuntos de casas de alto
preço para as pessoas da cidade.

1 Observe novamente as fotos desta página e da anterior.


Quais são as diferenças e as semelhanças entre o modo de vida
caiçara e o seu modo de vida? Conte aos colegas e ao professor.
Resposta pessoal.
Para e
xplorar

FundArt
Disponível em: http://fundart.com.br. Acesso em: 18 mar. 2021.
O site da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba (FundArt), São Paulo, apresenta
informações e histórico de várias comunidades, inclusive caiçaras, que vivem na região.

cento e cinquenta e três 153

40 PM
y Depois de ler o último parágrafo do tex-
AJ_CH3_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 153 povo: história, língua, literatura (oral7/20/21
e 3:40 PM

to, converse com os estudantes sobre a escrita), música, dança, entre outros.
APOIO DIDÁTICO

degradação ambiental e a especulação Se julgar pertinente, visite com eles o


imobiliária que ameaçam o modo de site indicado no boxe Para explorar, que
vida caiçara. Explique que muitas pes- apresenta textos e imagens sobre o fan-
soas das cidades passaram a construir dango e outras danças e manifestações
casas de veraneio nas áreas onde se en-
culturais caiçaras.
contram as comunidades caiçaras, por
apresentarem paisagens bonitas e pre- y Atividade 1: Ajude os estudantes a iden-
servadas, fazendo com que essas comu- tificar as características do modo de
nidades tradicionais se mudassem para vida dessas comunidades. Se a escola
bairros mais afastados das praias. fica em área urbana, aproveite o mo-
y Converse com os estudantes sobre os mento para que eles possam compará-
diversos aspectos da cultura de um -las com seus hábitos.

AJ_CH3_PNLD23_C12_146Aa0157A_MP.indd 153 8/5/21 20:34


154 Capítulo 12 Comunidades
ribeirinhas
e caiçaras Pessoas e lugares
HABILIDADES DESENVOLVIDAS
NA SEÇÃO PESSOAS E
LUGARES As águas na vida
» (EF03GE03) Reconhecer os di-
ferentes modos de vida de povos
das crianças ribeirinhas
e comunidades tradicionais em
distintos lugares.
» (EF03HI08) Identificar modos Neste capítulo, vimos que os rios estão no dia a dia dos
de vida na cidade e no campo no povos ribeirinhos: eles influenciam a estrutura das casas, que são
presente, comparando-os com construídas acima das águas, sobre palafitas; marcam a paisagem
os do passado.
na janela; fornecem o principal alimento das famílias, o peixe;
» (EF03HI12) Comparar as relações e são vias de transporte. Barcos e canoas são os veículos mais
de trabalho e lazer do presente
com as de outros tempos e espa- importantes nas comunidades ribeirinhas.
ços, analisando mudanças e per-
manências.
As atividades dos ribeirinhos dependem do nível dos rios. E o
calendário escolar também: em geral, as crianças têm aulas no
período de seca, quando chove menos e as águas dos rios abaixam.
No período de chuva, é tempo das cheias, e as águas dos rios
sobem e alagam muitas casas, forçando os ribeirinhos a se mudar.
No período de chuva, é tempo de férias.

Bruno Kelly/Reuters/Fotoarena
flutuante construído
Negro em um pequeno campo
Crianças jogam futebol no rio 2015 .
s. Foto de
sobre a água. Iranduba, Amazona

154 cento e cinquenta e quatro

Orientações didáticas
AJ_CH3_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 154 costumes das crianças ribeirinhas e 7/20/21 3:40 PM

y Mostre aos estudantes, por meio das os costumes deles. Valorize a diversida-
APOIO DIDÁTICO

imagens dessa seção, que muitas carac- de e chame atenção para a criatividade
terísticas do modo de vida dos povos desses povos, que desenvolveram for-
ribeirinhos estão relacionadas à dinâmi- mas de trabalho e de lazer usando os
ca da natureza. A rotina, as atividades recursos do ambiente em que vivem, de
como pesca e agricultura e as brinca- modo inventivo e sustentável.
deiras das crianças, por exemplo, são
diferentes em períodos de cheia e de Roteiro de aula
vazante. Para ampliar essa discussão,
leia para os estudantes o texto sobre y Peça aos estudantes que observem a
o rio Tapajós e sobre como a dinâmica foto do campo de futebol flutuante e
dos rios amazônicos influencia o modo relembre com eles o que já conhecem
de vida das populações que vivem em sobre as comunidades ribeirinhas. Re-
suas margens. tome os pontos estudados e as con-
y Converse com os estudantes sobre as versas sobre o modo de vida dessas
semelhanças e as diferenças entre os comunidades.

