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Força de preensão manual

A avaliação da força de preensão fornece-nos informação simples, como os níveis de força e sua
relação com populações saudáveis ou não:
Valores mais elevados de força de preensão estão associados ao:
 Género – sexo M
 Faixa etária -Indivíduos + novos
 Mão dominante
 Indivíduos saudáveis
 Indivíduos com maior nível de actividade manual mesmo em idades + avançadas.

A avaliação da força de preensão (FPM) fornece ainda informação sobre o estado nutricional
dos indivíduos avaliados e tem como grande vantagem permitir relacionar os valores obtidos
na FPM com a capacidade funcional dos indivíduos. Neste sentido contribui para a
identificação de níveis de risco na incapacidade futura e permite desenvolvimento de
estratégias de prevenção de forma mais atempada (1)
Um outro estudo demonstrou que a força de preensão pode ser utilizada para representar a força
muscular global em idosos mais jovens da comunidade, mesmo quando são consideradas
variáveis que podem interferir na relação entre as medidas (sexo, idade, IMC, nível de atividade
física e número de comorbidades). (2)
O baixo desempenho físico, avaliado pelo SPPB e HGS, foi elevado em pacientes com
cancro colorretal antes da cirurgia e foi associado a complicações pós-operatórias e
mortalidade. Avaliação de pacientes submetidos à cirurgia de câncer colorretal usando o SPPB
e o HGS poderia ajudar a estratificar os pacientes em risco de complicações pós-
operatórias e mortalidade. (3)
A maior parte da população submetida à cirurgia abdominal tem fragilidades. A medição
da força de preensão manual é simples, e fornece informações prognósticas para resultados
cirúrgicos. A força muscular, medida por dinamometria de preensão manual, é um forte
preditor de LOS numa condição cirúrgica. (4)
Os pacientes que receberam fisioterapia durante o internamento apresentaram aumento dos
níveis de força de preensão manual e atividade física no 5º dia após a cirurgia cardíaca valvular
em comparação com o grupo de controle. (5)
A força de preensão manual pode ser uma ferramenta útil na identificação de idosos
hospitalizados com limitações de mobilidade, possibilitando assim dirigir as intervenções para
os que têm maior risco (6)
Foi avaliado o impacto da atividade física na força de preensão palmar de idosos. A força de
preensão manual reduzida é considerada um dos principais preditores de incapacidade,
fragilidade física e mortalidade e, portanto os idosos devem ser encorajados a mudar seu estilo
de vida e a serem mais conscientes da importância da atividade física. (7)
Há evidências de que os tratamentos nas pacientes com Cancer de mama (CM) estão associados
à diminuição da força de preensão manual e, por sua vez, uma diminuição da QVRS. É
recomendado que a medição de força de preensão manual faça parte da avaliação das pacientes
de CM para encontrar perdas na função muscular e investigar possíveis efeitos adversos. (8)
Artigos
1 – Tomás MT, Fernandes MB. Força de preensão – Análise de concordância entre
dois dinamómetros: JAMAR vs E-Link SAÚDE & TECNOLOGIA. 2012,Maio 7 | P.
39-43 . ISSN: 1646-9704
2 - Porto JM, Nakaishi APM, Cangussu-Oliveira LM, Freire RC Jr, Spilla SB, Abreu
DCC. Relationship between grip strength and global muscle strength in
community-dwelling older people. Arch Gerontol Geriatr. 2019;82:273-278. doi:
10.1016/j.archger.2019.03.005 » https://doi.org/10.1016/j.archger.2019.03.005
3 - Torralvo FJS, Poveda IG, Olivares MG, et al. Poor Physical Performance Is
Associated with Postoperative Complications and Mortality in Preoperative
Patients with Colorectal Cancer. Nutrients 2022, 14, 1484.
https://doi.org/10.3390/nu14071484
4 - Marano L, Carbone L, Poto GE, et al Handgrip strength predicts length
of hospital stay in an abdominal surgical setting: the role of frailty beyond age.
Aging Clinical and Experimental Research (2022) 34:811–817
5 – Chen J, Zhang T, Bao W, Zhao G, Chen Z, The effect of in-hospital
physiotherapy on handgrip strength and physical activity levels after cardiac valve
surgery: a randomized controlled trial. Ann Palliat Med 2021;10(2):2217-2223
http://dx.doi.org/10.21037/apm-20-2259

6 - Vélez RR, Asteasu MLS, Velilla MN, et al. Handgrip Strength as a


Complementary Test for Mobility Limitations Assessment in Acutely Hospitalized
Oldest Old.. Rejuvenation Research 2021 V.24, N3.
https://doi.org/10.1089/rej.2020.2344
7 - Bilajac L, Juraga D, Žuljević H, et al. The influence of physical Activity on
handgrip strength of elderly. Arch Gerontol Geriatr 2019, Res 4(1): 020-024. DOI:
https://dx.doi.org/10.17352/aggr.000011
8 – Silva ACC, Bergmann A, Araujo CM, et al. Association of Handgrip Strength
with Quality of Life in Breast Cancer Survivors: A Systematic Review and Meta-
Analysis. Asian Pac J Cancer Prev, 23 (10), 3237-3245
DOI:10.31557/APJCP.2022.23.10.3237

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