AJ_CH3_PNLD23_C12_146Aa0157A_MP.indd 154 8/5/21 20:34


Comunidades Capítulo 12 155
ribeirinhas
O rio é a fonte de diversas e caiçaras
pira: brincadeira em que um dos
brincadeiras para as crianças jogadores deve correr atrás dos
ribeirinhas: elas nadam, pescam, outros e tentar pegá-los. Só há um O Tapajós é um dos maiores rios
lugar, escolhido pelos participantes,
fazem competição entre da Amazônia, com 1 770 quilôme-
onde eles estão a salvo. A brincadeira
canoas, constroem barquinhos também é conhecida como pega-pega tros de comprimento. Ele nasce em
e pique. Mato Grosso e também deságua no
e até jogam futebol em campo macaca: também chamada amarelinha, rio Amazonas através do Canal do
flutuante sobre o rio. Na época é uma brincadeira em que o jogador Jari, na cidade de Santarém, no esta-
pula, com uma perna só, de uma casa
da seca, elas aproveitam para a outra desenhada no chão. Após do do Pará […]. É uma região muito
brincar de pira e pular macaca jogar uma pedra em uma das casas, o rica em fauna e flora, onde encon-
nas margens secas, onde estão jogador pula e tenta não pisar na casa tramos jacarés, gaviões, cobras, di-
em que a pedra está.
versas espécies de pássaros, árvores
seus quintais.
de até 40 metros de altura e enor-
mes vitórias-régias. Apesar de sem-

Amarildo Oliveira/TUCUPI Imagens

Imagens
pre fazer calor na região amazônica,
os habitantes chamam o período

Edson Grandisoli/Pulsar
das chuvas (de dezembro a maio) de
“inverno” e o das vazantes (de junho
a novembro), quando chove menos,
de “verão”. Quando chove, é água
que não acaba mais! Chove sem pa-
rar! Chove tanto que o rio sobe mais
de 5 metros, inundando casas e boa
parte da floresta. Esses trechos de
floresta alagada chamam-se iga-
Crianças ribeirinhas pós. Quando as águas baixam e o
madeira observam barco
Barquinhos confeccionados com se aproximando da volume do rio diminui, fica difícil
entre as Escola Municipal
de buriti, brinquedos comuns Joaquim Martins. Ua
crianças ribeirinhas. Foto de 2019
. rini, Amazonas. andar de barco nos braços menores
Foto de 2016.
dos rios, conhecidos como igarapés.
Muitas pessoas vivem ao longo dos
3. Elas nadam, pescam, fazem competição entre canoas, brincam de pira, constroem
barcos, jogam futebol e pulam macaca. rios amazônicos e são chamadas
1 Como as águas dos rios influenciam a construção das de “populações ribeirinhas”. O dia
a dia dessas pessoas é bem diferente
moradias dos ribeirinhos? As estruturas das casas são adaptadas
para a construção acima das águas perto das margens dos rios. do [dia a dia] dos habitantes das ci-
2 Seu calendário escolar foi adaptado a fenômenos naturais dades: moram em casas construídas
que ocorrem onde você vive? Converse com a turma. sobre palafitas, dormem em rede e,
Resposta pessoal. em vez de usarem carro e ônibus,
3 Do que as crianças ribeirinhas costumam brincar? andam de barco. Na época da cheia,
muita gente precisa mudar de casa,
4 Onde você vive é possível realizar as mesmas brincadeiras e até as escolas ficam fechadas. As
das crianças ribeirinhas? crianças aproveitam para jogar fu-
Resposta pessoal.
5 Você também gosta de pular macaca e brincar de pira? tebol e brincar, como em qualquer
outra parte do Brasil.
Como são chamadas essas brincadeiras onde você vive?
Respostas pessoais. Outros nomes para a brincadeira da macaca são amarelinha, academia, Vilela, Fernando. Tapajós. São Paulo:
Brinque-Book, 2015. p. 38.
marela e sapata. Pira é uma brincadeira também conhecida como pega-pega e pique.
cento e cinquenta e cinco 155

y Leia o texto em voz alta, oriente a ob-


AJ_CH3_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 155 tuação com os estudantes, comparan- 7/20/21 brincadeiras de que as crianças mos-
3:40 PM

servação das fotos e a leitura das le- do-a com a descrita no texto. Se isso tradas poderiam brincar.
APOIO DIDÁTICO
gendas e peça aos estudantes que de- não ocorrer, peça-lhes que imaginem
como seria morar em um lugar onde
y Atividade 4: Caso a escola não esteja
senvolvam as atividades propostas. em área de comunidade ribeirinha, in-
as atividades escolares são interrompi-
y Atividade 1: Aproveite para conversar
das por fenômenos naturais, como as
centive os estudantes a citar brincadei-
sobre as enchentes dos rios, o período ras das crianças ribeirinhas das quais
cheias de um rio. Essa reflexão tem o
de chuvas, os problemas que as en- eles também brincam.
objetivo de fazer os estudantes se apro-
chentes podem causar, etc. ximarem de outros modos de vida, com- y Atividade 5: Explique aos estudantes
y Atividade 2: Se a área onde a escola parando-os com sua realidade. que o nome de uma brincadeira pode
está localizada sofre interferência de fe- y Atividade 3: Além das brincadeiras ci- variar dependendo do local e que às
nômenos naturais, causando alterações tadas no texto, peça aos estudantes vezes existem diferenças nas regras ou
no calendário escolar, comente essa si- que observem as fotos e citem outras no modo de brincar.

AJ_CH3_PNLD23_C12_146Aa0157A_MP.indd 155 8/5/21 20:34


156 Capítulo 12 Comunidades
ribeirinhas
re
e caiçaras
Aprender semp
HABILIDADES AVALIADAS NA
SEÇÃO APRENDER SEMPRE
» (EF03GE03) Reconhecer os di- 1 Leia o texto a seguir e responda às questões.
ferentes modos de vida de povos
e comunidades tradicionais em
distintos lugares. Como a pernambucana Vanete, Diocina cresceu
» (EF03GE05) Identificar alimen- e passou a trabalhar para fortalecer a comunidade
tos, minerais e outros produtos em que vive, especialmente as mulheres dessa
cultivados e extraídos da nature-
za, comparando as atividades de comunidade. Para lutar contra as dificuldades das

Caio Cardoso/ID/BR
trabalho em diferentes lugares. quebradeiras de coco de babaçu, que enfrentam
» (EF03HI08) Identificar modos de ameaças de perder as áreas em que colhem os
vida na cidade e no campo no cocos para grandes fazendeiros e industriais
presente, comparando-os com os
do passado. interessados naquelas terras, Diocina, viúva e
» (EF03HI12) Comparar as relações mãe de três filhos, ajudou a criar a Associação
de trabalho e lazer do presente de Mulheres Trabalhadoras Rurais (AMTR).
com as de outros tempos e espa- Organizado, o grupo de trabalhadoras iniciou
ços, analisando mudanças e per-
manências. a produção de sabão com o óleo de coco de
babaçu. Hoje, o sabonete [...] é conhecido em
todo o mundo por preservar o meio ambiente e
COMPONENTES ESSENCIAIS
PARA A ALFABETIZAÇÃO valorizar a cultura local.
José Santos. Crianças do Brasil: suas histórias, seus brinquedos, seus sonhos.
» Compreensão de textos. São Paulo: Peirópolis/Museu da Pessoa, 2008. p. 47.
» Fluência em leitura oral.
a. A comunidade de Diocina é extrativista, ribeirinha ou caiçara?
A comunidade de Diocina é extrativista.

b. Qual é a dificuldade enfrentada pelas quebradeiras de coco de


babaçu?
Enfrentam as ameaças de perder as áreas de colheita dos cocos para grandes

fazendeiros e industriais que estão interessados nas terras em que elas vivem.

c. Como a criação da associação ajudou a comunidade?


As mulheres se organizaram e começaram a produzir o sabão com óleo de coco de

babaçu, que se tornou conhecido no mundo todo.

d. Você acha que a solução criada por Diocina poderia


ajudar outras comunidades extrativistas? Por quê?
1d. Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes percebam que atitudes como as de Diocina
servem como exemplo para outros grupos ou comunidades. Organizados em uma associação,
156 cento e cinquenta e seis os trabalhadores têm mais força para reivindicar seus direitos.

Roteiro de aula
AJ_CH3_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 156
y Atividade 3: Converse com os estudan- 7/20/21 3:40 PM AJ_C

tes sobre o valor dos conhecimentos


y Atividade 1: Leia com os estudantes o
APOIO DIDÁTICO

texto de José Santos e, antes de eles res- tradicionais, que provêm da experiên-
ponderem individualmente às perguntas, cia e da tradição da comunidade, sen-
retome o que são comunidades extrati- do transmitidos dos mais velhos para os
vistas, ribeirinhas e caiçaras e verifique se mais novos. Comente sobre a valoriza-
ainda existem dúvidas sobre o texto. ção da cultura e do conhecimento po-
pular e o respeito que devemos ter para
y Atividade 2: Auxilie os estudantes a en-
com eles.
contrar as informações necessárias para
a produção textual, verificando se eles y Atividade 4: Leia o enunciado com os
identificam as páginas do livro em que estudantes e peça que encontrem as in-
podem encontrar essas informações. Se formações no capítulo. Aproveite o mo-
julgar adequado, converse com a turma mento para verificar o desenvolvimento
sobre esse tema antes de propor a es- de habilidades de pesquisa e identifica-
crita do texto. ção de informações relevantes.

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Comunidades Capítulo 12 157
ribeirinhas
2 Uma das principais atividades dos povos ribeirinhos e caiçaras
Saber
é a pesca artesanal. De que forma eles praticam essa Ser
atividade e cuidam do meio ambiente? Escreva, em uma […] Um dos grandes desafios pe-
folha de papel avulsa, um texto com o seguinte tema: los quais passam diversas comu-
Os povos ribeirinhos e o meio ambiente. Depois, afixe o texto no nidades ribeirinhas da Amazônia
mural da sala para que todos possam ler. Resposta pessoal. tem sido o de pescar de forma sus-
tentável. E, assim, evitar que a far-
3 Leia o texto a seguir. tura de um ano resulte em escassez
de pescado no ano seguinte. […]
Homem muito sábio, conhecedor das plantas medicinais e das coisas “Para que qualquer atividade
seja considerada sustentável, ela
da alma e do espírito, o seu Sátiro foi o médico e o curador de todos desta
precisa ser ecologicamente corre-
região da Jureia por quase cinquenta anos. Era tão respeitado que até gente
ta, economicamente viável e so-
de outras cidades enfrentava a viagem de rio e a trilha na mata para se cialmente justa”, resume o técnico
consultar com ele, na sua casa, na Cachoeira do Guilherme. florestal do Instituto Mamirauá,
Seu Sátiro dizia sempre assim: “Se nós temos uma farmácia fresca aqui, Ronaldo Carneiro.
onde moramos, é para usar!” E imagina só o luxo, nossa farmácia fresquinha é É seguindo esse princípio que
uma mata protegida pelos espíritos que andam por aí. Muitos de nós, caiçaras, o instituto tem ajudado comuni-
acreditamos nessas forças da natureza e nos espíritos que moram na mata. dades amazonenses da Reserva
Marie Ange Bordas. Manual da criança caiçara. Mamirauá, localizada a 600 km
São Paulo: Peirópolis, 2011. p. 34. a oeste de Manaus, região do cur-
so médio do Rio Solimões. Com
1,124 milhão de hectares, essa é a
a. Quem era seu Sátiro?
primeira reserva de desenvolvi-
Um homem sábio que conhecia as plantas medicinais. mento sustentável do país.
[…]
Uma das principais fontes de
renda das comunidades da reserva
b. O que ele representava para a comunidade? Leia para um
é a pesca sustentável do pirarucu.
colega o trecho do texto onde você encontrou essa afirmação. A cada ano, são dois meses de ativi-
Ele era o “médico” (curandeiro) e cuidava da saúde de todos da região. O estudante dade e dez meses de vigilância con-
tra a pesca irregular na região. Para
deve ler “o seu Sátiro foi o médico e o curador de todos desta região da Jureia por evitar problemas, algumas regras
têm de ser seguidas. Uma delas é a
quase cinquenta anos”. contagem de peixes adultos, quan-
do boiam na superfície – feita por
4 A cultura caiçara é uma mistura de elementos das culturas contadores capacitados e certifica-
dos pelo instituto, antes do início da
portuguesas, africanas e indígenas. Cite alguns desses elementos.
temporada de pesca.
Resposta pessoal. Possibilidade de resposta: Elementos portugueses: a maneira de capturar Peduzzi, Pedro. Ribeirinhos da Amazônia
apostam na pesca sustentável e no
manejo florestal. Agência Brasil,
os peixes, o fandango; elementos africanos e indígenas: conhecimentos utilizados na atividade
15 abr. 2014. Disponível em: https://
agenciabrasil.ebc.com.br/geral/
pesqueira. noticia/2014-04/ribeirinhos-da-
Amaz%C3%B4nia-apostam-na-pesca-
sustentavel-e-no-manejo-florestal.
cento e cinquenta e sete 157 Acesso em: 23 jun. 2021.

40 PM AJ_CH3_PNLD23_C12_146a157_LA.indd 157 7/20/21 3:40 PM


Saber
Ser
Consciência social
APOIO DIDÁTICO

y Atividade 2: Valorize o conhe-


cimento dos povos ribeirinhos,
que permitem a exploração da
pesca sem causar a extinção
das espécies de peixes. Leia o
texto, reproduzido nesta pá-
gina do manual, sobre a pesca
sustentável em comunidades
ribeirinhas da Amazônia.

AJ_CH3_PNLD23_C12_146Aa0157A_MP.indd 157 8/5/21 20:34


157A Conclusão do capítulo 12

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 12
Sugestões para a avaliação formativa
1. Ao trabalhar as comunidades ribeirinhas e caiçaras, este capítulo também busca levar os estudantes a compre-
ender a importância da água não apenas como recurso natural, mas também como elemento de identidade para
o modo de vida dessas populações. Na conclusão do capítulo, converse com eles e observe a presença da água,
salgada e doce, na vida dessas pessoas, incentivando-os a pensar no consumo e no uso consciente desse recurso
natural que é tão ameaçado quanto as matas e as florestas do Brasil.
2. A seção Aprender sempre recupera e aprofunda os conteúdos trabalhados ao longo do capítulo, possibilitando
observar a consolidação dos conhecimentos por parte dos estudantes e a verificação de eventuais defasagens.
Essa análise facilita a elaboração de estratégias de remediação, de acordo com as características de cada estu-
dante e de cada turma. A seguir, são disponibilizadas algumas sugestões para a realização desse trabalho.
3. A atividade 1 aborda o papel das mulheres no desenvolvimento das comunidades. Com base no exemplo de
Diocina e da Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais, explore com a turma as diversas funções que as
mulheres exercem na sociedade e a importância de valorizar a atuação social das mulheres e desconstruir pre-
conceitos de gênero.
4. A preservação ambiental é abordada em diversos momentos dessa obra. Na atividade 2, que aborda a habilidade
EF03GE05, explore mais uma dessas formas de preservação – o consumo consciente e o cuidado que devemos
ter em nossas ações cotidianas visando à diminuição de impactos nocivos ao meio ambiente.
5. O conhecimento popular é uma das grandes heranças culturais que temos dos antepassados que formaram o
Brasil. O conhecimento das plantas e dos animais e de como utilizar esses saberes com foco na preservação
ambiental e em nossa saúde pode ser tratado por meio da atividade 3.
6. O intercâmbio cultural também deve ser abordado. Por meio da atividade 4, retome com os estudantes o que
aprenderam ao longo do ano a esse respeito e também a contribuição dos povos caiçaras para essa mistura.
As atividades 1, 3 e 4 permitem o desenvolvimento das habilidades EF03GE03, EF03HI08 e EF03HI12.

Atividades de remediação
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no desenvolvimento da habilidade EF03GE03, você pode orien-
tar os estudantes a pesquisar a origem da água que é consumida na comunidade em que vivem e os processos
de tratamento, ou não, pelos quais ela passa antes de chegar às residências e à escola, a fim de que entendam
um pouco mais a relação deles com o uso desse recurso natural essencial para a vida e como esse recurso está
presente nos hábitos cotidianos.
• Atividade 2: Outra possibilidade é pedir aos estudantes que produzam cartazes com informações sobre o uso
consciente da água, tanto em casa como na comunidade escolar, para serem espalhados pela escola, mobilizando
o debate sobre o tema.

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Subsídios para a avaliação de resultado 158A

SUBSÍDIOS PARA A AVALIAÇÃO DE RESULTADO


• Essa seção é dedicada à revisão, à retomada sistemática e à avaliação de resultado do processo de aprendizagem
conduzido ao longo do volume. Dada a importância desse momento, reserve um tempo para mediar a discussão
das atividades, que devem ser respondidas pelos estudantes, seguindo a proposta de avaliar a assimilação dos
objetos de conhecimento abordados no volume.
• É essencial orientar a mediação das atividades considerando o contexto do desenvolvimento de habilidades. Por
isso, se julgar conveniente, com base na identificação das habilidades nas colunas laterais das páginas, mapeie
o desenvolvimento dos estudantes. Se for apropriado ao tamanho e às características da turma, componha uma
ficha por estudante que permita avaliar todas as habilidades mapeadas.
• A seção Até breve! possibilita observar a consolidação dos conhecimentos por parte dos estudantes e a verifica-
ção de eventuais defasagens. Essa análise facilita a elaboração de estratégias de remediação, de acordo com as
características de cada estudante e de cada turma.
• As atividades 1, 2, 4 e 7 dizem respeito à percepção dos estudantes quanto às paisagens que os cercam dia-
riamente. Oriente-os a prestar atenção nesse aspecto sempre que possível, pois tudo está em transformação
ao nosso redor, para o bem ou para o mal, e devemos estar atentos a isso. Essas atividades são oportunidades
para o desenvolvimento das habilidades EF03GE01, EF03GE02, EF03GE03, EF03GE04, EF03GE07, EF03HI01,
EF03HI02, EF03HI03, EF03HI06 e EF03HI10.
• Quanto à interação do ser humano com o ambiente, as atividades 3 e 6 apresentam aos estudantes uma visão
mais ampla sobre o assunto, mobilizando as habilidades EF03GE04 e EF03GE11. Pensar na cidade, no país e no
mundo como um todo e em como a interferência na natureza pode trazer consequências permite a eles tomar
decisões mais responsáveis em seu dia a dia.
• As questões 5 e 8 fazem referência à memória e sua importância nos dias atuais, para que possamos tomar atitu-
des conscientes em todas as esferas de nossas vidas com base no que nossos ancestrais deixaram para nós em
relação a cultura, costumes e conhecimento, em associação com as novas tecnologias e o entendimento de como
funciona a nossa sociedade, sabendo pontuar suas especificidades. Aproveite essas atividades para incentivar os
estudantes a trabalhar as habilidades EF03GE01, EF03GE03 e EF03HI04.
• Por fim, nas atividades 9, 10 e 11, a questão da convivência em sociedade e os conceitos de direitos e deveres
tornam-se mais amplos. Lembre-se sempre de promover um espaço acolhedor para as ideias e as opiniões que
possam surgir e ensine os estudantes a importância do respeito pelo outro.

Atividades de remediação
• Atividade 1: Para remediar possíveis defasagens no desenvolvimento das habilidades EF03GE01 e EF03HI01,
proponha aos estudantes que escrevam um texto referente à importância de conhecermos diferentes povos, cul-
turas, festas, religiões, costumes, etc. Peça que leiam o que escreveram para a turma e realize um debate sobre
essas questões.
• Atividade 2: Outra opção para abordar as habilidades EF03GE01, EF03HI01 e EF03HI02 é orientar os estudan-
tes a confeccionar um cartaz sobre os povos e as comunidades estudados durante o ano, com imagens que
promovam empatia e informações acerca das contribuições desses povos para a nossa vida hoje. O cartaz pode
conter imagens de festas que ainda realizamos, costumes, atividades econômicas, preservação e uso consciente
dos recursos naturais, entre outros temas. Você pode organizar a turma em grupos e designar a cada grupo um
desses temas.

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158 Até breve!

HABILIDADES AVALIADAS NA ATÉ BREVE!


SEÇÃO ATÉ BREVE!
» (EF03GE01) Identificar e compa- A cada ano escolar, você e os colegas vivenciam novos desafios e
rar aspectos culturais dos grupos
sociais de seus lugares de vivên- aprendizagens. Você já parou para pensar no quanto aprendeu neste
cia, seja na cidade, seja no campo. ano? Para saber isso, realize a avaliação a seguir.
» (EF03GE02) Identificar, em seus
lugares de vivência, marcas de
contribuição cultural e econômica
de grupos de diferentes origens. 1 Como é a paisagem da sua vizinhança ou do bairro onde mora?
» (EF03GE03) Reconhecer os dife- Descreva aos colegas os elementos dessa paisagem.
rentes modos de vida de povos e Resposta pessoal.
comunidades tradicionais em dis- 2 O bairro onde você mora sempre foi do jeito como é hoje? Se
tintos lugares. ele mudou, o que está diferente? Se ele está igual, por que você
» (EF03GE04) Explicar como os acha que ele nunca mudou?
processos naturais e históricos Respostas pessoais.
atuam na produção e na mudança 3 Por quais razões os seres humanos modificam o meio ambiente?
das paisagens naturais e antrópi- Resposta pessoal.
cas nos seus lugares de vivência, 4 Há vegetação perto da sua casa? Se sim, como ela é? Que ações
comparando-os a outros lugares.
podemos adotar para preservar o meio ambiente?
» (EF03GE07) Reconhecer e ela- Respostas pessoais.
borar legendas com símbolos 5 O que são os patrimônios históricos? Qual é a importância de
de diversos tipos de represen- preservar esses patrimônios? Respostas pessoais.
tações em diferentes escalas
cartográficas. 6 Observe as fotos abaixo. Em qual delas há mais elementos
» (EF03GE11) Comparar impactos naturais? E mais elementos humanizados? Preencha os espaços
das atividades econômicas ur-
a seguir com a letra correspondente.
banas e rurais sobre o ambiente
físico natural, assim como os ris- A. B.
cos provenientes do uso de fer-

Ivo Montenegro/Shutterstock.com/ID/BR

camialmeidafoto/Shutterstock.com/ID/BR
ramentas e máquinas.
» (EF03HI01) Identificar os grupos
populacionais que formam a cida-
de, o município e a região, as rela-
ções estabelecidas entre eles e os
eventos que marcam a formação
da cidade, como fenômenos mi-
gratórios (vida rural/vida urbana),
desmatamentos, estabelecimento
de grandes empresas etc. Árvores no município de Urucuia, Prédios no município de Porto Alegre,
» (EF03HI02) Selecionar, por meio Minas Gerais. Foto de 2020. Rio Grande do Sul. Foto de 2020.
da consulta de fontes de diferen-
tes naturezas, e registrar aconte- A mais elementos naturais
cimentos ocorridos ao longo do
tempo na cidade ou região em B mais elementos humanizados
que vive.
158 cento e cinquenta e oito

Orientação didática
AJ_CH3_LA_PNLD23_ATEBREVE_158a159_LA.indd 158 são incisivas em certas questões, sem- 7/20/21 3:48 PM

• pre buscando abordar as diversas habili-


APOIO DIDÁTICO

Essa seção procura retomar o que foi


aprendido no decorrer do ano e revelar dades referentes ao 3º ano.
possíveis defasagens dos estudantes em • Atividades 1 e 2: Nessas atividades, os
relação ao conteúdo trabalhado. Utilize estudantes são mobilizados a obser-
esse espaço para conversar com a tur- var o local de convivência cotidiana e a
ma acerca do ano letivo, das descober- identificar modificações nos elementos
tas mais instigantes, das atividades que da paisagem.
mais gostaram de realizar e do que es-
peram para o próximo ano.
• Atividades 3 e 4: Nessas atividades, os
estudantes são convidados a observar
Roteiro de aula seu entorno, reconhecendo as transfor-
• Nesse espaço, as atividades são volta- mações que a ação humana e a natural
das para uma visão ampla dos assuntos podem causar nos ambientes, e a refletir
tratados ao longo do ano, mas também sobre as questões ambientais.

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Até breve! 159
7 Como é o cômodo onde você costuma estudar em casa? Desenhe,
no espaço a seguir, a planta desse lugar ou da sua sala de aula.
» (EF03HI03) Identificar e compa-
rar pontos de vista em relação a
Desenho do estudante. eventos significativos do local em
que vive, aspectos relacionados a
condições sociais e à presença de
diferentes grupos sociais e cultu-
rais, com especial destaque para
as culturas africanas, indígenas e
de migrantes.
» (EF03HI04) Identificar os patri-
mônios históricos e culturais de
sua cidade ou região e discutir as
razões culturais, sociais e políti-
cas para que assim sejam consi-
derados.
» (EF03HI06) Identificar os regis-
tros de memória na cidade (no-
mes de ruas, monumentos, edifí-
cios etc.), discutindo os critérios
que explicam a escolha desses
8 Por que é importante respeitar e valorizar a diversidade cultural nomes.
do Brasil? Converse com os colegas e o professor. Resposta pessoal. » (EF03HI10) Identificar as diferen-
ças entre o espaço doméstico,
9 Após um ano inteiro de convivência com os professores e os os espaços públicos e as áreas
colegas, você já conhece melhor as regras da escola. Pinte quais de conservação ambiental, com-
preendendo a importância dessa
são seus direitos e deveres na escola no quadro a seguir.
distinção.
Direitos Deveres
Respeitar os colegas, os COMPONENTE ESSENCIAL
X PARA A ALFABETIZAÇÃO
professores e os funcionários.
Boa alimentação. X
» Desenvolvimento de vocabulário.
Manter a sala de aula limpa e
X
organizada.
Fazer as lições e tarefas. X

10 Vocês criaram hábitos e regras para viver em harmonia com


o meio ambiente na escola onde estudam? Como foram essas
experiências? O que vocês acham que pode ser melhorado
depois disso? Respostas pessoais.
11 Quando você e os colegas tiveram opiniões diferentes sobre
algo, como vocês agiram para chegar a um acordo? Resposta pessoal.

cento e cinquenta e nove 159

• Atividades 5 e 8: Tanto a atividade 5


AJ_CH3_LA_PNLD23_ATEBREVE_158a159_LA.indd 159 que os estudantes complementem as
7/20/21 necessário, retome a questão de direitos
3:48 PM

quanto a 8 solicitam ao estudante que respostas uns dos outros. e deveres vistos ao longo do volume.
exercite sua consciência social e refli- • Atividade 7: Verifique nos desenhos dos • Atividades 10 e 11: Aqui há a possibili- APOIO DIDÁTICO
ta sobre a importância da história e da dade de você reunir a turma mais uma
estudantes se eles conseguiram elabo-
cultura. Ressalte, sempre que possível, vez e propor uma reflexão a respeito do
rar uma planta, indicando a posição dos
a valorização da memória e da diversi- que foi trabalhado com os estudantes
dade cultural como elementos que en- elementos do cômodo retratado.
durante o ano. Proponha um espaço de
riquecem a convivência em sociedade. • Atividade 9: Aproveite essa atividade e acolhimento de ideias que seja respei-
• Atividade 6: As fotografias devem ser trabalhe com a turma a questão da inter- toso diante das diversas opiniões que
trabalhadas como fontes de informa- pretação de tabelas associada ao pensa- possam surgir, sempre visando promo-
ção. Com base nisso, pode-se conduzir mento crítico e à ponderação a respeito ver um debate saudável e que traga en-
a atividade de forma coletiva, de modo dos conteúdos apresentados. Se julgar riquecimento a todos.

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160 Bibliografia comentada
Bibliografia comentada
AlmeidA, Rosângela Doin de; PAssini, Elza Y. O espaço conti, José Bueno. Clima e meio ambiente. 6. ed.
geográfico: ensino e representação. 12. ed. São São Paulo: Atual, 2005.
Paulo: Contexto, 2002. A obra contempla a preocupação da socieda-
A obra leva a uma reflexão sobre conceitos relati- de com o meio ambiente sob a perspectiva das
vos à noção de espaço e sua representação. mudanças atuais das dinâmicas da natureza.

ArAujo, K. C. Áfricas no Brasil. São Paulo: Scipione, cunhA, Manuela Carneiro da. História dos índios no
2003. Brasil: história, direitos e cidadania. São Paulo:
A obra apresenta uma visão geral sobre a presen- Claro Enigma, 2013 (Coleção Agenda Brasileira).
ça dos afrodescendentes no Brasil, em conformi- A autora aborda a temática indígena para discutir
dade com a Lei n. 10 639/2003. o desconhecimento sobre a história dos povos
originários no Brasil.
Bittencourt, Circe Maria Fernandes (org.). O saber
i n s t i t u to B r A s i l e i r o D e G e o g r A f i A e E s tAt í s t i -
histórico em sala de aula. São Paulo: Contexto,
cA (IBGE). Atlas geográfico escolar. Rio de
1997.
Janeiro: IBGE, 2012.
O livro apresenta estratégias e práticas de ensino para Publicado pelo IBGE, esse atlas apresenta mapas
o uso cotidiano em sala de aula visando ao melhor que contemplam informações sobre indicadores
aproveitamento do processo de aprendizagem. históricos, ambientais e sociais do Brasil.
BrAsil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação mendonçA, Sonia Regina de. A industrialização bra-
Básica. Base Nacional Comum Curricular: educação sileira. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
é a base. Brasília: MEC/SEB, 2017. Disponível em: A obra analisa a história da industrialização brasi-
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso leira e questões relacionadas ao desenvolvimento
em: 30 mar. 2021. das cidades.
Um dos principais documentos de caráter nor-
mativo que regulam a Educação Básica no país, P e r e i r A , Amilcar Araújo; M o n t e i r o , Ana Maria
a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) defi- (org.). Ensino de história e culturas afro-brasi-
ne e uniformiza as aprendizagens essenciais que leiras e indígenas. Rio de Janeiro: Pallas, 2013.
devem ser desenvolvidas por todos os componen- A obra apresenta textos sobre a formação da
tes curriculares em todas as escolas do país. sociedade brasileira de uma forma plural, conside-
rando as leis n. 10 639/2003 e n. 11 645/2008.
cArlos, Ana Fani Alessandri (org.). Geografia na
sala de aula. São Paulo: Contexto, 2007. rosA, A. V. Agricultura e meio ambiente. São Paulo:
Atual, 1998.
O livro é uma coletânea de artigos de diver-
Nessa obra, a autora discute a relação entre a ação
sos geógrafos sobre práticas escolares para traba-
humana e a agricultura e como essa dinâmica se
lhar a Geografia dentro da sala de aula.
reflete na paisagem do campo.
c A r n i e r J r ., P. Imigrantes: viagem, trabalho,
rosA, N. S. S. Festas e tradições. São Paulo: Moderna,
integração. São Paulo: FTD, 2000.
2001 (Coleção Artes e Raízes).
Nesse livro, o autor aborda os grandes movimen-
O livro apresenta um panorama da diversidade
tos migratórios mundiais, especialmente a partir
cultural brasileira e suas diferentes representações
do século XIX, e suas consequências para o Brasil. no imaginário popular.
cAstellAr, Sonia (org.). Educação geográfica: teorias ross, Jurandyr l. S. (org.). Geografia do Brasil.
e práticas docentes. São Paulo: Contexto, 2005. 6. ed. São Paulo: Edusp, 2011.
A obra discute a relação entre teoria e prática na Nessa coletânea de textos, o geógrafo Jurandyr
sala de aula, o papel do educador e a importância Ross reúne temas considerados essenciais no estu-
da Geografia na formação dos estudantes. do da geografia no Brasil, como relevo, cartografia,
certeAu, Michel de. A escrita da história. 3. ed. Rio geografia urbana, geografia agrária, entre outros.
de Janeiro: Forense Universitária, 2011. sAntos, Milton. Pensando o espaço do homem. São
Nesse livro, Michel Certeau propõe uma reflexão Paulo: Edusp, 2004.
sobre o fazer historiográfico e as diversas aborda- O geógrafo Milton Santos propõe reflexões sobre
gens possíveis. temas relevantes para o estudo da geografia,
como as categorias tempo e espaço.
chArtier, Roger. A história cultural: entre práticas e
representações. Lisboa: Difel, 2002. schwArcz, L. M.; SArling, H. Brasil: uma biografia.
O autor convida o leitor a se aprofundar nas dis- São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
cussões a respeito das propostas da chamada A obra apresenta um compilado com os principais
história cultural e o ofício do historiador. marcos históricos do Brasil.

160 cento e sessenta

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AJ_CH3_PNLD23_FINAIS_ESPECIFICO_160_MP.indd 160 8/4/21 12:40


3o
ANO

3 3o ANO

GEOGRAFIA E HISTÓRIA
GEOGRAFIA
E HISTÓRIA
ÁREA DO CONHECIMENTO:

CIÊNCIAS HUMANAS
CIÊNCIAS HUMANAS

MANUAL DO
PROFESSOR

ENSINO

MANUAL DO
PROFESSOR
FUNDAMENTAL
LEDA LEONARDO DA SILVA
ANOS INICIAIS
MÔNICA LUNGOV
2 0 7 1 3 1 RAQUEL DOS SANTOS FUNARI
ISBN 978-65-5744-389-7

Editora responsável: Valéria Vaz


Organizadora: SM Educação
2 900002 071313 Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por SM Educação.

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